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Exercício 4 – Case de um franqueado (loja de roupas e calçados exclusivos da marca)

Quando pesquisado no google sobre a Bora Lá, os resultados demostram diversas ofertas de produtos
da marca para compra on-line (lojas como Kanui, Centauros, Netshoes, Dafiti e o site da própria
franqueadora), que por sinal é voltado exclusivamente para vendas on-line e divulgação institucional.
Os produtos disponíveis no site são atrativos e muitos são os mesmos encontrados na loja do shopping.
Segundo o site G1, o faturamento via comércio eletrônico cresceu 7,5% em 2017 através do número de
pedidos e deve ter avanço ainda maior neste ano, ou seja, uma boa parte das vendas nas lojas físicas serão
absorvidas pelas vendas on-line.
O site da franqueadora cita que os endereços e os contatos das lojas físicas só são informados através
de um 0800 de segunda a Sexta - das 9h às 18h ou por e-mail.
Ao contatar o 0800 fomos informados que não há loja própria da Bora Lá em Brasília, inclusive
formalizaram isso via e-mail, assim como nos enviaram a lista com todas as lojas que comercializam
produtos Bora Lá no Brasil. Nesta ligação também reforçaram a possibilidade de efetuar a compra pelo e-
commerce e que um dos maiores revendedores na região é a “Centauro”.
Nas redes sociais, há poucas curtidas, compartilhamentos e comentários. A grande maioria dos
comentários são reclamações e as respostas aos clientes nas redes sociais ocorrem tardiamente.
A loja Bora Lá no Brasília Shopping é agradável, com vendedoras atenciosas e simpáticas. As demais
lojas do mesmo shopping que também comercializam produtos Bora Lá, concedem um prazo de pagamento
alongado, o que é um ótimo atrativo para quem quer um produto da marca e não pode ou não quer pagar à
vista. Outra vantagem destes players é a possibilidade de adquirir produtos de marcas similares a preços
mais baratos devido à variedade.
Não há uma cláusula de proteção territorial no contrato efetivado com o franqueador.
Segundo o empresário, em breve, até mesmo o Walmart comercializará produtos Bora Lá no Brasil, a
exemplo do que já ocorre no exterior.
A alta no faturamento dos últimos dois meses de 2017 contribuiu diretamente para o aumento do lucro
líquido anual, mas o fechamento de algumas lojas de peso no shopping contribuiu para o maior movimento
e faturamento no período.
A sazonalidade tão expressiva nas vendas em alguns meses afeta diretamente o lucro mensalmente.
Com a margem de lucro baixa em alguns meses e prejuízos em outros, a empresa consome suas
reservas, obrigando o empresário a antecipar recebíveis e se endividar em alguns momentos.
Aproximadamente 60% das vendas são no crédito parcelado em até 5 vezes, onde as taxas de
administração dos cartões são expressivas. Como consequência, a Necessidade de Capital de Giro (NCG)
aumenta, uma vez que o prazo médio de recebimento é estendido.
O preço de compra e de venda estipulados pelo franqueador também são grandes desafios do lojista.
A operação pesada no shopping (Aluguel, condomínio, IPTU e fundo de promoção), os salários mais
benefícios e encargos, os seguros e juros ligados aos empréstimos contraídos, assim como as despesas
inerentes ao escritório, constituem os gastos mais representativos.
Nos três primeiros meses do ano as atividades da empresa não geraram caixa suficiente para bancar a
operação e as atividades de financiamento corroem o restante do caixa gerado na operação.
Com base nos dados acima:
a) Façam uma análise da situação, levantando os problemas e identificando as reais causas que
fizeram a empresa apresentar este quadro;
b) Tracem um plano de recomendações para a empresa, indicando os caminhos que podem ser
adotados para reverter a situação.

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