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2016
CAPÍTULOS;
I – Questões sobre os aspectos materiais
3
VI – Questões sobre empresa Holding e Sociedade de
Propósitos Específicos
X - Bibliografia
ITBI – Um imposto patrimonial (?)
Um exemplo típico: uma pessoa resolve comprar a sua casa, mas não tem o
capital suficiente para tanto. Deste modo, assume um financiamento a ser
quitado em longos meses ou anos. Essa pessoa, portanto, não teria, em tese,
capacidade contributiva capaz de suportar o encargo tributário no momento da
aquisição do imóvel. Ele conta com os ganhos futuros para completar o valor
financiado. Todavia, o ITBI é cobrado no ato, tendo por base de cálculo o valor
venal do bem adquirido. Rubens Gomes de Souza define impostos reais da
seguinte maneira: “os impostos lançados em função do valor da matéria
tributável, mas sem atender às condições pessoais do contribuinte”. Um
paradoxo, portanto, pois todo e qualquer tributo onera a pessoa.
Enfim, tudo se baseia numa ficção legal. E como diz Becker, “existe uma
diferença radical entre a presunção legal e a ficção legal. A presunção tem por
ponto de partida a verdade de um fato: de um fato conhecido se infere outro
desconhecido. A ficção, todavia, nasce de uma falsidade” 1.
Talvez, assim, deixaria mais claro que o ITBI tem três fatos geradores:
Importante dar ênfase a esses três fatos geradores, pois até mesmo parte da
Justiça persiste em adotar tão somente o descrito na alínea A como única
hipótese de incidência do ITBI.
C – Que seja por ato oneroso, ou seja, uma mutação patrimonial entre as
partes contratantes, não importa as condições: se imóvel por dinheiro, imóvel
em permuta, imóvel por financiamento ou compromisso futuro a pagar. Se o
transmitente ou cedente nada recebeu em troca, provocando, simplesmente, o
seu empobrecimento patrimonial definitivo ou temporário, para benefício
exclusivo do adquirente ou cessionário, não há que falar em ITBI.
Direitos hereditários - diz o art. 1.784 do Código Civil que “aberta a sucessão, a
herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários”. O
registro será feito posteriormente, em continuidade ao processo de
transmissão. Este é um dos motivos que permite aos Municípios cobrar o IPTU
de imóvel ainda em nome do “de cujus” diretamente do espólio logo após o
falecimento do proprietário, independentemente da finalização do processo de
inventário e respectivo registro.
Vai daí que o maior grupo de cessões está disposto no Direito das Obrigações
do Código Civil, e não no Direito das Coisas. A cessão (de pessoa a pessoa)
pode ser onerosa ou gratuita, pode ser de um direito, de um dever ou de um
complexo de direitos, deveres e bens, de modo que o adquirente, ou
cessionário, possa exercer posição jurídica idêntica à do antecessor, ou
cedente.
Em termos práticos, a servir para uso fiscal, mesmo que haja apenas registro
do terreno no Ofício de Registro de Imóveis, o prédio nele construído pertence,
como regra geral, ao proprietário do terreno, não importa se averbada ou não a
construção. Nada impede, portanto, que os Municípios lancem o IPTU pelo
valor venal do imóvel edificado, mesmo que a edificação não esteja registrada
no Cartório. O IPTU nada tem a ver, em termos, com o cumprimento de
obrigações acessórias, como a liberação do habite-se ou por se tratar de
construção clandestina. E, tampouco, o ITBI: o valor venal deve considerar a
construção, mesmo que esta ainda não estiver cadastrada, caso ocorra a
transmissão onerosa do imóvel.
Pois bem. Ao ser examinado o teor da Lei n. 6.015/73, que dispõe sobre
registros públicos, observa-se que a mera retificação não judicial somente é
cabível quando tratar de correções na própria área do imóvel, ou seja,
“intramuros”. Como diz Narciso Orlandi Neto6: “Insiste-se em que o processo
não contencioso de retificação de registro não é adequado como forma de
aquisição de domínio, não é uma espécie simplificada de usucapião”.
Atualmente, foi incluído o parágrafo único ao art. 1.255, que diz o seguinte:
II – que a invasão do solo alheio não seja superior à vigésima parte deste;
Dito isso, não há que se refutar que estamos diante de uma transmissão 13
onerosa de bem imóvel, não importa se apenas parte deste. Será necessário
desmembrar o terreno do vizinho e incorporar a parte desmembrada ao terreno
do adquirente. Uma transmissão originária, portanto, a ser tributada pelo ITBI.
“Parágrafo único do art. 36. O imposto não incide sobre a transmissão aos
14
mesmos alienantes, dos bens e direitos adquiridos na forma do inciso I deste
artigo, em decorrência da sua desincorporação do patrimônio líquido da pessoa
jurídica a que foram conferidos” (grifei).
