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temas que podem cair

56
na redação do ENEM
(com redações-modelo)

Redações
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SOBRE A AUTORIA

Esse e-book é uma produção exclusiva de O Salto, uma plataforma de ensino que
associa redação com cultura pop, mostrando que é possível aprender quando
menos se espera. As redações que você encontra aqui foram escritas e revisadas pela
seguinte equipe:

Aline Layoun
Redatora, roteirista e coidealizadora da plataforma de ensino O Salto.
Aline é formada em Comunicação, tem MBA pela FGV e é especialista
na arte de escrever. No curso Redação a Jato, comanda a primeira
temporada, voltada para o ensino das competências de avaliação do
Enem, e a segunda temporada, voltada para o desenvolvimento de
um texto dissertativo-argumentativo nota 1.000 sem defeitos.

Iara Dias
Graduada em Letras pela UFMG e revisora de textos.Trabalhou
como monitora de redação na rede privada e, por isso, tem muita
experiência corrigindo dissertações no molde do Enem. Atualmente,
estuda Edição Gráfica também na UFMG. No curso Redação a Jato,
trabalha na escrita de redações-modelo.

Lívia Winkler
Graduada em Letras pela UFMG, especialista em aprendizado e
professora de Língua Portuguesa. Já trabalhou como voluntária
em um pré-vestibular para alunos da Região Metropolitana de Belo
Horizonte e, agora, colabora com o “Redação a Jato”, escrevendo e
revisando redações-modelo.

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EIXOS TEMÁTICOS:

MEIO AMBIENTE

Tema 1: A questão da água no Brasil: desafios de distribuição, consumo e


sustentabilidade
Tema 2: Os impactos da cultura de consumo na vida dos brasileiros
Tema 3: Obsolescência programada: como o fenômeno industrial afeta o meio
ambiente?
Tema 4: Poluição ambiental: como manter os avanços alcançados com a pandemia?
Tema 5: O desafio da distribuição de água potável no Brasil
Tema 6: Caminhos para combater o excesso de lixo plástico no Brasil
Tema 7: Racismo ambiental. Como combater as consequências do preconceito?
Tema 8: Economia circular: a mudança necessária para salvar o planeta

IDOSOS

Tema 9: Desafios e oportunidades das profissões voltadas para atender a terceira idade
Tema 10: Caminhos para promover a autonomia e a independência do idoso na
sociedade contemporânea
Tema 11: Desafios e perspectivas do idoso no mercado de trabalho
Tema 12: A infantilização como forma de violência contra o idoso
Tema 13: A importância das relações intergeracionais na inclusão social do idoso

SAÚDE

Tema 14: A violência obstétrica em questão no Brasil


Tema 15: Problemas e consequências do tabagismo no século XXI
Tema 16: O vício em videogames como distúrbio de saúde
Tema 17: O aumento das ISTs entre os jovens no Brasil
Tema 18: Os desafios da doação de medula óssea no Brasil
Tema 19: Desafios na prevenção do câncer de mama no Brasil

CIDADANIA

Tema 20: Os problemas do saneamento básico no Brasil

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Tema 21: Impactos dos movimentos antivacinas no Brasil
Tema 22: Desafios no combate à diminuição da população de rua no Brasil
Tema 23: A importância do voluntariado no Brasil

EDUCAÇÃO

Tema 24: Caminhos para se combater a evasão escolar no Brasil


Tema 25: A importância do esporte na formação educacional infantil
Tema 26: Importância da preservação do folclore brasileiro
Tema 27: Desafios do ensino a distância no Brasil

TECNOLOGIA

Tema 28: Cyberviciados: como superar a dependência em tecnologia?


Tema 29: Moedas virtuais e a revolução das relações econômicas
Tema 30: A globalização do tráfico de resíduos eletrônicos e seus
impactos na sociedade
Tema 31: Os desafios do Brasil no combate à cultura do cancelamento
Tema 32: Streaming e a revolução no consumo das mídias

MERCADO DE TRABALHO

Tema 33: Como superar o desemprego com os avanços da inteligência artificial


Tema 34: Profissões do futuro e suas consequências no mercado de trabalho
Tema 35: Efeitos da uberização do mercado de trabalho no Brasil

ALIMENTAÇÃO

Tema 36: Cultura alimentar como patrimônio imaterial da humanidade


Tema 37: Desafios para reduzir o consumo de ultraprocessados no Brasil
Tema 38: Os efeitos da obesidade para a saúde pública
Tema 39: Caminhos para combater a fome no Brasil
Tema 40: Os desafios da agricultura familiar na sociedade contemporânea

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RELAÇÃO COM OS ANIMAIS

Tema 41: O veganismo e o combate à crueldade contra os animais


Tema 42: Compromisso e desafios éticos diante dos experimentos com animais
Tema 43: Desafios do combate ao comércio ilegal de animais silvestres no Brasil
Tema 44: Animais em situação de rua no Brasil: como combater o abandono e os
maus-tratos?

FAMÍLIA

Tema 45: Mãe solo. Os desafios de criar os filhos sozinha no Brasil


Tema 46: Alienação parental e as consequências psicológicas na vida das
crianças e dos adolescentes
Tema 47: Mães doadoras: como acolher essas mulheres e reduzir a entrega de filhos
para adoção no Brasil?
Tema 48: Consequências sociais da superproteção parental na adolescência
Tema 49: Desafios da literacia familiar no Brasil

INFÂNCIA

Tema 50: Caminhos para se combater a depressão na infância


Tema 51: Efeitos da adultização e erotização precoce no desenvolvimento infantil
Tema 52: Perigos da superexposição de crianças e adolescentes nas redes sociais
Tema 53: A naturalização da violência doméstica contra crianças no Brasil

CULTURA

Tema 54: Apropriação cultural e uso indevido de bens imateriais no Brasil


Tema 55: O papel da cultura no combate à violência no Brasil
Tema 56: O complexo de vira-lata e a perda de identidade nacional

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MEIO AMBIENTE

Tema 1:
A questão da água no Brasil: desafios de distribuição,
consumo e sustentabilidade

De acordo com o artigo 225 da Constituição Federal de 1988, todos têm direito a um meio
ambiente ecologicamente equilibrado. Entretanto, o Brasil enfrenta uma possível crise hídrica, a qual
gera desafios para o país. Nessa perspectiva, percebe-se que há, lamentavelmente, má gestão dos
recursos desse bem natural e descaso da população acerca da sua preservação, fato que necessida de
melhorias.
Em primeira análise, é indubitável que ocorra uma distribuição irregular de água no país, devido a
sua disponibilidade desigual em algumas regiões. Nesse contexto, de acordo com dados apurados pelo
IBGE em 2010, a região Norte concentra cerca de 70% dos recursos hídricos do país, e menos de 7% dos
habitantes brasileiros vivem nesse local. No entanto, a região Sudeste concentra o menor percentual
de água doce e o maior índice populacional. Em decorrência disso, a governança de cada estado trata
de forma diferenciada seus recursos, dificultando um compartilhamento igualitário entre a população
brasileira.
Em segunda análise, é importante ressaltar que o desperdício da população contribui para o
desencadeamento de uma crise hídrica. Nessa perspectiva, segundo dados da IBNET de 2015, o Brasil
é o vigésimo país que mais perde água no mundo. Esse fato é um desrespeito à Constituição, já que,
ainda segundo o artigo 225, é dever da comunidade garantir e preservar o meio ambiente de forma
sustentável. Assim, é importante salientar que, sem sustentabilidade, há um grave risco de tornar esse
bem natural cada vez mais escasso para as futuras gerações. Logo, fica evidente que é preciso evitar a
perda de água no cenário brasileiro.
Portanto, urge a necessidade de mudanças na distribuição e no consumo dos recursos hídricos.
Para que isso ocorra, cabe ao governo implementar políticas de redução de perdas hídricas, por
intermédio de órgãos reguladores, como o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com
vistas a conter vazamentos e desvios irregulares da água. Ademais, o Ministério da Educação deve
fomentar a participação das escolas, por meio de oficinas de reaproveitamento de água, a fim de engajar
a população na preservação desse bem. Somente assim, o dispositivo constitucional será posto em
prática, e o cidadão terá seu direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado.

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MEIO AMBIENTE

Tema 2:
Os impactos da cultura de consumo na vida dos brasileiros

“Gosto de gastar, isso não é novidade, hoje eu já torrei mais de 10 mil com a minha vaidade.”
Esse trecho pertence a uma música da funkeira Pocah, que reflete um incentivo da cultura de massa ao
consumo desenfreado da população. Tal comportamento acarreta prejuízos ao meio ambiente, como
o aumento de gases poluentes e a elevação do efeito estufa, e interfere na formação de uma sociedade
cada vez mais manipulável, cenário que demanda modificações.
Em primeira análise, é inegável que a cultura do consumo promove impactos ambientais
preocupantes. Esse comportamento é exemplificado no filme infantil “Lorax – em busca da
trúfula perdida”, que se passa em uma cidade onde as árvores são feitas de plástico, e o ar puro é
comercializado em galões. Apesar de a situação do filme ser absurda e hipotética, ela demonstra como
a produção constante de bens de consumo está associada à emissão excessiva de gases poluentes
na atmosfera, acentuando o efeito estufa, por exemplo. Desse modo, a prevenção de tais problemas
perpassa por uma redução do consumo na sociedade.
Em segunda análise, é possível perceber que as pessoas estão cada vez mais impulsivas em
suas compras, incentivadas pelo apelo midiático das vitrines e dos lançamentos. Tal comportamento
é explicitado no documentário “A história da obsolescência programada”, que demonstra como as
grandes marcas já projetam seus produtos para durarem pouco, estimulando o descarte prematuro
e o consumo irresponsável. Nesse contexto, fabricantes de celulares e de computadores, tais como
a Apple e a Samsung, destacam-se. Isso se dá, pois seus compradores já começam a demandar por
novos aparelhos antes mesmo que os seus atuais pertences cheguem ao fim da vida útil. Diante do
exposto, fica claro que a manipulação das indústrias é um grave motivo para a perpetuação da cultura
consumista.
Logo, medidas precisam ser tomadas para HBSBOUJS que a população se torne ainda mais atenta
aos impactos do consumo desmoderado. Nesse sentido, o Ministério da Educação necessita estimular
o pensamento crítico na sociedade desde os primeiros anos da vida escolar, por meio de palestras
nas escolas e da criação de uma disciplina, a qual deve ser voltada para a educação financeira e para
o consumo consciente. Assim, será possível formar um senso de cidadania e impedir a entrada da
população num mundo cada vez mais consumista. A partir disso, funks com apologia à ostentação,
como a letra criada por Pocah, não serão mais vistos em uma sociedade responsável pelos seus atos.

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MEIO AMBIENTE

Tema 3:
Obsolescência programada.
Como o fenômeno industrial afeta o meio ambiente?
No documentário “A Conspiração da Lâmpada Elétrica”, é evidenciada a formação do “Cartel
Phoebus”, o primeiro cartel do mundo com o objetivo de diminuir o tempo de duração das lâmpadas.
Esse processo, conhecido como obsolescência programada, consiste em produzir propositalmente
itens que se tornarão não funcionais em pouco tempo, a fim de fazer com que o consumidor esteja
frequentemente comprando produtos mais atualizados. Assim, é importante entender detalhadamente
como esse fenômeno acontece, por exemplo, dentro da tecnologia, e observar que ele acarreta problemas
ao meio ambiente.
A princípio, a obsolescência programada no campo eletrônico tende a se basear no tempo entre
a atualização de uma tecnologia e a defasagem de uma já feita. Tal questão é calculada pelo modelo
matemático conhecido como Lei de Moore, em que o período de atualização deve acontecer em 18
meses. Diante disso, entende-se que, durante esse tempo, a tecnologia adquirida ficará defasada e uma
nova geração de itens surgirá, fazendo com que os indivíduos sejam impulsionados a substituir seus
eletrônicos, como notebooks e celulares, por outros novos. Logo, o objetivo claro da obsolescência
programada é fazer esses produtos durarem menos e as pessoas comprarem mais, alimentando uma
lógica de consumo sem consciência.
Por conseguinte, os produtos obsoletos são descartados de modo desenfreado, o que provoca
uma produção excessiva de lixo eletrônico, capaz de afetar seriamente o meio ambiente. Percebe-se
esse problema ao se analisar o filme “Wall-E”, pois a animação retrata o planeta Terra repleto de lixo a
ponto de ter se tornado inóspito à vida. Apesar de ficcional, a produção excessiva de resíduos apresentada
pelo filme também ocorre na realidade devido à obsolescência programada, desencadeando prejuízos
aos seres humanos e ao espaço ambiental. Isso ocorre quando os eletrônicos são descartados no lixo
comum, assim, as substâncias tóxicas presentes nesses aparelhos contaminam o solo e a água, podendo
causar doenças e contaminar a fauna e a flora. Portanto, é necessário que haja maior cuidado com essa
questão com objetivo de garantir um planeta mais limpo.
Destarte, é necessário que ONGs de proteção ambiental divulguem, nas redes sociais, pesquisas
que apresentem informações de aparelhos cuja durabilidade é maior do que aqueles programados para
se tornarem obsoletos rapidamente. Isso deve ser feito por meio da associação com pesquisadores
de faculdades públicas engajados com os problemas ambientais provocados pela técnica industrial da
obsolescência programada, a fim de que a população consumidora passe a optar por produtos mais
duradouros. Consequentemente, estratégias como as do “Cartel Phoebus” serão desencorajadas.

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MEIO AMBIENTE

Tema 4:
Poluição ambiental:
como manter os avanços alcançados com a pandemia?

“Contágio” é um filme sobre uma pandemia causada por um vírus respiratório, a qual promove
isolamento social em massa, reduzindo significativamente, por conseguinte, a circulação de carros nas
ruas. Essa narrativa se assemelha ao contexto da pandemia do novo coronavírus, que promoveu um efeito
positivo inesperado que precisa ser mantido: a redução da poluição ambiental. Assim, é necessário entender
tanto as alterações nas dinâmicas sociais - ligadas ao menor número de carros circulando - quanto as
modificações econômicas - relacionadas à atividade industrial -, a fim de manter o impacto positivo delas.
Em primeiro lugar, a pandemia promoveu redução da emissão de gases poluentes em função da
alteração na organização da sociedade, que aderiu ao trabalho em regime domiciliar e ao ensino não
presencial em função do isolamento social para evitar a disseminação do vírus. Nessa perspectiva, a
expressão “pegada de carbono”, criada na década de 90, é usada para medir o impacto da ação antrópica
a partir das emissões de carbono geradas pelas diferentes atividades humanas. Entre essas ações, está o
deslocamento cotidiano para o trabalho e para a escola, por exemplo, que é altamente poluente, uma vez
que, não raro, os indivíduos optam pelo uso de veículos individuais, que emitem muito CO2. Por isso, tendo
em vista que a pandemia reduziu os deslocamentos em decorrência da adesão ao isolamento social, a
pegada de carbono também foi positivamente reduzida pela menor circulação de veículos na cidade.
Em segundo lugar, a Covid-19 também promoveu indiretamente a redução da poluição em
função da baixa movimentação no comércio, setor fortemente afetado pelo isolamento, o que acarretou
diminuição da produção industrial. Tal relação pode ser confirmada, segundo o site da BBC Brasil, por um
mapa - divulgado pela Nasa - que mostra a significativa diminuição da mancha de poluição no litoral da
China, área altamente industrializada do território chinês, durante a pandemia. Logo, fica evidente que o
consumismo promove a poluição por meio do incentivo à produção exacerbada de bens de consumo.
Então, essa configuração econômica deve ser alterada, devido ao estado de emergência ambiental em
que o planeta se encontra e à comprovada relação entre a atual dinâmica econômica e os prejuízos à
natureza. Desse modo, é necessário adotar medidas que ajudem a dar continuidade à progressiva redução
da poluição causada pela pandemia.
Portanto, cabe ao Ministério da Economia estabelecer metas anuais de emissão de carbono, as quais
devem ser baseadas nas taxas de poluição reduzidas pela covid-19. Tais metas serão estabelecidas por meio
de parcerias entre o setor público e o setor privado, de modo que o governo conceda incentivos fiscais às
empresas que cumprirem o acordo de redução. Ademais, as prefeituras das cidades devem aproveitar o
momento de isolamento social para desenvolver um plano de incentivo à redução do uso de automóveis
privados. Essas medidas têm como objetivo manter os níveis de poluição reduzidos. Dessa maneira,
quando houver superação do cenário pandêmico, como ocorre no desfecho de “Contágio”, os benefícios
ambientais oriundos da covid-19 poderão ser mantidos.

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MEIO AMBIENTE

Tema 5:
O desafio da distribuição de água potável no Brasil

“Súplica cearense” é uma música cantada por diversos artistas brasileiros, como Luiz Gonzaga e
O Rappa, a qual trata da relação entre seca e problemas sociais no Ceará, sendo a falta de água ligada à
ganância e à corrupção política. Essa relação entre fatores sociais e acesso a recursos hídricos explica o
fato de haver, no Brasil, entraves na distribuição de água para consumo humano, tendo em vista que o
território brasileiro conta com grande disponibilidade desse recurso. Dessa forma, é necessário entender os
desafios sociais relacionados à distribuição de água, destacando-se, entre eles, a influência política e a falta
de saneamento básico como perpetuadores do problema.
Nesse sentido, é importante ressaltar que, apesar da abundância de água potável no Brasil, há
desigualdade na distribuição desse recurso, desequilíbrio motivado, não raro, por questões políticas. Isso
pode ser provado pela “Indústria da Seca”, termo cunhado para designar a ação de grupos políticos que
atuam, desde o Período Colonial, no sertão do Nordeste de modo a desviar e a monopolizar os recursos
hídricos para ganho próprio, exigindo, por exemplo, que cidadãos votem em determinados candidatos
em troca de acesso à água. Diante de tal cenário, é possível afirmar que, embora os recursos hídricos não
sejam distribuídos geograficamente de maneira uniforme, havendo regiões naturalmente secas no Brasil, o
problema de acesso à água potável é principalmente um desafio sociopolítico. Portanto, é urgente superar
tais dinâmicas que remontam ao Período Colonial.
Ademais, outro problema social da distribuição de água potável no Brasil é a falta de saneamento
básico, direito básico dos brasileiros. Tal contexto é evidenciado pelo documentário “A realidade do
Saneamento Básico no Brasil”, no qual se afirma que as áreas urbanas periféricas são mais afetadas pela
falta de acesso à água em função de um planejamento urbano que não garante tal direito às comunidades
mais pobres. Assim, essas regiões, por um lado, não recebem água potável - pela falta de saneamento - e,
por outro lado, têm seus mananciais contaminados pela falta de tratamento de esgoto, como observado
na comunidade de Rio das Pedras, no Rio de Janeiro. Por conseguinte, a população pobre não só é a mais
impactada pela dificuldade de acesso à água tratada como também é o grupo social que mais sofre com as
consequências desse problema, as quais envolvem a contaminação por doenças orofecais, como a cólera,
transmitidas pela água não tratada. Logo, é necessário mitigar os entraves sociais ligados à desigualdade na
distribuição dos recursos hídricos.
Diante disso, cabe ao Ministério do Planejamento a efetivação de um plano nacional de oferta justa
dos recursos hídricos. Esse plano deve ser consolidado por meio do redirecionamento de impostos, os
quais serão investidos em obras de distribuição de água em regiões secas e de saneamento básico em
regiões onde não há tratamento da água. Dessa maneira, todos os cidadãos brasileiros terão acesso aos
recursos hídricos, essenciais à vida humana. Consequentemente, cenários como o de “Súplica cearense”
não serão mais característicos da realidade do Brasil.

