Você está na página 1de 106

HIGIENE LABORAL

1- Fundamentos da Biossegurança
Introdução:
Nesta aula você irá entender à respeito dos Princípios de Biossegurança, Conceito e Importância, como um fato antigo na
história com descrição da doença e trabalho. 
Aprenderá pelo viés as questões da legislação da Biossegurança de modo geral e na Agropecuária, bem como medidas de
intervenção.  
Com esses fundamentos você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados:
 
1. Compreender os princípios que norteiam a Biossegurança 

2. Entender a relação da Biossegurança com o grande marco das descobertas dos agentes antimicrobianos a
todas áreas do conhecimento em saúde

Resumo: 
Conceitos de Biossegurança
Antes de descrever o conceito e a importância da Biossegurança na sistematização da etiologia ocupacional, cabe ressaltar
fatos marcantes nos idos de 1700 com a preocupação com os questionamentos frente a anamnese médica.
Acontecimentos importantes como a Revolução Industrial já estudada em outros momentos, se faz presente ao fato de ter
relação saúde-trabalho e ambiente. 
O primeiro serviço de medicina do Trabalho é referenciado no segmento da indústria têxtil na Inglaterra (expressivo na
época). 
Os registros revelam que ao longo da história as revindicações por partes dos operários na tentativa de se reduzir as
possibilidades de associações causa-efeito e a morbidade dos trabalhadores.   
Muita coisa mudou após essa concepção histórica, abrindo margem à uma abordagem de mais atenção aos ambientes de
trabalho, no contexto das relações saúde – trabalho. E outros campos também ganham ênfase como da Engenharia.
Um grande marco ao se falar na biossegurança está vinculada ao surgimento dos seres microbianos, sendo assim todas as
áreas do conhecimento em saúde sofreram modificações aos mecanismos entre causa-efeito. Um exemplo focado ao
ambiente laboral está relacionado ao trabalho. A busca dos riscos e situações de perigo. Temos a empresa hospital um
cenário de agentes: biológicos, físicos, químicos entre outros.
Os conceitos de Biossegurança se expandem em diversos parâmetros, e vamos destacá-los, embora tal denominação ainda
seja muito isolada, em questões práticas. 
 Na ótica etimológica, a palavra biossegurança (biosafety) traz sua expressão do prefixo grego bio que significa
vida, e segurança (safety) do inglês, que exprime “qualidade de ser seguro e livre de danos. (COSTA, M.A.F,
2005);

 De acordo com a Organizações das Nações Unidas (OMS), para a agricultura e alimentação, a Biossegurança é
uma atuação estratégica na qual se analisam e gerenciam riscos que possam comprometer significativamente a
vida humana, vegetal e animal. (OMS, 2013)  

 Autores como Teixeira e Valle (2010), fazem suas contribuições definindo a Biossegurança como um conjunto
de atitudes inclinadas à prever, reduzir ou erradicar riscos inter - relacionados às atividades de pesquisa,
produções, ensino, desenvolvimentos tecnológicos e dispensação de serviços com enfoque na saúde do
homem, dos animais, do meio ambiente e da qualidade dos trabalhos desenvolvidos. 

Não podemos nos distanciar do aspecto educacional de tanta valia junto ao tema, a partir de princípios científicos que zelam
pela segurança da vida humana, animal, vegetal e ambiental.  
No Brasil, refere-se à Biossegurança como uma agregação de ações que se destinam a:
 Prevenir
 Controlar;
 Diminuir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humande adoção
de novas tecnologias e fatores de risco a quem estão expostas.

A perspectiva da interdisciplinaridade é fundamental entre os diversos tipos de conhecimentos, no campo da Engenharia, da


Ética, da Saúde, da Química e outros. A efetivação da biossegurança precisa estar alinhada ao comportamento das pessoas
envolvidas. Estudar, questionar, pensar e manter-se em constante atualização são atividades importantes ao mundo do
trabalho. 
 
Legislação de Biossegurança 
As primeiras referências de diretrizes para Biossegurança foram do National Institute of Health (NIH) em 1976 com normas
de segurança laboratorial. Outros países como Alemanha, França e Inglaterra definiram normas de biossegurança
laboratoriais, desencadeando o trabalho de harmonização nas empresas. Na década de 90 um marco descatou-se na
Regulamentação da Biossegurança, ocorrendo nos Estados Unidos e Reino Unido (1992). O documento de “Escopo”
apresentado pelos Estados Unidos estabelecia limites para atuação das agências americanas, que examinariam apenas os
produtos bacteriológicos que apresentassem risco irrazoável. Essa análise se detinha à normas restristas, inibindo a pesquisa
e o desenvolvimento de produtos novos. 
Já no Reino Unido, o documento estava pautado na regulamentação da biotecnologia, era excessivamente preventiva,
obsoleta e não científica. 
É de suma importância a existência de normas de segurança biológicas confiáveis, com condições de proteção à propriedade
intelectual, pautada em fundamentos científicos. 
A biossegurança no Brasil, prevista na Lei 11.105 de 25 de março 2005, que dispõe sobre a política nacional de biosegurança. 
Já na segunda vertente relaciona questões comuns às instituições de saúde à cerca dos riscos apresentados no ambiente
hospitalar (Biológico, Químico, Físico, Ergonômico e Psicossociais), relacionando-se aos riscos ocupacionais. 
Os riscos ocupacionais são classificados em cinco itens, segundo à Universidade de São Paulo, 2012:

a) Risco Biológico: vírus, bactérias, protozoários, fungos, bacilos, insetos, cobras, aranhas, outros. São descritos pela
cor Marrom. 
b) Risco Químico: suas manisfestações são poeira, fumos, vapores, névoas, produtos químicos em geral. São
caracterizados na cor Vermelha. 
c) Risco Físico: manifesam-se em forma de ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, úmidade, dentre
outros. São representados pela cor Verde. 
d) Risco Ergônomicos: manisfestam-se por trabalhos físicos pesados, postura incorreta, Trabalho em turnos,
Monotonia. São caracterizados pela cor Amarela. 
e)Riscos de Acidente: referem-se à iluminação inadequada, animais peçonhentos, probabilidade de incêndios e
explosão, arranjo físico inadequado, entre outros. São caracterizados pela cor Azul. 
 
O Ministério da ciência e tecnologia 8.974/95 de 05 de janeiro de 1995, apêdice 2 da instrução normativa 7 de 1997,
classifica a Biossegurança em 4 níveis em relação à probabilidade de riscos:
 Nível de Biossegurança 1 (NB-1): Possui baixo risco individual e coletivo, neste nível são manipulados
microrganismos que fazem parte da Classe de Risco 1. Não é necessária nenhuma característica de
desenho estrutural, além de adequado planejamento espacial e funcional, e boas práticas no
laboratório. 
 Nível de Biossegurança 1 (NB-2): apresenta risco individual moderado e risco coletivo limitado, neste
nível são manipulados microrganismos que fazem parte da Classe de Risco 2. Diz respeito aos
laboratórios clínicos, de pesquisa ou hospitalares de níveis primários de diagnóstico. É necessário o uso
de barreiras físicas primárias (cabine de segurança biológica e equipamentos de proteção individual) e
secundárias (desenho e organização do laboratório).
 Nível de Biossegurança 1 (NB-3): representa risco individual moderado e risco coletivo limitado, neste
nível são manipulados microrganismos que fazem parte da Classe de Risco 3 ou grandes volumes e
altas concentrações de microrganismos da Classe de Risco 2. Aqui além das medidas apresentadas no
nível 2, é necessário o desenho e construção laboratorial especiais. O controle deve ser rígido em
relação a operação, inspeção e manutenção das instalações e equipamentos. E deve ser oferecido ao
pessoal técnico treinamento específico a respeito de procedimentos de segurança e manipulação
destes microrganismos. 
 Nível de Biossegurança 1 (NB-4): agrupa os agentes que causam doenças graves para o homem,
reprensentando um risco severo para os profissionais de laboratório e coletividade; Laboratório de de
contenção máxima, onde são manipulados microrganismos de Classe de Risco 4. Representa o nível
mais alto de contenção e deve estar localizada em uma unidade independente de outras áreas. Neste
nível é necessário todos os requisitos físicos e operacionais dos níveis de contenção 1, 2 e 3, barreiras
de contenção (instalações, desenho equipamentos de proteção) e procedimentos especiais de
segurança.
Os riscos ocupacionais já de conhecimento nos cenários de trabalho devem seguir rigorosamente as normas de
biossegurança, pois envolvem atividades que estão relacionadas ao maior bem humano: a vida. 

Por fim, a biossegurança precisa ser vista sobre uma conscientização educacional e preventiva. 
A biossegurança no Brasil se iniciou a partir do processo de institucionalização na década de 80. E no ano de 1985 a Fiocruz
promoveu o primeiro curso de biossegurança voltado para área da saúde, que perdura até os dias de hoje.
No quesito legislativo, surge a portaria 485, que aprova a Norma Reguladora 32, à respeito da saúde e segurança no local de
trabalho e em estabelecimentos de saúde. 
 
Biossegurança na Agropecuária
A vivência ocupacional na agropecuária tem atraído a atenção dos profissionais de saúde e segurança do trabalho,
especialmente por se tratar de uma área de grande relevância na economia nacional, abrangendo um grande grupo de
trabalhadores. 
As empresas geralmente possuem uma forma de organização constituída por linhas de procedimentos que utilizam
máquinas, equipamentos e dispositivos de corte que apresentam um notável risco de acidentes de trabalho, particularmente
nos procedimentos onde é necessária a atividade manual.
Em virtude dos riscos de acidentes se faz necessário o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), para proteger o
trabalhador contra os riscos relacionados as atividades laborais realizadas. Um dos riscos de maior relevância é o biológico,
devido a exposição por contato direto com a carne, sangue, vísceras, fezes, urina, secreções vaginais ou uterinas, restos
placentários, líquidos e fetos de animais, que podem estar infectados com doenças de caráter zoonótico, como a tuberculose
e a brucelose.
É importante realizar a avaliação do risco onde ocorre a manipulação de materiais e agentes biológicos, levando em
consideração os fatores que contribuem de modo direto para a o aumento ou diminuição do risco. A avaliação de risco é
realizada para que se possa determinar barreiras de contenção adequadas. 
O conceito de Biossegurança transpassa o cenário laboratorial, onde se eram adotadas medidas preventivas para a fim de
manter a segurança do trabalhador e a qualidade do trabalho, almejando a necessidade mais complexa de resguardar as
espécies do planeta.
 
Prevenção
A prevenção está direcionada às ações para garantir um cuidado mais seguro em todas as instâncias da assistência.  As
condições de trabalho não podem estar inadequadas e inseguras, com irregularidades e deficiências organizacionais,
carência de fator humano e projetos estruturais limitados no olhar ergonômico.
É percebido nos estudos de Cardoso (2012), ao nos revelar em seu estudo que a biossegurança está relacionada diretamente
a questões ambientais sob um comportamento analítico-operacional, especialmente para as questões como desastres. 
Maziero (2012), aponta que a aplicabilidade das precauções universais de isolamento de contato da equipe de enfermagem
constatou que o envolvimento efetivo dos profissionais é de fundamental importância para a prevenção e controle das
infecções hospitalares. 
Uma medida de grande valia nas ações de prevenção é a implantação de programa de prevenção permanente que
contemple práticas seguras e proporcione uma assistência de qualidade. O exercício do bom senso aliado à conscientização,
educação e treinamento favorecem uma cultura de biossegurança efetiva e incorporada aos preceitos de saúde, segurança e
qualidade. 
Um profissional com formação nos princípios de biossegurança torna-se um agente transformador, multiplicador qualificado
com experiência e habilidades condizentes com as demandas do mercado. Isso será de grande valia para prevenção de
acidentes e consequentemente para a melhoria das condições ambientais no trabalho. 
Objetivando à segurança e exposição mínima aos riscos no ambiente de trabalho foram instituídas normativas relacionadas à
equipamento de proteção individual e coletiva. O equipamento de proteção individual é todo aquele utilizado para proteção
contra ameças-riscos à segurança e a saúde do trabalhador em seu ambiente de trabalho. Existem situações que pode ser
utilizado mais de um equipamento com a mesma finalidade. 
Na 6ª Norma Regulamentadora do Trabalho encontramos as obrigações de competência do empregador e do empregado. 
Faz-se necessário a adesão dos profissionais ao uso de equipamentos (EPI ou EPC). Essa adesão se mantém efetiva quando
atribuímos a finalidade/uso desses equipamentos à sua disponibilidade em que exercerão suas atividades.
O profissional de saúde encontra-se constantemente exposto aos agentes biológicos, colocando em risco a sua integridade
física, tendo visto os aparecimentos de novos riscos que afetam a saúde de âmbito mundial. 
Na prevenção e controle podemos mencionar objetivos à cerca de:
 Desenvolver a capacidade de identificar as situações de risco;
 Aplicar os conhecimentos de Biossegurança;
 Foco na ausência ou minimização de riscos;
 Aplicar conhecimentos de técnicas e dos equipamentos;
 Adotar medidas preventivas contra exposição do trabalhador, do laboratório e do meio ambiente à agentes
potencialmente contaminados. 
 
Por fim, com a educação em biossegurança poderemos atingir os seguintes objetivos: 
 Evitar acidentes;
 Evitar contrair doenças ocupacionais; 
 Evitar contaminação entre trabalhadores;
 Evitar contaminação de pacientes;
 Evitar contaminação da área de trabalho. 
 
Nada mais efetivo como melhor prevenção: Informações e treinamento. 

2- Agentes Biológicos e o Ambiente Ocupacional


Introdução:
Nesta aula você irá entender a respeito dos Agentes Biológicos com ênfase no Ambiente Ocupacional conceitos, critérios, classificação
e atividades.  
Aprenderá as questões referentes ao Risco Bacteriológico e fundamentos importantes sobre a classificação de microorganismos.     
Com esses princípios norteadores você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados:
1. Compreender os princípios que norteiam o Risco bacteriológico  

2. Entender a relação da Biossegurança com o grande marco das descobertas dos agentes antomicrobianos a todas áreas do
conhecimento em saúde

Resumo:
Conceitos de Agentes Biológicos
Para poder entender o conteito de Agentes Biológicos é necessário revisar algumas definições como: Material Biológico, Agente de
Risco e Riscos Biológicos. 
Santos e Ribeiro (2017), apresentam algumas definições. 
Os Agentes de Risco são os elementos de natureza física, química, biológica ou radioativa capazes de prejudicar a saúde do homem,
animais, meio ambiente e também a qualidade do trabalho. 
Material biológico é todo aquele que possui informação genética e habilidade de auto-reprodução ou de ser reproduzido em um
sistema biológico. Como os organismos cultiváveis e agentes infecciosos (Vírus, bactérias, fungos filamentosos, leveduras e
protozoários); células humanas, animais e vegetais, partes replicáveis destes organismos e células, príons e organismos ainda não
cultivados.
E os Riscos Biológicos dizem respeito a probabilidade de que ocorra danos ou agravos à saúde do homem, animal ou meio ambiente,
a partir da exposição a agentes ou materiais que apresentam perigos do ponto de vista da perspectiva biológica (ex: bactérias, fungos,
vírus, parasitas e agentes infecciosos manuseados em laboratórios). Os Riscos Biológicos são divididos em quatro classes, em ordem
crescente do menor para o maior potencial de risco. 
 
Critérios de Agentes Biológicos 
Ao se realizar a avaliação de risco de agentes biológicos é necessário examinar os critérios que possibilitam o reconhecimento,
identificação e probabilidade do dano advindo destes, determinando a sua classificação em classes de risco conforme a magnitude do
dano causado. 
O mais importante ao ser realizada a avaliação de risco dos agentes biológico é a estimativa do risco, na mensuração da estrutura para
a contenção e na tomada de decisão para o gerenciamento dos riscos. Para este fim, alguns critérios são observados. De acordo com o
Ministério da Saúde (2017), os critérios são: 
Natureza do Agente Biológico:
São os organismos ou meléculas que possuem potencial ação biológica infecciosa para o homem, animais, plantas e meio ambiente 
Virulência:
Diz respeito a capacidade patogênica de um agente biológico, mensurada pela sua capacidade de aderir, invadir, multiplicar e se
propagar em alguns sítos de infecção e tecidos do hospedeiro, levando em consideração os índices de morbi-mortalidade que ele
gera. Pode-se avaliar a virulência através de coeficientes de mortalidade e de gravidade. O coeficiente de mortalidade aponta o
percentual de casos da doença que são mortais, e o coeficiente de gravidade, o percentual dos casos considerados graves. 
Modo de transmissão:
 É o caminho realizado pelo agente biológico desde o local de exposição até o hospedeiro. A compreensão do modo de transmissão
do agente biológico é indispensável para a execução de ações que almejem a contenção da disseminação do patógeno. 
Estabilidade:
Se trata da capacidade de conservação do potencial infeccioso de um agente biológico no meio ambiente, mesmo quando estão
expostos a circunstâncias adversas (exposição à luz solar, à radiação ultravioleta, à temperatura, à umidade relativa e aos agentes
químicos). 
Concentração e volume:
Diz respeito à quantidade de agentes biológicos por unidade de volume. Conforme a concentração aumenta maior será o risco. O
volume do agente biológico também deverá ser considerado, uma vez que na maior parte das ocorrências os fatores de risco crescem
proporcionalmente ao aumento do volume. 
Origem do agente biológico potencialmente patogênico:
É importante levar em consideração a origem do hospedeiro do agente biológico (humano ou animal), além da localização geográfica
(áreas endêmicas) e o vetor. 
Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes:
Compreendem a profilaxia por vacinação, agentes microbianos, antissoros e imunoglobulinas. Além da adesão de medidas sanitárias,
monitoramento dos vetores e medidas de quarentena em movimentos transfronteiriços. A realização destas medidas diminui o risco. 
Disponibilidade de tratamento eficaz:
Um tratamento eficiente em proporcionar o controle do agravamento e a cura da doença gerada pela exposição ao agente biológico.
Fazendo uso de antissoros, vacinas pós-exposição e medicamentos terapêuticos específicos. É necessário ponderar a possibilidade de
ocorrência de resistência a antimicrobianos no meio dos agentes biológicos envolvidos. 
Dose infectante
Diz respeito ao número mínimo de agentes biológicos que são necessários para gerar a doença. Tem variabilidade conforme a
virulência do agente biológico e a vulnerabilidade do indivíduo à infecção. 
Manipulação do agente biológico:
Manipular o agente biológico poderá aumentar o risco, como em procedimentos para multiplicação, sonicação, liofilização e
centrifugação. E também é necessário evidencia que nos procedimentos de manipulação abrangendo a inoculação experimental em
animais, terá uma variabilidade dos riscos conforme as espécies e protocolos aplicados. É importante salientar também o risco de
infecções latentes mais comumentes evidenciadas em animais capturados na natureza. 
 
Eliminação do agente biológico:
É importante conhecer as vias de eliminação do agente para a adesão de medidas de contingenciamento. A eliminação por excreções
ou secreções de agentes biológicos pelos organismos infectados, principalmente, os que são transmitidos por via respiratória, poderão
requerer medidas extras de contenção. Pessoas que convivem com animais experimentalmente infectados com agentes biológicos
patogênicos tem um maior risco de exposição por causa da chance de ocorrer mordidas, arranhões e inalação de aerossóis.
Além das questões sanitárias, é necessário atentar também para os impactos socioeconômicos da disseminação de agentes
patogênicos em novas áreas e regiões ontem préviamente não havia estes agentes biológicos. Por isso, as classificações dos agentes
biológicos com potencial patogênico em vários países, apesar de entarem em concordânica na maior parte, divergem em função de
fatores regionais específicos. 
É necessário destacar a relevância de uma composição multiprofissional e da abordagem interdisciplinar nas análises de risco.
Transpassando o enfoque técnico e os agentes biológicos de risco, e abrangendo os seres humanos e animais, de naturezas e relações
complexas e variadas.
 
Classificação Agentes Biológicos
Os agentes biológicos capazes de prejudicar a saúde do homem, animais e plantas estão divididos em 4 classes, segundo o Ministério
da Saúde (2017): 
Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade):
 São os agentes biológicos que não geram doenças no homem ou nos animais adultos saudáveis. Exemplos: Lactobacillus spp. e
Bacillus subtilis. 
Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade): 
São os agentes biológicos capazes de gerar infecções no homem ou animais, com limitado potencial de propagação na comunidade e
disseminação no meio ambiente, para estes há medidas profiláticas e terapêuticas eficientes. Exemplos: Schistosoma mansoni e vírus
da rubéola. 
Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): 
São os agentes biológicos com capacidade de transmissão, principalmente através da via respiratória, capazes de gerar doenças em
humanos ou animais potencialmente letais, para estes frequentemente há medidas profiláticas e terapêuticas. Caracterizam risco
caso haja a propagação na comunidade e no meio ambiente, sendo capaz de se propagar de pessoa a pessoa. Exemplos: Bacillus
anthracis e Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). 
Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade):
São os agentes biológicos com enorme poder de transmissibilidade, principalmente através da via respiratória, ou de transmissão
desconhecida. Ainda não existem medida profiláticas ou terapêuticas eficientes para combater as infecções causadas por estes
agentes. Eles geram doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação na comunidade e no meio
ambiente. Aqui estão inclusos especialmente vírus. Exemplos: vírus Ebola e vírus da varíola.

 
Atividades
As atividades envolvendo agentes biológicos estão presentes em vários segmentos da economia, dentre eles, ressaltamos:
1. Serviços de saúde 
 Serviços hospitalares multisetoriais;
 Laboratórios Clínicos;
 Laboratórios de Pesquisas;
 Unidades de saúde de um modo geral;
 Laboratórios de Diagnósticos e Pesquisa.
2. Frigoríficos e locais de abate: Brucelose, leptospirose, tuberculose e outras.
3. Coleta, transporte e tratamento de lixo: Tuberculose, Peste bulbônica, febre tifóide.
4. Esgoto 
5. Indústria do segmento farmacêutico (vacinas) e alimentícia
6. Exumação de corpos, funeráris, coveiros, salas para realizar necrópsia, etc.
7. Trabalhos no Campo: controle de vetores, vigilância epidemiológica e sanitária

Cabe ressaltar que os riscos biológicos não são mensuráveis, podemos determinar apenas a presença ou não dos agentes patogênicos
na atividade analisada. 
O Ministério da saúde disponibilizou um protocolo para manejo do corpo no contexto de COVID 19. 
Conforme o protocolo, os corpos de pessoas que morreram por coronavírus poderão ser enterrados ou cremados, porém os velórios
e funerais pessoas com confirmação ou suspeita de COVID 19, não são indicados. 
E o risco de transmissão nessas situações também está relacionada ao contato entre a família e os amigos. 
É preconizado que a cerimônia de sepultamento seja realizada em lugares bem ventilados e, se possível, abertos. E deverão participar
no máximo 10 pessoas, atentando a distância mínima de dois metros entre elas, e também as outras medias de isolamento social. 
O caixão deverá ficar fechado em todo o decorrer do velório a fim de impedir o contato com o corpo. É preconizado também que
pessoas do grupo de risco (maiores de 60 anos, gestantes, lactantes, portadores de doenças crônicas e imunodeprimidos) e pessoas
com sintomas respiratórios (febre e tosse) não participem dessas cerimônias. 
A transmissão do novo coronavírus, além de outras doenças infecciosa, podem acontecer também ao manusear os corpos. Sendo
assim os profissionais que realizam os cuidados com o corpo estão expostos ao risco de infecção. Devido a isso, é muito importante
que utilizem proteções a fim de evitar contato com sangue, fluidos corporais, objetos ou superfícies contaminadas. E nestes casos não
é indicada a autópsia. 
 

3- Ambiente Hospitalar I

Introdução:
Nesta aula você irá entender a respeito dos aspectos importantes sobre a Biossegurança no contexto do hospital. 
Aprenderá as questões referentes as Normatizações existentes, a utilização do uso correto de EPI/ EPC, e a relação dos Direitos
Humanos como forma de Biossegurança. 
Com esses princípios norteadores você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados:
1. Compreender os riscos e suas consequências, e manejos em relação à saúde;
2. Entender as medidas de segurança, na proteção à saúde

Resumo:
Normatizações
Todos os profissionais da área da saúde estão suscetíveis a acidentes e doenças ocupacionais ao realizarem as suas atividades, ainda
que possuam conhecimento e treinamento necessários, visto que podemos ser expostos a agentes nocivos, frequentemente
desconhecidos ou desconsiderados. 
Para que se tenha segurança ao realizar as atividades laborais, diminuindo a exposição foram definidas algumas normatizações, sendo
algumas relacionadas aos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletivo (EPC), definindo diretrizes
para implementação de medidas de proteção que visem a segurança e saúde do trabalhador e paciente. 
NR – 32
Tem por objetivo definir normas/medidas para preservar a segurança dos trabalhadores nos serviços de saúde, compreendendo
todos os profissionais que trabalham nesses locais, independente da área de atuação. (Riscos Biológicos Guia Técnico, 2010)
Os profissionais de saúde estão sujeitos a exposição a agente biológicos de duas maneiras diferentes: uma de maneira intencionada,
onde é necessária a manipulação do agente biológico intencionalmente (Ex: atividades de pesquisa, laboratórios microbiológicos,
biotecnologia) e outra de maneira não intencional, onde a exposição é decorrente das atividades em saúde (Ex: atendimentos em
saúde, consultórios, limpeza de materiais, atendimento a população em tratamento). 
A NR 32 também define a implantação de um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que tem por finalidade a
diminuição da exposição dos trabalhadores amparados por essa NR, aos riscos biológicos. Para isto, além de outras medidas, viabiliza o
direito para o trabalhador de EPIs, devendo este estar sempre disponível na quantidade necessária no local de trabalho. Também
define que deve haver ambientes onde se possa realizar a descontaminação nos casos de exposição, assim como o treinamento para
utilizar o os equipamentos e para ter o conhecimento das formas de proteção.
NR – 6
 A NR – 6 trata sobre o Equipamento de Proteção Individual, definindo os EPIs como todo dispositivo ou produto de uso individual com
a finalidade de proteger a saúde e a segurança do trabalhador de ameaças e riscos no seu local de trabalho.  O trabalhador poderá
fazer uso de mais de um EPI ao mesmo tempo e com a mesma destinação. (Brasil, 1978)
Através desta norma são definidas as obrigações do empregador e do empregado, a respeito do uso, manuseio e conservação dos
EPIs. 
De acordo com a Portaria GM nº 3.214, de 08 de junho de 1978, sobre NR 6: Equipamentos de Proteção Individual – EPI: 
6.6.1) Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir o uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao TEM qualquer irregularidade observada.
6.7.1) Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
A NR – 6 dispõe ainda sobre condições necessárias para a comercialização, importação e fiscalização dos EPIs, com o objetivo de
assegurar totalmente a segurança durante o uso e venda. 
Tipos de EPI:
 Luvas
 Capote/Avental
 Toucas ou Gorros
 Óculos/Protetores Faciais
 Equipamentos de Proteção Respiratória (EPR)
 Máscaras Cirúrgicas
 PFF2 (Peça Semipermeável Filtrante)
Tipos de EPC:
 Autoclave
 Estufas (Forno de Pasteur)
 Lavadora Termodesinfectadora 
 Caixa para Descarte de Artigos Perfurocortantes
 Sinalização
 Capela ou Cabine de Fluxo Laminar de Ar
 Cabine de Segurança Biológica (CSB)
 Chuveiro de Emergência 
 Lava-Olhos
Biossegurança X Direitos Humanos
   Os estudos ou manipulação relacionados a Biossegurança se baseiam em critérios e leis específicas, que são essencialmente duas, a
Lei da Biossegurança 11.105, que dispõe a respeito da manipulação com os agentes químicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais,
em relação à saúde ocupacional, e também a Lei de Crimes Ambientais 9.605/1998. É importante mencionar as Normas
Regulamentadoras 3.214/1978, a Lei Orgânica da Saúde 8.080/1990, que fundamentam e orientam a Biossegurança no Brasil, assim
como a Lei de Crimes Ambientais 9.605/1998. (PEREIRA, COSTA e COSTA, 2009)
A Biossegurança compreende a segurança a respeito de tudo envolve a manipulação da vida. Por isso, todas as práticas e ações
técnicas dos trabalhadores, suas repercussões ambientais, reflexos, controles dos riscos e prevenção relacionados com essas práticas.
De acordo com aparecimento de novas patologias e epidemias, ocorre o impulsionamento para encontrar ou estudar novas maneiras
de prevenção (Ex: AIDS, hepatites, tuberculoses, entre outras). A Biossegurança tende a ser o resultado das ações do trabalhador,
sendo este o sujeito das ações que realiza, tendo em vista que enquanto exerce suas atividades de trabalho, elas impactam em sua
rotina e em suas práticas sociais e culturais. 

