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UNIDADE III - DIREITO


FINANCEIRO 
Direito Financeiro: conceito, objeto, fontes, características,
autonomia, regime constitucional (direito financeiro no quadro das
ciências jurídicas). Relação com outros ramos do direito.
Competências dos entes da federação com foco no Direito
Financeiro. Finanças Públicas na Constituição de 1988. 
Direito Financeiro 
Conceito 
Direito Financeiro é o conjunto das normas legais que regulam a
atividade financeira do Estado 
“Disciplina jurídica da atividade financeira do Estado” Regis Fernandes
de Oliveira 
“O direito financeiro, regulação jurídica da das atividades financeiras
do Estado, estuda as normas financeiras, coordenando-as na
reciprocidade das relações em que estão agrupados os institutos
financeiros”José Souto Maior Borges 
“Conjunto de normas jurídicas que regula a atividade financeira do
Estado em seus diferentes aspectos: órgãos que a exercem, meios em
que se exteriorizam e conteúdo das relações que a originam” Carlos M.
Giuliani Fonrouge 
“Direito Financeiro é o ramo do direito público composto pelo plexo de
normas que disciplinam uma parcela da atividade financeira do Estado,
no caso os campos da despesa pública, receita pública e orçamento
público (...)” Eduardo Marcial Ferreira Jardim 
“Direito Financeiro é o ramo do direito público que estuda a atividade
financeira do Estado sob o ponto de vista jurídico” Kiyoshi Harada 
Objeto e Fontes 
As normas jurídicas que versam sobre a atividade financeira do Estado,
aquelas encontradas na Constituição Federal, na lei 4320/64, LC
101/01 (LRF) e nos diversos diplomas legais de cada ente da
federação. 
 Autonomia. Regime constitucional (direito financeiro no quadro das
ciências jurídicas). Relação com outros ramos do direito. 
O direito financeiro é ramo autônomo do direito uma vez que detém
princípios próprios, legislação própria que serve de objeto e fonte e
autonomia didática e acadêmica. Neste sentido o art. 24, I, e art. 30,
ambos da CF/88. 
O direito financeiro é ramo de direito público e guarda relação
principalmente com os seguintes ramos: 
Direito Constitucional – este ramo traz as normas-base de todo o
ordenamento, de todo sistema jurídico. Há normas de direito
financeiro na própria Constituição, admitindo-se direito constitucional
financeiro (arts. 152 a 157 e 165 a 169). 
Direito Administrativo – este é a gênese do direito financeiro, uma vez
que rege a relação do Estado com os administrados, bem como a
atuação do Estado no desenvolvimento de suas atividades esseciais. 
Direito Tributário – inversamente do ramo anterior, o direito financeiro
deu origem ao direito tributário, onde este cuida da
instituição/arrecadação,/fiscalização de série determinada de receitas
públicas, as receitas tributárias. 
Competências dos entes da federação com foco no Direito Financeiro.
Finanças Públicas na Constituição de 1988. 
Conforme a CF /88 --- art. 24, I e§§ 1° e 2° --- compete à União, aos Estados
e ao Distrito Federal legislarem concorrente mente sobre Direito Financeiro. 
Em se tratando de legislação concorrente, estatui a CF que a União limitar-se-
á a estabelecer normas gerais (§ 1°). Essa competência da União não exclui a
competência suplementar dos Estados e do DF para legislarem sobre Direito
Financeiro (§ 2°). 
Se não existirem normas gerais estatuídas pela União, os Estados e o DF
exercerão competência legislativa plena (§3°). 
Nessa hipótese, a superveniência da lei federal, tratando-se de normas
gerais, suspenderá a eficácia da lei estadual ou distrital, no que lhe for
contrária (§ 4°). 
Interpretando o disposto no artigo mencionado com o art. 32, § 1°, CF, há
que se concluir no sentido de que o DF possui, em termos de legislação
concorrente, as mesmas competências dos Estados. De acordo com alguns
doutrinadores, amparados pelo que dispõe o art. 30, II, CF, os Municípios
também poderão legislar sobre questões de Direito Financeiro. 
Como lei maior do ordenamento jurídico, a Constituição delineia as normas
infraconstitucionais em seu rol de artigos, tratando das finanças públicas nos
artigos 163 a 169, além de outros dispositivos pertinentes espalhados pela
Carta Política, assim como o próprio art. 24, I 

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