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MEIO AMBIENTE

Tema 6:
Caminhos para combater o excesso de lixo plástico no Brasil

Em 2019, segundo pesquisa do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), o Brasil produziu cerca
de 11 milhões de toneladas de lixo plástico. Esse dado é preocupante e demonstra uma necessidade
urgente de combater resíduos plásticos em demasia no país. No entanto, o Brasil ainda enfrenta impasses
governamentais para mitigar a poluição causada por essa substância, o que é grave, pois o lixo plástico em
excesso e destinado a locais inadequados pode prejudicar a vida dos seres vivos.
A princípio, a questão do lixo plástico é um problema ao se analisar que esse resíduo tem como
destino rios e mares. Um exemplo disso é visto na animação “Procurando Dory”, em que a protagonista
Dory (um peixe marinho), em certo momento da narrativa, fica presa em um pedaço de plástico.
Assim como na ficção, a locomoção de muitos animais marinhos é constantemente prejudicada por
pedaços de sacolas e de embalagens constituídas desse material, as quais são, muitas vezes, descartadas
inadequadamente nas praias por banhistas. Essa situação é séria, tendo em vista que os produtos plásticos
presos aos bichos podem, em casos mais graves, provocar o sufocamento, levando-os à morte.
Contudo, o governo brasileiro tem negligenciado essa questão quando é observado que não estão
sendo feitas medidas eficazes para combater o impasse. Comprova-se tal afirmativa, já que, em maio de
2019, 187 países se comprometeram a diminuir sua produção do uso de plástico para uma resolução da
ONU, porém o Brasil não cooperou com a medida. Diante disso, percebe-se que o Ministério do Meio
Ambiente, por exemplo, não tem se preocupado de maneira efetiva com a preservação do meio ambiente
e dos seres vivos dependentes dele. Dessa forma, a negligência governamental com a questão pode
gerar alguns problemas, como a poluição por microplásticos, que são partículas invisíveis capazes de
contaminar os peixes e consequentemente os indivíduos que se alimentarem deles. Logo, espera-se que
haja uma mudança nessa atual situação.
Portanto, a fim de garantir um meio ambiente livre de excesso de lixo plástico, cabe a ONGs
voltadas para a questão ambiental, como a WWF e o Greenpeace, cobrarem posicionamento político e
social do Brasil. Isso precisa ocorrer por meio de manifestações pacíficas e de campanhas informativas,
as quais devem despertar o debate para a consciência individual e governamental sobre o descarte de
produtos plásticos. Por conseguinte, a medida acontecerá com o objetivo de mudar a postura não só dos
governantes, como o ministro Ricardo Salles, mas também da população. Como desdobramento, será
possível encontrar um caminho para diminuir o excesso de plástico descartado, como foi apontado pela
WWF.

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MEIO AMBIENTE

Tema 7:
Racismo ambiental.
Como combater as consequências do preconceito?

Na animação “Pocahontas”, da Disney, a personagem principal é uma mulher indígena que luta contra
a exploração ambiental do lugar onde vive, que, além de destruir o meio ambiente, só traria benefícios aos
colonizadores, em detrimento da qualidade de vida dos povos nativos. Assim como na ficção, o racismo
ambiental faz com que comunidades negras e indígenas sejam mais afetadas pela exploração do meio
ambiente, situação que deve ser combatida.
Em primeiro lugar, uma medida de curto a médio prazo para o enfrentamento do racismo ambiental é
a adoção do desenvolvimento sustentável. Esse termo apareceu pela primeira vez no “Relatório Brundtland”,
elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, e designa uma estratégia
de desenvolvimento econômico que respeite o meio ambiente e garanta a qualidade de vida da sociedade.
Dessa forma, sendo o racismo ambiental caracterizado por práticas de destruição do ecossistema que
vitimam comunidades mais vulneráveis, como os negros e os indígenas, o desenvolvimento sustentável pode
contornar tal problema, pois, por meio dele, ações que interfiram no meio ambiente só são executadas se
não o degradarem e se não prejudicarem as pessoas que nele habitam. Portanto, ações como as pautadas
pelo desenvolvimento sustentável são fundamentais para coibir o racismo ambiental e para evitar que
apenas povos discriminados sejam afetados pelos impactos ambientais.
Em segundo lugar, é necessário buscar soluções políticas de longo prazo para mitigar os impactos
do racismo em questão. Nessa perspectiva, é importante enfatizar países como a Bolívia e o Equador, cujas
Constituições integram o conceito do “Bem Viver” - pensamento de base indígena que preconiza respeito
à natureza e a todos os indivíduos. Essa preocupação política com a natureza e com a relação entre ela e
os seres humanos pode ser uma alternativa para modelos de desenvolvimento que geram consequências
ambientais negativas, as quais são enfrentadas principalmente pelas comunidades mais vulneráveis. Logo,
uma sociedade de Bem Viver é orientada à garantia dos direitos humanos básicos e à desmercantilização
da natureza, o que inibe, por conseguinte, práticas como o racismo ambiental. Em vista disso, é necessário
reorientar a política, de modo que sejam adotados parâmetros de gestão que tornem o racismo ambiental
inaceitável.
Diante do exposto, cabe à sociedade civil politicamente organizada educar a população sobre o
racismo ambiental e sobre as alternativas ao problema em questão, a fim de que os cidadãos cobrem, das
empresas e do governo, uma mudança de postura acerca do meio ambiente e dos indivíduos que nele
vivem. Essa ação deve se dar por meio da internet, com vídeos que denunciem o racismo ambiental e com
criação de anúncios no Youtube que direcionem os usuários a um site com conteúdo informativo sobre o
assunto. Então, a partir da educação da população e da pressão popular, casos de racismo ambiental como
o de “Pocahontas” não serão repetidos.

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MEIO AMBIENTE

Tema 8:
Economia circular: a mudança necessária para salvar o planeta

Na animação da Pixar, Wall-E é um robô programado para remover o lixo do planeta Terra, que se
torna inabitável em função do acúmulo de resíduos deixado por uma sociedade consumista. Apesar de ser
uma ficção, o filme alerta para a necessidade de adotar medidas voltadas à preservação do planeta, como
a economia circular, que se baseia no reaproveitamento máximo dos produtos e na redução do consumo.
Esse modelo de economia é uma alternativa à emergência ambiental por reduzir a exploração predatória da
natureza e por diminuir os estragos ambientais já causados.
Nesse sentido, a economia circular tem como princípio a redução no consumo, o que vai de
encontro a formas de organização características do capitalismo, cujo objetivo é o aumento da obtenção
de bens. Essa lógica capitalista é exemplificada pelo “American way of life”, expressão que designa um
estilo de vida estadunidense - o qual se espalhou para todo o planeta após a Segunda Guerra - em que
as compras excessivas são valorizadas e entendidas como um meio de se alcançar a felicidade. Assim, tal
meio de organização econômica é problemático para o planeta, na medida em que a demanda crescente
por produtos implica extração contínua de matéria-prima, deixando o meio ambiente saturado. Logo, a
economia circular se apresenta como alternativa viável a esse modelo consumista, uma vez que tem como
princípio a redução do consumo, o que garantiria uma extração de recursos naturais mais equilibrada.
Ademais, a economia cíclica, além de evitar mais desgaste ambiental, pode ajudar a reduzir outros
problemas ecossistêmicos. Nessa perspectiva, danos gerados pela lógica consumista são comprovados no
documentário “Oceanos de Plástico”, o qual denuncia a contaminação de espécies marinhas por plásticos
e por microplásticos, oriundos do descarte excessivo e inadequado de bens. Tal cenário é preocupante
por colocar em risco a biodiversidade - já que muitas espécies morrem em decorrência da ingestão de
plástico - e por afetar os humanos, que também são contaminados pelos microplásticos ao, por exemplo,
alimentarem-se de peixes e frutos do mar. Diante disso, a economia circular é uma solução para os impactos
ambientais em questão, pois é baseada na reciclagem do lixo, de modo que os resíduos não se acumulam
no meio ambiente e são realocados na cadeia produtiva. Por isso, é fundamental incentivar a implantação
dessa lógica econômica em substituição ao modelo consumista.
Portanto, cabe a ONGs ligadas ao meio ambiente, como o Greenpeace, incentivar a sociedade a
mudar os próprios hábitos de consumo e a pressionar as autoridades políticas para que estas implementem
centros de reciclagem nas comunidades governadas. Isso deve ocorrer por meio da criação de eventos
gratuitos em que sejam exibidos documentários como “Oceanos de plástico” e animações como “Wall-E”,
de modo a promover uma discussão e uma conscientização sobre a economia circular. Por conseguinte, as
pessoas conscientizadas irão se distanciar dos indivíduos retratados em “Wall-E”, os quais apresentam uma
conduta relapsa em relação à natureza.

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IDOSO

Tema 9:
Desafios e oportunidades das profissões
voltadas para atender a terceira idade

O Brasil passa, na contemporaneidade, por uma inversão da pirâmide etária, processo que
caracteriza o envelhecimento da população. Essa mudança demográfica suscita o debate acerca
do surgimento de oportunidades para profissionais cujo atendimento é voltado à terceira idade e dos
desafios para que essas oportunidades sejam concretizadas. Nesse sentido, embora a inversão da pirâmide
etária seja potencialmente positiva - ao propiciar novas áreas de atuação profissional, por exemplo -, há
preconceitos que dificultam a efetivação dos impactos positivos do envelhecimento populacional.
Por um lado, o envelhecimento da população, também conhecido como Onda Prateada, pode
acarretar mudanças positivas nas dinâmicas de mercado. Um exemplo disso é o surgimento de novas
profissões e especialidades, como a psicogerontologia - área direcionada aos cuidados psicológicos
ligados ao envelhecimento, cuja graduação, segundo o G1, infelizmente é ofertada por poucas faculdades
no país. Essa renovação no âmbito laboral é necessária na medida em que, com um público consumidor
crescente, profissões e serviços destinados aos idosos serão mais requisitados, o que é uma oportunidade
para empregar significativo contingente populacional com vistas a suprir o mercado. Dessa forma, a Onda
Prateada é uma oportunidade para fortalecer a economia a partir da criação de novos postos de trabalho.
Por outro lado, esses benefícios enfrentam desafios para serem consolidados. Essa questão é
evidenciada pelo filme “Amor”, que narra a história de Anne e George, um casal de idosos o qual se depara
com a falta de capacitação dos profissionais para lidar com o quadro de saúde de Anne - problema
ilustrado por uma cuidadora que infantiliza a idosa. Tal falta de preparo pode ser atribuída ao etarismo -
preconceito que valoriza a juventude em detrimento dos idosos, atribuindo-lhes uma vivência limitada.
Devido a esse pensamento retrógrado, gera-se a impressão de que a terceira idade não integra o mercado
consumidor e não precisa de produtos e de serviços personalizados. Assim, uma vez que essa visão
limitante prejudica as pessoas mais velhas, é necessário intervir para melhorar a atuação dos profissionais
ligados a esse público-alvo.
Por isso, cabe ao Governo Federal informar a população acerca das possibilidades mercadológicas
da Onda Prateada e direcionar recursos para capacitar profissionais no atendimento a esse grupo etário.
Isso deve ocorrer por meio de minicursos voltados à qualificação profissional, ministrados por autoridades
no assunto, como os gerontólogos, a fim de atender às demandas dos idosos e de desenvolver a economia.
A partir disso, o país será beneficiado pela inversão da pirâmide etária, e os cidadãos mais velhos serão
amparados por profissionais capacitados e conscientes das demandas da faixa etária em questão.

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IDOSO

Tema 10:
Caminhos para promover a autonomia e a
independência do idoso na sociedade contemporânea

De acordo com o IBGE, estima-se que, em 2043, haverá um quarto da população com mais de 60
anos, ou seja, idosa. Esse dado indica que a sociedade contemporânea precisa buscar medidas que visem
maior independência e liberdade para tal grupo, visto o crescimento evidente dessa parcela da população.
Logo, melhorias no planejamento urbano e no ideário coletivo sobre as capacidades físicas e mentais dos
idosos são necessárias.
Em primeiro plano, é importante que haja avanços no planejamento urbano para que o idoso
consiga alcançar sua independência. Nesse sentido, em “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, livro escrito
por Douglas Adams, é apresentado um planeta chamado Hawalius, o qual não é adaptado para a população
mais velha, situação que dificulta a acessibilidade dos idosos que habitam o local. Analogamente, na
contemporaneidade, também se encontram alguns desafios nesse aspecto, como calçadas inadequadas,
falta de pisos táteis - que facilitariam a locomoção de idosos com visão comprometida - e falta de rampas
em muitos ambientes, como shoppings. Diante disso, fica claro que o direito de ir e vir e, consequentemente,
a independência da população idosa enfrentam graves empecilhos no espaço urbano.
Em segundo plano, há também um senso comum de que os idosos são incapazes de realizar
suas atividades sozinhos, o que prejudica a autonomia de pessoas nessa faixa etária. Tal crítica é feita na
animação infantil “Irmão do Jorel”, na qual, em um determinado episódio, as avós de Jorel - Gigi e Juju -
fogem em busca de liberdade, causando preocupação dos outros familiares, visto que eles menosprezam
a capacidade de independência das senhoras e acionam a polícia para procurá-las. Apesar de ser um
desenho, esse ideário social é comum na realidade e provoca uma ideia infantilizada das pessoas na
terceira idade. Esse tipo de pensamento é negativo, na medida em que o idoso, ao se sentir infantilizado,
pode desenvolver, em casos mais graves, a depressão. Portanto, é necessário que haja uma maior
conscientização sobre as reais capacidades desses indivíduos.
Diante do exposto, cabe às prefeituras de cada cidade fazer um melhor planejamento urbano,
voltado para os idosos, por meio da contratação de engenheiros e de arquitetos especializados em
acessibilidade, os quais irão garantir espaços que sejam adequados às necessidades e às limitações das
pessoas acima dos 60 anos. Além disso, esses mesmos agentes devem, por meio da associação com
psicólogos e com geriatras, realizar palestras educacionais para a população diminuir o preconceito e o
senso comum de incapacidade dos indivíduos dessa faixa etária. Tais medidas têm como objetivo garantir
que o pensamento equivocado sobre os idosos não seja mais um empecilho para a independência
dessas pessoas, além de assegurar que, em 2043, a população na terceira idade esteja de fato inserida na
sociedade.

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IDOSO

Tema 11:
Desafios e perspectivas do idoso no mercado de trabalho

Segundo o IBGE, o Brasil tem mais de 28 milhões de idosos atualmente, o que representa
13% da população do país. Esses indivíduos poderiam ser mais presentes no mercado de trabalho,
caso houvesse incentivo. Isso é afirmado, pois muitos deles têm a perspectiva de serem produtivos
economicamente, porém a baixa aceitação das pessoas mais velhas no meio trabalhista configura-se
como um empecilho.
A princípio, entende-se que alguns idosos ainda desejam ser e outros são economicamente
ativos. Comprova-se tal informação por uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes
Lojistas (CNDL), a qual afirma que 21% da população que se aposentou ainda é ativa no meio trabalhista.
Essa questão se dá por vários motivos, entre eles, os baixos salários da aposentadoria e a vontade de
se sentirem produtivos em um meio capitalista, que mede tal noção por intermédio do quanto um
indivíduo é capaz de agregar economicamente a uma sociedade. Logo, entende-se que a perspectiva
dos idosos diante do mercado de trabalho é a de continuar produzindo efetivamente.
Entretanto, ainda persiste um preconceito social e um senso comum contra idosos no meio
trabalhista. Esses problemas podem ser evidenciados, por exemplo, no filme “Um Senhor Estagiário”,
no qual um senhor de 70 anos inicia um trabalho como estagiário de uma startup de moda e, no
começo, é tratado com preconceito por sua chefe, mas, à medida que a narrativa se desenvolve,
ela percebe que pode aprender muito com ele, e ele, com ela. Assim também ocorre na realidade
brasileira, visto que muitas empresas acreditam não haver espaço e troca de aprendizado com idosos
e os excluem do mercado de trabalho sem antes lhes dar uma oportunidade. Tal atitude é grave
a partir do momento em que ela negligencia um desejo de alguns idosos, que é o de serem mais
participativos economicamente. Portanto, é necessário que haja uma mitigação dessa problemática
social a fim de atender às expectativas da terceira idade no espaço de trabalho.
Diante do exposto, cabe ao Governo Federal diminuir o preconceito contra a parcela idosa
da sociedade por meio de palestras nas empresas. Tais palestras devem, por exemplo, contar com
psicólogos e com médicos, os quais expliquem a importância e a necessidade desse grupo no
mercado de trabalho, já que as trocas sociais com eles podem ser positivas para todos. O objetivo
dessa medida é garantir que as perspectivas trabalhistas para a terceira idade sejam mais amplas, a
fim de que, entre os 28 milhões de idosos brasileiros, aqueles que querem trabalhar tenham o desejo
atendido de forma efetiva.

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IDOSO

Tema 12:
A infantilização como forma de violência contra o idoso

No episódio “Em busca de liberdade”, da animação “Irmão do Jorel”, as personagens vovó Gigi
e vovó Juju decidem viajar em busca de uma aventura, atitude questionada por Lara, uma criança, que
indaga se as avós poderiam viajar sem um adulto para tomar conta delas. Esse questionamento ilustra
uma visão infantilizada do idoso, conduta que é comum na sociedade, embora caracterize uma forma de
violência contra a terceira idade. Por isso, deve-se discutir o motivo social de essa prática ser naturalizada,
bem como evidenciar os impactos socioeconômicos dela.
Nesse sentido, a infantilização dos idosos é motivada por um imaginário coletivo que os associa
à incapacidade física e mental. Isso fica evidente em diferentes produções audiovisuais: além de “Irmão
do Jorel”, um exemplo de infantilização dessa faixa etária é verificado no filme “Up - Altas Aventuras”, em
que uma criança insiste em ajudar o protagonista Carl, idoso, supondo que, apenas pela idade avançada,
ele necessariamente precisaria de algum tipo de auxílio. Assim, percebe-se que, apesar de poderem ser
ativos na sociedade, os cidadãos mais velhos são entendidos enquanto indivíduos cuja autonomia é
obrigatoriamente comprometida pelo envelhecimento, o que os tornaria incapazes física e mentalmente.
Essa perspectiva socialmente naturalizada é violenta, já que, ao julgar os seniores como incapazes, não
se legitimam as escolhas e as preferências deles, sujeitando-as à avaliação e à aprovação de outrem,
limitando, dessa forma, a liberdade dos indivíduos da terceira idade.
Em decorrência disso, além de a infantilização caracterizar uma violência e promover sofrimento
aos idosos, ela ainda interfere na conjuntura socioeconômica desses indivíduos. Nesse sentido, é
importante lembrar que, com a aprovação da reforma da previdência, em 2019, o acesso à aposentadoria
foi dificultado, sendo necessários, por exemplo, mais anos de contribuição para gozar desse benefício
legal. Isso significa que muitas pessoas na terceira idade precisam se manter no mercado de trabalho
para garantir a renda familiar. Entretanto, mesmo existindo essa demanda por postos de trabalho, há uma
alta taxa de desemprego entre os idosos, pois, por serem infantilizados e percebidos como incapazes,
muitos empregadores não enxergam nessa faixa etária uma contratação vantajosa. Logo, é necessário
desconstruir a infantilização dessas pessoas, tendo em vista o sofrimento que ela acarreta e o impacto que
ela pode trazer à estabilidade socioeconômica do grupo em questão.
Portanto, é necessário que a Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa promova campanhas de alerta
contra a infantilização da terceira idade. Essas campanhas devem ocorrer por meio de propagandas nas
mídias tradicionais - como televisão e rádio -, em que geriatras expliquem o que é a infantilização e
exponham as consequências negativas dessa prática. Tal medida tem o objetivo de mudar a postura das
pessoas em relação aos idosos, de modo que situações como a vivida pelas personagens vovó Gigi e vovó
Juju não sejam mais naturalizadas.