A educação continuada e coletiva, bem como as questões do biodireito, é compreendida com singularidade, representando uma
ferramenta de grande importância para os profissionais. O trabalhador tem o direito a informação a respeito dos riscos que ficará
exposto ao realizar suas atividades, para que desta forma ele trabalhe com cuidado, executando ações de prevenção, como a
utilização do EPI, e tenha consciência para prevenir agravos à sua saúde e de outros. 
É de grande importância que a Biossegurança esteja associada aos direitos humanos, visto que ainda não há uma política de
biossegurança consolidada, sendo de essencial importância para o desenvolvimento sustentável da biotecnologia moderna. (Barreto,
2001)
Por isto, é fundamental que seja discutido urgentemente, gerando com isto trajetórias melhores a serem percorridas pelas ciências
biológicas, impedindo que aflijam a dignidade humana ou transformem o mundo de maneira irresponsável, assim como e impedir
que o Direito atrase o desenvolvimento das ciências, de forma injustificável, sendo responsabilizado pela morte ou sobrevida de
muitas pessoas. (SILVA, 2007).
A Biossegurança e seus fundamentos básicos implicam na concepção de uma esfera interposta, com base nos direitos humanos.
(BARRETO, 1999)
Desta forma, gerando um novo conceito de direitos humanos, relacionado aos direitos do ser humano na área da biologia e genética.
(BARRETTO, 1999)
Por fim, pode-se constatar que não basta apenas que as instituições de saúde alcancem o desenvolvimento e progresso técnico
científico, mas que elas têm também o compromisso prevenir contaminações aos seus profissionais e usuários, e nesse contexto é
imprescindível se respaldar no Biodireito. 
Riscos
É imprescindível a preocupação legal e a delimitação dos riscos presentes no ambiente hospitalar, sendo necessário realizar um
levantamento deles de maneira racional e objetiva. Para isso, é necessário evidenciar a definição de risco, para discorrer sobre os riscos
no ambiente hospitalar. 
Segundo Cicco e Fantazzini, risco é uma ou mais situações de uma variável que possui capacidade para gerar danos. Como lesões a
pessoas, danos em equipamento e instalações, danos ao meio ambiente, perda de material em processo, ou diminuição do potencial
de produção. 
Riscos Físicos no Ambiente Hospitalar
Os riscos físicos podem ser definidos como aqueles causados por um tipo de energia. Eles podem ser destacados de acordo com os
equipamentos manuseados pelo operador ou do ambiente. Os agentes físicos mais evidenciados no ambiente hospitalar são: 
 Calor;
 Ruído;
 Vibrações;
 Radiações Ionizantes;
 Radiações Não Ionizantes; e,
 Pressões Anormais. 
Riscos Químicos no Ambiente Hospitalar
São usados diversos produtos químicos no ambiente hospitalar, possuindo funções variáveis (Exemplos: limpeza, desinfecção e
esterilização), além destes outros riscos químicos também estão presentes. Os riscos químicos mais evidenciados no ambiente
hospitalar são:
 Quaternários de Amônio; 
 Glutaraldeído;
 Óxido de Etileno
 Medicamentos como drogas quimioterápicas
 Álcool Etílico;
 Aerossóis;
 Entre Outros. 
Riscos Biológicos no Ambiente Hospitalar
O risco biológico é extremamente presente no ambiente hospitalar. Entre os agentes biológicos de maior risco encontram-se as
bactérias, que podem transitar no ambiente de diversas maneiras, como:
 Aerossóis;
 Poeiras;
 Alimentos
 Instrumentos de laboratório e cirúrgicos;
 Água;
 Cultura;
 Amostras Biológicas 
 Urina
 Sangue;
 Escarro; e,
 Secreções.
Medidas de Segurança
Ações que tem por objetivo a diminuição ou erradicação da exposição dos profissionais, usuários e do meio ambiente, aos agentes de
risco. Nos laboratórios, as medidas de segurança utilizadas para atingir a melhor efetividade, são combinações de técnicas e práticas
laboratoriais, equipamentos de segurança (barreiras de contenção primárias) e instalações físicas adequadas (barreiras de contenção
secundárias). (ANVISA, 2013)
Barreiras de Contenção Primária:
 A contenção primária tem o objetivo de impedir a exposição dos trabalhadores a agentes infecciosos, ela ocorre através da
implementação de boas práticas e técnicas microbiológicas, e também pela utilização de equipamentos de segurança adequados.
(ANVISA, 2013)
Os profissionais que lidam com agentes infecciosos ou com materiais possivelmente contaminados precisam estar cientes dos riscos à
que estão submetidos e devem receber treinamento para que realizem as técnicas e práticas seguras ao manusear estes materiais. É
de competência dos responsáveis técnicos do laboratório a viabilização de programas de treinamento para os funcionários. (ANVISA,
2013)
São exemplos de Barreiras de Contenção Primária:
 Equipamentos de proteção individual/EPI
 Equipamentos de proteção coletiva/EPC
 Cabine de Segurança Biológica – CSB
Barreiras de Contenção Secundária:
 A contenção secundária tem por objetivo a preservação do meio ambiente externo ao laboratório, contra a exposição aos agentes
infecciosos, é realizada através da associação de um bom projeto das instalações, e sua construção, e também de práticas
operacionais. A equipe do laboratório tem a responsabilidade de manter as instalações e seu funcionamento de acordo com o nível de
Biossegurança recomendado para os agentes manuseados neste ambiente. (ANVISA, 2013)
As barreiras secundárias são indicadas de acordo com o risco de contaminação dos agentes biológicos específicos. Por exemplo,
quando houver o risco de contaminação através da exposição a aerossóis infecciosos, níveis mais altos de contenção primária e
secundária serão necessários para impedir que os agentes infecciosos sejam espalhados para o meio ambiente. (ANVISA, 2013)
Os Níveis de Biossegurança são classificados em NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4 e estão associados aos requisitos crescentes de segurança
para o manuseio dos agentes biológicos. (ANVISA, 2013)
 

4- Engenharia Versus Controle da Infecção Hospitalar

Introdução:
Nesta aula você irá entender a respeito da classificação das áreas hospitalares e o controle de infecção.     
Com esses princípios norteadores você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados:
1. Compreender os princípios que norteiam as infecções de um modo geral, e ênfase na hospitalar;

2. Entender a classificação dos artigos médicos- hospitalares e seu uso na assistência à saúde.

Resumo:
É extremamente necessário a atuação da equipe multiprofissional no controle hospitalar. Existem entre as equipes setores
de interseção que realizam o controle de infecção (Ex: corpo clínico, engenharia, higiene, serviço de nutrição, enfermagem, lavanderia
hospitalar, farmácia, almoxarifado, etc.)
Os profissionais precisam ser informados sobre as circunstâncias que podem ser otimizadas em seus trabalhos para o
controle de infecção hospitalar. Tal como, nas atividades de engenharia e manutenção existe a obrigatoriedade a respeito da
regulação de instrumentos como:
 Autoclaves;
 Estufas;
 Câmaras frias;
 Balcões térmicos;
 Geladeiras;
 Entre outros;  
Os dados referentes às atividades de identificação, avaliação e controle de riscos, irão possibilitar um parecer das Comissões
de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH’s) frente às instituições, e acerca de todos os setores envolto ao âmbito hospitalar.
 
Definições
 
Uma boa performance da equipe multiprofissional irá depender de uma terminologia capaz de padronizar e melhorar a
comunicação entre os profissionais.
Infecção:
Proliferação de agentes infecciosos no organismo, inter-relacionando-se imunologicamente e se multiplicando. 
Infecção hospitalar (institucional ou nosocomial):
Todas as infecções que foram obtidas após a internação hospitalar e que se expressa no decorrer da sua internação no
hospital e também após a sua alta, quando for possível ser associada com a hospitalização.    
Classificação de Áreas Hospitalares
Os distintos âmbitos que constituem espaço físico de um hospital são categorizados em 3 classes: Críticas, semicríticas e não-
críticas. 
Áreas Críticas: 
São os ambientes nos quais está presente o maior risco de transmissão de infecção, onde são realizados procedimentos de
risco ou onde são alojados pacientes com sistema imunológico debilitado. 
Exemplos de Áreas Críticas: 
 Ambientes onde são realizados procedimento cirúrgicos e de parto;
 Ambientes de internação em regime de terapia intensiva;
 Ambientes onde ocorrem atividades de diálise;
 Ambientes de internação de recém-nascidos;
 Ambientes onde são realizados procedimentos de análises clínicas;
 Ambientes onde são realizadas atividades hemoterápicas; 
 Ambientes onde ocorre o preparo e cocção de alimentos e mamadeiras; 
 Ambientes onde se realiza a lavagem de roupas. 

Áreas Semicríticas: 
São áreas que expressam menor risco de infecção, por exemplo:
 Áreas ocupadas por pacientes de doenças não infecciosas
 Áreas ocupadas por pacientes de doenças infecciosas não transmissíveis 
 Central de esterilização 
 Lavanderias de hospitais gerais
Áreas Não-críticas: 
São todas áreas hospitalares que subjetivamente não mostram risco por agentes infecciosos. São espaços ausentes de
pacientes ou cujo acesso lhes é restrito, tal como:
 Serviço de administração hospitalar;
 Manutenção;
 Vestiários e Sanitários Públicos;
 Depósitos em geral e Almoxarifados;
É necessário realizar a limpeza e desinfecção (terminal e concorrente) das áreas críticas e semicríticas. E nas áreas requerem
apenas a limpeza. 
Classificação dos Artigos
 
Existe uma grande diversidade de artigos e áreas hospitalares com funções distintas, que estão relacionados a capacidade
característica de transmissão de infecção. É possível concluir que o risco de transmissão de infecção está relacionado essencialmente
ao uso, grau de contato ou de exposição do paciente a estes artigos e áreas, e também ao seu potencial de contaminação. 
Para simplificar a instrumentalização de antimicrobrianos, categorizam-se esses artigos e áreas em três classes:
 Crítico;
 Semicrítico;
 Não-crítica.
Artigos:
São os materiais usados no ambiente hospitalar, dentro e fora da área de acesso aos pacientes. 
Artigos críticos: 
São os artigos que adentram nos tecidos subepiteliais sistema vascular e com outros órgãos que não possuem flora
microbiana própria, assim como os que estão ligados a eles de forma direta. 
Abrangem nesta circunstância, por exemplo:
 Perfuro cortante (instrumento de corte ou ponta);
 Instrumentos cirúrgicos (pinças, afastadores, cateteres venosos, drenos, etc.);
 Soluções injetáveis;
 Vestimentas utilizadas nos procedimentos cirúrgicos;
 Em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal;
 Em Unidade de Queimados.
Os artigos críticos precisam estar isentos de microorganismos, ou seja, estéreis (bactérias, fungos, vírus e esporos) para o uso.
Artigos semicríticos:
São os artigos que entram em contato somente com a mucosa íntegra. São exemplos e artigos críticos:
 Equipamentos de Anestesia Gasosa;
 Assistência Ventilatória;
 Alguns Endoscópios;
 Medicamentos Orais e Inaláveis;
 Pratos;
 Talheres;
 Alimentos.
Os artigos semicríticos também precisam estar estéreis para utilização. Porém, não é sempre viável sujeitar estes artigos a
processos com capacidade de eliminar esporos sem gerar danos. Todavia, é necessário que eles estejam livres de bactérias, fungos e
vírus. 
Entretanto, os cateteres vesicais, traqueais e nasogástricos, mesmo entrando em contato somente com a mucosa íntegra,
precisam estar totalmente livres de microrganismos (estéreis) para serem utilizados. 
Artigos não-críticos: 
Qualquer artigo que tem contato com a pele íntegra e também os que não são utilizados nos pacientes. Exemplo:
 Mesas de aparelhos de raios-x;
 Equipamento de hidroterapia;
 Incubadoras sem umidificação;
 Microscópios cirúrgicos;
 Telefone;
 Mobiliário em geral.
Os artigos não-críticos precisam estar livres de agentes infecciosos. Porém, é permitido uma pequena quantidade de
microrganismos que são encontrados na micro-flora humana.

5- Resíduos

Introdução:
Nesta aula você irá entender a respeito dos Conceitos dos resíduos dos serviços de saúde
Aprenderá as questões referentes as classificações dos resíduos de acordo com os riscos existentes
Com esses princípios norteadores você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados:
1. Compreender as medidas de segurança nas operações das etapas de separação e armazenamento;

2. Entender como fazer um transporte seguro.      

 
Resumo:
São considerados resíduos as sobras de algum processo. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) são os restos materiais
restantes de procedimentos realizados por instituição geradora (aquelas que trabalham com produção/manipulação de sangue,
tecidos e células), que de acordo especificações, precisam de processos particularizados em sua manipulação, demandando ou não
tratamento anterior para descarte final. (Fundação Estadual do Meio Ambiente, 2008)
É possível que os RSS apresentem contaminantes prejudiciais ao ser humano e ao meio ambiente e por isso requerem
atenção especial. 
O poder público encarrega os serviços de saúde do compromisso em realizar um plano de gerenciamento de resíduos
respaldado nos princípios da Biossegurança e de medidas técnicas, administrativas e normativas. (BRASIL, 2004)
O gerenciamento tem por objetivo diminuir a geração de resíduos e proporcionar o descarte adequado e seguro, de forma a
preservar o ser humano e meio ambiente. 

A Agência Nacional de Saúde (ANVISA) é autarquia, ligada ao Ministério da Saúde, com o objetivo institucional de propiciar
proteção da saúde da população, através do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços que são
submetidos à vigilância sanitária. (BRASIL, 1999)
A ANVISA, através da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 306, de 7 de dezembro de 2004, dispõe a respeito do
regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de servições de saúde. (BRASIL, 2004)
Por intermédio da Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, foi estabelecida a Política Nacional de Resíduos Sólidos
estimulando a responsabilidade partilhada quaisquer envolvido na geração de resíduos e posterior descarte, fazendo uso de medias
sustentáveis. (BRASIL, 1999)
É trabalhado nesta política a não produção, diminuição, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e descarte
dos rejeitos, visando a preservação da saúde pública e da qualidade ambiental. (BRASIL, 1999)
 
Classificação dos RSS
A RDC nº 358, de abril de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que tratam sobre o tratamento e
disposição final dos resíduos, classifica os resíduos em cinco grupos. 
 
A – RESÍDUOS POTENCIALMENTE INFECTANTES
Resíduos de materiais biológicos ou outros materiais que tiveram contato com estes. Exemplos:
 Sondas;
 Curativos;
 Luvas de Procedimentos;
 Bolsa de Colostomia;
 Entre outros.

 
O descarte deverá ser realizado em lixeiras revestidas com saco branco. 
 
B – RESÍDUOS QUÍMICOS
Resíduos com substâncias químicas capazes de gerar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, conforme seu potencial de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Exemplos:
 Resíduos de hormônios;
 Antimicrobianos;
 Citostáticos;
 Antineoplásicos;
 Imunossupressores;
 Digitálicos;
 Imunomoduladores;
 Antirretrovirais;
 Saneantes;
 Desinfetantes;
 Metais pesados;
 Reagentes para laboratório e os recipientes contaminados por eles;
 Efluentes de reveladores e fixadores utilizados para o processamento de imagens;
 Efluentes dos equipamentos automatizados em análises clínicas.

 
O descarte deverá ser realizado em galões coletores específicos. 
 
C – RESÍDUOS RADIOATIVOS 
Resíduos de materiais derivados de atividades humanas com radionuclídeos em quantidades acima do limite eliminação
estipulado nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), e é inapropriado que sejam reutilizados. Exemplo:
 Materiais derivados de atividades de medicina nuclear e radioterapia.

 
O descarte deverá ser realizado em caixas blindadas. 
 
D – RESÍDUOS COMUNS OU EQUIPARADOS AOS RESÍDUOS DOMICILIARES
Resíduos que não representam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, sendo comparados aos
resíduos domiciliares. Exemplos:
 Papel de uso sanitário e fralda;
 Absorventes higiênicos;
 Peças descartáveis de vestuário;
 Resto de alimentos do paciente;
 Material usado em antissepsia e hemostasia de venóclise;
 Equipo de soro e outros similares que não apresentam risco de contaminação;
 Resíduos oriundos de áreas administrativas;
 Resíduos de varrição;
 Flores;
 Podas e Jardins;
 Resíduos de gesso derivados de assistência à saúde. 
 
O descarte deverá ser realizado em lixeiras revestidas com sacos pretos.
E – RESÍDUOS PERFUROCORTANTES.
Qualquer um dos resíduos citados anteriormente, porém em materiais perfurocortantes ou escarificantes. Exemplos:
 Lâminas de barbear;
 Agulhas;
 Escalpes;
 Ampolas de Vidro;
 Brocas;
 Limas endodônticas;
 Pontas diamantadas;
 Lâminas de bisturi;
 Lancetas;
 Tubos capilares;
 Micropipetas;
 Lâminas e lamínulas;
 Espátulas;
 Utensílios de vidro quebrados no laboratório.
 
O descarte deverá ser realizado em coletor específico. 
Separação e Armazenamento
Separação:
Os RSS precisam ser separados e encaminhados para um fim, por quem os produziu, conforme o risco que são capazes de
causar. A separação dos RSS é realizada de acordo com a Classificação dos RSS (Grupos A, B, C, D e E). E também deve ser considerada
a consistência do resíduo ao realizar a separação. 
Resíduos sólidos precisam ser deverão ser dispostos em sacos plásticos, e estes precisam estar em recipientes de material
lavável, com resistência à punctura, ruptura e vazamento, com tampa que não necessite de contato manual para abertura, com
cantos arredondados e com resistência a quedas. Em salas de cirurgia e parto os recipientes não necessitam de tampas para
fechamento. (BRASIL, 2004)
Os resíduos líquidos precisam ser dispostos em recipientes que possuam material adequado ao líquido acondicionado e que
tenham resistência, rigidez e vedação, com tampas rosqueadas e vedantes. (BRASIL, 2004)
Armazenamento:
Os resíduos deverão ser armazenados por um tempo determinado no serviço de saúde, para posteriormente serem retirado
para o local de descarte final. É necessário que os serviços de saúde possuam um local de armazenamento temporário dos resíduos,
providos de um local de entrada e saída de veículos com acesso externo para os veículos de coleta. (BRASIL, 2004)
De forma a favorecer a manutenção da limpeza da unidade, especialmente os locais que geram um grande volume de
resíduos (Exemplos: Unidades de centros cirúrgicos e de prontos atendimentos), é necessário que os serviços possuam um local de
armazenamento interno, que seja perto do local de produção dos resíduos, denominada Sala de Resíduos. (BRASIL, 2004)
Os resíduos irão permanecer de forma temporária na Sala de Resíduos até sua posterior retirada para o Abrigo de Resíduos.
(BRASIL, 2004)
O abrigo de Resíduos deve ser projetado de forma a facilitar à coleta externa e deve possuir um espaço adequado ao volume
de resíduos produzidos, com uma área de armazenamento compatível com a frequência da coleta do sistema de limpeza urbana do
local ou terceirizada. (BRASIL, 2004)
Transporte dos RSS
O transporte dos RSS, desde a área de produção do resíduo até o Abrigo de Resíduos, é conceituado como transporte
interno. E do Abrigo de Resíduos até o local de descarte final é conceituado como transporte externo. 
É necessário que o reservatório para a realização do transporte seja/tenha:
 De material rígido; 
 Lavável;
 Impermeável;
 Com cantos e bordas redondas;
 Possua tampa articulada ao equipamento;
 Com rodas revestidas de material capaz de diminuir o ruído;
 Possuam identificação externa com o símbolo de acordo com o risco dos resíduos transportado.
Os reservatórios que tenham capacidade para mais de 400 litros precisam ter uma válvula de dreno no fundo. (BRASIL, 2004)
O transporte interno dos RSS precisa ser executado nos horários em que houver menos deslocamento de outros materiais e
de pessoas.  (BRASIL, 2004)
Segundo as normas da ABNT: NBR nº 12.810 e NBR n 14.652, coleta e o transporte externo do RSS, desde o Abrigo de
Resíduos até o local de tratamento ou descarte final, precisam ser realizados de acordo com técnicas que proporcionem a
conservação das condições de armazenamento e a saúde e bem estar dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, e
também seguir as orientações dos órgãos de limpeza urbana. 

6- Higiene Laboral

Neste aula você irá entender a respeito Tratamento do tratamento duma proposta ampliada das situações de riscos e alternativas
para uma política preventiva e segura. 
Aprenderá as questões que envolvem a praticidade nos serviços que essas atividades acontecem
Com esses princípios norteadores você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados:
1. Compreender a importância no contexto da saúde- doença a
2. Entender a relação da Biossegurança  e suas relações ambientais ao se falar no tratamento dos resíduos
3. Construir uma cultura de resposabilidade social
 
Tratamento dos Resíduos Biológicos
 
O tratamento de resíduos é composto pela aplicação de método, técnica ou processo que altere as propriedades dos riscos referentes
aos resíduos, com o objetivo de diminuir ou eliminar o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais e de nocividade ao meio
ambiente. (BRASIL, 2004)
É essencial que a segregação dos resíduos seja realizada de forma correta para que sejam destinados apropriadamente, pois o
tratamento será realizado de acordo com o risco de cada resíduo.
 
Tratamento dos RSS Biológicos – Grupo A:
Os resíduos biológicos, nos quais se tem a suspeita ou certeza da presença de microrganismos de importância epidemiológica e risco
de propagação, precisam ser dispostos em embalagem apropriada e direcionados para desativação em processo físico de esterilização
(exemplo: autoclave a vapor) no devido serviço produtor do resíduo, antes da realização da disposição final. (BRASIL, 2004)
Depois do tratamento, caso não haja descaracterização física das estruturas, precisam ser dispostos em saco plástico branco leitoso
até dois terços de sua capacidade e se houver descaracterização física das estruturas, poderão ser embalados como resíduos do grupo
D (Resíduos comuns ou equiparados aos resíduos domiciliares). (BRASIL, 2005)
 
Exemplos destes materiais:
 Carcaças de animais de laboratório;
 Peças anatômicas derivadas de animais submetidos a procedimentos de experimentação com inoculação de
microrganismos;
 Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação, má preservação ou prazo de
validade expirado;
 Resíduos derivados de procedimentos de vacinação com microrganismos vivos ou atenuados;
 Cultura e microrganismos em estoque;
 Resíduos de laboratório de manipulação genética;
 
Nos casos em que os resíduos são tratados em outro local, como as sobras de campanhas de vacinação que são devolvidos para as
Secretarias Estaduais para tratamento, é necessário se atentar as medidas de segurança para o correto transporte entre o local de
produção do resíduo e o local de tratamento. (BRASIL, 2005)
Os resíduos pertencentes ao Grupo A, quando produzidos em ambiente domiciliar, precisam ser dispostos em embalagem adequada
e recolhidos pelo próprio profissional prestador do atendimento ou por uma pessoa treinada para a realização da coleta e
posteriormente direcionados ao estabelecimento de saúde de referência. (BRASIL, 2004)
Os resíduos derivados de assistência à saúde de pessoas ou animais com suspeita ou confirmação de contaminação biológica por vírus
e de importância epidemiológica precisam ser acondicionados em saco plástico vermelho, serem submetidos a autoclave e
posteriormente enterrados. (BRASIL, 2005)
 
Tratamento dos Resíduos Químicos
Os resíduos de produtos químicos poderão ser reprocessados, recuperados, reciclados, coprocessados, destruídos por calor ou
enterrados. (BRASIL, 2005)
De acordo com a NBR 14725, de 26 de agosto de 2009, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os produtos químicos
precisam estar identificados com a Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), com a descrição das
especificidades dos riscos.
A ABNT, através da NBR 10004/2005, possui uma classificação exclusiva para os resíduos sólidos:
 Resíduos de Classe I – Os perigosos
Estão incluídos na Classe I os resíduos com potencial de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.
 Resíduos de Classe II – Os não perigosos
 
Exemplos de Resíduos Classe I: (BRASIL, 2004)
 Resíduos químicos de produtos hormonais;
 Antimicrobianos;
 Citostáticos;
 Antineoplásicos;
 Imunossupressores;
 Digitálicos;
 Imunomoduladores;
 Antiretrovirais;
 Reveladores usados em radiologia;
 Pilhas;
 Baterias e acumuladores de carga contendo chumbo;
 Cádmio e mercúrio e seus compostos;
 Cosméticos e insumos farmacêuticos que tenham indicação de resíduo de risco.
 
Os resíduos de medicamentosos pertencentes a Classe I, produzidos por serviços de assistência em domicílio, precisam ser
embalados, identificados, coletados e direcionados para o descarte em serviços de saúde de referência. (BRASIL, 2004).
Todo resíduo que dispor de potencial para causar riscos à população e ao meio ambiente precisará passar por tratamento a fim de
inativá-los ou ser encaminhado para aterros sanitários específicos para o grupo de resíduos Classe I. (BRASIL, 2005)
Contudo, é proibido o descarte em aterro sanitário os resíduos que precisam ser tratados anteriormente. (BRASIL, 2004)
Os resíduos de substâncias químicas precisam, de forma obrigatória, ser segregados e dispostos separadamente, como líquidos
inflamáveis, ácidos, bases, oxidantes, compostos orgânicos não halogenados, compostos orgânicos halogenados, óleos, materiais
reativos com o ar, materiais reativos com a água, entre outros. (BRASIL, 2004)
As embalagens para a disposição final precisam ser compatíveis quimicamente com os resíduos para que não ocorra reação entre
eles, de forma a enfraquecer ou deteriorar as embalagens. (BRASIL, 2004).
 
Tratamento dos Resíduos Radioativos
Os rejeitos radioativos precisam ser separados conforme a natureza física do material e do radionuclídeo contido e também do tempo
preciso para alcançar o limite de eliminação e serão definidos como resíduos apenas após passar o tempo de decaimento que é
preciso para atingir o limite de eliminação. (BRASIL, 2005)
Os rejeitos radioativos sólidos precisam ser dispostos em embalagem de material rígido revestidos na parte interna com saco plástico
resistente. (BRASIL, 2004)
E os líquidos precisam ser dispostos em frascos de até dois litros ou em bombonas de material que seja compatível com o líquido
acondicionado. (BRASIL, 2004)
Estes precisam ser de plástico, resistentes, rígidos e vedados, com tampa de rosca e vedante, dispostos em bandejas feitas de material
que não quebre e que tenha profundidade adequada para acomodar todo o volume do rejeito, respeitando a margem de segurança.
(BRASIL, 2004)
Os materiais perfurocortantes que estiverem contaminados com radionuclídeos precisam ser descartados de forma separada, onde
foram produzidos, logo após a utilização, em embalagens vedantes, rígidas, com tampa e que estejam identificadas corretamente, e é
totalmente proibido que esses recipientes sejam esvaziados para o reaproveitamento. (BRASIL, 2005)
As agulhas descartáveis precisam ser desprezadas junto com as seringas e jamais podem ser reencapadas ou retiradas manualmente.
(BRASIL, 2004)
Os rejeitos precisam estar devidamente dispostos em recipientes identificados com o símbolo referente ao resíduo do grupo C, o
nome do rejeito radioativo, a identificação do risco principal apresentado pelo rejeito, e também informações a respeito do tempo de
decaimento, data de produção e nome do estabelecimento produtor.
 
Tratamento dos Resíduos Perfurocortantes e Sem Risco
Tratamento dos RSS Perfurocortantes – Grupo E
É necessário realizar o descarte imediato dos materiais perfurocortantes com resíduos biológicos, químicos ou radioativos, no local
onde foram produzidos, após a utilização, em recipientes rígidos, resistentes à puntura, ruptura e vazamento e precisam conter tampa
e identificação. (BRASIL, 2004)
É terminantemente proibido que seja realizado o esvaziamento desses recipientes para o reaproveitamento dos materiais
perfurocortantes. (BRASIL, 2005)
As agulhas descartáveis precisam ser desprezadas junto com as seringas e jamais podem ser reencapadas ou retiradas manualmente.
(BRASIL, 2004)
É preciso prosseguir com o descarte desses recipientes assim que o preenchimento alcançar dois terços de sua capacidade ou o nível
preenchimento atingir cinco centímetros de distância da boca. (BRASIL, 2004)
Esses recipientes precisarão estar devidamente identificados com o símbolo internacional de risco biológico, químico perigoso ou
radioativo, e também com inscrição Perfurocortante. (BRASIL, 2004)
 
Tratamento dos RSS sem Riscos – Grupo D
Os resíduos pertencentes ao grupo D precisam ser dispostos conforme as recomendações dos serviços de limpeza urbana locais,
usando sacos impermeáveis, acomodados em embalagens e possuir identificação conforme a sua separação. (BRASIL, 2004)
Os resíduos que serão encaminhados para reciclagem ou reutilização, precisam estar identificados em seus devidos recipientes e
também nos abrigos onde os recipientes serão guardados, de acordo com o código de cores e suas devidas nomeações. (BRASIL,
2004)
Caso não possuam um processo de separação para reciclagem, não é necessário a realização de padronização de cor para os
recipientes. (BRASIL, 2004)
Alguns resíduos orgânicos poderão ser utilizados para o processo de compostagem. (BRASIL, 2004)
Exemplos:
 Flores;
 Podas de árvore e jardinagem;
 Sobras de alimentos;
 Pré-preparo de alimentos;
 Sobras de alimentos de refeitórios que não tiveram contato com secreções, excreções ou outro fluido corporal.
 
7- Riscos Sanitários (Segurança e Qualidade)

Introdução
O Risco Sanitário é a probabilidade que os produtos e serviços possuem de gerar danos à saúde da população.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é uma instituição ligada ao Ministério da Saúde, estável administrativamente e
com independência financeira, seu objetivo é proteger e promover a saúde, a fim de garantir a segurança sanitária e qualidade dos
produtos e serviços, através da clareza, do conhecimento como base para a execução e colaboração.
A ANVISA atua nas seguintes áreas:
 Alimentos;
 Toxicologia;
 Produtos fumíngeos;
 Medicamentos genéricos;
 Cosméticos;
 Saneantes;
 Sangue;
 Tecidos e outros órgãos;
 Serviços e produtos para saúde;
 Laboratório de saúde pública;
 Inspeção e controle de medicamentos e produtos;
 Portos, Aeroportos e Fronteiras;
 Regulação econômica;
 Monitoramento de mercado;
 Vigilância sanitária de produtos de saúde após a comercialização (realizando a revalidação, alteração ou suspensão).
 
A qualidade dos serviços de saúde abrange:
 A infra-estrutura do estabelecimento (conformidade e manutenção);
 A gestão dos insumos (procedimentos e sistemas informatizados);
 A gestão de tecnologia (manutenção preventiva e corretiva);
 A capacitação de equipes para a utilização de tecnologias.
 
As fontes de informação da Anvisa efetuadas através do recebimento de notificações voluntárias e também de busca ativa de
ocorrências adversas.
Existem quatro áreas que são priorizadas quando se trata de gerenciamento de risco sanitário hospitalar:
 Tecnovigilância;
 Farmacovigilância;
 Hemovigilância; e
 Controle de infecção hospitalar/saneantes.
 
Sistema de Vigilância
A vigilância é realizada através de:
 Coleta;
 Análise;
 Interpretação constante e sistemática de informações de saúde que são fundamentais para a realização do planejamento;
 Implementação e execução de práticas de saúde integradas à divulgação dessas informações para as pessoas que precisam
ter conhecimento delas em tempo hábil.
Consiste em um estudo de casos associado a um estudo de incidência.
O objetivo do sistema de vigilância consiste em avaliar uma certa situação, além de estabelecer as prioridades, fiscalizar e avaliar as
ações e programas realizados, a fim de detectar problemas e produzir pesquisas.
A vigilância realizada de forma adequada e efetiva poderá diminuir a possibilidade de que sejam tomadas decisões erradas.
O sistema de vigilância é formado por:
 Sistema de notificação;
 Investigação de eventos e reações adversas realizada de forma espontânea ou através dos hospitais sentinelas e de um
banco de dados das reações adversas.
E através disso são realizados relatórios periodicamente.
A vigilância deverá ser realizada através de um planejamento, para que dessa forma possa cumprir todas as demandas dos usuários,
as necessidades da saúde e conseguir informações para atividades e/ou tomada de decisões.
Existem algumas limitações nos sistemas de vigilância que podem dificultar o processo, como a subnotificação, notificações
incompletas (por medo de que se tenha alguma punição, desconhecimento em relação à importância ou da definição de caso, falta de
recursos, etc) e informações sem representação.
É muito importante que se tenha a participação no planejamento da vigilância dos usuários e outros profissionais de diferentes áreas,
como:
 Clínicos;
 Engenheiros de materiais;
 Pessoal de comissões de controle de infecção hospitalar;
 Farmácia hospitalar;
 Banco de Sangue;
 Administradores hospitalares;
 Entre outros.
Para que desta forma seja possível ampliar as chances de se conseguir dados confiáveis, e assim obter mais respostas para as
demandas do usuário, uma melhor comunicação e também uma concordância maior.
Existem três tipos de vigilância:
 Passiva – quando se iniciam pelos profissionais de saúde;
 Ativa – quando são iniciadas pelo departamento/instância pertinente;
 Sistema sentinela – utilizada para eventos específicos.
 
Importância da Tecnologia/Tecnovigilância em Saúde No Risco Sanitário Hospitalar
A missão da tecnovigilância é promover e proteger a saúde, através da garantia de que os produtos da saúde comercializados
apresentem segurança e eficácia.
Desta forma, busca assegurar a segurança, preservando e favorecendo a qualidade dos produtos utilizados, através da sistematização
dos eventos adversos conhecidos e desconhecidos nas variadas áreas do sistema de saúde.
Seus objetivos são:
 Equipamentos médicos-hospitalares;
 Produtos para diagnóstico in vitro;
 Artigos e materiais de utilização médica.
A preservação da qualidade busca cumprir aquilo que foi prometido, mantendo os princípios preventivos, corretivos e de avaliação.
 
Princípios preventivos:
 Manutenção adequada;
 Frequência indicada;
 Condição de uso indicada.
 