Há uma distinção clara entre direito real e direito pessoal. Direito real consiste
no poder jurídico, direto e imediato, do titular sobre a coisa, com exclusividade
e contra todos. O vocábulo ‘real’ deriva do latim res que significa coisa. O
direito pessoal consiste numa relação jurídica de pessoa a pessoa, instituindo
obrigações e direitos entre as partes. Em termos bem sucintos, o direito real
estabelece um vínculo entre o sujeito e a coisa; no direito pessoal, o vínculo se
refere a uma pessoa. No Código Civil, os direitos pessoais são encontrados no
Direito das Obrigações, e os direitos reais constam do Direito das Coisas.
O Livro III do Código Civil regula o Direito das Coisas. Neste Livro temos a
sistematização dos Direitos Reais.
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
15
VI - a habitação;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
XII - a concessão de direito real de uso (incluído pela Lei nº 11.481, de 2007).
Para responder essa questão será preciso, inicialmente, analisar o que vem a
ser um contrato de promessa de compra e venda de imóvel.
Como já foi exposto em outras oportunidades, o ITBI tem, também, como fato
19
gerador a transmissão de direitos reais sobre imóveis por ato oneroso, exceto
os direitos reais de garantia. O art. 1.227 do Código Civil enfatiza que os
direitos reais sobre imóveis, ou transmitidos por atos entre vivos, só se
adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Por esse motivo, o Superior Tribunal de Justiça vem decidindo que o fato
gerador do imposto ocorrerá somente com o registro no Ofício de Registro de
Imóveis relativo à transmissão da propriedade. Exemplo abaixo:
Cabe aqui lembrar alguns aspectos que devem ser considerados relevantes:
Cabe lembrar que o STJ vem repelindo a exigibilidade do ITBI nas promessas
de compra e venda, “contrato preliminar que poderá ou não se concretizar em
contrato definitivo, este sim ensejador da cobrança do aludido imposto” (REsp
57.641-PE), ou “a promessa de cessão de direitos à aquisição de imóvel não é
fato gerador de ITBI” (AgRg no REsp 327.188-DF), ou “na concepção jurídica
da Egrégia Primeira Seção, deste STJ, cujo fato gerador (do ITBI) é o registro
do respectivo título” (RHC 5178-SP).
O contrato de superfície, no Brasil, não pode ser por prazo indeterminado. Mas
o prazo fica a critério dos contratantes. Caso o imóvel já possuir construção,
não poderá ser objeto de direito de superfície. Admite-se, porém, a permissão
de demolição do prédio existente e construção de outro, este já por conta do
superficiário.
O direito de superfície se constitui por meio de escritura pública devidamente
registrada no Cartório de Registro de Imóveis. Assim, enquanto não for
registrado, o contrato entre as partes terá apenas um vínculo obrigacional, e
somente surgirá o direito real após aquele registro.
24
O que vem a ser o direito real das Servidões?
Ensina Orlando Gomes11 que servidão é o direito real sobre a coisa imóvel,
que lhe impõe um ônus em proveito de outra, pertencente a diferente dono. O
imóvel que suporta a servidão chama-se serviente. O outro, em favor do qual
se constitui, denomina-se dominante.
Diz o art. 1.378 do Código Civil: “A servidão proporciona utilidade para o prédio
dominante, e grava o prédio serviente, que pertence a diverso dono, e constitui -
se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e
subsequente registro no Cartório de Registro de Imóveis”. A servidão adere ao
imóvel, apresentando-se como um ônus que acompanha o prédio serviente em
favor do dominante.
Em termos de direitos reais sobre imóveis, o usufruto mais comum ocorre nas
relações de família, através de doação ou testamento com reserva de usufruto,
resultando, pois, de negócio gratuito, oferecendo ao usufrutuário as condições
de viver num imóvel pertencente a outro membro da família.
O usufruto é sempre temporário, podendo extinguir-se com a morte do
usufrutuário, ou no prazo de trinta anos se constituído em favor de pessoa
jurídica, se esta não for extinta antes. Nada impede, porém, de o usufruto ser
constituído em prazo certo ou duração menor.
Mais uma vez, a extinção do usufruto não gera ITBI, por não se tratar de
transmissão.
Explica Carlos Roberto Gonçalves 14 que o uso nada mais é do que um usufruto
limitado. Destina-se a assegurar ao beneficiário a utilização imediata de coisa
alheia, limitada às necessidades do usuário e de sua família.
O ITBI incide sobre direito real de uso somente quando for a título oneroso. E
relativos a imóveis, evidentemente.
Nas palavras de Caio Tácito15: “A concessão de uso é um direito real que não
absorve nem extingue o domínio público, constituindo-se em fruição qualificada
de interesse social. Oponível a terceiros, guarda perante a administração,
proprietária do bem, cujo domínio subsiste íntegro, o vínculo da condição
resolutiva de destinação à finalidade pública estipulada, sob pena de
perecimento de direito”.