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IDOSO

Tema 13:
A importância das relações intergeracionais na inclusão social do idoso

Na animação “Up - Altas Aventuras”, a personagem Carl Fredricksen é um idoso que vive só e
não tem amigos, até conhecer Russel, uma criança com quem Fredricksen desenvolve uma relação de
amizade que traz benefícios a ambos. Assim como no filme, a convivência entre diferentes gerações
promove a inclusão do idoso na sociedade. Portanto, faz-se relevante entender como as relações
intergeracionais atuam na redução da exclusão de indivíduos da terceira idade e quais são desafios
ligados à ampliação desse tipo de convivência.
Nessa perspectiva, conviver com pessoas de outras idades pode ajudar o idoso a se inserir na
sociedade. Tal processo é demonstrado no filme “Um senhor estagiário”, em que Ben - um senhor
de 70 anos - começa a trabalhar como estagiário sênior em uma startup e, a partir do trabalho e
das vivências com a chefe e com os colegas mais novos, passa a se sentir pertencente e atuante na
sociedade. Essa ficção ilustra benefícios que decorrem das trocas entre diferentes grupos etários, por
meio das quais o senior desenvolve habilidades e conhecimentos importantes na contemporaneidade
- como saber usar smartphones e redes sociais - e tem a oportunidade de compartilhar as vivências
dele com os mais jovens, o que o faz sentir-se acolhido e valorizado. Logo, é possível afirmar que as
relações intergeracionais são fundamentais para integrar o idoso na sociedade.
Entretanto, apesar dos benefícios da convivência entre pessoas de idades diferentes, há
desafios para efetivar as relações intergeracionais. Esses problemas podem ser entendidos a partir da
perspectiva da reificação, conceito trabalhado por Marx para designar a objetificação dos indivíduos,
de modo que o valor deles passa a ser medido de acordo com a capacidade de gerar lucros. Dessa
maneira, os idosos, em função do envelhecimento físico e cognitivo, são associados à perda do
potencial produtivo e, consequentemente, tendem a ser menos valorizados em grande parte das
sociedades capitalistas. Tal desvalorização promove o desinteresse pelos representantes da terceira
idade, fazendo com que eles fiquem, frequentemente, isolados, privados do convívio com os mais
jovens. Entende-se, então, que esse cenário é negativo, na medida em que inviabiliza os benefícios
das relações intergeracionais, e deve ser modificado.
Destarte, cabe ao governo incentivar as empresas privadas a aumentar a contratação de idosos
com os objetivos de desvincular a imagem dos mais velhos à inaptidão para trabalhar e de promover
uma convivência diversificada entre os funcionários, a exemplo da startup retratada na ficção “Um
senhor estagiário”. Esses incentivos devem ser estabelecidos por meio de descontos, os quais devem
ser direcionados aos impostos das empresas que aderirem à contratação de pessoas da terceira idade.
Assim, mais histórias como as de Carl e Russel vão se desenrolar na sociedade, trazendo benefícios
aos envolvidos.

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SAÚDE

Tema 14:
A violência obstétrica em questão no Brasil

Procedimentos cirúrgicos excessivos, como cortes desnecessários na região do períneo, e


agressões verbais são algumas violências denunciadas no documentário “O renascimento do parto”.
Diante disso, tal narrativa evidencia que ocorre, no país, uma desumanização do parto, que se manifesta
por meio de diferentes condutas que caracterizam a violência obstétrica. Esse cenário é causado pelo
machismo estrutural e também pela mercantilização da saúde e deve ser combatido, a fim de garantir a
integridade das gestantes.
Em primeiro lugar, pode-se afirmar que a violência obstétrica tem causas sociais, estando
relacionada ao machismo. Nessa perspectiva, conforme Pierre Bourdieu, existe um tipo de violência
que não se manifesta necessariamente por meio de coação física e que é empregada sobretudo contra
minorias, sendo um instrumento de dominação de grupos opressores. Tal violência fica evidente ao se
analisar a desumanização experienciada por grande parte das mulheres durante o parto, tendo em vista
que muitas sofrem agressões verbais, exemplificadas pela frase “na hora de fazer, você não reclamava” –
enunciado comumente usado para negligenciar queixas das gestantes, como mostrado no documentário
“O renascimento do parto”. Assim, fica evidente, por meio desses relatos, que existe um discurso machista
que culpabiliza a mulher pelo sexo e que serve para deslegitimar a autonomia da mulher sobre o próprio
corpo, deixando-a vulnerável a violências, como a obstétrica.
Em segundo lugar, a desumanização do parto é agravada pelo contexto capitalista em que se
insere a sociedade brasileira. Desse modo, conforme Marx, o capitalismo se configura enquanto sistema
econômico pautado pela busca por lucros, sendo que essa mentalidade se insere em diferentes âmbitos
da sociedade. Por isso, muitos hospitais privados, imersos na mentalidade capitalista, visam a maximizar
os lucros, por meio de práticas como a realização excessiva de cesarianas, reduzindo o tempo do parto e
aumentando, dessa forma, o número de mulheres atendidas. Em decorrência desse cenário, observa-se,
conforme dados apresentados em “O renascimento do parto”, um aumento expressivo no número de
cesarianas no país, evidenciando a desumanização com que são tratadas as gestantes durante o parto.
Logo, torna-se necessário combater essas condutas, garantindo a saúde e o bem-estar da mulher e do
bebê.
Portanto, é necessário que o Ministério da Saúde desenvolva um programa de formação humanizada
direcionado aos profissionais da saúde. Isso deve acontecer por meio de cursos frequentes – ofertados às
equipes dos hospitais – que expliquem o que é a violência obstétrica e quais são as diferentes condutas
que a caracterizam. Espera-se, com isso, que esses profissionais sejam informados sobre o problema e
capacitados para não o reproduzirem. A partir disso, práticas como as descritas em “O renascimento do
parto” serão mitigadas na sociedade brasileira.

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SAÚDE

Tema 15:
Problemas e consequências do tabagismo no século XXI

Hades é um famoso personagem da conhecida animação “Hércules”, o qual, em dado momento


do filme, aparece fumando um charuto. Essa cena aparentemente inocente se relaciona a um problema
social sério: o tabagismo, que gera impactos graves aos indivíduos e à sociedade do século XXI. Contudo,
observa-se que o ato de fumar, apesar dessas consequências, é socialmente aceito e até mesmo
glamourizado, o que infelizmente contribui para a continuidade do problema.
Nessa perspectiva, nota-se que o interesse em fumar pode ser suscitado pelo fato de o cigarro ser
um produto associado a aspectos valorizados pelos indivíduos. Um exemplo disso é a comum associação
entre a droga em questão e o relaxamento - o sargento Hopper, da série “Stranger Things”, ilustra essa
relação por sempre recorrer ao cigarro como meio de relaxar em momentos de estresse. Tais projeções
positivas sobre o ato de fumar acabam glamourizando-o, de modo que ele se torna atrativo para muitas
pessoas. Logo, nota-se que esse imaginário construído acerca do tabagismo, ao longo dos anos,
consolidou-o, no século XXI, como um hábito socialmente aceito e valorizado, posto que é associado a
situações e a características positivas.
Entretanto, apesar de haver uma ligação simbólica entre tabagismo e boas experiências, fumar gera
prejuízos graves à saúde do indivíduo, o que pode causar impactos sociais significativos. Isso é confirmado
pelo Instituto Nacional do Câncer, que afirma que o cigarro é uma das causas de leucemia, de câncer de
pulmão, de infarto e de uma série de infecções respiratórias. Esses dados mostram que o tabagismo pode
reduzir significativamente a qualidade de vida dos usuários - sobreviventes do câncer de pulmão, por
exemplo, além de enfrentarem um tratamento doloroso, podem ter sequelas como fadiga e insuficiência
respiratória crônicas. Dessa forma, verifica-se que tais danos podem causar impactos sociais, tendo em
vista os custos elevados dos tratamentos dessas condições clínicas, que sobrecarregam o Sistema Único
de Saúde (SUS). Por isso, é urgente adotar medidas que visem à desconstrução do imaginário positivo que
envolve esse vício.
Portanto, é necessário que o Ministério da Saúde desenvolva mais campanhas de informação as
quais denunciem os impactos negativos do cigarro para o indivíduo e para a sociedade. Isso deve ocorrer
por meio de postagens nas redes sociais e de comerciais antitabagismo na televisão - pois essas mídias
podem atingir um elevado contingente de pessoas. Por conseguinte, será possível consolidar a relação
entre cigarro e experiências negativas, como as doenças causadas por ele. Assim, a associação entre
cigarro e personagens queridos, como o Hades, vai se tornar mais rara, modificando o imaginário social
acerca dessa droga.

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SAÚDE

Tema 16:
O vício em videogames como distúrbio de saúde

Segundo a OMS, vício é um hábito repetitivo que causa prejuízos ao viciado e aos que convivem
com ele, configurando-se como uma doença física e psicoemocional. Essa definição é comumente
associada ao uso de drogas, mas, na verdade, ela se estende a qualquer ação recorrente que possa
gerar danos a quem a pratica, a exemplo da dependência de jogos digitais, que é considerado um
problema de saúde. Dessa forma, é necessário entender as razões biológicas que causam a doença e
os danos que ela pode acarretar à vida das pessoas.
Nesse sentido, é válido mencionar que o vício em videogames está ligado a fatores biológicos.
Isso pode ser afirmado, uma vez que, de acordo com uma reportagem da BBC, quando o indivíduo
joga, ocorre liberação de dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. Assim,
com o objetivo de experimentar sensações prazerosas por mais tempo, o jogador, muitas vezes, pode
aumentar o número de sessões de jogo e a duração delas, o que acaba desencadeando o vício. Esse
hábito se configura como um grave problema de saúde, gerando prejuízos a quem usa o videogame de
forma exagerada.
Diante disso, a pessoa que tem compulsão pelos jogos em questão pode ter sua saúde afetada.
Tal problema foi exposto por pesquisadores da Universidade Brigham Young (BYU), que confirmaram
haver uma relação entre o vício em videogames e condições clínicas, como a depressão e a bipolaridade.
Essas doenças psicossomáticas podem estar relacionadas ao fato de o jogador compulsivo investir
grande parte do próprio tempo no jogo, de modo que experiências importantes para o aspecto mental,
como a socialização, ficam comprometidas. Ademais, complicações relacionadas à saúde física
agravam a situação em questão: passar muitas horas em frente a telas pode gerar problemas posturais,
complicações na visão e lesões por esforço repetitivo. Logo, é necessário que haja medidas interventivas
para coibir esse hábito tão prejudicial ao bem-estar dos indivíduos.
Portanto, a fim de reduzir o vício em videogames, é necessário que as empresas ligadas a esses
produtos promovam campanhas de informação, as quais discutam as consequências da compulsão
por jogos eletrônicos e instruam o usuário a buscar ajuda, caso ele se encontre nessa situação. Essas
campanhas serão viabilizadas por meio de mensagens de alerta, que deverão ser apresentadas no início
dos jogos. Por conseguinte, menos jogadores de videogame irão se enquadrar na definição de vício
estabelecida pela OMS.

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SAÚDE

Tema 17:
O aumento das ISTs entre os jovens no Brasil

Na série “How to Get Away with Murder”, Oliver é um técnico de informática que descobre ser
soropositivo após decidir fazer um teste de detecção de HIV - decisão motivada por ter se relacionado
sexualmente, sem proteção, com um estranho. Essa história se assemelha à de muitos jovens brasileiros, que
têm contraído, com mais frequência, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como o HIV. Tal cenário
negativo é motivado pelo tabu que envolve o sexo e pelo preconceito que afeta as pessoas infectadas por
doenças transmitidas por relações sexuais.
Nessa perspectiva, o conservadorismo inviabiliza uma discussão efetiva sobre assuntos ligados a sexo,
de modo que informações sobre como prevenir ISTs não são amplamente difundidas. Essa situação se deve
à formação histórica da sociedade brasileira, que tem em sua base valores cristãos - os quais associam o
corpo e o sexo ao pecado - e patriarcais - que restringem a atividade sexual à reprodução, permitida apenas
no casamento. Assim, a visão do sexo como uma prática inadequada faz com que assuntos relacionados à
sexualidade, como a prevenção de ISTs, sejam negligenciados, tendo em vista que grande parte da sociedade
entende que não se deve informar os jovens acerca do assunto, mas sim evitar que eles tenham relações
sexuais. Além disso, soma-se o fato de os adolescentes não terem vivenciado cenários em que as ISTs eram
amplamente abordadas pela mídia, como a epidemia de HIV nos anos 1980, o que, por conseguinte, faz com
que muitos não tenham acesso a informações sobre a gravidade de tais infecções e sobre os métodos para
preveni-las.
Ademais, o preconceito contra portadores de ISTs é outra causa do aumento dessas patologias entre
os adolescentes. Esse problema pode ser ilustrado pelo livro “Depois daquela viagem”, no qual a autora,
Valéria Polizzi, denuncia situações em que foi hostilizada, durante a adolescência, por ser portadora do HIV,
além de relatar que seu diagnóstico costumava gerar surpresa, uma vez que se associam os soropositivos
a uma condição debilitada de saúde. Tal visão estereotipada dos portadores de ISTs faz muitos jovens não
buscarem serviços de testagem após se exporem a situações de risco por temerem tal preconceito, pois
parte desses indivíduos sequer cogitar que possam estar contaminados. Consequentemente, muitos jovens
contaminados transmitem as patologias sem estarem cientes da própria condição de saúde. Diante disso, é
necessário disseminar mais informações sobre as ISTs a fim de promover uma atitude consciente em relação
à prevenção e à profilaxia pós-exposição, a exemplo de Oliver, que busca um serviço de testagem após ter
relações desprotegidas.
Portanto, cabe ao Ministério da Saúde criar uma campanha de informação sobre as ISTs, a qual tenha
os jovens como público-alvo. Essa campanha deve ocorrer por meio de vídeos patrocinados em sites e
em aplicativos muito acessados por adolescentes - como o Youtube, o Instagram e o TikTok -, em que
sejam apresentadas as formas de se prevenir das ISTs bem como sejam fornecidas instruções sobre como
proceder em caso de exposição a situações de risco. Dessa forma, os jovens poderão adotar uma postura
de prevenção, baseada no uso de preservativo, e de redução de danos, a exemplo da conduta de Oliver,
reduzindo os casos de ISTs nessa faixa etária.

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SAÚDE

Tema 18:
Os desafios da doação de medula óssea no Brasil

No filme “Uma prova de amor”, uma família enfrenta uma série de desafios para que a filha
mais velha possa realizar um transplante de medula, chegando a conceber uma criança com a única
intenção de conseguir um doador compatível. Essa dificuldade de encontrar uma doação de medula
vai ao encontro da realidade de milhares de brasileiros que aguardam um transplante para conseguir
melhorar a qualidade de vida e, em casos mais graves, assegurar a própria sobrevivência. Diante disso,
a falta de informação se destaca enquanto entrave para recrutar novos doadores, o que é negativo para
os pacientes e para o governo.
Nessa perspectiva, a falta de informação apresenta-se como um dos principais desafios para
recrutar doadores de medula. Tal entrave é confirmado por uma notícia publicada no site do G1 , que
atesta que muitas pessoas não se registram como doadoras porque têm medo de o procedimento
causar sequelas, como a paralisia. Assim, muitas pessoas confundem, por exemplo, a medula óssea -
que é de fato retirada no processo de doação, via punção - com a medula espinhal - parte do sistema
nervoso localizada na coluna, responsável pelo transporte dos impulsos nervosos que permitem o
movimento, a qual não é retirada em doações. Dessa forma, esses equívocos geram um temor em
relação ao procedimento, o que dificulta o encontro de um doador compatível.
Ademais, é preciso ressaltar que superar a falta de informação que envolve a doação de medula
acarreta malefícios ao paciente e à sociedade. Isso pode ser confirmado pelo médico Drauzio Varella,
que, em seu canal no Youtube, explica que a saúde pública depende diretamente de um conjunto de
atitudes individuais, uma vez que elas ajudam a prevenir e a amenizar quadros clínicos mais graves.
Embora se refira principalmente à profilaxia, a fala de Varella pode ser associada ao cenário de doação de
medula, uma vez que uma atitude individual - voluntariar-se para ser doador - pode promover melhora
na qualidade de vida do indivíduo que precisa da doação, o que, por conseguinte, faz com que essa
pessoa demande menos recursos com tratamentos. Essa questão evidencia, portanto, que campanhas
de conscientização e de incentivo à doação devem ser encaradas, pelo governo, como estratégias para
amenizar gastos com tratamentos onerosos, que poderiam ser cessados caso o paciente encontrasse
um doador compatível. Cabe, pois, uma ação estatal para incentivar as doações.
Diante do exposto, o Ministério da Saúde deve desenvolver uma campanha nacional de incentivo
à doação de medula óssea. Essa campanha deve ocorrer por meio de postagens em redes sociais -
como Facebook e Instagram - e de comerciais em canais de televisão aberta. Nessas comunicações,
deverão ser apresentados os mitos referentes ao transplante e as explicações que desconstroem essas
percepções equivocadas do procedimento. Então, a população ficará mais informada sobre o assunto
e será encorajada a doar. Feito isso, realidades como a da família de “Uma prova de amor”, que teve que
adotar medidas extremas para conseguir uma doação, serão mitigadas.

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SAÚDE

Tema 19:
Desafios na prevenção do câncer de mama no Brasil

Xiomara, mãe da protagonista Jane, na série de comédia “Jane the Virgin”, enfrenta, na quarta
temporada, um câncer de mama que afeta negativamente sua saúde física e mental. Esse cenário ficcional
se assemelha à realidade de muitos pacientes, que têm sua qualidade de vida comprometida por essa
doença, o que evidencia a necessidade de superar entraves para a prevenção do câncer de mama.
Entende-se, então, que os empecilhos estão ligados à baixa adesão popular às ações de prevenção e à
falta de infraestrutura do SUS para conseguir efetivar uma prevenção eficaz.
Inicialmente, um dos desafios relacionados à prevenção do câncer de mama é garantir a adesão
da população às medidas preventivas. Nessa perspectiva, o médico Drauzio Varella, em seu canal do
Youtube, afirma que os cidadãos não podem contar apenas com o Estado ou com os sistemas de saúde
enquanto agentes promotores do bem-estar, sendo a garantia da saúde também uma responsabilidade
individual. Isso fica evidente no contexto do câncer de mama, uma vez que, embora os métodos de
prevenção sejam conhecidos - autoexame, mamografia, atividades físicas, alimentação balanceada -, há
baixa adesão à adoção dessas medidas preventivas, o que sugere negligência no cuidado com a própria
saúde. Por conseguinte, ainda há, apesar da ampla disseminação de informações, exemplificada pela
massiva divulgação do Outubro Rosa, um número elevado de pacientes que poderiam ter seus quadros
clínicos evitados ou amenizados por meio da prevenção.
Além disso, há a falta de infraestrutura de muitos hospitais públicos enquanto entrave à prevenção
do câncer de mama no Brasil. Essa situação se contrasta com os pilares do Sistema Único de Saúde (SUS)
brasileiro, criado em 1990 com base nos ideais de universalidade, de equidade e de integralidade. Isso
acontece porque, apesar de a legislação assegurar esses pilares, muitas unidades de saúde enfrentam
problemas de orçamento e de infraestrutura, que prejudicam uma detecção precoce do câncer de
mama, o que pode ser exemplificado pela má distribuição dos mamógrafos no Brasil - concentrados
em áreas financeiramente mais desenvolvidas. Assim, ainda que os indivíduos se engajem em medidas
de prevenção à doença, podem se deparar com dificuldades para acessar os direitos básicos de saúde,
as quais inviabilizam a profilaxia pelos cidadãos. Logo, é necessário adotar medidas que garantam uma
cobertura eficaz do SUS para efetivar a prevenção dessa doença.
Diante disso, cabe ao Estado reorganizar o orçamento de saúde e direcionar mais verba à prevenção
de doenças graves, como o câncer de mama. Isso deve ocorrer por meio de revogação de medidas que
reduzem o orçamento público destinado à saúde - como a PEC do Teto de Gastos, que congela os
investimentos do governo -, a fim de investir mais recursos na compra de mamógrafos e no treinamento
de médicos para realizar um atendimento eficiente. Como efeito desse cenário, casos como o de Xiomara
poderão ser evitados.

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CIDADANIA

Tema 20:
Os problemas do saneamento básico no Brasil

No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição Brasileira. Entretanto,


esse direito é negligenciado quando se percebe que ele não é utilizado por todos os cidadãos, os quais
vivenciam esse problema pelo local onde moram e apresentam problemas de saúde. Dessa forma, é
necessário que medidas sejam tomadas para garantir os recursos estruturais de higiene básica a todos os
brasileiros.
A princípio, é importante considerar como algumas localidades de moradia do Brasil não são
contempladas com água e esgoto tratados. Diante disso, pode-se citar a obra literária “O Cortiço”, de Aluísio
Azevedo, a qual descreve os cortiços do Rio de Janeiro no século XIX e as condições insalubres desses
espaços. Paralelamente à obra, locais como favelas ainda são um pouco semelhantes, na atualidade, aos
cortiços, uma vez que falta saneamento básico em muitas delas, como ficou evidente durante a pandemia
da Covid-19, quando não havia água em todas as casas dessas regiões para lavar as mãos e para evitar a
doença. Logo, o Brasil precisa se atentar a esse problema.
Além disso, a falta de recursos sanitários básicos pode comprometer a saúde dos indivíduos,
deixando-os expostos a várias doenças. Comprova-se isso pelo personagem Jeca Tatu, de Monteiro
Lobato, o qual apresenta ancilostomose, doença evitada pelo saneamento e por condições ideais e básicas
de higiene. Assim, apesar de ser um personagem do começo do século XX, percebe-se que o Jeca Tatu
ainda é uma representação da atualidade de muitos brasileiros, como os periféricos e os da zona rural.
Ademais, outras doenças também podem ser adquiridas por falta de água e de esgoto tratados, como a
esquistossomose, a cólera e a leptospirose. Portanto, cabe ao governo brasileiro realizar melhorias no
saneamento básico para garantir a saúde dos brasileiros.
Diante do exposto, é importante que o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
faça pesquisas nas cidades que mais precisam de investimento e de melhoria no saneamento básico. Essa
medida deve acontecer por meio dos governos municipais, os quais verificarão as necessidades sanitárias
de cada município e repassarão os dados ao ministério. Por conseguinte, haverá a melhoria da saúde
pública brasileira, além da efetivação e da garantia do direito previsto na Constituição.