Princípios corretivos:
 Documentação;
 Investigação das consequências atuais ou potenciais;
 Corrigindo ou intervindo.
 
Princípios de avaliação:
 Comparação com o registro;
 Testes;
 Documentação para melhorias.
 
A tecnologia em saúde é formada pelos equipamentos que são usados nas atividades dos serviços de saúde e por técnicas que
englobam a infraestrutura e organização dos serviços de saúde.
A cada dia são utilizadas novas tecnologias na prestação de serviços de saúde, abrangendo vários processos e procedimento, como na
identificação do paciente, na investigação da hipótese diagnóstica e até mesmo no exame físico, entre outros.
A integração constante da tecnologia em serviços de saúde requer o uso de intenso de produtos de saúde. E a gestão de tais produtos,
na seleção, compra, utilização, manutenção e descarte, é um fator de extrema importância para a qualidade e segurança dos
pacientes e serviços de saúde.
 
Situações Práticas
Dentre as situações práticas, para maior fixação da matéria, estaremos trabalhando tópicos voltados para a prática e fixação do
conteúdo.
 
Situação Prática 1:
Em uma inspeção da vigilância sanitária foram identificados na Unidade de Terapia Intensiva no expurgo um dreno com
aproximadamente 100ml de secreção sanguinolenta no chão
Quais os impactos apresentados?
 
Situação Prática 2:
Na cozinha industrial de uma rede hoteleira foi identificado que para se chegar ao ponto de descarte de resíduos alimentares antes de
serem processados era necessário atravessar a área dos alimentos prontos para serem servidos? Quais os impactos envolvidos?
 
Situação Prática 3:
Ao descartar o resíduo proveniente de uma sessão de quimioterapia o técnico novo no setor, depositou os resíduos no coletor de
resíduos comuns. Cite os riscos e aspectos envolvidos?
 
Situação Prática 4:
Ao finalizar o plantão a técnica de enfermagem do Centro Cirúrgico abraçou a caixa de pérfuro- cortante sem estar lacrada,
ultrapassando a linha mercatória de segurança. Aconteceu o acidente acometendo seu abdome. Qual os impactos apresentados?
 

8- Tratamento de Estações de Esgoto (Princípios de Saneamento)

Nesta aula você irá entender a respeito do Tratamento de estações de Esgoto, tipos, manejos e manutenção.     
Aprenderá as questões para análise e reflexão a partir do que trazem a literatura científica.   
Com esses princípios norteadores você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados:
 
1. Compreender os princípios que norteiam as estações de tratamento de esgoto; 
2. Entender suas etapas;
3. Conhecer a relação do manejo correto junto ao processo da saúde-doença.
 
Estações de Tratamento
 
 
A Lei Nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico.
 
Os serviços públicos de saneamento básico deverão ser realizados por meio de alguns princípios fundamentais:
 Universalização de acesso e prestação do serviço eficaz;   
 Integralidade, composta por conjunto de atividades e componentes dos variados serviços de saneamento básico,
disponibilizando para a população o acesso de acordo com suas necessidades e aumentando a eficiência das ações e
resultados;
 Abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manuseio dos resíduos sólidos, a fim de preservar a saúde
pública e proteção do meio ambiente;
  Disponível, em todo território urbano, de serviços de drenagem e administração das águas pluviais, limpeza e fiscalização
preventiva das redes, conformado à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;
 Utilização de métodos, técnicas e processos que atentem as peculiaridades locais e regionais;
 Ser interligados com as políticas de progresso urbano e regional, de habitação, de luta contra à pobreza e de sua erradicação,
de defesa ambiental, de promoção da saúde e outras de relevância social focadas ao aumento da qualidade de vida, cujo
saneamento básico seja causa determinante;
 Eficácia e sustentabilidade econômica;
 Aplicação de tecnologias adequadas, levando em consideração as condições financeiras dos usuários e a utilização de
soluções graduais e progressivas;
 Clareza nas ações, baseadas em sistemas de informações e processos de decisão institucionalizados;
 Controle social;
 Segurança, qualidade e regularidade;
 Junção das infraestruturas e serviços com a administração eficaz dos recursos hídricos.
 Utilização de medidas de estímulo à moderação do consumo de água.
 
A execução de serviços públicos de saneamento básico deverá ser fundamentada em um planejamento, atendendo a particularidade
de cada serviço.
Este planejamento terá de ser composto por:
 Análise do cenário e de suas repercussões nas condições de vida, empregando um sistema de indicadores sanitários,
epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e expondo as fontes dos déficits verificados;
 Propósitos de curto, médio e longo prazos para a universalização, permitindo resultados graduais e progressivos, de forma a
verificar a conformidade com os outros planos setoriais;
 Programas, projetos e ações essenciais para alcançar os objetivos e as metas, conforme com os respectivos planos
plurianuais e com outros planos governamentais correspondente, detectando prováveis fontes de financiamento;
 Planos contingenciais e emergenciais;
 Mecanismos e procedimentos para um parecer sistemático da efetividade das ações programadas.
 
Tipos de Tratamento
 
Resíduos produzidos por serviços de saúde podem ser nocivos à saúde, por isso é importante que seja realizado o tratamento desses
resíduos através de vários processos para poderem ser desprezados na natureza de maneira menos nociva à saúde da população,
tendo em vista a melhoria do bem-estar e impedindo várias doenças e contaminações. 
Quando se trata de efluentes hospitalares, é necessário aumentar a atenção, pois devido a utilização de substâncias químicas se torna
imprescindível que os resíduos sejam tratados através de procedimentos que visem a diminuição dos efeitos no meio ambiente e nos
seres humanos.
O tratamento de efluentes hospitalares é realizado em centros de tratamento especializados e que tenham equipamentos
específicos para que os resíduos com maior densidade e riscos à saúde sejam eliminados, possibilitando que os tanques consigam
captar as químicas dos remédios e outros efluentes desprezados. 
Alguns serviços que não dispõem de tratamento de efluentes hospitalares específico, geralmente tratam seus resíduos junto com
outros efluentes de residências e indústrias, onde frequentemente são encontradas substâncias químicas, possibilitando que a água
passe por diversos processos a fim de eliminar todas as partículas de sujeiras, sejam mais densas ou menores, com a floculação e
absorção dos flocos pelos tanques. 
O tratamento de efluentes hospitalares é extremamente importante para a população, a fim de evitar quem more perto das estações
de tratamento ou serviços de saúde se contaminem, e também de possibilitar que os efluentes sejam direcionados para o local
adequado, sem desprezá-los na natureza de forma deliberada, o que possibilitaria que o esgoto químico se espalhasse por diversas
cidades e locais, atingindo uma maior área de infecções e problemas à saúde da população. 
Fora a preocupação com a saúde e o bem estar da população, é preciso enfatizar que o tratamento de efluentes hospitalares realizado
corretamente também contribui para a preservação da natureza e meio ambiente, visto que os resíduos químicos impactam
diretamente no meio ambiente, causando destruição do solo, deterioração de plantas e árvores, além de vários danos que podem ser
causados com o contato dos resíduos químicos com a natureza. 
 
O tratamento de esgoto pode ser classificado em 4 níveis:
 
A - Tratamento Preliminar 
É um pré-tratamento realizado através da remoção dos resíduos sólidos grosseiros suspensos (materiais com dimensões maiores e
areia). 
Neste tipo de tratamento é predominante os dispositivos físicos para extração dos poluentes, sendo frequentemente utilizado o
Gradeamento.
 
B - Tratamento Primário 
É realizado através da remoção de resíduos sólidos sedimentáveis suspensos e também parte da matéria orgânica (elementos dos
resíduos sólidos em suspensão sedimentáveis). 
Neste tipo de tratamento também predomina o uso dos dispositivos físicos para a extração dos poluentes. 
 
C - Tratamento Secundário 
É realizado através da extração da matéria orgânica em suspensão fina, que não foi retirada no tratamento primário, da matéria
orgânica na forma de sólidos dissolvidos e ocasionalmente nutrientes (nitrogênio e fósforo). 
Neste tratamento são frequentemente utilizados os mecanismos biológicos para extração dos poluentes. 
 
D - Tratamento Terciário 
É realizado através da extração de poluentes especificados (geralmente tóxicos ou componentes não biodegradáveis), e a extração
complementar de poluentes que não foram removidos adequadamente no tratamento secundário. 
 
Usualmente, para os efluentes de hospitais, é preciso realizar o tratamento terciário, devido à alta carga microbiana presente nestes
resíduos. 
 
Manejos e Manutenção
 
Caixa separadora de gordura:
Para preparar um tratamento de efluentes hospitalares é essencial elaborar um espaço físico para recebê-la. Se o hospital não dispor
desse local, faz- se necessário adaptá-lo para receber uma versão compacta desse sistema de tratamento de efluentes hospitalar, este,
é constituído da caixa separadora de gordura que deverá ser instalada na saída da cozinha e compõe o denominado tratamento
primário do efluente, junto com o gradeamento.
A caixa separadora de gordura, viabiliza a separação da gordura do efluente a ser tratado para que não ocorra interferência negativa
no processo biológico do tratamento.  A gordura mantém-se concentrada em uma repartição interna do equipamento e não é
enviada a Estação de Tratamento de Esgoto.
 
Gradeamento:
Os instrumentos de extração de sólidos grosseiros são constituídos por grades formadas de barras de ferro ou aço paralelas, situadas
de forma transversal no canal de recepção dos esgotos na estação de tratamento, perpendiculares ou inclinadas, de acordo com o
instrumento de extração do material retido. As grades precisam possibilitar o escoamento dos esgotos sem causar uma extensa perda
de carga. São removidos os sólidos grosseiros, essencialmente para a preservação dos instrumentos de transporte dos esgotos
(bombas, tubulações e as unidades de tratamento seguinte). 

 
Tanque de equalização:
Este estágio vai assegurar as próximas etapas de tratamento, regimes de vazão e concentrações um certo nível de uniformidade.
Também irá neutralizar o pH, concentração e vazão mássica dos componentes do despejo, por meio da fusão do próprio despejo no
dispositivo de equalização. Resultando em um volume mais uniforme dos componentes do despejo (dissolvidos ou em suspensão), tal
como de pH.
A equalização da vazão é capaz de aperfeiçoar substancialmente o desempenho de sistemas de tratamento a jusante, inclusive
moderando o consumo de agentes neutralizantes, produtos químicos floculação e especialmente a dimensão das unidades
posteriores. Após este ponto, a concentração armazenada é bombeada e encaminhada às unidades à jusante do sistema com a vazão
regularizada.
 
Reator UASB:
O Reator UASB é uma tecnologia de tratamento biológico de esgotos que consiste na decomposição anaeróbia da matéria orgânica. É
uma forma mais versátil de tratamento anaeróbio, atuando através de fluxo ascendente e manta de iodo. Geralmente, os reatores
UASB não geram um efluente adequado para os padrões de lançamento. Por isso, constantemente é preciso realizar um pós
tratamento, podendo ser biológico ou físico-químico.
Quase todos os processos de tratamento de esgotos podem ser utilizados para o pós tratamento dos efluentes do reator UASB. 
 
Biofiltro Aerado:
Os biofiltros sarados são geralmente utilizados como pré-tratamento de reatores UASB. Se tem uma enorme economia de energia
nos biofiltros, provenientes da maior eficácia de extração de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) nos reatores UASB. O iodo
excedente, extraído pela lavagem dos filtros, volta ao reator UASB, passando por adensamento e digestão, junto com iodo
anaeróbico. O iodo misto requer somente a desidratação.
 
Desinfecção:
No tratamento de esgotos há diversos processos utilizados para a extração de organismos patogênicos, podendo ser natural, por meio
de instalação de lagoa de maturação e polimento ou infiltração no solo. 
Os processos artificiais são realizados através da cloração, ozonização, radiação ultravioleta ou membranas. 
 
Situações Práticas
 
Nessa etapa abordaremos o que traz a literatura científica, como uma forma de nos aproximarmos da pesquisa e inovação ao
tratamento de esgoto e seus manejos no processo saúde-doença.
 
Situação Prática 1:
O EMPREGO DE RESÍDUOS NATURAIS NO TRATAMENTO DE EFLUENTES CONTAMINADOS COM FÁRMACOS POLUENTES
Marciela Belisário, Patrícia Spinassé Borges, Rodrigo Moretto Galazzi, Poliana Bastos Del Piero, Poliana Belisário Zorzal, Araceli
Verónica Flores Nardy Ribeiro, Joselito Nardy Ribeiro
 
Resumo:
A contaminação de corpos hídricos com fármacos apresenta-se como um problema ambiental em todo mundo. Tais compostos
biologicamente ativos presentes no ambiente interagem com a biota do meio interferindo significativamente na fisiologia, no
metabolismo e no comportamento das espécies, podendo ocasionar severos danos ao organismo humano e aos demais seres vivos.
A detecção desses compostos farmacêuticos em águas de superfície, lençóis freáticos, estações de tratamento de efluentes e águas de
abastecimento salienta a necessidade de alternativas para a remoção desses poluentes. A utilização de resíduos agrícolas e industriais
como bioadsorventes, apresenta-se como alternativa eficiente e economicamente viável, minimizando impactos ambientais.
 
Situação Prática 2:
ESTRATÉGIAS PARA O TRATAMENTO DE EFLUENTES VISANDO REDUÇÃO DE CUSTOS: UM ESTUDO DE CASO
Strategies for the treatment of effluents for cost reduction: a case study Mariane Minozzo1 ; Rogério Marcos Dallago2 ; Juliana
Steffens3 ; Luciana Dornelles Venquiaruto4 ; João Carlos Krause5 ; Fernando Nonnemacher6
 
Resumo:
As regulamentações ambientais mais restritivas no que se refere aos padrões de lançamento, associadas às multas cada vez mais
onerosas, contribuíram para as empresas a repensar suas estratégias, incorporando a seus processos sistemas de tratamentos cada
vez mais eficientes. No entanto, muitas empresas, alegando aumento, consideravelmente, em seus custos, fazem este tratamento de
forma parcial ou incompleta, comprometendo a qualidade de seu efluente. No que se refere aos custos, os mesmos são, muitas
vezes, superestimados pelos gestores, os quais desconhecem que atitudes simples como segregação, alteração das características de
periculosidade, redução de volume e alteração do estado físico de um efluente são procedimentos que podem ser facilmente
adotados, com ganhos significativos, tanto no âmbito econômico quanto no ambiental e no social.
 
Situação Prática 3:
Avaliação do reaproveitamento dos efluentes gerados por sistemas de tratamento de água para hemodiálise
Faria, Paulo Gil Siqueira de
 
Resumo:
 Sistemas de Osmose Reversa empregados em clínicas de Hemodiálise geram um volume de efluente denominado por rejeito ou
concentrado. Além disso, os filtros de areia, abrandador e carvão ativado, que compõem o pré-tratamento, descartam a água de
retrolavam utilizada na manutenção dos mesmos. A presente pesquisa buscou avaliar o reaproveitamento dos efluentes gerados por
esse sistema em duas clínicas de hemodiálise na cidade de Curitiba/PR. Na primeira clínica foram reutilizados os efluentes das
retrolavagens dos filtros de areia e de carvão ativado em descargas de vasos sanitários e na limpeza de pátios externos, sendo
descartado o efluente gerado pelo filtro abrandador. Em ambas as clínicas, foram instalados sistemas de Osmose Reversa para
tratamento do Rejeito (ORR). Através desse sistema de recuperação de efluentes, foi possível reduzir o descarte de água de 49% para
16%, o volume utilizado nas terapias passou de 42% para 70% e os demais consumos que somavam 9%, ficaram em 14% do total de
água utilizada no abastecimento da clínica.
 
9- Histórico e Objetivos

História da Higiene Laboral


Doenças industriais são conhecidas desde Hipócrates (Grécia antiga aprox. ano 400 AC). Até há evidências mostrando que as doenças
ocupacionais foram reconhecidas pelos antigos egípcios. Com o tempo, as ligações entre a ocupação e os problemas de saúde
aumentaram e as associações se fortaleceram. Em paralelo a isto, técnicas foram desenvolvidas para avaliar e controlar os riscos. A
tabela abaixo representa uma seleção de alguns dos eventos interessantes e notáveis no desenvolvimento da higiene ocupacional.
Aprox. 100 AC O romano Plutarco observa que: “Não é justo expor inocentes aos venenos das minas”. Ele também documenta o uso
de pele da bexiga como forma de Equipamento de Proteção Respiratória para controlar exposição ao pó nas minas.1700 Ramazzini, o
pai da medicina industrial e Professor de Medicina em Pádua, escreveu “De Morbis Artificum Diatriba”, o primeiro estudo formal das
doenças industriais. Foi ele que fez uma adição à lista de Hipócrates de perguntas aos pacientes ao pesquisar o histórico: “Qual sua
ocupação”. 1750 em diante A revolução industrial do final do século XVIII até o início do século XIX levou a um aumento da
urbanização e industrialização. Isto por sua vez aumentou o número de trabalhadores expostos a níveis cada vez maiores de riscos
para a saúde.  1889 Limites de exposição são estabelecidos para umidade e dióxido de carbono nas usinas de algodão no Reino Unido.
Isto, por sua vez, levou ao desenvolvimento de Ventilação Local Exaustora em vez de ventilação geral. Também levou ao
desenvolvimento de dispositivos de monitoração na forma de Tubos Indicadores para Dióxido de carbono. 1890s Haldane realiza um
trabalho sobre a toxicidade do monóxido de carbono ao expor ratos, camundongos e até mesmo a si próprio a diversas
concentrações dentro de uma “câmara de exposição”. Ele utilizou estes 15 resultados para desenvolver modelos de “dose vs tempo”
para gravidade e desconforto dos efeitos sobre a saúde. Ele introduz o uso de pequenos animais e em particular canários como a
primeira forma de monitorar para fornecer uma indicação dos níveis de gás tóxico. 1910 Alice Hamilton trabalha nos EUA como a
primeira toxicologista industrial sendo a pioneira no campo de toxicologia e higiene ocupacional. 1917 Durante a primeira guerra
mundial a urgência do trabalho em fábricas de munições levou a condições de trabalho ruins. É reconhecido que as condições de
trabalho ruins têm um efeito significativo na produtividade assim como na saúde. O trabalho do “Comitê de Saúde dos Trabalhadores
de Munições” estabeleceu as bases para muitas práticas subsequentes em ergonomia, psicologia, bem-estar e regimes de trabalhos
em turnos. 1938/9 A American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH) e a American Industrial Hygiene Association
(AIHA) foram formadas. As primeiras organizações profissionais independentes para higienistas industriais/ocupacionais. Os números
de HI nos EUA crescem rapidamente durante a 2ª Guerra Mundial para auxiliar no esforço de guerra. 1980/90s A prática da higiene
ocupacional cresce amplamente nos EUA, Reino Unido, Países Baixos e Austrália com a legislação nesses países introduzida
especificamente para focar nos riscos químicos e físicos 2000s Sociedades de 25 países diferentes são membros da International
Occupational Hygiene Association (IOHA). A industrialização em países tais como a China e Índia aumentam a necessidade de Higiene
Ocupacional. Desenvolvimento de técnicas modelo para avaliar a exposição.
 
Objetivos da Higiene Laboral
A definição da American Industrial Hygiene Association — AIHA: “ciência que trata da antecipação, reconhecimento, avaliação e
controle dos riscos originados nos locais de trabalho e que podem prejudicar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, tendo em vista
também o possível impacto nas comunidades vizinhas e no meio ambiente.
O conceito preconizado por Olishifski: “aquela ciência e arte devotada à antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos
fatores de risco ou estresses ambientais originados no, ou a partir do, local de trabalho, os quais podem causar doenças, prejudicar a
saúde e o bem-estar ou causar significante desconforto sobre os trabalhadores ou entre os cidadãos de uma comunidade”.
A definição da American Conference of Governmental Industrial Hygienists — ACGIH: “ciência e arte do reconhecimento, avaliação e
controle de fatores ou tensões ambientais originados do, ou no, local de trabalho e que podem causar doenças, prejuízos para a saúde
e bem estar, desconforto e ineficiência significativos entre os trabalhadores ou entre os cidadãos da comunidade”.
A Higiene Ocupacional tem a finalidade de reconhecer, avaliar e controlar os fatores de riscos ambientais presentes no ambiente de
trabalho, levando- se em conta o meio ambiente e os recursos naturais.
            
Fisiologia Humana e Doenças Ocupacinais                            
O corpo humano é um organismo complexo que pode ser amplamente afetado por riscos químicos e físicos; o corpo também possui
muitas maneiras de regular a si mesmo quando exposto aos riscos. Para controlar os riscos para o corpo é necessário entender como
ele funciona e os tipos de danos que podem ocorrer como resultado da exposição.
A pele é a camada externa que cobre o corpo, também conhecida como epiderme. É o maior órgão do corpo e é formada por
múltiplas camadas de tecidos epiteliais e protege os músculos, ossos e órgãos internos subjacentes. Uma vez que a pele entra em
contato com o ambiente, ela tem um papel importante na proteção (do corpo) contra patógenos. A pele pode ser afetada por
agentes químicos, físicos e biológicos e os transtornos cutâneos são responsáveis por uma proporção substancial de doenças
industriais. Os tipos de efeitos podem ser classificados em: dermatite, dano físico, câncer, biológico ou outros efeitos.
 
Sistema Musculo Esquelético
O sistema músculo esquelético fornece forma, estabilidade e movimento ao corpo humano. Ele é formado por ossos do corpo, o
esqueleto, músculos, cartilagem, tendões, ligamentos e articulações. As funções primárias do sistema músculo esquelético incluem
suportar o corpo, permitir o movimento e proteger órgãos vitais.

Além de suporte, proteção, permitindo o movimento corporal, produzindo sangue para o corpo e armazenando minerais. Outra
função dos ossos é a armazenagem de certos minerais. Cálcio e fósforo estão entre os principais minerais armazenados. A importância
deste “dispositivo” de armazenagem ajuda a regular o equilíbrio mineral na corrente sanguínea. Esta capacidade de armazenagem
pode ser importante durante a exposição a substâncias perigosas. Por exemplo; chumbo é armazenado no sangue por longos
períodos após a exposição, este pode ser liberado de forma seletiva posteriormente e gera problemas com envenenamento por
chumbo no corpo, por exemplo, durante a gravidez.
 
Sistema Nervoso
O sistema nervoso é uma rede de células especializadas que comunicam informações sobre o ambiente dos nossos corpos e nós
mesmos. Ele processa estas informações e causa reações em outras partes do corpo. O sistema nervoso está dividido, grosso modo,
em duas categorias: o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico.
O sistema nervoso central (SNC) é a parte maior do sistema nervoso e inclui o cérebro e a medula espinhal.
O sistema nervoso periférico é um termo para as estruturas nervosas coletivas que não estão no SNC.
Toxinas industriais podem afetar o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) ou sistema nervoso periférico (nervos
motores e sensoriais) ou ambos e as condições resultantes dependem do local do ataque. O sistema nervoso é semelhante ao fígado
uma vez que agentes solúveis em gordura têm muito mais probabilidade de causar danos. Elas também podem cruzar a barreira
hematoencefálica. Danos no sistema nervoso central podem produzir narcose, psicose orgânica tóxica, epilepsia, Parkinsonismo e
alterações comportamentais.
Provavelmente, o efeito sobre o sistema nervoso central mais facilmente reconhecido é a perda aguda de consciência produzida por
agentes narcóticos tais como clorofórmio, tetracloreto de carbono e tricloroetileno (todos hidrocarbonetos halogenados solúveis em
gordura) e solventes tais como acetona, tolueno e dissulfeto de carbono. Descobriu-se que alterações comportamentais,
demonstradas por testes de inteligência, destreza e vigilância, resultam em níveis muito mais baixos que os normalmente aceitos
como seguros na exposição ao tricloroetileno, benzina, monóxido de carbono e cloreto de metileno.
 
Sistema Endócrino
O sistema endócrino é o nome coletivo dado a um sistema de pequenos órgãos que liberam moléculas sinalizadoras extracelulares
conhecidas como hormônios. O sistema endócrino é essencial para regular o metabolismo, crescimento, desenvolvimento,
puberdade e função dos tecidos. Também tem um papel importante na determinação de nosso humor.

Figura – Principais glândulas endócrinas (Masculinas à esquerda, femininas à direita) 1. Glândula pineal, 2. Glândula
pituitária, 3. Glândula tireoide, 4. Timo, 5. Glândula adrenal, 6. Pâncreas, 7. Ovário, 8. Testículo.
O sistema circulatório
O sistema circulatório move nutrientes, gases e resíduos de e para as células para ajudar a combater doenças e ajudar a estabilizar a
temperatura e o pH do corpo. Este sistema pode ser visto estritamente como uma rede de distribuição de sangue, mas algumas
pessoas podem considerar o sistema circulatório como composto pelo sistema cardiovascular, que distribui o sangue e o sistema
linfático, que distribui a linfa.
 
Sistema respiratório
A principal função do sistema respiratório é a troca de gases entre o ambiente externo e o sistema circulatório. Isto envolve retirar o
oxigênio do ar e levar para o sangue e liberar o dióxido de carbono (e outros resíduos gasosos) do sangue de volta para o ar.

O trato gastrointestinal
O trato gastrointestinal é o sistema usado pelo corpo para ingerir, quebrar e absorver nutrientes, assim como excretar resíduos.
Reconhecimento
Esta etapa consiste no reconhecimento dos agentes ambientais que afetem a saúde dos trabalhadores, o que implica o conhecimento
profundo dos produtos envolvidos no processo, dos métodos de trabalho, do fluxo do processo, do layout das instalações, do número
de trabalhadores expostos etc. Compreende também o planejamento da abordagem do ambiente a ser estudado, seleção dos
métodos de coleta, bem como dos equipamentos de avaliação.
 
Avaliação
A avaliação quantitativa e/ou qualitativa investiga os agentes físicos, químicos, biológicos existentes nos postos de trabalhos. Exigem-
se conhecimentos de avaliação, que consistem basicamente na calibração dos equipamentos, no tempo de coleta, no tipo de análise
química a ser feita. Essa etapa abrange dois ramos da Higiene Ocupacional:
Higiene de campo: é responsável pela realização do estudo da situação higiênica no ambiente de trabalho, pela análise de postos de
trabalho, pela detecção de contaminantes, pelo estudo e pela recomendação de medidas de controle para reduzir a intensidade ou a
concentração dos agentes a níveis aceitáveis, além da coleta de amostras e medições dos agentes.
Higiene analítica: realiza as análises químicas das amostras coletadas, bem como o cálculo e as interpretações dos dados levantados
no campo. Assim, por exemplo, uma amostra de poeira coletada
deverá ser analisada no Laboratório por difratometria de Raios X para determinação de sílica livre cristalizada.
Controle
De acordo com os dados obtidos nas fases anteriores, esta etapa consiste em propor e adotar medidas que visam à eliminação ou à
minimização do risco presente no ambiente.
O controle dos agentes ambientais consiste na adoção de medidas relativas ao ambiente e ao homem:
a) Medidas relativas ao ambiente ou medidas coletivas: são medidas aplicadas na fonte ou na trajetória, tais como substituição do
produto tóxico, isolamento das partes poluentes, ventilação local exaustora, ventilação geral diluidora, limpeza dos locais de trabalho,
entre outras.
Essa medida é prioritária.
b) Medidas administrativas: compreendem, entre outras, a limitação do tempo de exposição, os equipamentos de proteção
individual, a educação e o treinamento, os exames médicos (pré-admissional,
periódico e demissional).
c) EPI: Não sendo possível o controle coletivo ou administrativo ou enquanto essas medidas estiverem sendo implantadas ou, ainda,
como complemento de proteção adotada, deve-se utilizar o Equipamento de
Proteção Individual, adequado aos riscos.
d) Exames médicos: os exames médicos admissional, periódico, demissional, entre outros, avaliam a eficácia das medidas adotadas,
além de controlar a saúde dos trabalhadores expostos aos agentes
ambientais.
 
 10- Ruído

Conceito e Física do Ruido


Diariamente somos expostos a diversas fontes sonoras, que podem nos afetar de maneira positiva ou negativa. Sons da chuva ou de
músicas calmas trazem-nos alívio e sensação de descanso. Já o som de ambientes com muita conversa ou do tráfego intenso de
veículos gera em nós desconforto e estresse. As ondas sonoras desempenham papel muito importante em nosso cotidiano e
possuem características que podem nos auxiliar constantemente.
O som é uma onda mecânica (tipo de onda que precisa de um meio de propagação), tridimensional (propaga-se em todas as
direções) e longitudinal (o tipo de vibração que gera é paralela à sua propagação). A imagem abaixo representa o esquema de uma
onda sonora, mostrando-nos uma fonte sonora apontada para a direita, bem como as regiões de compressão e rarefação das
moléculas de ar, o que caracteriza as ondas sonoras como longitudinais.

Ruído é a mistura de sons ou tons, cujas freqüências diferem entre si por um valor inferior ao poder de discriminação de freqüência
do ouvido, ou seja, é qualquer sensação sonora considerada indesejável. o ruído é identificado por todos como “som indesejável”.
Contudo, som indesejável ainda não é suficiente para tal generalização; o que possa parecer indesejável para um, pode não o ser para
outros. Simplificando, som e ruído podem se diferenciar através de dois aspectos diferentes:
– o aspecto físico – denotado pelo “som”;
– o aspecto subjetivo – denotado pela reação do ouvinte para aquele mesmo som..
 
Som: Fenômeno acústico que consiste na propagação de ondas sonoras produzidas por um corpo que vibra em meio material
elástico. (especialmente o ar).
propriedades fisiológicas do som. O ouvido humano não consegue captar todas as frequências a que está exposto, mas existe um
intervalo de frequências audível para os seres humanos, que varia aproximadamente de, no mínimo, 20 Hz a, no máximo, 20.000 Hz.
Sons abaixo do mínimo percebido pelo sistema de audição humano são denominados de infrassons. Já os sons acima do máximo de
captação são chamados de ultrassons. A tabela abaixo mostra os valores do espectro das ondas sonoras, indicando os intervalos de
frequência para diferentes animais. Repare que sons que, por exemplo, são audíveis para os cães são considerados ultrassons  para os
humanos, isso porque estão além da capacidade de audição humana.

Tipos de Ruído
Segundo a NR 15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES, da Portaria 3.214/78 e a norma NHO 01 da FUNDACENTRO – Norma de
Avaliação Ocupacional de Ruído; o ruído contínuo ou intermitente é entendido como aquele que não é ruído de impacto.
O ruído de impacto, segundo o anexo 2 da NR 15, e a NHO 01, é aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a
1 segundo, a intervalos superiores a 1 segundo. Como exemplo de ruído de impacto, poderíamos citar uma prensa hidráulica que
efetue 40 golpes por minuto, ou seja, teríamos um golpe a cada 1,5 segundo.
Embora as normas mencionadas não diferenciem o ruído contínuo e o intermitente, existem bibliografias que identificam as
diferenças técnicas entre cada um:
Ruído contínuo: o NPS (Nível de Pressão Sonora) varia até 3 dB durante um período de observação maior que 15 minutos.
Ruído intermitente: o NPS (Nível de Pressão Sonora) possui variação maior ou igual a 3 dB em períodos de observação menores que
15 minutos e superiores a 0,2 segundos. (ASTETE, 1978)
De acordo com os anexos 1 e 2 da NR 15, para que possamos medir os níveis de ruído contínuo ou intermitente e de impacto, o
instrumento de medição deve estar operando nas seguintes condições:
Ruído contínuo ou intermitente: circuito de compensação “A” e circuito de resposta lenta (SLOW).
Ruídos de impacto: circuito linear e circuito de resposta para impacto, ou em caso de o equipamento não dispor de medidor de NPS
com circuito de resposta pra impacto, circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação “C”.
 
