Você está na página 1de 77

GERENCIAMENTO DE RISCOS

AMBIENTAIS

Aula 1: Conceitos iniciais e Análise de Risco Ambiental

Profº Luiz Eduardo Azevedo


Email: educhavesazevedo@gmail.com
Plano de Ensino
Ementa
Resumidamente, esta disciplina apresenta conceitos,
metodologias e exemplos de estudos sobre riscos ambientais
sob uma nova abordagem (contexto da gestão ambiental).

Objetivo Geral
Inserir o aluno nas diretrizes da sustentabilidade para
assim compreender a real importância do gerenciamento de
riscos ambientais para prevenção de acidentes e preservação
do meio ambiente.
1. CONCEITOS INICIAIS
Meio ambiente

© Woo Bing Siew | Dreamstime.com


Meio ambiente

© Sofiaworld | Dreamstime.com
Meio ambiente
MEIO AMBIENTE OU AMBIENTE:
• É TUDO O QUE CERCA O SER VIVO.

• Inclui o que influencia o ser vivo.

• Inclui o que é indispensável à sua sustentação.

• Inclui o meio sociocultural.

• Inclui a relação da natureza com os modelos


de desenvolvimento adotados pelo homem.
Modelo de desenvolvimento antigo

© Jakub Jirsák | Dreamstime.com - © Leremy | Dreamstime.com


NOSSO COTIDIANO
Modelo de desenvolvimento antigo

© Sebastian Czapnik | Dreamstime.com - © Tyler Olson | Dreamstime.com - © Hannu Viitanen |


Dreamstime.com - © Scanrail | Dreamstime.com - © Inga Nielsen | Dreamstime.com
Vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=E1rZFQqzTRc
Modelo de desenvolvimento antigo
CONSEQUÊNCIA

http://www.protop.com.br
Modelo de desenvolvimento antigo
CONSEQUÊNCIA
ÁREAS DEGRADADAS PASSIVOS AMBIENTAIS
Recuperação
MODELO DE DESENVOLVIMENTO NOVO
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Modelo de desenvolvimento novo

© Jakub Jirsák | Dreamstime.com - © Filippo Carini | Dreamstime.com - © Alphaspirit | Dreamstime.com


Desenvolvimento sustentável
Modelo de desenvolvimento atual que visa garantir

© Alphaspirit | Dreamstime.com
que a geração atual supra suas necessidades sem
comprometer a possibilidade das gerações futuras
de suprir as suas.
Impacto Ambiental
Conforme indicado no Artigo 1º da Resolução CONAMA-01:
• Art. 1º - Para efeito desta Resolução, considera-se impacto
ambiental qualquer alteração das propriedades físicas,
químicas e biológicas do meio ambiente, causada por
qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
– I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
– II - as atividades sociais e econômicas;
– III - a biota;
– IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
– V - a qualidade dos recursos ambientais.
Poluição
Os impactos ambientais podem ser decorrentes
de uma poluição crônica ou de uma poluição

http://www.escolakids.com - http://www.brasilescola.com
acidental.
POLUIÇÃO CRÔNICA POLUIÇÃO ACIDENTAL
Gerenciamento de riscos ambientais
O gerenciamento de riscos ambientais surge como uma
importante ferramenta de gestão ambiental para
controle dos impactos das atividades humanas.
 Auxilia na mitigação da poluição crônica.

 Auxilia na prevenção da poluição acidental.

 Auxilia na minimização dos efeitos da poluição


quando imprevistos ou acidentes acontecerem.

 Auxilia na busca do desenvolvimento sustentável.


Gerenciamento de riscos ambientais
E como se iniciam os estudos de riscos ambientais para
conseguirmos gerenciar tais riscos?

Este é o foco do nosso disciplina, ao longo das aulas


você entenderá todo o processo.

Primeiro temos que


RISCO
entender o que é:
PERIGO

ACIDENTE
Risco - Perigo - Acidente
O que é risco?
Risco é a combinação da probabilidade de ocorrência e da
consequência de um determinado evento perigoso.
O que é perigo?
Perigo é uma fonte ou uma situação com potencial para
provocar danos em termos de lesão, doença, dano à
propriedade, dano ao meio ambiente, ou uma combinação
destes.
O que é acidente?
Acidente é um evento inesperado e quase sempre indesejável,
que resulta em algum tipo de dano (pessoal, social, material,
ambiental, entre outros).