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CIDADANIA

Tema 21:
Impactos dos movimentos antivacinas no Brasil

No início do século XX, houve a Revolta da Vacina, na qual a população brasileira se rebelou contra
uma ação arbitrária do governo que impunha a vacinação obrigatória sem explicar exatamente como a
imunização funcionava. Atualmente, apesar de haver muitas informações sobre as vacinas, surgiu um
movimento que questiona a eficácia dessas medidas profiláticas, o que gera consequências ao Brasil.
Dessa forma, é importante analisar como a diminuição dos índices de vacinação e o risco de reemergência
de doenças já erradicas podem ocorrer.
A princípio, é possível perceber que os movimentos antivacinas podem atingir a população,
causando a diminuição da cobertura vacinal. Sendo assim, de acordo com a CNN, em 2019, pela primeira
vez, o Brasil não atingiu a meta mínima de vacinação estabelecida pelo governo para crianças com menos
de um ano. Diante desse problema, pode haver o aumento da mortalidade infantil, além do surto de
doenças infantis que eram comuns no século XX, como sarampo e poliomielite. Logo, precisa-se que essa
questão seja analisada e devidamente solucionada em prol da infância brasileira.
Além disso, há um risco de doenças que já foram erradicadas no passado voltem a ser recorrentes
na sociedade, indo de encontro a um dos maiores avanços do país. Esse avanço é confirmado pelo
médico Drauzio Varella, que também afirma que as vacinas foram as principais responsáveis por erradicar
doenças como o sarampo do Brasil. Entretanto, devido também ao movimento antivacina, epidemias de
enfermidades antes controladas e ausentes na sociedade podem retornar à nação, uma vez que parte
dos cidadãos se recusa a se imunizar e a imunizar seus filhos. Assim, crianças e adultos se tornam mais
vulneráveis e o sistema de saúde do país pode ficar sobrecarregado. Em suma, torna-se necessário impedir
que os movimentos antivacinas avancem no Brasil, a fim de garantir a saúde de todos.
Portanto, cabe ao Ministério da Saúde um programa que combata os movimentos antivacina. Tal
programa terá divulgação de informações verdadeiras e combate às informações falsas nas quais esses
movimentos se baseiam, por meio de palestras em empresas e em escolas para jovens e para adultos,
além de propagandas e de posts nas redes sociais oficiais do governo. Diante disso, haverá o impedimento
do retorno de doenças já erradicadas e da morte de crianças brasileiras, além de evitar rebeliões sociais
como a Revolta da Vacina.

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CIDADANIA

Tema 22:
Desafios no combate à diminuição da população de rua no Brasil

Segundo a Constituição Federal de 1988, a moradia é um direito essencial de todos os brasileiros.


Entretanto, atualmente, percebe-se um grande número de pessoas em situação de rua no Brasil, sendo
este um grupo que enfrenta desafios para diminuir sua vulnerabilidade nessa condição. Diante disso,
a especulação imobiliária e os vícios em substâncias ilícitas são questões que impedem a solução do
problema.
Em primeiro plano, é necessário entender como a especulação imobiliária é um agente causador
da problemática. Para isso, entender o conceito de gentrificação, da Geografia, é importante, pois ele
explica que áreas de moradia e de comércio antes precarizadas são revitalizadas em centros da cidade, o
que aumenta sua valorização financeira. Devido a isso, esses espaços são frequentemente desocupados,
acarretando a especulação imobiliária. Enquanto isso, há um grande número de pessoas vivendo nas
ruas, uma vez que não apresentam renda suficiente para arcar com o aluguel desses imóveis, os quais
se encontram vazios.
Em segundo plano, percebe-se que, infelizmente, o vício em drogas é um dos empecilhos para
diminuir a população de rua no país. Essa afirmação é comprovada pela página Rio Invisível, disponível
na plataforma instagram, a qual relata a realidade dolorosa de muitos indivíduos que abandonam suas
moradias devido aos vícios em substâncias ilícitas. Além disso, muitas vezes, o vício não é visto como
questão de saúde pública. Tal fato é exemplificado pelo tratamento dado aos habitantes da Cracolândia,
em São Paulo, pela gestão do prefeito Dória, que foi insuficiente e inadequado devido à falta de análise
da situação pelo viés salutar. Em suma, é necessário que haja melhorias na forma como os desafios
estão sendo tratados pelo governo brasileiro.
Portanto, os governos municipais devem combater a especulação imobiliária, por intermédio
da permissão da ocupação dos apartamentos e das casas por cidadãos de baixa renda, enquanto as
prefeituras pagarão um aluguel de valor social aos donos das propriedades. Ademais, deve haver uma
política de combate ao vício com foco na saúde desses cidadãos. Dessa forma, o objetivo das medidas
será diminuir a população em situação de rua, garantindo-lhes o direito à moradia estabelecido pela
Constituição Federal.

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CIDADANIA

Tema 23:
A importância do voluntariado no Brasil

A falecida princesa britânica Diana, conhecida como Lady Di, ficou mundialmente conhecida por
ser uma figura que realizava muitos trabalhos voluntários ao redor do mundo. Apesar da importância
desse tipo de atividade, no Brasil, ainda não há o reconhecimento efetivo de práticas semelhantes às
de Lady Di. Esse problema ocorre devido à sociedade brasileira estar muito voltada para o individual e
pouco para o coletivo, além de estar muito preocupada em atender ao sistema capitalista em que está
inserida, o que precisa ser solucionado.
A princípio, entende-se que existem algumas práticas voluntárias no Brasil que estão se
popularizando. Como exemplo disso, pode-se citar os cursinhos pré-vestibulares voluntários que
existem nas universidades federais, a citar o Face Educa e o Equalizar, ambos localizados na Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG). Essas instituições têm como objetivo ajudar indivíduos de baixa renda
a entrarem nas faculdades federais, uma vez que nem sempre possuem renda suficiente para arcar
com pré-vestibulares pagos. Diante disso, outros cursinhos populares também se encontram na UERJ
e na UFV, demonstrando que, em partes da sociedade brasileira, há a importância do voluntariado e de
ajudar pessoas em necessidade.
Contudo, o Brasil apresenta alguns empecilhos para o avanço do voluntariado, como a
individualidade e o sistema socioeconômico vigente. Assim, segundo o filósofo Zygmunt Bauman, a
sociedade moderna é marcada por membros analisados como indivíduos e não como coletividade,
além de atenderem ao capitalismo como prioridade. Tal afirmação pode ser observada na sociedade
brasileira, a qual, apesar de carregar o estereótipo de que os cidadãos são generosos e solidários,
está constantemente submetida a jornadas de trabalho exaustivas para se sustentar, nem sempre
encontrando tempo para ser voluntária, indo de encontro ao estereótipo firmado. Dessa forma, isso é
comprovado pela posição do Brasil de 91º lugar do ranking feito pelo World Giving Index, o qual analisa
as nações que mais contribuem com atitudes solidárias e voluntárias no mundo. Logo, é importante que
haja mudanças para que a importância do voluntariado seja alcançada plenamente pelos brasileiros.
Portanto, cabe ao Ministério da Cidadania, juntamente ao Ministério da Educação, estimular o
sentimento de valorização do voluntariado no país. Essa medida deve ocorrer por meio de incentivo
nas escolas para pais e para alunos, com palestras e dias específicos para atividades voluntárias entre
famílias, como visitação a casas de repouso e a instituições carentes. Por fim, o objetivo dessa medida
será garantir que a relevância do voluntariado seja garantida e, por conseguinte, os brasileiros se tornarão
mais solidários e humanos, assim como Lady Di.

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EDUCAÇÃO

Tema 24:
Caminhos para se combater a evasão escolar no Brasil

O neologismo “empoderamento”, criado por Paulo Freire, descreve o processo de conscientização


de grupos historicamente oprimidos com objetivo de que eles se organizem a fim de superar os casos de
opressão, sendo a educação uma importante ferramenta na efetivação desse processo. Dessa forma, tendo
em vista o potencial transformador da educação, classifica-se como preocupante o cenário de elevada
evasão escolar no Brasil, de modo que se torna necessário adotar caminhos para combatê-lo. Entretanto,
há entraves sociais que dificultam essa tentativa de combate, os quais são responsáveis pela alta taxa de
evasão escolar, gerando impactos negativos graves à vida dos jovens que abandonam a escola.
Nesse sentido, verifica-se que uma das principais variáveis relacionadas à evasão escolar é a
desigualdade social. Tal relação é apresentada no filme “Sementes Podres”, em que o protagonista - ao lidar
com um grupo de crianças consideradas problemáticas - consegue traçar um paralelo entre a situação
de vulnerabilidade social e os desvios cometidos pelo grupo, entre os quais se destacava o abandono
da educação formal. Nessa perspectiva, percebe-se que a premissa apresentada em “Sementes Podres”
também se confirma fora da ficção, na medida em que jovens inseridos em contextos de pobreza são, por
exemplo, forçados a deixar a escola para trabalhar, a fim de completar a renda familiar. Por conseguinte,
sem uma formação escolar completa, condição mínima para se candidatar a postos de trabalho social e
financeiramente mais valorizados, tais indivíduos veem-se limitados a ocupações mal remuneradas, o que
os mantém na condição de pobreza.
Ademais, além da desigualdade social, a histórica opressão voltada a grupos marginalizados
socialmente também é um fator determinante para o abandono do espaço escolar. Este, segundo a
socióloga Edneia Gonçalves, reproduz opressões presentes na sociedade - como o racismo -, o que, não
raro, faz a escola ser um lugar hostil aos estudantes negros, que frequentemente sofrem violências tanto
dos colegas quanto dos professores. Assim, a formação escolar torna-se extremamente penosa a esses
grupos, que podem enxergar a evasão como um meio de escapar das violências sofridas. Essa situação
é grave, porque tais jovens são privados de construir, no meio escolar, ferramentas para lutar contra as
opressões às quais são submetidos. Então, considerando o papel fundamental da escola na formação do
indivíduo, é necessário torná-la um espaço acolhedor, sobretudo aos alunos que se encontram em situação
de vulnerabilidade social e que integram grupos historicamente oprimidos.
Portanto, cabe às Secretarias de Educação de cada estado adotar uma estratégia de ação que vise
ao combate à evasão escolar. Tal estratégia deve se materializar na oferta de bolsas aos estudantes cujas
famílias inserem-se em um contexto de pobreza e na criação de um centro de denúncias ao qual alunos que
sofrem violência na escola possam recorrer. Isso deve ocorrer por meio do redirecionamento de impostos
- de modo que o pagamento das bolsas seja prioridade orçamentária do Estado - e da contratação de
profissionais, como sociólogos, que conduzam as denúncias recebidas. A medida deve ser feita a fim de
evitar a evasão escolar e, consequentemente, consolidar o empoderamento desses indivíduos, conforme
defendido por Freire.

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EDUCAÇÃO

Tema 25:
A importância do esporte na formação educacional infantil

No ano de 2019, ocorreu a extinção do Ministério do Esporte, importante órgão que tinha como
objetivo tratar de assuntos relacionados às práticas esportivas no Brasil. Devido a isso, percebe-se que
fica difícil reconhecer a relevância do esporte no país, principalmente com viés educativo para crianças.
Logo, é necessário analisar como o trabalho em equipe e a socialização são favorecidos por meio dessas
práticas, mas também os problemas que as escolas vivenciam que impedem essas vantagens.
De início, é importante entender os benefícios para as crianças que as atividades esportivas
podem trazer. Assim, segundo a lei 9.615, de 1998, devido ao viés educacional e de formação, é dever do
governo fomentar tais atividades nas escolas brasileiras. Isso acontece, uma vez que o esporte estimula o
seguimento de regras, o trabalho em equipe e incentiva a socialização, o que é muito importante para a
infância, fase da vida em que os indivíduos estão se formando e aprendendo a noção de certo e errado.
Dessa forma, as práticas esportivas na escola são relevantes e essenciais para a primeira fase educacional.
Entretanto, apesar de ser dever do governo incentivar o esporte, as escolas públicas brasileiras
nem sempre apresentam infraestrutura adequada para isso. Essa afirmação é comprovada por um dado
do Censo Escolar de 2015, o qual afirma que seis em cada dez instituições públicas do Brasil não contam
com quadras esportivas, atingindo 65,5% desses espaços. Então, com essa falha estrutural, dificilmente os
benefícios do esporte atingirão todas as crianças brasileiras. Por conseguinte, poderão ser desenvolvidos
indivíduos com dificuldade de socialização e que não encontrarão na escola e nas práticas esportivas um
meio lúdico de aprender os conceitos disciplinares de certo e errado. Portanto, é necessário que medidas
governamentais sejam fomentadas para que o problema seja solucionado no Brasil.
Destarte, é necessário que o Ministério da Educação, órgão responsável pela gestão educacional
no país, crie projetos escolares voltados para o esporte. Esses projetos ocorrerão por meio da melhoria
da infraestrutura das escolas, como quadras e playgrounds, e da compra de materiais esportivos para as
instituições públicas. Diante disso, a importância do esporte ficará mais clara para as crianças brasileiras,
mesmo diante da exclusão do Ministério do Esporte.

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EDUCAÇÃO

Tema 26:
Importância da preservação do folclore brasileiro

Iara, Saci, Boitatá e Curupira são alguns personagens reconhecidos como parte do folclore
brasileiro, porém o folclore não se resume apenas a esses mitos, ele é também um conjunto de expressões
artísticas e culturais do Brasil que representam a identidade nacional. Devido a isso, é importante que
haja a preservação dessas expressões, mas tal fato encontra empecilhos no país, como a extinção do
Ministério da Cultura e a valorização da cultura de massas. Logo, é importante que medidas sejam
elaboradas para solucionar a problemática.
De início, a preservação do folclore brasileiro é necessária para a manutenção da identidade
nacional. Por isso, órgãos foram criados para garantir essa manutenção, por exemplo, o Serviço de
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), desenvolvido por Mário de Andrade no século XX, a
fim de dar à cultura brasileira um aspecto de maior relevância, inclusive acadêmica. Assim sendo, pelo
folclore envolver todos os aspectos culturais do país, como mitos, danças, brincadeiras, festas e comidas
típicas que são transmitidas por gerações, é importante que ele seja preservado, pois ele garante que a
identidade nacional e a história se mantenham vivas. Dessa maneira, com essa preservação, as gerações
seguintes saberão a origem das tradições e sua importância e terão maior intenção de mantê-las.
Entretanto, pode-se perceber que o folclore brasileiro encontra dificuldades de ser cuidado
e mantido. Esses problemas ocorrem, em partes, pela extinção do Ministério da Cultura, órgão que
financia e preserva não somente o folclore, mas também entidades como museus. Em decorrência
da exclusão desse ministério, repasses financeiros governamentais e o incentivo à valorização da
cultura nacional são diminuídos, o que pode dar espaço à maior atenção da sociedade brasileira para
as artes de massa. Por conseguinte, as tradições e a identidade brasileira podem ser comprometidas
e ser substituídas por uma arte com viés capitalista e pouco crítico, também conhecida como cultura
de massas, influenciando negativamente a formação nacional das futuras gerações. Diante disso, é
necessária maior atenção governamental para esse problema, uma vez que a preservação do folclore é
de extrema importância.
Portanto, cabe ao Governo Federal a criação de um órgão especializado no cuidado com a
identidade nacional. Essa ação acontecerá por meio da escolha de artistas brasileiros pelo governo, os
quais, juntos, irão guiar esse órgão e estabelecer a demanda das melhorias dos aspectos necessários
para a preservação do folclore no Brasil. Por fim, haverá maior consciência da sociedade sobre o folclore
e os cidadãos brasileiros irão entender que tal conceito vai além da existência de personagens como
Iara e Saci.

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EDUCAÇÃO

Tema 27:
Desafios do ensino a distância no Brasil

De acordo com a Constituição Federal do Brasil, o direito à educação deve ser garantido a todos
os brasileiros. Entretanto, quando se percebe que há desafios relacionados à educação a distância,
entende-se que tal direito não está sendo assegurado de fato, o que configura um problema. Tais
desafios, muitas vezes, ocorrem pela falta de acesso adequado à internet no país e de conhecimento
não trocado entre docentes e discentes no meio educacional.
De início, é importante pontuar que a educação a distância, para ser efetiva, depende de uma
conexão de internet de qualidade. Porém, segundo dados da UNICEF, 4,8 milhões de adolescentes não
têm acesso à internet no Brasil. Esse fato configura-se como uma problemática, uma vez que as aulas
e as atividades a distância, muitas vezes, são disponibilizadas por meio de plataformas e de sites, os
quais exigem que o aluno tenha internet para utilizá-los. Por conseguinte, nem todos os adolescentes
poderão seguir os conteúdos educativos e terão falhas em seus processos educacionais, o que pode
causar aumento da desigualdade social e também permanência em subempregos devido à baixa
escolarização.
Além disso, o processo de conhecimento não ocorre apenas com o professor ensinando o
que sabe, ou seja, a aprendizagem é uma troca de conhecimentos entre alunos e docentes. Nesse
contexto, essa ideia é reforçada por Paulo Freire, professor e filósofo brasileiro, que afirma que os
homens educam-se entre si, além de que existem conhecimentos diferentes, os quais são dinamizados
entre indivíduos. Contudo, na educação a distância, nem sempre esse processo é favorecido, já que
os alunos podem não assistir à aula síncrona e, muitas vezes, não há diálogos e discussões efetivas
como ocorre na educação presencial. Dessa forma, o conhecimento pode ser superficial ou até mesmo
confuso para o aluno, pois não há um momento de movimentação de ideias natural como na sala de
aula física. Logo, esses desafios apontados precisam ser solucionados para que a educação a distância
possa ser mais efetiva no país.
Em suma, cabe à ANATEL, órgão responsável por garantir serviços de internet e telefonia para a
população brasileira, melhorar os serviços de internet no Brasil, por meio de investimentos financeiros
repassados pelo Governo Federal que ampliem as redes e garantam a qualidade do serviço prestado.
Desse modo, o objetivo dessa proposta será proporcionar acesso à internet para todos os indivíduos
brasileiros, diminuindo esse desafio social e educacional. Ademais, cabe ao Ministério da Educação
rever as regras da educação a distância, por meio de um mínimo de aulas presenciais nos cursos. Tais
medidas irão fazer com que o direito à educação previsto pela Constituição seja efetivado.

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TECNOLOGIA

Tema 28:
Cyberviciados: como superar a dependência em tecnologia?

Na animação da Pixar, “Wall-e”, é apresentado um cenário distópico em que os seres humanos,


ao usarem de maneira excessiva a tecnologia, apresentam-se totalmente dependentes dos recursos
digitais. Essa ficção se assemelha, em partes, ao problema vivenciado na era digital contemporânea, na
qual há o cybervício, o que precisa ser solucionado. Logo, convém analisar as causas dessa questão,
como a sensação de prazer e o uso naturalizado dos celulares, fatos estes que podem provocar
consequências.
Em primeira análise, deve-se entender que os vícios ocorrem devido a uma sensação de prazer no
corpo do indivíduo - situação comum, por exemplo, entre os cyberviciados. Assim, o neurotransmissor
dopamina é liberado no cérebro como recompensa por ações que são consideradas prazerosas pelo
ser humano, estímulo que, segundo a BBC, quando associado à tecnologia, pode provocar o vício.
Isso ocorre, pois o corpo se acostuma com tal sensação, levando os indivíduos a buscarem por ela
com frequência. Como consequência, há a tendência ao uso excessivo de tecnologias, o que pode
gerar danos à saúde física, como problemas de visão pela exposição excessiva à luz da tela.
Em segunda análise, é importante salientar que o cybervício ocorre, em alguns casos, pelo
uso de smartphones. Diante disso, conforme pesquisa feita pela Universidade King’s College, 1 em
cada 4 jovens é viciado em utilizar o celular. A partir desse dado, vê-se que o problema em questão
se dá devido ao uso constante de aplicativos de redes sociais nos celulares, as quais são responsáveis
por uma manipulação de comportamento, uma vez que muitos jovens e adultos passam um tempo
considerável acompanhando a vida, muitas vezes perfeita, de outras pessoas, como blogueiras e
influencers, e tentam repetir as atitudes desses indivíduos. Por causa disso, podem acontecer
transtornos de ansiedade e depressão, já que as pessoas comuns nem sempre são capazes de
corresponder ao padrão mostrado pelos influencers. Por conseguinte, espera-se que o governo tome
medidas que solucionem a questão para evitar os problemas de saúde evidenciados.
Portanto, cabe ao Ministério da Saúde realizar campanhas voltadas à prevenção do vício em
tecnologia. Tal ação ocorrerá por meio de palestras em postos de saúde e em escolas, as quais devem
explicar como se dá o mecanismo da dependência e a manipulação das redes sociais, a fim de alertar
a população. Espera-se, com isso, que os cyberviciados da realidade não sejam como os da ficção da
Pixar.

