FALANDO

EM DIREITOS
DIREITO DE ARREPENDIMENTO DO CONSUMIDOR
 DIREITO DE ARREPENDIMENTO DO CONSUMIDOR

Você sabe o que é o “direito de

arrependimento”?
O direito de arrependimento é a possibilidade
de o Consumidor desistir da compra de um
produto/serviço. no prazo de reflexão de 07
dias contados da assinatura do contrato ou do
ato de recebimento do produto ou serviço,
porém isso não vale em qualquer ocasião.

Quando é valido alegar o direito de

arrependimento?
O direito de arrependimento no prazo de 07 dias,
vale para quem compra um produto fora do
estabelecimento comercial, como, por exemplo, a
compra realizada pela internet. Portanto, “fora do
estabelecimento comercial”, significa uma forma
não presencial de comprar o produto, seja pela
internet, por telefone ou telemarketing, por
correspondência, pela TV ou por qualquer outro
meio eletrônico.

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Qual o fundamento legal?
O direito de arrependimento é previsto no
artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor,
O FORNECEDOR deverá arcar com as despesas
que diz:
de transporte para devolução da mercadoria à
loja.
“O consumidor pode desistir do
contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua
assinatura ou do ato de recebimento do Caso eu faça a compra de forma
produto ou serviço, sempre que a contratação presencial, não tenho direito de
de fornecimento de produtos e serviços “arrependimento”?
ocorrer fora do estabelecimento comercial,
especialmente por telefone ou a domicílio. Aos Consumidores que contratam
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o produtos/serviços dentro do estabelecimento
direito de arrependimento previsto neste comercial, o artigo 18 do Código de Defesa do
artigo, os valores eventualmente pagos, a Consumidor prevê o seguinte:
qualquer título, durante o prazo de reflexão,
serão devolvidos, de imediato, “Art. 18. Os fornecedores de produtos de
monetariamente atualizados.” consumo duráveis ou não duráveis
respondem solidariamente pelos vícios de
É necessário que o consumidor qualidade ou quantidade que os tornem
justifique o motivo pelo qual não impróprios ou inadequados ao consumo a que
quer mais o bem ou serviço? se destinam ou lhes diminuam o valor, assim
como por aqueles decorrentes da disparidade,
com a indicações constantes do recipiente,
NÃO. O direito de arrependimento pode ser
da embalagem, rotulagem ou mensagem
exercido de forma absolutamente imotivada,
publicitária, respeitadas as variações
ou seja, o consumidor não precisa dizer os
decorrentes de sua natureza, podendo o
motivos pelos Pouco importa também se o
consumidor exigir a substituição das
produto ou serviço não apresenta nenhum
partes viciadas.
vício. Assim, o produto ou serviço poderá ser
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo
devolvido mesmo que esteja funcionando
máximo de trinta dias, pode o consumidor
perfeitamente.

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exigir, DIREITO DE ARREPENDIMENTO DO CONSUMIDOR
alternativamente e à sua escolha:
consumidor o fornecedor imediato, exceto
I - a substituição do produto por outro da
quando identificado claramente seu produtor.
mesma
§ 6° São impróprios ao uso e consumo:
espécie, em perfeitas condições de uso;
I - os produtos cujos prazos de validade
II - a restituição imediata da quantia paga,
estejam vencidos;
monetariamente atualizada, sem prejuízo de
II - os produtos deteriorados, alterados,
eventuais perdas e danos;
adulterados, avariados, falsificados,
III - o abatimento proporcional do preço.
corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à
§ 2° Poderão as partes convencionar a
saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em
ampliação do prazo previsto no parágrafo
desacordo com as normas regulamentares
anterior, não podendo ser inferior a sete nem
defabricação, distribuição ou apresentação;
superior a cento e oitenta dias. Nos contratos
III - os produtos que, por qualquer motivo, se
de adesão, a cláusula de prazo deverá ser
revelem inadequados ao fim a que se
convencionada em separado, por meio de
destinam.”
manifestação expressa do consumidor.
§ 3° O consumidor poderá fazer uso
Portanto, quando a compra é feita de modo
imediato das alternativas do § 1° deste artigo
presencial, o consumidor não tem direito à
sempre que, em razão da extensão do vício, a
devolução pelo mero arrependimento da
substituição das partes viciadas puder
compra, ou seja, não poderá devolver o
comprometer a qualidade ou características
produto porque percebeu que não gostou,
do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar
mas poderá, em caso de vício do produto,
de produto essencial.
pedir pelo ajuste ou conserto do defeito.
§ 4° Tendo o consumidor optado pela
alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e
Não sendo o vício sanado no prazo máximo de
não sendo possível a substituição do bem,
trinta dias, pode o consumidor exigir,
poderá haver substituição por outro de
alternativamente e à sua escolha:
espécie, marca ou modelo diversos, mediante
complementação ou restituição de eventual I - a substituição do produto por outro da
diferença de preço, sem prejuízo do disposto mesma espécie, em perfeitas condições de
nos incisos II e III do § 1° deste artigo. uso;
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in II - a restituição imediata da quantia paga,
natura, será responsável perante o monetariamente atualizada, sem prejuízo de

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II - os produtos deteriorados, alterados,
adulterados, avariados, falsificados,
corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à
saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em
desacordo com as normas regulamentares de
abricação, distribuição ou apresentação;
III - os produtos que, por qualquer motivo, se
revelem inadequados ao fim a que se
destinam.”
Caso o comerciante se negue a
resolver o problema, o que
fazer?
O Consumidor pode pedir auxílio ao Procon e
buscar os seus direitos. O órgão atende tanto
de modo online através do sítio eletrônico
www.procon.pr.gov.br, quanto de modo
presencial.
Também é possível buscar orientação na
Defensoria Pública do Estado, que presta
assistência jurídica integral e gratuita a quem
tem renda familiar de até 3 salários-mínimos
mensais.
Siga o site da Defensoria Pública do Estado do
Paraná:
http://www.defensoriapublica.pr.def.br/
CURIOSIDADE! IMPORTANTE:
No ano de 2020, diante do isolamento social,
com fechamento do comércio e cumprimento
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da quarentena, o volume de compras online
aumentou consideravelmente, especialmente
no regime delivery, reclamando uma
regulamentação legislativa no país.
A Lei 14.010/2020 cria novo regime jurídico
durante a pandemia.
Conforme art. 8º da nova legislação, fica
suspensa a aplicação do art. 49 do CDC para
dois tipos de produtos essenciais:
* Bens perecíveis ou de consumo imediato,
como os casos de pedidos de pratos de
comida por "delivery";
* Medicamentos;
A suspensão é válida até 30/10/2020, data
escolhida pelo legislador como o de provável
fim dos transtornos da pandemia da Covid-19
no Brasil.
Cumpre chamar a atenção, entretanto, que se
o produto estiver estragado, com alguma
contaminação de parasita ou problema de
validade teráo consumidor direito à devolução
do seu dinheiro com direito ainda a
indenização já que se caracterizaria uma
situação de responsabilidade por vício do
produto (art. 12 do CDC) e não se falaria de
direito de arrependimento do art. 49 do CDC.

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