Equipamentos de Medição
O dosimetro de Ruído é a única maneira de monitorar com precisão a exposição de um indivíduo ao ruído. Eles registram todo os
dados de ruído para que, quando forem transmitidos a um computador, o histórico do ruído possa ser visualizado. Isso permite
analisar quando e onde ocorrem exposições a ruídos altos.
Resultados obtidos após avaliação de ruído

Decibelímetro
Medidor de Nível de Pressão Sonora (MNPS), também chamado de decibelímetro, é um equipamento utilizado para realizar a
medição dos níveis de pressão sonora em ambientes externos e internos. O nível de pressão sonora é uma grandeza que representa
razoavelmente bem a sensação auditiva de volume sonoro.

 
 

11- Ruídos II

Definições e abreviaturas
 
Critério de Referência (CR) Criterion level: Nível médio para o qual a exposição, por um período de 8 horas, corresponderá a
uma dose de 100%.
Dose: Parâmetro utilizado para a caracterização da exposição ocupacional ao ruído, expresso em porcentagem de energia
sonora, tendo por referência o valor máximo da energia sonora diária admitida, definida com base em parâmetros preestabelecidos
(q, CR, NLI).
Dose diária: dose referente a jornada diária de trabalho.
Grupo Homogêneo de Exposição (GHE): corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam exposições
semelhantes, de forma que o  resultado fornecido pela avaliação da exposição de parte do grupo seja representativo da exposição de
todos os trabalhadores que compõem o mesmo grupo.
Incremento e Duplicação de Dose (q) Exchange Rate (q ou ER): incremento em decibéis que quando adicionado a um
determinado nível, implica a duplicação da dose de exposição ou redução para a metade do tempo máximo permitido.
Limite de exposição (LE) Threshold limit Value (TLV): parâmetro de exposição ocupacional que representa condições sob as
quais acredita-se que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, sem sofrer efeitos adversos a sua capacidade
de ouvir e entender uma conversação normal.
Limite de Exposição Valor Teto (LE-VT) Threshold limit Value-Ceiling (TLV-C): corresponde ao valor máximo, acima do qual
não é permitida exposição em nenhum momento da jornada de trabalho.
Nível de Ação: Valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as
exposições ao ruído causem prejuizo à audição do trabalhador e evitar que o limite de exposição seja ultrapassado. 
Nível de exposição (NE): nível médio representativo da exposição ocupacional diária. 
Nível de exposição Normalizado (NEN): Nível de exposição, convertido para a jornada padrão de 8 horas diárias, para fins de
comparação com limite de exposição.
Nível de Equivalência (Neq) Equivalent Level (Leq): Nível médio baseado na equivalência de energia (Nível de pressão
sonora referente ao intervalo (T= t2-t1);
Nível limiar de Integração (NLI) Threshold Level (TL): nível de ruído a partir do qual os valores devem ser computados na
integração para fins de determinação de nível médio ou da dose de exposição.
Nível Médio (NM) Average level (Lavg): nível de ruído representativo da exposição ocupacional relativos ao período de
medição, que considera os diversos valores de níveis instantâneos ocorridos no período e os parâmetros de medição pretendidos. 
O TWA é a média ponderada do nível de pressão sonora no tempo avaliado. Significa que a intensidade de ruído foi
projetada para uma jornada padrão de 8 horas.
Circuitos de Compensação (ou Ponderação) A e C: O som, em geral, é formado por um conjunto de ondas de diferentes
frequências.
Os instrumentos de medição “separam” essas ondas, para que se possa determinar o quanto de energia está associada a
cada faixa de frequências.Isso precisa ser feito porque nossos ouvidos não têm a mesma sensibilidade para todas as faixas de
frequência.
Para tentar reproduzir a resposta do nosso ouvido, os medidores de nível sonoro têm filtros, usualmente chamados de
Curvas de Ponderação ou de Compensação, que podem ser do tipo A, B, C e D1.
 

 Para avaliar ruído contínuo ou intermitente, utilizamos a curva A, ou filtro A, que é o que tem a resposta mais próxima à do
ouvido. A curva C, por sua vez, é utilizada para avaliar ruído de impacto segundo o estabelecido no Anexo 2 da NR-15. Já a “escala”
linear, sem ponderação, é uma avaliação objetiva do ruído no local de trabalho, e serve para caracterizar uma fonte. A avaliação linear
é utilizada pela NHO-01 na avaliação do ruído de impacto.
Observe que a curva A amplifica (isto é, dá um peso maior) os tons com frequência entre 1000 e 6000 Hz,
aproximadamente. Por outro lado, na curva A os sons entre 20 e 1000 Hz são bastante atenuados, o que não ocorre na curva C.
Por isso faz diferença utilizar as curvas corretas e informar, no seu laudo, qual delas foi utilizada.
Se você utilizou a curva A, o resultado será em dB(A); se foi usada a curva C, a resposta será em dB(C). 
 
Configuração dos Aparelhos
1. Circuito de ponderação “A”
2. Circuito de resposta – lenta (Slow) ou rápida (Fast);
3. Critério de referência – 85 dB(A), que corresponde a dose de 100% para exposição de 8 horas.
4. Nível Limiar de Integração – 80 dB(A)
5. Faixa de Medição – 80 a 115 dB(A)
6. Incremento de duplicação de dose – 5 (q= 5 NR-15)
7. Indicação de ocorrências de Níveis superiores a 115 dB (A);

Limites de Tolerância
 
NORMA REGULAMENTADORA 15
ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
ANEXO I
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
 

Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados no Quadro deste anexo. Para
os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima exposição diária permissível relativa ao nível
imediatamente mais elevado. Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam
adequadamente protegidos.
Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser
considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a soma das seguintes frações:
                       C1 + C2 + C3 ____________________ + Cn
                       T1    T2     T3                                             Tn
exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância.
 
Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico, e Tn indica a máxima
exposição diária permissível a este nível, segundo o Quadro deste Anexo.
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115
dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente.

 
Prática com instrumentos
Os alunos deverão assistir a explicação contidas nas video aulas.
               
 
Metodologia de analise dos resultados    
Os resultados obtidos após a realização da avaliação quantitativa.
 
12-Ruído Ambiental

Legislação
 
As legislações aplicáveis a este procedimento são: NBR 10.151 – Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o
conforto da comunidade – Procedimento; NBR 10.152 - Acústica - Avaliação do ruído ambiente em recintos de edificações visando o
conforto dos usuários – Procedimento; Resolução CONAMA Nº 001/90 - Dispõe sobre a emissão de ruídos, em decorrência de
quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, determinando padrões, critérios e diretrizes;  Resolução CONAMA
nº 230/97 - Proíbe o uso de equipamentos que possam reduzir a eficácia do controle de emissão de ruídos e poluentes.
 
NBR 10.151 – Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o conforto da comunidade Esta Norma fixa as
condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído em comunidades, independente da existência de reclamações. Esta
Norma especifica um método para a medição de ruído, a aplicação de correções nos níveis medidos se o ruído apresentar
características especiais e uma comparação dos níveis corrigidos com um critério que leva em conta vários fatores.
 
O método de avaliação envolve as medições do nível de pressão sonora equivalente (LAeq), em decibels ponderados em "A",
comumente chamado dB(A).
 
Medição 
 
No levantamento de níveis de ruído deve-se medir externamente aos limites da propriedade que contém a fonte. Na
ocorrência de reclamações, as medições devem ser efetuadas nas condições e locais indicados pelo reclamante, devendo ser
atendidas as demais condições gerais. Em alguns casos, para se obter uma melhor avaliação do incômodo à comunidade, são
necessárias correções nos valores medidos dos níveis de pressão sonora, se o ruído apresentar características especiais. A aplicação
dessas correções, fornece o nível de pressão sonora corrigido ou simplesmente nível corrigido (Lc). Todos os valores medidos do nível
de pressão sonora devem ser aproximados ao valor inteiro mais próximo. Não devem ser efetuadas medições na existência de
interferências audíveis advindas de fenômenos da natureza (por exemplo: trovões, chuvas fortes etc.). O tempo de medição deve ser
escolhido de forma a permitir a caracterização do ruído em questão. A medição pode envolver uma única amostra ou uma seqüência
delas. Medições no exterior de edificações deve-se prevenir o efeito de ventos sobre o microfone com o uso de protetor, conforme
instruções do fabricante.  No exterior das edificações que contêm a fonte, as medições devem ser efetuadas em pontos afastados
aproximadamente 1,2 m do piso e pelo menos 2 m do limite da propriedade e de quaisquer outras superfícies refletoras, como
muros, paredes etc. Na impossibilidade de atender alguma destas recomendações, a descrição da situação medida deve constar no
relatório. No exterior da habitação do reclamante, as medições devem ser efetuadas em pontos afastados aproximadamente 1,2 m
do piso e pelo menos 2 m de quaisquer outras superfícies refletoras, como muros, paredes etc. Caso o reclamante indique algum
ponto de medição que não atenda, o valor medido neste ponto também deve constar no relatório. Medições no interior de
edificações As medições em ambientes internos devem ser efetuadas a uma distância de no mínimo 1 m de quaisquer superfícies,
como paredes, teto, pisos e móveis.
 
Os limites de horário para o período diurno e noturno da tabela 1 podem ser definidos pelas autoridades de acordo com os
hábitos da população. Porém, o período noturno não deve começar depois das 22 h e não deve terminar antes das 7 h do dia
seguinte. Se o dia seguinte for domingo ou feriado o término do período noturno não deve ser antes das 9 h.  O nível de critério de
avaliação NCA para ambientes internos é o nível indicado na tabela 1 com a correção de - 10 dB(A) para janela aberta e - 15 dB(A) para
janela fechada. 
 
Relatório das Analises
 
O relatório deve conter as seguintes informações: 

    a) marca, tipo ou classe e número de série de todos os equipamentos de medição utilizados;


 
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS.
Decibelímetro – (Medidor de Nível de Pressão Sonora).
 Marca/Modelo: Instrutherm / DEC-460 
 Tipo: 2.
 Nº de Série: 12050525
 Data e Nº do Certificado de Calibração: 17.11.2015 – 73.559.
Calibrador Acústico.
 Marca/Modelo: Instrutherm / CAL - 300
 Tipo: 2.
 Nº de Série: N235769
 Data e Nº do Certificado de Calibração: 04.11.2016 -  81.778.
Nota: Segue cópia dos certificados em anexo. 
 

b) data e número do último certificado de calibração de cada equipamento de medição;


c) desenho esquemático e/ou descrição detalhada dos pontos da medição;
 

d) horário e duração das medições do ruído; 


 
PERÍODOS DO DIA
Diurno: 07h01min – 18h
Noturno: 18h01 min – 06h59min.

 
e) nível de pressão sonora corrigido Lc, indicando as correções aplicadas; 
f) nível de ruído ambiente; 
g) valor do nível de critério de avaliação (NCA) aplicado para a área e o horário da medição; 
h) referência a esta Norma.
 
Medidas de Controle
Nos casos em que ocorrer resultados superiores ao que determina a legislação, estes deverão ser indicados na conclusão do relátório
e informado a empresa as medidas cabiveis de atenuação do mesmo.
 
Exemplo:
Após a realização das referidas avaliações de ruído diurno e noturno, constatamos que a empresa XXXX, encontra-se com o nível
de pressão sonora ACIMA dos limites de tolerância, no ponto de medição 03 (residência) durante o turno noturno; nos demais
pontos a empresa está enquadrada nos parâmetros que a legislação determina. 
 
Sejam elas abafadores de ruido, silenciadores de descargas industriais, barreiras físicas, adequação de horários, manutenção corretiva
e preventiva de equipamentos e etc.
 
13- Calor - Conceitos

Conceitos
Calor
Energia térmica que passa de um corpo com maior temperatura para outro com menor temperatura.
 

De acordo com a NR- 15 ANEXO 3 Limites de tolerância para exposição ao calor, diz que: O objetivo deste Anexo é
estabelecer critério para caracterizar as atividades ou operações insalubres decorrentes da exposição ocupacional ao calor em
ambientes fechados ou ambientes com fonte artificial de calor. 
 
1.
2.
1.1.1 Este Anexo não se aplica a atividades ocupacionais realizadas a céu aberto sem fonte artificial de calor.

A avaliação quantitativa do calor deverá ser realizada com base na metodologia e procedimentos descritos na Norma de
Higiene Ocupacional NHO 06 (2ª edição - 2017) da FUNDACENTRO nos seguintes aspectos: 
 
a) determinação de sobrecarga térmica por meio do índice IBUTG - Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo; 
b) equipamentos de medição e formas de montagem, posicionamento e procedimentos de uso dos mesmos nos locais
avaliados;
c) procedimentos quanto à conduta do avaliador; 
d) medições e cálculos. 
 
Transmissão de CALOR 
 
Fontes de calor: Todo elemento capaz de produzir aumento de temperatura em outro corpo é uma fonte de calor. Como
exemplo, podemos citar a chama de um fogão, forno, lareira etc.
 
Transmissão de calor: Existem três maneiras possíveis para que ocorra a transmissão de calor:
 
Limites de tolerância
NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
ANEXO III
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR
 
A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo"  
 
IBUTG definido pelas equações que se seguem:
 
Ambientes internos ou externos sem carga solar:
 
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
 
Ambientes externos com carga solar:
 
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
onde:
tbn = temperatura de bulbo úmido natural
tg = temperatura de globo
tbs = temperatura de bulbo seco.
 
2. Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo e termômetro
de mercúrio comum.
 
3. As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida.
Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no próprio local de
prestação de serviço.
 
 
1. Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido no Quadro N.º 1.
 

2. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais.
 
3. A determinação do tipo de atividade (Leve, Moderada ou Pesada) é feita consultando-se o Quadro n.º 3.
 
Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com período de descanso em outro local (local de
descanso).
 
1. Para os fins deste item, considera-se como local de descanso ambiente termicamente mais ameno, com o trabalhador em repouso
ou exercendo atividade leve.
 
2. Os limites de tolerância são dados segundo o Quadro n.º 2.
 

Onde: M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela seguinte fórmula:
 
M = Mt x Tt + Md x Td
                  60
Sendo:
Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho.
Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho.
Md - taxa de metabolismo no local de descanso.
Td - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso.
IBUTG é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora, determinado pela seguinte fórmula:
 
IBUTG = IBUTGt x Tt + IBUTGd xTd
                               60
Sendo:
IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho.
IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso.
Tt e Td = como anteriormente definidos.
Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho, sendo Tt + Td = 60 minutos corridos.
 
3. As taxas de metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando-se o Quadro n.º 3.
 
4. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais.
 

Técnicas de Monitoramento               
 
Para realizar o planejamento das medições, é necessário conhecer o ambiente de trabalho e as atividades realizadas pelos
trabalhadores expostos ao calor, com o objetivo de definir a taxa metabólica correspondente à atividade. A taxa metabólica será
definida a partir desta observação.
 
Identificar o tempo de cada medição que será realizada, a coleta e o período em que ela ocorrerá, deve-se considerar a pior
condição, ou seja, a mais prejudicial ao trabalhador na soma das informações de temperatura e atividades realizadas. O tempo
mínimo de medição deve ser de 60 minutos, porém, se não for possível definir um período de pior exposição, deve-se considerar um
período maior de coleta, ou até mesmo toda a jornada diária de trabalho. Também é necessário definir os pontos de medição, ou seja,
as fontes de calor existentes que expõem o trabalhador ao agente, e quantas pessoas estão expostas à mesma situação de risco, para
identificar se será realizada a medição com apenas um trabalhador que representam as atividades típicas da função ou, se não for
possível fazer esta constatação, deve-se fazer a coleta com todos os trabalhadores.
 
Elaborar uma planilha para coleta das informações da medição de calor contendo:  grupo homogêneo de exposição,
referência para taxa metabólica, taxa metabólica definida, data da medição, hora de início e fim da medição, tempo de coleta,
definição do período de coleta de temperatura de cada termômetro (por exemplo 3 medições, ocorrendo uma medição no primeiro
minuto, outra aos 30 minutos e outra aos 60 minutos), número de funcionários expostos ao agente, número de funcionários em que
serão feitas as medições, pontos de medição, descrição de cada uma das tarefas realizadas pelo trabalhador no ponto de medição,
tempo de trabalho neste ponto de medição (deve ser cronometrado o tempo que o trabalhador utiliza para realizar a atividade
enquanto está exposto ao calor da fonte medida), tempo de cada tarefa realizada pelo trabalhador neste ponto de medição
(cronometrar), temperatura do termômetro de globo, temperatura do termômetro de bulbo seco (se não houver carga solar direta,
não será necessário coletar esta informação), temperatura do termômetro de bulbo úmido, condições climáticas, características do
ambiente de trabalho (descrição física do posto de trabalho).

14- Calor - Prática

Características
O medidor de stress térmico conta com novidades como sensor de nível de água destilada do termômetro de bulbo úmido,
sensor de inclinação além de permitir medição simultânea de até três unidades térmicas. Desenvolvido com as mais atuais tecnologias
disponíveis, é pequeno, ergonômico e pesa pouco mais de 400 gramas. Sua bateria de Li-Ion permite duração de até 48h de avaliação.
ideal para avaliações em campo e está em plena conformidade com a nova NHO 06 de 2017. 
 
Gabinete emborrachado (resistente a arranhões), Normas atendidas: NR-15 Atividades e operações Insalubres, NHO-06 
Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor. 
 
Características técnicas
Display gráfico de cristal líquido com iluminação, Escalas: -20 a 150 °C, Precisão: ± 0.5 °C, Resolução: 0,1 °C, Temperatura de
operação: -20 a 100 °C, Umidade de operação: 0 a 85 %, Leituras em graus Celcius (°C) ou Fahrenheit (°F), Display configurável para
português, inglês ou espanhol, Datalogger: 512 kb de memória, Fornecimento de relatórios em listas e gráficos, Alta resistência a
EMI/RFI, Alimentação: Bateria recarregável 3,7 V e 1800 mAh, Indicação do percentual de bateria (0 a 100 %), Autonomia da bateria:
48h, Carregador: Bivolt com conexão USB, Dimensões: 220 x 140 x 40 mm, Peso: 350g.
 

Um trabalhador fica exposto junto a uma caldeira. Feita a avaliação no local de trabalho obteve-se os seguintes dados:
• 10 minutos carregando a lenha (atividade pesada).
• 05 minutos remexendo a lenha (atividade pesada).
• 15 minutos descansando em uma mesa observando (atividade leve).
 
Sabendo que esse ciclo se repete até o fim da jornada de trabalho, verifique se há insalubridade. Na avaliação da exposição,
tivemos a informação de que as temperaturas são:
 
• No local de trabalho: tbn = 32°C e tg = 47°C
• No local de descanso: tbn = 27°C e tg = 28°C
 
Solução
Note que para este exercício o somatório dos tempos das atividades é de 30 minutos. Como na avaliação do calor o estudo
deve ser feito com base em 60 minutos e ainda, temos a informação de que o ciclo se repete, devemos considerar dois ciclos para
resultar em 60 minutos de jornada. Ou seja, teremos para a avaliação os tempos:
• 20 minutos carregando a lenha (atividade pesada).
• 10 minutos remexendo a lenha (atividade pesada).
• 30 minutos descansando em uma mesa observando (atividade leve).
 
Para resolver este exemplo, vamos considerar que as atividades pesadas se classificam no Quadro 7.6 como “Trabalho
intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (exemplo: remoção com pá)”, com taxa metabólica de 440 kcal/h e na atividade
leve, como “sentado, em repouso”. Com isso, podemos calcular a taxa metabólica média ponderada para 60 minutos.
 
Recomendações e Medidas de Controle               
 
Cada risco reconhecido irá demandar um tipo de recomendação, em se tratando de sobrecarga térmica e carga metabólica,
se faz necessário aplicar medidas que impliquem em equalizar a relação trabalho versus desgaste físico, para tanto sugerimos sempre
adoção de medidas coletivas que de uma forma mais ampla seja aplicado a todos funcionários envolvidos na atividade de risco,
atualmente podemos contar com várias ações que colaboram para melhoria dos ambientes de trabalho, seja instalação de
ventiladores e exaustores, climatizadores, coifas, ante sala de ambientação e etc; Se tratando de medidas administrativas podemos
considerar como medida eficaz,  o uso de rotatividade das equipes, turnos de trabalho reduzidos; e em último caso o uso de
Equipamentos de Proteção Individual (EPI), Roupas reflexivas, aventais, perneiras, braceletes, luvas, capacetes, balaclava, protetor
facial e etc.
 

 
 a) Redução da taxa de metabolismo
 
Reduzir a taxa de metabolismo gerada pelo trabalhador, adotando formas de minimizar o esforço físico realizado por ele. A
adoção de equipamentos de auxílio como pontes rolantes para movimentar cargas, esteiras, ou até mesmo a completa
automatização do processo, pode evitar o aumento da temperatura corporal do executante.
 
 b) Movimentação do ar no ambiente
 
Adoção de aparelhos de ar condicionado para resfriar o ar do ambiente, além de climatizadores e ventiladores para reduzir a
temperatura do local. Mesmo abertura de janelas, fazendo uso da ventilação natural. Estes métodos funcionam, pois reduzem as
trocas de calor entre o corpo humano e o ambiente. Falamos sobre aqui.
 
c) Utilização de barreiras que protejam das fontes de calor radiante
 
A utilização de barreiras para refletir (alumínio polido, aço inoxidável) ou absorver (ferro ou aço oxidável) os raios
infravermelhos. Colocação de películas em portas e/ou janelas de vidro, como nos carros, minimizam a incidência de calor radiante.
 
Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho
 
As medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho são aquelas aplicadas na forma como a atividade é realizada, ou
seja, na gestão dos colaboradores ou dos métodos de trabalho. É importante observar se o funcionário está aclimatado, se há uma
limitação do seu tempo de exposição ao agente, se este tem se hidratado com a frequência correta e mesmo se o colaborador
recebeu treinamento prévio antes de efetuar suas funções.
 
 a) Aclimatização
A aclimatização basicamente é uma adaptação fisiológica do organismo a um ambiente quente. Isto é fundamental na prevenção dos
riscos decorrentes da exposição ao calor excessivo.
Quando o funcionário se expõe a alto calor pela primeira vez, ocorre um aumento significativo da temperatura corporal, dos
batimentos cardíacos e há baixa sudorese.
Após o período de 3 a 5 dias, o corpo começa a aclimatar, e há uma redução no desconforto do trabalhador, assim como uma queda
da temperatura corporal e do ritmo cardíaco, e a sudorese aumenta. A aclimatização será completa, em média, com duas semanas. A
perda de sal devido à sudorese também é menor em trabalhadores aclimatados. O processo de aclimatização completo leva em torno
de 2 a 3 semanas.
 
Caso o trabalhador se ausente do seu local de atividade, por aproximadamente 3 semanas, a aclimatização será totalmente perdida, e
o processo deverá ser reiniciado de forma gradual.
 
 b) Hidratação
 
Embora não muito efetiva se aplicada de forma individual, a correta hidratação é indispensável como medida paliativa. Um
profissional exposto a calor excessivo deve ingerir uma maior quantidade de água e sal, de forma a compensar a perda de água e
cloreto de sódio devido à sudorese intensa.
 
É importante salientar que a ingestão de água e sal pelos funcionários deve ser feita com orientação médica.
O treinamento dos trabalhadores tem como objetivo primário evitar que eles se esforcem mais que o necessário e que permaneçam
próximo à fonte de calor por um período demasiadamente grande.
O funcionário deve ser treinado e orientado quanto à correta utilização dos equipamentos de segurança e mesmo sobre os efeitos
causados pela exposição contínua ao calor intenso.
 
 
 
ATIVIDADE EXTRA
1) Saiba mais: 

Leitura da reportagem: http://sintramcat.com.br/capa/lenoticia.asp?ID=2416 


 

2) Análise do caso:
Leitura da reportagem: http://sintramcat.com.br/capa/lenoticia.asp?ID=2416 
 
O calor excessivo no ambiente de trabalho
Técnico em segurança do Sintramcat fala sobre os efeitos do calor excessivo aos trabalhadores
 
Trabalhadores em fundições, siderúrgicas, barracões, armazéns – para citar apenas algumas indústrias – enfrentam,
frequentemente, condições adversas de calor, que representam certos perigos para a sua segurança e saúde.
 
Pensando nisso, o técnico em segurança no trabalho do Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral
de Catanduva (Sintramcat), Agezeandro Antônio Martins, elaborou um estudo sobre as consequências das altas temperaturas no
organismo e medidas que podem ajudar na recuperação da saúde do trabalhador.
 
 
 

15- Frio
Legislação
 
NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
ANEXO N.º 9 - FRIO
1. As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que
exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção
realizada no local de trabalho.
CLT - Decreto Lei nº 5.452 de 01 de Maio de 1943
Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.
 
Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do
ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será
assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo.
 
Parágrafo único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o que for inferior, nas primeira, segunda e
terceira zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho, Industria e Comercio, a 15º (quinze graus), na quarta zona a 12º
(doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a 10º (dez graus).

29.3.16 Locais frigorificados.

29.3.16.1 Nos locais frigorificados é proibido o uso de máquinas e equipamentos movidos a combustão interna.

29.3.16.2 A jornada de trabalho em locais frigorificados deve obedecer a seguinte tabela:

Tabela 1
Em concordância com ACGIH (2016), não deve ser permitida a exposição contínua da pele exposta, quando a temperatura e
a velocidade do ar resultam em uma temperatura equivalente de -32ºC. O congelamento dos tecidos superficiais ou profundos só
ocorrerá à temperatura abaixo de -1ºC, independente da velocidade do vento.
 
Quando a temperatura for de 2°C ou menos, é substancial propiciar no mesmo instante, a troca de vestimentas e tratamento
para hipotermia, aos trabalhadores que ficaram com as roupas molhadas (ACGIH, 2016).
 

O corpo humano precisa manter sua temperatura e para isso possui mecanismos que cuidam do seu equilíbrio térmico.
Quando o corpo produz muito calor ou o ambiente está muito quente, ele produz reações para resfriar sua temperatura. Quando o
ambiente está muito frio, ele produz reações para reter o calor do organismo.
 
Se a pessoa for submetida a essa situação constantemente, haverá um desgaste do organismo para manter esse equilíbrio
térmico acarretando problemas de saúde.
 
A NR 15 tem por objetivo verificar se a temperatura do ambiente de trabalho é prejudicial a saúde e através do anexo 9,
quais medidas podem ser tomadas para amenizar frio excessivo e se for o caso, determinar o grau de insalubridade de sua atividade.
 
O que o excesso de frio pode causar?
 
Quando o corpo é exposto ao excesso de frio e o mesmo não consegue manter a temperatura do organismo, pode ocorrer
uma série de reações:
 
- HIPOTERMIA: Algumas reações químicas e processos biológicos doo nosso corpo só ocorrem em uma determinada faixa de
temperatura. Por isso que ao ser exposto ao excesso de frio, se o corpo não conseguir gerar calor suficiente para se proteger e manter
sua temperatura, o organismo entra em colapso, havendo inclusive o risco de morte.
 

- ULCERAÇÕES: a exposição a temperatura abaixo do ponto de congelamento provoca lesões na pele, a qual apresenta
manchas brancas ou amarelo acinzentado, surgimento de dor e formação de bolhas.
 
- FROSTBITE: a exposição a temperaturas abaixo de -2ºC provoca lesões principalmente nas extremidades do corpo devido a
intensa vasoconstrição periférica e a deposição de microcristais nos tecidos.
 
- ENREGELAMENTO de membros: quando a temperatura do tecido cai abaixo de 0ºC devido a exposição ao frio intenso ou
ao contato com objetos extremamente frios, pode ocorrer uma lesão nos vasos sanguíneos, interrompendo a circulação no tecido
afetado. Se o enregelamento for leve ocorre uma infecção na pele, mas se for grave pode gangrenar o tecido.
 
 
COMO AMENIZAR OS RISCOS?
- Disponibilizando EPI´s (Equipamentos de Proteção Individual) adequados para cada situação,
- Seguindo as orientações quanto ao tempo de exposição e tempo de descanso, e
- Adotando medidas no ambiente de trabalho para amenizar a temperatura.

 
Medição 
 
AVALIAÇÃO DO FRIO
 
A gravidade da exposição ocupacional ao frio deve levar em consideração a temperatura do ar, a velocidade do vento e a
atividade. A velocidade do ar proporciona um agravamento significativo na exposição a baixas temperaturas.
 
Se a temperatura interior do corpo baixar de 36°C, ocorrerá redução das atividades fisiológicas, diminuição da taxa
metabólica, queda de pressão arterial e a consequente queda dos batimentos cardíacos, podendo-se chegar a um estado de
sonolência, redução da atividade mental, redução da capacidade de tomar decisões,perda da consciência, coma e até a morte.
Geralmente essas ocorrências predominam em empresas, como indústrias alimentícias, indústrias farmacológicas, frigoríficos com
atividades frequentes em câmaras.
 
São medidas de controle para atenuar a exposição ao frio, à utilização de vestimentas adequadas, a aclimatação e o controle
médico. Protegemos o corpo para evitar que perdermos nosso calor para o meio, mas não somos eficientes em aquecer o ar que
respiramos, mantendo uma perda calórica, a recuperação térmica deve ser reposta com ciclos de trabalho locais frios e locais
aquecidos. É recomendado ao trabalhador desse segmento, adotar uma alimentação especial, contendo um elevado teor calórico
para que assim, o corpo produza mais calor e se mantenha funcionando na temperatura correta.
 
O anexo 9 da NR 15 não é muito clara em detalhes, mas diz que é insalubre o trabalho no interior de câmaras frigoríficas ou
similares. O texto também salienta que a insalubridade é dada para o trabalho que é realizado sem a proteção adequada, a sua
caracterização depende de um laudo de inspeção do local de trabalho em que o perito deverá determinar se a proteção do
trabalhador é adequada. Se durante uma perícia verificar-se que o trabalhador está com o corpo bem protegido para o frio e que os
procedimentos de climatização do funcionário, a administração do tempo de exposição ao frio e a sua recuperação térmica, estão
sendo aplicados e controlados, a insalubridade não deve ser caracterizada.

 
TÉCNICAS DE MONITORAMENTO
 
Avaliar quando um ambiente é considerado frio para o efeito da aplicação da NR 15 é primeiro passo, inicia-se com a análise
da temperatura do ambiente e velocidade do ar.
 
Para avaliação da temperatura do ar, utiliza-se um termômetro de bulbo seco comum onde à medida é em graus célsius com
graduação negativa suficiente para a temperatura utilizada (preferencialmente -50°C). A velocidade do vento deve ser medida por
meio de anemômetros, que devem medir na escala de quilômetro por hora (km/h).
 
Na mesma etapa, também é realizado a avaliação do isolamento da roupa protetora. Quanto maior for à velocidade do
vento e menor a temperatura do local de trabalho, maior deverá ser o isolamento da roupa protetora, e menor o tempo no qual o
trabalhador pode ficar exposto.
 