Deste modo, sendo onerosa a concessão de direito real de uso, sua instituição
e o devido registro no Cartório de Registro de Imóveis, caberia, sim, a
incidência do ITBI. Exemplos: concessão para exploração de aeroporto,
rodoviária, porto e outros imóveis, desde que a concedente tenha recebido
remuneração pela concessão.
- Como registro:
- Como averbação:
Ou seja:
Sendo assim, cabe à lei municipal fixar a base de cálculo de acordo com o fato
gerador ocorrido. Pode, por exemplo, estabelecer um percentual do valor venal
do imóvel quando for transmissão de direito real. A lei do Município de 32
Campinas, como ilustração, estabelece uma redução de 1/3 quando se tratar
de uso ou de usufruto. Já o Município do Rio de Janeiro fixa em 50% do valor
venal do imóvel as transmissões de usufruto, uso e habitação (embora esta
última não seja fato gerador do imposto por ser sempre gratuita). E para
finalizar os exemplos, o Município de Recife também estabelece o percentual
de 50% do valor venal do bem nos casos de usufruto, enfiteuse, servidão,
rendas constituídas, habitação e uso.
A base de cálculo do ITBI nada tem a ver com a base de cálculo do IPTU. O
valor venal do IPTU é baseado numa média do mercado, com base estimada.
O valor venal do ITBI leva em consideração, exclusivamente, o próprio imóvel
objeto da transmissão em determinado momento. A Justiça já firmou
jurisprudência neste sentido:
“2. Nos termos da jurisprudência desta Corte, não são vinculados os valores
venais de ITBI e IPTU, porquanto a apuração da base de cálculo e a
modalidade de lançamento desses tributos são diversas. 33
Precedentes: AgRg no AREsp 261.606/SP, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima,
Primeira Turma, DJe 22/2/13 e AgRg no REsp 1.226.872/SP, Rel. Min.
CASTRO MEIRA, Segunda Turma, DJe 23/4/12”.
Não há dúvida, assim, que o imposto será pago em 2014, mas em obediência
aos termos da lei na época da transmissão (2012) e, também, levando em
conta o valor venal do bem naquela época.
A Construtora ‘A’ efetuou promessa de venda ao promitente ‘B’, mediante
contrato particular não registrado. Posteriormente, o promitente ‘B’
repassou o compromisso para outra pessoa (promitente ‘C’). Finalmente,
este repassou para o promitente ‘D’, que quer registrar o contrato. Para
efeito de ITBI, quantas transmissões devem ser cobradas?
Todavia, resta claro que o registro somente foi efetuado com a anuência da
União, por se tratar de “terreno de marinha”, e o Ofício de Registro de Imóveis
teria cabal conhecimento de que lidava com transmissão de direito útil de
imóvel da União, e não de transmissão de propriedade. O § 2º do art. 3º do
Decreto-lei n. 2.398/87 esclarece:
Há uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que diz assim:
Dito isso, seria possível entender que a lei de um Município possa conceder
uma redução no valor venal do imóvel, quando se tratar de transmissões da
nua-propriedade, levando em conta a indisponibilidade da posse efetiva do
imóvel.
Como diz Aires F. Barreto, “a base de cálculo é estabelecida por lei, com a
finalidade de fixar o critério para determinação do quantum debeatur, ou seja, o
valor que servirá de base para aplicação da alíquota correspondente, que
resultará no valor do imposto devido”.
No caso do ITBI, a lei é taxativa: “A base de cálculo é o valor venal dos bens ou
direitos transmitidos”. No entanto, as leis municipais geralmente acrescentam
mais um dispositivo: “A base de cálculo é o valor venal dos bens ou direitos
transmitidos, ou o valor declarado, o que for maior”.
Em geral, o Fisco somente aplica a regra da lei quando o valor declarado for
inferior ao valor venal apurado. Mas, nas raras exceções em que o valor
declarado supera o valor venal, o Fisco também adota o dispositivo da lei. E
em tal situação, possível constatar que o valor venal não foi respeitado, pois se
compete ao Fisco à sua mensuração, não se justificaria o fato de que o valor
venal apurado somente seria acatado por ser correto quando fosse maior do
que o preço declarado. Uma incongruência paira no ar.
Pois bem, para efeitos de mercado, em situação estável e regular, o valor venal
daquele imóvel era, realmente, a metade do valor de aquisição. Deste modo,
lançar a maior seria violação do disposto no art. 38 do CTN, pelo qual a base
de cálculo é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.
Mais uma vez Aires F. Barreto: “A base de cálculo do imposto é o valor venal
dos bens ou direitos transmitidos ou cedidos. O valor venal não é
necessariamente o valor do negócio realizado. A Constituição e o Código
Tributário Nacional não exigem que o valor venal coincida com o valor da
efetiva transação imobiliária, onde até os fatores subjetivos poderiam interferir
na sua fixação”.
A resposta seria, portanto, pelo valor venal do imóvel, em que pese o valor de
compra ter sido superior. Há, porém, divergências.
O art. 38 do CTN estabelece como base de cálculo do (atual) ITBI o valor venal
dos bens ou direitos transmitidos, a entender, porém, de que trata do valor
venal do imóvel transmitido, desconsiderando-se os demais bens móveis que
por ventura tenham sido objeto de transmissão no conjunto. Desta forma, se
alguém adquire, por exemplo, uma casa mobiliada, o correto seria a escritura
apartar o valor do imóvel do valor das pertenças também adquiridas, as quais,
aliás, deveria compor uma relação descritiva independente, o que nem sempre
acontece.
Dentre os direitos reais havia a enfiteuse, excluída no atual Código Civil, mas
mantida a vigência dos contratos já existentes. Diversos bens imóveis da
União, inclusive os chamados terrenos de marinha, são objetos de enfiteuse ou
aforamento, quando a União concede ao particular o direito útil de usar, gozar e
fruir do imóvel como se a propriedade fosse sua. Trata-se, portanto, de uma
transmissão onerosa do direito de ocupação, a incidir, pois, o ITBI.
Art. 20 da CF:
(...)
Lamento, mas há incidência, sim. O ITBI incide sobre imóveis e não sobre bens
móveis do tipo veículos e embarcações. Vamos raciocinar de outra maneira:
um dos cônjuges, que tinha direito à metade da casa, portanto, de R$50 mil,
fez acordo com o outro e, em vez de receber sua parte em dinheiro, recebeu
em veículos. Está caracterizado o ato oneroso da transmissão imobiliária,
resolvido pela transferência dos bens móveis. 44
Todavia, vamos supor que a partilha acima foi feita de outra forma: um dos
cônjuges faz doação ao outro de sua parte do imóvel, e este, por sua vez, doa
sua parte nos veículos. Esta é a grande dificuldade de apurar o tributo nas
partilhas, principalmente naquelas realizadas amigavelmente. Poderia o Fisco
Municipal presumir a onerosidade na transmissão do imóvel? Respondemos
que não, se as partes assumiram claramente a doação. Direito deles. Se assim
pactuaram, vão recolher o ITCMD estadual, e não deve o Município se indispor
com isso.
Não custa repetir que a base de cálculo do ITBI é o valor venal do imóvel,
assim considerado o valor de mercado, em condições normais e para
pagamento à vista. Se o resultado da avaliação do Fisco coincidiu com os
valores pactuados na permuta, teríamos:
Todavia, um dos condôminos ficou com mais 10 lotes do que de fato lhe
corresponderia. Em outras palavras, adquiriu 5 lotes de cada um dos outros
dois. Houve, assim, transmissão onerosa desses 10 lotes, a incidir o ITBI.
Por tais motivos, mesmo que a cessão seja a título oneroso, entendemos que
não há incidência do ITBI em tais casos. Acrescente-se, ainda, o fato de que a
posse não é registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
Diz Aires F. Barreto 18: “O ITBI não incide no mandato em causa própria ou com
poderes equivalentes e seu substabelecimento, quando outorgados para o
mandatário receber a escritura definitiva do imóvel”.
Diz José Eduardo Soares de Melo 19: “O imposto não incide em usucapião,
desapropriação, servidões, bens de mão morta; no mandato em causa própria
ou com poderes equivalentes e seu substabelecimento, quando outorgado para 48
o mandatário receber escritura definitiva do imóvel, (...)” (grifei).
“Art. 685 – Conferido o mandato com cláusula ‘em causa própria’, a sua
revogação não terá eficácia, nem se extinguirá pela morte de qualquer das
partes, ficando o mandatário dispensado de prestar contas, e podendo
transferir para si os bens móveis e imóveis objeto do mandato, obedecidas as
formalidades legais”.
Sobre o tema, vejamos o que nos ensina João Baptista Galhardo, em artigo
publicado na Revista de Direito Imobiliário nº, 34, intitulado "A
TRANSFERÊNCIA DE IMÓVEL POR PROCURAÇÃO EM CAUSA PRÓPRIA",
p. 20-21: REGISTRO DO MANDATO EM CAUSA PRÓPRIA:
Deste modo, deve-se excluir do valor venal as benfeitorias não fixadas no solo,
ou seja, as pertenças, e os bens móveis tais como os semoventes e veículos.
Plantações e construções fazem parte do cálculo.
3. O CTN prevê que a legislação tributária que disponha sobre isenção deve
ser interpretada literalmente (art. 111). O legislador expressou a ideia de
adição/soma, para definir o conceito de atividade preponderante para fins de
imunidade de ITBI, não cabendo aos interpretes da lei ampliar/restringir o seu
conceito.
Não se trata, portanto, de um somatório dos resultados dos quatro anos, para,
então, certificar-se da ocorrência ou não da preponderância. Cada exercício
social da pessoa jurídica é verificado em separado, independentemente dos
resultados dos demais exercícios.
O § 2º do art. 156 da Constituição Federal estatui que o ITBI não incide sobre a
transmissão de imóveis ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de
capital, nem sobre a transmissão decorrente de fusão, incorporação, cisão ou
extinção de pessoa jurídica, salvo se a atividade preponderante do adquirente
for a compra e venda desses bens, locação de imóveis ou arrendamento
mercantil.