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TECNOLOGIA

Tema 29:
Moedas virtuais e a revolução das relações econômicas
O filme “A grande aposta” narra a história real de Mark Baum, um gestor de fundos que previu
que o aquecimento nos investimentos no setor imobiliário norte-americano, que parecia promissor,
configurava, na verdade, uma bolha financeira, a qual daria início à crise de 2008. Essa história ilustra
um dos principais receios em relação às moedas virtuais, uma vez que elas, por um lado, apresentam-
se como meio de revolução das relações econômicas e, por outro lado, podem ser mais um caso da
bolha financeira. Logo, é necessário entender as causas de as moedas virtuais serem entendidas como
revolucionárias, bem como os riscos que elas podem apresentar.
Em primeiro lugar, é possível afirmar que as criptomoedas apresentam-se como um instrumento
de revolução das relações econômicas, marcadas, no século XXI, pela virtualização das transações. Nesse
sentido, conforme Pierre Lévy, vive-se, na contemporaneidade, um processo de virtualização da vida,
de modo que grande parte das ações e das experiências humanas passam a ocorrer também no meio
virtual. Diante dessa realidade, as moedas virtuais podem representar mais um passo nessa virtualização,
uma vez que o sistema financeiro na qual elas estão inseridas é baseado em uma economia inteiramente
digital. Isso é revolucionário, na medida em que, no ambiente virtual, as fronteiras geográficas são
dissipadas, o que, no caso das criptomoedas, pode significar maior liberdade, por exemplo, para as
pessoas efetuarem transações que não dependam das dinâmicas de valorização e de desvalorização
das moedas locais.
Em segundo lugar, faz-se importante ponderar que tal potencial atrai muitos indivíduos dispostos
a investir em criptomoedas, fazendo com que tal mercado se torne essencialmente especulativo e,
portanto, arriscado. Esse processo pode ser entendido a partir do filme “A grande aposta”, no qual Baum
mostra que o excesso de confiança em mercados especulativos é perigoso por se basear na premissa
de que eles seguirão crescendo continuamente, com uma base de pagamentos que sustente os lucros
dos investidores mais experientes, o que nem sempre acontece na realidade. Tal cenário se assemelha
ao contexto das moedas virtuais, pois elas ainda não são amplamente aceitas nos comércios e nos
serviços; por conseguinte, não são facilmente convertidas em bens materiais, sendo seu valor quase
inteiramente especulativo. Isso significa que, caso não haja mais interesse na compra dessas moedas,
todo o dinheiro de alguns investidores poderia ser perdido, porque não haveria mais interessados em
comprá-las por um valor maior que o pago pelo investidor. Assim, é necessário adotar uma medida de
intervenção que evite que as criptomoedas tornem-se uma nova bolha financeira.
Diante do exposto, é necessário que as empresas de criptomoedas adotem mecanismos de
autorregulação que previnam o desenvolvimento de bolhas financeiras. Esses mecanismos devem ser
desenvolvidos com base na orientação de analistas financeiros, que devem indicar ações capazes de
evitar um nível arriscado de especulação. Ademais, os Estados devem estudar as moedas virtuais e
criar incentivos para que elas sejam usadas nos comércios e serviços locais, para que o valor financeiro
atrelado a elas não seja inteiramente especulativo. Tais medidas têm o objetivo de evitar uma bolha
financeira, de modo que erros como os que levaram à crise retratada em “A grande aposta” não se
repitam.

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TECNOLOGIA

Tema 30:
A globalização do tráfico de resíduos eletrônicos
e seus impactos na sociedade

Conforme apontado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), 90% dos
resíduos eletrônicos dos países ricos são descartados na África. Percebe-se, a partir dessa pesquisa, a
globalização do tráfico do lixo eletrônico, a qual prejudica, em maioria, os países pobres e em situação
de progresso. Logo, é necessário analisar os altos custos da reciclagem de aparelhos digitais como uma
das possíveis causas dessa prática, a fim de evitar os impactos que ela gera ao meio ambiente.
Nesse cenário, ressalta-se que a globalização do tráfico de resíduos eletrônicos ocorre como
medida das nações desenvolvidas para aliviar custos com a reciclagem. Tal fato é comprovado por João
Carlos Lopes, professor do Instituto Mauá de Tecnologia, o qual afirma que o custo para a reciclagem
de certos materiais tecnológicos pode ser mais alto do que o valor gerado em retorno na venda ou na
troca. Diante disso, entende-se que as nações desenvolvidas preferem arcar com o valor do destino
de seus lixos para países em desenvolvimento, seja ele legalizado ou clandestino, do que promover
a reciclagem dos resíduos eletrônicos, pois essa circulação de dejetos acaba sendo mais vantajosa
economicamente. Por conseguinte, os Estados mais pobres terão que lidar com as despesas desses
resíduos com uma verba que poderia ser utilizada em políticas públicas para o progresso da população,
o que aumenta a desigualdade social entre nações.
Além disso, o tráfico de resíduos eletrônicos vem acompanhado do transporte de elementos
químicos que são muito nocivos à saúde humana e ao meio ambiente. Um exemplo dessa afirmação
é encontrado em reportagem da BBC, a qual afirma que, a partir de uma pesquisa feita em Gana, país
africano, foram achados nas pilhas de lixo eletrônico grandes quantidades de metais pesados muito
perigosos, como mercúrio e chumbo. Esses elementos, em contato com o solo, contaminam a água, o
lençol freático e, ao chegar no organismo dos seres humanos, tendem a gerar doenças graves, como
câncer. Assim, percebe-se que o meio ambiente e a saúde das pessoas são gravemente afetados pelo
lixo advindo, por exemplo, de computadores. Por isso, é necessária uma medida para solucionar a
problemática da globalização de resíduos.
Portanto, cabe à ONU, em parceria com o poder executivo das nações desenvolvidas, incentivar
as empresas de tecnologia a reciclarem seus produtos. Esse incentivo precisa ser feito por meio da
elaboração de um decreto ambiental, o qual deve conceder descontos em impostos para instituições
que se dispuserem a recolher aparelhos antigos e tomarem para si a responsabilidade de reciclá-los. O
objetivo de tal medida é fazer com que as empresas tenham, no total, menos gastos e, devido a isso,
evitem a globalização de resíduos eletrônicos destinados, por exemplo, à África.

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TECNOLOGIA

Tema 31:
Os desafios do Brasil no combate à cultura do cancelamento

Durante o ano de 2018, a cantora Anitta foi cancelada devido a acusações de não se engajar
politicamente na defesa da comunidade LGBT - expressivo público da artista -, o que a fez adotar
uma postura mais consciente, envolvendo-se em pautas de defesa das minorias. Isso ilustra um
potencial da cultura de boicotar personalidades que tenham uma conduta repreensível. Todavia, o
cancelamento pode ser positivo quando promove uma mudança de comportamento no indivíduo
penalizado, ou negativo, quando ocorre de maneira desorganizada, o que requer uma mobilização
para assegurar os benefícios da prática.
A princípio, o ato de cancelar figuras públicas que adotam posturas consideradas desrespeitosas,
ofensivas e até mesmo criminosas pode contribuir para que ações de reparação sejam efetivadas fora
do ambiente virtual. Esse fenômeno pode ser observado no filme “Bombshell”, em que jornalistas se
unem para expor e para denunciar Roger Ailes, o presidente da Fox News, por abuso sexual. A partir
dessas denúncias, o público da emissora e a mídia cobram uma postura da empresa, exercendo, por
meio da ameaça de cancelar o canal, uma pressão social que culmina na demissão de Ailes. Assim,
o enredo, baseado em uma história real, demonstra que o cancelamento pode ser um instrumento
eficaz de protesto, viabilizando ações práticas direcionadas a personalidades que adotam uma
conduta inadequada e, em casos mais graves, criminosa.
Apesar desse potencial, é importante pontuar que o ato de cancelar figuras famosas tem
sua eficácia comprometida quando não é realizado de forma organizada. Tal desafio é ilustrado por
uma polêmica envolvendo o funkeiro MC Gui: em uma viagem à Disney, o cantor cometeu bullying
contra uma criança, expondo a agressão em suas próprias redes sociais, o que gerou o cancelamento
do artista. Embora tenha promovido, em um primeiro momento, efeitos como perda de parcerias
comerciais, a atitude dos internautas foi limitada à medida que MC Gui ganhou mais seguidores
com a polêmica e não chegou a se redimir de fato em relação à violência cometida. Esse episódio
evidencia que cobrar uma postura ética de figuras públicas sob ameaça de cancelá-las é um ato que
deve objetivar mudanças efetivas e ser organizado para tal. Logo, é necessário adotar medidas que
viabilizem cobranças mais eficazes, de modo que o cancelamento seja positivo.
Logo, os internautas engajados com a questão podem se organizar para promover um
cancelamento efetivo ao corrigir posturas e discursos inadequados. Essa organização deve se dar
por meio de uma cobrança direcionada às instituições com as quais o alvo do cancelamento tem
contrato. Nesse sentido, os internautas podem, por exemplo, exigir que as empresas demandem do
cancelado ações de reparação, sob pena de suspensão dos contratos. Dessa forma, será possível
viabilizar um espaço virtual que contribua para melhorias no mundo real, tal qual ocorreu com Anitta
após o cancelamento de 2018.

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TECNOLOGIA

Tema 32:
Streaming e a revolução no consumo das mídias

No filme “As vantagens de ser invisível”, a personagem principal é um garoto que grava fitas para ele
e para seus amigos escutarem música, sendo esse o principal meio de consumir tal mídia, e, por meio do
compartilhamento dessas fitas, ele estabelece conexões com seus colegas de escola. Esse filme contrasta
com a realidade contemporânea, em que o acesso aos conteúdos midiáticos se dá principalmente por meio
de plataformas de streaming, as quais modificaram significativamente a forma de consumo de arte, que se
dá, em geral, de forma solitária. Diante desse cenário, cabe analisar os motivos que levam a essa mudança
no padrão de acesso a produtos midiáticos e as consequências que esse novo estilo de consumo acarreta
ao usuário.
De início, verifica-se que o streaming é responsável por profundas alterações no consumo midiático.
Essa mudança é registrada no documentário “CineMagia”, que mostra como as locadoras de vídeo do
estado de São Paulo foram afetadas pelas plataformas digitais de conteúdo audiovisual, as quais aceleraram
o processo de falência da maior parte dos estabelecimentos de locação de filmes. Nesse sentido, uma
explicação para tal impacto é o fato de os serviços de streaming oferecerem ao consumidor maior praticidade
de acesso à produção audiovisual, já que a busca por filmes em um catálogo on-line fornece centenas de
opções que podem ser checadas por meio de filtros, de sugestões e de avaliações da comunidade de
usuários, além de o cliente não ter prejuízos se não gostar de alguma produção e optar por não a assistir
mais. Soma-se a essas praticidades o valor financeiramente acessível cobrado por esses serviços, ou seja, o
público passou a ter mais opções de consumo, com maior praticidade, a um preço mais baixo, rejeitando,
dessa maneira, outros meios de acesso à mídia, como a locação ou a compra.
Por conseguinte, é necessário analisar que essas mudanças propiciam um padrão de consumo
excessivo de mídias. Analogamente ao sujeito que “maratona” séries e filmes nas plataformas de streaming,
a personagem Teveluisão, dos quadrinhos da Turma da Mônica, é uma sátira dos adolescentes viciados
em televisão, por dedicar um tempo excessivo aos programas transmitidos, abdicando de momentos com
os amigos para assistir à TV. Dessa forma, os quadrinhos evidenciam que o descontrole no consumo de
conteúdo audiovisual não é um problema criado pelo streaming; entretanto, esse entrave é agravado nas
plataformas virtuais, uma vez que elas apresentam mecanismos que podem potencializar essa falta de
controle. Tais recursos podem ser exemplificados pela disponibilização de todos os episódios de uma série,
o que favorece as “maratonas”, e também pelo uso dos dados do usuário para direcionar-lhe conteúdos
estrategicamente alinhados ao perfil dele.
Logo, fica evidente que as facilidades promovidas pelo streaming podem favorecer um consumo
desmedido de séries, filmes e demais produtos audiovisuais, o que deve ser combatido. Assim, cabe à
Secretaria de Cultura, em parceria com as plataformas de streaming, realizar um projeto que notifique o
usuário sobre o tempo utilizado no consumo das mídias. Isso deve ser feito por meio de uma sinalização
para o consumidor, a qual avisará que o tempo gasto na plataforma está excessivo. Além disso, a notificação
irá sugerir outras atividades para o indivíduo. Com isso, o objetivo será conscientizar o cidadão do seu uso
de mídia, fazendo com que as pessoas compartilhem conteúdos artísticos na vida real, semelhantemente
ao personagem de “As vantagens de ser invisível”.

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MERCADO DE TRABALHO

Tema 33:
Como superar o desemprego com os avanços da inteligência artificial

O termo “desemprego estrutural” designa um tipo de desemprego que surge quando os postos
de trabalho são reduzidos em decorrência de uma tecnologia que passa a desempenhar a função de um
grupo de trabalhadores. Esse processo é um possível efeito negativo do avanço da inteligência artificial
(IA), de modo que devem ser pensadas alternativas a esse efeito colateral. Assim, é necessário entender
como a inteligência artificial pode promover o desemprego e o importante papel do governo para evitar
que esse problema ocorra.
Nesse sentido, a lógica capitalista somada ao desenvolvimento tecnológico promovem,
historicamente, o desemprego estrutural. Tal processo pode ser observado desde a Primeira Revolução
Industrial - quando o trabalho dos artesãos foi substituído pela maquinofatura - até a Quarta Revolução
Industrial -, na qual a inteligência artificial já se mostrou capaz de substituir, por meio da análise de
dados, profissionais como advogados e contadores. Isso acontece porque o avanço tecnológico acarreta
o desenvolvimento de máquinas capazes de desempenhar, com mais agilidade e precisão, o trabalho
humano, sendo a adesão a esse maquinário lucrativa para os donos de empresa, uma vez que um único
eletrônico pode reduzir os custos com salários e com direitos trabalhistas de diversos funcionários. Dessa
forma, a lógica capitalista orientada pelo lucro motiva demissões em massa quando a substituição do
homem pela máquina é mais vantajosa financeiramente, o que evidencia como a inteligência artificial
pode ser uma presente ameaça aos trabalhadores.
Diante desse cenário, fica evidente a necessidade de preparar a sociedade para as profundas
mudanças que a inteligência artificial acarretará no mercado de trabalho. Nessa perspectiva, segundo
Klaus Schwab, as sociedades hoje se inserem em um contexto de Quarta Revolução Industrial, marcado
pela virtualização das indústrias, de modo há uma demanda crescente por profissionais de tecnologia
da informação, como programadores e analistas de dados. Tal oferta de postos de trabalho se contrasta,
contudo, com a realidade brasileira, na qual o analfabetismo digital, dificuldade de acesso a equipamentos
digitais e ausência de habilidades, como programação, na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
apresentam-se como fatores que deixam a população vulnerável ao desemprego em um mercado
de trabalho fortemente industrializado. Nessa perspectiva, nota-se que o potencial de superação de
desemprego estrutural promovido pela inteligência artificial depende diretamente de esforços institucionais
que possibilitem a capacitação dos cidadãos para ocupar as novas vagas de trabalho. Por isso, é urgente
viabilizar - tanto na educação básica quanto na capacitação dos profissionais que já estão no mercado - o
desenvolvimento das habilidades exigidas pelo espaço profissional modificado pela inteligência artificial.
Portanto, cabe ao Ministério da Educação promover o ensino de conteúdos que desenvolvam
tais habilidades na educação básica. Isso deve se dar por meio de alterações na BNCC, a qual deve
contemplar conteúdos como programação de computadores e robótica. Em adição, a Secretaria do
Trabalho deve promover cursos de capacitação gratuitos em todo o país. Tais medidas têm o objetivo de
preparar a população para os postos de trabalho promovidos pela inteligência artificial, de modo a evitar
o desemprego estrutural.

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MERCADO DE TRABALHO

Tema 34:
Profissões do futuro e suas consequências no mercado de trabalho

“Os Jetsons” é um desenho animado ambientado em uma sociedade do futuro, cujas profissões são
marcadas por melhores condições de trabalho, ilustradas, na animação, pela jornada reduzida e por demandas
menos estressantes no dia a dia do trabalhador. Essa ficção mostra como os ofícios são profundamente
alterados pela tecnologia e ilustra possíveis impactos das novas configurações trabalhistas no mercado de
trabalho. Nessa perspectiva, verifica-se que as profissões do futuro promovem consequências paradoxais
em tal mercado, na medida em que estão ligadas tanto à redução do desemprego quanto à precarização
de alguns grupos de trabalhadores.
Nesse sentido, é fato que as profissões do futuro vinculam-se ao avanço tecnológico, o que
aumenta a oferta de emprego para trabalhadores qualificados na área de tecnologia da informação (TI).
Isso é confirmado no site “Reprograma”, iniciativa que busca ensinar programação para mulheres, visando
a preencher, com mão de obra feminina, vagas ociosas no mercado de TI. Esse cenário é favorável para a
sociedade, pois a oferta de trabalho crescente nessa área pode ser um caminho para resolver problemas
sociais graves, como o desemprego. Logo, fica evidente que o alto desenvolvimento tecnológico do século
XXI coloca as profissões de TI como os ofícios do futuro, o que acarreta impactos positivos no mercado de
trabalho.
Contudo, o avanço tecnológico também é responsável por absorver a mão de obra não qualificada
por meio de aplicativos em que o indivíduo oferece seus serviços sem vínculo empregatício, criando uma
nova categoria de trabalhadores marcada pela precarização. Essa desvalorização é denunciada pelo filme
“Você não estava aqui”, cuja personagem principal trabalha como entregador de uma grande companhia
de vendas virtuais, sem vínculo trabalhista e, portanto, sem direitos básicos, como salário mínimo e seguro-
desemprego. Dessa forma, a obra evidencia que novas profissões geradas em setores que não demandam
alta qualificação tendem à exploração dos prestadores de serviço, por não serem formalmente reconhecidas
como empregados. Assim, fica evidente que a acentuação da desigualdade entre trabalhadores é um dos
impactos das novas profissões, tendo em vista que há um grupo de novos ofícios que são financeira e
socialmente valorizados, enquanto outros oferecem condições de trabalho e remuneração precárias. Por
isso, é necessário adotar intervenções para garantir os efeitos positivos das profissões do futuro e para
reduzir as consequências negativas das novas configurações de labor.
Diante do exposto, cabe ao Ministério da Educação criar cursos profissionalizantes, os quais sejam
voltados à área de TI, para qualificar os trabalhadores, de modo que eles consigam ocupar as vagas ociosas
nos setores tecnológicos. Isso deve ocorrer por meio de parcerias com o SENAI, que deve ofertar os cursos
com bolsas de estudo para que haja maior adesão da população. Ademais, a Secretaria do Trabalho deve
atuar na formalização das relações de trabalho que se dão por meio de aplicativos, a fim de garantir os
direitos trabalhistas das pessoas que prestam serviços nessas plataformas. Tais medidas podem promover
melhorias no mercado de trabalho, aproximando-o do contexto idealizado apresentado em “Os Jetsons”.