Em seguida, é realizada a análise simplificada dos dados obtidos na avaliação da temperatura e da velocidade do ar, caso não
forem excedidos o risco do processo de trabalho é considerado baixo risco e recomendando-se que continue o trabalho com
monitoramento das condições.
 
Medidas de Controle
A NR 6 relaciona os equipamentos necessários segundo o Anexo 1 – Lista de Equipamentos de Proteção Individual EPIs para riscos de
origem térmica ou frio, conforme tabela 3 prevê os seguintes equipamentos:
 
Tabela 3 – Equipamentos de Proteção para riscos de origem térmica ou frio
Exemplo:
 
ATIVIDADE EXTRA
1) Saiba mais: 
Leitura da reportagem: https://trt4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/463908249/recurso-ordinario-ro-200244320145040383 
 
 
2) Análise do caso:

 
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções. 
 
16- Riscos Físicos - Umidade
Conceito
A umidade do ar é um elemento atmosférico que exerce influências sobre as temperaturas, as chuvas, a sensação térmica e
até mesmo sobre a nossa saúde. A umidade do ar ou atmosférica é a quantidade de água existente no ar na forma de vapor.
Sentimos bem mais facilidade de respirar e a sensação de bem estar toma conta do corpo.
A umidade pode ser benéfica ou maléfica para nosso corpo, tudo dependerá de como ela está presente no ambiente em
maior ou menor quantidade e de como nos expomos a ela.
 
LOCAIS COM MAIS INCIDÊNCIA DE UMIDADE
Lavanderias: Nas lavanderias a umidade sempre está presente de forma bem evidente. Lembro que quando trabalhei em
lavanderia hospitalar não era raro ficar bem molhado e ter que trocar de roupa.
Em lavanderias hospitalares a umidade está presente tanto na área suja quanto na limpa.
Lava á Jato: E nesse segmento ainda temos o agravante dos produtos químicos que são usados na lavagem e muitos entram
em contato direto com a pele.
Frigoríficos: Juntamente com o frio a umidade é um dos grandes riscos dos frigoríficos.
Cozinhas: Na parte de lavagem de panelas e outros a umidade que é uma solução para a limpeza se torna um risco a mais
para a segurança.
 
Legislação
NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
ANEXO X
UMIDADE
 
1. As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir
danos à saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de
trabalho.

Leia este artigo: http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/professora-de-natacao-infantil-recebera-


adicional-de-insalubridade-em-grau-medio?redirect=http%3A%2F%2Fwww.tst.jus.br%2Fnoticias%3Fp_p_id
%3D101_INSTANCE_89Dk%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3Dcolumn-
2%26p_p_col_count%3D2%26_101_INSTANCE_89Dk_advancedSearch%3Dfalse%26_101_INSTANCE_89Dk_keywords%3D
%26_101_INSTANCE_89Dk_delta%3D10%26_101_INSTANCE_89Dk_cur%3D3%26_101_INSTANCE_89Dk_andOperator%3Dtrue
 

RISCOS
Nas funções de higienização/lavagem de roupas, panelas, com água ou solução a umidade está sempre presente. A pessoa
que passa muito tempo molhada pode ficar resfriada ou até mesmo sofrer com os efeitos do frio;
Quando a umidade está em ambientes impróprios pode se tornar um problema. O lado bom desse risco é que quase sempre
é fácil visualizá-lo. É comum que construções antigas sofram com infiltrações nas paredes, pisos e tetos, ás vezes até em casa
isso acontece. Manchas nas paredes, mau cheiro, lodo e mofo são alguns dos efeitos que podemos verificar em ambientes
úmidos que não foram criados para isso.
Umidade de esgoto: A umidade trazida pelo esgoto é outro item muito grave. Ela trás consigo vários riscos biológicos que
podem trazer consigo inúmeras doenças.
 
FORMAS DE PENETRAÇÃO
Cutânea: A umidade em si não entra pela pele, no entanto, no caso de contato com algum tipo de umidade contaminada o
risco do agente agressivo passar pelos poros é real.
 
Respiratória: Quando o líquido é aquecido ele evapora tornando-se uma camada de água dispersa no ar. Quando esse
líquido carrega consigo agentes nocivos sejam eles químicos ou biológicos é necessário entrar com a proteção adequada.
 
MEDIDAS PREVENTIVAS
Avaliação: O primeiro passo para prevenção é sempre o reconhecimento do risco. A avaliação do risco depende das
necessidades do ambiente.
EPC – Equipamento de Proteção Coletiva: Barreiras de contenção ou proteção podem ser criadas para evitar que o
trabalhador tenha contato com a umidade.
Administrativas: Em alguns locais o excesso de umidade é fruto da falta de luz solar e arejamento do ambiente. Em
ambientes assim, a simples ação de prover formas de proporcionar a entrada de luz solar e circulação de ar no ambiente
pode ser a solução. Em ambientes onde não for possível prover iluminação solar e circulação de ar natural, a colocação de
exaustores e ar condicionado pode resolver o problema.
É preciso estar atento às tubulações para perceber possíveis vazamentos e infiltrações nas edificações. Infiltrações além de
doenças podem causar danos severos à estrutura da edificação.
EPI – Equipamento de Proteção Individual: O uso de EPI para evitar contato direto com a umidade é muito pode ser muito
eficiente se os EPI forem escolhidos com critério. Luvas de PVC, botas, aventais de 
PVC, roupas de PVC são ótimos exemplos de EPI usados para limitar o contato com umidade. No caso de motociclista deve
ser acrescentado capacete, esse além de proteção contra impactos protegerá contra a umidade proveniente da chuva.
 
GRAU DE INSALUBRIDADE
É um agente caracterizado em grau médio, com o percentual de 20% a ser pago sobre o salário mínimo.
Atividade Extra
1.    Saiba mais:
Leitura da reportagem: https://tst.jusbrasil.com.br/noticias/112175138/vigia-que-vivia-com-pes-encharcados-em-
campo-de-golfe-ganha-insalubridade-por-umidade
 
2. Análise do caso:
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.

17- Vibração

Conceito
Vibração é a oscilação mecânica de um objeto sobre um ponto de equilíbrio. As oscilações podem ser regulares, como o movimento
de um pêndulo, ou aleatórias, como o movimento de um pneu em uma estrada de cascalho. O estudo dos efeitos da vibração na
saúde exige medições das "ondas de pressão" globais que são geradas por equipamentos de vibração ou estrutura. A vibração entra
no corpo pelo órgão em contato com o equipamento de vibração. Quando um trabalhador opera equipamento portátil, como uma
motosserra ou britadeira, a vibração afeta mãos e braços. Tal exposição é chamada de exposição de mão-braço à vibração. Quando
um trabalhador se senta ou fica em pé em um piso ou assento que vibra, a exposição à vibração afeta quase todo o corpo e é
chamada exposição de corpo inteiro à vibração.

Legislação
NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
ANEXO VIII
VIBRAÇÕES
 
1.1. Estabelecer critérios para caracterização da condição de trabalho insalubre decorrente da exposição às Vibrações de Mãos e
Braços (VMB) e Vibrações de Corpo Inteiro (VCI).
2.2. Caracteriza-se a condição insalubre caso sejam superados quaisquer dos limites de exposição ocupacional diária a VCI:
a) valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 1,1 m/s2;
b) valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s1,75.
2.2.1. Para fins de caracterização da condição insalubre, o empregador deve comprovar a avaliação dos dois parâmetros acima
descritos.
 
NR 9 - NORMA REGULAMENTADORA 9
PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
ANEXO I - Vibração
 
1. Objetivos
1.1. Definir critérios para prevenção de doenças e distúrbios decorrentes da exposição ocupacional às Vibrações em Mãos e Braços -
VMB e às Vibrações de Corpo Inteiro - VCI, no âmbito do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
2. Disposições Gerais
2.1. Os empregadores devem adotar medidas de prevenção e controle da exposição às vibrações mecânicas que possam afetar a
segurança e a saúde dos trabalhadores, eliminando o risco ou, onde comprovadamente não houver tecnologia disponível, reduzindo-
o aos menores níveis possíveis.
2.1.1. No processo de eliminação ou redução dos riscos relacionados à exposição às vibrações mecânicas devem ser considerados,
entre outros fatores, os esforços físicos e aspectos posturais.
2.2. O empregador deve comprovar, no âmbito das ações de manutenção preventiva e corretiva de veículos, máquinas,
equipamentos e ferramentas, a adoção de medidas efetivas que visem o controle e a redução da exposição a vibrações.
2.3. As ferramentas manuais vibratórias que produzam acelerações superiores a 2,5 m/s2 nas mãos dos operadores devem informar
junto às suas especificações técnicas a vibração emitida pelas mesmas, indicando as normas de ensaio que foram utilizadas para a
medição.
 
3. Avaliação Preliminar da Exposição
3.1. Deve ser realizada avaliação preliminar da exposição às VMB e VCI, no contexto do reconhecimento e da avaliação dos riscos,
considerando-se também os seguintes aspectos:
a) ambientes de trabalho, processos, operações e condições de exposição;
b) características das máquinas, veículos, ferramentas ou equipamentos de trabalho;
c) informações fornecidas por fabricantes sobre os níveis de vibração gerados por ferramentas, veículos, máquinas ou equipamentos
envolvidos na exposição,
d) quando disponíveis;
d) condições de uso e estado de conservação de veículos, máquinas, equipamentos e ferramentas, incluindo componentes ou
dispositivos de isolamento e amortecimento que interfiram na exposição de operadores ou condutores;
e) características da superfície de circulação, cargas transportadas e velocidades de operação, no caso de VCI;
f) estimativa de tempo efetivo de exposição diária;
g) constatação de condições específicas de trabalho que possam contribuir para o agravamento dos efeitos decorrentes da exposição;
h) esforços físicos e aspectos posturais;
i) dados de exposição ocupacional existentes;
j) informações ou registros relacionados a queixas e antecedentes médicos relacionados aos trabalhadores expostos.
3.2. Os resultados da avaliação preliminar devem subsidiar a adoção de medidas preventivas e corretivas, sem prejuízo de outras
medidas previstas nas demais NR.
3.3. Se a avaliação preliminar não for suficiente para permitir a tomada de decisão quanto à necessidade de implantação de medidas
preventivas e corretivas, deve-se proceder à avaliação quantitativa.
 
4. Avaliação Quantitativa da Exposição
4.1. A avaliação quantitativa deve ser representativa da exposição, abrangendo aspectos organizacionais e ambientais que envolvam o
trabalhador no exercício de suas funções.
4.1.1. Os procedimentos de avaliação quantitativa para VCI e VMB, a serem adotados no âmbito deste anexo, são aqueles
estabelecidos nas Normas de Higiene Ocupacional publicadas pela FUNDACENTRO.
4.2. Avaliação quantitativa da exposição dos trabalhadores às VMB
4.2.1. A avaliação da exposição ocupacional à vibração em mãos e braços deve ser feita utilizando-se sistemas de medição que
permitam a obtenção da aceleração resultante de exposição normalizada (aren), parâmetro representativo da exposição diária do
trabalhador.
 
4.2.2. O nível de ação para a avaliação da exposição ocupacional diária à vibração em mãos e braços corresponde a um valor de
aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 2,5 m/s2.
 
4.2.3. O limite de exposição ocupacional diária à vibração em mãos e braços corresponde a um valor de aceleração resultante de
exposição normalizada (aren) de 5 m/s2. 
4.2.4. As situações de exposição ocupacional superior ao nível de ação, independentemente do uso de equipamentos de proteção
individual, implicam
obrigatória adoção de medidas de caráter preventivo, sem prejuízo do disposto no item 9.3.5.1 da NR9.
4.2.5. As situações de exposição ocupacional superior ao limite de exposição, independentemente do uso de equipamentos de
proteção individual, implicam obrigatória adoção de medidas de caráter corretivo, sem prejuízo do disposto no item 9.3.5.1 da NR9.
 
4.3. Avaliação quantitativa da exposição dos trabalhadores às VCI
4.3.1. A avaliação da exposição ocupacional à vibração de corpo inteiro deve ser feita utilizando-se sistemas de medição que permitam
a determinação da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) e do valor da dose de vibração resultante (VDVR),
parâmetros representativos da exposição diária do trabalhador.
 
4.3.2. O nível de ação para a avaliação da exposição ocupacional diária à vibração de corpo inteiro corresponde a um valor da
aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 0,5m/s2, ou ao valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 9,1m/s
1,75.
 
4.3.3. O limite de exposição ocupacional diária à vibração de corpo inteiro corresponde ao: valor da aceleração resultante de
exposição normalizada (aren) de 1,1 m/s2; ou valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s1,75.
4.3.3.1. Para fins de caracterização da exposição, o empregador deve comprovar a avaliação dos dois parâmetros acima descritos.
4.3.4. As situações de exposição ocupacional superiores ao nível de ação implicam obrigatória adoção de medidas de caráter
preventivo, sem prejuízo do disposto no item 9.3.5.1 da NR9.
4.3.5. As situações de exposição ocupacional superiores ao limite de exposição ocupacional implicam obrigatória adoção de medidas
de caráter corretivo, sem prejuízo do disposto no item 9.3.5.1 da NR9.
 
Meios de Transmissão
Vibração de mão-braço é a vibração mecânica que, quando transmitida ao sistema mão-braço, pode resultar em enfermidade
vascular, nas articulações, neurológica, muscular ou em ossos.
Vibração de corpo inteiro é a vibração mecânica que, quando transmitida a todo o corpo pode resultar em morbidade na região
lombar e trauma na coluna vertebral.

Síndrome dos dedos brancos induzida por vibração (VWF) é a condição mais comum entre os operadores de ferramentas manuais
vibratórias. Vibração pode causar alterações em tendões, músculos, ossos e articulações, e pode afetar o sistema nervoso.
Coletivamente, esses efeitos são conhecidos como Síndrome da Vibração da Mão-Braço (HAVS). Os sintomas da VWF são agravados
quando as mãos estão expostas ao frio. Trabalhadores afetados pela HAVS comumente reportam:
1. Ataques de branqueamento de um ou mais dedos quando expostos ao frio.
2. Formigamento e perda de sensibilidade nos dedos.
3. Perda de toque leve.
4. Dor e sensações de frio entre os ataques de dedos brancos periódicos.
5. Perda de força de pressão.
6. Cistos ósseos nos dedos e pulsos.
 
Monitoramento
Após o conhecimento das definições básicas estabelecidas por essa norma, para início dos trabalhos de avaliação é necessário
conhecer os eixos de medição das vibrações, ou seja, um sistema de coordenadas espaciais, ortogonal, onde são apresentadas as
direções das vibrações que vão servir de referência para
analisar as vibrações transmitidas em cada direção convertidas em sinais elétricos pelo acelerômetro.
Todos estes eixos, em cada posição, indicam sempre para a mesma direção, sendo atribuídos os seguintes sentidos:
• O eixo “z” aponta no sentido dos pés a cabeça.
• O eixo “x” aponta das costas para o peito.
• O eixo “y” aponta da direita para a esquerda.
Eixos de medição de vibrações
Na avaliação são utilizados para verificação com limites de tolerância, os valores de aceleração resultante normalizado, que depende
da influência da aceleração resultante e do tempo de exposição (ambos da jornada diária) e o valor da dose de vibração resultante da
exposição que seja representativo da exposição diária de trabalho, determinadas para os três eixos (“x”, “y” e “z”).
Exposição ocupacional a vibrações de mão e braço
Para avaliar a exposição a vibrações de mãos e braços você deve sob a visão prevencionista estudar a NHO VIB/VMB ou NHO 10, cuja
aplicação deve-se a qualquer situação onde se tenha a exposição do trabalhador com o contato das mãos e dos seus braços com a
parte vibratória de um equipamento ao qual se tenha que usar os punhos.

Sistema de coordenadas para avaliação de vibrações de mãos e braços


Você tem a disposição como está organizada a localização do sistema de coordenadas para análise de vibração de mãos e braços com
visualização elaborada pela FUNDACENTRO.
Conforme você notou acima, o sistema de coordenadas para a análise em mãos e braços é diferente comparado ao que você viu para
o corpo inteiro.
A origem deste sistema é posicionada sobre o objeto que vai ser segurado pelo trabalhador e abaixo do início dos dedos, embaixo do
dedo médio. O eixo de medição “z” é considerado a sua direção, horizontal, a partir das mãos para frente. O eixo “y” é considerado a
direção horizontal, assim como o “z”, porém, apontando do lado direito para o esquerdo. Já o eixo “x” tem direção vertical, apontando
de cima para baixo.

Dosímetros
Acelerômetro
Recomendações e Medidas de Controle
As principais medidas de controle de risco das vibrações na indústria passam, então, por:
Medidas de controle de risco das vibrações adoção de medidas administrativas, que têm como objetivo a diminuição do tempo diário
de exposição às vibrações e incluem ações de organização do trabalho – como o estabelecimento de pausas no trabalho e rotação dos
postos de trabalho;
Normalmente consegue-se diminuir a intensidade da vibração na fabricação das ferramentas ou na sua instalação (fase de projeto).
pelo isolamento de vibrações. O uso de isolantes de vibração, tais como molas ou elementos elásticos nos apoios das máquinas;
massas de inércia; plataformas isoladas do solo; anéis absorventes de vibração nos punhos das ferramentas; assentos montados sobre
suportes elásticos.
Outras medidas de controle de risco das vibrações são possíveis. Se não for possível reduzir, como medida de prevenção suplementar,
a vibração transmitida ao trabalhador deve-se recorrer a uso de equipamentos de produção individual (EPIs) – como luvas, cintos,
botas – que isolam a transmissão de vibrações.
Os trabalhadores deverão ser sensibilizados sobre a forma correta de uso do EPI e deverão estabelecer um programa de manutenção
e substituição dos mesmos.
 
Atividade Extra
1.    Saiba mais:
 
Leitura da reportagem: https://www.conjur.com.br/2018-out-12/exposicao-vibracao-gera-adicional-insalubridade-motorista
 
2. Análise do caso:
 
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.

18- Radiações - Radiações Ionizante

Conceito
Ondas eletromagnéticas são produzidas pelo movimento de partículas eletricamente carregadas. Estas ondas são também chamadas
de "radiação eletromagnética", porque irradiam a partir de partículas eletricamente carregadas. Elas viajam através do espaço vazio,
bem como através do ar e podem penetrar em algumas outras substâncias. Ondas de rádio, micro-ondas, luz visível e raios X são
exemplos de ondas eletromagnéticas.
A intensidade (mW/cm2) é expressa em termos da quantidade de energia incidente sobre uma unidade de área. Esta intensidade
varia inversamente como o quadrado da distância da fonte. O espectro eletromagnético cobre uma ampla gama de frequências.
Termos tais como luz visível, micro-ondas e infravermelho são usados para descrever as diferentes partes do espectro.

O espectro eletromagnético pode ser dividido em dois em um comprimento de onda de aproximadamente 10nm, que distingue a
RADIAÇÃO NÃO-IONIZANTE da RADIAÇÃO IONIZANTE. A luz visível, infravermelha e as micro-ondas são tipos de radiação não-
ionizante. Os raios X e os raios Gama são exemplos de radiação não-ionizante. A distinção entre radiação não-ionizante e radiação
ionizante é simplesmente uma distinção da energia associada. Para a região ionizante do espectro eletromagnético, a energia
incidente sobre um material é grande o suficiente para remover um elétron de uma órbita atômica a fim de produzir ionização,
considerando que para a região não-ionizante a energia não é normalmente suficiente para produzir pares de íons.
 
Legislação
NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
(Anexos IV e V)
ANEXO N.º 4
(Anexo IV revogado pela Portaria MTPS n.º 3.751/1990)
ANEXO N.º 5
 
RADIAÇÕES IONIZANTES
Nas atividades ou operações onde trabalhadores possam ser expostos a radiações ionizantes, os limites de tolerância, os princípios, as
obrigações e controles básicos para a proteção do homem e do seu meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos causados pela
radiação ionizante, são os constantes da Norma CNEN-NN-3.01: Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica", de março de 2014,
aprovada pela Resolução CNEN nº 164/2014, ou daquela que venha a substituí-la. (Redação dada pela Portaria MTB 1.084/2018)
Nas atividades ou operações onde trabalhadores possam ser expostos a radiações ionizantes, os limites de tolerância, os princípios, as
obrigações e controles básicos para a proteção do homem e do seu meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos causados pela 
radiação  ionizante,  são  os  constantes  da  Norma  CNEN-NE-3.01:  "Diretrizes  Básicas  de Radioproteção", de julho de 1988,
aprovada, em caráter experimental, pela Resolução CNEN n.º  12/88, ou daquela que venha a substituí-la. (Parágrafo dado pela
Portaria n.º 04/1994)
A radiação ionizante refere-se a partículas de radiação ou radiação eletromagnética as quais possuem energia suficiente para afetar
átomos diretamente, ou seja, ‘ionizá-los’, ou seja, para criar partículas carregadas ou “íons”, quando eles interagem com a matéria. Há
cinco tipos diferentes de radiação, a saber: alfa (α), beta (β), nêutrons (n), Os três primeiros tipos dessas partículas e os últimos são
exemplos de radiação eletromagnética. Os detalhes são fornecidos na Tabela abaixo.
 

Radiação externa e interna


Ao discutir os aspectos de exposição à radiação ionizante e o controle de qualquer risco para a saúde, é importante distinguir entre
radiação externa e radiação interna.
Um risco de radiação externa é aquele de fontes de radiação fora do corpo de energia suficiente para penetrar as camadas externas
da pele. Um resumo dos efeitos da exposição, princípios de controle e tipos de monitoramento está estabelecido abaixo:
Os efeitos da exposição externa podem ser resumidos como:
 
α  Perigo mínimo
β  Pele e olhos em risco
YX Corpo inteiro em risco (radiação penetrante)
 
Um risco de radiação interna surge quando o corpo é contaminado com um isótopo radioativo. A presença de material radioativo no
corpo é frequentemente um problema mais sério do que a exposição à radiação externa, uma vez que o material radioativo:
1. Está em contato íntimo com os tecidos e órgãos do corpo (lembre-se da lei da inversão do quadrado)
2. Não pode ser removido ou protegido (irradia-se pelo corpo 168 horas /semana).
A entrada no corpo pode ocorrer através de inalação, ingestão, ou absorção pela pele. Nessa situação, os efeitos de exposição são:
 
α Perigo muito sério
β Perigo sério
YX normalmente não-aplicável
 
Efeitos biológicos da radiação ionizante.
A exposição do tecido vivo à radiação ionizante resulta em dano às células componentes. Tal dano por radiação pode ser útil para a
humanidade (assim como no tratamento de câncer sob condições controladas cuidadosamente), mas sob a maioria das condições
deve ser evitado o máximo possível. Os possíveis efeitos estão resumidos na tabela abaixo.

Meios de Transmissão

Usos da radiação
Industrial
1.  Medidores – radiação (α, β, Х, nêutrons) pode ser utilizada para medir a espessura, densidade nível de umidade.
2. Radiografia Industrial – verificação da integridade de soldas (У, Х).
3. Técnicas Analíticas Laboratoriais – deflação do raio X e fluorescência
4. Rastreadores – Radionuclídeos são utilizados na determinação do resultado, testes de desgaste, investigações do
reservatório de água e óleo.
 
Médico
1. Raios X diagnósticos
2. Exames médicos por imagem – radionuclídeos são algumas vezes utilizados como marcadores.
Tratamento de câncer – que utiliza radionuclídeos para destruir tumores
 
Monitoramento
Medição da radiação
As medições da radiação podem ser empreendidas em uma série de formas distintas para medir diferentes coisas.
Radiação emitida: Os contadores Geiger e contadores de cintilação podem ser utilizados para medir os níveis de radiação de fontes
particulares.

Frequentemente os dispositivos são específicos para o tipo de radiação que está sendo medida.
Dose de radiação: Diversos dispositivos podem ser utilizados para medir a dose pessoal. É importante diferenciar entre a dose interna
(aquela que uma pessoa assimila em seu corpo por meio de rotas tais como a respiração) e a dose externa (recebida simplesmente
em virtude de estar em um ambiente onde a radiação esteja presente).
A dose externa pode ser medida utilizando-se uma gama de dosímetros. Os dosímetros de câmara de íons lembram canetas, e
podem ser presos às roupas de uma pessoa. Os dosímetros em crachás de película envolvem uma parte de filme fotográfico que
ficará exposto à medida que a radiação passar por ele.
A medição da dose interna envolve o uso de bombas de amostragem que coletam o material radioativo a ser medido para radiação.

Tabela de limites de tolerância


Recomendações e Medidas de Controle
Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se tome:
1. Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo protetor para operação em solda), enclausuramento
da fonte de radiação (ex: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-x).
2. Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex: avental, luva, perneira e mangote de raspa para
soldador, óculos para operadores de forno).
3. Medida administrativa: (ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-x).
4. Medida médica: exames periódicos.
 
Atividade Extra
1. Saiba mais:
Leitura da reportagem: https://tst.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/1124480358/arr-201586820135040007/inteiro-teor-
1124480556
2.  Análise do caso:
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.

19- Radiações - Radiações Não Ionizantes

Conceito
A radiação não ionizante é uma modalidade de radiação de baixa frequência e baixa energia, também denominada de campo
eletromagnético, que se propaga através de uma onda eletromagnética, constituída por um campo elétrico e um campo magnético,
podendo ser provenientes de fontes naturais e não naturais.
Legislação
NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
ANEXO VII
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES
 
1. Para os efeitos desta norma, são radiações não ionizantes as micro-ondas, ultravioletas e laser.
2. As operações ou atividades que exponham os trabalhadores às radiações não ionizantes, sem a proteção adequada, serão
consideradas insalubres, em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
3. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores às radiações da luz negra (ultravioleta na faixa - 400- 320 nanômetros)
não serão consideradas insalubres.
 
Os dois principais subtipos de campos eletromagnéticos são:
Eletromagnéticos de frequência extremamente baixa: Ondas de rádio - oriundos da rede elétrica e dos equipamentos elétricos e
eletrônicos
Radiofrequência/micro-ondas: Telefones celulares e sem fio, antenas de telefonia celular instaladas nos aparelhos móveis e nas torres,
radares e transmissões de rádio e TV, luz elétrica, torres de transmissão e distribuição elétrica, fiação elétrica em construções,
equipamentos que emitem radiação infravermelha, redes Wi-Fi.
 
Meios de Transmissão
 
No trabalho:
Os trabalhadores podem ser expostos a campos eletromagnéticos de frequência extremamente baixa, se trabalharem próximos de
sistemas elétricos que utilizam grandes potências como geradores ou cabos de força, variando conforme a potência do campo
eletromagnético, da distância do trabalhador em relação à fonte e do tempo de exposição. As maiores exposições ocorrem entre os
soldadores e eletricistas.
Trabalhadores que se expõem à trabalhos ao ar livre estão sob risco de ter um câncer de pele pela exposição à radiação solar. O dano
à pele é permanente e aumenta com a frequência e intensidade da exposição. As ocupações com especial risco em função da
natureza do trabalho são: trabalhadores da construção civil, agricultores, salva-vidas, policiais de trânsito, carteiros, jardineiros,
treinadores e educadores físicos de atividades ao ar livre, motoristas de transportes coletivos ou de carga, pescadores e outras
ocupações com atividades ao ar livre.
 
Ambiental:
Todos nós somos expostos a radiação não ionizantes, sejam elas por meio de fontes naturais ou produzidas pelo homem.
A radiação solar (exposição natural à radiação UV) pode atingir as pessoas diretamente, dispersas em céu aberto e refletidas no
ambiente. Assim, mesmo que uma pessoa esteja na sombra, ainda pode estar bastante exposta à radiação UV através da claridade
natural. Também alguns pisos e superfícies são bastante refletores da radiação UV, inclusive pintura branca, de cores claras e
superfícies metálicas. Essas superfícies podem refletir a radiação UV na pele e nos olhos.
Radiação solar é a energia emitida pelo sol na forma de radiação eletromagnética não ionizante e é a principal fonte de exposição
humana à radiação ultravioleta (UV).
O nível de radiação solar que atinge a superfície da Terra varia de acordo com alguns fatores ambientais, tais como altura do sol,
apresentando maior intensidade nos horários entre dez da manhã e quatro da tarde; a latitude, pois quanto mais próximo à linha do
equador, mais elevados são os níveis de radiação UV; céu encoberto por nuvens, poluição atmosférica, névoas ou neblinas, que
reduzem os níveis de radiação UV; altitude elevada, onde há menor filtração da radiação UV; e ozônio, que absorve alguma
quantidade de radiação UV.
 
Principais efeitos à saúde
A exposição aos campos não ionizantes não são um fenômeno recente, embora a exposição não natural tenha aumentado no século
XXI em função das demandas por eletricidade, aprimoramento tecnológico e mudanças no comportamento social. Quanto maior a
intensidade do campo magnético externo maior a circulação de corrente no interior do corpo humano. Tanto os campos elétricos
como magnéticos podem, quando suficientemente intensos, produzir estimulação em nervos e músculos ou afetar outros processos
biológicos.
As evidências sugerem que a exposição crônica à radiação não ionizante de baixa frequência e fontes de campos eletromagnéticos de
frequência extremamente baixa pode aumentar o risco de câncer em crianças e adultos.
A reação mais comum da pele após exposição aos raios solares é o eritema, também chamado de queimadura solar. A pele e os olhos
são as principais áreas de risco à saúde decorrentes da exposição à radiação.
Uma pessoa que se expõe muito ao sol, especialmente durante a infância, tem o risco aumentado de desenvolver câncer de pele. A
exposição ao sol faz com que as camadas exteriores da pele engrossem e, em longo prazo, podem causar enrugamento e
enrijecimento da pele. Nos olhos podem causar ceratites, conjuntivites e cataratas.
A exposição solar é a principal causa de câncer de pele.  Os carcinomas espinocelular e basocelular representam os tipos mais
frequentes de câncer de pele. O melanoma de pele contribui para a maioria das mortes por câncer de pele devido a sua tendência a
produzir metástases.
 
Medidas de controle
As medidas de proteção dos trabalhadores incluem controles físicos e administrativos, programas de proteção individual e vigilância
médica. Medidas de controle devem ser adotadas para manter os níveis de exposição dos trabalhadores dentro das normas
estabelecidas. Medidas administrativas de limitação de acesso e sinais de alerta devem ser utilizados juntamente com controle físico.
A melhor estratégia para reduzir a exposição natural à radiação UV é evitar o sol no meio do dia, quando a intensidade de radiação é
maior.
Políticas públicas para diminuir a exposição dos trabalhadores à radiação solar são necessárias para criar e manter ambientes seguros
em relação a este tipo de exposição. Ações de educação em saúde em escolas, entre profissionais expostos ao sol durante o exercício
das suas atividades, serviços de saúde, campanhas de saúde por meio da grande mídia e unificação dos protocolos de abordagem
destes tumores pelos profissionais de saúde são de muita importância para a prevenção destas doenças.
A maior parte dos cânceres de pele podem ser tratados com sucesso se diagnosticados precocemente. É importante se familiarizar
com a aparência habitual de sua pele para que mudanças possam ser notadas rapidamente. O aparecimento ou a mudança no
formato, cor ou tamanho de manchas ou sinais devem passar por uma avaliação médica.
 
Atividade Extra
1.    Saiba mais:
Leitura da reportagem: https://trf-4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/1123082447/recurso-civel-50007238820204047014-pr-
5000723-8820204047014/inteiro-teor-1123082665
 
2. Análise do caso:
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.

20- Riscos Químicos - Introdução

Conceito
Agentes químicos
Têm-se como agentes químicos as substâncias, os compostos ou os produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória
ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por
ingestão. Esses agentes são:  Poeiras; Fumos; Névoas;  Neblinas; Gases ou vapores.
São substâncias ou produtos químicos: podem se apresentar de diversas formas no meio ambiente, tais como: particulados ou
aerodispersóides, gases, vapores, névoas e neblinas, podendo produzir intoxicações, alterações e reações morfofisiológicas causando
doenças cancerígenas e mutagênicas e levar o trabalhador à morte ou incapacidade laboral.
A legislação brasileira apresenta uma definição para os agentes químicos: a NR 09 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(1978b) considera-os como [...] as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas
formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade da exposição, possam ter contato ou
ser absorvidos pelo organismo através da pele ou ingestão. (BRASIL/NR 09, 1978b).
 
Classificação dos agentes químicos
No estudo da química, você pode encontrar inúmeras maneiras de classificar as substâncias químicas ou agentes químicos presentes
no ar atmosférico. No entanto, quando nos referimos ao estudo da higiene ocupacional, estes são classificados de acordo com o seu
estado físico, como os aerodispersóides, gases e vapores.

Os aerodispersóides são definidos como partículas sólidas ou líquidas que podem estar em suspensão no ar atmosférico.
Gases

Além dos aerodispersoides (particulado sólido ou líquido), podemos ter também contaminantes na fase gasosa.Se esse contaminante,
em condições normais, já estaria no estado gasoso, ele é considerado um gás. Contudo, se o contaminante é um líquido em condições
normais, sua fase gasosa será chamada de vapor. De acordo com suas propriedades químicas, os gases e vapores podem ser
classificados, resumidamente, como orgânicos, ácidos, alcalinos e inertes.
 
Sistema Respiratório
É o conjunto de órgãos que controlam a entrada, filtragem, aquecimento, umidificação e saída do ar. A função do sistema respiratório
é trocar os gases envolvidos no processo de respiração celular, logo tem como função captar oxigênio atmosférico e liberar o CO2
produzido no organismo para o meio ambiente. Esse processo de troca gasosa entre sistema respiratório e o sangue é denominado
hematose. O processo respiratório é fundamental no fornecimento do oxigênio para todas as células do corpo humano para a
manutenção da vida.
Além disso, o sistema respiratório conta com outras defesas: os pelos nasais, os cílios (pelos microscópicos distribuídos pelo trato
respiratório), o muco (substâncias viscosa, presente no trato respiratório, que retém as impurezas e as expelem pela tosse) e os
macrófagos (células pulmonares capturam e eliminam germes e algumas impurezas).
 
Os órgãos que compõem o sistema respiratório são: fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos, pulmões
e diafragma.

Fossas nasais – são duas cavidades que iniciam nas narinas e terminam na faringe. Suas funções são filtrar, umedecer e aquecer o ar
que entra no sistema respiratório. Os pelos no interior do nariz retém as partículas que entram junto com o ar. É composto de células
ciliadas e produtoras de muco. Nesta região,
a mucosa é bem irrigada e aquece o ar inalado.
Faringe – é uma estrutura que conduz o ar e alimentos. O ar vai para a laringe O alimento vai para o esôfago. A laringe possui forma de
tubo e é constituída de cartilagem e músculos, por onde o ar passa a caminho dos pulmões.
A epiglote é uma estrutura que tapa a laringe, não permitindo passagem de comida para os pulmões.
Traqueia – se constitui por anéis de cartilagem, sua subdivisão dá origem aos dois brônquios que penetram no pulmão.
Pulmão – é o órgão principal do sistema respiratório. Os pulmões localizam-se na cavidade torácica e são envolvidos por uma
membrana denominada pleura. Os pulmões são compostos de brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares.
Brônquios – são formados pela divisão da traqueia, entram nos pulmões e ali sofrem inúmeras bifurcações, formando os bronquíolos.
Bronquíolos – são pequenos canais de ar que vão se bifurcando sucessivamente em bronquíolos menores, terminando em pequenas
dilatações denominadas alvéolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória.
Alvéolos – são pequenos sacos que ficam no final dos menores bronquíolos.
Diafragma – é um órgão músculo-membranoso que divide o tórax do abdômen. Durante a respiração, faz um movimento para baixo,
aumentado a área dos pulmões na inspiração.
 
Formas de Penetração no Organismo
Via respiratória
Como o volume de ar inalado pelo trabalhador é muito grande e porque a grande maioria dos contaminantes químicos está disperso
no ambiente na forma de poeiras, gases e vapores a via respiratória é a mais importante via de penetração dos agentes químicos no
organismo humano.
Você poderá observar mais adiante que os Limites de Tolerância (LT) apresentados para agentes químicos levam em consideração a
concentração desses agentes no ambiente (ppm e mg/m3), exatamente por ser o ingresso por via respiratória o mais importante.
 
Via percutânea (pele)
A pele se constitui em uma excelente barreira para o ingresso de substâncias químicas, entretanto algumas têm a capacidade de agir
na superfície da pele produzindo irritações, outras podem se combinar com proteínas da pele provocando um efeito chamado de
sensibilização e outras podem ainda se difundir através da pele atingindo o sangue e produzirem efeitos tóxicos mais importantes.
Como os limites de tolerância levam em consideração apenas a absorção por via respiratória, devemos tomar todas as precauções
possíveis com tais produtos, pois o fato de apresentarem concentrações abaixo do LT, não garante que o trabalhador esteja protegido.
No Anexo 11 da NR 15 essa propriedade dos produtos químicos é indicada através de um sinal (+) e vai implicar que medidas para
evitar o contato com a pele devem ser adotadas para todas as substâncias que apresentarem essa indicação.
 
Via digestiva (ingestão)
E uma via secundaria de ingresso no organismo humano normalmente ocorrendo de forma acidental, pois dificilmente alguém ingere
um produto químico voluntariamente. A ingestão de um agente químico muitas vezes ocorre por maus hábitos alimentares (não lavar
as mãos antes das refeições, ou antes de fumar, por exemplo) ou quando uma parte do produto inalado se deposita no trato
respiratório podendo ser deglutida ingressando no trato digestivo.
 
Atividade Extra
1.    Saiba mais:
Assista o vídeo: https://youtu.be/K3xaLXnQykk
2. Análise do caso:
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.
 

21- Classificação de Contaminantes

Contaminantes do Ar
Os gases que fazem parte da composição do ar são em sua maioria o oxigênio e o nitrogênio. O ar é composto também por gás
carbônico, gases nobres e vapor de água. O ar atmosférico é constituído por uma mistura de diversos gases, como o nitrogênio,
oxigênio, gás carbônico e gases nobres. São substâncias ou produtos químicos: podem se apresentar de diversas formas no meio
ambiente, tais como: particulados ou aerodispersóides, gases, vapores, névoas e neblinas, podendo produzir intoxicações, alterações e
reações morfofisiológicas causando doenças cancerígenas e mutagênicas e levar o trabalhador à morte ou incapacidade laboral.

Componentes variáveis do ar
Vapor d’água – O vapor d’água é proveniente da evaporação das águas dos oceanos, rios e lagos pelo calor solar, e sua quantidade
presente no ar atmosférico varia de acordo com a temperatura, a região do planeta, a estação do ano, entre outros fatores. Alguns
fenômenos importantes à vida se devem ao vapor d’água, como a formação das nuvens, a chuva e a neve.
Fuligem – a fuligem é um material espesso formada por átomos de carbono ligados desordenadamente, e é resultante da combustão
incompleta de compostos orgânicos, como, por exemplo, combustíveis fósseis, tabaco, madeira, entre outros. Tal substância pode
causar danos à saúde humana, em especial, problemas respiratórios.

Poeira – também conhecida como pó, a poeira consiste num conjunto de partículas sólidas lançadas no ar por meio de ventos,
demolições, erosão do solo, desgastes de materiais. Os grãos de pólen, fiapos de algodão, lã, poeira de carvão, pó de rocha e pó de
materiais de construção são alguns exemplos de poeira.
Aerodispersóides – Poeiras
Os tipos de poeiras mais perigosos são aquelas partículas muito pequenas, quase invisíveis. Pois, esse tipo de poeira pode ser inalado e
se instalam na região alveolar, onde ocorre as trocas gasosas do nosso corpo. Assim, essas poeiras respiráveis se tornam prejudiciais,
pois diferente da poeira normal, o nosso corpo não possui meios de defesa contra elas.

Nanomateriais: Este tipo de partícula é extremamente perigosa, pois podem ser absorvidos na corrente sanguínea através da pela e
também pela membranas pulmonares, através da respiração. Inegavelmente, é uma partícula considerada perigosa independente da
sua composição.
Poeiras tóxicas: Normalmente, esse tipo de poeira é produzida quando se trabalha com substâncias tóxicas. Para exemplificar,
podemos citar substâncias como o mercúrio, chumbo, crómio e entre outros. Caso seja inspirada, pode danificar os pulmões e entrar
na corrente sanguínea, assim irá se espalhar por todo o corpo.
Poeiras incomodativas: Este tipo de poeira pode ser produzida pelo manuseio de materiais como farinha, açúcar, cimento, grãos de
café e chá, entre outros. De certa forma, não é uma poeira prejudicial. Entretanto, em forma concentrada e grandes quantidades
pode se tornar prejudicial.
Poeiras inflamáveis: As poeiras inflamáveis deslocam-se pelo ar e podem se tornar inflamáveis subitamente, a partir de uma faísca ou
fogo. Raramente iremos nos deparar com esse tipo de poeira.
Poeiras inaláveis e respiráveis
Decerto, a diferenciação entre poeira inalável e respirável tem como critério o tamanho da sua partícula. A partícula inalável é capaz de
penetrar o nariz e a boca, entretanto ela é retida nas passagens nasais e vias aéreas superiores. Ou seja, o corpo humano possui uma
defesa contra essa poeira natural.
Já a poeira respirável, representa um perigo para os humanos, uma vez que por ter um tamanho extremamente pequeno, ultrapassa
as vias aéreas e se aloja na região alveolar, indo além dos brônquios. Existindo um perigo maior, pois o organismo não tem um meio
de defesa contra esse tipo de partícula.
Aerodispersóides – Névoas e Neblinas
A névoa é uma suspensão de partículas líquidas formadas pela ruptura mecânica de líquidos. O exemplo mais comum de névoa é
aquele formado nas operações de pintura com pistola. Já a neblina é a suspensão de partículas líquidas formadas pela condensação
do vapor de uma substância que é líquida na temperatura normal.

Gases e Vapores
Além dos aerodispersoides (particulado sólido ou líquido), podemos ter também contaminantes na fase gasosa.
Se esse contaminante, em condições normais, já estaria no estado gasoso, estamos diante de um gás.
De acordo com suas propriedades químicas, os gases e vapores podem ser classificados, resumidamente, como orgânicos, ácidos,
alcalinos e inertes.
Aerodispersóides – Fumos Metálicos e Fibras

Fumos - Em processos de soldagem há fusão, união, de dois metais devido ao aquecimento em alta temperatura. Nesses casos, são
gerados aerodispersóides, chamados de fumos metálicos, devido ao processo térmico seguido de oxidação. Isso ocorre da seguinte
forma: o metal até então sólido, passa para o estado líquido, uma parte é volatizada e seguidamente solidificada ao encontrar com o
ar a uma menor temperatura.
Fibras - são partículas sólidas produzidas por rompimento mecânico com característica física de um formato alongado. Exemplo:
amianto.
O asbesto ou amianto é uma fibra mineral, encontrada naturalmente na crosta terrestre, do grupo dos silicatos hidratados, flexível,
praticamente indestrutível, altamente resistente ao calor e conhecido desde a antigüidade. Os gregos usavam como mecha das tochas
dos templos e na produção de cerâmicas.
Atividade Extra
1. Saiba mais: 
Leitura da reportagem:
 
 
2.  Análise do caso:
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.
 
 

22- Classificação Fisiológica

Substâncias Incomodas e Fibrogênicas


Fibrogênicas – alteram a estrutura celular dos alvéolos restringindo a capacidade de troca de oxigênio. Exemplos: sílica cristalina,
amianto, berílio, ferro e algodão.
Pneumoconioses Não-fibrogênicas
Definição: doença pulmonar causada pela exposição a poeiras com baixo potencial fibrogênico, também conhecida como
pneumoconiose por poeira inerte.
Exemplos: siderose, baritose, estanose, pneumoconiose por carvão vegetal, rocha fosfática.
Ocupações de risco: soldadores de arco elétrico, trabalhadores expostos a carvão vegetal (produção, armazenamento e uso
industrial), trabalhadores de rocha fosfática, mineração e ensacamento de bário e estanho.
 
Pneumoconioses Fibrogênicas
1.    Silicose crônica
Definição: pneumoconiose causada pela inalação de sílica livre cristalina que se manifesta após longo período de exposição,
habitualmente superior a dez anos, caracterizada por fibrose progressiva do parênquima pulmonar.
Ocupações de risco: indústria extrativa mineral: mineração subterrânea e de superfície.
 
•      Beneficiamento de minerais: corte de pedras; britagem; moagem; lapidação.
•      Indústria de transformação: cerâmicas; fundições que utilizam areia no processo; vidro.
•      Abrasivos; marmorarias; corte e polimento de granito; cosméticos.
•      Indústria da construção: perfuração de túneis, polimento de fachadas, assentamento de pisos, corte de pedras.
•      Atividades mistas: protéticos; cavadores de poços; artistas plásticos; operações de jateamento com areia.
Substâncias Irritantes  

Irritantes – irritam, inflamam e ulceram o trato respiratório. Exemplos: névoas ácidas ou alcalinas.
 
Uma vasta gama de substâncias pode ser irritante para a pele, mas normalmente insere-se num dos seguintes grupos:
 
Óleos minerais: Todos os tipos de óleo, incluindo o diesel e outros óleos combustíveis, podem causar uma irritação da pele, embora
alguns sejam mais suscetíveis de causar danos do que outros. Os óleos causam uma forma de dermatite conhecida como «acne dos
óleos», que resulta em borbulhas ou comedões na pele onde os poros se bloquearam e ocorreu uma infeção séptica. Normalmente a
acne dos óleos afeta apenas as zonas que tenham estado em contato direto quer com óleo quer com vestuário oleoso.
 
Substâncias químicas: Algumas substâncias químicas, em especial bases particularmente fortes e alguns ácidos, penetram a pele e
formam úlceras ou «orifícios», cuja cura é lenta. Incluem-se neste grupo:
Os explosivos; alguns inseticidas; o ácido crómico; os naftalenos e difenilos clorados; os cromatos;
Os bicromatos; os sais de níquel; os aceleradores de vulcanização da borracha; os compostos de mercúrio;
o formaldeído, um irritante cutâneo particularmente forte, que pode produzir uma forma grave de dermatite.
 
Produtoras de febre – produzem calafrios e febre. Exemplos: fumos de cobre e zinco.
 
Febre dos fumos metálicos (febre dos fumos metálicos) é uma doença ocupacional aguda, inalação processo de aquecimento pó de
ouro libera uma grande quantidade de a nova geração de partículas de óxido de pó de ouro causado. As manifestações clínicas da
febre fingir gripe, calafrios, febre e sintomas respiratórios. Em típico um aumento repentino da temperatura corporal e contagem de
leucócitos no sangue como as principais manifestações da doença sistêmica.
 
Sistêmicas – provocam danos em órgãos ou sistemas do organismo. Exemplos: cádmio, chumbo e manganês.
 
O cádmio é um metal raro que é mais facilmente encontrado em ambientes aquáticos e possui a propriedade de ser insolúvel, por isso
se acumula nas gramíneas, em aves, gado, cavalos e no organismo humano.
 
O cádmio foi considerado carcinogênico e seu acúmulo no organismo acarreta vários problemas de saúde, como desenvolvimento de
hipertensão e doenças do coração. A acumulação de cádmio ainda é responsável pela doença “Itai-Itai”, essa doença produz
problemas no metabolismo de cálcio, gerando complicações: descalcificações e reumatismos.
 
O organismo humano acumula cádmio e na idade de 50 anos o homem pode estar com uma carga de 20 a 30 mg, concentrando-se
nos rins e nas paredes das artérias. Efeitos mais graves são decorrentes dessa alta concentração de cádmio: destruição do tecido
testicular e das hemácias sanguíneas.
 
A explicação Bioquímica para os efeitos do cádmio, é que esse metal inativa numerosos sistemas enzimáticos, por ligar-se aos grupos
sulfidril das moléculas de proteína.
 
Fontes de contaminação: o cádmio está presente em mariscos, ostras e peixes de água salgada, alguns tipos de chá e na fumaça do
cigarro. Outras fontes incluem soldas, pigmentos (pinturas), ripas galvanizadas, baterias, combustão dos automóveis, e em alguns
suplementos naturais, como: dolomita e medula óssea (tutano).
 
Absorção e excreção: não existe sistema que regule o metabolismo de absorção e excreção de cádmio. Uma das formas do cádmio
entrar no nosso organismo é através dos pulmões, quando presente na fumaça do cigarro ou em forma de pó oxidado.
 
Doenças causadas pela Toxicidade:
 
Enfisema pulmonar;  Hipertensão arterial; Doenças renais; Fibrose e edema pulmonar; Anemia; Diminuição da testosterona;
Diminuição da produção de anticorpos.
 
Sintomas da intoxicação por cádmio - diminuição da temperatura corporal, hiperatividade, náuseas, vômitos, cólicas abdominais,
diarréia, perda de dentes, dores articulares.
 
Alergênicas – produzem reações alérgicas devido à formação de anticorpos. Exemplos: pólen, pelos de animais e fungos.
 
Cancerígenas – provocam câncer após período latente. Exemplos: amianto, cromatos e radionuclídeos.
Carcinógeno, também chamado de cancerígeno ou carcinogênico ou carcinogénico é a qualidade daquilo capaz de provocar ou
estimular o aparecimento de carcinomas ou câncer em um organismo.
Acesse o endereço a baixo
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_Legislacao/SST_Legislacao_Portarias_2014/Portaria-Inter-n.-09-
LINACH.pdf
 
Mutagênicas e teratogênicas – induzem mutação e nível celular (mutagênicas) ou alterações genéticas (teratogênicas). Exemplos:
chumbo e mercúrio.
Todo elemento que se introduz no DNA e se expõe as células, promove uma alteração nas moléculas e, por essa razão, é chamado de
agente mutagênico. Como o próprio o nome já induz, ele é capaz de transformar os genes e esses, por sua vez, repassam as
informações alteradas para os seus descendentes. Em outras palavras, o que ocorrer nesse processo é um dano ao material genético.
É importante ressaltar que toda mudança imprevista e brusca no material hereditário, isto é, do DNA, é considerada uma mutação.
Pois não condiz com a natureza desse material. Assim, existem três forma de mutações: química, física e biológica.
 
 
Atividade Extra
1. Saiba mais: 
Assista o video: https://www.consilium.europa.eu/pt/press/press-releases/2016/10/13/epsco-carcinogens-mutagens/
 
 
2. Análise do caso:
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.
 
 
 
 

23- FISPQ

Asigla FISPQ significa Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos. É um documento normalizado pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) conforme NBR 14725-4.
O documento é dividido por seções e contemplam informações sobre vários aspectos do produto. Para esses aspectos, a FISPQ
fornece informações detalhadas sobre os produtos e também sobre ações de emergência a serem adotadas em caso de acidente. 
 Condições seguras de manuseio;
 Principais incompatibilidades químicas;
 Condições adequadas para o armazenamento de produtos químicos;
 Atendimento em casos de primeiros socorros, entre outros.
 

Legislação
A regra está na Norma Regulamentadora NR-26 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
 
A NR-26 descreve alguns itens importantes, tais como:
 
“26.2.3 O fabricante ou, no caso de importação, o fornecedor no mercado nacional deve elaborar e tornar disponível ficha com dados
de segurança do produto químico para todo produto químico classificado como perigoso.”
 
“26.2.3.1 O formato e conteúdo da ficha com dados de segurança do produto químico devem seguir o estabelecido pelo Sistema
Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas.”
“26.2.3.2 Os aspectos relativos à ficha com dados de segurança devem atender ao disposto em norma técnica oficial vigente.”
 
Objetivo
A FISPQ é um documento para comunicação dos perigos relacionados aos produtos químicos.
Definição de Perigo e Risco

Risco é o produto entre frequência e consequência; outra dizia que era produto entre probabilidade e severidade; outra afirmando
que era a combinação da probabilidade com gravidade...
“Risco é a probabilidade ou chance de lesão ou morte” (Sanders e McCormick, 1993, p. 675).
“Perigo é uma condição ou um conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar ou contribuir para uma lesão ou morte”
(Sanders e McCormick, 1993, p. 675).
Risco “(...) é uma função da natureza do perigo, acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposição), características da
população exposta(receptores), a probabilidade de ocorrência e a magnitude da exposição e das consequências(...)” (Kolluru, 1996, p.
1.10).
“Um perigo é um agente químico, biológico ou físico (incluindo-se a radiação eletromagnética) ou um conjunto de condições que
apresentam uma fonte de risco mas não o risco em si”(Kolluru, 1996, p. 1.13).
“ (…) risco é um resultado medido do efeito potencial do perigo” (Shinar, Gurion e Flascher,1991, p. 1095).
Segundo a OHSAS 18001, Perigo é toda fonte, situação ou ato com potencial para provocar danos humanos em termos de lesão ou
doença.

A FISPQ é o meio de o fabricante do produto divulgar informações importantes sobre os perigos dos produtos químicos que fabrica e
comercializa.
 
Estrutura Documental
De acordo com a NBR 14725, – Parte 4, a FISPQ deverá apresentar as seguintes seções:
Seção 1: Identificação
Seção 2: Identificação de perigos
Seção 3: Composição e informação sobre os ingredientes
Seção 4: Medidas de primeiros-socorros
Seção 5: Medidas de combate a incêndio
Seção 6: Medidas de controle para derramamento ou vazamento
Seção 7: Manuseio e armazenamento
Seção 8: Controle de exposição e proteção individual
Seção 9: Propriedades físicas e químicas
Seção 10: Estabilidade e reatividade
Seção 11: Informações toxicológicas
Seção 12: Informações ecológicas
Seção 13: Considerações sobre destinação final
Seção 14: Informações sobre transporte
Seção 15: Informações sobre Regulamentações
Seção 16: Outras informações
Classificação das Substâncias
A comunicação de perigo é uma das ferramentas para facilitar este processo. O GHS, sistema para classificação dos produtos
químicos, traz quatro elementos para comunicar o perigo dos produtos químicos. São eles:
1. Pictogramas (figuras) – símbolos que auxiliam na identificação do perigo do produto:

2. Palavra de Advertência: Perigo ou Atenção – a depender da gravidade de perigo do produto.


3. Frases de Perigo: são frases que descrevem os perigos dos produtos químicos e complementam a simbologia (pictogramas).
4. Frases de Precaução: auxiliam nas orientações gerais, de prevenção, atendimento à emergência, armazenamento e
disposição final.
Os rótulos dos produtos químicos perigosos também deverão conter estes elementos para comunicação de perigo. Veja o modelo
abaixo:
O Diamante de Hommel ou diagrama de Hommel é uma simbologia aplicada em diversos países que busca mostrar o nível de
periculosidade dos elementos químicos presentes em um produto.
Os quadrados presentes no painel diamante de Hommel são apresentados pelas cores branco, azul, amarelo e vermelho.
Respectivamente elas expressam riscos específicos, risco à saúde, reatividade e inflamabilidade. As etiquetas Diamante Hommel para
classificação de produto químico apresentam quadrados e números como referência ao tipo e grau do risco, variando entre 0 e 4.

 
 
Aividade Extra
1. Saiba mais: 
Assista o video:
 
 
2. Análise do caso:
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções. 
 
 
 
24- Limites de Tolerância (LT) - Parte 1

Legislação Brasileira
 
NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
ANEXO XI
AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA POR LIMITE DE TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO
1. Nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostos a agentes químicos, a caracterização de insalubridade
ocorrerá quando forem ultrapassados os limites de tolerância constantes do Quadro n.o  1 deste Anexo.
2. Todos os valores fixados no Quadro n.o 1 - Tabela de Limites de Tolerância são válidos para absorção apenas por via respiratória.
3. Todos os valores fixados no Quadro n.o 1 como "Asfixiantes Simples" determinam que nos ambientes de trabalho, em presença
destas substâncias, a concentração mínima de oxigênio deverá ser 18 (dezoito) por cento em volume. As situações nas quais a
concentração de oxigênio estiver abaixo deste valor serão consideradas de risco grave e iminente.
4. Na coluna "VALOR TETO" estão assinalados os agentes químicos cujos limites de tolerância não podem ser ultrapassados em
momento algum da jornada de trabalho.
5. Na coluna "ABSORÇÃO TAMBÉM PELA PELE" estão assinalados os agentes químicos que podem ser absorvidos, por via cutânea, e
portanto exigindo na sua manipulação o uso da luvas adequadas, além do EPI necessário à proteção de outras partes do corpo.
6. A avaliação das concentrações dos agentes químicos através de métodos de amostragem instantânea, de leitura direta ou não,
deverá ser feita pelo menos em 10 (dez) amostragens, para cada ponto - ao nível respiratório do trabalhador. Entre cada uma das
amostragens deverá haver um intervalo de, no mínimo, 20 (vinte) minutos.

7. Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostragens não deverá ultrapassar os valores obtidos na equação que segue,
sob pena de ser considerada situação de risco grave e iminente.
Valor máximo = L.T. x F. D. Onde:
L.T. = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.° 1. F.D. = fator de desvio, segundo definido no Quadro n.° 2.

8. O limite de tolerância será considerado excedido quando a média aritmética das concentrações ultrapassar os valores


fixados no Quadro n.° 1.
 
9. Para os agentes químicos que tenham "VALOR TETO" assinalado no Quadro n.° 1 (Tabela de Limites de
Tolerância) considerar-se-á excedido o limite de tolerância, quando qualquer uma das concentrações obtidas nas amostragens
ultrapassar os valores fixados no mesmo quadro.
 
10. Os limites de tolerância fixados no Quadro n.° 1 são válidos para jornadas de trabalho de até 48 (quarenta e oito) horas por
semana, inclusive.
 
10.1 Para jornadas de trabalho que excedam as 48 (quarenta e oito) horas semanais dever-se-á cumprir o disposto no art. 60
da CLT.
 
Quadro 1 –  Segue anexo no material de apoio
 
Limites por Média Ponderada
 
TWA
É a concentração média ponderada no tempo para uma jornada completa de 8 horas diárias ou 40 horas semanais, à qual os
trabalhadores podem se expor sem apresentar efeitos adversos à saúde durante a vida de trabalho.
 
O cálculo da exposição média ponderada pelo tempo é o artifício mais recomendado para determinar a exposição média de uma
jornada completa por trazer maior certeza na determinação das concentrações do agente.
 
O TWA não pode ser ultrapassado ao fim da jornada.
 
LT média ponderada  a concentração é avaliada por amostragens onde a média obtida não pode ultrapassar o LT, prevendo também
um valor máximo, o qual não pode ser ultrapassado em nenhum momento da jornada.

Podemos observar na Figura que a média da exposição ficou abaixo do limite de tolerância, mas a exposição é insalubre por
ultrapassar o valor máximo em um determinado instante.
 
STEL
 
É um limite de exposição média ponderada em 15 minutos que não deve ser ultrapassado em nenhum momento da jornada de
trabalho. O limite de exposição STEL geralmente complementa o TWA e não pode ser ultrapassado mais que 4 vezes durante a
jornada. As exposições só podem ser aceitas se ocorrerem em intervalos mínimos de 60 minutos. São utilizados para substâncias com
efeitos agudos reconhecidos.
 
Limite de Tolerância Valor Teto
 
São substâncias que não têm LT média ponderada e que têm um valor que não pode ser  ultrapassado em nenhum momento da
jornada.
Substâncias com absorção Cutânea

As substâncias químicas estranhas ao organismo e sem valor nutricional são conhecidas como substâncias xenobióticas. Já as
substâncias capazes de causar dano a um sistema biológico, alterando funções ou mesmo levando o individuo a morte (sob certas
condições de exposição), são chamadas de substâncias tóxicas.
Apesar da nossa pele consistir numa barreira contra grande parte dos agentes químicos e biológicos, há uma série de substâncias que
podem ultrapassar esse obstáculo, causando intoxicações. Para que uma substância possa penetrar no organismo humano através da
pele deve possuir certas características químicas permeabilizantes.
Mas há outros fatores que contribuem para que determinada substância seja absorvida pela pele:
a) Pele desprovida da proteção gordurosa => O uso de solventes orgânicos, por exemplo, dissolvem a camada de gordura protetora da
pele, deixando a pele desprotegida;
b) Abertura das na pele como cortes e outros danos;
c) Fricção repetida da substância sobre a pele;
d) Cataforese => Introdução terapêutica de substâncias no organismo, através da pele, com uso de corrente elétrica, porém sem
dissociação molecular.
Existem muitas substâncias cujas características químicas permitem seu ingresso através da via cutânea. A ACGIH classifica as
principais:
a) Anilinas, derivados e compostos semelhantes;
b) Nitrobenzeno e compostos semelhantes;
c) Chumbo tetraetila;
d) Ácido cianídrico e compostos cianogênicos;
e) Fenol, cresol, derivados de alcatrão de madeira e compostos relacionados;
f) Pesticidas.
 
 
 
Atividade Extra
1. Saiba mais: 
Leitura do artigo científico: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BASR/article/view/3777/3578  
 
2. Análise do caso:
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções. 
 
 

25- Limites de Tolerância (LT) - Parte 2

ISubstânicias Asfixiantes Simples


 
Os asfixiantes simples incluem dióxido de carbono, metano, nitrogênio e propano. Alguns asfixiantes simples têm propriedades
perigosas além da capacidade de deslocar o oxigênio da atmosfera ambiente. Por exemplo, o propano é altamente inflamável e pode
formar misturas explosivas no ar.

É o estado mórbido resultante da falta de oxigênio no ar respirado e que produz grave ameaça à vida. A suspensão da respiração
provoca a morte por sufocação. Este efeito é provocado por gases, como, por exemplo, hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano,
acetileno, dióxido de carbono, monóxido de carbono e outros que causam dor de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma e
até morte. Devemos nos lembrar que a presença de produtos ou agentes de risco tóxicos no local de trabalho não quer dizer que,
obrigatoriamente, exista perigo para a saúde. O risco representado pelas substâncias químicas depende dos seguintes fatores:
a) Concentração: Quanto maior for a concentração do produto, mais rapidamente os seus efeitos nocivos se manifestarão no
organismo.
b) Índice respiratório: Representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador durante a jornada.
c) Sensibilidade individual: É o nível de resistência de cada um e varia de pessoa para pessoa.
d) Toxicidade: É o potencial tóxico da substância no organismo.
e) Tempo de exposição: É o tempo que o organismo fica exposto ao contaminante.
 
Classificação dos principais gases asfixiantes:
3.1 Asfixiantes Simples
Hidrogênio (H2), Nitrogênio (N2), Hélio (He), Metano (CH4), Etano (C2H6), Acetileno (C2H2).
 