A imunidade prevista proporciona interessante elisão fiscal para quem não quer
pagar o ITBI. Sacha Calmon22, em sua magna obra, “Curso de Direito Tributário
Brasileiro”, dá um ótimo exemplo: “Carlos quer vender para João uma fazenda,
mas não quer pagar ITBI. Formam, então, uma sociedade por cotas para a
criação e venda de gado. Carlos integraliza o seu capital com a fazenda, e
João, com o dinheiro de contado. Seis meses depois, distratam e desfazem a
Não resta dúvida que está clara a incidência do ITBI, levando em conta a
ressalva contida na imunidade prevista no inciso I do § 2º do art. 156 da
Constituição Federal. Não procede, em absoluto, a repetição de indébito
decorrente de alteração contratual promovida pela empresa após a ocorrência
do fato gerador, pois vigora a situação vigente à data da aquisição.
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A empresa ‘A’, que já existia, aumentou o seu capital com a entrada de
um imóvel transmitido pela sócia Empresa ‘B’. Haveria, neste caso,
incidência do ITBI?
Cisão é a operação pela qual uma empresa transfere todo ou somente uma
parcela do seu patrimônio para uma ou mais empresas, existentes ou
constituídas para esse fim, extinguindo-se a empresa cindida se houver
transmissão total do seu patrimônio, ou permanecendo ativa se manter uma
parcela do seu patrimônio não transmitida.
Todavia, se o imóvel estiver sendo adquirida pelo próprio Pastor, pessoa física,
não há que se falar em imunidade. O imposto será devido.
A imunidade de que trata a pergunta está prevista no inciso I, § 2º, do art. 156
da Constituição Federal, nos seguintes termos:
A norma constitucional da imunidade deixa claro que tal benefício não alcança
pessoa jurídica cuja atividade preponderante for compra e venda de bens ou
direitos, a locação de bens imóveis ou o arrendamento mercantil. O motivo da
exceção é claro: não se beneficiar a empresa da imunidade para fins de
negociar os seus próprios bens imóveis, ou seja, gerar riqueza em atividade
mercantil sem o pagamento dos impostos devidos.
Ocorre, porém, que esse lapso de tempo deve ser exigido quando a pessoa
jurídica exerce atividades distintas, sem qualquer objetivo do exercício de
negócios imobiliários. No caso presente, o objeto social registra quatro
atividades, porém, duas delas se apresentam como meras decorrências das
duas principais. As atividades de “fabricação de artefatos de cimento para uso
na construção” e “outras obras de acabamento” são dependentes da
“incorporação de empreendimentos imobiliários”, pois a empresa não possui
estrutura de patrimônio para instalar e fazer funcionar uma fábrica de artefatos
de cimento, e não possui capital de giro disponível para manter pessoal em
obras de acabamento.
Neste sentido, somos de opinião que a transmissão do imóvel, neste caso, está
sujeita à incidência do ITBI, sendo, assim, impedida a liberação da certidão de
não incidência.
Como se vê, fica fácil a elisão fiscal: basta constituir uma sociedade de
qualquer atividade, menos daquelas de exceção, e deixá-la inativa ao tempo. A
depender do valor do imóvel, compensa o custo de “abrir” uma empresa 63
“fantasma”.
De acordo com o § 3º do referido art. 229, quando ocorrer Cisão Parcial (como
foi o caso) com destinação da parcela do patrimônio para empresa já existente,
cumprem-se as regras de uma incorporação, a dizer com isso que a empresa
que absorveu o patrimônio passa a suceder a outra em todos os direitos e
obrigações.
64
Bem, o § 2º do art. 156 da Constituição Federal reza o seguinte:
“Por outro lado, como bem ressaltado pela Representação da Fazenda, não se
pode negar que o espírito do legislador constituinte, ao instituir tal benefício, o
fez visando incentivar e incrementar o desenvolvimento de atividades
econômicas e sociais para o progresso do País, a exemplo do que ocorre com
as outras imunidades, tais como, as em relação ao ITR, sobre as glebas rurais
de áreas mínimas, o ICMS sobre produtos industrializados remetidos ao
exterior, o IPTU, sobre imóveis de templos de qualquer culto e o ISS sobre o
patrimônio e a renda de determinados entes; todas, portanto, com objetivo
determinado e não, simplesmente, para agraciar contribuintes que, para fugir
da hipótese de incidência do imposto, paralisam suas atividades desde a
própria constituição, o que acarreta, inclusive, o desemprego. Seria um
presente ao ócio que, a toda evidência, não me parece ter sido a intenção do
legislador, razão pela qual o argumento de paralisação de atividades não pode
justificar o desatendimento à exigência legal, único passaporte para a fruição
do benefício. Tal entendimento se evidencia pela simples leitura das
disposições do § 1º, do artigo 37 do Código Tributário Nacional, que sinaliza
positivamente acerca da efetiva necessidade de receitas que ultrapassem aos
50% auferidos pela pessoa jurídica adquirente do patrimônio”. 66
De fato, a imunidade visa o progresso das empresas e o consequente
desenvolvimento econômico, como diz Marilene Talarico Martins Rodrigues,
mas se a empresa nada exerce, em plena ociosidade produtiva, o benefício
perde o seu propósito. No entanto, no presente caso, sugerimos aguardar os
três próximos exercícios, como se fosse uma empresa nova e constituída a
partir do aumento de capital. Caso persista a inatividade, deve-se cobrar o
imposto; caso inicie suas atividades, examinar a preponderância.
Existem duas modalidades de holding: a pura, que é quando seu objetivo social
seja somente de participação no capital de outras empresas; e mista, quando,
além da participação, atue também na exploração de alguma atividade.
Em outras palavras, a Holding pura vive somente das receitas provenientes dos
dividendos proporcionados por suas afiliadas. A empresa Holding mista, além
dos ganhos de dividendos, aufere receita com atividades econômicas próprias.
O tipo ‘holding’ de sociedade foi instituído no Brasil pela Lei n. 6.404, de 1976,
denominada ‘Lei das Sociedades Anônimas’. A palavra inglesa ‘holding’
significa segurar, controlar. Trata-se, portanto, de uma sociedade que participa
do capital de outras, de forma a poder controlá-las. Ou seja, está no controle,
no comando de outras sociedades.
Em tais casos, a holding se intitula como ‘pura’, isto é, o seu objeto social prevê
apenas a participação majoritária no capital de outras sociedades, sendo,
então, a controladora.
73
Mas, temos, também, a holding ‘impura’, cujo objeto social prevê não só a
participação no capital de outras sociedades, como, também, a exploração de
outras atividades empresariais. Em tal modalidade, a holding tem atuação
independente no exercício de certas atividades econômicas.
Nos termos da Constituição Federal (art. 156, § 2º, I), o ITBI não pode incidir
“sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa
jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos
decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo
se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for compra e venda
desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil”.
Dificuldade maior está nas empresas novas, que estão iniciando suas
atividades. Em tais casos, o único elemento de análise é o contrato social da
nova empresa, examinando-se o seu objeto social.
Em geral, uma empresa holding “pura” tem como objeto social, unicamente,
“participar, como sócia ou acionista, de outras sociedades ou empreendimentos
através da mobilização de recursos para o atendimento das respectivas
necessidades adicionais de capital de risco e de subscrição ou aquisição de
valores mobiliários que forem emitidos para fortalecimento dessas sociedades”.
Pode, porém, ter outros objetivos de receita, como já foi dito, mas tudo se
resume na análise do objeto social.
O Parágrafo único do art. 981 do atual Código Civil permite que a atividade
estabelecida em contrato de uma sociedade pode restringir-se à realização de
um ou mais negócios determinados.
Assim dizendo, resta claro que o fulcro da questão reside no objeto específico
da SPE. Se este objeto social estiver relacionado à compra e venda de
imóveis, locação imobiliária e arrendamento mercantil de imóveis evidencia-se
uma exceção à regra imunitória estabelecida na Constituição Federal. O § 2º
do art. 156 da CF dita o seguinte:
Nada impede, no entanto, que o objeto social inclua, por exemplo, ‘estudo e
elaboração de projeto construtivo’, ‘intermediação de financiamentos a
mutuários’, ‘elaboração de cadastros’, ‘corretagem de imóveis’ e tantos outros
serviços, mas todos inter-relacionados com o propósito maior. Portanto, seriam
atividades meio e não atividades fins.
(...)
Deste modo, se um dos sócios for pessoa jurídica, cuja atividade esteja
enquadrada em uma daquelas três das exceções, haveria incidência do ITBI.
Contudo, sendo os quatro quotistas pessoas físicas, independentemente de
suas atividades profissionais, não caberia a tributação.
Neste caso, haveria também uma penalidade sobre o Oficial do Registro, pois,
em geral, a lei municipal exige a apresentação da guia quitada do imposto no
ato do registro, assumindo o Cartório tal responsabilidade.
“O vendedor responde por todos os débitos que gravam a coisa até o momento
da tradição, salvo convenção diversa das partes (CC, art. 502). Aplica-se o
dispositivo às obrigações propter rem, de que são exemplos os tributos
incidentes sobre a propriedade (IPTU, ITR, IPVA etc.). Não tendo as partes
estipulado a assunção da obrigação pelo comprador, será do vendedor a
responsabilidade pelo pagamento”.
A obrigação propter rem significa “por causa da coisa”. A dizer que se o direito
de que se origina é transmitido, a obrigação o segue, seja qual for o título
translativo.
II - (...)”.
Não esquecer, porém, que o CTN é lei normativa, devendo os seus preceitos
constar da lei municipal. Em outras palavras, cabe à lei municipal instituir as
obrigações dos cartórios, e imputar a penalidade desejada no capítulo
correspondente às sanções.
