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UNIVERSIDADE DE JUIZ DE FORA


Departamento de Direito Privado
Direitos Reais - DPR081-2023-3-N
Marcos Eduardo de Carvalho Dantas

AULA 1 - 24.08.2023

provas
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Classroom

Introdução
Propriedade

Direito das Coisas


versus
Direitos Reais

Estudo das normas que disciplinam as relações e as apropriações (os bens que podem ser
objeto de apropriação). Seus limites, suas condições. E os direitos correlatos a esses direitos
de propriedade.

v.g., usofruto. uso e fruição. bens imóveis, ger. rel. fam... por exemplo, uma granja? "Quero
beneficiar meu irmão." Constituo usufruto da casa em função do meu irmão. Fruto? aluguel?
comodato?

CC/02, Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o
direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.

propriedade: usar, fruir e dispor. 1.228, CC. pode reaver não esgota

maior segurança, relativa, quanto à permanência. autonomia para decidir o que fazer com o
bem. o locatário depende da decisão do proprietário.

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o proprietário tem o direito de decidir, de forma exclusiva, o destino do bem.

mas há normas que disciplinam o exercício desse direito. normas urbanísticas, ambientais,
relações de vizinhança... v.g., normas que tutelam o patrimônio histórico. morando, não poderá
fazer grandes modificações... Essas normas tutelam interesses difusos, não são, a princípio,
do proprietário. Em tese, a coletividade, tem interesse no bem do meio ambiente.

O que é um Direito Real?


CC, Título II - Dos Direitos Reais

art. 1225 e ss.

Dois artigos antes sobre a posse: 1.223, 1.224...?

diferenciação da posse, como externa aos Direitos Reais. Posse em separado. Camargo
Penteado. Posse em separado. Com mais precisão. Darcy Bessone. UFMG texto do autor --
BESSONE 1988, pp. 3-45

Direitos reais direitos obrigacionais

🏠 poder imediato sobre a coisa poder indireto

sujeito passivo universal sujeito passivo determinado

Nos direitos obrigacionais, eu não tenho acesso direto / imediato sobre a coisa, eu dependo da
colaboração daquele que se obrigou. v.g., "sempre tem bolo depois do cinema?" 🎂Se vc quer
um bolo, e não souber fazer, precisa contratar alguém.

Os autores antigos diziam que a relação do DR se dá sobre a coisa e a pessoa. A estrutrua da


relação jurídica seria peculiar, entre sujeito e objeto. Não teríamos sujeito passivo. São
chamados autores realistas (de res). Em contraposição a esses autores, a doutrina hoje
dominante diz que toda relação jurídica tem a mesma estrutura. Os personalistas afirmam que
a relação jurídica não se diferencia pela estrutura, havendo sempre um sujeito passivo. O
sujeito passivo seriam todos aqueles que não têm a propriedade sobre o bem. Daí a ideia de
sujeito passivo universal, toda a coletividade tem o dever [geral] de respeito ao direito legítimo
da titularidade.

Contra essa noção é Orlando Gomes. Ela é problemática porque a gente está falando de uma
norma de conduta. Não é algo peculiar ou própria à relação jurídica de direito real. Não é um
diferencial. Esse dever de respeito, além disso, não é idêntico ao dever obrigacional, que se
trata de uma clara prestação.

Mais claro ainda fica quando observamos que é possível a tutela externa do crédito. um
terceiro não pode ser responsabilizado por uma obrigação (alguém alheio a ela).

ver tese na UERJ sobre isso

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existem casos em que terceiros foram responsabilidados. v.g., se eu tenho contrato de


exclusividade na distribuição de um det. posto. se aparece um terceiro. começa a fornecer para
outro. pode processar.

CASO ZECA PAGODINHO. fez comercial com a cerveja concorrente, possuindo contrato de
exclusividade.

Acontecia no âmbito do futebol.

assim, o poder imediato: exclusividade do proprietário na decisão sobre a destinação do bem.


decidir com exclusividade. sem a interferência de quem quer que seja.

Orlando Gomes, 2012. última atualização. Fachin. (ver texto usp cópia no hd)

Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de
reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.

Poder de sequela. reobter o bem.

pablo Henteria e Milena Donato consideram que a prerrogativa de sequela seria a


característica dos Direitos Reais. Para o prof. Marcos Dantas, essa seria uma consequência.

ver tb. Direitos reais limitados. um direito real que foi constituído em torno de uma parcela em
função do direito de propriedade.

v.g. direito real de hipoteca. (direito real de garantia); ver CC, art. 1.225.

CC, art. 1.473. navios e aeronaves podem ser objeto de hipoteca.

na hipoteca, o bem poderá ser executado para ser vendido, esteja na propriedade de quem
estiver

Posse
A posse é um direito real?

resposta do código
resposta da doutrina

O que é posse?

CC, art. 1.196

possuidor é aquele que tem de fato poderes que são característicos dos direitos de
propriedade. Possuidor é alguém que age como proprietário, ainda que não seja. É a
exteriorização da propriedade.

CC, Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou
não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
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A coisa está sendo utilizada conforme a sua destinação.

Exercício pleno de algumas das típicas do direito de propriedade. O legislador não considera
que a posse seja um direito real, como se pode observar pela topografia, mas a doutrina pensa
assim, já que o possuidor também tem poder imediato sobre a coisa, sendo essa a
característica mais forte.

ius possessionis > fato da posse (v.g., art. 561, CPC) quem tinha a posse? ação de
reintegração de posse. juízo possessório é mais célere porque a propriedade é irrelevante.
decisão liminar.

ius possidendi > direito de réu a posse (ações petitórias, onde se vai discutir o direito de
ter a posse; por exemplo, ao afirmar "sou o proprietário")

<< ver p. 11 e ss. (no pdf, 34, etc.) ORLANDO GOMES -- CONTRATOS texto usp >>

quinta, 31.08.2023
Conceito

CC, art. 1196

"Fato" v. "Direito", ius possessionis, ius possidendi, elementos da posse, (a) Teoria subjetiva da
posse, Savigny, Corpus + Animus, (b) Teoria Objetiva da Posse, Ihering, Possuidor e detentor
não se diferenciam pelo comportamento, posse é a "Ponta de entrada para a propriedade",
Relação de hienamória entre posse e propriedade; conportamento proprietário, e o problema
da posse de bens públicos, súmula 619 do STJ, Classificação da Posse, Posse originária v.
posse derivada, posse justa v. posse injusta; CC, art. 1200; posse de boa-fé v. posse de má fé
(CC, 1201).