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MERCADO DE TRABALHO

Tema 35:
Efeitos da uberização do mercado de trabalho no Brasil

“Breque dos apps” foi como ficou conhecida a greve dos entregadores de aplicativos - como IFood e
Rappy - durante a pandemia do novo coronavírus. Esse movimento, resultado de uma série de insatisfações
dos trabalhadores com as empresas, demonstra que a uberização - termo que designa relações de trabalho
intermediadas por aplicativos - do mercado de trabalho acarreta consequências negativas ao mercado
brasileiro. Dessa forma, esses efeitos se manifestam por meio da precarização do trabalhador e de uma
concorrência desleal entre os setores uberizados e os que mantêm relações formais de trabalho.
Em primeiro lugar, a uberização é responsável pela precarização do trabalho, o que representa - no
mercado - um retrocesso em relação aos direitos trabalhistas. Essas garantias legais foram consolidadas
durante o Governo Vargas, por meio da criação de leis trabalhistas que determinam, em uma relação formal
de emprego, a responsabilidade das empresas em relação ao seguro-desemprego, ao pagamento do salário
mínimo, às condições salutares de trabalho e à assistência em caso de acidentes de trabalho, entre outras
determinações. Contudo, no contexto da uberização, quem presta serviços para as plataformas é entendido
como um usuário do aplicativo e não como um empregado, caracterizando uma relação informal de
trabalho e desobrigando tais empresas a assegurar os direitos supracitados. Por conseguinte, já que não
há uma legislação que o resguarde, o trabalhador fica vulnerável à exploração, a qual se materializa em
jornadas de trabalho excessivas, pagamentos irrisórios e condições inadequadas de trabalho, conforme os
ativistas do “Breque dos apps” denunciaram.
Em segundo lugar, outro efeito da uberização no mercado é uma concorrência desleal no setor de
serviços, que, em casos mais graves, gera desemprego. Tal consequência pode ser entendida a partir do
liberalismo econômico, que apresenta a lei da oferta e da procura como mecanismo de autorregulação do
mercado: quando há muita oferta de um serviço, os preços tendem a diminuir. Nessa perspectiva, companhias
como Uber, Rappi e IFood empregam um grande contingente de trabalhadores, apresentando, portanto,
uma enorme oferta de serviços. Isso, somado à economia gerada pelas empresas ao se eximirem dos custos
relativos ao cumprimento das legislações trabalhistas e ao pagarem baixos salários, faz com que essas
companhias consigam ofertar serviços a preços excessivamente baixos, de modo que outros trabalhadores,
como os taxistas, enfrentam dificuldades para concorrer nesse mercado, podendo, eventualmente, sofrer
com o desemprego ou com severa redução de renda. Assim, fica explícito que é urgente a adoção de
medidas que regulamentem a atuação de tais plataformas.
Logo, cabe à Secretaria do Trabalho regularizar a situação dos indivíduos que prestam serviços às
plataformas, por meio de uma alteração na legislação, a qual contemple a relação de trabalho que se dá por
intermédio de aplicativos. Essa alteração deve conferir mais responsabilidades às companhias, assim como
assegurar os direitos dos trabalhadores em questão. Dessa maneira, será possível reduzir efeitos colaterais
da uberização, como a precarização e o desemprego. Como consequência, situações de exploração que
levam a movimentos como o “Breque dos apps” serão mitigadas.

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ALIMENTAÇÃO

Tema 36:
Cultura alimentar como patrimônio imaterial da humanidade

Em 2002, a rede de fast-food McDonald’s encerrou suas atividades na Bolívia em função da


rejeição cultural dos bolivianos, a qual levou à falência da franquia no país. Esse ocorrido demonstra a
relação significativa que se estabelece entre cultura e alimentação, tendo em vista que a cultura alimentar
é considerada um patrimônio imaterial da humanidade, o qual consiste em expressões culturais e tradições
de uma comunidade, que são passados de geração em geração. Contudo, apesar de a preservação desse
patrimônio ser indispensável, os hábitos alimentares de diversas comunidades são ameaçados por fatores
econômicos, o que gera prejuízos aos cidadãos.
Nesse sentido, é evidente que hábitos alimentares que se configuram como tradições culturais
são ameaçados pela indústria alimentícia. Esse problema pode ser analisado a partir do fenômeno da
globalização, conceito que se refere ao processo de redução das fronteiras geográficas, de modo que
há atuação de grandes empresas, como as da indústria alimentícia, em diversos territórios. Assim, essas
companhias comercializam refeições pouco nutritivas, que frequentemente não correspondem à base de
alimentação da população local, e usam de artifícios como publicidade e preços muito baixos para competir
com o mercado regional. Por conseguinte, muitas pessoas passam a consumir os ultraprocessados em
detrimento de comidas regionais, o que coloca em risco a cultura alimentar da comunidade, a qual é um
patrimônio imaterial.
A partir desses fatos, é possível afirmar que o abandono das tradições alimentares é preocupante,
uma vez que isso gera prejuízos às comunidades afetadas. Essa situação é abordada no documentário
“Muito Além do Peso”, no qual é apresentada a história de Yan, uma criança amazonense que, aos 4 anos,
enfrenta problemas cardíacos ligados ao consumo de ultraprocessados. Tal cenário evidencia que a
substituição de comidas regionais por alimentos industriais é negativa, na medida em que essas refeições
são pouco nutritivas quando comparadas aos produtos locais, a exemplo da típica culinária do Amazonas,
estado onde mora Yan, a qual é baseada no consumo de peixes, cereais e frutas. Por isso, a preservação da
cultura alimentar, além de proteger expressões e hábitos ligados a uma comunidade, também é uma aliada
na promoção de saúde e de bem-estar. Portanto, é fundamental que se adotem ações voltadas à saúde da
população e à preservação da cultura alimentar.
Logo, cabe ao Ministério da Saúde promover medidas de proteção à cultura alimentar, por meio de
ações governamentais, tais como implementar um aumento na taxação de produtos ultraprocessados e
um auxílio financeiro aos produtores locais. Dessa forma, os alimentos que compõem a base alimentícia da
população terão preços competitivos, de modo a se tornarem uma opção de consumo vantajosa. Assim,
será possível verificar mais casos de valorização do patrimônio imaterial representado pela alimentação,
assim como ocorreu na Bolívia.

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ALIMENTAÇÃO

Tema 37:
Desafios para reduzir o consumo de ultraprocessados no Brasil

De acordo com o IBGE, entre 2002 e 2018, o consumo de arroz e de feijão caiu em 52% e 37%,
respectivamente, o que favorece uma maior adesão à alimentação não orgânica. Devido a essa mudança,
fica evidente a preferência pelo consumo de alimentos ultraprocessados pelos brasileiros. Diante disso,
é importante analisar como a falta de educação nutricional e de discussões sobre reeducação alimentar
agem como desafios para reduzir essa problemática.
De início, entende-se que há problemas decorrentes do consumo de ultraprocessados que estão
relacionados à falta de educação alimentar. Percebe-se tal questão no documentário “Muito Além do Peso”,
dirigido por Estela Renner, o qual apresenta cenas de médicos que afirmam que muitas mães permitem
a ingestão de refrigerante por bebês porque elas não reconhecem os danos que isso pode causar. Nessa
conjuntura, sem informação adequada, cria-se uma população que naturaliza os ultraprocessados na
rotina desde a infância, sem considerar, por exemplo, que o excesso de açúcar pode provocar, a longa
prazo, obesidade. Logo, uma sociedade sem acesso ao conhecimento, infelizmente, passa a ser mais
negligente e, como resultado, mais doente.
Além disso, a reeducação alimentar de indivíduos, como adolescentes e adultos, muitas vezes, é
vista como penosa. Em analogia a tal afirmação, pode-se citar o filme “O Rei Leão”, no qual Simba, um
filhote de leão, tem que se adaptar a comer insetos e tal processo, no começo, é apresentado como um
grande desafio. Apesar de ser ficção, o problema apresentado na animação também ocorre com alguns
brasileiros, os quais estão aderindo menos a comidas caseiras, como evidenciado na mesma pesquisa
feita pelo IBGE entre 2002 e 2018. Essa baixa adesão a produtos mais nutritivos provavelmente está
ligada à crença de que os alimentos ultraprocessados são mais práticos em detrimento dos naturais. Por
conseguinte, é necessária uma ação governamental mais incisiva, a fim de garantir uma mudança efetiva
no consumo alimentar dos brasileiros.
Portanto, cabe ao MInistério da Educação, juntamente ao Ministério da Saúde, realizar uma
educação alimentar voltada para crianças e para adultos. Tal ação ocorrerá por meio de projetos nas
escolas, os quais devem ser direcionados a pais e a filhos, e devem contar com a ajuda de nutricionistas e
de cozinheiros, capazes de ensinar receitas saudáveis para a família. O objetivo dessa medida é reeducar
os brasileiros por meio da união familiar, diminuindo os desafios do problema e retomando o consumo
de alimentos básicos, como arroz e feijão.

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ALIMENTAÇÃO

Tema 38:
Os efeitos da obesidade para a saúde pública.

No filme “Click”, o protagonista Michael sofre um infarto em decorrência de um quadro de


obesidade mórbida e precisa ser submetido a um tratamento hospitalar oneroso para conseguir se manter
vivo. Assim como na ficção, a obesidade pode ocasionar problemas que demandam atendimento médico,
o que gera um entrave para a saúde pública, à medida que há cada vez mais pessoas acima do peso na
sociedade. Dessa forma, é necessário entender como a esse problema se tornou uma questão coletiva e
como ele sobrecarrega o sistema de saúde.
Nessa perspectiva, é importante destacar que o excesso de peso atinge muitas pessoas porque é
resultado de um estilo de vida característico das sociedades capitalistas, em que o tempo do indivíduo é
dedicado ao trabalho em detrimento à saúde. Isso é exemplificado pelo filme “Click”, pois Michael deixa
de se preocupar com o próprio bem-estar conforme avança em sua carreira de arquiteto, de modo que
a personagem dedica-se ao trabalho em tempo integral e não reserva nenhum momento para preparar
alimentos saudáveis ou para se exercitar. Tal qual Michael, muitas pessoas recorrem aos alimentos
ultraprocessados - uma vez que eles, em geral, demandam menos tempo de preparo - e abandonam
a prática de exercícios físicos - por não conseguirem encaixá-los em uma rotina dedicada ao emprego.
Logo, essas escolhas ocasionam um cenário de obesidade coletiva, em que o excesso de peso - e as
doenças decorrentes dele - atingem um grande contingente populacional.
Por conseguinte, como há um número elevado de pessoas que sofrem com as comorbidades
associadas à obesidade, há também um aumento da procura pelos serviços do sistema de saúde, o que
acaba por sobrecarregá-lo. Esse problema foi abordado por Drauzio Varella, em seu canal do Youtube,
no qual o médico alerta para o fato de que os sistemas de saúde - tanto o público quanto o privado
- podem colapsar como resultado de uma alta procura por tratamentos complexos e onerosos, que
decorrem de um estilo de vida pouco saudável. Dessa maneira, o problema discutido por Varella associa-
se à obesidade, na medida em que o acúmulo de gordura corporal pode ocasionar quadros clínicos
graves, como o infarto, e doenças crônicas, por exemplo, o diabetes e a pressão alta, que demandam alto
investimento financeiro em medicações e tratamentos. Assim, fica evidente que a adoção de um estilo
de vida saudável apresenta-se como uma alternativa mais sustentável para o sistema de saúde. Por isso,
é necessário incentivar uma mudança de hábitos na população, a fim de evitar os prejuízos causados por
essa questão.
Portanto, cabe ao Ministério da Saúde promover a adoção de um modo de viver mais saudável para
a sociedade, por meio de uma parceria com o setor privado. Essa parceria consistirá em incentivos fiscais
às companhias que ofertarem opções de alimentação saudável aos funcionários e que incentivarem a
prática de atividades físicas, seja pela ginástica laboral, seja pela redução da carga horária. Dessa forma,
será possível possibilitar uma mudança de hábitos, os quais prevenirão a obesidade. Como consequência,
casos como o de Michael serão cada vez mais raros na sociedade.

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ALIMENTAÇÃO

Tema 39:
Caminhos para combater a fome no Brasil

Carolina Maria de Jesus narra, no livro “Quarto de Despejo: Diário de uma favelada”, seu cotidiano,
marcado pela fome, na zona norte de São Paulo, nos anos 60. Apesar da distância temporal, a obra
infelizmente se mantém atual, em função da dificuldade de se consolidarem estratégias para modificar o
cenário da fome na realidade brasileira. Esse grave problema social está associado a questões econômicas
e pode ser superado por meio da valorização do pequeno produtor.
Em primeiro lugar, é relevante salientar que não há escassez de alimentos no país, mas os
produtos alimentícios não são voltados ao consumo local nem são distribuídos de forma equânime entre
os cidadãos. Essa situação se confirma na medida em que o Brasil, desde a histórica Colonização até a
contemporaneidade – épocas marcadas, respectivamente, pela exportação de açúcar e de soja, entre
outros produtos ligados ao setor primário -, configura-se como uma nação agroexportadora, o que
denuncia que a ausência de gêneros alimentícios não é um problema enfrentado pela nação. Entretanto,
por a balança comercial estar ligada à exportação, parte significativa da produção não é destinada ao
abastecimento interno, além de haver desigualdade no acesso aos alimentos que são destinados ao
consumo local, uma vez que, em um país com grande desigualdade social, muitas famílias não têm
condições financeiras de arcar com o preço dos produtos. Dessa forma, o Brasil vive uma experiência
paradoxal de produção abundante de alimentos e de fome entre os cidadãos socialmente vulneráveis.
Em segundo lugar, o problema social da insegurança alimentar severa pode ser solucionado por
meio da valorização da agricultura familiar. Essa forma de organização da produção é apontada por
Daniel Balban, diretor do Centro de Excelência Contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos da
ONU, como responsável por tirar o Brasil do Mapa da Fome em 2014. Tal sucesso se deve a diferentes
características da agricultura familiar: ela é voltada ao abastecimento interno, fortalece a economia local
– aumentando, por exemplo, o poder de compra dos pequenos produtores e dos comerciantes – e
fornece preços menos elevados. Assim, fica evidente que esse modelo de agricultura é um caminho para
o combate à fome no Brasil. Portanto, é urgente estabelecer medidas de apoio aos produtores locais,
tendo em vista a necessidade de se superar o cenário de insegurança alimentar no país.
Logo, cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento promover o fortalecimento da
agricultura familiar no Brasil. Essa ação deve ocorrer por meio de redirecionamento de verbas, as quais
devem ser destinadas prioritariamente aos pequenos produtores. Por conseguinte, será possível diminuir
os custos da produção local, tornando, por fim, os alimentos mais acessíveis à população. A partir da
aplicação dessas medidas, narrativas como a de Carolina Maria de Jesus deixarão de ser comuns no país.

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ALIMENTAÇÃO

Tema 40:
Os desafios da agricultura familiar na sociedade contemporânea

Em 2009, o direito à alimentação foi incluído na Constituição Brasileira, o que evidencia que
todos os cidadãos do país devem ter acesso a ele. Entretanto, é possível analisar alguns obstáculos
relacionados a esse direito, como os que envolvem os empecilhos para que a agricultura familiar seja
efetiva na contemporaneidade, uma vez que ela é um caminho para garantir a alimentação, impedindo a
fome. Apesar disso, mesmo que essa prática produtiva seja benéfica diante da insegurança alimentar e das
desigualdades sociais, ela não encontra valorização na política econômica brasileira vigente.
A princípio, um dos benefícios que a agricultura familiar proporciona é a solução para a fome, haja
vista que esse tipo de produção contribui para a alimentação de vários núcleos menores que colhem e se
alimentam do que plantam. Essa contribuição é relevante, visto que, segundo um levantamento de 2017,
feito pelo Ministério da Saúde, morrem cerca de 15 pessoas por dia no Brasil devido à desnutrição e à
fome. Tal dado mostra que a situação é preocupante, porém tal prática agroecológica, embora seja uma
solução, não encontra igualdade de competição quando comparada ao grande mercado do agronegócio
brasileiro. Por conseguinte, há a perpetuação da desigualdade social, e o lucro é priorizado em oposição
às necessidades básicas dos indivíduos, como a alimentação.
Além disso, a pobreza também poderia ser amenizada pela agricultura familiar caso ela tivesse
incentivo e valorização diante do sistema capitalista. Diante desse fato, é relevante mencionar que, de
acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 44% da população
rural da América Latina se encontra em situação de pobreza. Assim, entende-se que tal índice poderia ser
diminuído caso houvesse incentivo à subsistência alimentar. Contudo, ao pensar no sistema capitalista, o
qual visa ao lucro e não à sobrevivência, não há investimento na agricultura familiar, visto que ele não traz
um retorno imediato e de maneira abrangente. Portanto, é importante que haja mudanças governamentais
para solucionar as problemáticas, a fim de garantir a agricultura familiar e, consequentemente, o combate
à miséria no ambiente rural.
Logo, é necessário que o Governo Federal direcione maiores verbas para a essa prática
agroecológica. Essa medida ocorrerá por meio do direcionamento de uma parcela do PIB, a qual deve
ser destinada a pequenos agricultores por um sistema de cadastro feito pela Secretaria de Agricultura, de
Pecuária e Abastecimento(SEAPA), a fim de solucionar os desafios enfrentados por eles. Dessa forma, o
direito à alimentação proposto pela Constituição estará finalmente assegurado.

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RELAÇÃO COM OS ANIMAIS

Tema 41:
O veganismo e o combate à crueldade contra os animais

Em um dos episódios da série de animação “Os Simpsons”, a personagem Lisa desenvolve a


consciência de que os animais são seres sencientes, e é nesse cenário que ela aprende sobre a ideologia
vegana, tornando-se uma grande ativista dos direitos dos animais. Logo, percebe-se que a obra ficcional
é uma clara ilustração de como o veganismo é indispensável para proteger a vida dos bichos. Nesse
sentido, é válido ressaltar que não só o consumo de carne incomoda os veganos: o uso de animais para
fins de entretenimento e a falta de mobilização social também são apontados como problemas.
A partir desse cenário, pode-se afirmar que os animais, apesar de serem considerados irracionais,
sentem dor. Ainda assim, de acordo com o portal de notícias G1, o Código Civil tratava esses seres como
objetos até 2019. Desse modo, as rinhas de galo e o uso de elefantes em circos encontravam respaldo
jurídico, mesmo submetendo esses bichos à dor e a condições de insalubridade. Consequentemente,
movimentos como o veganismo começaram a desencorajar e a criticar tais ações, culminando em
um projeto de lei aprovado pelo Senado, o qual finalmente reconhece a senciência dos animais, o que
evidencia a relevância desse grupo de ativistas para o bem-estar dos bichos maltratados.
No entanto, é indubitável que o poder público não é capaz de abarcar sozinho a responsabilidade
de proteção aos animais, requerendo a ajuda da iniciativa privada e da sociedade. Nesse contexto,
destaca-se o Santuário dos Elefantes, na Chapada dos Veadeiros, que é uma organização sem fins
lucrativos comprometida com o resgate e o acolhimento de animais circenses. Apesar disso, a
mobilização da sociedade pelo amparo aos bichos ainda é incipiente no Brasil, concentrando-se em
grupos de ativistas veganos e vegetarianos. Essa falta de mobilização ocorre devido a um sentimento
de superioridade que muitos indivíduos detêm em relação aos animais – denominado pelo filósofo
Peter Singer de especismo. Diante do exposto, fica claro que o problema do especismo precisa ser
desconstruído para que ocorra um combate real e significativo aos maus-tratos contra os bichos,
extrapolando a esfera pública e o ativismo vegano.
Portanto, o governo deve aplicar esforços no apoio a ONGs e a iniciativas de combate aos
maus-tratos contra animais, a exemplo dos movimentos liderados por veganos e por vegetarianos. Tal
incentivo deve ocorrer por meio da compra de espaço publicitário em programas televisivos - em que
serão veiculadas propagandas que denunciem o especismo - e do incentivo financeiro a iniciativas
sociais ligadas à causa. Dessa maneira, haverá união de esforços públicos e privados voltados ao bem-
estar animal, além de incentivo ao engajamento da população, que precisa ser informada de como pode
ajudar. A partir disso, mais pessoas da realidade, como a Lisa da ficção, poderão se tornar conscientes
sobre a senciência dos animais.

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RELAÇÃO COM OS ANIMAIS

Tema 42:
Compromisso e desafios éticos diante dos experimentos com animais

Na narrativa do desenho “Pink e Cérebro”, dois camundongos de laboratório são utilizados em


pesquisas e, de maneira cômica, acreditam que irão conquistar o mundo quando ninguém estiver vendo.
Essa obra aproxima-se, em partes, da realidade, já que muitos animais são comumente utilizados em
experimentos científicos, mas não apresentam a mesma crença dos ratos da ficção, tendo em vista
que são submetidos a condições, muitas vezes, críticas. Diante disso, é importante analisar qual é o
compromisso existente diante do uso dos animais em pesquisas e o desafio ético evidente desse uso.
De início, é importante salientar que a ciência acredita que o compromisso ético primordial
deve ser com os seres humanos. Dessa maneira, vê-se que os ratos, por exemplo, são explorados
em laboratórios, pois, segundo Waldir Stefano, veterinário e professor da Universidade Presbiteriana
Mackenzie, o organismo desses mamíferos é semelhante ao dos humanos. Tal exploração é negativa,
visto que muitos desses seres são mortos ou descartados após os resultados finais, o que marca uma
desvalorização da vida animal. Devido a esses fatos, os cientistas parecem ser contraditórios, porque
eles evitam o uso de pessoas como instrumento de estudo por afirmarem que isso seria antiético,
mas submetem animais a condições que evidentemente desrespeitam esses seres, sem levar em
consideração a falta de ética dessas ações.
Por conseguinte, esse desrespeito com a vida dos animais de laboratório é um desafio que
a ciência precisa enfrentar. Sob esse viés, é possível mencionar a teoria do Especismo, criada pelo
psicólogo e defensor do direito dos animais Richard D. Ryder, no começo dos anos 70, o qual defende
que os seres humanos tendem a se achar moralmente e eticamente superiores às outras espécies de
animais. Assim, é evidente que a ciência humana pode ser vista como um exemplo de manifestação do
Especismo ao desrespeitar outros seres vivos para atender às necessidades das pessoas. Isso é ainda
mais grave quando a ciência parece não considerar a imoralidade dessas ações. Portanto, é necessário
que haja medidas mais éticas sobre essa questão.
Diante do exposto, cabe ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), órgão
responsável pela implementação e pela gestão da ciência no Brasil, introduzir novos meios de pesquisa
que evitem o uso de animais, por meio das culturas de tecido cultivadas “in vitro”. Tal proposta buscará
preservar a vida dos bichos a partir de ações menos especistas, a fim de que a presença de animais em
pesquisas fique apenas em ficções como as do “Pink e Cérebro”.

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RELAÇÃO COM OS ANIMAIS

Tema 43:
Desafios do combate ao comércio ilegal de animais silvestres no Brasil

O filme “Tainá - Uma Aventura na Amazônia” é uma produção brasileira que evidencia, ao
mostrar diversos animais enjaulados em espaços pequenos e insalubres, os maus-tratos aos quais os
bichos traficados são submetidos. Esse filme, infelizmente, ilustra o atual contexto brasileiro em que o
comércio ilegal de animais silvestres se faz presente. Tal entrave está ligado à visão de superioridade que
os humanos têm em relação a outras espécies e gera impactos negativos aos animais e à sociedade.
Em primeiro lugar, o comércio ilegal de animais é pautado por uma conduta de superioridade.
Essa noção é discutida pelo filósofo Peter Singer, que define o especismo como a discriminação
realizada por uma espécie - no caso, a humana - em relação às outras, que são exploradas por serem
consideradas inferiores. Tal discriminação é observada no cenário do comércio ilegal de animais, pois,
visando ao lucro, os traficantes submetem os animais a maus-tratos – como transporte em condições
inadequadas, por exemplo, em malas apertadas e em canos de PVC, o que pode gerar ferimentos ou até
levar os bichos à morte - sem se preocupar com o bem-estar das espécies que são alvo desse crime.
Portanto, o especismo motiva a despreocupação com os animais, sendo, dessa forma, um desafio no
combate ao tráfico de espécies silvestres.
Em segundo lugar, o comércio ilegal de animais silvestres gera prejuízos não só aos bichos
mas também aos seres humanos. Tal impacto negativo é evidenciado pela Covid-19, uma zoonose
– doença que se manifesta em animais e que pode ser transmitida para o homem – cujo início está
supostamente associado, conforme o “El País”, a um mercado em Wuhan, em que animais silvestres
são comercializados vivos, muitas vezes em condições insalubres. Embora esse fato tenha ocorrido
na China, ele ilustra uma possível consequência do comércio ilegal de animais, já que, assim como no
mercado chinês, ocorre no tráfico interação humana com os bichos, que são mantidos em condições
precárias de higiene. Nessa perspectiva, fica evidente que combater esse tipo de comércio é um ato de
proteção ao bem-estar animal e à vida humana. Logo, é necessário que ocorra uma mobilização para
superar os empecilhos do combate ao comércio ilegal de animais silvestres no Brasil.
Diante do exposto, as ONGs de proteção animal devem denunciar, por meio de posts em redes
sociais, o tráfico de animais e o especismo ligado a esse comércio. Essas postagens devem, por exemplo,
apresentar os riscos que o comércio de animais acarreta à população bem como as situações de maus-
tratos aos quais eles são submetidos. Tal medida tem como objetivo engajar a população na defesa da
fauna brasileira, de modo a extinguir a comercialização das espécies nativas. Assim, cenários como o de
“Tainá - Uma Aventura na Amazônia” não serão mais uma realidade no Brasil.

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RELAÇÃO COM OS ANIMAIS

Tema 44:
Animais em situação de rua no Brasil:
como combater o abandono e os maus-tratos?

Em dezembro de 2018, “Manchinha”, uma cachorra desabrigada, foi brutalmente assassinada por
um segurança da rede de hipermercados Carrefour. Esse caso infelizmente não é uma exceção no Brasil,
onde existe um elevado número de animais nas ruas, sujeitos aos maus-tratos, o que torna necessária a
luta contra o abandono. Tal cenário está ligado à objetificação sofrida pelos animais e gera consequências
negativas aos bichos e aos seres humanos.
Nessa perspectiva, é necessário entender que os animais domésticos são, muitas vezes, objetificados
e tratados como mercadorias passíveis de serem descartadas, o que gera abandono e maus-tratos contra
os bichos. Prova disso é que, apenas em 2019, os animais foram considerados por um projeto de lei do
Estado como seres sencientes, ou seja, dotados de natureza biológica e emocional e capazes de sofrer.
Tal reconhecimento tardio evidencia que há uma tradição de se enxergar animais enquanto seres sem
sentimentos, à semelhança de objetos, podendo ser usados e descartados conforme a vontade dos seres
humanos. Assim, casos de maus-tratos e de abandono tornam-se comuns na sociedade brasileira, uma
vez que o entendimento da senciência dos animais é recente.
Por conseguinte, como efeito da objetificação, os maus-tratos e o abandono geram consequências
negativas ao animal e ao homem. Esses impactos são demonstrados pela emergência de zoonoses –
termo da biologia usado para designar enfermidades animais que podem ser passadas aos seres humanos
–, como a leishmaniose e a raiva. Nesse sentido, as zoonoses estão ligadas aos maus-tratos, uma vez que
manter os animais em condições insalubres favorece o contágio dos bichos - o vetor da leishmaniose,
por exemplo, multiplica-se na matéria orgânica em decomposição – e o abandono, já que, sem um
tutor, medidas profiláticas, como a vacina, são dificultadas. Dessa forma, percebe-se que os impactos dos
maus-tratos e do abandono são graves, sendo, pois, inaceitável a manutenção desse problema. Por isso,
é urgente adotar medidas que coíbam ações negativas em relação aos bichos no Brasil.
Portanto, cabe aos grupos de defesa dos animais denunciar os crimes em questão e divulgar
informações a respeito da senciência animal, visando informar a população e coibir o abandono e os
maus-tratos. Isso deve ocorrer por meio de publicações em redes sociais, as quais devem apresentar aos
leitores, com ajuda de biólogos, o conceito de senciência e os prejuízos que a situação de rua e que os
maus-tratos acarretam aos animais e ao ser humano. A partir dessa medida, casos como o de “Manchinha”
não serão comuns na sociedade brasileira.

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FAMÍLIA

Tema 45:
Mãe solo. Os desafios de criar os filhos sozinha no Brasil

Na série “Gilmore Girls”, é possível ver a situação das mães solo, haja vista que a protagonista Lorelai,
a mãe, cria sua filha, Rory, sozinha mesmo diante das dificuldades. Apesar de ser uma obra ficcional, a
história da série se conecta à realidade de muitas mulheres brasileiras que enfrentam os obstáculos de
educar uma criança sem auxílio da figura paterna. Assim, essas mães passam por inúmeros desafios, entre
eles, a sobrecarga de tarefas e a evasão escolar, em casos de gravidez na adolescência.
De início, é importante pontuar que algumas mães solo necessitam arcar sozinhas com a criação
financeira dos filhos. Percebe-se tal fato no filme “Que horas ela volta?”, no qual a personagem Val, uma
mãe sem auxílio paterno, precisa se distanciar de sua filha para trabalhar e para sustentar a família. Essa
situação gera uma sobrecarga de muitas mães solo, o que, inclusive, tende a fragilizar o relacionamento
com a criança, tendo em vista que o excesso de trabalho a fim de atender as demandas financeiras do
filho pode diminuir o tempo livre da mãe, que poderia ser dedicado à relação afetiva com a prole. Logo,
esse desafio deixa evidente a necessidade de apoio e de amparo a essas mulheres com intuito de garantir
um relacionamento intrafamiliar mais saudável.
Outrossim, uma situação muito comum da maternidade solo é a evasão escolar quando, por
exemplo, a gravidez ocorre na adolescência. Essa situação foi retratada em “Gilmore Girls”, pois Lorelai
precisa abandonar os estudos para trabalhar e para cuidar de Rory. Tal como na ficção, muitas meninas
se veem na necessidade de interromper a educação para se dedicarem à criação de seus filhos, além
de entrarem precocemente no mercado de trabalho para buscar sustento financeiro. Sob esse viés,
fica evidente que a maternidade solitária é ainda mais grave quando ocorre ainda na adolescência,
comprometendo a formação educacional dessas mulheres. Por isso, medidas governamentais devem ser
tomadas para solucionar as problemáticas vivenciadas pelas mães solo.
Portanto, faz-se relevante que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos promova
maior apoio às mães solo, por meio de creches gratuitas, as quais terão profissionais e ambientes
qualificados para acolher as crianças. Tal medida tem como objetivo diminuir a sobrecarga e a evasão
escolar das mães solo. Além disso, esse mesmo ministério deve criar uma lei que obrigue as empresas
a darem folgas periódicas às mães que criam seus filhos sozinhas para que elas consigam estabelecer
um relacionamento saudável com a criança. A partir dessas medidas, será possível evitar que as mães da
realidade enfrentem os mesmos desafios de Lorelai Gilmore.

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FAMÍLIA

Tema 46:
Alienação parental e as consequências psicológicas
na vida das crianças e dos adolescentes

A lei 12.318 define a alienação parental como interferência psicológica de um dos genitores ou
dos avós sobre as crianças e os adolescentes, com intuito de manipular a visão dos jovens sobre outros
membros da família. Tal ato é um problema muito recorrente na atualidade, apesar de ser um crime capaz
de provocar graves impactos psicológicos nas vítimas. Diante disso, é relevante salientar que a alienação
parental comumente ocorre devido a divórcios desarmônicos, o que ocasiona a reprodução desse tipo
de relacionamento na vida do indivíduo alienado.
Nesse contexto, evidencia-se que, em algumas situações de divórcio, uma das partes do casal fica
inconformada com a separação e age de forma manipulatória com os filhos como vingança. Percebe-se
essa situação no filme “Jake’s Closet”, em que uma mãe, diante da dificuldade em lidar psicologicamente
com a recente separação, alimenta sentimentos negativos em seu filho de 6 anos contra o pai. Fora da
ficção, muitos pais também agem dessa maneira, o que prejudica a relação afetiva das crianças e dos
adolescentes com um dos genitores e desencadeia consequências graves. Diante disso, a depressão e a
sensação de abandono são muito comuns nesses indivíduos, pois as crianças podem acreditar que um
dos responsáveis não as ama.
Além disso, a alienação parental pode refletir também nas gerações seguintes. Tal efeito pode
ser percebido conforme afirmação de Carolina Santos e Lídia Weber, ambas psicólogas, que declaram
que esse tipo de negligência familiar pode ser transmitido por gerações, uma vez que há a repetição de
comportamentos vivenciados. Isso provavelmente ocorre porque o senso crítico das vítimas ainda está
em processo de formação, por isso, sem saber reconhecer o problema, as crianças e os adolescentes
alienados tendem a naturalizar as brigas dos pais ao longo da vida e, infelizmente, reproduzi-las na fase
adulta. Dessa forma, há a perpetuação de um ciclo de abuso e de abandono dentro do núcleo familiar.
Diante da seriedade desse cenário, é necessário que haja medidas governamentais que previnam a
alienação parental e suas consequências.
Logo, cabe ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, em parceria com o Conselho
Tutelar, elaborar palestras para os pais em processo de divórcio, por meio do auxílio de pedagogos e de
psicólogos, visto que eles saberão guiar e informar os genitores sobre quais são as melhores maneiras de
lidar com os filhos sem cometer a alienação parental. Tais palestras devem ocorrer a fim de alertar sobre
as consequências desse problema nas crianças e nos adolescentes. Dessa maneira, será cumprida a lei
12.318 proposta pela Constituição.

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FAMÍLIA

Tema 47:
Mães doadoras: como acolher essas mulheres e reduzir
a entrega de filhos para adoção no Brasil?

A personagem “Juno”, do longa-metragem homônimo, é uma adolescente que decide doar seu
filho para a adoção, resultado de uma gravidez não planejada, e que recebe apoio da família e dos amigos
durante esse processo. Em oposição à ficção, muitas mulheres que optam por entregar os filhos à adoção
sofrem com a falta de acolhimento, problema que evidencia a necessidade tanto de se evitarem gravidezes
não planejadas quanto de acolher essas gestantes Diante disso, cabe discutir a falta de educação sexual
enquanto causadora desse problema, que acarreta consequências negativas às mães biológicas.
Em primeiro lugar, uma vez que a entrega de filhos para adoção pode se resultar de uma gravidez
não desejada, é necessário discutir as causas de tal falta de planejamento familiar, ligadas à relutância em
assegurar educação sexual aos jovens. Essa resistência se comprova pela fala do presidente Bolsonaro,
que recomendou aos pais que cortassem páginas da Caderneta de Saúde do Adolescente nas quais há
instruções sobre o uso de preservativos. Tal contexto ilustra como a contracepção é um assunto pouco
discutido, o que faz muitos adolescentes iniciarem a vida sexual sem saber como evitar uma gravidez. Isso
acarreta um cenário de gestantes que não desejam ter o filho e que veem na entrega para adoção um
caminho possível para evitar a maternidade indesejada.
Em segundo lugar, é necessário acolher as mulheres que já se encontram no processo de
encaminhamento do filho para adoção, pois elas, infelizmente, são alvo comum da violência simbólica.
Esse conceito do sociólogo Pierre Bourdieu designa uma espécie de agressão a qual pode se manifestar
por meio da linguagem e de outras atitudes veladas, capazes de deixar sequelas psicológicas na vítima.
Nessa perspectiva, fica evidente que as gestantes que decidem doar os filhos sofrem com violência
simbólica, uma vez que a recusa à maternidade é, em uma sociedade patriarcal, motivação para agressões
verbais e para julgamentos. Por conseguinte, a decisão de encaminhamento para adoção, que por si só já
é estressante, pode ser uma experiência ainda mais angustiante, gerando, em casos mais graves, traumas
psicológicos que podem afetar a saúde mental da mulher. Assim, é necessário que essas pessoas sejam
acolhidas pela sociedade.
Portanto, verifica-se a urgência de medidas que visem tanto acolher a mulher que decide
encaminhar o filho para adoção quanto evitar que mais gravidezes não planejadas ocorram. Para isso,
a mídia televisiva deve promover o debate acerca da doação de filhos para adoção e expor a violência
simbólica que atinge quem toma essa decisão, por meio de ficções engajadas, como novelas que abordem
a temática. Cabe também, por meio de propagandas educativas, apresentar a importância da adoção
de métodos contraceptivos. Dessa forma, o acolhimento evidenciado em “Juno” será mais comum na
sociedade, e situações de gravidezes indesejadas, como a experienciada pela personagem, serão cada vez
mais raras.

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FAMÍLIA

Tema 48:
Consequências sociais da superproteção parental na adolescência

“Pais-helicóptero” é o termo cunhado por um estudo da Universidade Minnesota para designar


pais superprotetores, os quais, metaforicamente, tal qual helicópteros, rodeiam os filhos o tempo todo.
Essa superproteção tem um impacto negativo no período de formação do indivíduo, o que pode acarretar
prejuízos sociais. Entre esses prejuízos, destacam-se o comprometimento da autonomia dos filhos e o
desenvolvimento de cidadãos pouco participativos socialmente.
Nessa perspectiva, a superproteção dos pais prejudica os filhos, na medida em que ela impede o
desenvolvimento da autonomia e da independência. Tal problema é apresentado na série “Atypical”, em
que o protagonista Sam, adolescente diagnosticado dentro do espectro do autismo, enfrenta dificuldades
em desenvolver a própria autonomia por causa de uma conduta superprotetora da mãe dele. De maneira
semelhante ao que ocorre em “Atypical”, muitos pais adotam uma postura de proteção exagerada, que
se traduz em proibições excessivas a fim de evitar que o jovem passe por situações desagradáveis, o
que acaba por limitar as vivências dos filhos. Por conseguinte, o indivíduo que não tem contato com
experiências negativas acaba por não construir um repertório de como lidar com elas, apresentando
dificuldades para enfrentar essas conjunturas na vida adulta.
Ademais, os desdobramentos da superproteção familiar não se restringem ao âmbito individual.
Essa relação entre família e sociedade é explicada por Émile Durkheim, que defende a família enquanto
instituição social primária, a qual prepara o indivíduo para a vida em comunidade. Dessa forma, é possível
inferir que o despreparo para lidar com adversidades - motivado pela superproteção familiar - pode formar
um cidadão sem proatividade na esfera social, tendo em vista que pais superprotetores, muitas vezes,
fazem escolhas no lugar dos filhos. Então, quando adulto, o indivíduo que foi superprotegido não só
enfrentará dificuldades para resolver problemas pessoais como também terá uma postura pouco assertiva
e desenvolta em âmbitos coletivos, como o trabalho e, em última instância, a sociedade. Por isso, é
fundamental que haja uma intervenção a fim de evitar uma atuação familiar que não cumpre o propósito
de educar o jovem para ser um cidadão proativo.
Portanto, visando a uma criação mais consciente, cabe ao Conselho Federal de Psicologia promover
campanhas de informação acerca dos prejuízos da superproteção. Essas campanhas devem ocorrer por
meio de intervenções via redes sociais - como lives com psicólogos e posts informativos -, que instruam
os familiares sobre como proteger os filhos, sem, no entanto, privá-los de experiências importantes
para a formação deles. Assim, “pais-helicóptero” serão conscientizados e mudarão as próprias atitudes,
propiciando aos filhos uma criação saudável.

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FAMÍLIA

Tema 49:
Desafios da literacia familiar no Brasil

No filme “Matilda”, é possível perceber como a habilidade de leitura amplia a visão de mundo da
personagem e lhe permite ter muitos conhecimentos gerais, porém, a protagonista enfrenta problemas
com sua família e sua prática de leitura. Tal cenário também é visto no Brasil no que tange à literacia
familiar, pois essa questão ainda é permeada por desafios. Dessa forma, vê-se que a falta de leitura entre
os brasileiros e a desigualdade social são empecilhos para essa prática.
Faz-se mister pensar em como a pouca prática de leitura entre adultos no Brasil é um desafio.
Comprova-se esse fato, pois, de acordo com o Ibope, a população brasileira lê 4,96 livros por ano, sendo
que 2,43 são completos e 2,53 em partes. Assim, percebe-se que isso impacta o desenvolvimento da
literacia familiar, uma vez que adultos, ao não desenvolverem esse hábito, terão dificuldades em cultivá-
lo entre seus filhos. Logo, isso prejudica o desenvolvimento da literacia familiar.
Ademais, outro problema referente à literacia é a desigualdade social e as questões educacionais
decorrentes dela. Essa ideia pode ser constatada também pela Avaliação Nacional de Alfabetização
(ANA), a qual afirma que os níveis de letramento são inferiores em indivíduos pertencentes às classes
sociais mais baixas. Além disso, é possível entender que a evasão escolar, muitas vezes, também é
comum para esses indivíduos, o que compromete a capacidade de interpretação e a habilidade de
leitura. Diante disso, garantir a literacia familiar se torna um desafio muito profundo na sociedade, uma
vez que não há perpetuação do hábito de leitura nos grupos familiares de baixa renda, o que interfere
negativamente no ganho de conhecimento dessas pessoas. Portanto, é importante que o Ministério da
Educação (MEC) realize medidas capazes de solucionar esses desafios no Brasil.
Em suma, o MEC, órgão responsável pelo sistema educacional brasileiro, deve gerar incentivos
à leitura no Brasil e fazer melhorias nas escolas públicas brasileiras. Isso deve ocorrer por meio de
projetos educacionais, como o recente “Conta pra Mim’, que incentiva a literacia familiar, e de mudança
na metodologia tradicional de ensino, a fim de tornar a escola mais atrativa e de evitar a evasão escolar.
Por fim, o objetivo dessas medidas é garantir a literacia efetiva e também permitir que o cenário positivo
de “Matilda” seja possível na realidade do país.

