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ORTÓNIMO
HETERÔNIMOS
UEMA
Editora
Pessoa, Fernando, 1888 —1935
FERNANDO PESSOA
Autopsicografia
ALBERTO CAEIRO
O Tejo
RICARDO REIS
ALVARO DE CAMPOS
Ah, onde estou ou onde passo, ou onde não estou nem passo
BERNADO SOARES
Neste livro possui uma coletânea de poesias de Fernando Pessoa e seus heterônimos. Dessa
forma, a proposta deste livro é mostrar a genialidade de Fernando Pessoa, assim, ter um trabalho com
obtenção da segunda nota na disciplina de Literatura Portuguesa do Simbolismo às Tendências
Contemporâneas ministrada no curso de Letras/Português pela a ProfaEsp Elizangela Rodrigues.
Fernando Pessoa foi um dos diretores da revista Orpheu, colaborou com a Presença e fundou a
Athena.
Produziu uma poesia extremamente complexa. Para ele, tudo no mundo é relativo e, para poder
vê-lo sob diferentes ângulos, desdobra sua personalidade em várias outras, como disse: “Multipliquei-me,
para me sentir”. Surgem então os heterônimos de Fernando Pessoa.
Os mais importantes heterônimos são: Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos.
Alberto Caeiro enaltece a simplicidade da vida. Para ele, o importante é sentir o mundo.
Ricardo Reis mostra uma poesia de inspiração neoclássica marcada pelo paganismo e propõe
viver e gozar o momento.
Álvaro de Campos é um poeta futurista, exalta o progresso, mas mostra também a angústia de
seu tempo.
Juliana Silva
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Fernando Pessoa
Não sei quantas almas tenho
Fernando Pessoa
Quando Eu não te Tinha
Quando eu não te tinha
Amava a Natureza como um monge calmo a Cristo.
Agora amo a Natureza
Como um monge calmo à Virgem Maria,
Religiosamente, a meu modo, como dantes,
Mas de outra maneira mais comovida e próxima …
Vejo melhor os rios quando vou contigo
Pelos campos até à beira dos rios;
Sentado a teu lado reparando nas nuvens
Reparo nelas melhor —
Tu não me tiraste a Natureza …
Tu mudaste a Natureza …
Trouxeste-me a Natureza para o pé de mim,
Por tu existires vejo-a melhor, mas a mesma,
Por tu me amares, amo-a do mesmo modo, mas mais,
Por tu me escolheres para te ter e te amar,
Os meus olhos fitaram-na mais demoradamente
Sobre todas as cousas.
Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou.
Só me arrependo de outrora te não ter amado.
Fernando Pessoa
Tenho tanto sentimento
Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém, é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.
Fernando Pessoa
O Amor É uma Companhia
Fernando Pessoa
É Preciso Também não Ter Filosofia Nenhuma
Alberto Caeiro
O Tejo
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Alberto Caeiro
Nem Sempre Sou Igual No Que Digo E Escrevo
Álvaro de Campos
Ah a frescura na face de não cumprir um dever!
Fiquei esperando a vontade de ir para lá, que eu saberia que não vinha.
É tarde para eu estar em qualquer dos dois pontos onde estaria à mesma hora,
Ah, onde estou ou onde passo, ou onde não estou nem passo,
s.d.
É um universo barato.
s.d.
Bernardo Soares
REFERENCIAS
https://www.revistaprosaversoearte.com/13-belissimos-poemas-de-ricardo-reis-
fernando-pessoa Acessado em 28/07/2020
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/os-melhores-poemas-fernando-pessoa.htm
https://www.revistaprosaversoearte.com/12-instigantes-poemas-do-poeta-alvaro-de-
campos-fernando-pessoa Acessado em: 28/07/2020
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
(do poema “Autopsicografia”)