Conceito
Propriedade. poder imediato sobre a coisa

ao contrário dos direitos obrigacionais

elementos da posse

art. 1.225

1.196 O possuidor

Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não,
de algum dos poderes inerentes à propriedade.

CC, 1.223 perda da posse


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CC, 1.224 definição do esbulho

"Fato" v. "Direito"
ius possessionis: âmbito próprio dos conflitos possessórios, o fato da posse (ver. 561
CPC, reintegração de posse não depende de ter propriedade, mas ter apenas sido
esbulhado)
ius possidendi: ações petitórias (será necessário demonstrar que se tem direito sobre a
coisa, ie, propriedade?, direito de ter a posse)

Teorias

(a) Teoria subjetiva da posse, Savigny,

Corpus + Animus

corpus controle objetivo (quase física): Controle ou possibilidade de controle sobre o


bem... detenção
Animus domini: intenção de ser reconhecido como proprietário daquele bem

Essa teoria não ajuda a definir o locatário como possuidor do bem.

mesmo no direito romano, o credor pignoratício, v.g., não tinha a intenção de se apropriar do
objeto da garantia. por isso Savigny recebeu críticas.

(b) Teoria Objetiva da Posse, Ihering,

Teoria mais contundente.

LER

IHERING. Luta pelo direito


IHERING. Teoria simplificada da posse

Possuidor e detentor não se diferenciam pelo comportamento, o que os diferencia é a lei. Art.
1.198

Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência


para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou
instruções suas.

A relação de subordinação entre possuidor e proprietário não é visível.

A intenção só pode ser apurada em função da forma como as pessoas se comportam diante da
coisa. (teoria objetiva) a FORMA como o bem está sendo utilizado e não apenas se está em
posse de alguém. De acordo com sua função social...

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v.g. Se está construindo um imóvel. Os materiais estão lá.

Posse é a "porta de entrada para a propriedade" (IHERING).

Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não,
de algum dos poderes inerentes à propriedade.

Relação de hienamória entre posse e propriedade;

Proprietário continua sendo possuidor, mesmo não morando nele.

CC, art. 1.197. a posse direta não anula a posse indireta.

locador é possuidor indireto.

existencia de NJ, ie, voluntariedade, caráter temporário desse desdobramento

IHERING. considerava que a posse estava subordinada à propriedade.

comportamento proprietário, e o problema da posse de bens públicos


(CF, art. 183, § 3º)

Categorias de bens públicos

de uso comum (praças, ruas, etc.)


especiais (repartições, prédio da universidade, etc.)
dominicais

Súmula 619 do STJ, 2018: será considerada mera detentora (não terá direito a benfeitoria)

é possível observar o fenômeno possessório em separado ao fenômeno da propriedade. Essa


súmula deve ser criticada.

O próprio STF tem decisões que contrariam a súmula.

v.g. caminhões começaram a bloquear uma rua, bloqueando os moradores. a associação de


moradores ajuizou uma ação de reintegração de posse da rua. STJ, Min. Nancy Andrighi.
moradores tem posse da rua.

Classificação da Posse

Posse originária v. posse derivada

Posse originária. decorre do ato de apossamento.

v.g. limpou um terreno, fez uma cerquinha, vendeu v.g. vender o ponto (transmitindo direitos
possessórios)

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na derivada, você recebe a posse com os mesmos caracteres que ele tinha originariamente.

posse justa v. posse injusta

CC, art. 1.200

posse de boa-fé v. posse de má fé (CC, 1.201)

01.09.2023
Posse originária x posse derivada cc 1197

posse injusta 1200

Não existe posse violenta. Existe posse obtida mediante violência. (cf. CC, arts. 1.200 e 1.208)

Vícios objetivos. ART. 1.208 Momento em que a posse surge.


violência, clandestinidade, precariedade
Entendimento majoritário.

1. elenco exemplificativo
2. Sempre que uma posse for não autorizada, será injusta.

Uma posse justa que se torna injusta -- apropriação indébita. precariedade.

POSSE DE BOA FÉ E DE MÁ FÉ (CC, art. 1.201)


Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede
a aquisição da coisa.

v.g.: obter um lote de quem se pensava ser o legítimo proprietário. Daí dizer que a posse de
boa fé implica numa posse injusta, já que essa posse é necessariamente viciada (apenas há
desconhecimento dos vícios).

POR QUE ISSO É RELEVANTE?

Boa parte da doutrina afirma que se a posse é injusta, ela não é capaz de gerar usucapião.
v.g., Paulo Nader. Mas o art. 1238 (CC) autoriza a usucapião do possuidor de má fé se não
houver oposição por quinze anos (hipótese de usucapião extraordinária).

V.g., esbulho possessório. isso vedaria a usucapião

comparação com a prescrição do homicídio

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SANEAMENTO DOS VÍCIOS DA POSSE --> como resolver.

Diversas hipóteses:
TESES

A. SANEAMENTO PELA PASSAGEM DO TEMPO

pela passagem do tempo. a injustiça é um problema. há uma transformação no caráter


da posse. saneamento pela passagem do tempo é defendida por autores como a Maria
Helena Diniz e o já falecido Sílvio Rodrigues. ver art. 558 CPC.

v.g. POSSE NOVA (ATÉ UM ANO E DIA) E POSSE VELHA

CPC, Art. 558. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as


normas da Seção II deste Capítulo quando a ação for proposta dentro de ano e dia da
turbação ou do esbulho afirmado na petição inicial. cl Maria Helena Diniz afirma que essa
mudança de procedimento teria dado mais justificação para a posse. Sílvio Rodrigues
apoiava-se no direito português. Ele achava que o direito brasileiro havia recepcionado.
de ação possessória para ação petitória. Opinião de pouca relevância.

B. SANEAMENTO PELA TRANSMISSÃO

trata de usucapião o art. 1.207. v.g. alguém que antes possuiu o bem por 10 anos. eu fiquei no
imóvel por 3 anos. O sucessor singular tem a faculdade de unir a sua posse para fins legais de
usucapião. digamos, 13 anos.

CC, art. 1.207. O sucessor universal [quem recebe herança] continua de direito a posse
do seu antecessor; e ao sucessor singular [alguém que obteve a posse derivada, NJ entre
vivos, alguém que sucede alguém na posse] é facultado unir sua posse à do antecessor,
para os efeitos legais.

O artigo trata da usucapião.

Pq alguém deixaria de unir ao seu o tempo do antecessor. Sílvio Venosa afirma que o sucessor
singular tem a falculdade de unir o tempo da sua posse com a do sucessor. Ele passa a ter
uma posse com os mesmos caracteres com a do seu antecessor. Se ele não somar os tempos,
passa a ter uma posse inteiramente livre dos vícios do antecessor. Passaria a ter uma posse
justa.

Em contraposição a esse entendimento, levanta-se o enunciado 494 das JORNADAS DE


DIREITO CIVIL do Conselho da Justiça Federal:

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A faculdade conferida ao sucessor singular de somar ou não o tempo da posse de seu


antecessor não significa que, ao optar por nova contagem, estará livre do vício objetivo
que maculava a posse anterior.

autor: Marcos Dantas / ... (o professor fez o enunciado, que foi feito para criar discussão
quanto ao assunto, mas não houve nenhuma discussão posterior)

ASSUNTO: DISTINÇÃO ENTRE POSSE ORIGINÁRIA E POSSE DERIVADA

quanto à origem exemplo

posse originária quando entro num terreno e tomo posse

posse derivada meu vizinho me passa um barraco por um valor

O CC permite que eu some o prazo para acessão de posse. Se eu somo os períodos de posse,
transmitem-se as qualidades da posse (se era injusta, continua injusta). Se eu decido não
realizar a soma, minha posse passaria a ser livre de qualquer vício de origem.

Crítica: abrir mão implica em saber que havia algum tipo de problema. consequentemnete,
ele seria um possuidor de má fé.

Uma posse injusta pode ser transformada em justa cumprindo uma função social à posse.
Hipótese de usucapião.

TARTUCE, v.g., posse inicialmente injusta, mas cumprindo pode ser tornada justa, poderia
usucapir.

Pressuposto. Inércia do proprietário.

C. SANEAMENTO PELO TÉRMINO DA VIOLÊNCIA


ver art. 1.208.

D. SANEAMENTO PELO CUMPRIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL

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14.09.2023

Posse ad usucapionem usucapião

posse ad interdicta ações possessórias

Nem toda posse é boa para usucapir.

🙋🏽‍♂️ 👨🏻‍⚖️ *v.g.,* **apartamento alugado**. mesmo que more lá 30 anos, a sua posse é
*autorizada* pelo proprietário. Se eu paro de pagar o aluguel, passo a me contrapor ao
proprietário, por conta da minha autonomia, essa posse passa a ser *injusta*
(contraposta ao titular), o que tornaria essa posse *ad usucapionem* no longo prazo.

Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não
autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a
violência ou a clandestinidade.

A posse precisa de certa estabilidade. v.g. Estacionar numa vaga não basta. passar por
dentro de um terreno não te torna possuidor.

deixo fazer pra não brigar

daí, a violência é meio, mas não é instrumento. é preciso cessar a violência.

POSSE É CONCEITO JURÍDICO INDETERMINADO.


Mas é possível perceber que o legislador valorizou algumas formas de posse. Meio de
subsistência, própria moradia, etc.

Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como
seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo
requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro
no Cartório de Registro de Imóveis. Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo
reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia
habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.

usucapião especial rural


Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como
sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior
a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela
sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.

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Doutrina ampliativa
A Doutrina tende a ser ampliativa.

👨🏻‍⚖️ v.g. estender o varal no terreno vizinho.


👨🏻‍⚖️ criar suas galinhas.
👨🏻‍⚖️ Existe uma posse e existe uma posse qualificada pela sua função social.
hipótese posse qualificação

posse por 15 anos, sem


art. 1.238 sem qualificador
oposição

p.u. do 1.238, 1.239, 1.240, 1242, moradia, atividade posse com função
familiar (2 anos) produtiva, etc. social

A justiça não é um problema. Toda posse ad capionem é injusta.


Minoritária, Daniel Carnaccionem concorda com a tese do Dantas.

Doutrina tende a ampliar irrestritivamente a noção de função social da posse.

VÍCIOS SUBJETIVOS DA POSSE

art. 1.201: posse de boa fé e de má fé

ART. 1200. VÍCIOS OBJETIVOS

ART. 1201. VÍCIOS SUBJETIVOS

Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede
a aquisição da coisa.

nOS DOIS CASOS a posse é injusta. A diferença é que no caso de boa fé (subjetiva), eu não
tenho conhecimento do vício.

É muito comum na prática e na doutrina.

A boa fé é justamente a ignorância dos problemas dos vícios.

art. 1238 fala "independente de má fé". outro indício de que mesmo a posse injusta pode gerar
usucapião.

no art. 1242 o legislador exige que o possuidor seja de boa fé.

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DE BOA PRA MÁ PRA BOA


CAIO MÁRIO. hipótese. quando o esbulhador é perdoado pelo proprietário. caso raro. de
almanaque. muito mais difícil o possuidor de má fé se converta de boa fé.
mais fácil de boa fé se converta em má fé. ficar sabendo do vício.

15.09.2023
DANTAS 2018, Marcos. "Dogmática opinativa, O caso da função social da propriedade." dez.
2017. Revista... ?

BENFEITORIAS

possuidor de conservação do bem -- sine qua non, cano da cozinha,


Necessária
má fé consertar uma janela

Útil trocar o box, janela anti-ruído

possuidor de
Voluptuária "mero deleite ou recreio"
boa fé

O possuidor de boa fé tem direito de ressarcido pelas benfeitorias

O possuidor de má fé pelas necessárias.

Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias;


não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as
voluptuárias.

A exemplo, benfeitorias realizadas depois da citação, só serão consideradas as necessárias.


Isto é, ele passa a ser considerado possuidor de má fé a partir do momento da citação. É o
entendimento da doutrina dominante um raciocínio retroativo da data da citação a partir da
sentença. Há quem defenda que isso se dê na contestação.

Usucapião de bem público

Súmula 619. posse de bem público. precária. não induz posse. mera detenção. não tem direito
a qualquer indenização.

outro caso quando prédios públicos forem ocupados por pessoas manifestantes, quando
estudantes ocupam a reitoria ou ocupando escolas...

MOREIRA ALVES. "Posse e detenção". artigo. Classroom.

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ALVES, Jose Carlos Moreira. A detenção no direito civil brasileiro: conceito e casos. Posse e
propriedade : doutrina e jurisprudência. Tradução . São Paulo: Saraiva, 1987. . . Acesso em: 22
set. 2023.

detentores | súmula questionável


art. 1.198. legislador diz: "cnsidera-se detentor quem age conforme ordem do proprietário."
detentor é quem está conservando a posse de outrem. tem caráter de subordinação entre ele,
detentor e o legítimo possuidor do proprietário. V.g. caseiro de uma casa em Campos do
Jordão. O caseiro não é possuidor, ele é mero detentor.

Cf. Moreira Alves, há a detenção subordinada (dependente) do 1198 e a detenção


autônoma ou independente (art. 1.208), que temos a mera permissão ou tolerância.

situação Requer

TOLERÂNCIA CONHECIMENTO

SUBORDINAÇÃO AUTORIZAÇÃO EXPRESSA

v.g. Cara usa um terreno dominical. vazio. Abandonado. morando lá 30 anos. O Estado vai
alegar mera permissão ou tolerância? natureza precária?

justamente com base em luz, água, etc. mostra que há uma tolerânia. a súm. é um argumento
forte para passar o trator, mas há quem defenda que o próprio poder público preparou aquele
lugar.

o próprio Moreira Alves mostra que a própria legislação possui casos em que a posse não
autorizada do bem público é aceita.

dominical, sem uso nenhum público. um que o Estado apenas se manifesta como titular.

presumida boa fé do possuidor com justo título


O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário,
ou quando a lei expressamente não admite esta presunção. (p.u. do art. 1.201)

v.g. escritura

o justo título é aquele que, em tese, seria capaz de lhe atribuir o direito que você acredita que
tem.

O STJ veio abrandando a leitura. mesmo promessa de compra e venda foi sendo considerada
justo título.

o registro não é imprescindível para gerar a presunção de boa fé.

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boa fé vai aparecer também na usucapião ordinária.

🙋🏽‍♂️🙋🏽‍♂️🙋🏽‍♂️ prova na semana que vem.


21.09.2023, Tutela possessória, a proteção
da posse
Dos Efeitos da Posse (Cap. III)

Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído
no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.

turbação,
esbulho e
ameaça

Turbação: ato [irregular] que dificulta o exercício da posse. v.g.: alguém corta a sua luz. No
caso da manifestação de ocupação das escolas, alguns executivos colocaram carros de som
24h/dia, o que é um ato de turbação.

esbulho: é a tomada efetiva da posse das mãos do legítimo possuidor.

ameaça: nada de efetivo ainda aconteceu, mas existe o temor de que um ato concreto seja
tomado. v.g.: manifestantes armando barracas para um possível protesto. Algo dá a entender
que um acontecimento negativo futuro está no horizonte. Diante da ameaça, de contestação da
posse, é possível buscar o judiciário para

princípio da fungibilidade aplicado às ações possessórias. as questões relativas às ações


possessórias são muito fluidas, o nome não irá impedir de analisar a questão, o relato,
reinstituir o direito.

buscar o direito, pleitear a retomada da posse, ou cessar a turbação. integridade da posse.

art. 561. NCPC. o que precisa provar para retomar a posse

NCPC, Art. 561. Incumbe ao autor provar: I - a sua posse; II - a turbação ou o esbulho
praticado pelo réu; III - a data da turbação ou do esbulho; IV - a continuação da posse, embora
turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração.

desforço imediato
art. 1.210, § 1º.

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§1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria
força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do
indispensável à manutenção, ou restituição da posse.

Viajando pelo mundo, descobre que a casa dela foi invadida. Ela não ficou sabendo de nada.
As pessoas tomaram posse e dois anos se passaram. Chegou de volta e tomou conhecimento.
Vc vendeu a casa? Ué, tem gente morando na sua casa. Tem dois anos. Chega numa van,
com 6 seguranças. Você invadiu minha casa.

Logo quando? Logo após a ocorrência do esbulho ou logo após a ciência do esbulho?

Cristiano CHAPES e Nelson ROSENVALD. Espírito da promotoria. Ainda que 2 anos, logo
após a ciência do esbulho.

Observe-se que tem uma pessoa exercendo a posse há dois anos.

ação possessória eu sou possuidor do bem

ação petitória eu sou proprietário do bem

Digamos que usou da força assim que tomou ciência por meio de "encorajamento ostensivo".

"Comprei a casa do Zezinho, que sumiu no mundo". Pode entrar com ação de reintegração de
posse.

ESBULHADOR proprietário

Possuidor injusto possuidor legítimo

4 anos 4 anos

morando no imóvel meditando no Tibete

Tem o esbulhador direito de peticionar reintegração de posse?

desproporção
tempo

Se for desproporcional ou depois de longo tempo, pode parecer um esbulho.

— "S. juiz, eu sou possuidor, estou há quatro anos e fui esbulhado."

Questão OAB que o Dantas redigiu.

Autores mais jovens. Entendem que sim, seria possível se o autor reage logo após a ciência do
esbulho.

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Uma doutrina mais embasada, como o TEPEDINO, essa é uma exceção. As exceções são
aplicadas de forma restritiva.

Francisco LOUREIRO, Código Civil Comentado do César PELUSO.

§ 2º Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de


outro direito sobre a coisa.

Ver enunciados. No CC.

O § 2º do art. 1.210 diz que o proprietário não pode alegar que é proprietário no âmbito da
ação de reintegração de posse. Daí há a diferença: ação possessória <> ação petitória
(reinvindicatória)

Enunciado 78. (1a jornada?) e 79.

A exceptio propietatis foi abolida no Código Civil.

🙋🏽‍♂️🙋🏽‍♂️🙋🏽‍♂️ v.g. você saiu pra trabalhar e na volta se depara com o proprietário na sua sala,
que decidiu passar uns dias na sua casa. "Eu estou passando um momento difícil, não
quero ficar sozinho". Traz um livro, cachorro.

O possuidor direto tem direito de defender a sua posse contra o indireto, e este, contra
aquele (art. 1.197, in fine, do novo Código Civil). Enunciado 76.

irrelevância da titularidade

Essa questão trazia muita divergência no CC de 16.

Art. 505. Não obsta a manutenção, ou reintegração na posse, a alegação de domínio, ou


de outro direito sobre a coisa. Não se deve, entretanto, julgar a posse em favor daquele a
quem evidentemente não pertencer o domínio. (CC/16)

Tendo em vista a não-recepção pelo novo Código Civil da exceptio proprietatis (art. 1.210,
§ 2º) em caso de ausência de prova suficiente para embasar decisão liminar ou sentença
final ancorada exclusivamente no ius possessionis, deverá o pedido ser indeferido e
julgado improcedente, não obstante eventual alegação e demonstração de direito real
sobre o bem litigioso. Enunciado 78

Mais rígido do que a Súmula 487. STF:

Será deferida a posse a quem, evidentemente, tiver o domínio, se com base neste fôr ela
disputada.

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princípio da fungibilidade das ações possessórias

Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz
conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos
pressupostos estejam provados.

Prova da OAB, Questão 1.


local | link

Adalberto é dono de uma casa no litoral, onde ele gosta de passar os feriados com a
família. Certa vez, ao chegar em sua casa de praia durante o Carnaval, ele avistou Diogo,
morador da casa contígua, pulando o muro divisório entre os dois terrenos e deixando
para trás sinais claros de vir utilizando reiteradamente a casa de Adalberto, sem qualquer
autorização. A mesma cena se repetiu quando Adalberto foi passar férias na casa no mês
seguinte, bem como nos feriados da Páscoa e de Tiradentes. Cansado dessa situação,
Adalberto ingressou com ação de manutenção da posse em face de Diogo no final do
mês de abril. Instado a se manifestar antes da apreciação do pedido liminar, Diogo limitou-
se a alegar que Adalberto não comprovou minimamente nos autos que é o legítimo
proprietário da casa. Para piorar a situação, ao visitar novamente a casa no feriado de 1º
de maio, Adalberto descobriu que Diogo havia se mudado para lá definitivamente e
trocado a fechadura, impedindo seu ingresso no imóvel.

A respeito deste caso, responda aos itens a seguir.

A) Considerando verdadeira a alegação deduzida por Diogo nos autos, seria esse
fundamento bastante para justificar o indeferimento do pedido liminar? Justifique. (Valor:
0,65)

B) A natureza da ação proposta por Adalberto impede que o juiz da causa determine
liminarmente a imediata reintegração da posse em favor dele? Justifique. (Valor: 0,60)

Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo
legal não confere pontuação.

Gabarito Comentado
A) Não. Não obsta à manutenção ou à reintegração na posse a alegação de propriedade,
ou de outro direito sobre a coisa, nos termos do Art. 1.210, § 2º, do Código Civil. Portanto,
não caberia a alegação de que a ausência de comprovação da propriedade de Adalberto
sobre a casa impediria a concessão da liminar em seu favor, o que apenas seria exigível
em sede de juízo petitório.

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B) Não. Embora Adalberto tenha proposto uma ação de manutenção da posse, demanda
possessória aplicável às hipóteses de turbação, a configuração superveniente de esbulho
possessório não impede, por si só, que o juiz conceda ao autor a tutela adequada (a
saber, a reintegração liminar de posse), na medida em que as ações possessórias
consideram-se fungíveis entre si, nos termos do Art. 554, caput, do CPC.

Resposta correta: o 561 do CPC não exige.

amanhã, função social nas ações possessórias


será que é preciso provar a função social para ajuizar ação? enunciado fala sobre isso

[corrigir] Na falta de demonstração inequívoca de posse que atenda a função social deve-
se demonstrar a melhor posse, nos termos do pu do 507 de 1916. [corrigir]

Segundo esse enunciado, seria necessário provar a função social.

Exceptio proprietatis, o proprietário folgado


A exceção do proprietário de alegar em sua defesa que é proprietário. Quando o proprietário é
réu na ação.

Proprietário que dá uma de folgado.

A resposta faz ref. ao caso da exceptio.

Não é empecilho à reintegração de posse a alegação da propriedade.

29.09.2023 - Propriedade
Elenco de direitos reais 1.225

Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar (frutos) e dispor (transferir
titularidade)...

Conteúdo (Núcleo) econômico do direito de propriedade.

direito de reavê-la [do poder de quem quer que a possua ou detenha] é o núcleo jurídico do
direito de propriedade.

detentor

O detentor é parte legítima para figurar no pólo passivo? vg., caseiro do esbulhador.

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Alexandre Freitas Câmara. Processualista. Diz que para solucionar como não escrito. Ignorar a
referência à detenção.

quinta, 19/10/2023 :: Leituras


1. DIDIER JR. 2010 [2008], Fredie. "A função social da propriedade e a tutela processual da
posse". In: Regras processuais no Código Civil: aspectos da influência do Código Civil de
2002 na legislação processual. 4. ed. rev. amp. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 181-192.
Disponível em: <https://www.mpma.mp.br/arquivos/CAOPDH/a-funcao-social-e-a-tutela-
da-posse-fredie-didier.pdf>. Acesso em 19 out 2023. {arquivo local}

2. AFONSO DA SILVA 2021, Virgílio. "11. Propriedade". In: Direito Constitucional Brasileiro
(cap. 11). São Paulo: Edusp, 2021. pp. 220-231 [pdf original: pp. 110-116]
{AFONSO_DA_SILVA_2021.md} {OCR} {original}

3. SCHREIBER 2013, Anderson. "Função social da propriedade na prática jurisprudencial


brasileira". Direito civil e Constituição. São Paulo: Atlas, 2013. pp. 243-266. Disponível em:
https://www.schreiber.adv.br/downloads/funcao-social-da-propriedade-na-pratica-
jurisprudencial-brasileira.pdf. Acesso em 19/10/23. {local} {cópia original}

outros textos
SILVA. As normas fundamentais do Novo Código de Processo Civil Ver arquivo local aqui

19/10/2023
art. 5°, XXII.

Hipóteses de desapropriação e expropriação presentes à Constituição.

A ideia de função social está ligada à ideia de algum tipo de direcionamento da propriedade.

Função social vem restringir o direito de propriedade.

Função social: origem constitucional dá abrangência. diz respeito a todo o ordenamento

O que significa descumprir a função social?

2 Pistas na Constituição. usucapião urbano.

será considerada cumprida conforme o disposto o Estatuto da Cidade.

Referência no ar. 186 da Constituição

art. 183 Função da propriedade urbana


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art. 186 Função dúnpropriedade rural

há mais de uma propriedade, portanto possuem exigências distintas.

urbana, rural, ambiental, artística, industrial...

Não temos uma única ideia de propriedade. Cada uma vai requerer um conjunto distinto de
exigências para cumprir sua função social. v.g. direito urbanístico, com exigências nos planos
diretores. Daí, diferentes mecanismos de sanção

vários municípios exigem murar, ou edificação ("edificação compulsória sob pena de multa..."),
tendo em vista necessidade de povoamento, etc.

redação do 186 CF é combater o latifúndio improdutivo

muitas vezes é usado como bandeira para favorecer a agricultura familiar ou modificar a
estrutura fundiária brasileira.

Existem muitas monoculturas de exportação no Brasil, mas desde a origem, essa não é a
função desse artigo, não foi escrito com a intenção de modificar o modelo produtivo, mas
apenas impedir que o latifúndio seja improdutivo.

Eros Grau, Perlingieri, direito civil constitucional, a função integra o direito de propriedade.

Nas hipóteses em que a função social não estivesse sendo cumprida, não teríamos o direito de
propriedade. princípio limitador. Nesse sentido, aquele que descumpre sua função, essa
pessoa não poderia pleitear uma indenização pela perda do bem. Essa visão não é respaldada
pela constituição, já que as pessoas receberiam indenização. Assim, a função social é uma
qualidade que a propriedade deve ter.

O texto do Virgílio indica que a ideia de função social, como está na CF, está muito adstrita à
função social.

Mais adiante, um caso de condomínio de uma área dividida, autuada por descumprir o índice
que determinaria a função social. várias pequenas propriedades. é preciso tratar de
condomínio primeiro.

O Código civil, no art. 1.228, deve cumprir as exigências em conformidade com fauna, flora,
patrimonio histórico, etc., a ideia de conformação a outros bens jurídicos que vão além da
esfera de interesses do proprietário, o que vem de encontro com o fato de que vivemos em
sociedade, nossa vida é coletiva.

Caso extremo da proprietária que pintou a casa de listras como vingança porque não deixaram
que ela fizesse uma academia no subsolo.

art. 1.228, §§ 4° e 5° perder a prop. com indeniz. portanto, não é hipótese de usucapião

---> art. 1.239 usucapião?

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TEM UM CASO

Marcos Alcino desembargador do rio, tese, de que a posse com função social é mais forte do
que a propriedade do que propriedade que não cumpre sua função

Tartuce fala do caso da favela Pulmann. Diz-se que inspirou os arts. do CC.

Casas foram construídas, surgiu uma comunidade.

Depois de um certo tempo, ajuizaram ação.

EXEMPLO

300 pessoas

9 anos

O juiz alegou que o bem não existia mais. O que existe é uma cidade, perdeu-se o objeto. A
doutrina usa esse caso para defender a tese de que a tese com função é mais forte do que
propriedade sem função.

Qual é o problema? Se você sempre cita o mesmo exemplo, isso significa que é uma exceção.

O mais comum é passar o trator.

A usucapião
A usucapião é uma forma de aquisição da propriedade originária. Ela existe tanto para bens
móveis quanto bens imóveis. Existem várias modalidades, mas os princípios são os mesmos.

A consequencia de ser originária, você recebe o imóvel livre de embaraços.

A - devedor proprietário

B - credor hipotecário (HIPOTECA direito de garantia que recai sobre bens imóveis) C -
usucapião

o USUCAPIENTE obtem a casa livre de hipoteca porque a aquisição é originária. não há


transferência de titularidade.

existe imposto que incide sobre a transmissão de propriedade.

20 out 23

fundamento
fundamento da usucapião é função social da propriedade
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1.238 não parece ser o caso de função social. se nem todas as hipóteses são de função social,
o usucapião pode ter outras funções.

a posse qualificada (ver pu do 1238) deve ser privilegiada.

para fins de moradia... etc... passa a ser prazo de 10 anos. diminuição do prazo, tendo em vista
os requisitos da função social. pode até ser de má fé.

daí faz sentido pensar na função social como qualificação da posse.

modalidades espeiciais
usucapião rural e usucapião urbana 1.239 rural 50 hectares 1.240 urbano até 250 m²

limitações no tamanho do imóvel

duas modalidades. não pode ser proprietário de outro imóvel (dif. do 1.238).

na prática, é um bloqueio ao exercício do direito. muito difícil provar.

soma = acessão de posses


acessão de posse: T1 + T2 + T3

doutrina maj. nessas modalidades especiais, esse prazo é pessoal.

TEPEDINO. ONDE O LEGISLADOR NÃO RESTRINGIU, NÃO CABE AO INTÉRPRETE


RESTRINGIR.

modalidade especial urbana, peculiaridade

tb disciplinada pelo Estatuto da Cidade. previsão quase idêntica.

Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao


sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais.

o estatuto da cidade delimita a acessão "automática"

Estatuto da Cidade, Art. 9°. Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de
até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem
oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde
que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

Estatuto da Cidade, Art. 9°, § 3° Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua,
de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da
abertura da sucessão.

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de cujus (de-funto) ---> sucessor universal.

CC. a transferência

ANTINOMIAS - TÉCNICAS DE RESOLUÇÃO


TEMPORAL. NORMA POSTERIOR REVOGA A ANTERIOR 2002 x 2001
especialidade. a especial prevalece sobre a norma geral

Antinomia de 2.° grau.

a doutrina maj. acredita que deve prevalecer a especialidade, ou seja, o Estatuto da Cidade.

Requisitos gerais da usucapião

posse contína e incontestada (ou pacífica)

mansa e pacífica. trad. sinônimo de posse justa. já que a doutrina acredita que a posse precisa
ser justa. (sem violência).

contínua: traço temporal. mesmo com vários possuidores.

sumula 237 STF. O usucapição poderá ser arguido em defesa.

1.240-A. usucapião familiar. trata-se de uma hipótese de bem titularizado em condomínio.


"cuja propriedade divida com o ex". cada fração, não há demarcação no interior do bem.

Hip. do 1.242.

justo título. aquele documento que em tese seria suficiente para adquirir o direito e comprove a
propriedade. STJ foi gradativamente abrandando o conceito do documento. não precisa estar
registrado em cartório, mas tem algum npivel de formalidade. tampouco precisa ser uma posse
de boa fé, ie, na qual se desconhece o vício, até a promessa pode ser considerada justo título.

dez anos, justo título, boa fé

Elpídio Donizetti. par. primeiro seria inconstitucional. pq equipara os possuidores de boa fé e


má fé.

1242, par. unico, é a usucapião tabular. mesmo tomando todas as precauções, é possivel ser
surpreendido por erro ou falsificação. o registro gera presunção de veracidade, mas é uma
presunção relativa. pode ser que as informações não sejam verdadeiras. inverdades
registradas.

@@ para a prova @@

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9/11/2023. Acessão
Exemplo clássico. Fulano, por engano, construiu na quadra B, lote A, mas ele construiu em na
quadra A, no lote B.

Partindo do princípio da gravitação (versão dele no art. 1.253, CC/02), depende de qual é
acessório e qual é principal.

Hipóteses no código. Dinâmica geral. arts. 1.248 e ss.

1.253.

três situações:

1. Fulano construiu no terreno de Beltrano com seus próprios materiais (art. 1.255, CC/02)
2. Alano construiu no próprio terreno com materiais alheios
3. Beltrano constrói no terreno de Alano com materiais de Cicrano. (art. 1.257, CC/02)

Aquele que semeia, planta ou edifica, ... alheios, adquire-lhe a propriedade destes, mas fica
obrigado a ressarcir

Se a construção exceder o valor do terreno, adquire com indenização

Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes,
plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-
lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se agiu de má-fé.

Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do
proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a
indenização.

(Acessão invertida)
Art. 1.255. Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente
o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do
solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo.

Tudo isso considerando que haja aproveitamento.

Construir com autorização do ex-sogro. Não cabe. Vai ser indenizado.

1256. má fé de ambas as partes.

1257 construiu em solo alheio com material alheio

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1.228, par. 4.o Desapropriação judicial privada


não é usucapião pq tem indenização. boa parte da doutrina considera, portanto, como
desapropriação, e entende que deve ser paga pelo Estado.

Esse entendimento é passível de críticas, já que o artigo não menciona o Estado, dando a
entender que devem pagar os possuidores.

Rentería (que publica manual com o Tepedino) tem um artigo que trata da questão, a
interpretação dele, como modalidade de aquisição da propriedade pela acessão (invertida de
caráter social). [boa fé, ?] hipótese em que se dá inversão por uma questão social. Formação
de comunidades. É uma interpretação minoritária.

1.258
adquire parte de outro, deve indenizar

Usucapião de coisa móvel


Maria teve seu caminhão furtado em BH. Ela exauriu os meios legais para recuperar o
carro. 20 anos depois, o carro foi encontrado no Rio de Janeiro. Ela ajuizou uma ação de
reintegração de posse do veículo. Ela obteve e o possuidor (pego dirigindo) recorreu, e saiu
vencedor porque conseguiu provar que havia adquirido numa concessionária, de boa fé, o qual
dirigia por vinte anos. Foi comprado via financiamento.

Nos bens imóveis, é relevante a inércia do proprietário. No caso desse bem, a proprietária fez
tudo o que podia.

orientação pacífica no STJ, bem oriundo de furto não vai poder ser usucapido. em todas as
hipóteses, o cara não tinha prazo pra usucapir. nesse caso, tinha até demais. Nancy Andrighi,
interpretação vencida, porque dizia que a clandestinidade só cessa quando a pessoa identifica
o paradeiro da coisa. Errado. A clandestinidade deixa de existir desde o momento em que há
percepção do furto.

Moreira Alves. a clandestinidade cessa no momento da ciência do furto. Não a ciência do


paradeiro da coisa.

Peso do tempo. segurança jurídica.

art. do Dantas comentário nesse acórdão.

no campo da prop. móvel. 1.267

Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da
tradição.

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Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a possuir pelo


constituto possessório; quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa, que se
encontra em poder de terceiro; ou quando o adquirente já está na posse da coisa, por
ocasião do negócio jurídico.

bens imóveis, o registro é elemento constitutivo da propriedade. a aquisição se dá pelo


registro.

bem móveis, a aquisição se dá com a tradição.

transmissão da coisa, conjugada com a intenção de transferência da titularidade do bem.

p.u. tradição ficta.

hip. 1. constituto possessório. transferência da posse, sem entrega da coisa. transfere a


casa, mas continua morando nela por uns meses. em contrato. condição de detentor ou
possuidor direto. só vai ser possuidor se houver cláusula de constituto possessório. modo de
aquisição da posse pelo contrato.

hip. 2. mesma situação bem móvel. antes da tradição. compro um livro que está emprestado.
"pega o livro com Fulano". Cedendo a outrem o direito de restituição da coisa.

hip. 3. quando você já estava em posse do bem. antes de comprar.

teoria da confiança
1.268

Art. 1.268. Feita por quem não seja proprietário, a tradição não aliena a propriedade,
exceto se a coisa, oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento comercial, for
transferida em circunstâncias tais que, ao adquirente de boa-fé, como a qualquer pessoa,
o alienante se afigurar dono.

privilegiando a confiança.

CONDOMÍNIO

24/11/2023 -- aula online gravada no ERE


Como o código lidou com os limites da titularidade?

Na parte geral, os princípios

na parte especial, o código se debruça sobre alguns tópicos específicos (vg, árvores limítrofes,
O CC tenta construir uma disciplina, passagem de cabos e tubulações, escoamento de águas,
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direito de construir -- posso abrir uma janela a tantos metros do meu vizinho, não posso?)

dentre os tópicos específicos, escolhemos falar de passagem forçada. pra diferenciar de


servidão de passagem.

Direitos de vizinhança, limitações da titularidade

Convivência possível, vida em sociedade.

estabelecimento de limites, proprietário ou possuidor

estrutura
Conceito de vizinhança
teorias aplicáveis:
teoria do uso normal (art. 1277)
sub-teoria do desequilíbrio (CC, art. 1277, p.u.);
teoria da necessidade (CC, 1278)
teoria mista
direitos de vizinhança
passagem forçada (CC, 1285)
distinção entre passagem forçada e servidão de passagem

condomínio geral

cc art 1314

condomínio edilício

1331

1332 instituição

direitos e deveres, art. 1335, 1336, par. 2

expulsão do condomínio

multipropriedade

cc art 1358-B

Direitos Reais na coisa alheia

cc, 1369 > superfície

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cc 1378

servidao

30 % + 70 % |...... |............... |

condomínio pró diviso

condomínio pró-indiviso

cláusula proibindo animais. 2019, STJ. convívio e sossego

Cláusula proibindo festas? há festas e festas

importante garantir o sossego

ineficácia das multas

advertência, multas

---> tende a recair em restrição de direitos

não pagou condomínio, não pode usar a piscina


não pagou condomínio, não pode usar o salão de festas

"vai trabalhar, vagabundo"

"tá gastando o dinheiro dos outros"

ineficácia das multas

vg, uma pessoa insana, de convívio difícil, milionária

TIPICIDADE
NUMERUS CLAUSUS

numerus clausus: Os particulares não tem liberdade para criar direitos reais; art. 1.225 tem
um elenco. que pode ser alterado pelo legislador (novo, vg, multipropriedade; tirou, vg,
enfiteuse, que não existe mais)

conteúdo dos DR. tipicidade. não existe condomínio sem registro, se o conteúdo da convenção
não expressar o que o código determina; vg, o que é parte comum e o que é parte exclusiva,
vc não tem condomínio.

PARIDADE

As regras do código não dão conta, frequentemente, pq há uma pessoa com forte capacidade
econômica; hiperssuficiência econômica;

1.337. o condomino ou possuidor até 5x; indep. perdas e danos


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par. un. até 10x, impedindo a convivência.

situações bizarras e insustentáveis

cara que andava armado ---> ameaça constante


denúncia de cárcere privado de empregado doméstico,
fez da casa uma boca de fumo

EM CONTRÁRIO

restrição não prevista ao direito de propriedade

não tá na lei

MAS

NENHUM DIREITO É ABSOLUTO


função social de propriedade
abuso de direito

não está se valendo do direito para harmonizar o convívio

quando se diz que uma pessoa não pode ter direito dela restrito vocẽ está fazendo prevalecer
sobre outras pessoas que tb são proprietários

é uma leitura individualista, privatista,

1 das faculdades inerentes, que seria morar naquela unidade

possível usucapião?
sim! vg, 1.340-A. afinal, cf. CC, "cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro".

há hipótese de bem titularizado em condomínio.

no condomínio edilício
mistura, propriedade exclusiva, das áreas autônomas, e da propriedade das áreas comuns.

situação vá se perpetuando

infração: o condômino não pode fazer uso exclusivo de área comum

nos casos reconhecidos, na jurisprudência, 1 caso expressamente usucapião, e um no STJ, o


condomínio tinha perdido o direito de desfazer a situação.

no primeiro, uso exclusivo, prédio objeto de algumas áreas, só podia ser acessada através pela
área, e já contribuía a mais pelo uso da área. a palavra usucapião apareceu

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no outro caso, a pessoa estava a trinta anos fazendo uso exclusivo daquela parte da área
comum e quando mudou a adm, o tribunal decidiu, com base na supressio, o cond. tinha
perdido o direito de desfazer a alteração.

supressio x surretio

queria receber.

o fato de não pagar o condomínio é uma remuneração.

24/11/23

Direitos Reais sobre coisas alheias


direitos reais de fruição
superfície
usufruto (uso e habitação)
servidão
direitos reais de garantia
penhor
hipoteca
propriedade fiduciária (fica à parte pq não é um DR, é o DR sendo usado como
garantia)
direitos reais de aquisição (categoria que não se enquadra bem em nenhuma das duas)

DR de superfície
o dono da superfície é dono do que for construído sobre ele.

superficie solo sindict

consagração dessa exceção

separação da propriedade da superfície, propriedade do solo. concede a outra pessoa de


construir sobre o seu terreno. e essa pessoa que vier a construir, terá propriedade. a gente tem
propriedade separada. devidas peculiaridades

Art. 1.369. O proprietário pode conceder a outrem o direito de construir ou de plantar em


seu terreno, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada
no Cartório de Registro de Imóveis.

a leitura é de que se trata de terreno não edificado. pu tb não autoriza a obra no subsolo, salvo
se inerente à construção.
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tb previsto no Estatuto da Cidade

O que se aplica ao Estatuto da Cidade???

no 1370. indicação de que não é possível. pode ser gratuita ou onersoa

1372 pode se transferir a terceiros ou pelos herdeiros

vg, shopping

prazos bastante extensos

depois de um tempo, o edifício se torna também do proprietário

o titular se torna dono do shopping

não poder dar comissão (pu do 1372) se contrapõe ao direito de enfiteuse

servidão
1378

conteúdo.

a pessoa não participou, mas tem que aceitar

se não existe acordo firmado e registrado, o acordo é interpartes

mas se o acordo for registrado, é erga omnes. servidão constituída. discriminar os direitos e
deveres das partes. é isso. ela é DR. para evitar surpresas.

a existẽncia da servidão é uma restrição do eerício dos poderes do titular. do prédio serviente
(ampliação nas suas formas de uso ou fruição)

aquele que pode passar é o prédio dominante (ampliação nas suas formas de uso ou fruição)

essa ideia é sempre interpretada de modo a não agravar o ônus da servidão em si.

existem hipóteses de extinção e pode ser revogado caso não seja observado

QUESTÃO DO ULTIMO EXAME


SOBRE A HIPOTECA, PODEMOS FALAR QUE...

servidão negativa consiste num não fazer.

só se atesta o não uso, pelo descumprimento

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14/04/2024, 22:55 dreais.md

como fazer a defesa da servidão negativa

aqui não tem jeito. só pode provar a existência da servidão pelo título. exceção. uma vista.

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