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DIREITO DO CONSUMIDOR – LEI 8.

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Aula 1 – CÓDIGO DE DEFESA

A existência do CDC foi através de um mandado da Constituição para elaboração, em razão das
mudanças da sociedade.

- Código de DEFENDER o consumidor. O Estado promoverá (obrigação), na forma da lei, a


defesa.

- Uma norma de ordem pública e interesse social.

AULA 2 – RELAÇÃO DE CONSUMO

CONSUMIDOR PADRÃO: Toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final. (Art 2º)

CONSUMIDOR EQUIPARADO:

1- Consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo


nas relações de consumo. (Direitos coletivos). (Art 2º, parágrafo único)
2- Consumidores todas as vítimas do evento, que trata da responsabilidade pelo fato do
produto e serviço. (Art 17º)
3- Consumidor todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele
previstas. (Art. 29º)

FORNECEDOR: pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como
os entes despersonalizados que desenvolver atividade de produção, montagem, criação,
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de
produtos ou prestação de serviços. (Art 3º)

FORNECEDOR É GÊNERO.

Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. (não tem requisito de
remuneração, o que difere de serviço).

Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração,


inclusive de natureza bancária, financeira, de crédito, de seguro, salvo as relações de caráter
trabalhista porque é regida pela CLT.

SERVIÇO: REMUNERAÇÃO PODE SER DIRETA OU INDIRETA

Remuneração indireta: Há serviços que são gratuitos ao consumidor, mas que trazem
remuneração ao fornecedor, mantendo, assim, a aplicação do CDC.

OS SERVIÇOS PÚBLICOS SÃO REGIDOS PELO CDC? Depende

Os serviços chamados de “UTI UNIVERSI” tais como segurança pública, saúde pública, etc, são
financiados por impostos e, então não tem aplicação do CDC.

Os serviços chamados de “UTI SINGULI” são passíveis de determinação, tais como telefonia,
água e energia elétrica. Nestes casos, tem a aplicação do CDC.

TEORIAS SOBRE CONSUMIDOR PESSOA JURÍDICA/ PROFISSIONAL


A) Teoria finalista ou subjetivista: Consumidor, então, seriam pessoas físicas ou jurídicas
não profissionais. Somente para finalidades não profissionais.
B) Teoria maximalista ou objetiva: Não importa finalidade. Então abrangia todas as
empresas, até as que compram insumos, etc. (EXISTE, MAS NÃO FOI ACOLHIDA).
C) Teoria finalista aprofundada ou mitigada: Sujeito poderá ser considerado consumidor
se estiver em uma posição de vulnerabilidade podendo ser econômica, técnica,
jurídica, fática.

Art 4º, I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;

AULA 3 – RESPONSABILIDADE CIVIL NO CDC

- Ação direta do consumidor contra o fornecedor (gênero)

- Em regra, é responsabilidade objetiva (que não depende de culpa), exceto a dos profissionais
liberais, que é a responsabilidade subjetiva.

- Havendo a ideia de danos (materiais, morais, estéticos) teremos o FATO que o legislador
chama de DEFEITO. (VÃO ALÉM DO VALOR DO PRODUTO).

- Havendo a ideia de substituição, conserto, temos a ideia de VICIO.

Quem são os responsáveis por FATO DE PRODUTO?

REGRA: fabricante, produtor, construtor e importador, o comerciante só será responsável nos


casos de o fabricante, construtor, produtor ou importador não puderem ser identificados, ou
caso o produto fornecido sem identificação clara do seu fabricante ou se comerciante não
conservar adequadamente os produtos perecíveis.

Exceção: Não serão responsabilizados se provarem que não colocou o produto no mercado,
embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste/ a culpa exclusiva do
consumidor ou terceiro.

Quem são os responsáveis por FATO DE SERVIÇO?

Fornecedor de serviços responde, independente de existência de culpa pela reparação de


danos causados relativos à prestação de serviços. A responsabilidade pessoal dos profissionais
liberais será apurada mediante a verificação de culpa.

PRAZO PARA PRESCRIÇÃO: 05 ANOS

Vício pode ser de quantidade e de qualidade.

VÍCIO DE PRODUTO DE QUALIDADE:

O fornecedor terá prazo de 30 dias CORRIDOS para sanar o vício. Caso não seja sanado, poderá
o consumidor exigir a SUA ESCOLHA:

- Substituição do produto por outro da mesma espécie OU

- Restituição da quantia paga (atualizada) podendo também pedir perdas e danos

- Abatimento proporcional do preço.

VÍCIO DE PRODUTO DE QUANTIDADE:

Não há prazo de 30 dias, trocando, reparando.


O consumidor poderá exigir:

- Abatimento proporcional do preço

- Complementação do peso ou medida

- Substituição do produto por outro da mesma espécie, marca, modelo

- Restituição imediata da quantia paga, sem prejuízo de perdas e danos.

VÍCIO DE QUALIDADE POR SERVIÇO:

- HÁ PRAZO DE 30 DIAS SOMENTE NO VÍCIO DE QUALIDADE DE PRODUTO.

- A reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível

- A restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de


eventuais perdas e danos

- Abatimento proporcional do preço

VÍCIO DE QUANTIDADE POR SERVIÇO:

Exemplo: Eu pago um preço para ter 1000 MEGAS e eu verifiquei que tá chegando a 50MEGAS
de internet.

 Aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou


mensagem publicitária.

QUAIS SERIAM AS SOLUÇÕES?

1 – A reexecução dos serviços, sem custo adicional quando cabível

2 – A restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de


eventuais perdas e danos

3 – Abatimento proporcional do preço

PRAZOS PARA RECLAMAR DE VÍCIO DE PRODUTO OU SERVIÇO.

30 dias – fornecimento de produtos não duráveis

90 dias – produtos duráveis

A PARTIR DE QUANDO COMEÇA A CONTA?

Vício aparente: entrega do bem ao consumidor (tanto durável quanto não durável)

Vício oculto: A partir do momento em que fica evidenciado o problema

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