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ANÁLISE DE RISCOS
AMBIENTAIS
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ocorra, levando em consideração as consequências dessa anormalidade. Quando
Quando
falamos de risco, nos referimos à exposição a uma determinada situação de falamos em
riscos nos
perigo; assim, é importante aqui analisar de forma minuciosa o ambiente, a referimos à
exposição a
atividade e os comportamentos dos envolvidos. Afinal, muitas vezes os riscos uma
podem ser maiores quando o indivíduo realiza uma atividade por longo período determinada
situação de
de tempo com um patógeno de baixo ou médio risco biológico, pois estará exposto perigo
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as possíveis consequências ambientais caso o risco se efetive na região em
questão.
Devemos lembrar que, quando tratamos de risco, estamos pensando na
possível exposição a situações de perigo. Por exemplo, a atividade de estocagem
de produtos com baixa toxicidade em barragens de mineração, por muitos anos.
Mesmo os produtos não sendo muito tóxicos, certos riscos são maiores, em
comparação à estocagem de um produto muito tóxico, com todas as condições
de segurança, mas por um curto período de tempo (riscos menores). Atualmente,
é impossível realizar qualquer empreendimento sem se preocupar com a
população do entorno e com o ecossistema da região. A legislação vigente é
exigente, com vistas a preservar os ambientes. Ainda assim, muitas vezes há
dificuldades de fiscalização, de modo que ocorrem acidentes graves, como por
exemplo o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho, no estado de
Minas Gerais.
Existem também os riscos de segurança, ou industriais, que se referem
às atividades realizadas dentro do ambiente de trabalho, estando relacionados às
questões de segurança dos funcionários e à perda de materiais em caso de
acidentes. Normalmente, tais riscos estão associados a eventos abruptos e
acidentais, como falha de maquinário ou falha humana; os efeitos são intensos
em um espaço de tempo pequeno. Nesses eventos, e fácil identificar facilmente
as causas e os efeitos; ou seja, rapidamente podemos identificar o que causou o
acidente e quais são suas consequências imediatas.
Existem também os riscos para a saúde, especificamente a saúde dos
trabalhadores. Diferentemente dos riscos de segurança, nesse caso é complexo
identificar a causa e os efeitos. Afinal, além de exposições no ambiente de
trabalho, as pessoas podem desenvolver doenças pregressas, ou ainda um modo
de vida que leve ao desenvolvimento de doenças que podem ser, de forma
equivocada, relacionadas às atividades laborais.
Finalmente, podemos citar os riscos ambientais ou ecológicos, que estão
relacionados aos impactos ambientais que podem ocorrer no ecossistema em que
o empreendimento funciona. Além disso, é preciso considerar que muitas vezes
esses impactos ocorrem em ambientes bem distantes da efetivação do risco,
ameaçando outros ecossistemas e habitats, distantes do foco do acontecimento.
Esse tipo de risco apresenta modificações quase imperceptíveis das complexas
relações existentes nos ecossistemas, daí a importância dos planos de
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monitoramento ambiental, cuja finalidade é identificar essas pequenas alterações
que indicam impactos negativos, muitas vezes irreversíveis, das relações
ecológicas. Um exemplo muito comum que podemos citar seria a bioacumulação, Bioacumulaç
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a magnificação trófica ou a biomagnificação, em que identificamos a presença de
um agente tóxico nos ecossistemas, por meio de sua observação em elementos
que formam determinada cadeia alimentar (consumidores de primeira, segunda,
terceira e quarta ordem), como é o caso do DDT (tipo de inseticida) e de metais
pesados, como o chumbo. Relacionar o evento a seu impacto no ambiente é tarefa
complexa, trazendo um grau de incerteza elevado.
Até o momento, definimos perigo e risco, e entendemos e importância de
suas singularidades. Também estudamos os diferentes tipos de risco, alguns mais
facilmente identificáveis e claramente relacionados a certas causas e efeitos, e
outros com uma cadeia de acontecimentos mais complexa, o que dificulta o
estabelecimento de medidas capazes de evitar impactos maiores a seres
humanos, demais seres vivos e habitats.
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e análise do risco; ocorre ainda de não existir conhecimento sobre o melhor
modelo de risco para determinada situação.
Nesse momento, é importante ressaltar a diferença entre variabilidade e Diferença
entre
incerteza para a estruturação de um melhor modelo de gerenciamento de riscos. variabilidade
Quando falamos de variabilidade, estamos nos referindo a uma variação e incerteza
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Outro fator interessante a levar em consideração no processo de
gerenciamento de riscos é a probabilidade, palavra que ouvimos muitas vezes em
nossa vida. Por exemplo, qual a probabilidade de uma pessoa ganhar na loteria
duas vezes? Qual a probabilidade de um cometa atingir a Terra? Qual a
probabilidade de um dado cair virado com a face de seis pontos? Todas essas
colocações denotam incertezas; a probabilidade, aqui, é considerada a melhor
forma de quantificar as incertezas.
Podemos verificar duas formas de abordagem com relação à probabilidade.
Temos a frequentista, que trata da possibilidade de ocorrência de um evento de
forma elevada em outros modelos – grande frequência de ocorrência; por
exemplo, fumar aumenta a probabilidade de desenvolver câncer de pulmões. E
temos também a subjetiva, quando não temos informação sobre as frequências
de ocorrência do evento, ou quando não é possível repetir o evento muitas vezes).
Nesse caso, é essencial buscar a orientação de especialistas no assunto. Esse
tipo de probabilidade é chamado bayesiana (Teorema de Bayes, formulado por
Thomas Bayes, matemático inglês), quando não há uma certeza sobre a
probabilidade de ocorrência do evento, de modo que as opiniões podem mudar à
medida que mais informações são agregadas.
