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"Sou um Evadido"
Sou um evadido.
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi.
Se a gente se cansa
Do mesmo lugar,
Do mesmo ser
Por que não se cansar?
Minha alma procura-me
Mas eu ando a monte
Oxalá que ela
Nunca me encontre.
Ser um é cadeia,
Ser eu é não ser.
Viverei fugindo
Mas vivo a valer.
Reflexão:
O sujeito poético neste poema procura caracterizar a sua realidade
fragmentada, servindo-se do campo semântico de prisão.
Através da reflexão filosófica a sua opção de fuga aos limites do ser,
procura realçar a naturalidade de cansaço que caracteriza o ser
humano e afirma que ser uno é ser prisão e que, por isso, só vivera
plenamente fingido de si próprio.
Análise do Poema
Reflexão:
A noção de viagem presente no primeiro verso está associada á ideia de
procura para o sujeito poético viajar não implica ganhar países, ganhar
lugares na rota da sua vida; significa, antes, procura de si mesmo,
encontro consigo mesmo.
No entanto, o poema parte de uma ideia paradoxal de viagem, falando-
se aqui de uma viagem permanente, de partidas constantes, na qual
cada rosto de si mesmo encontrado é um lugar imediatamente perdido.
Ou seja, trata-se de uma viagem permanente procura e descoberta do
ser que é sempre outro e não tem amarras a ninguém, nem a si mesmo.
Análise do Poema
Reflexão:
Este poema é claramente ilustrativo da temática do “ser”. Mas outros
temas ou ideias nele se revelam poesia pesoante: o desconhecimento
de si mesmo; a perda de identidade, a ideia de mobilidade; a solidão e a
angústia.
No poema, o sujeito poético assiste a sua fragmentação como se a sua
consciência fosse um ser exterior a si mesmo; como se, ao olhar-se
visse uma paisagem de si mesmo ou como se, auto-analisar-se lesse um
livro cujas páginas são o seu próprio “ser”. Estas ideias tornam-se
evidentes na utilização de diversas metáforas que sugerem a ideia do
“eu” alheio e exterior a si mesmo.
Análise do Poema
Reflexão:
Este poema foi escrito para caracterizar o homem, que sente e pensa.
Nele a razão e a emoção são mentira porque não se conjugam. Por seu
lado, a flor, nem sente nem pensa e, no entanto, desabrocha sem
precisar de razão e de coração. Para a flor, florescer é um ato
involuntário, tal como é um ato involuntário para o homem pensar.
O sujeito poético procura realçar um apelo irónico ao “carpe diem” que
procura sugerir que, enquanto a morte não chega, devemos aproveitar
cada momento da vida, seja florindo inconscientemente como uma flor,
seja pensando, como é inevitável no homem.
Análise do Poema
Reflexão:
Este poema foi feito para caracterizar os pensamentos do sujeito
poético que eram “leves” e “desatentos”, semelhantes a “algas” ou
“cabelos” que “bóiam” lentamente “á tona de águas”; são as coisas
insignificantes como “pós” ou como “nadas”. O sujeito poético,
observando o seu mundo inteiro, redu-lo a uma insignificância
insuportável. Sobressaem, na caracterização dos pensamentos, os
seguintes recursos: a metáfora, a comparação, a adjetivação expressiva
e o paradoxo.
O sujeito poético visiona neste poema um espelho coberto de
elementos físicos sem vida, que fazem lembrar desperdício e que não
permitem o encontro consigo mesmo. Deste desencontro resulta a
angústia, a “mágoa”, o tédio, a dor, a frustração e o sentimento de
vazio que dominam o sujeito poético.
Análise do Poema
Reflexão:
O sujeito poético neste poema procura auto-analisar-se com a sua
lucidez aguda, a sua alma “lúcida e rica”, na tentativa de se auto
conhecer. No entanto, aquilo que encontra é um espelho sem reflexo,
“um mar de sargaço” que impede o encontro consigo mesmo.
Este poema revela a tentativa da descoberta de si mesmo, que lhe
revela a impossibilidade de se conhecer.
Análise do Poema
Análise do Poema
Análise do Poema
Reflexão: