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Com relação ao perigo, existe ainda o conceito de risco. Esse conceito representa a
probabilidade de o perigo se materializar. A simples presença de um agente no ambiente
não
configura uma situação crítica. Para avaliar se a condição em que ocorre a exposição
ao
perigo é aceitável ou não, avaliam-se a probabilidade de ocorrência da lesão ou da
doença, e a frequência de exposição, ambos parâmetros que definem o risco.
Exemplo 1
Exemplo 2
Para tornar o risco inexistente, deve-se atuar na fonte do perigo, qual seja
o
transporte de sacas, no caso mecanizando tal transporte.
Algumas situações podem resultar nos mesmos agravos à saúde. Por exemplo,
fraturas podem ser
geradas por quedas de níveis diferentes, mas também podem ser
causadas por impactos de
materiais, por prensamento em máquinas, entre outros.
Já outras situações podem ser agrupadas pelo tipo de agente envolvido. Por
exemplo, perda
auditiva e catarata ocupacional podem ser geradas por formas de energia,
uma acústica e
outra eletromagnética, respectivamente. Devido a tais características, as
situações são
agrupadas por tipo de agente e definidas como fatores de riscos
ocupacionais (a expressão “fator de risco ocupacional” é diferente do termo “risco”).
Riscos químicos
Poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, substâncias, compostos e
produtos químicos em geral.
Riscos biológicos
Riscos ergonômicos
Riscos de acidente
As cinco categorias e o controle delas são trabalhados pela maioria das normas
regulamentadoras (NRs), de forma geral ou específica para algumas atividades
econômicas,
abrangendo um ou mais fatores de risco. Alguns exemplos são a NR-9,
voltada aos agentes ambientais, a
NR-17, relacionada às questões ergonômicas, e a NR-
35, destinada ao controle de
acidentes associados ao trabalho em altura.
As vibrações podem causar danos aos nervos, aos músculos, ao sistema circulatório,
aos ossos
e às articulações.
Figura 1 – Exposição à vibração na operação de empilhadeira
Fonte:
<http://www.valinhos.sp.gov.br/noticias/senai-valinhos-abre-inscricao-para-o-curso-
de-operacao-de-empilhadeira>.
Fonte:
<https://www.tubarao.sc.gov.br/noticias/index/ver/codMapaItem/16675/codNoticia/164363>.
Fonte: <http://www.sidercnd.com/radiographic-and-gammagraphic-inspections-rt/>.
Fonte:
<https://safe-welding.com/hazardous-substances-in-welding-fumes-how-they-affect-
the-human-body/>.
Fonte: <http://inopak.com/food-service-soap-hand-cleaning-products>.
Fatores de riscos químicos
Poeiras e fumos são partículas sólidas. As poeiras são geradas por processos
mecânicos (por
exemplo, abrasão e corte) e encontradas nos mais diversos processos
industriais
(beneficiamento de madeiras, extração de pedras, construção civil,
processamento de
cereais). Quando a partícula sólida contiver um comprimento maior que
o próprio diâmetro, é
classificada como uma fibra. Por exemplo, em atividades de
lixamento de tábuas, há geração
de poeira de madeira. O material é dividido e lançado no
ambiente pelo processo de abrasão
da superfície.
Fonte:
<https://www.nbcnews.com/health/health-news/dangerous-dust-government-
pushes-improve-workplace-safety-n72121>.
Fonte: <https://opintorconsultoria.com/wp-content/uploads/2017/07/p1.jpg>.
Fonte:
<https://www.terra.com.br/noticias/dino/conheca-mais-detalhes-sobre-a-
galvanoplastia-e-sua-importancia,8a269cc5be4a38eeb69047ac53242f3a3drimgak.html>.
Vapores são originados de um produto líquido nas condições de uso – produtos
estes com certas
propriedades físico-químicas que permitem a tais substâncias volatilizar
parte do conteúdo
destas.
Os gases, por sua vez, são o estado físico esperado das substâncias que, na
condição
ambiental, já são naturalmente gases, como é o caso do gás nitrogênio, do
metano e do óxido
de etileno.
Para definir um risco químico, não basta indicar se a substância é um gás, um vapor
ou
qualquer outra forma. Também é importante destacar explicitamente o agente, por
exemplo,
poeira de cedro-vermelho, vapor de acetona, névoa de óleo mineral.