PERIGO = “Fonte de Riscos”


RISCO
R=PxC

Qual possui o maior risco?

Situação 1:
- Distância para cidade Situação 2:
- Distância para
de 4km;
- Vegetação ao redor cidade de 400m;
- Vegetação ao redor
de médio porte;
- Poucas espécies de de grande porte;
- Espécies endêmicas.
animais.
Estudo de Risco em função da
frequência e consequência
Segundo a Convenção Internacional organizada pela United
Nations Disater Relief Coordinator (Coordenação de
Assistência em Desastres das Nações Unidas), ocorrida em
1979, a definição oficial dos termos utilizados na avaliação de
riscos destaca alguns elementos fundamentais:
• 1) a Periculosidade: entendida como a probabilidade de
ocorrência (avaliada qualitativa ou quantitativamente) de
um fenômeno com uma determinada magnitude (a que está
associado um potencial de destruição), num determinado
período de tempo e numa dada área;
Estudo de Risco em função da frequência e
consequência

• 2) os Elementos em risco (ou Elementos vulneráveis):


representados pela população, equipamentos, propriedades
e atividades econômicas vulneráveis num território; e

• 3) a Vulnerabilidade: correspondente ao grau de perda de um


elemento ou conjunto de elementos vulneráveis, resultante
da ocorrência de um fenômeno (natural ou induzido pelo
homem) com determinada magnitude ou intensidade.
RESUMINDO
RISCO

Quantificação:
Possibilidade de -Termos de custos
ocorrência -Consequências graves
(econômicas ou segurança das pessoas)
Exemplo de cálculo de risco associado

• Para ilustrar de uma forma mais clara estes conceitos e já


utilizando os conceitos de risco individual, vejamos este
estudo de caso, feito na cidade de Cabo Frio (Rio de Janeiro):
Exemplo de cálculo de risco associado

Figura 01: Risco individual (retirado de


http://www.indoviajar.com.br/img/fotos/3598/01_g.jpg - acessado em
07.11.2018).
Exemplo de cálculo de risco social e individual

Evento i = Cabo Frio, em média 150 ocorrências com banhistas por ano:
Fi=150 ocorrências/ano
Se ocorre em média 1 morte por afogamento a cada 10 ocorrências:
Ci=0,1 morte/ocorrência
O risco social médio em Cabo Frio:
RSOCIAL=150 X 0,1=15 morte/ano
Se visitam Cabo Frio 150.000 pessoas por ano, o risco individual é:
RINDIVIDUAL=15/150000 = 0,0001=10-4= 1/10000
Abordagem

TRABALHISTA
RISCOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL

© Arne9001 | Dreamstime.com - © Sebastian Stasiak | Dreamstime.com


Tipos de Riscos Ambientais
• Risco Natural

Tornados Granizo

Atividades vulcânicas Processos erosivos


Tipos
• Risco Tecnológico
de Riscos Ambientais

Explosões Vazamentos (petróleo, efluentes


industriais, etc.)

Liberação de substâncias químicas Manipulação genética


Riscos ambientais
2. Riscos Naturais
1. Riscos
Tecnológicos

1b. Crônicos
1a. Agudos
(médio ou longo 2a. Atmosféricos 2b. Hidrológicos
(Imediatos)
prazo)

2c. Geológicos 2d. Biológicos

2e. Siderais
GERENCIAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS
Conjunto de normas e procedimentos que permite o
desempenho normal da atividade, PREVENINDO,
controlando e reduzindo os riscos existentes, a fim de
garantir a segurança da população e do meio
ambiente.
PREVENÇÃO!!!
Gerenciamento de riscos ambientais

REFLEXÃO
O gerenciamento de riscos ambientais tornou-se uma
ferramenta:

- de planejamento para os sistemas de produção,


- de organização da sociedade,
- de racionamento dos recursos naturais,
- e de preservação da qualidade ambiental.

Portanto é uma ferramenta indispensável para


o desenvolvimento sustentável.
 Atividade 1

Instalação de uma usina de álcool no Pantanal


(MS/Brasil).