3.2 Asfixiantes Químicos
Monóxido de Carbono (CO), Anilina (C6H5NH2), Gás Cianídrico (HCN).
 
 
LT Poeiras Minerais
 
A Norma Regulamentadora 15, que trata das atividades e operações insalubres, possui um anexo que define os limites de tolerância
para poeiras minerais. O documento divide as partículas em quatro tipos: sílica, asbesto, carvão e minerais. Todas essas substâncias
são extremamente perigosas, podendo causar sérios danos às vias respiratórias, olhos e pele.
Estima-se que cerca de 6 milhões de profissionais brasileiros atuem em ambientes que apresentam poeiras contendo sílica (pó
residual como mármore e granito), sendo que todos eles correm o risco de desenvolver algum tipo de doença pulmonar causada pela
inalação da poeira mineral.
São poeiras produzidas, principalmente, em ações de perfurações, extração mineral, explosões, britagem de pedras, etc. Esse tipo de
poeira causa 8% dos acidentes fatais no trabalho. Ainda que os minerais tenham suas composições diferentes, no geral, todos eles
geram a poeira sílica, que é bastante nociva à saúde, podendo provocar até câncer. Para se proteger desse tipo de poeira, é
imprescindível usar equipamentos de proteção respiratória completa.
 
https://falandodeprotecao.com.br/blog/2019/10/04/os-tipos-de-poeiras-e-seus-respectivos-riscos/
 
A fórmula para calcular os limites de tolerância para poeira mineral é simples e está disposta no anexo 12 da NR 15 — há limites para
poeiras minerais contendo sílica livre cristalina.
A definição existe tanto para poeira mineral na fração total quanto para poeira mineral na fração respirável. Para utilizar esse anexo, é
preciso fazer a determinação de sílica, ou seja, é necessário a obter a porcentagem de sílica no ar.
 
LT Poeiras Asbestos
 
 
 
ANEXO N.º 12
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA POEIRAS MINERAIS
ASBESTO
(Instituído pela Portaria SSST n.º 01, de 28 de maio de 1991)
 
1. O presente Anexo aplica-se a todas e quaisquer atividades nas quais os trabalhadores estão expostos ao asbesto no exercício do
trabalho.
1.1. Entende-se por "asbesto", também denominado amianto, a forma fibrosa dos silicatos minerais pertencentes aos grupos de
rochas metamórficas das serpentinas, isto é, a crisotila (asbesto branco), e dos anfibólios, isto é, a actinolita, a amosita (asbesto
marrom), a antofilita, a crocidolita (asbesto azul), a tremolita ou qualquer mistura que contenha um ou vários destes minerais;
1.2. Entende-se por "exposição ao asbesto", a exposição no trabalho às fibras de asbesto respiráveis ou poeira de asbesto em
suspensão no ar originada pelo asbesto ou por minerais, materiais ou produtos que contenham asbesto.
12. O limite de tolerância para fibras respiráveis de asbesto crisotila é de 2,0 f/cm3.
12.1. Entende-se por "fibras respiráveis de asbesto" aquelas com diâmetro inferior a 3 micrômetros, comprimento maior que 5
micrômetros e relação entre comprimento e diâmetro superior a 3:1. (Alterado pela Portaria SSST n.º 22, de 26 de dezembro de 1994)
13. A avaliação ambiental será realizada pelo método do filtro de membrana, utilizando-se aumentos de 400 a 500x, com iluminação
de contraste de fase.
13.1. Serão contadas as fibras respiráveis conforme subitem 12.1 independentemente de estarem ou não ligadas ou agregadas a
outras partículas.
13.2. O método de avaliação a ser utilizado será definido pela ABNT/INMETRO.
13.3. Os laboratórios que realizarem análise de amostras ambientais de fibras dispersas no ar devem atestar a participação em
programas de controle de qualidade laboratorial e sua aptidão para proceder às análises requeridas pelo método do filtro de
membrana. (incluído pela Portaria SSST n.º 22, de 12 de dezembro de 1994)
18.2. As empresas ficam obrigadas a informar aos trabalhadores examinados, em formulário próprio, os resultados dos exames
realizados.
19. Cabe ao empregador, após o término do contrato de trabalho envolvendo exposição ao asbesto, manter disponível a realização
periódica de exames médicos de controle dos trabalhadores durante 30 (trinta) anos.
19.1. Estes exames deverão ser realizados com a seguinte periodicidade:
a) a cada 3 (três) anos para trabalhadores com período de exposição de 0 (zero) a 12 (doze) anos;
b) a cada 2 (dois) anos para trabalhadores com período de exposição de 12 (doze) a 20 (vinte) anos;
c) anual para trabalhadores com período de exposição superior a 20 (vinte) anos.
 
 
 
 
LT Sílica livre cristalizada:
 
O limite de tolerância, expresso em milhões de partículas por decímetro cúbico, é dado pela seguinte fórmula: L.T. = 8,5 / (% quartzo +
10) mppdc (milhões de partículas por decímetro cúbico).
 
Esta fórmula é válida para amostras tomadas com impactador (impinger) no nível da zona respiratória e contadas pela técnica de
campo claro. A percentagem de quartzo é a quantidade determinada através de amostras em suspensão aérea.
 
O limite de tolerância para poeira respirável, expresso em mg/m³, é dado pela seguinte fórmula: L.T. = 8 / (% quartzo + 2) mg/m³.
Já o limite de tolerância para poeira total (respirável e não - respirável), expresso em mg/m3, é dado pela seguinte fórmula: L.T. = 24 /
(% quartzo + 3) mg/m³.
 
Sempre será entendido que "Quartzo" significa sílica livre cristalizada.
 
Os limites de tolerância fixados anteriormente são válidos para jornadas de trabalho de até 48 (quarenta e oito) horas por semana,
inclusive.
 
Para jornadas de trabalho que excedem a 48 (quarenta e oito) horas semanais, os limites deverão ser deduzidos, sendo estes valores
fixados pela autoridade competente.
 
Fica proibido o processo de trabalho de jateamento que utilize areia seca ou úmida como abrasivo.
 
As máquinas e ferramentas utilizadas nos processos de corte e acabamento de rochas ornamentais devem ser dotadas de sistema de
umidificação capaz de minimizar ou eliminar a geração de poeira decorrente de seu funcionamento.
 
 
Exemplo
Após obter o percentual de sílica à partir do relatório de análise do laboratório, prosseguimos para o uso na fórmula. Existem dois
cálculos. No tópico da sílica cristalina, o limite da poeira mineral é dado na fração respirável por: 8 dividido pelo percentual de quartzo
+ 2, expresso em mg/m3:
L.T. Poeira fração respirável = 8 / (% quartzo + 2) mg/m3
Comparação do resultado
Lembrando que o cálculo anterior é do limite de tolerância. Assim, à partir do percentual de sílica encontrado no relatório enviado pela
Analytics, calculamos o limite e comparamos o resultado de poeira com o valor encontrado.
Quando a poeira é total, a fórmula muda um pouco, sendo: 24 dividido pelo percentual de quartzo + 3. A unidade também é mg/m3,
e utiliza-se o resultado da poeira para comparação:
L.T. Poeira fração total = 24 / (% quartzo + 3) mg/m3
 
 
Atividade Extra
1. Saiba mais: 
Leitura do artigo científico: http://mineralis.cetem.gov.br/bitstream/cetem/1146/1/42.%20Exp.Ocup.%20Amb.a%20Poeiras_versao
%20final.pdf 

2. Análise do caso:
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções. 
 
 
26- Grupo Homogênio de Exposição - GHE

Conceitos
 
22.17.1.1 - Grupo Homogêneo de Exposição corresponde a um grupo de trabalhadores, que experimentam exposição
semelhante, de forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de qualquer trabalhador do grupo seja
representativo da exposição do restante dos trabalhadores do mesmo grupo.
 
A Instrução Normativa Nº 1 de, 20/12/1995 do MTE diz: 
"O grupo homogêneo de exposição corresponde a um grupo de trabalhadores que ficam expostos de modo semelhante, de
forma que o resultado da avaliação da exposição de qualquer trabalhador, ou do grupo, seja representativo da exposição do
restante dos trabalhadores do mesmo grupo."
 
GHE são grupos homogêneos de exposição  (essa é uma denominação do NIOSH; a AIHA prefere o termo “grupos de
exposição similar”, que consideramos equivalente).
 
Principais Interferências
 
 Tipo do processo ou operação;
 Atividades e tarefas dos trabalhadores;
 Agentes ambientais, fontes, trajetórias, meios de propagação;
 Intensidade e concentração dos agentes;
 Agravos à saúde dos trabalhadores;
 Variações de clima e de horários das exposições;
 Frequência das ocorrências;
 Interferência de tarefas vizinhas;
 Dados das prováveis exposições;
 Metas e prioridades de avaliação adequadas à realidade da empresa.
 
Estatistica Amostral
Normalmente, produzimos um conjunto de dados, ou detreminações que, em seu conjunto, produzem uma “amostra” da
exposição do GHE.
Uma jornada pode envolver várias determinações, para que dela se produza uma “amostra”. Por outro lado, normalmente
se deseja conhecer a exposição ao longo do tempo, mais do que uma simples jornada. Isso envolve a obtenção de dados de
variás jornadas, por um prao alongado.
As amostras pode ser aleatórias ou tendenciosas (com algum objetivo definido). Como exemplo de amostra tendenciosa,
damos o caso de verificação de limites de exposição tipo valor teto, quando se busca obter a amostra no momento ou
período de máxima exposição esperada.
Seria muito bom poder avaliar todos os trabalhadores, todos os dias, para todos agentes de interesse. Infelizmente, isso não
é viável de forma concreta. Sendo assim, é evidente que a única forma de trabalho será através de amostras, pois não será
considerar toda a população (a população das exposições ocupacionais). O NIOSH desenvolveu novos conceitos, como por
exemplo o do nível de ação. Seu uso permite, com uma amostra singela associada ao trabalhador supostamente mais
exposto (a “maior exposição” do GHE em um dia Típico), decidir sobre a tolerabilidade de todo grupo, em uma etapa
preliminar de apreciação, o que é notável. Observa-se aqui a otimização de recursos, permitindo que praticamente toda foça
de trabalho exposta, através dos seus GHE’s possa ser triada entre grupos “problema” e grupos “provavelmente toleráveis”.
A estatistica é para nós uma ferramenta para ajudar no julgamento, e não uma ferramenta para fazer o julgamento. O
higienista deve exercer sempre seu julgamento profissional, e a estatistica e os conceitos da HO são subsidios para isso.
 
Elaboração do GHE
 
A definição dos grupos será tanto mais eficaz e pertinente quanto a experiência do higienista ocupacional, ou seja, o sucesso
dessa definição inicial fica a cargo não apenas do método utilizado (descrito anteriormente, que é muito simples), mas
também é assegurado pela observação e bom julgamento do higienista. Contudo, existem alguns passos importantes:
1. Definir um GHE é, antes de tudo, conhecer o ambiente profissional. Por exemplo, um laboratório de análises
químicas.
2. A seguir, dentro desse ambiente, destacamos as funções e atividades profissionais realizadas. É possível que duas
funções profissionais diferentes estejam expostas ao mesmo agente. Portanto, co Definir um GHE é, antes de tudo,
conhecer o ambiente profissional. Por exemplo, um laboratório de análises químicas.
3. Então, partimos para identificar os agentes comuns a cada função. Esse é o mais básico, uma vez que duas pessoas
que exercem a mesma atividade muito provavelmente estão expostas aos mesmos agentes. Então é a primeira
oportunidade de fechar uma exposição associada comum.
4. Se dentro desta função, houver peculiaridades, é necessário definir ainda mais a função profissional, de forma a
identifica-la de forma única. Um exemplo é a variação quanto ao turno de trabalho, por exemplo. Isso pode levar à
exposição a agentes diversos.
 
A exposição dos trabalhadores não será identica, pois quem é homogêneo é o carater estatistico do grupo, e as
variabilidades nos valores serão normais dentro dele.
Os GHE’s são uma expectativa formulada pelo higienista ocupacional, baseado no conhecimento e na experiência, dentro de
um julgamento profissional.
 
 Exemplo: 
 
Em uma pequena oficina nós temos:
 
- Eletricisa e Auxiliar Eletricista; Mecânico e Auxiliar Mecânico; Soldador.
 
Quando for elaborado o Gerenciamento pelo GHE, ficará assim:
 
GHE01 -  Elétrica
Eletricista e Auxiliar Eletricista
 
GHE02 - Mecânica
Mecânico e Auxliar Mecânico
 
GHE03 - Soldagem
Soldador
 
Critérios de Tolerabilidade
 
Uma recomendação do NIOSH, citada na última edição de uma publicação da AIHA, diz que “em termos estatísticos, o
empregador deve tentar obter uma confiança de 95% de que não mais do 5% dos dias de trabalho excedem o limite de
exposição”. Essa é uma afirmação bastante rigorosa, e pode ser considerada uma meta de “excelência” para a HO.
 
 
Atividade Extra
1. Saiba mais: 
Assista ao vídeo:
  
2. Análise do caso: 
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções. 
 
27- Amostragens

Reconhecimento de Agentes Químicos


 
A Análise Preliminar do Risco para Higiene Ocupacional (APR-HO) é um documento de cunho informativo que visa
caracterizar e reconhecer a exposição a riscos ocupacionais de trabalhadores em uma empresa, através de pesquisa de
campo e coleta de informações após a observação das atividades executadas no ambiente ocupacional.
A APR-HO deve ser construída através de etapas. A primeira etapa é a coleta de informações, como a observação e descrição
das atividades, do ambiente de trabalho, do local e setores que estão sendo observados. Todos os processos e atividades
envolvidos na análise devem ser documentados de forma descritiva.
 
Após a coleta de informações, todos os agentes ambientais presentes no ambiente devem ser documentados, sejam eles
físicos, químicos ou biológicos. É importante especificar os agentes e as fontes geradoras (origem do agente ambiental), para
que a APR-HO seja assertiva.  Todos os GHEs devem ser listados, bem como suas funções e atividades exercidas na empresa.
Este procedimento auxilia o profissional de HO a mapear quais grupos podem estar mais expostos aos agentes ambientais.
 
Deve-se realizar a categorização do risco, pois é através deste procedimento que será possível prioridade asações, seja ela de
monitoramento ou de controle. Isto é de suma importância para a tomada de decisão, pois a partir desta é possível,
numericamente, visualizar a melhor e a pior situação em relação aos riscos identificados.

Estratégia de Amostragem
 
A estratégia de amostragem é o caminho utilizado para chegar em um objetivo em uma campanha em Higiene Ocupacional. Não
basta apenas realizar as medições, é necessário ainda reconhecer qual o intuito delas.
 
O maior problema como higienista ocupacional é reconhecer as avaliações e julgar se são aceitáveis ou não, e depois controlar estas
aquelas exposições ocupacionais não aceitáveis. O principal objetivo do higienista ocupacional é reconhecer todas as exposições
ocupacionais que estão presentes no ambiente do trabalho e tomar juízo de valor sobre elas. Este é o intuito da estratégia de
amostragem, ajudar na tomada de decisão no julgamento das exposições..
 
Por isso a Higiene Ocupacional é feita a partir de 4 etapas: antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de riscos.
Para uma análise correta, é necessária uma amostragem confiável dos agentes químicos e fundamentada em técnicas seguras. A
amostragem permite identificar que tipos de substâncias e produtos perigosos estão presentes dentro do espaço utilizado pelos
funcionários.
Algumas perguntas devem ser levantadas:
1. Quantas amostras devo fazer? 
2. Quem e quando devo amostrar? 
3. Por quanto tempo? 
4. Como devo interpretar os resultados?
 
 
Tempo de Amostragem
 
O estudo do ciclo de trabalho e das características do agente vai determinar a duração da amostragem. Procedimentos normalizados
(NHO, NR 15, NIOSH) estabelecem tempos mínimos de amostragens em função de volumes de contaminante a serem coletados. O
tempo de duração da coleta de cada amostra de ar deve ser o necessário para amostrar um volume de ar adequado e/ou obter uma
quantidade suficiente de material para a análise.
 
A primeira coisa que deve ser esclarecida é que quem define o tempo de amostragem é o limite.
 
STEL: É um limite de exposição média ponderada em 15 minutos que não deve ser ultrapassado em nenhum momento da jornada
de trabalho.
 
TWA: É a concentração média ponderada no tempo para uma jornada completa de 8 horas diárias ou 40 horas semanais.
 
TETO: É o valor máximo permitido, que em nenhum momento pode ser ultrapassado durante a jornada de trabalho.
 
Se você pretende calcular o tempo de amostragem de acordo com as recomendações do método, ou seja, a partir da vazão e do
volume, basta utilizar a fórmula da vazão:

A partir desta fórmula é possível calcular qualquer tempo de amostragem baseado nos parâmetros dos métodos, que sempre têm
como referências volume máximo e mínimo, e vazão máxima e mínima.

Se você quer calcular o tempo máximo de uma amostra, por exemplo, de uma coleta TWA, você deve utilizar o volume máximo e a
menor vazão para se chegar ao tempo máximo. Divida o volume máximo pela vazão mínima, assim você encontrará o tempo
máximo sugerido para o agente em análise.
 
Sempre tente utilizar o maior volume possível, pois quanto maior o volume, maior a sensibilidade de resposta. Para o Limite Teto, a
coleta deve ser instantânea e nessas impossibilidade, deve-se coletar em menor tempo possível.
 
Número de Amostras
 
Vai depender muito da variabilidade da exposição e do objetivo da avaliação, Para a caracterização de exposições com confiabilidade
pode ser necessário um grande número de avaliações em horários e dias diferentes.
Segundo a NR 22, os parâmetros a serem adotados são os seguintes:
 
QUADRO I 
Número de trabalhadores a serem amostrados em função do número de trabalhadores do Grupo Homogêneo de Exposição,
conforme disposto no item 22.17.1.
Onde: N = número de trabalhadores do Grupo Homogêneo de Exposição
n = número de trabalhadores a serem amostrados
* se N menor ou igual a 7, n = N
 
 
Atividade Extra
1. Saiba mais: 
Leitura do artigo científico: Material de apoio (APR-HO)
https://www.analyticsbrasil.com.br/blog/o-que-voce-precisa-entender-sobre-estrategias-de-amostragem/ 
 
2. Análise do caso: 
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.
 

28- Amostragens II

Definição do tipo de Amostragem


a) Pessoal – o amostrador acompanha o trabalhador durante todo o período de trabalho, e é colocado próximo a região respiratória.

b) Ambiental, de área ou estática – o amostrador é fixado em um determinado local próximo a fonte e fornece informações sobre a
emissividade dessa fonte.

Amostragem estática (ambiental) de poeira respirável


 
Podemos classificar os tipos de amostragem quanto à duração da amostragem em:
a) Instantâneas – de curta duração (normalmente menores que 5 minutos), para verificarmos se o valor máximo ou valor teto foi
atingido ou ainda avaliar os instantes de maior concentração.
b) Contínuas – em períodos maiores que 30 minutos, sendo mais adequadas para avaliação da média ponderada.
A amostragem contínua pode ser dividida em:
a) Amostra única de período completo onde avaliaremos a exposição em uma única amostragem.
b) Amostras consecutivas de período completo onde dividiremos a amostragem em várias amostragens.
c) Amostras de período parcial onde não cobriremos integralmente o tempo de amostragem.
As duas primeiras fornecerão informações importantes ao longo da jornada e são indicadas quando se avalia a média da concentração
ao longo do tempo. A terceira se adapta melhor a amostragem de operações específicas para avaliar determinada exposição quando
da realização de uma atividade inerente ao processo, ou seja, para avaliar picos de concentração.
 
Identificação do Método
 
Após a análise e reconhecimento de riscos levantados se faz necessário identificar melhor método para realizar a coleta do agente
presente nos diversos setores da empresa; 

Tomando com exemplo a figura acima (APR-HO), teremos as seguintes avaliações quantitativas:
Avaliação de Calor (IBUTG) que devemos adotar como metodologia NR 15 anexo III;
Avaliação de Ruído (Dosimetria) para efeito de monitoramento da jornada integral dos colaboradores NHO 01;
Avaliação de Agente Químico Poeiras (Método MDHS 14/3 - modificado (Gravimetrico) – NIOSH 0500 Gravimétrico)
 
Tipos de Amostradores
Os amostradores utilizados na avaliação de agentes químicos podem ser classificados como ativos e passivos.
a) Amostradores ativos – consiste na coleta de um volume conhecido de ar através da passagem forçada do ar através do emprego de
bombas de fluxo. O contaminante que está sendo investigado é coletado em filtros ou substâncias específicas. Os procedimentos de
amostragem apropriados, de acordo com o contaminante, encontram-se em normas nacionais e internacionais. Utilizamos os
amostradores ativos quando é necessário avaliar a concentração média no tempo (TWA). Normalmente são empregadas bombas de
fluxo que operam numa faixa de vazões que podem ser ajustadas de acordo com o procedimento normalizado empregado. Para
calibrar essas vazões serão necessários os calibradores de fluxo.

b) Amostradores passivos – não exigem a passagem forçada do ar, pois agem por difusão molecular. Utilizam a tendência natural dos
gases e vapores de se moverem de uma área de maior concentração para uma área de menor concentração.
 
 
Atividade Extra
1) Saiba mais:
 
Leitura do artigo científico: https://www.abho.org.br/arquivos/revistas/revista_abho_20.pdf
 
2) Análise do caso:
 
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.
 

29- Amostragens III

Limites de Tolerância Internacionais


 
Existem várias entidades internacionais que estabelecem os valores dos limites de tolerância e métodos de avaliação dos agentes
químicos. Dentre as mais importantes podemos citar os TLVs da ACGIH, os REL da NIOSH e os PEL da OSHA.

O quadro acima apresenta os principais limites de tolerância internacionais que servem como base de avaliação e comparação nas
atividades de avaliação ocupacional.
Embora os limites de tolerância não sejam garantia segura de que os agentes não produzam efeito à saúde, são as melhores
ferramentas disponíveis, pois são determinados dentro de critérios científicos e estão sujeitos à contínua evolução (normalmente são
rebaixados os valores dos LT) sempre que novos dados a respeito dos agentes sejam conhecidos e sempre que novos agentes nocivos
sejam acrescentados aos ambientes de trabalho.
A ABHO (Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais) publica, anualmente, os TLVs da ACGIH, que são uma importante
ferramenta de consulta para os técnicos em segurança do trabalho.
 
 
Considerações Iniciais
 
Após notar que erros iniciais se tornaram comuns a muitos profissionais que segurança do trabalho, decidimos dispor as principais
ocorrências que acabam prejudicando todo trabalho, desta forma segue lista que detalha as principais fontes de variação que afetam
estimativas de médias de exposição ocupacional:
1. Levantamento de necessidades errado;
2. Condições Climaticas (Temperatura, Umidade relativa do ar e velocidade do vento); 
3. Erros aleatórios em dispositivos amostrais (como as flutuações aleatórias de vazão de bombas);
4. Erros aleatórios em métodos de análise (como as flutuações aleatórias no procedimento do laboratório químico);
5. Flutuações ambientais aleatórias intra-diárias (durante um dia) na concentração de um contaminante;
6. Flutuações ambientais aleatórias inter-diárias (entre dias) na concentração de um contaminante;
7. Erros sistemáticos no processo de medição (calibração inadequada, uso inadequado de equipamentos, registro errôneo de dados,
etc.) e Alterações sistemáticas na concentração atmosférica de um contaminante (como as decorrentes da mudança, do empregado,
para uma diferente concentração de exposição ou do desligamento de exaustores).
 
Solicitação de Materiais
Tomando como base o reconhecimento de riscos, conhecimento da FISPQ dos produtos a serem avaliados o especialista deverá
entrar em contato com laboratórios para credenciamento e solicitação de amostradores,  neste momento se faz necessário que o
solicitante informe a substância que deseja coletar e de qual forma se apresenta no local indicando:
 
1. Tipo de Amostrador e agente que deseja coletar;
2. Quantidade;
3. Solicitar resumo dos métodos aplicáveis;
 
Resumo dos métodos incluso no material de apoio;
 
Equipamentos de Medição
 
Bomba Gravimétrica

Bomba de amostragem (bomba gravimétrica) de alta vazão para análise de poeiras e fumos. Também pode ser utilizada para gases e
vapores com utilização redutor de baixa vazão. Simples e econômica pode ser utilizada em atmosferas explosivas.
Proporciona até 10 horas de operação com uma única carga. Possui um filtro, montado externamente, que protege os pneumáticos
internos de sujeira e detritos. Monitora amianto usando o método NIOSH 7400 ou o método de amostragem OSHA. As bombas
também podem monitorar Chumbo, utilizando métodos NIOSH 7082, 7105 ou 7300.
 
Atende as normas:
NHO-08, NIOSH 0500 (particulado total), NIOSH 0600 (poeira respirável), NIOSH: 7082; 7105; 7300; 7400; OSHA; UL
Resolução–RE nº 9 da ANVISA – Norma Técnica 004
 
Características:
Faixa de operação: 500 a 3000 cc/min (0,5 a 3 LPM)
Controle de fluxo: ± 5% do ponto definido por um período de 8 horas, com não mais de 2 reajustes durante a operação com 2 LPM
Indicador de fluxo: Rotâmetro incorporado com escala de 500 a 4000 cc/min, com 500 cc/div em ± 20% da precisão da escala
completa
Alimentação: Bateria Recarregável Ni/Cd
Caixa blindada contra RFI - EMI
Intrinsecamente segura
Resistente a impactos
Compensação da pressão de retorno
Dimensões: 90 x 100 x 51mm
Peso: 600g
 
Bomba de Baixa Vazão

A bomba gravimétrica possui uma faixa que vai de 500 a 3000 cc/min (0,5 a 3 LPM), seu controle de fluxo é de cerca de 5% do ponto
definido por um período de 8 horas, com no máximo 2 reajustes durante a operação com 2 LPM. O indicador de fluxo da bomba
gravimétrica é rotâmetro incorporado com escala de 500 a 4000 cc/min, com 500 cc/div em ± 20% da precisão da escala completa, e
sua bateria Ni/CdCaixa blindada contra RFI - EMI é recarregável.
Conhecida também como bomba de amostragem, a bomba gravimétrica é um equipamento portátil e serve para ajudar a medir o
nível da pureza de ar. Ela é usada para um técnico coletar amostras de gases, vapores, produtos contaminantes, poeira, névoa, ou
biológicos poluentes, para que uma análise profunda seja realizada em um laboratório, indicando se aquele ambiente está ou não
apto para ser trabalhado.
Algumas das opções da bomba gravimétrica indicam o tempo exato de operação do equipamento, dados que impactam - e muito -
no resultado final da análise. Essa mensuração da pureza de ar ajuda empresas a saberem se estão dentro dos requisitos da norma de
higiene ocupacional fundacentro (NHO), exigida pelo Ministério do Trabalho.
 
Calibrador de Bombas    

Calibrador de vazão é primário padrão para verificação de fluxo, no dia-a-dia, ideal para  calibração de bombas de amostragem
pessoal. O calibrador mini-BUCK se adapta em qualquer altitude e resistente a mudanças de temperatura, pode ser usado para
medições de fluxo em linha com a média de amostragem.
 Leitura instantânea de vazão volumétrica para qualquer bomba de vácuo ou pressão;
 Precisão: ± 0.5%
 Ampla escolha de faixas de fluxo:
- Modelo M-1 0.1-300cc/min
- Modelo M-5 1-6,000cc/min
- Modelo M-30 100cc/min-30LPM
 Trabalhe em qualquer altitude, sem correção, resistente a mudanças de temperatura;
 Controlada por microprocessador;
 Alimentação: Bateria recarregável com até 8 horas de uso contínuo;
 Dimensões: 140 x 153 x 64mm
 Peso: 900g
 
Acessórios

Anemômetro
Mini anemômetro digital
Medição da temperatura da velocidade do ar (vem com característica do termômetro)
Medição de velocidade máxima / média do ar
Seleção da unidade de temperatura C / F
Especificações:
Especificação da velocidade do ar:
Faixa: 0 - 30 m / s, 0 - 90 km / h, 0 - 5860 ft / min, 0 - 65 mph, 0 - 55 Nós.
Resolução: 0,1 m / s, 0,3 km / h, 19 pés / min, 0,2 mph, 0,2 nós.
Limiar: 0,1m / s, 0,3 km / h, 39 pés / min, 0,2 mph, 0,1 nós.
Precisão: +/- 5%.
Especificação da temperatura do ar:
Termômetro: Termômetro NTC.
Faixa: entre -10 ° C e 45 ° C (entre 14 ° F e 113 ° F)
Temperatura de armazenamento: entre -40 ° C e + 60 ° C, entre -40 ° F e 140 ° F.
Resolução: 0,2 ° C, 0,36 ° F.
Precisão: ± 2 ° C, ± 3,6 ° F
Consumo atual: aproximadamente 3mA
Umidade de operação: menor ou igual a 90% de umidade relativa.
Tamanho do Item: 49 * 21 * 112.1mm
Peso: 98g
 
Atividade Extra
1. Saiba mais:
Leitura do artigo
científico: https://www.researchgate.net/publication/327142711_Aplicacao_de_metodologias_de_Higiene_Ocupacional_para_recar
acterizacao_de_grupos_homogeneos_de_exposicao_e_coleta_de_agentes_quimicos
 
2. Análise do caso:
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.
 

30- Particulados

Método e tipos de Amostradores


 
Particulado total
 
É o material suspenso no ar coletado em porta-filtro de poliestireno de 37mm de diâmetro, de três peças, com face fechada e orifício
para a entrada do ar de 4 mm de diâmetro, conhecido como cassete. A coleta de particulado total deve ser utilizada somente quando
não houver indicação específica para coleta de particulado inalável, torácico ou respirável (NHO 08).
 
Método
PARTICULADOS NÃO REGULAMENTADOS DE OUTRA FORMA - TOTAL
Método NIOSH 0500 - Gravimétrico
Amostrador: cassete de poliestireno de 37 mm, referência SKC 225-2250 com filtro de PVC com porosidade de 5,0 µm, referência SKC
225-8-01, pesado em microbalança eletrônica com sensibilidade de 0,001 mg
Vazão de amostragem: de 1,0 a 2,0 L/min
Volume de ar amostrado: máximo de 133 L ou máximo de 400 L
Tempo de amostragem: TWA 8 horas
Brancos de Campo recomendados: 10% do nº de amostras
Condicionamento para transporte: de rotina Estabilidade: não determinada Valor da análise (amostrador incluso):
 
OBSERVAÇÃO: A fim de comparar o resultado de Poeira Total com o limite estabelecido pela NR 15, pode ser necessária a
determinação Sílica Livre Cristalina. É necessária também a determinação da Poeira Respirável. Notas:
1) Concentração elevada de particulado no ambiente pode causar a saturação do filtro. Para prevenir saturação, fazer coletas
compostas por mais amostradores para cobrir a jornada de trabalho.
2) O método NIOSH determina que o resultado das amostras seja corrigido pela massa média obtida nos brancos de campos. Para
atender o método, os brancos de campo são obrigatórios.
3) A carga máxima do filtro é de 2 mg.
 
Partículas não especificadas de outra maneira (PNOS)
 
Partículas para as quais ainda não há dados suficientes para demonstrar efeitos à saúde em concentrações geralmente encontradas
no ar dos locais de trabalho, mas que não podem ser totalmente consideradas inertes.
Avaliação e coleta de materiais particulados conforme observado anteriormente, a sílica cristalina é um dos mais abundantes minerais
encontrados na crosta terrestre e os ambientes devem ser inspecionados para se determinar a necessidade ou não da amostragem.
Por esse motivo, daremos atenção especial a esse agente, e nos basearemos na sua avaliação para a descrição dos métodos de
amostragem de poeiras.
A finalidade primária da amostragem da poeira com sílica cristalina (ou outro particulado) é de identificar os trabalhadores expostos de
modo que os controles apropriados possam ser postos em prática para prevenir doenças.
 
PARTICULADOS NÃO REGULAMENTADOS DE OUTRA FORMA - RESPIRÁVEL
Método NIOSH 0600 - Gravimétrico
Amostrador: ciclone com cassete de poliestireno de 37 mm, referência SKC 225-2250, com filtro de PVC com porosidade de 5,0 µm,
referência SKC 225-8-01, pré-pesado em microbalança eletrônica com sensibilidade de 0,001 mg
Vazão volume de amostragem: Ver tabela abaixo
Tempo de amostragem: TWA 8 horas
Brancos de Campo recomendados: 10% do nº de amostras
Condicionamento para transporte: de rotina Estabilidade: não determinada
Valor da análise (amostrador incluso): Favor consultar
Limite de quantificação: 30μg
Tipo de Ciclone Vazão, L/min Volume, L
Nylon de 10 mm 1,7 Máximo de 400 L
Alumínio (ver nota 1) 2,5
 
OBSERVAÇÃO: A fim de comparar o resultado de Poeira Respirável, com o limite estabelecido pela NR 15,
pode ser necessária a determinação de Sílica Livre Cristalina. E necessária também a determinação da Poeira Total.
Notas: 1): Para uso com ciclone de alumínio, solicite cassete com 3 seções. 2) Concentração elevada de
particulado no ambiente pode causar a saturação do filtro. Para prevenir saturação, fazer coletas compostas por mais amostradores
para cobrir a jornada de trabalho. 3) O método NIOSH determina que o resultado das amostras seja corrigido pela massa média obtida
nos brancos de campos. 4) A carga máxima do filtro é de 2 mg.
 
 
Equipamentos e Monitoramento
 
Bomba Gravimétrica
Bomba de amostragem (bomba gravimétrica) de alta vazão para análise de poeiras e fumos.
Calibrador de Bombas   

Calibrador de vazão é primário padrão para verificação de fluxo, no dia-a-dia, ideal para calibração de bombas de
amostragem pessoal.
Acessórios

Anemômetro

Mini anemômetro digital


Análise de Resultados Obtidos
Obs.: composto químico dióxido de silício, também conhecido como sílica, é o óxido de silício cuja fórmula química é SiO2
 
L.T. POEIRA FRAÇÃO RESPIRÁVEL = 8 / (% quartzo + 2) mg/m3
L.T. P.R= 8/ (0,045+2) mg/m3
L.T.P.R= 8/2,045 mg/m3
LT.P.R.= 3,91 mg/m3
 
 
L.T. POEIRA FRAÇÃO TOTAL = 24 / (% quartzo + 3) mg/m3
L.T. P.T.= 24/3,045 mg/m3
LT.PT= 7,88 mg/m3
 
Para o Occupational Safety and Health Administration (OSHA, 1994), o limite de exposição recomendado (PEL – Permissible Exposure
Limit) é de 15 mg/m3 para poeira total e 5 mg/m3 para a fração de poeira respirável.
 
 
Atividade Extra
1. Saiba mais:
Assista o vídeo: 
 
2. Análise do caso:
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.
 
 
31- Fumos Metálicos

Método e tipos de Amostradores


 
METAIS
 
Método NIOSH 7303 - ICP - Espectrometria de Emissão Ótica por Plasma Indutivamente Acoplado. 
- Amostrador: cassete de poliestireno de 37 mm referencia SKC 225-2250 com filtro de éster de celulose com porosidade de
0,8 μm referência, SKC 225-5;
- Brancos de Campo recomendados: 10% do número de amostras;
- Condicionamento para transporte: de rotina (sem nenhuma exigência adcional assim como enviar amostra resfriada);
- Estabilidade: estável (não perde suas características devido ao tempo de armazenagem).
 
Varredura de metais, serão relatados todos os metais que constam na tabela abaixo exceto Prata e Platina.
 
CONSULTAR.
Notas:
a) Para vários metais na mesma amostra: 1º metal: CONSULTAR, cada metal adicional: CONSULTAR.
b) Tungstênio pode ser determinado por estas condições embora não conste no método original.
c) Boro e Lítio podem ser determinados por estas condições embora não tenham TLV na ACGIH e não constem no método
original.
d) Arsênio: se ocorrer Trioxido de Arsênio na fase vapor, utilizar o amostrador do método NIOSH 7901
e) A vazão para os metais que devem ser amostrados como Poeira Respirável depende do ciclone usado. Ver Poeira
Respirável (faz referencia a outro método)
f) O Cromato de Estrôncio é determinado pelo Estrôncio e convertido a Cromato de Estrôncio como Cromo.
g) A análise de Bismuto é destinada ao Telureto de Bismuto.
h) Para comparar os resultados com os limites da ACGIH:Os metais assinalados com (#) requerem amostragem em separado.
 
 
Equipamentos e Monitoramento
Bomba Gravimétrica

Bomba de amostragem (bomba gravimétrica) de alta vazão para análise de poeiras e fumos.
Calibrador de Bombas   

Calibrador de vazão é primário padrão para verificação de fluxo, no dia-a-dia, ideal para  calibração de bombas de
amostragem pessoal.
Acessórios
Porta Cassete
Anemômetro

Mini anemômetro digital


Recolhimento  e Envio das Amostras
 
Analise de Resultados Obtidos

Com base nos resultados recebidos do laboaratório de analises, se faz necessário a comparação dos resultados com na
tabela do anexo 11 da NR 15.
 
 
Atividade Extra
1. Saiba mais:
Leitura do artigo científico: https://trt-4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/1115763191/recurso-ordinario-ro-1870009020085040402
 
2. Análise do caso:
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.
 
32- Vapores Orgânicos

Método e tipos de Amostradores


 
VAPORES ORGÂNICOS SELECIONADOS
 
Método Environ IT.10-424 - Vapores Orgânicos Selecionados - Determinação no Ar Atmosférico
- Amostrador: tubo de carvão ativo de 100/50 mg referência SKC 226-01
- Solvente: Dissulfeto de Carbono com 5% de Dimetilformamida
- Tempo de amostragem: ver método específico
- Brancos de Campo recomendados: 10% do nº de amostras
- Condicionamento para transporte: ver método específico
- Estabilidade: ver método específico
- Valor da análise (amostrador incluso): ver método específico
- Alternativo: com monitor passivo ver método específico
 
COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS (VOC)
 
Referência: Método NIOSH 1500 - Cromatografia de Gás com Detector de Ionização de Chama.
- Amostrador: tubo de carvão ativo de 400/200 mg referência SKC 226-09 ou 226/37
- Solvente: Dissulfeto de Carbono
- Vazão de amostragem: 0,05 L/min
- Volume de amostragem: máximo 40 L
- Tempo de amostragem: não aplicável
- Brancos de Campo recomendados: 10% do número de amostras
- Condicionamento para transporte: de rotina
- Estabilidade: 2 semanas
Valor da análise (amostrador incluso): CONSULTAR
Nota 1: O somatório dos componentes é expresso como n-Hexano
Nota 2: Para compostos identificados (solicitados): 1º componente CONSULTAR, cada componente adicional CONSULTAR.
Nota 3: Esta análise não se aplica a Higiene Ocupacional visto não haver TLV
Nota 4: Nem todos compostos orgânicos voláteis podem ser verificados com esta análise. Consultar para métodos alternativos
apropriados.
 
 
Equipamentos e Monitoramento
 
Bomba Gravimétrica

Bomba de amostragem (bomba gravimétrica) de alta vazão para análise de poeiras e fumos.
Calibrador de Bombas   

Calibrador de vazão é primário padrão para verificação de fluxo, no dia-a-dia, ideal para calibração de bombas de
amostragem pessoal.
Acessórios

Porta Tubo
Anemômetro

Mini anemômetro digital


Recolhimento e Envio das Amostras
 
Análise de Resultados Obtidos

Valor máximo = L.T.  x F. D. Onde:


L.T. = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.° 1.
F.D. = fator de desvio, segundo definido no Quadro n.° 2.
Este cálculo deverá ser realizado para toda substância reconhecida com valor teto, o qual não deverá ser ultrapassado em momento
algum da jornada de trabalho dos colaboradores.
 
 
Atividade Extra
1. Saiba mais:
Leitura do artigo: https://ambscience.com/metodos-de-amostragem-de-vapores/
 
2. Análise do caso:
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.
 
 
Referência Bibliográfica

33- Vapores Ácidos

Método e tipos de Amostradores


ÁCIDO FÓRMICO (Nº CAS 64-18-6)
Método NIOSH 2011 - Cromatografia de Íons
Amostrador: tubo de sílicagel de 400/200 mg referência SKC 226-10-03, precedido de cassete de 25 mm referencia SKC 225-2257,
com filtro de PTFE com porosidade de 1 μm, referência SKC 225-1714, sobre suporte de plástico,
Vazão de amostragem: de 0,05 a 0,2 L/min
Volume de ar amostrado: mínimo de 1 L a 5 ppm e máximo de 24 L
Tempo de amostragem: TWA 8 horas; STEL 15 minutos
Brancos de Campo recomendados: 10% do número de amostras
Condicionamento para transporte: de rotina
Brancos de Campo recomendados: 10% do nº de amostras
Condicionamento para transporte: ver método específico
Estabilidade: ver método específico
Alternativo: com monitor passivo ver método específico
 
ÁCIDO SULFÚRICO (CAS 7664-93-9)
Método OSHA ID-113 modificado - Cromatografia de Íons
Amostrador: Ciclone Respirável/Torácico marca BGI, modelo GK2.69, com cassete de poliestireno de 37 mm de três seções, referência
SKC 225-3250, com filtro de éster de celulose de 37 mm, com porosidade de 0,8 mm, referência SKC 225-5 e espaçador de celulose.
Vazão de amostragem: 1,6 L/min
Volume de ar amostrado: 768 L
Tempo de amostragem: TWA 8 horas
 
Equipamentos e Monitoramento
Bomba Gravimétrica
Bomba de amostragem (bomba gravimétrica) de alta vazão para análise de poeiras e fumos
Calibrador de Bombas

Calibrador de vazão é primário padrão para verificação de fluxo, no dia-a-dia, ideal para calibração de bombas de
amostragem pessoal
Acessórios

Porta Tubo
Anemômetro

Mini anemômetro digital


Recolhimento  e Envio das Amostras
Analise de Resultados Obtidos

Valor máximo = L.T. x F. D. Onde:


L.T. = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.° 1.
 F.D. = fator de desvio, segundo definido no Quadro n.° 2.
QUADRO N.º 2
L.T. F.D.
(pp,       ou        mg/m³)  
0           a            1 3
1           a            10 2
10         a          100 1,5
100    a          1000 1,25
acima   de       1000 1,1
 
 
Atividade Extra
1. Saiba mais:
Leitura do artigo: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422008000500047
2. Análise do caso:
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.
 

34- Névoas de Óleo

Método e tipos de Amostradores


ÓLEO MINERAL
Método de amostragem MDHS 14/3, método de análise NIOSH 5026 - Espectrofotometria de Absorção no Infravermelho
Tempo de amostragem: TWA 8 h
Condicionamento para transporte: de rotina
Estabilidade: estável
Valor da análise (amostrador incluso): CONSULTAR
 
METALWORKING FLUIDS (ÓLEO DE CORTE DE METAIS, ÓLEO SOLÚVEL)
Método NIOSH 5524 - Gravimétrico
Amostrador: cassete de poliestireno (ou polipropileno) de 37 mm, referencia SKC 225-2250 com filtro de PTFE com porosidade de 2,0
m, referência SKC 225-27-07, pesado em microbalança eletrônica com sensibilidade de 0,001 mg
Vazão de amostragem: 2,0 L/min
Volume de ar amostrado: mínimo de 960 L, para atender a sugestão de concentração de 0,5 mg/m3 para
Particulado Total de Óleo de Corte conforme estabelecido pelo NIOSH, não há limite de tolerância para a fração extraível e máximo:
não determinado.
Tempo de amostragem: TWA 8 horas
Brancos de Campo recomendados: 10% do nº de amostras
Condicionamento para transporte: manter e transportar sob refrigeração até o momento da análise
 
Equipamentos e Monitoramento
Bomba Gravimétrica

Bomba de amostragem (bomba gravimétrica) de alta vazão para análise de poeiras e fumos.
Calibrador de Bombas    
Calibrador de vazão é primário padrão para verificação de fluxo, no dia-a-dia, ideal para calibração de bombas de
amostragem pessoal.
Acessórios

IOM
Anemômetro

Mini anemômetro digital


Recolhimento  e Envio das Amostras
 Retirar os equipamentos do colaborador sem deixar cair;
 Acondicionar em recipiente livre de umidade, e impactos;
 Realizar o preechimento da cadeia de custódia;
 Enviar pelos correios ao destinatário;
 
Analise de Resultados Obtidos
Além dos problemas de pele, passíveis de serem causados pela exposição a óleos minerais, a névoa de óleo mineral também causa
irritação de olhos, nariz e garganta, podendo causar danos ao sistema respiratório.
 
Atividade Extra
1. Saiba mais:
Leitura do artigo: https://www.abho.org.br/wp-content/uploads/2014/02/artigo_recentesmudancasnostlvs_21_21.pdf
2. Análise do Caso:
 
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.
 
35- Gases

Método e tipos de Amostradores


GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) (CAS 68476-85-7)
Método Environ IT. 10-22/00 - Cromatografia de Gás com Detector de Ionização de Chama
Amostrador: Balão de Tedlar de 5 L
Vazão de amostragem: mínima de 0,02 L/min
Volume de ar amostrado: máximo de 4 L
Tempo de amostragem: TWA 8 horas
Brancos de Campo recomendados: 10% do número de amostras. Encher um balão fora da área de avaliação.
Condicionamento para transporte: proteger o balão de amassamento
Estabilidade: 10 dias (determinada pelo laboratório);
Valor da análise (amostrador incluso): GLP: CONSULTAR, Butano e Propano: CONSULTAR. Apenas Metano:
CONSULTAR
Nota: A ACGIH removeu o limite de tolerância para Gás Liquefeito de Petróleo, estabelecido anteriormente
como Hidrocarbonetos Alifáticos Gasosos, Alcanos de C1 a C4, e estabeleceu o limite de 1000 ppm STEL para Butano, todos os
isômeros.
Limite de quantificação: Butano (CAS 106-97-8; 75-28-5), 1 ppm GLP, 4 ppm, Metano (CAS 74-82-8), 4 ppm e Propano (CAS 74-98-6), 1
ppm
 
Equipamentos e Monitoramento
Bomba Gravimétrica

Bomba de amostragem (bomba gravimétrica) de alta vazão para análise de poeiras e fumos.
Calibrador de Bombas    

Calibrador de vazão é primário padrão para verificação de fluxo, no dia-a-dia, ideal para calibração de bombas de
amostragem pessoal.
Acessórios

Balão de Tedlar
Anemômetro
Mini anemômetro digital
Recolhimento  e Envio das Amostras
 
Analise de Resultados Obtidos
Valor máximo = L.T. x F. D. Onde:
L.T. = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.° 1.
 F.D. = fator de desvio, segundo definido no Quadro n.° 2.
 
QUADRO N.º 2
L.T. F.D.
(pp,       ou        mg/m³)  
0           a            1 3
1           a            10 2
10         a          100 1,5
100    a          1000 1,25
acima   de       1000 1,1
 

 
Além dos problemas de pele, passíveis de serem causados pela exposição a óleos minerais, a névoa de óleo mineral também causa
irritação de olhos, nariz e garganta, podendo causar danos ao sistema respiratório
Saiba mais:
https://trt-4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/430588450/recurso-ordinario-ro-102379820145040541/inteiro-teor-430588472?
ref=juris-tabs
 
 
Atividade Extra
1. Saiba mais:
Leitura do artigo:
https://www.conjur.com.br/2018-nov-29/qualquer-contato-inflamaveis-gera-adicional-periculosidade
2. Análise do caso:
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.
 
36- Ventilação Industrial - Introdução

Objetivo
Apresentar um dos meios mais eficazes disponíveis para evitar que materiais perigosos estejam presentes na atmosfera do local de
trabalho.
A ventilação leva poluentes para longe por um processo ou operação que provavelmente libera uma substância perigosa no local de
trabalho.
Ventilação de Diluição reduz a concentração de contaminação de base pela adição de ar fresco e não-contaminado. No entanto, há
pouca ou nenhuma remoção ou redução do contaminante na fonte.
A ventilação diluidora frequentemente é mais vantajosa para controlar a concentração de vapores de líquidos orgânicos, tais como os
solventes de baixa toxicidade. Na implantação de medidas de prevenção contra as doenças profissionais o técnico responsável deve
avaliar os riscos e buscar informações sobre a toxicidade dos materiais que estão sendo manipulados.
A Psicometria é a ciência que estuda o envolvimento das propriedades do ar Úmido e do processo (secagem, umidificação,
resfriamento, aquecimento) na mudança da temperatura ou do conteúdo de vapor d'água da mistura.
O conforto térmico é definido como uma condição mental que expressa satisfação com o ambiente térmico circunjacente. Ter
conforto térmico significa que uma pessoa usando uma quantidade normal de roupas não sente nem frio nem calor demais.
Podemos entender o conforto térmico por diversas maneiras, entretanto, este estará relacionado a uma condição de bem-estar, na
qual temos a influência de diversos fatores, entre eles, a umidade relativa do ar, a temperatura ambiente, a velocidade do ar, a
vestimenta que está sendo usada, o calor radiante, etc.
Entre os diversos parâmetros existentes na literatura, o que vamos estudar são: o índice de temperatura efetiva, o índice de
temperatura efetiva corrigida, a temperatura radiante média e o índice de calor.
 
Temperatura Efetiva
O índice de temperatura efetiva será a temperatura que irá produzir uma sensação semelhante a uma temperatura medida a uma
umidade relativa do ar de 100 % (ar saturado) e parado (IIDA, 2005). Com base nesta definição, podemos entender que um índice de
temperatura efetiva de 20°C, é aquela temperatura que vai medir 20°C a uma umidade relativa de 100 % com o ar parado.
A Temperatura Radiante Média – TMR, está relacionada com a temperatura de globo (tg), a temperatura seca do ar (tbs) e a
velocidade do ar (v). Para a medida da TMR é utilizado o termômetro de globo que consiste de uma esfera oca de cobre, de 15 cm de
diâmetro, com paredes de 1 mm, pintada externamente e internamente de preto. Um termômetro é fixado no centro da esfera. A
temperatura do ar dentro do globo em equilíbrio é o resultado de um balanço entre o calor ganho ou perdido por meio de radiação e
o calor ganho ou perdido por meio de convecção.
O Índice de calor é bastante utilizado nos Estados Unidos para informar a sensação térmica a partir das aferições de umidade relativa
do ar e da temperatura de bulbo seco, inserindo-os em uma carta. Assim como, pode ser usada a temperatura de orvalho ao invés da
tbs. Este índice é disponibilizado pelo NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration)
Termorregulação é um termo que, em biologia, refere-se ao conjunto de sistemas de regulação da temperatura corporal de alguns
seres vivos (em especial, mamíferos e aves). Esta regulação é exercida graças à coordenação entre a produção (termogénese) e
libertação (termodispersão) do calor orgânico interno. A termorregulação é um mecanismo de homeostasia, já que, na presença de
oscilações térmicas externas, possibilita a manutenção da temperatura corporal dentro de fronteiras definidas.
 
 
Atividade Extra
1. Saiba mais: Leitura do artigo: https://www.voltimum.com.br/sites/www.voltimum.com.br/files/pdflibrary/
04_sistemasventilacaoindustrial.pdf
2. Análise do caso:
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.
 
37- Conforto Térmico

Troca Térmica
A troca de calor acontece quando dois ou mais corpos com temperaturas diferentes são colocados em contato em um mesmo
ambiente (sistema isolado) e, depois de certo tempo, alcançam o equilíbrio térmico.

Fatores Influentes no mecanismo de troca térmica


Os fatores mais comuns de se estudar nas avaliações de sobrecarga térmica e que interferem nas trocas térmicas, são as cinco
seguintes:
A temperatura do ar.
A velocidade do ar (dependendo do caso, pode ser o vento).
A umidade relativa do ar.
O calor radiante.
 A temperatura do ar vai mostrar a influência da troca de calor do corpo humano com o ambiente. A medida pode ser feita com um
termômetro de bulbo seco (tbs), termopares, termorresistências. Quando a informação do equipamento fornecer uma temperatura
maior do que a temperatura da pele, tem-se a indicação de que existe um ganho de calor do organismo pelos mecanismos de
convecção ou condução.
A umidade é um conceito diretamente relacionado com a quantidade de vapor d’água contida em uma quantidade de ar.
Entretanto, denomina-se por umidade relativa, motivo de interesse na exposição, a relação entre a quantidade de vapor contido no ar
e a quantidade de vapor saturado. Pode ainda definir-se como a relação entre a pressão parcial de vapor de água e a pressão de
saturação do vapor de água.
A velocidade do ar é a responsável por aumentar a troca térmica entre o corpo e meio ambiente, por ondução/convecção
O calor radiante é a energia emitida pelos corpos aquecidos procedente de fontes de radiação infravermelha.

A importância da vestimenta
A vestimenta é um dos fatores que influenciam o conforto térmico “As condições de conforto térmico são função da atividade
desenvolvida pelo indivíduo, da sua vestimenta e das variáveis do ambiente que proporcionam as trocas de calor entre o corpo e o
ambiente”. Não somente o tipo de vestimenta, como também o tipo de material com o qual foi confeccionada a roupa interferem no
processo de trocas térmicas, “Sua resistência depende do tipo de tecido, da fibra e do ajuste ao corpo, devendo ser medida através
das trocas secas relativas de quem a usa”.
 
Classificação dos índices de conforto
Estes índices foram desenvolvidos com base em diferentes aspectos do conforto e podem ser classificados como a seguir:
 Índices biofísicos - baseiam-se nas trocas de calor entre o corpo e o ambiente, correlacionando os elementos do conforto
com as trocas de calor que dão origem a esses elementos;
 Índices fisiológicos - baseiam-se nas reações fisiológicas originadas por condições conhecidas de temperatura seca do ar,
temperatura radiante média, umidade do ar e velocidade do vento;
 Índices subjetivos - baseiam-se nas sensações subjetivas de conforto experimentadas em condições em que os elementos
de conforto térmico variam.
Segundo a NR17, do Ministério do Trabalho, a temperatura do ambiente de trabalho onde são executadas atividades intelectuais
como nos laboratórios, escritórios, sala de desenvolvimento e projetos deve ficar entre 20 e 23 graus centígrados, com umidade
relativa inferior a 40%. Outra norma, a ISO 9241, estabelece que o ideal é manter a temperatura entre 20 e 24 graus no verão e 23 e
26 no inverno, com umidade relativa entre 40% e 80%.

 
 
Atividade Extra
1.    Saiba mais:
Leitura do artigo: https://grupomb.ind.br/mbobras/economia-de-energia/conforto-termico-em-empresas-com-ventilac%CC%A7a
%CC%83o-natural/
2. Análise do caso:
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções.
 

38- Avaliação de Conforto Térmico

Medição de stress térmico

De acordo, com o anexo 3 da norma regulamentadora nº 15 (Atividades e Operações Insalubres), a exposição ao calor no local de
trabalho deve ser avaliada através do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo – IBUTG, que trata-se da média ponderada dos
variados valores obtidos durante o intervalo de 60 minutos.
 
O Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo – IBUTG definido pelas seguintes equações:
Ambientes internos ou externos sem carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
Ambientes externos com carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
onde:
tbn = temperatura de bulbo úmido natural em ºC;
tg = temperatura de globo em ºC;
tbs = temperatura de bulbo seco em ºC.
Além disso, o anexo 3 da norma regulamentadora nº 15, específica que as medições devem ser efetuadas no local onde permanece o
trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida.
 
1. O regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço. Neste caso, deve-se cumprir
o estabelecido pelo Quadro nº 1 do anexo 3 da norma regulamentadora nº 15, conforme a figura abaixo:

O regime de trabalho intermitente com período de descanso em outro local (local de descanso). Neste caso, deve-se cumprir o
estabelecido pelo Quadro nº 2 do anexo 3 da norma regulamentadora nº 15, conforme a figura abaixo:

Cálculo de Metabolismo
. Sendo que: M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela seguinte fórmula:

Sendo:
Mt – taxa de metabolismo no local de trabalho.
Tt – soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho.
Md – taxa de metabolismo no local de descanso.
Td – soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso.
É importante ressaltar, que as taxas de metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando-se o Quadro n.º 3 do anexo 3 da NR-15,
conforme a figura abaixo:
 
Além disso, para calcular o valor da média ponderada por uma hora do IBUTG, estabelece a seguinte fórmula:

Além disso, para calcular o valor da média ponderada por uma hora do IBUTG, estabelece a seguinte fórmula:
Atividade Extra
1. Saiba mais: 
Leitura do artigo: https://docplayer.com.br/6074412-Avaliacao-do-conforto-termico-de-trabalhadores-de-uma-industria-textil.html
2. Análise do caso:
3.
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções. 
 

39- Tipos de Ventilação


Ventilação Natural
O uso da ventilação natural é um dos princípios básicos da arquitetura sustentável, ou da boa arquitetura, afinal o vento é um recurso
natural, gratuito e renovável.

Esse tipo de ventilação tem como principal objetivo garantir o bem-estar e a saúde nos ambientes, uma vez que assegura que a
circulação do ar seja eficiente, eliminando ar quente e os contaminantes presentes no ar ao permitir que novos ares entrem no local.
Isso ocorre devido a uma abertura feita no teto, nas laterais ou no piso, permitindo a incidência de ventos para que ocorra a
movimentação do ar no ambiente.

Ventilação Forçada
Ventilar um local, significa renovar o ar dum ambiente fechado. A ventilação forçada consiste em utilizar dispositivos próprios
(ventiladores, exaustores, extractores, etc.) que provocam o movimento do ar entre o interior e o exterior do recinto. Ventilação sem
condicionamento de ar. ... ventilação forçada.

Ventilação Geral Natural


A ventilação geral diluidora é utilizada para insuflar o ar em um ambiente de trabalho e/ou exaurir ar desse local, com o objetivo de
minimizar a concentração de poluentes e contaminantes.
Um dos sistemas de ventilação mais eficientes na prevenção contra contaminantes (gases, vapores ou poeiras tóxicas) presentes nos
ambientes ocupacionais, a ventilação local exaustora tem como objetivo capturar o ar contaminado para evitar que ele comece a
prejudicar a saúde e bem-estar dos trabalhadores.
Atividade Extra
1. Saiba mais: 
Leitura do artigo https://www.scielo.br/pdf/rbso/v44/2317-6369-rbso-44-e4.pdf
2. Análise do caso:
3.
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções. 

40- Exaustores e Ventiladores

Exaustores Estáticos
Os exaustores estáticos como o próprio nome diz, não giram, por isso não são capazes de causar o vácuo necessário para a exaustão
efetiva do ar quente, apenas aproveitam sua tendência natural de subir constituindo assim SAÍDAS PARA O AR, mas não em vazões
satisfatórias.  Podem melhorar o desempenho  dos sheds e lanternins.

Objetivos
 - Renovação constante do ar interno;
 - Minimiza a diferença entre as temperaturas interna e externa;
 - Evita a condensação de água pela diferença de temperaturas e conseqüentemente o desenvolvimento de fungos; 
- Evita o ressecamento e compactação da camada superior de grãos.
 
Ventilador de Telhado
Os Ventiladores de Telhado fazem a exaustão do ar em ambientes onde ocorrem problemas de calor, presença de fumaça ou odores
indesejáveis. São instalados com facilidade em substituição a uma telha de cobertura de prédios industriais, oficinas, armazéns,
depósitos, galpões, etc.
 
Características:
- telha e chapéu são fabricados com resina poliéster reforçada com fibra de vidro;
- a carcaça do ventilador é feita em chapa de aço;
- a hélice é construída em alumínio fundido com rigoroso balanceamento estático e dinâmico;
- o motor é especial para exaustão, totalmente blindado, tipo IP 54, trifásico. 

Exaustores eólicos
São utilizados para combater problemas com calor, fumaça, mal cheiro, gazes tóxicos e partículas suspensas (poeiras finas).
O calor pode ser gerado de duas maneiras: internamente com irradiações de máquinas ou pessoas e externamente pela incidência do
sol no telhado e paredes. O calor tem a tendência natural de subir e sua trajetória é barrada pelo forro ou telhado, a massa de ar
quente e a poluição ficam então acumulados poucos metros abaixo do teto aquecendo as camadas subseqüentes. 

O vento incide sobre as aletas de alumínio provocando o giro do globo móvel, este giro produz um redemoinho na base do
Exaustor (logo abaixo do telhado) que succiona a massa de ar quente.
Os Exaustores Eólicos utilizam para seu funcionamento o deslocamento das massas de ar atmosférico (vento em velocidade) que
incidem no globo do exaustor, fazendo com que o ar movimente as suas aletas e promova a exaustão da massa de ar quente gerada
no ambiente interno, proporcionando uma exaustão ininterrupta do ar.

Tipos de Ventiladores 
Axiais
Centrífugos
Axial-centrífugo
 
Ventiladores Axiais
O Ventilador axial é uma máquina de movimentação de ar limpo. Serve para renovar uma determinada quantidade de ar de um
ambiente em função da temperatura e de CO gerado nele. Suas pás estão dispostas perpendiculares e radiais ao eixo, fixadas em um
cubo acoplado ao eixo.
 

Ventiladores Centrífugos
O Ventilador centrífugo é uma máquina de movimentação de ar e possui este nome por seu princípio de centrifugação, ou seja,
acelera o fluido que entra paralelo a linha de centro do eixo e é lançado na perpendicular realizando movimento centrífugo, quando
seu rotor sofrer rotação.

Os ventiladores siroco, além de serem usadas em diversos tipos de máquinas, são utilizados para ventilação, transporte pneumático,
secagem, exaustão, refrigeração, aspiração, canhão e anéis de extrusoras, cabines de pintura,refrigeração de motores,secagem de
grãos,secagem de papéis,queimadores industrias,aspiração e ventilação em coifas, etc
 
Outras aplicações
•    Resfriamento (equipamentos, máquinas, resistências)
•    Aspiração (ar, gases)
•    Refrigeração (equipamentos, máquinas, resistências)
•     Secagem (peças, grãos, plástico, granulados, cavacos)
•     Aeração (cortina de ar, sistemas de exaustão)
 
Coifas e Captores
Locais de captura de poluentes dimensionados por fonte poluidora que com um mínimo de energia promove a entrada destes
poluentes para o sistema de exaustão. Induzem na zona de emissão de poluentes, correntes de ar em velocidades tais que assegurem
que os poluentes sejam carregados pelas mesmas para dentro do captor. As dimensões do processo ou operação determinam as
dimensões do captor e sua forma.

Atividade Extra
1. Saiba mais: 
Leitura do artigo https://www.megaclima.pt/blog/serve-um-exaustor-industrial/
2. Análise do caso:
3.
1º Conduzir o discente a conexão de teoria a casos reais, e contextualizar os conteúdos ministrados e possíveis soluções

Você também pode gostar