Em outros casos, os agentes biológicos são tratados de modo amplo (por exemplo,
no caso de
profissionais de higienização, trabalhadores da construção civil, da
agroindústria e do
extrativismo vegetal e trabalhadores da coleta e do processamento de
resíduos). Nessas
atividades, os parâmetros destacados podem ter um papel secundário
na avaliação, devido ao perfil
de exposição. Ainda assim, medidas de controle devem ser
adotadas.
Fonte:
<http://www.sjp.pr.gov.br/sao-jose-dos-pinhais-destina-corretamente-mais-de-50-
toneladas-de-lixo-por-dia/>.
Na área da saúde ou em outras, a pele representa uma barreira para a maioria dos
agentes
biológicos. Em atividades que podem expor os trabalhadores a objetos que
provoquem cortes ou
punções, cuidados adicionais devem ser adotados, pois a proteção
fornecida pela pele será
comprometida, tornando o ferimento uma via potencial de
contaminação.
A exposição aos agentes pode ocorrer pelo contato com fluidos corporais,
excrementos de animais ou líquidos contaminados. Nesses casos, existe uma
probabilidade de contaminação da vestimenta do trabalhador, e ele pode ficar exposto ao
agente biológico ao longo de toda a jornada, mesmo que a atividade tenha durado apenas
alguns instantes.
A operação de caixa de supermercado (figura 10), por exemplo, é uma atividade que
expõe trabalhadores a riscos ergonômicos, pois eles executam a atividade sentados ao
longo do dia, em posição estática, além de, eventualmente, passarem pelo caixa objetos
de elevada massa, provocando esforço excessivo das costas e torção do tronco durante o
movimento da carga.
Fonte:
<http://voxms.com.br/wp-content/uploads/2018/04/caixa-supermercado.jpg>.
Fonte:
<http://www.iagro.ms.gov.br/tour-virtual-pela-planta-de-desossa-e-industrializados-
da-plena-alimentos-em-contagem-mg/>.
Dois exemplos que ilustram situações que podem gerar sobrecarga psíquica de
trabalhadores são as atividades de operadores de voo e técnicos em enfermagem. Os
operadores de voo, embora auxiliados por uma série de instrumentos eletrônicos, devem
ter constante atenção, verificando se condições adequadas estão presentes para as
manobras de aeronaves e entrando em contato com pilotos para informar a situação atual.
Nessa atividade, um pequeno descuido pode resultar em um grave acidente.
Fonte:
<http://www.eletrobrasamazonas.com/cms/index.php/eletrobras-realiza-melhorias-
na-rede-eletrica-e-reforca-equipes-durante-a-copa-do-mundo/>.
Máquinas e equipamentos são elementos que podem causar acidentes, seja pela
ausência de proteções em sistemas mecânicos (engrenagens, correias), seja pelas
próprias zonas de operação que realizam conformações mecânicas (cortes, furos,
impactos, entre outros).
Fonte:
<http://portaldostrabalhadores.com.br>.
A forma como as atividades são organizadas pode contribuir para acidentes. Uma
demanda por atendimentos, por exemplo, em atividades no setor elétrico de distribuição
pode acabar forçando que as atividades sejam realizadas mais rápida e descuidadamente,
o que contribui para elevar o risco de choque elétrico.
Além dos fatores diretos que resultam no acidente, tais como operação de
equipamentos sem autorização, falha na sequência de procedimentos, uso de proteções
inadequadas etc., existem outros fatores que suportam tais situações, os quais estão
relacionados, por exemplo, à capacidade física, à falta de conhecimento, à falha na
supervisão e à compra inadequada. Esses pontos devem ser considerados na proposição
de controles para esse risco ocupacional.
Tal levantamento pode ser realizado com uma checklist que contemple as seguintes
informações:
Cargo
Fonte:
<http://agencia.sorocaba.sp.gov.br/prefeitura-realiza-rocagem-e-limpeza-em-16-
bairros/>.
Fonte:
<https://www.jornaldooeste.com.br/noticia/prefeitura-de-nova-santa-rosa-realiza-
pavimentacao-asfaltica-na-linha-gabiroba>.