© Roberto Giovannini | Dreamstime.com


Usando os conceitos sobre risco, perigo e acidente,
responda:

© Saaaaa | Dreamstime.com - © Alffoto | Dreamstime.com


- Existe risco? Exemplifique.
- Identifique perigo(s).
- Exemplifique um possível acidente.
2. HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO
USO DE ANÁLISE DE RISCOS
2.1 EVOLUÇÃO DO USO DE ANÁLISE DE
RISCOS NO BRASIL E NO MUNDO
• O estudo de risco ambiental apareceu como disciplina formal nos
Estados Unidos de 1940 a 1950, paralelamente ao lançamento da
indústria nuclear e também para a segurança de instalações
(“safety hazard analyses”) de refinação de petróleo, indústria
química e aeroespacial.
2.1 EVOLUÇÃO DO USO DE ANÁLISE DE
RISCOS NO BRASIL E NO MUNDO
FATOR DESENCADEANTE DA MUDANÇA

Seveso – Itália – Dioxina - 1976 Petrobrás – Cubatão (Vila Socó)


– Gasolina - 1984
2.1 EVOLUÇÃO DO USO DE ANÁLISE DE
RISCOS NO BRASIL E NO MUNDO

FATOR DESENCADEANTE DA MUDANÇA

Pemex– México – GLP - 1984


2.1 EVOLUÇÃO DO USO DE ANÁLISE DE
RISCOS NO BRASIL E NO MUNDO
FATOR DESENCADEANTE DA MUDANÇA

Bhopal – Índia – Agrotóxicos - 1984 Exxon Valdez– Alasca– Petróleo- 1989


2.2 RESULTADOS DOS ACIDENTES:

Pagamentos de elevadas
Péssima imagem
indenizações
2.2 RESULTADOS DOS ACIDENTES:
Imposição de legislação mais
restritivas

• Onde houve a obrigação de se adotar medidas que resultassem em


maior controle sobre os potenciais riscos de degradação ambiental
em todo o segmento produtivo instalado pelo mundo;
• As auditorias ambientais, foram inicialmente adotadas com este
propósito.
3. ESTUDOS DE ANÁLISE DE
RISCO AMBIENTAIS
3.1 OBJETIVOS DO EAR
• Além de se buscar identificar os perigos e estimar o risco, neste
tipo de estudo, deve-se propor medidas de gerenciamento.

Medidas preventivas Ações de emergência

Probabilidade Consequências

MENOR O RISCO!
3.2 CRITÉRIOS PARA EXIGÊNCIA DE EAR
PERICULOSIDADE QUANTIDADE DAS
DAS SUBSTÂNCIA SUBSTÂNCIAS

NÍVEL DE PERICULOSIDADE DA VULNERABILIDADE


INSTALAÇÃO DA REGIÃO

EAR
3.3 TIPOS DE ESTUDOS DE RISCOS

ESTUDOS DE ANÁLISE DE PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCO-


RISCOS - EAR PGR

Foco na Foco na gestão do risco


quantificação/avaliação
do risco.

• O EAR é mais complexo e detalhado que o PGR


ESCOPO EAR ESCOPO PGR
• Caracterização do  Informações de segurança do processo
empreendimento e da região;  Revisão dos riscos do processo;
• Identificação dos perigos e  Gerenciamento de modificações;
consolidação dos cenários de
acidentes;
 Manutenção e garantia da integridade
dos sistemas críticos;
• Estimativa dos efeitos físicos e
análise de vulnerabilidade;
 Procedimentos operacionais;

• Estimativa de frequências;  Capacitação de Recursos Humanos;


• Estimativa e avaliação de riscos;  Investigação de incidentes;
• Gerenciamento de riscos.  PAE;
 Auditorias.
3.4 TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE PERIGO
• Há várias ferramentas para identificação do risco, dentre elas, Awazu
(1993) descreve dez técnicas:
1. Análise histórica de acidentes;
2. Inspeção de Segurança;
3. Lista de Verificação;
4. Método “E se...?”(What if...?);
5. Análise Preliminar de Risco (APR);
6. Estudo de Risco e Operabilidade (Hazard e Operability Study – Hazop);
7. Análise de modos de falhas e efeitos (Failure Modes and Effects
Analysis – FMEA);
8. Análise de árvore de falha;
9. Análise de árvore de eventos; e
10.Análise de causas e consequências.
Análise Preliminar de Risco - APR
• Desenvolvida especificamente para aplicação nas
etapas de planejamento de projetos, visando a
uma identificação precoce de situações
indesejadas, o que possibilita a adequação do
projeto antes que grande quantidade de recursos
disponíveis tenham sido comprometidos;

• Avaliação qualitativa dos riscos.