VIII – quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por
ocasião do lançamento anterior;
Como se vê, o rol do art. 149 é vasto. Porém, importante observar que a
alteração do lançamento não pode ser feita tendo por base mudança de critério
jurídico, ou em função de reinterpretação das normas jurídicas vigentes.
Permite-se quando ocorrer erro de fato.
I – em caráter geral:
(...)
Sendo assim, uma lei municipal que apenas repete o disposto no Código
Tributário Nacional não poderia ser considerada para liberação de
parcelamento, a exigir, portanto, lei específica.
- A lei genérica do Município B, em vista dos seus termos limitados, faz exigir
lei específica;
Esse assunto também foi examinado pelo Supremo Tribunal Federal. Foi
decidido que a inconstitucionalidade da progressividade obriga o Município a
retornar à alíquota prevista na lei anterior.
Segue o aresto:
Já o ITBI tem por base de cálculo o valor ‘real’ de um imóvel específico. Não se
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trata, portanto, de uma média, a considerar determinada localização. Deste
modo, deve o Fisco ter meios e condições técnicas que permitam a efetivação
de avaliar o imóvel. Para tanto, alguns requisitos são necessários:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
MANDADO DE SEGURANÇA
1. O recurso especial não merece ser conhecido em relação a questão que não
foi tratada no acórdão recorrido, sobre a qual nem sequer foram apresentados
embargos de declaração, ante a ausência do indispensável prequestionamento
(Súmulas 282 e 356 do STF, por analogia).
2. A jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que o valor da base de
cálculo do ITBI é o valor real da venda do imóvel ou de mercado, sendo que
nos casos de divergência quanto ao valor declarado pelo contribuinte pode-se
arbitrar o valor do imposto, por meio de procedimento administrativo fiscal, com
posterior lançamento de ofício, desde que atendidos os termos do art. 148 do
CTN.
3. Vale destacar que que o valor venal do imóvel apurado para fins de ITBI não
coincide, necessariamente, com aquele adotado para lançamento do IPTU.
1. O recurso especial não merece ser conhecido em relação a questão que não 98
foi tratada no acórdão recorrido, sobre a qual nem sequer foram apresentados
embargos de declaração, ante a ausência do indispensável prequestionamento
(Súmulas 282 e 356 do STF, por analogia).
3. Vale destacar que que o valor venal do imóvel apurado para fins de ITBI não
coincide, necessariamente, com aquele adotado para lançamento do IPTU.
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1. A forma de apuração da base de cálculo e a modalidade de lançamento do
IPTU e do ITBI são diversas, não sendo possível vincular os valores, que em
regra serão diferentes.
1. "O fato gerador do imposto de transmissão de bens imóveis ocorre com a 101
transferência efetiva da propriedade ou do domínio útil, na conformidade da Lei
Civil, com o registro no cartório imobiliário".
3. O CTN prevê que a legislação tributária que disponha sobre isenção deve
ser interpretada literalmente (art. 111). O legislador expressou a ideia de
adição/soma, para definir o conceito de atividade preponderante para fins de
imunidade de ITBI, não cabendo aos interpretes da lei ampliar/restringir o seu
conceito.
2. "A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença" (art. 177,
Código Civil), de tal sorte que, à época do recolhimento do ITBI, a transmissão
da propriedade imóvel se deu de forma regular. Assim, o fato de uma decisão
judicial, superveniente ao regular recolhimento do ITBI, ter anulado a compra e
venda não induz o raciocínio de que o tributo foi recolhido indevidamente.
2. O art. 118, I, do CTN não pode ser interpretado de forma insulada, porquanto
pode trazer sérias contradições aos demais dispositivos legais. O princípio do
non olet, expresso no artigo citado, foi criado por Albert Hensel e Otmar Bühler
e tem como escopo permitir a tributação das atividades ilícitas. Irrelevante,
portanto, para a determinação do fato gerador, a validade jurídica dos atos
efetivamente praticados pelos contribuintes.
4. No entanto, o art. 631 não incide na hipótese, pois se refere ao caso clássico
de condomínio de bem divisível. Seria aplicável se os quatro impetrantes
fossem co-proprietários de terreno rural ou de terreno urbano não-edificado.
Nesse exemplo, no caso de desfazimento do condomínio, o imóvel poderia ser
fracionado junto ao cartório de imóveis, observados os limites mínimos,
requisitos e formalidades legais, resultando em quatro partes iguais. Cada um
dos antigos co-proprietários seria o único titular de seu terreno (correspondente
a 25% do original). Inexistiria transmissão onerosa de propriedade nessa
situação fictícia e, portanto, incidência do tributo municipal.
10. Esse raciocínio se aplica aos quatro imóveis que passaram a ser titulados
por um único proprietário. Quanto aos outros dois bens, com relação aos quais
o condomínio subsistiu, não há alienação onerosa nem, portanto, incidência do
ITBI.