Para avaliar riscos com base em probabilidades, podemos nos pautar em
publicações científicas, em dados estatísticos e na orientação de especialistas,
pois há poucos estudos que calculam a incerteza de um determinado modelo. Avaliar riscos
com base em
Sendo assim, a depender da situação de risco que estamos gerenciando, probabilidades
podemos nos deparar com a dificuldade de encontrar modelos semelhantes para
comparação. Nesse momento, é preciso fazer uma revisão criteriosa da literatura,
analisando o risco e a incerteza e tendo-os bem definidos, sempre com o apoio
de especialistas e com a exposição dos trabalhos de planejamento para o grande
grupo envolvido no trabalho, a fim de agregar mais conhecimento e pontos de
vista diferentes sobre o mesmo assunto, considerando os parâmetros e modelos
em questão (gestão participativa).
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preocupação no gerenciamento dos riscos é tentar reduzir ao máximo os
problemas do projeto e as ameaças que apresenta, sempre priorizando a
conservação da natureza e a manutenção da qualidade de vida das pessoas.
O processo de gerenciamento de riscos pode ser dividido em etapas: Gerenciame
planejamento, identificação de riscos e análise qualitativa e quantitativa dos nto de
riscos pode
riscos. No planejamento, a equipe envolvida decidirá qual a forma de abordagem ser dividido
em etapas
dos riscos, e como irá planejar o gerenciamento, pensando em processos e
técnicas que levem à mitigação dos riscos ou à sua eliminação. Na etapa da
identificação dos riscos, serão listados os prováveis riscos que a atividade
apresenta, caracterizando-os; na análise qualitativa, os riscos são qualificados,
sendo listadas as melhores formas de alcançar os objetivos do projeto; na análise
quantitativa, realiza-se a projeção dos impactos dos riscos nos objetivos que se
pretende com o desenvolvimento do projeto em questão. Entende-se que
monitorar riscos identificados é um processo essencial para o desenvolvimento e
o sucesso do empreendimento. o longo do processo de gerenciamento de riscos,
deve ocorrer uma avaliação contínua, verificando-se os riscos residuais e
observando o surgimento de novos riscos.
Quanto mais informações tivermos sobre os riscos que envolvem o
empreendimento que estamos desenvolvendo, maiores serão as probabilidades
de evitar que eles ocorram, o que também evita consequências negativas para os
trabalhadores, para a população de entorno e os ecossistemas. Alguns riscos
podem apresentar informações completas; tais riscos vão servir de embasamento
para o planejamento do processo, apresentando-nos certezas, enquanto outros
riscos terão informações incompletas. Sabemos que esses riscos existem, mas
não o conhecemos, o que traz incertezas moderadas. Existem ainda os riscos
sobre os quais não há informações; não sabemos que existem, mas mesmo assim
eles fazem parte do processo, o que redunda em incerteza total. Esse
desconhecimento pode trazer consequências graves caso os riscos se efetivem.
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legislação (leis e regulamentações) pertinente para o tipo de atividade que se
deseja desenvolver, incluindo questões ambientais. Deve-se observar se o local
de implantação do empreendimento está próximo de sítios arqueológicos e se
apresenta espécies ameaçadas de extinção. É preciso ainda realizar uma
avaliação do entorno, dos grupos sociais presentes, dos grupos de risco social e
de pequenas empresas que podem ser impactadas com o novo empreendimento.
O seguinte passo, a ser seguido após o processo de entradas, envolve as
ferramentas que serão utilizadas e a técnica. Nesse momento, realiza-se um
plano para a execução das atividades de gerenciamento de riscos (níveis de
responsabilidades, modelos de riscos e categoria de impacto, matriz de
probabilidade e impacto). Por fim, temos as saídas, momento em que se descreve
como os riscos serão identificados e analisados, e quais serão as respostas caso
ocorram (monitoramento, controle) ao longo do período de vida do
empreendimento. A metodologia a ser utilizada deve ser bem definida, bem como
as funções e as responsabilidades de cada um dos agentes do processo. É
preciso também definir um orçamento para o processo de gerenciamento de
riscos, que não pode ser utilizado para outra atividade no empreendimento,
estabelecendo um cronograma que deve ser seguido criteriosamente.
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tendência ao tratar de impactos ambientais. No entanto, tanto os impactos
ambientais quanto os riscos presentes em um empreendimento podem ser
negativos, provenientes de falhas, ou vistos como positivos, proporcionando
oportunidades. Quando falamos do sistema de informação sobre os riscos,
precisamos de uma equipe composta não somente por pessoas da equipe
técnica, mas também por clientes, usuários finais, dentre outros que poderão fazer
parte desse processo. É necessário que o trabalho seja realizado de forma
integradora e interativa entre os vários envolvidos. Após a identificação dos riscos,
eles podem ser avaliados de forma qualitativa e quantitativa.
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entender os riscos envolvidos pela falta de conhecimento total das informações.
Por fim, efetiva-se a diagramação dos dados obtidos na forma de fluxogramas de
processo, para um melhor entendimento do processo de gerenciamento dos
riscos.
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que facilita a sua realização durante todo o tempo de vida da atividade em
questão.
Os passos para a realização da análise qualitativa de riscos são os
Os passos
seguintes: declaração do escopo do projeto; descrição de plano para o para a
realização da
gerenciamento de riscos; registro de todos os riscos elencados no projeto; analise
QUALITATIV
necessidade de avaliar a probabilidade e o impacto dos riscos; criação de uma A
matriz de probabilidade e de impacto dos riscos; classificação dos impactos de
cada risco; separação dos riscos em categorias.
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Figura 1 – Exemplo de matriz de risco
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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