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Direito Civil I

❖ Parte Especial.
Livro 3 da parte Especial.
Do direito das coisas, Art. 1196 a 1510

● O direito das coisas abrangem os direitos reais mais a posse.


- Direito das coisas: conceito de evolução histórica ( Res= coisa).
- Clóvis Bevilaqua: É o complexo de normas reguladoras das relações
jurídicas referentes às coisas suscetíveis de apropriação pelo homem.
Tais coisas são ordinariamente, do mundo físico, porque sobre elas é
que é possível exercer o poder de domínio.
- “ O direito das coisas é o conjunto das normas reguladoras das
relações entre os homens, tendo em vista os bens corpóreos”. Silvio
Rodrigues.
- O direito de propriedade era absoluto total. Com o passar do tempo
houve uma relativização, até que chegamos à atual função social da
propriedade.
● Direitos Reais e Direitos Pessoais:
- Reais: É o poder jurídico, direto e imediato, do titular sobre a coisa,
com exclusividade e contra todos ( pessoa-coisa).
- Pessoais: É a relação jurídica pela qual o sujeito ativo pode exigir do
sujeito passivo, determinada prestação (pessoa-pessoa).

Conceitos de direitos Reais:


➔ Teoria Personalista: Defende que os direitos reais são relações jurídicas,
estabelecidas entre pessoas, mas intermediadas por coisas.
➔ Teoria realista (clássica): Defende que os direitos reais são um poder
imediato que a pessoa exerce sobre a coisa, com eficácia ergo omnes-
relação direta e sem intermediários.
Direito Pessoal ou Obrigacional Direito real.

Vincula somente pessoas Estabelece relação entre o titular e a coisa.

É direito relativo É direito absoluto ( ergo omnes)

Tem dois sujeitos (ativo e passivo) e a Um só titular, que exerce seu poder sobre a
prestação ( objeto de relação). coisa, objeto de seu direito de forma direta e
imediata

Concede direito a uma ou mais prestações Concede o gozo e a fruição de bens


efetuadas por uma pessoa.

Caráter transitório Sentido de inconsumibilidade de permanência


Direito das Coisas
RES (significa COISA). O estudo da relação do bem com o ser humano.
Art. 1225. São direitos reais:
I. a propriedade;
II. a superfície;
III. as servidões;
IV. o usufruto;
V. o uso;
VI. a habitação;
VII. o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII. o penhor;
IX. a hipoteca;
X. a anticrese;
XI. a concessão de uso especial para fins de moradia ( incluído pela lei n°
11.481, 2007)
XII. a concessão de direito real de uso;( redação dada pela lei n° 13.465, 2017).
Art. 1226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou
transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com a tradição.
● Direito erga omnes- Vale para todos, todos devem respeitar

Princípio dos direitos das coisas

● Princípio da aderência, especialização ou inerência- Faz a ligação do bem


com a pessoa, sem sujeito passivo. O bem se adere a pessoa.
● Princípio do absolutismo- oponível erga omnes.
● Princípio da publicidade ou visibilidade- Art. 1227. A propriedade é registrada
e publico seu registro no cartório e não pelo contrato.
Art. 1227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos
entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de registros de Imóveis dos
referidos títulos (Arts. 1245 a 1247), salvo os casos expressos neste Código.
● Princípio da Taxatividade ( A lei fala): Roi taxativo dos direitos reais. Direitos
reais inscritos em lei Art 1225.
● Princípio da Perpetuidade- não absoluto.
● Princípio da Exclusividade- impossibilidade de coexistência de dois direitos
reais, de igual natureza, sobre a mesma coisa.

Figuras híbridas ou intermédias.


- Propter rem: Próprio do bem( acompanha o bem). Ex: divida de hipoteca da
casa.
- Ônus Reais: Limitam o uso e gozo da propriedade.
- Obrigação com eficácia real: Algumas obrigações, por forca de lei, alcançam
a dimensão do direito real.
Jurisprudência
TJ-SP- Apelação APL 00033426320128260595 SP 0003342-63.2012.8.0595
(TJ-SP)
Publicada em 13/06/2015

TJ-MG Agravo de Instrumento- Cv AI 10118100009075001 MG (TJ-MG)


Publicada em 03/07/2018

Classificação dos Direitos Reais.


● Direito real sobre coisa Própria (“jus in re propria”): propriedade
● Direito real sobre coisa alheia (“ jus in re aliena”): usufruto, hipoteca,
servidão, etc.

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