Você está na página 1de 3

Rascunho de um trabalho acadêmico .

Parecer 0003
Assunto – Viabilidade de Ação Judicial consumerista,
Ementa, Código de defesa do Consumidor art. 26, garantia legal do produto. Vicio
oculto artigo 18 do CDC, parágrafo 1º do mesmo. CNJ (conselho Nacional de Justiça).
Trata-se de consulta formulada por consumidor pessoa física, o qual busca aferir a
viabilidade do ingresso de demanda judicial para compelir pessoa jurídica a ressarcir os
danos decorrentes de produto cujo vício ensejou sua inutilidade.
O produto constitui em uma cafeteira profissional, com manual de instrução e garantia.
Consta que depois de alguns dias de uso do produto, verificou-se falhas constantes, e
que a reclamante conseguia tirar somente de quatro a seis cafés expressos seguidos
antes da máquina desligar, levando quase vinte minutos para retomar a operação.
Sem saber o que fazer com o produto apresentando defeito, a senhora Eliane liga para o
representante da empresa e pedi esclarecimentos sobre o mau funcionamento da
cafeteira, contudo foi lhe informada para que fosse encaminhada a cafeteira
profissional para a assistência técnica.
No dia seguinte, depois de entregar sua máquina à transportadora, conforme as
instruções que foram passadas, Eliane, repentinamente, se sentiu mal.
Passados alguns dias Eliane tem a triste notícia de a garantia não vai cobrir a máquina e
que o conserto vai custar praticamente R$16.000,00, e precisará arcar com os prejuízos.
Pelos fatos acima narrado o Código de Defesa do Consumidor em seu artigo 26, diz que
todo e qualquer produto tem uma garantia legal, ou seja, consiste em um prazo para que
o consumidor possa reclamar de qualquer problema que o produto apresente em 30 dias,
em caso de produto não durável, (como alimentos, por exemplo); e 90 dias, em caso de
produto durável (como um eletrodoméstico, por exemplo). Como foi bem exposto a
reclamante está com a garantia do produto em dia, uma vez que respeita os
procedimentos aludido pelo representante da empresa, e encaminhou o produto para a
assistência técnica, uma vez não recebeu laudo da assistência técnica, para uma possível
troca do produto, pois consta no Artigo 49 do Código de defesa do consumidor que o
prazo e de sete dias para troca, se aplicando as compras feitas fora do estabelecimento
comercial, como pela internet ou por telefone. O que podemos comprovar que a
Senhora Eliane comprou o produto pela internet, ou seja, a reclamada não cumpriu com
as regras do contrato, agindo de má fé com a cliente.
Art.26 do CDC, o direito de reclamar pelos
vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:

I – 30 (trinta) dias, tratando-se de fornecimento


desserviços e de produtos não duráveis;

II- 90 (noventas) dias, tratando-se de fornecimento


de serviços e de produtos duráveis.
Doutrina

Natureza do direito: A norma do Art. 26 não é de


todo translúcida. O caput menciona a decadência do
direito de reclamar, evitando falar da decadência do
direito subjetivo, ou de prescrição da ação que
protege tal direito de receber um produto adequado.
Em seu inciso 2º. A norma do Art.26 dispõe que
obstam a decadência: “I – a reclamação
comprovadamente formulada pelo consumidor
perante o fornecedor (...) até a resposta negativa
(...)”. Ora, se a decadência fosse efetivamente do
direito de reclamar, este já teria sido usado,
exercitado como direito; logo, não poderia morrer,
decair, caducar, como se queira

A de se analisar sobre a possiblidade de vício oculto, acha vista que o produto já


não estava funcionado com deveria e as falhas na produção de xicaras de café só
aumentavam com passar dos dias, como consta a requerida.

Fundamentação
Possibilidade de vício oculto
Sobre os vícios, Paulo Luiz Netto Lôbo em seu livro Manual do Direito do
Consumidor, faz a seguinte explicação:
“Vicio, pois é todo aquele que impede ou reduz a realização da função ou do fim a que se
destinam o produto ou o serviço, afetando a utilização que o consumidor deles espera, segundo a
previsão corrente ou convencional, define-se subjetiva e objetiva”.

Parágrafo 1º do Artigo 18 do CDC, traz em seus incisos hipóteses de escolhas do consumidor caso
o vício não seja sanado no prazo de trinta dias, são elas.

I- a substituição do produto por outro da


mesma espécie, em perfeitas condições de
uso;
II- a restituição imediata da quantia paga,
monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
III- o abatimento proporcional do preço.
Em verdade é importante esclarecer, que este prazo de trinta dias para a
resolução do vício, só pode ser ampliado com a concordância expressa do
consumidor, fato que a senhora Eliane não obteve reposta do produto em
nenhum momento, de fato a cliente obteve a informação de que era
preciso encaminhar o produto pela transportadora e nada mais, contudo a
empresa não cumpriu com nenhuma prerrogativas na lei para ajudar a
cliente que foi lesada em vários sentidos mais uma vez conclui-se que a
empresa agiu de má fé com o cliente. A cliente Eliane sem informação da
empresa sobre o produto com defeito, sem saber o que fazer, vai atras de
seus direitos, e entre com uma ação contra a empresa da máquina de café.
O juiz nomeou o perito, que logo fez o laudo da máquina, sem que ela
pudesse acompanhar ou fazer perguntas. Concluiu que não havia defeito
de fabricação, e que o problema foi causado por falha na operação do
equipamento.

Fica nítido que o juiz não respeito o Código e Ética, posto que é
consagrado desde a liberdade das partes em transacionar direitos
patrimoniais disponíveis em um negócio; livre escolha de optar pela
arbitragem para solucionar suas controvérsias, com a inclusão da cláusula
compromissória no contrato celebrado, passando pelo estabelecimento de
regras quanto ao procedimento arbitral, até a fixação de prazo para
prolatar a sentença arbitral. Esse princípio, em nenhum momento, deverá
ser relegado a segundo plano pelo árbitro no desempenho de suas funções,
posto ser sua investidura delegada pelas partes e delimitada, por elas
próprias, em aspectos relativos a seus interesses no âmbito da
controvérsia, o que se verifica ao curso do processo, que a cliente não
deve seu direito respeitado, nem pela empresa e nem pelo juiz da ação.
Finalmente pede deferimento a ação feito pelo magistrado pelos fatos que
identifiquem claramente os desvios praticados pelo juiz, descumprindo
seus deveres como togado, que se inicie o processo administrativo e danos
morais pelo constrangimento que a cliente passou em saber que não teve a
possibilidade de acompanhar junto com seu advogado a pericia feita na
maquina e nem de contratar um técnico de sua escolha para uma melhor
analise com o perito do juiz.

Você também pode gostar