ANÁLISE DE PERIGO E OPERABILIDADE -
HAZOP
• Uma técnica para identificação de perigos
projetada para estudar possíveis desvios
(anomalias) de projeto ou na operação de uma
instalação;
• Mais detalhado;
• Normalmente, elaborado por equipe
multidisciplinar e especialistas da área;
ANÁLISE DE PERIGO E OPERABILIDADE -
HAZOP
• Entre os benefícios resultantes, podemos
relacionar:
Revisão sistemática e completa;
Avaliação das consequências dos erros operacionais;
Prognóstico de eventos;
Melhoria da eficiência da planta; e
Melhor compreensão dos engenheiros e operadores
com relação às operações da planta.
ANÁLISE DE PERIGO E OPERABILIDADE -
HAZOP
• Exemplo
Considere, como um exemplo simples, o processo contínuo onde o ácido
fosfórico e a amônia são misturados, produzindo uma substância inofensiva, o
fosfato de diamônio (DAP).
Se for acrescentada uma quantidade inferior de ácido fosfórico, a reação será
incompleta, com produção de amônia. Se a amônia for adicionada em
quantidade inferior, haverá produção de uma substância não perigosa, porém
indesejável. A equipe de HazOp recebe a incumbência de investigar “os perigos
decorrentes da reação”.
ANÁLISE DE PERIGO E OPERABILIDADE -
HAZOP
• Exemplo
ANÁLISE DE PERIGO E OPERABILIDADE - HAZOP

Fonte: AMORIN, 2013


ANÁLISE DE PERIGO E OPERABILIDADE -
HAZOP

Fonte: CETESB (2003)


ANÁLISE “E SE...”(“WHAT IF?”)
• É uma técnica de análise geral, qualitativa, cuja
aplicação é bastante simples e útil para uma
abordagem em primeira instância na detecção
exaustiva de riscos, tanto na fase de processo,
projeto ou pré-operacional, não sendo sua utilização
unicamente limitada às empresas de processo.

• Realizada com reuniões e análises documentais de


processos.
ANÁLISE “E SE...”(“WHAT IF?”)
• O cenário imaginado deve evoluir até se ter certeza
de que há ou não conseqüências para a segurança
e/ou meio ambiente:
“E se a válvula de emergência falhar?”

“O nível do
tanque sobe.”

“O nível do tanque sobe, podendo


transbordar, com possível
contaminação do solo, corpos
d'água e da atmosfera, inflamação
e explosão“
ANÁLISE “E SE...”(“WHAT IF?”)
Exemplo:

Atividade: “Segurança de barragens de Rejeitos”


Observações e
Atividade E se? Causas Consequências
Recomendações
Informar o O alarme • Defeito no • Contaminação do • Alarmes em
rompimento não soar sistema/equipa solo e recurso locais que
da barragem mento hídricos; não possam
• Alarme a • Morte da biota e ser afetados
jusante dos seres humanos. após
rejeitos rompimento
• Múltiplos
pontos de
alarme.
ANÁLISE “E SE...”(“WHAT IF?”)
• Etapas de elaboração do “What If”:
Formação do Comitê de revisão:
Equipe e seus integrantes

Planejamento prévio:
planejamento das atividades e pontos a serem abordados
na aplicação da técnica

Reunião organizacional:
discutir procedimentos, programação de novas reuniões,
definição de metas para as tarefas e informação aos
integrantes sobre o funcionamento do sistema sob análise

Reunião de revisão de processo:


Para os que ainda não estão familiarizados com o sistema

Reunião de formulação de questões:


formulação de questões “O QUE - SE...”, começando do início do processo
e continuando ao longo do mesmo, passo a passo, até o produto acabado
colocado na planta do cliente
ANÁLISE “E SE...”(“WHAT IF?”)
• Etapas de elaboração do “What If”:
Reunião de respostas às questões:
formulação consensual

Relatório de revisão dos riscos do processo:


documentar os riscos identificados na revisão, bem como
registrar as ações recomendadas para eliminação ou
controle dos mesmos
LISTA DE VERIFICAÇÃO (CHECKLIST)

• Baseia-se na elaboração e aplicação de uma


sequência lógica de questões para a avaliação das
condições de segurança de uma instalação, por
meio de suas condições físicas, dos equipamentos
utilizados e das operações praticadas;
• Utilizado às etapas de elaboração de projeto, de
construção, de operação e durante as paradas para
manutenção ;
Exemplo de Checklist simplificado

Fonte: Campos (2012).


LISTA DE VERIFICAÇÃO (CHECKLIST)

• Exemplo: A frase “Materiais de Construção” deveria levar a


questões como:
– “Foi usado material adequado em tanques, tubulações,
instrumentação, conexões de instrumentos, agitadores, tubos
mergulhados, válvulas, ancoragem de tanques, flangeamentos e
seus parafusos, juntas de expansão etc.?”
– “Onde foram usados revestimentos plásticos de tubulações ou
equipamentos, temperaturas e pressões são convenientemente
baixas ou adequadamente controladas?”
ANÁLISE DE MODOS DE FALHA E EFEITOS (AMFE)
• É uma técnica para análise de riscos que consiste no exame
de componentes individuais;
• Objetivo: avaliar os efeitos que eventuais falhas podem causar
no comportamento de um determinado sistema;

NÃO CONDIDERA FALHA OPERACIONAIS OU ERROS HUMANOS

• Variação: AMFEC (Análise de Modos de Falhas, Efeitos e


Criticidade)
• Exemplo de tabela AMFE.

• Exemplo de tabela AMFEC.


ANÁLISE DE MODOS DE FALHA E EFEITOS
(AMFE)
• Categorias de severidade - AMFEC
ANÁLISE DE MODOS DE FALHA E EFEITOS (AMFE)
• Exemplo: A figura abaixo, representa, de forma simplificada e
esquemática, uma caixa d’água de uso domiciliar, para a qual foi
desenvolvida uma AMFE.
• Análise Histórica de Acidentes: Consiste no levantamento de
acidentes ocorridos em instalações similares, utilizando-se a
consulta a bancos de dados de acidentes ou referências
bibliográficas específicas;

• Inspeção de Segurança: Por definição, é um método que


somente se aplica a instalações em operação.
ANÁLISE DE ÁRVORE DE FALHA
• Consiste na construção de um processo lógico
dedutivo partindo de um evento indesejado
predefinido (hipótese acidental);
• Permite a estimativa da probabilidade ou frequência
de ocorrência de uma determinada falha ou
acidente;
• As duas unidades básicas ou comportas lógicas
envolvidas são os operadores “E” e “OU”.
A relação lógica entre os eventos-topo, intermediários e básicos é
representada por símbolos lógicos:

Fonte: Amorim (2013).


• Exemplo: Representação esquemática do sistema de
iluminação elétrica do quarto de dormir.

Árvore de falhas do sistema de iluminação elétrica de um quarto de dormir, para o evento


indesejável do quarto totalmente escuro.
ANÁLISE DE ÁRVORE DE FALHA
• Relações entre Probabilidades:
– Sejam A e B dois eventos,
A probabilidade da ocorrência dos eventos A e B
simultaneamente é dada por:
– P(A e B) = P(A ᴖ B) = P(A) x P(B)
A probabilidade da ocorrência de pelo menos um dos
eventos A ou B é dada por:
– P(A ou B) = P(A ᴗ B) = P(A) + P(B) - P(A ᴖ B)

onde, se A e B são eventos mutuamente exclusivos: P(AᴖB)=0


ANÁLISE DE ÁRVORE DE EVENTO
• É um método lógico-indutivo para identificar as
várias e possíveis consequências resultantes de um
certo evento inicial;
• É composta por um diagrama que descreve a
sequência de eventos para que ocorra um acidente;
• A técnica busca determinar as frequências das
consequências decorrentes dos eventos indesejáveis
• Exemplo: Árvore de evento p/ descarrilhamento de
vagões:

Fonte: Campos (2012).

Você também pode gostar