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Orçamento Público
Aula 5
Despesas Públicas
4 – Investimentos
Despesas com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a
aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas
últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material
permanente.
GRUPOS DE NATUREZA
DE DESPESA
5 – Inversões Financeiras
Despesas com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em
utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas
ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação
não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do
capital de empresas.
6 – Amortização da Dívida
Despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da
atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa,
contratual ou mobiliária.
CLASSIFICAÇÃO DA
DESPESA
ORÇAMENTÁRIA
Feito isso, é hora de conhecermos o próximo nível de classificação
chamado de Modalidade de Aplicação.
Trata-se de informação gerencial que tem por finalidade indicar se os
recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito
da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas
respectivas entidades. Indica se os recursos serão aplicados diretamente
pela unidade detentora do crédito ou mediante transferência para
entidades públicas ou privadas. A modalidade também permite a
eliminação de dupla contagem no orçamento (MCASP, 2017).
Em geral, os códigos de modalidade de aplicação mais utilizados no
registro das despesas públicas são:
• 90 – Aplicações diretas, utilizado para a maioria das despesas,
desde a aquisição de materiais e serviços para a manutenção e
prestação dos serviços públicos até a aquisição de materiais
permanentes e construções.
• 91 – Operações entre órgãos da mesma estrutura administrativa
como operações entre o Executivo Federal e o Instituto Nacional de
Previdência Social – INSS. Contudo, todos os demais códigos podem
ser necessários na contabilização das despesas de determinado ente
público.
Cada registro exigirá, portanto, a análise do contador sobre qual a
correta classificação da despesa quanto a modalidade de aplicação.
ELEMENTO DA DESPESA
O próximo item de classificação é chamado de Elemento da Despesa.
Segundo o MCASP (2017), o Elemento tem por finalidade identificar
os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros,
diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob
qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações,
equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros
que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins.
A descrição dos elementos pode não contemplar todas as despesas a
eles inerentes, sendo, em alguns casos, exemplificativa.
A relação dos elementos de despesa é apresentada a seguir:
Desta forma, concluímos a classificação obrigatória da despesa pública
em: Categoria Econômica, Grupo de Despesa, Modalidade de
Aplicação e Elemento de Despesa, tendo como exemplo a seguinte
estrutura no caso de uma aquisição de frutas:
3.3.90.30.07
Em que:
3 – Refere-se à Despesa Corrente (Categoria Econômica)
3 – Refere-se ao Grupo de Despesa (Outras Despesas Correntes)
90 – Refere-se à Modalidade de Aplicação (Aplicação Direta)
30 – Elemento da Despesa (Material de Consumo)
07 – Subelemento da Despesa (Gêneros de alimentação)
Os dois últimos zeros mencionados na estrutura acima dizem respeito ao
Subelemento da Despesa, cujo desdobramento ficará a cargo da entidade
para propiciar maior transparência e controle dos seus gastos.
Por exemplo, se tomarmos por base o caso acima, após o código 30
(Elemento da Despesa) a entidade poderia desdobrar em 7 (Subelemento
da Despesa), a fim de identificar que trata-se de uma despesa com
material de consumo relacionada especificamente à aquisição de gêneros
alimentícios.
Essa orientação do desdobramento em Subelemento da Despesa
geralmente é feita pelos Tribunais de Contas dos Estados e Municípios.
ETAPAS DA DESPESA
PÚBLICA
As etapas da despesa pública envolvem desde a fase do planejamento,
com a fixação da despesa até a sua efetiva execução, que possui alguns
detalhamentos que veremos neste tópico.
Na etapa inicial, que envolve o planejamento, ocorre a fixação da
despesa.
Nesse momento, são fixados os limites de gastos que aquela entidade
poderá incorrer em um determinado período.
Para apoiar esse processo de planejamento, portanto, é que são utilizados
os instrumentos como o Plano Plurianual – PPA, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias – LDO e a Lei Orçamentária Anual – LOA, que compõe o
ciclo orçamentário de um órgão público e que inclui, como vimos, as
receitas e despesas previstas e fixadas, respectivamente, para o período.
Uma vez superada a etapa do planejamento, entramos com a execução do
orçamento que, no caso da despesa pública, ocorre em três estágios
distintos e complementares, sendo eles:
Liquidaçã Pagament
Empenho
o o
Vejamos como a Lei n. 4.320/1964 trata os referidos estágios da execução da
despesa:
Portanto, uma vez autorizado o empenho, pela autoridade competente, fica criada a
obrigação de pagamento para o Estado, podendo ficar dependendo de algumas
condições ou não.
O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. Esta
determinação é, até certo ponto, óbvia, pois, sendo o empenho um valor deduzido
da dotação orçamentária, ou seja, do crédito fixado, caso o valor a ser empenhado
seja maior do que a dotação ou crédito fixado, não haverá condição para que seja
efetuado.
Ressalvado o disposto em lei complementar, é vedado aos Municípios empenhar, no
último mês do mandato do Prefeito, mais do que o duodécimo da despesa prevista
no orçamento vigente. Essa vedação não se aplica nos casos comprovados de
calamidade pública. Reputam-se nulos e de nenhum efeito os empenhos praticados
em desacordo com o estipulado, sem prejuízo da responsabilização do Prefeito.
NOTA DE EMPENHO
Para cada empenho será extraído um documento denominado “nota de
empenho” que indicará o nome do credor, a especificação e a importância
da despesa, bem como a dedução desta do saldo da dotação própria.
Ordinário
Global
Estimativo
Vamos definir e exemplificar cada um dos casos.
Quando a entidade tem condições de apurar com exatidão o montante da
despesa a ser realizada, emite-se a nota de empenho ordinário, pois o valor já é
conhecido e rotineiro na administração como os empenhos relativos à folha de
pagamento mensal dos servidores.
Em contrapartida, quando a administração não tem essa certeza, isto é, sabe-se
que determinada despesa será necessária, porém não se sabe com precisão de
quanto será, utiliza-se o empenho por estimativa. Os casos de gastos com
energia elétrica, telefone e combustíveis são exemplos típicos dessa situação.
Por fim, temos a figura do empenho global, em que ocorre o empenhamento do
valor total de um contrato de prestação de serviços de coleta de lixo, por
exemplo, e a cada mês é liquidada e paga a parcela correspondente aos
serviços efetivamente prestados naquele mês de competência.
O segundo estágio da execução da despesa é o ato da liquidação.
Nela é reconhecida a importância que de fato é devida ao fornecedor,
tendo em vista a entrega ou prestação efetiva do bem/serviço.
Isso acontece mediante o documento fiscal válido que comprove tal
entrega/prestação.
Suplementares
Especiais
Extraordinários
CRÉDITOS ADICIONAIS
I- suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II- especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica;
III- extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em
caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
Em todos os casos será necessária a autorização legal para as
respectivas alterações orçamentárias:
Art. 8o Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos
em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o
disposto na alínea c do inciso I do art. 4o, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução
mensal de desembolso.
O cumprimento das metas fiscais exige dos gestores públicos
preocupação e cuidado constantes com os recursos arrecadados, bem
como com a sua adequada aplicação nas necessidades dos cidadãos.
Seguindo com os aspectos da transparência, a LRF tornou obrigatória
a divulgação de demonstrativos que evidenciem as operações
executadas pela administração pública, os chamados Relatórios
Resumidos da Execução Orçamentária – RREO e os Relatórios de
Gestão Fiscal – RGF.
Com relação especificamente dos limites trazidos pela LRF, destaca-se a figura dos
gastos com pessoal, conforme demonstrado a seguir. Os referidos limites estão
dispostos na Lei Complementar n. 101 de 2000: