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AULA 1 - 24.08.2023
provas
22/09 TVC 01
27/10 TVC 02
01/12 TVC 03
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Introdução
Propriedade
Estudo das normas que disciplinam as relações e as apropriações (os bens que podem ser
objeto de apropriação). Seus limites, suas condições. E os direitos correlatos a esses direitos
de propriedade.
v.g., usofruto. uso e fruição. bens imóveis, ger. rel. fam... por exemplo, uma granja? "Quero
beneficiar meu irmão." Constituo usufruto da casa em função do meu irmão. Fruto? aluguel?
comodato?
CC/02, Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o
direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
propriedade: usar, fruir e dispor. 1.228, CC. pode reaver não esgota
maior segurança, relativa, quanto à permanência. autonomia para decidir o que fazer com o
bem. o locatário depende da decisão do proprietário.
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mas há normas que disciplinam o exercício desse direito. normas urbanísticas, ambientais,
relações de vizinhança... v.g., normas que tutelam o patrimônio histórico. morando, não poderá
fazer grandes modificações... Essas normas tutelam interesses difusos, não são, a princípio,
do proprietário. Em tese, a coletividade, tem interesse no bem do meio ambiente.
diferenciação da posse, como externa aos Direitos Reais. Posse em separado. Camargo
Penteado. Posse em separado. Com mais precisão. Darcy Bessone. UFMG texto do autor --
BESSONE 1988, pp. 3-45
Nos direitos obrigacionais, eu não tenho acesso direto / imediato sobre a coisa, eu dependo da
colaboração daquele que se obrigou. v.g., "sempre tem bolo depois do cinema?" 🎂Se vc quer
um bolo, e não souber fazer, precisa contratar alguém.
Contra essa noção é Orlando Gomes. Ela é problemática porque a gente está falando de uma
norma de conduta. Não é algo peculiar ou própria à relação jurídica de direito real. Não é um
diferencial. Esse dever de respeito, além disso, não é idêntico ao dever obrigacional, que se
trata de uma clara prestação.
Mais claro ainda fica quando observamos que é possível a tutela externa do crédito. um
terceiro não pode ser responsabilizado por uma obrigação (alguém alheio a ela).
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CASO ZECA PAGODINHO. fez comercial com a cerveja concorrente, possuindo contrato de
exclusividade.
Orlando Gomes, 2012. última atualização. Fachin. (ver texto usp cópia no hd)
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de
reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
ver tb. Direitos reais limitados. um direito real que foi constituído em torno de uma parcela em
função do direito de propriedade.
v.g. direito real de hipoteca. (direito real de garantia); ver CC, art. 1.225.
na hipoteca, o bem poderá ser executado para ser vendido, esteja na propriedade de quem
estiver
Posse
A posse é um direito real?
resposta do código
resposta da doutrina
O que é posse?
possuidor é aquele que tem de fato poderes que são característicos dos direitos de
propriedade. Possuidor é alguém que age como proprietário, ainda que não seja. É a
exteriorização da propriedade.
CC, Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou
não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
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Exercício pleno de algumas das típicas do direito de propriedade. O legislador não considera
que a posse seja um direito real, como se pode observar pela topografia, mas a doutrina pensa
assim, já que o possuidor também tem poder imediato sobre a coisa, sendo essa a
característica mais forte.
ius possessionis > fato da posse (v.g., art. 561, CPC) quem tinha a posse? ação de
reintegração de posse. juízo possessório é mais célere porque a propriedade é irrelevante.
decisão liminar.
ius possidendi > direito de réu a posse (ações petitórias, onde se vai discutir o direito de
ter a posse; por exemplo, ao afirmar "sou o proprietário")
<< ver p. 11 e ss. (no pdf, 34, etc.) ORLANDO GOMES -- CONTRATOS texto usp >>
quinta, 31.08.2023
Conceito
"Fato" v. "Direito", ius possessionis, ius possidendi, elementos da posse, (a) Teoria subjetiva da
posse, Savigny, Corpus + Animus, (b) Teoria Objetiva da Posse, Ihering, Possuidor e detentor
não se diferenciam pelo comportamento, posse é a "Ponta de entrada para a propriedade",
Relação de hienamória entre posse e propriedade; conportamento proprietário, e o problema
da posse de bens públicos, súmula 619 do STJ, Classificação da Posse, Posse originária v.
posse derivada, posse justa v. posse injusta; CC, art. 1200; posse de boa-fé v. posse de má fé
(CC, 1201).
Conceito
Propriedade. poder imediato sobre a coisa
elementos da posse
art. 1.225
1.196 O possuidor
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não,
de algum dos poderes inerentes à propriedade.
"Fato" v. "Direito"
ius possessionis: âmbito próprio dos conflitos possessórios, o fato da posse (ver. 561
CPC, reintegração de posse não depende de ter propriedade, mas ter apenas sido
esbulhado)
ius possidendi: ações petitórias (será necessário demonstrar que se tem direito sobre a
coisa, ie, propriedade?, direito de ter a posse)
Teorias
Corpus + Animus
mesmo no direito romano, o credor pignoratício, v.g., não tinha a intenção de se apropriar do
objeto da garantia. por isso Savigny recebeu críticas.
LER
Possuidor e detentor não se diferenciam pelo comportamento, o que os diferencia é a lei. Art.
1.198
A intenção só pode ser apurada em função da forma como as pessoas se comportam diante da
coisa. (teoria objetiva) a FORMA como o bem está sendo utilizado e não apenas se está em
posse de alguém. De acordo com sua função social...
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Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não,
de algum dos poderes inerentes à propriedade.
Súmula 619 do STJ, 2018: será considerada mera detentora (não terá direito a benfeitoria)
Classificação da Posse
v.g. limpou um terreno, fez uma cerquinha, vendeu v.g. vender o ponto (transmitindo direitos
possessórios)
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na derivada, você recebe a posse com os mesmos caracteres que ele tinha originariamente.
01.09.2023
Posse originária x posse derivada cc 1197
Não existe posse violenta. Existe posse obtida mediante violência. (cf. CC, arts. 1.200 e 1.208)
1. elenco exemplificativo
2. Sempre que uma posse for não autorizada, será injusta.
v.g.: obter um lote de quem se pensava ser o legítimo proprietário. Daí dizer que a posse de
boa fé implica numa posse injusta, já que essa posse é necessariamente viciada (apenas há
desconhecimento dos vícios).
Boa parte da doutrina afirma que se a posse é injusta, ela não é capaz de gerar usucapião.
v.g., Paulo Nader. Mas o art. 1238 (CC) autoriza a usucapião do possuidor de má fé se não
houver oposição por quinze anos (hipótese de usucapião extraordinária).
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Diversas hipóteses:
TESES
trata de usucapião o art. 1.207. v.g. alguém que antes possuiu o bem por 10 anos. eu fiquei no
imóvel por 3 anos. O sucessor singular tem a faculdade de unir a sua posse para fins legais de
usucapião. digamos, 13 anos.
CC, art. 1.207. O sucessor universal [quem recebe herança] continua de direito a posse
do seu antecessor; e ao sucessor singular [alguém que obteve a posse derivada, NJ entre
vivos, alguém que sucede alguém na posse] é facultado unir sua posse à do antecessor,
para os efeitos legais.
Pq alguém deixaria de unir ao seu o tempo do antecessor. Sílvio Venosa afirma que o sucessor
singular tem a falculdade de unir o tempo da sua posse com a do sucessor. Ele passa a ter
uma posse com os mesmos caracteres com a do seu antecessor. Se ele não somar os tempos,
passa a ter uma posse inteiramente livre dos vícios do antecessor. Passaria a ter uma posse
justa.
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autor: Marcos Dantas / ... (o professor fez o enunciado, que foi feito para criar discussão
quanto ao assunto, mas não houve nenhuma discussão posterior)
O CC permite que eu some o prazo para acessão de posse. Se eu somo os períodos de posse,
transmitem-se as qualidades da posse (se era injusta, continua injusta). Se eu decido não
realizar a soma, minha posse passaria a ser livre de qualquer vício de origem.
Crítica: abrir mão implica em saber que havia algum tipo de problema. consequentemnete,
ele seria um possuidor de má fé.
Uma posse injusta pode ser transformada em justa cumprindo uma função social à posse.
Hipótese de usucapião.
TARTUCE, v.g., posse inicialmente injusta, mas cumprindo pode ser tornada justa, poderia
usucapir.
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14.09.2023
🙋🏽♂️ 👨🏻⚖️ *v.g.,* **apartamento alugado**. mesmo que more lá 30 anos, a sua posse é
*autorizada* pelo proprietário. Se eu paro de pagar o aluguel, passo a me contrapor ao
proprietário, por conta da minha autonomia, essa posse passa a ser *injusta*
(contraposta ao titular), o que tornaria essa posse *ad usucapionem* no longo prazo.
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não
autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a
violência ou a clandestinidade.
A posse precisa de certa estabilidade. v.g. Estacionar numa vaga não basta. passar por
dentro de um terreno não te torna possuidor.
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como
seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo
requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro
no Cartório de Registro de Imóveis. Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo
reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia
habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
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Doutrina ampliativa
A Doutrina tende a ser ampliativa.
p.u. do 1.238, 1.239, 1.240, 1242, moradia, atividade posse com função
familiar (2 anos) produtiva, etc. social
Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede
a aquisição da coisa.
nOS DOIS CASOS a posse é injusta. A diferença é que no caso de boa fé (subjetiva), eu não
tenho conhecimento do vício.
art. 1238 fala "independente de má fé". outro indício de que mesmo a posse injusta pode gerar
usucapião.
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15.09.2023
DANTAS 2018, Marcos. "Dogmática opinativa, O caso da função social da propriedade." dez.
2017. Revista... ?
BENFEITORIAS
possuidor de
Voluptuária "mero deleite ou recreio"
boa fé
Súmula 619. posse de bem público. precária. não induz posse. mera detenção. não tem direito
a qualquer indenização.
outro caso quando prédios públicos forem ocupados por pessoas manifestantes, quando
estudantes ocupam a reitoria ou ocupando escolas...
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ALVES, Jose Carlos Moreira. A detenção no direito civil brasileiro: conceito e casos. Posse e
propriedade : doutrina e jurisprudência. Tradução . São Paulo: Saraiva, 1987. . . Acesso em: 22
set. 2023.
situação Requer
TOLERÂNCIA CONHECIMENTO
v.g. Cara usa um terreno dominical. vazio. Abandonado. morando lá 30 anos. O Estado vai
alegar mera permissão ou tolerância? natureza precária?
justamente com base em luz, água, etc. mostra que há uma tolerânia. a súm. é um argumento
forte para passar o trator, mas há quem defenda que o próprio poder público preparou aquele
lugar.
o próprio Moreira Alves mostra que a própria legislação possui casos em que a posse não
autorizada do bem público é aceita.
dominical, sem uso nenhum público. um que o Estado apenas se manifesta como titular.
v.g. escritura
o justo título é aquele que, em tese, seria capaz de lhe atribuir o direito que você acredita que
tem.
O STJ veio abrandando a leitura. mesmo promessa de compra e venda foi sendo considerada
justo título.
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Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído
no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
turbação,
esbulho e
ameaça
Turbação: ato [irregular] que dificulta o exercício da posse. v.g.: alguém corta a sua luz. No
caso da manifestação de ocupação das escolas, alguns executivos colocaram carros de som
24h/dia, o que é um ato de turbação.
ameaça: nada de efetivo ainda aconteceu, mas existe o temor de que um ato concreto seja
tomado. v.g.: manifestantes armando barracas para um possível protesto. Algo dá a entender
que um acontecimento negativo futuro está no horizonte. Diante da ameaça, de contestação da
posse, é possível buscar o judiciário para
NCPC, Art. 561. Incumbe ao autor provar: I - a sua posse; II - a turbação ou o esbulho
praticado pelo réu; III - a data da turbação ou do esbulho; IV - a continuação da posse, embora
turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração.
desforço imediato
art. 1.210, § 1º.
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§1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria
força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do
indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
Viajando pelo mundo, descobre que a casa dela foi invadida. Ela não ficou sabendo de nada.
As pessoas tomaram posse e dois anos se passaram. Chegou de volta e tomou conhecimento.
Vc vendeu a casa? Ué, tem gente morando na sua casa. Tem dois anos. Chega numa van,
com 6 seguranças. Você invadiu minha casa.
Logo quando? Logo após a ocorrência do esbulho ou logo após a ciência do esbulho?
Cristiano CHAPES e Nelson ROSENVALD. Espírito da promotoria. Ainda que 2 anos, logo
após a ciência do esbulho.
Digamos que usou da força assim que tomou ciência por meio de "encorajamento ostensivo".
"Comprei a casa do Zezinho, que sumiu no mundo". Pode entrar com ação de reintegração de
posse.
ESBULHADOR proprietário
4 anos 4 anos
desproporção
tempo
Autores mais jovens. Entendem que sim, seria possível se o autor reage logo após a ciência do
esbulho.
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Uma doutrina mais embasada, como o TEPEDINO, essa é uma exceção. As exceções são
aplicadas de forma restritiva.
O § 2º do art. 1.210 diz que o proprietário não pode alegar que é proprietário no âmbito da
ação de reintegração de posse. Daí há a diferença: ação possessória <> ação petitória
(reinvindicatória)
🙋🏽♂️🙋🏽♂️🙋🏽♂️ v.g. você saiu pra trabalhar e na volta se depara com o proprietário na sua sala,
que decidiu passar uns dias na sua casa. "Eu estou passando um momento difícil, não
quero ficar sozinho". Traz um livro, cachorro.
O possuidor direto tem direito de defender a sua posse contra o indireto, e este, contra
aquele (art. 1.197, in fine, do novo Código Civil). Enunciado 76.
irrelevância da titularidade
Tendo em vista a não-recepção pelo novo Código Civil da exceptio proprietatis (art. 1.210,
§ 2º) em caso de ausência de prova suficiente para embasar decisão liminar ou sentença
final ancorada exclusivamente no ius possessionis, deverá o pedido ser indeferido e
julgado improcedente, não obstante eventual alegação e demonstração de direito real
sobre o bem litigioso. Enunciado 78
Será deferida a posse a quem, evidentemente, tiver o domínio, se com base neste fôr ela
disputada.
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Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz
conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos
pressupostos estejam provados.
Adalberto é dono de uma casa no litoral, onde ele gosta de passar os feriados com a
família. Certa vez, ao chegar em sua casa de praia durante o Carnaval, ele avistou Diogo,
morador da casa contígua, pulando o muro divisório entre os dois terrenos e deixando
para trás sinais claros de vir utilizando reiteradamente a casa de Adalberto, sem qualquer
autorização. A mesma cena se repetiu quando Adalberto foi passar férias na casa no mês
seguinte, bem como nos feriados da Páscoa e de Tiradentes. Cansado dessa situação,
Adalberto ingressou com ação de manutenção da posse em face de Diogo no final do
mês de abril. Instado a se manifestar antes da apreciação do pedido liminar, Diogo limitou-
se a alegar que Adalberto não comprovou minimamente nos autos que é o legítimo
proprietário da casa. Para piorar a situação, ao visitar novamente a casa no feriado de 1º
de maio, Adalberto descobriu que Diogo havia se mudado para lá definitivamente e
trocado a fechadura, impedindo seu ingresso no imóvel.
A) Considerando verdadeira a alegação deduzida por Diogo nos autos, seria esse
fundamento bastante para justificar o indeferimento do pedido liminar? Justifique. (Valor:
0,65)
B) A natureza da ação proposta por Adalberto impede que o juiz da causa determine
liminarmente a imediata reintegração da posse em favor dele? Justifique. (Valor: 0,60)
Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo
legal não confere pontuação.
Gabarito Comentado
A) Não. Não obsta à manutenção ou à reintegração na posse a alegação de propriedade,
ou de outro direito sobre a coisa, nos termos do Art. 1.210, § 2º, do Código Civil. Portanto,
não caberia a alegação de que a ausência de comprovação da propriedade de Adalberto
sobre a casa impediria a concessão da liminar em seu favor, o que apenas seria exigível
em sede de juízo petitório.
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B) Não. Embora Adalberto tenha proposto uma ação de manutenção da posse, demanda
possessória aplicável às hipóteses de turbação, a configuração superveniente de esbulho
possessório não impede, por si só, que o juiz conceda ao autor a tutela adequada (a
saber, a reintegração liminar de posse), na medida em que as ações possessórias
consideram-se fungíveis entre si, nos termos do Art. 554, caput, do CPC.
[corrigir] Na falta de demonstração inequívoca de posse que atenda a função social deve-
se demonstrar a melhor posse, nos termos do pu do 507 de 1916. [corrigir]
29.09.2023 - Propriedade
Elenco de direitos reais 1.225
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar (frutos) e dispor (transferir
titularidade)...
direito de reavê-la [do poder de quem quer que a possua ou detenha] é o núcleo jurídico do
direito de propriedade.
detentor
O detentor é parte legítima para figurar no pólo passivo? vg., caseiro do esbulhador.
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Alexandre Freitas Câmara. Processualista. Diz que para solucionar como não escrito. Ignorar a
referência à detenção.
2. AFONSO DA SILVA 2021, Virgílio. "11. Propriedade". In: Direito Constitucional Brasileiro
(cap. 11). São Paulo: Edusp, 2021. pp. 220-231 [pdf original: pp. 110-116]
{AFONSO_DA_SILVA_2021.md} {OCR} {original}
outros textos
SILVA. As normas fundamentais do Novo Código de Processo Civil Ver arquivo local aqui
19/10/2023
art. 5°, XXII.
A ideia de função social está ligada à ideia de algum tipo de direcionamento da propriedade.
Não temos uma única ideia de propriedade. Cada uma vai requerer um conjunto distinto de
exigências para cumprir sua função social. v.g. direito urbanístico, com exigências nos planos
diretores. Daí, diferentes mecanismos de sanção
vários municípios exigem murar, ou edificação ("edificação compulsória sob pena de multa..."),
tendo em vista necessidade de povoamento, etc.
muitas vezes é usado como bandeira para favorecer a agricultura familiar ou modificar a
estrutura fundiária brasileira.
Existem muitas monoculturas de exportação no Brasil, mas desde a origem, essa não é a
função desse artigo, não foi escrito com a intenção de modificar o modelo produtivo, mas
apenas impedir que o latifúndio seja improdutivo.
Eros Grau, Perlingieri, direito civil constitucional, a função integra o direito de propriedade.
Nas hipóteses em que a função social não estivesse sendo cumprida, não teríamos o direito de
propriedade. princípio limitador. Nesse sentido, aquele que descumpre sua função, essa
pessoa não poderia pleitear uma indenização pela perda do bem. Essa visão não é respaldada
pela constituição, já que as pessoas receberiam indenização. Assim, a função social é uma
qualidade que a propriedade deve ter.
O texto do Virgílio indica que a ideia de função social, como está na CF, está muito adstrita à
função social.
Mais adiante, um caso de condomínio de uma área dividida, autuada por descumprir o índice
que determinaria a função social. várias pequenas propriedades. é preciso tratar de
condomínio primeiro.
O Código civil, no art. 1.228, deve cumprir as exigências em conformidade com fauna, flora,
patrimonio histórico, etc., a ideia de conformação a outros bens jurídicos que vão além da
esfera de interesses do proprietário, o que vem de encontro com o fato de que vivemos em
sociedade, nossa vida é coletiva.
Caso extremo da proprietária que pintou a casa de listras como vingança porque não deixaram
que ela fizesse uma academia no subsolo.
art. 1.228, §§ 4° e 5° perder a prop. com indeniz. portanto, não é hipótese de usucapião
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TEM UM CASO
Marcos Alcino desembargador do rio, tese, de que a posse com função social é mais forte do
que a propriedade do que propriedade que não cumpre sua função
Tartuce fala do caso da favela Pulmann. Diz-se que inspirou os arts. do CC.
EXEMPLO
300 pessoas
9 anos
O juiz alegou que o bem não existia mais. O que existe é uma cidade, perdeu-se o objeto. A
doutrina usa esse caso para defender a tese de que a tese com função é mais forte do que
propriedade sem função.
Qual é o problema? Se você sempre cita o mesmo exemplo, isso significa que é uma exceção.
A usucapião
A usucapião é uma forma de aquisição da propriedade originária. Ela existe tanto para bens
móveis quanto bens imóveis. Existem várias modalidades, mas os princípios são os mesmos.
A - devedor proprietário
B - credor hipotecário (HIPOTECA direito de garantia que recai sobre bens imóveis) C -
usucapião
20 out 23
fundamento
fundamento da usucapião é função social da propriedade
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1.238 não parece ser o caso de função social. se nem todas as hipóteses são de função social,
o usucapião pode ter outras funções.
para fins de moradia... etc... passa a ser prazo de 10 anos. diminuição do prazo, tendo em vista
os requisitos da função social. pode até ser de má fé.
modalidades espeiciais
usucapião rural e usucapião urbana 1.239 rural 50 hectares 1.240 urbano até 250 m²
duas modalidades. não pode ser proprietário de outro imóvel (dif. do 1.238).
Estatuto da Cidade, Art. 9°. Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de
até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem
oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde
que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Estatuto da Cidade, Art. 9°, § 3° Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua,
de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da
abertura da sucessão.
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CC. a transferência
a doutrina maj. acredita que deve prevalecer a especialidade, ou seja, o Estatuto da Cidade.
mansa e pacífica. trad. sinônimo de posse justa. já que a doutrina acredita que a posse precisa
ser justa. (sem violência).
Hip. do 1.242.
justo título. aquele documento que em tese seria suficiente para adquirir o direito e comprove a
propriedade. STJ foi gradativamente abrandando o conceito do documento. não precisa estar
registrado em cartório, mas tem algum npivel de formalidade. tampouco precisa ser uma posse
de boa fé, ie, na qual se desconhece o vício, até a promessa pode ser considerada justo título.
1242, par. unico, é a usucapião tabular. mesmo tomando todas as precauções, é possivel ser
surpreendido por erro ou falsificação. o registro gera presunção de veracidade, mas é uma
presunção relativa. pode ser que as informações não sejam verdadeiras. inverdades
registradas.
@@ para a prova @@
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9/11/2023. Acessão
Exemplo clássico. Fulano, por engano, construiu na quadra B, lote A, mas ele construiu em na
quadra A, no lote B.
Partindo do princípio da gravitação (versão dele no art. 1.253, CC/02), depende de qual é
acessório e qual é principal.
1.253.
três situações:
1. Fulano construiu no terreno de Beltrano com seus próprios materiais (art. 1.255, CC/02)
2. Alano construiu no próprio terreno com materiais alheios
3. Beltrano constrói no terreno de Alano com materiais de Cicrano. (art. 1.257, CC/02)
Aquele que semeia, planta ou edifica, ... alheios, adquire-lhe a propriedade destes, mas fica
obrigado a ressarcir
Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes,
plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-
lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se agiu de má-fé.
Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do
proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a
indenização.
(Acessão invertida)
Art. 1.255. Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente
o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do
solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo.
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Esse entendimento é passível de críticas, já que o artigo não menciona o Estado, dando a
entender que devem pagar os possuidores.
Rentería (que publica manual com o Tepedino) tem um artigo que trata da questão, a
interpretação dele, como modalidade de aquisição da propriedade pela acessão (invertida de
caráter social). [boa fé, ?] hipótese em que se dá inversão por uma questão social. Formação
de comunidades. É uma interpretação minoritária.
1.258
adquire parte de outro, deve indenizar
Nos bens imóveis, é relevante a inércia do proprietário. No caso desse bem, a proprietária fez
tudo o que podia.
orientação pacífica no STJ, bem oriundo de furto não vai poder ser usucapido. em todas as
hipóteses, o cara não tinha prazo pra usucapir. nesse caso, tinha até demais. Nancy Andrighi,
interpretação vencida, porque dizia que a clandestinidade só cessa quando a pessoa identifica
o paradeiro da coisa. Errado. A clandestinidade deixa de existir desde o momento em que há
percepção do furto.
Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da
tradição.
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hip. 2. mesma situação bem móvel. antes da tradição. compro um livro que está emprestado.
"pega o livro com Fulano". Cedendo a outrem o direito de restituição da coisa.
teoria da confiança
1.268
Art. 1.268. Feita por quem não seja proprietário, a tradição não aliena a propriedade,
exceto se a coisa, oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento comercial, for
transferida em circunstâncias tais que, ao adquirente de boa-fé, como a qualquer pessoa,
o alienante se afigurar dono.
privilegiando a confiança.
CONDOMÍNIO
na parte especial, o código se debruça sobre alguns tópicos específicos (vg, árvores limítrofes,
O CC tenta construir uma disciplina, passagem de cabos e tubulações, escoamento de águas,
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direito de construir -- posso abrir uma janela a tantos metros do meu vizinho, não posso?)
estrutura
Conceito de vizinhança
teorias aplicáveis:
teoria do uso normal (art. 1277)
sub-teoria do desequilíbrio (CC, art. 1277, p.u.);
teoria da necessidade (CC, 1278)
teoria mista
direitos de vizinhança
passagem forçada (CC, 1285)
distinção entre passagem forçada e servidão de passagem
condomínio geral
cc art 1314
condomínio edilício
1331
1332 instituição
expulsão do condomínio
multipropriedade
cc art 1358-B
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cc 1378
servidao
30 % + 70 % |...... |............... |
condomínio pró-indiviso
advertência, multas
TIPICIDADE
NUMERUS CLAUSUS
numerus clausus: Os particulares não tem liberdade para criar direitos reais; art. 1.225 tem
um elenco. que pode ser alterado pelo legislador (novo, vg, multipropriedade; tirou, vg,
enfiteuse, que não existe mais)
conteúdo dos DR. tipicidade. não existe condomínio sem registro, se o conteúdo da convenção
não expressar o que o código determina; vg, o que é parte comum e o que é parte exclusiva,
vc não tem condomínio.
PARIDADE
As regras do código não dão conta, frequentemente, pq há uma pessoa com forte capacidade
econômica; hiperssuficiência econômica;
EM CONTRÁRIO
não tá na lei
MAS
quando se diz que uma pessoa não pode ter direito dela restrito vocẽ está fazendo prevalecer
sobre outras pessoas que tb são proprietários
possível usucapião?
sim! vg, 1.340-A. afinal, cf. CC, "cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro".
no condomínio edilício
mistura, propriedade exclusiva, das áreas autônomas, e da propriedade das áreas comuns.
situação vá se perpetuando
no primeiro, uso exclusivo, prédio objeto de algumas áreas, só podia ser acessada através pela
área, e já contribuía a mais pelo uso da área. a palavra usucapião apareceu
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no outro caso, a pessoa estava a trinta anos fazendo uso exclusivo daquela parte da área
comum e quando mudou a adm, o tribunal decidiu, com base na supressio, o cond. tinha
perdido o direito de desfazer a alteração.
supressio x surretio
queria receber.
24/11/23
DR de superfície
o dono da superfície é dono do que for construído sobre ele.
a leitura é de que se trata de terreno não edificado. pu tb não autoriza a obra no subsolo, salvo
se inerente à construção.
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vg, shopping
servidão
1378
conteúdo.
mas se o acordo for registrado, é erga omnes. servidão constituída. discriminar os direitos e
deveres das partes. é isso. ela é DR. para evitar surpresas.
a existẽncia da servidão é uma restrição do eerício dos poderes do titular. do prédio serviente
(ampliação nas suas formas de uso ou fruição)
aquele que pode passar é o prédio dominante (ampliação nas suas formas de uso ou fruição)
essa ideia é sempre interpretada de modo a não agravar o ônus da servidão em si.
existem hipóteses de extinção e pode ser revogado caso não seja observado
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aqui não tem jeito. só pode provar a existência da servidão pelo título. exceção. uma vista.
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