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Introdução
II – a transmissão inter vivos, por ato oneroso, de direitos reais sobre imóveis,
exceto os de garantia;
III – a cessão inter vivos, por ato oneroso, de direitos à aquisição de imóveis.
Outra condição é a relação inter vivos. Se for ato causa mortis, como a herança
por falecimento do donatário, por exemplo, incidirá o imposto estadual.
Transmissão da posse
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O ITBI é um imposto que abriga conceitos originados do Direito Civil. E sendo
assim, a transmissão da propriedade do imóvel deve ser entendida nos termos
do Código Civil:
Não nos cabe refutar aqui o entendimento do STJ, mas resta claro que tal
decisão diz respeito, unicamente, à transferência da propriedade imobiliária, e
esta não é, absolutamente, a única hipótese de incidência do ITBI, o que é
facilmente observado na leitura da norma constitucional. Em consequência de
tal entendimento, parece escapar da tributação as transmissões ou cessões de
direitos reais da posse, assunto deste comentário.
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posse pode perdurar se o proprietário não se manifestar contra ela. Ou seja, a
lei socorre a posse enquanto o direito do proprietário não desfizer essa
situação. “O jus possessionis persevera até que o jus possidendi o extinga”,
como diz Octávio Moreira Guimarães na obra “Da Posse e seus Efeitos”.
A segunda, de Ihering, pela qual basta o corpus, como domínio da coisa, para
caracterizar a posse. A intenção de ser dono já se insere no contexto da posse,
diante da visibilidade do domínio e o uso econômico da coisa.
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considerada uma aquisição originária da propriedade, portanto, sem incidência
do imposto.
O registro do imóvel
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qualquer exigência. A dizer, portanto, que a escritura de compra e venda, por si
só, operava a transferência do domínio.
Mas, o Código Civil de 1916, acompanhado pelo Código Civil de 2002, passou
a exigir que o acordo de vontades se completasse pelo registro, sem o qual a
transferência não se concretiza por completo. É o que diz o art. 1.245 do
Código Civil vigente:
“Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título
translativo no Registro de Imóveis”.
“§ 1º - Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser
havido como dono do imóvel”
O Brasil não chegou a tanto, mas o nosso registro não é somente para se dar
publicidade do ato translativo, como é na França, pois também gera direito real
para o adquirente, transferindo-lhe o domínio.
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exploração agrária. Não há, assim, obrigatoriedade de nem mesmo averbar no
registro de imóveis os contratos de transmissão de posse, o que entendemos
ser uma omissão da lei que deveria ser sanada. Afinal, o fato de existir um
possuidor no imóvel seria esta uma informação importante para qualquer
interessado, inclusive para o próprio proprietário, se houver. Seria, também,
uma forma de ajudar na comprovação do tempo que o imóvel esteve sob
domínio do possuidor, para fins de usucapião.
Em conclusão, há, sim, incidência do ITBI nas transmissões inter vivos, por ato
oneroso, decorrentes de transferência derivada de possuidor, da mesma forma
em que há incidência do imposto nas transmissões oriundas de promessa de
compra e venda de imóvel, de enfiteuse, de superfície etc. O problema, porém,
reside na identificação do fato imponível.
Roberto A. Tauil
Outubro de 2012
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