12. É pacífico que os impostos reais (IPTU e ITBI, em especial) referem-se aos
bens autonomamente considerados. Também por essa razão seria incabível
tratar diversos imóveis como universalidade para fins de tributação.
13. Esse entendimento foi consolidado pelo egrégio STF na Súmula 589: "É
inconstitucional a fixação de adicional progressivo do imposto predial e
territorial urbano em função do número de imóveis do contribuinte".
(...)
Art. 36. Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o imposto não incide sobre a
transmissão dos bens ou direitos referidos no artigo anterior:
Art. 37. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica
adquirente tenha como atividade preponderante a venda ou locação de
propriedade imobiliária ou a cessão de direitos relativos à sua aquisição.
Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos
transmitidos.
Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, 108
como dispuser a lei.
LEI N° 5.492
Art. 2° - O Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis por Ato Oneroso “Inter
Vivos” - ITBI - tem como fato gerador:
III - A cessão onerosa de direitos relativos à aquisição dos bens referidos nos
incisos anteriores.
I - Zoneamento urbano.
II - Características da região.
IV - Características da construção.
I - O transmitente;
II - O cedente;
Art. 10 – (REVOGADO)
Art. 13 – (REVOGADO)
Art. 14 – (SEM EFEITOS)
Art. 17 – (...)
Art. 1º O Imposto sobre Transmissão “Inter Vivos”, a qualquer título, por ato
oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais
sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à sua
aquisição – ITBI-IV tem como fato gerador:
I - a compra e venda;
II - a dação em pagamento;
III - a permuta;
CAPÍTULO II
Sujeito Passivo
CAPÍTULO III
Cálculo do Imposto
§ 3º Nas cessões de direitos à aquisição, o valor ainda não pago pelo cedente
será deduzido da base de cálculo.
§ 3º Os valores venais dos imóveis a que se refere o “caput” deste artigo têm
presunção relativa, que poderá ser afastada se:
Art. 10. Caso não concorde com a base de cálculo do Imposto divulgada pela
Secretaria Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico, na
conformidade do artigo 8º deste regulamento, o contribuinte poderá requerer
avaliação especial do imóvel, apresentando os dados da transação e os
fundamentos do pedido, na forma estabelecida por aquela Pasta, que poderá,
inclusive, viabilizar a formulação do pedido por meio eletrônico.
Seção II - Alíquotas
a) 0,5% (meio por cento) sobre o valor efetivamente financiado, até o limite de
R$ 68.843,97 (sessenta e oito mil oitocentos e quarenta e três reais e noventa
e sete centavos);
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
Recolhimento do Imposto
Art. 14. O recolhimento do Imposto deverá ser feito exclusivamente por meio do
documento de arrecadação emitido, via Internet, com base nos dados da DTI,
na forma e condições estabelecidas pela Secretaria Municipal de Finanças e
Desenvolvimento Econômico.
121
Art. 15. Ressalvado o disposto nos artigos 16 e 17 deste regulamento, o
Imposto deverá ser pago antes de se efetivar o ato ou contrato sobre o qual
incide, se por instrumento público, e, no prazo de 10 (dez) dias de sua data, se
por instrumento particular.
Art. 17. Nas transmissões realizadas por termo judicial, em virtude de sentença
judicial, o Imposto deverá ser pago dentro de 10 (dez) dias, contados do
trânsito em julgado da sentença ou da data da homologação de seu cálculo, o
que primeiro ocorrer.
Art. 18. A data fixada para pagamento do Imposto será postergada para o
primeiro dia útil seguinte, caso ocorra em dia em que não haja expediente
bancário no Município de São Paulo.
CAPÍTULO VI
Infrações e Penalidades
III - juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês, a partir do mês imediato ao
do vencimento, contando-se como mês completo qualquer fração dele.
Art. 23. O débito vencido será encaminhado para cobrança, com inscrição na
dívida ativa. Parágrafo único. Inscrita ou ajuizada a dívida, serão devidos
também custas, honorários e demais despesas, na forma da legislação vigente.
CAPÍTULO VII
Isenções
Art. 25. Fica isento do Imposto o ato transmissivo relativo à primeira aquisição
de unidades habitacionais financiadas pelo Fundo Municipal de Habitação, na
forma da Lei nº 11.632, de 22 de julho de 1994.
CAPÍTULO VIII
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Obrigações dos Notários, Oficiais de Registros de Imóveis e seus
Prepostos
Parágrafo único. A dispensa a que se refere o “caput” deste artigo fica 125
condicionada ao atendimento das seguintes condições:
Art. 32. Nas transmissões a que se refere o artigo 26 deste regulamento, ficam
os notários, oficiais de Registro de Imóveis e seus prepostos:
CAPITULO IX
Disposições Gerais
X - Bibliografia
Baleeiro, Aliomar – “Direito Tributário Brasileiro”, 11ª edição, Forense;
- “Contratos”, Forense;