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INFÂNCIA

Tema 50:
Caminhos para se combater a depressão na infância

No livro “O guia do mochileiro das galáxias”, escrito por Douglas Adams, a personagem Random,
filha de Arthur e de Trillian, é uma criança que se sente constantemente perdida em relação aos seus
sentimentos e que apresenta sintomas depressivos. Essa narrativa se aproxima da realidade, já que
a depressão é uma doença, infelizmente, comum entre as crianças e os jovens, o que evidencia a
necessidade de combatê-la de maneira efetiva. Dessa maneira, é preciso entender os motivos que
levam essa enfermidade a acontecer na infância, como ambientes violentos e até mudanças na rotina.
Em primeiro lugar, percebe-se que ambientes em que não há harmonia na convivência entre
os indivíduos podem ser uma causa dos transtornos mentais nos infantes. Essa afirmação é ilustrada
pelo documentário “Bullying”, o qual traz o caso de um garoto de 11 anos que comete suicídio devido
ao bullying que sofreu no ambiente escolar. Diante disso, é importante afirmar que o suicídio é um
possível efeito da depressão, quando a situação chega a estágios mais graves, o que visivelmente pode
ser provocado por um meio opressor no qual a criança não se sente segura. Assim, como uma forma de
reação ao medo, o corpo tende a produzir descontroladamente hormônios, como o cortisol, que são
responsáveis pela depressão.
Em segundo lugar, mudanças bruscas na vida e na rotina também podem desencadear
transtornos depressivos em crianças. Um exemplo disso ocorre na animação “Divertidamente”, na qual
a personagem Riley, de apenas 11 anos, muda de cidade com sua família e, devido à dificuldade de
se adaptar ao acontecimento, fica triste e depressiva. Analogamente à animação, crianças estão em
processo de desenvolvimento, apresentando dificuldade em lidar com mudanças radicais e com os
sentimentos provocados por elas. Essa situação, se não for acompanhada com auxílio de profissionais
qualificados, pode acarretar a depressão. Dessa forma, é necessária uma maior atenção às causas da
doença nesse grupo a fim de encontrar um caminho efetivo para combatê-la.
Portanto, cabe ao Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação promoverem
um projeto de orientação dos pais e dos responsáveis sobre o problema, por meio de debates e de
rodas de conversa com psicólogos e com pedagogos, os quais irão expor os sintomas da depressão
em crianças e os meios de evitá-la. Isso ocorrerá com o objetivo de que os pais saibam lidar melhor
com os sentimentos dos filhos e saibam combater a depressão na infância de maneira efetiva, evitando
situações com a de Random.

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INFÂNCIA

Tema 51:
Efeitos da adultização e erotização precoce
no desenvolvimento infantil

Entende-se que a adultização e a erotização das crianças, como afirma a professora Christiane
Ferreguett, significa incluí-las no mundo dos adultos, encurtando a infância. Contudo, apesar de esse
cenário ter se tornado comum, dar às crianças características de adulto pode gerar sérios efeitos no
crescimento delas. Isso acontece, porque os indivíduos na fase infantil são seres em desenvolvimento
que ainda estão descobrindo o que são e o que é certo e errado, logo problemas como exposição à
pedofilia e transtornos alimentares podem ocorrer devido à adultização.
A princípio, as crianças não possuem noção completa do que é certo ou errado e de como suas
escolhas podem afetá-las. Diante disso, percebe-se que alguns cantores mirins, como a Mc Melody,
que foram e ainda são frequentemente erotizados, acreditam que suas letras musicais e suas atitudes
são unicamente escolhas individuais e não entendem a dimensão dos prejuízos dessas ações. Nesse
sentido, é importante destacar que a exposição excessiva do corpo infantil, como ocorre com Melody,
tende a tornar banal a erotização de crianças a ponto, até mesmo, de ser uma situação facilitadora de
casos de pedofilia. Tal afirmação pode ser feita, tendo em vista que a cantora é constantemente alvo de
comentários pedófilos em suas redes, como denunciado pela revista Marie Claire, em 2019.
Além disso, a sociedade também tende a impor às mulheres, desde a infância, preocupações
com um padrão corporal de adulto, o que pode desencadear transtornos alimentares ainda nessa
fase da vida. Esse problema é visto, por exemplo, no filme “Pequena Miss Sunshine”, no qual Olive, a
protagonista, disputa um concurso de pequenas misses e nega um sorvete por se achar esteticamente
inferior às outras concorrentes, que são mais magras do que ela. Assim, nota-se que a influência estética
na infância pode fazer com que a criança passe a supervalorizar ideais de beleza que não são adequados
para sua idade. Tal situação é capaz de provocar, em casos mais graves, problemas como a anorexia e
a bulimia. Portanto, é importante que haja um combate a essa problemática, visto que cuidar da saúde
física e mental dessas crianças é muito importante.
Logo, cabe ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos informar a sociedade,
principalmente os responsáveis por crianças, sobre os riscos que a adultização pode trazer, a fim de
que os pais estejam preparados para proteger a infância. Isso deve ocorrer por meio da criação de um
evento anual, o qual torne obrigatório o debate acerca da adultização nas mídias, tanto sociais quanto
televisivas. Dessa maneira, espera-se, a partir da informação, evitar a erotização infantil e impedir que a
situação descrita por Ferreguett se propague na sociedade brasileira.

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INFÂNCIA

Tema 52:
Perigos da superexposição de crianças e adolescentes
nas redes sociais

No Estatuto da Criança e do Adolescente, a preservação da imagem da criança e do adolescente


é entendida como direito básico desses cidadãos. Entretanto, a exposição excessiva dos jovens nas
mídias sociais, como o Instagram, vai de encontro ao que propõe o Estatuto. Tal exposição caracteriza-
se como perigosa por poder gerar problemas psicológicos e por colocar em risco a segurança de
quem a pratica.
Em primeiro lugar, a exibição exagerada nas mídias digitais pode trazer danos psicológicos
às crianças e aos adolescentes. Esse caráter problemático inerente às redes sociais é evidenciado
no documentário “O dilema das redes”, em que criadores das principais mídias de relacionamento
afirmaram que não deixam os próprios filhos utilizarem esses sites. Tal restrição está ligada ao fato de
as redes sociais operarem com base em um sistema de recompensa, em que a resposta ao conteúdo
postado pode ter impactos significativos no bem-estar do indivíduo. Nessa perspectiva, como crianças
e adolescentes estão em processo de construção da identidade, o efeito da exibição nas redes pode
ser ainda mais intenso, gerando problemas como ansiedade e baixa autoestima, tendo em vista que
se cria uma dependência da opinião dos demais usuários.
Em segundo lugar, postagens excessivas acerca da rotina e do estilo de vida dos jovens podem
colocá-los em perigo. Esse problema pode ser ilustrado pela série “You”, em que um assassino
consegue, por meio das redes sociais, acessar informações privadas da vítima, as quais o ajudam a
se aproximar dela. Embora seja uma ficção, com personagens adultos, a série ilustra um problema
real e uma atitude cotidiana, praticada, inclusive, por crianças e por adolescentes. Nesse sentido,
a superexposição em rede é ainda mais grave quando envolve pessoas mais novas, pois, por ainda
estarem construindo o senso crítico, podem não filtrar adequadamente o conteúdo postado, expondo
informações privadas, como a escola onde estudam. Dessa forma, tendo em vista que tais dados
podem ser usados por pessoas de má fé, como bullies e até mesmo sequestradores e golpistas, é
urgente adotar uma intervenção que conscientize crianças, adolescentes e responsáveis sobre os
perigos da exibição excessiva em redes sociais.
Logo, cabe à Secretaria de Educação de cada estado promover eventos informativos nas escolas,
voltados aos alunos e aos responsáveis. Isso deve ocorrer por meio da criação de um calendário de
intervenções - como palestras, feiras, aulas temáticas -, a ser executado ao longo de todo o ano
letivo. Tal ação tem como objetivo informar a comunidade escolar sobre os danos da superexposição,
gerando uma mudança de postura em relação a esse ato. Por conseguinte, será resguardado o direito
de imagem dos jovens, conforme estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente.

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INFÂNCIA

Tema 53:
A naturalização da violência doméstica contra crianças no Brasil

Na série “Anne with an E”, há uma cena em que o professor, como medida disciplinar, castiga
fisicamente a personagem Cole, por julgar o comportamento do aluno inadequado. Essa série mostra
que, historicamente, a violência contra as crianças foi entendida como instrumento pedagógico, de
modo que, embora sejam proibidos no meio escolar, castigos físicos são banalizados e praticados por
responsáveis como forma de educar os filhos. Tal prática é negativa, porque não é eficaz enquanto
medida educativa e gera traumas às crianças vitimadas.
Nessa perspectiva, pode-se afirmar que é falso o argumento de que a violência contra a criança
seria um instrumento de educação por condicioná-las a um comportamento desejável. Isso é confirmado
por Skinner, psicólogo comportamental behaviorista, que afirma que a punição não extingue a conduta
indesejada nem ensina a criança uma alternativa ao erro. Assim, o que se observa em relação aos
indivíduos cuja educação é baseada na violência é que eles apenas evitam repetir o comportamento
indesejado, como mentiras ou birras, na frente dos responsáveis, a fim de evitar a punição, mas não
entendem por que as ações reprimidas são problemáticas. Ou seja, em vez de aprender efetivamente
como se comportar e gerenciar as emoções, o jovem é condicionado a não repetir determinada ação
em contexto de supervisão, podendo, em outros cenários, apresentar reincidência de comportamentos
negativos.
Tal modelo de educação, além de ser ineficaz, gera traumas, os quais podem se estender à
vida adulta. Essas sequelas da violência doméstica são expostas no conto “Um cinturão”, de Graciliano
Ramos, em que o narrador-personagem apresenta sintomas de ansiedade patológica - como
taquicardia e irritação excessiva - sempre que exposto a qualquer situação que o remeta às agressões
sofridas, durante a infância, como medida disciplinar. Tais consequências não se restringem à ficção
e são comuns, tendo em vista que a criança passa a temer quem a castiga e, por isso, pode não
conseguir desenvolver uma relação de confiança ou de afeto com os pais. Por conseguinte, pessoas
vítimas de violência na infância, em geral, não recorrem aos responsáveis quando se sentem tristes
ou quando apresentam algum problema, lidando sozinhas com as próprias angústias, sem disporem
de uma maturidade psicológica e cognitiva para isso. Logo, fica evidente que a violência doméstica
acarreta prejuízos à infância, os quais podem afetar a vítima em outras fases da vida.
Portanto, é necessário que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos promova
uma divulgação massiva e contínua dos malefícios da violência contra a criança. Isso deve ocorrer por
meio de posts em redes sociais - como Facebook e Instagram - e por meio de propagandas nas redes
abertas de televisão. Essas postagens e propagandas devem apresentar as limitações do uso da violência
enquanto recurso pedagógico e as consequências acarretadas pelas agressões, com o objetivo de
informar os pais e de promover uma mudança de mentalidade acerca dos castigos físicos. Dessa forma,
condutas como do professor de “Anne with an E” não serão mais normalizadas na sociedade.

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CULTURA

Tema 54:
Apropriação cultural e uso indevido de bens imateriais no Brasil

Define-se apropriação cultural como o uso – por parte de um grupo socialmente privilegiado
– de símbolos ligados a um segmento marginalizado da sociedade, esvaziando-os de seus valores,
que podem ser sagrados ou políticos, por exemplo. Tal noção pode ser ilustrada pelo uso indevido de
bens imateriais, como as tranças, que podem simbolizar resistência, fé, entre outros significados, para
a população negra. Nessa perspectiva, entende-se que a apropriação é motivada por um pensamento
colonialista e deve ser combatida em função das consequências negativas que acarreta.
Essa utilização inadequada de bens imateriais pode ser, de fato, motivada por uma visão
colonialista de desvalorização de culturas não eurocêntricas. Tal visão é explicado pelo professor Sílvio
Luiz de Almeida, o qual afirma que o processo de colonização se forjou tanto por meio de violência
brutal contra os povos subjugados quanto por meio de sutilezas estéticas. Esse último mecanismo
de dominação é evidenciado pela apropriação cultural relativa a heranças imateriais – que pode ser
ilustrada pelo uso das tranças afro por brancos –, uma vez que essa utilização meramente estética de
símbolos sagrados e políticos esvazia o significado que eles têm para a cultura que os originou. Por
fim, tal conduta, sutilmente, revela que esses patrimônios não têm, para quem se apropria deles, valor,
posto que não são considerados importantes o bastante para terem seu significado respeitado.
Por conseguinte, o desrespeito para com a herança cultural de povos historicamente oprimidos
gera consequências negativas a esses grupos. Esse impacto da apropriação relaciona-se à violência
simbólica – conceito desenvolvido pelo sociólogo Pierre Bourdieu para designar um tipo de violência
que não envolve coações físicas, mas que gera consequências morais ou psicológicas a quem a sofre.
Assim, fica evidente que a apropriação cultural, embora não envolva agressão física, consiste em
uma violência contra o povo que tem seus bens apropriados, uma vez que impacta negativamente
os indivíduos afetados. Afirma-se isso, pois a desvalorização da cultura se estende aos próprios
membros da comunidade, que sofrem em função do desrespeito que tal ato materializa ao esvaziar
os instrumentos culturais dos significados que eles representam. Portanto, é necessário que esse tipo
de atitude seja coibido na sociedade.
Logo, é dever do Estado divulgar campanhas de informação que expliquem o que é apropriação
cultural e quais atos a caracterizam, visando educar a população para que seja rejeitada a apropriação
cultural de bens imateriais. Essas campanhas deverão ocorrer por meio de propagandas no rádio,
na televisão e nas redes sociais, as quais apresentem relatos de membros das comunidades afetadas
pelo uso indevido desses bens. Dessa forma, grupos marginalizados serão respeitados pelos grupos
socialmente privilegiados, cessando atos de desrespeito, como a apropriação.

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CULTURA

Tema 55:
O papel da cultura no combate à violência no Brasil

O “Afroreggae” é um organização cultural cujo objetivo é despertar nas classes sociais


marginalizadas as capacidades artísticas de jovens periféricos. Logo, projetos como esse são
fundamentais para evitar o cenário de violência que se perpetua no Brasil. Isso é afirmado, pois
trabalhos análogos ao do Afroreggae, ao gerar renda, podem auxiliar cidadãos que estariam mais
vulneráveis ao aliciamento criminoso; porém existem ações conservadoras contra a cultura, que, em
vez de diminuir a violência, perpetuam-na.
A princípio, a cultura age contra a violência ao garantir aos artistas, principalmente os de baixa
condição socioeconômica, fonte de renda e de subsistência. Um exemplo disso é a Lei Rouanet,
elaborada em 1991, que é uma iniciativa do governo a qual permite que parte do Imposto de Renda
de empresas e de pessoas físicas seja destinada a projetos culturais, ajudando os artistas brasileiros.
Assim, essa lei auxilia que a cultura seja um caminho para a prosperidade financeira de várias famílias.
Por conseguinte, há menor perpetuação da pobreza e da desigualdade social, fatores que incentivam
a violência advinda, por exemplo, do roubo como sustento monetário.
Contudo, em alguns casos, a cultura sofre represálias que podem permitir a propagação de
certas violências, como a homofobia. Esse fato é ilustrado pelo episódio de censura ocorrido em
setembro de 2019, na Bienal do Livro carioca, na qual uma HQ da Marvel foi recolhida, a mando do
prefeito Marcelo Crivella, por apresentar uma capa com um beijo entre dois personagens homens.
Essa atitude impede que haja a normalização de casais LGBT pela população, o que pode contribuir
para a persistência da homofobia, indo de encontro ao objetivo de combater violências. Nesse sentido,
é evidente que a cultura deve ser vista em seu papel de quebrar preconceitos e não de perpetuá-
los. Por isso, faz-se necessária uma proposta governamental, a fim de evitar o conservadorismo e a
violência nesse meio.
Portanto, espera-se que o Governo Federal invista ainda mais em projetos culturais, por meio
da associação com grupos como o Afroreggae, visto que esses trabalhos são eficientes no combate
às disparidades sociais propulsoras de violência. Tais projetos devem ter como finalidade auxiliar a
inclusão da população marginalizada dentro do meio artístico. Além disso, é necessário que o mesmo
agente investigue casos de censura no Brasil, para assegurar a liberdade de expressão cultural. Por
fim, isso garantirá que o objetivo do Afroreggae seja disseminado entre mais organizações culturais,
a fim de combater violências, como a criminalidade e o preconceito.

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CULTURA

Tema 56:
O complexo de vira-lata e a perda de identidade nacional

Nelson Rodrigues cunhou o termo “complexo de vira-lata” para designar a valorização


excessiva, por parte dos brasileiros, de tudo que é estrangeiro, em detrimento do que é nacional.
Essa atitude é danosa, porque, por meio de tal desvalorização, coloca-se em risco a preservação da
identidade nacional. Por isso, é necessário que se entenda a construção histórica do Brasil como
causa desse problema, a fim de combater os prejuízos que ele pode gerar no país.
Inicialmente, o complexo de vira-lata é resultado de um processo histórico de dominação
cultural. Tal processo teve início durante a Colonização, em que o pensamento eurocêntrico pautou as
ações dos portugueses, os quais impuseram seus hábitos, costumes, língua e religião às comunidades
nativas, valorizando cada um desses elementos e colocando como inferior tudo que era relativo
às culturas não europeias. Nessa perspectiva, é possível verificar a permanência da hierarquização
cultural, uma vez que muitos brasileiros consideram inferiores a cultura nacional, o próprio povo e
modos de vida da população, conduta atestada por Nelson Rodrigues ao nomeá-la “complexo de
vira-lata”. Por conseguinte, desvalorização de elementos constituintes da identidade nacional é um
processo preocupante, pois pode colocá-la em risco.
Dessa forma, o complexo de vira-lata fragiliza a identidade nacional. Esta - segundo entrevista
com Lilia Schwarcz, professora de Antropologia da USP, publicada no canal da “Nexo” no Youtube - é
uma construção constante que, no Brasil, é marcada pela subordinação ao estrangeiro. Assim, pode-
se inferir que, uma vez que ocorre desvalorização da cultura nacional e do povo brasileiro, deixa-se
de construir uma identidade nacional que seja referência positiva aos cidadãos. Essa conduta acaba
por prejudicar o Brasil, na medida em que não desenvolve, nos indivíduos, uma relação positiva com
o próprio país, de modo que eles não se engajam na proteção e na melhoria do que é nacional. Tal
postura de desvalorização da própria nacionalidade gera, portanto, negligência, o que inibe mudanças
sociais positivas. Logo, fica evidente que é necessário combater o complexo de vira-lata e atuar na
valorização do país e do povo brasileiro.
Diante disso, cabe à Secretaria Especial da Cultura divulgar propagandas que valorizem o país
e que alertem a população sobre os perigos relativos à perda da identidade nacional. Essa divulgação
deve ocorrer por meio da televisão, já que ela é um veículo de comunicação de grande alcance no
Brasil. O objetivo dessa medida é elevar a autoestima do brasileiro a fim de motivá-lo a se engajar
na construção de uma identidade nacional positiva. Dessa maneira, como desdobramento disso, a
desvalorização do próprio país, criticada por Nelson Rodrigues, será superada.

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