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II.

DO DIREITO

Do direito do Autor

O Código de Defesa o Consumidor logo no seu artigo 3º define a pessoa do fornecedor o


qual tem responsabilidades sobre os bens que fornece/comercializa:

"Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública


ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividades de
produção, montagem, criação, construção, transformação,
importação, exportação, distribuição ou comercialização de
produtos ou prestações de serviços."

Vem ainda, o direito do autor, primordialmente amparado na Lei nº 8.087/90, em especial


em seu Art. 18, que dispõe sobre a responsabilidade por Vício do Produto :

Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não


duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou
quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a
que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles
decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do
recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária,
respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o
consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta
dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua
escolha:
I-…
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
§ 6° São impróprios ao uso e consumo:
I-…
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados,
avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida
ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com
as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou
apresentação;
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem
inadequados ao fim a que se destinam.

O autor encontra-se amparado ainda pela mesma Lei citada anteriormente, mas que vale
salientar, em seu Art. 23 “A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por
inadequação dos produtos e serviços não o exime de responsabilidade.”
Da Decadência e da Prescrição

Por se tratar de vício oculto, garante-se o direito do autor nos artigos

Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de


fácil constatação caduca em:

§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-


se no momento em que ficar evidenciado o defeito. Art.
27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos
danos causados por fato do produto ou do serviço prevista
na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do
prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.

VI. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência:

a) o deferimento dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 98 e seguintes do


CPC/2015;

b) a designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do


CPC/2015;

e) ao final, seja dado provimento a presente ação, no intuito de condenar o réu ao


reembolso de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) pagos pelo bem com vício oculto, bem como
ao pagamento pelo emplacamento do veículo em questão, como combinado no ato da
compra, e ainda aos custos de R$ 86,00 ( oitenta e seis reais) e mais R$ 53,43 (cinquenta e
três reais e quarenta e três centavos) ambos pagos com intuito de regularizar a
documentação para que o veículo pudesse transitar em acordo com as leis vigentes.

f) seja o réu condenado ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios;

Pretende-se provar o alegado por todos os meios de prova admitidos, em especial, pelos
documentos acostados à inicial, por testemunhas a serem arroladas em momento oportuno
e novos documentos que se mostrarem necessários.

Dá-se a causa o valor de R$ 15.139,43 (quinze mil, cento e trinta e nove reais e quarenta e
tres centavos).

Termos em que,

Pede deferimento.

Irati, 06 de novembro de 2022..


Lorena
OAB/... XXX. XXX

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