Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
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.14
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MBA em Marketing
kh
ou
Bar
la
mi
Ca
E m 2017, a Nasdaq projetou que até o ano de 2040, 95% das compras
mundiais serão efetuadas por meio de um dispositivo eletrônico. Bardsen
(2022) alerta que o resultado pode ocorrer antes, devido ao aceleramento
causado pela pandemia de Covid-19, a qual fez com que muitas pessoas, que
nunca haviam comprado pela internet, experimentassem as plataformas on-
9
line, assim se tornando um caminho sem volta.
9-6
Segundo E-commerce Brasil (2022), as vendas on-line pós-pandemia no Brasil
tiveram um aumento significativo. De acordo com o levantamento efetuado
.60
pela empresa CupomValido, o país lidera o ranking de crescimento das vendas
on-line mundiais, com 22,2% no ano de 2022 até o primeiro semestre. Segundo
o mesmo estudo, o Brasil possui uma expectativa de crescimento quase duas
7
vezes maior que a média mundial de 11,35%, superando países como o Japão
.14
(14,7%), Estados Unidos (14,55%) e França (11,68%).
Além do mais, estima-se um crescimento de 20,73% ao ano, entre 2022 e
1
2025, para as compras on-line no país (E-commerce Brasil, 2022).
10
Otimização de Conversão).
B
Pensando nisso, esse material tem como premissa navegar pelos seguintes
la
assuntos:
mi
2
1. UM PANORAMA SOBRE O
MERCADO DE E-COMMERCE
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O comércio eletrônico nacional alcançou a marca de R$ 118,6 Bilhões em vendas no fechamento do
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1º semestre de 2022, mostrando um crescimento de 6% em comparação com 2021. O crescimento
se refletiu em todas as regiões do país, com maior destaque para o Norte e Nordeste (Webshoppers,
2022a).
.60
Embora os consumidores tenham voltado a sua rotina em 2022, tendo mais contato com o ambiente
físico, o brasileiro gostou de experimentar as vendas on-line, explorando cada vez mais novas
7
categorias no e-commerce, com destaque para Alimentos e Bebidas.
.14
“Os shoppers buscam pela praticidade e promoções especiais ofertadas no e-commerce, assim
1
abrindo as portas para as lojas online explorarem as novas possibilidades de fidelizar os consumidores”
10
87,4
Vendas em bilhões de R$ Variação vs ano anterior
19,4%
mi
44,7 53,2
41,3 44,4
35,8
18,7 22,5 28,8
1º Semestre
Var. Valor 28% 14% 31% 26% 16% 5% 8% 12% 12% 47%
2º Semestre 25% 26% 26% 23% 15% 9% 7% 11% 20% 37%
Var. Valor
3
Além disso, as compras via dispositivos móveis se intensificaramno e-commerce em 2021, totalizando
59% de todos os pedidos.
O e-commerce continuará em ascensão pelo mundo. Segundo um estudo da Grand View Research, é
previsto que o mercado mundial de e-commerce B2B (business to business) alcançará um crescimento
anual de 19,7%, de 2022 a 2030 (Venda Mais, 2021).
Contudo, não basta apenas uma empresa estruturar seu e-commerce e acreditar que este será
encontrado facilmente por seus consumidores. É preciso, na sequência, abordar sobre a importância da
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adoção de estratégias de CRO para um comércio eletrônico.
9-6
.60
2. CRO (CONVERSION RATE
7
.14
OPTIMIZATION OU OTIMIZAÇÃO DE
CONVERSÃO) E O E-COMMERCE
1
10
kh
M uitas pessoas nunca pararam para pensar que vender algo pela
internet é bem mais difícil que vender algo em uma loja física, sabe
ou
por quê? Enquanto uma loja física possui um endereço fixo e, toda vez
que um cliente passa por ela, acaba se deparando com sua fachada, um
ar
século XXI é o conteúdo que uma marca publica em suas mídias sociais,
blogs, entre outros.
Ca
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9-6
7 .60
Portanto, para que um e-commerce atraia, retenha e fidelize seu cliente, é necessário atuar com estratégias
.14
de Marketing de Conteúdo, SEM (Search Engine Marketing) e SEO (Search Engine Optimization). Para isso,
o profissional de marketing necessita estruturar sua buyer persona, ou seja, criar um avatar (personagem)
que simbolize seu público-alvo, mapeando todas suas dores, prazeres e necessidades e, com base nisso,
1
criar conteúdo de qualidade para o Avatar.
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O marketing de conteúdo consiste em uma série de ações de marketing digital que visam produzir
e divulgar conteúdo útil e relevante na Internet para atrair a atenção e conquistar o consumidor online
kh
(Torres, 2018).
Já o SEM (Search Engine Marketing, ou Marketing de Otimização de Buscadores), são técnicas para
ou
promover um site, portal, ou e-commerce junto às ferramentas de busca, podendo ser trabalhadas de
duas maneiras: links patrocinados (que seria uma busca paga, usando sistemas como Add-Words ou
ar
Facebook Ads, em que você paga pelos cliques ou visualizações do site ou nas mídias sociais) e pelo SEO
(Search Engine Optimization) – técnicas para gerar busca orgânica (gratuitamente), utilizando palavras-
B
Logo, os consumidores são atraídos para o seu site, pois as ferramentas de busca, como o Google,
vasculham este conteúdo e o exibem para seus consumidores no momento em que ele estiver procurando
mi
orgânico ou pago, esse conteúdo deve auxiliar na coleta de leads para a empresa. Ou seja, utilize também
o e-mail, Telegram ou Whatsapp do possível cliente para enviar conteúdo. Recomenda-se que a marca não
dependa exclusivamente de seus seguidores, nas mídias sociais, pois, caso o dono dessa mídia decida
desativá-la, a empresa pode perder todos os seus contatos.
Um exemplo, um guia de turismo, faz passeios curtos e de proximidade aos finais de semana com
seus clientes. Ao trabalhar com conteúdo gratuito e pago em seu site e mídias sociais, com as palavras-
chaves que se relacionam com as dores, necessidades e prazeres de seu lead (“Turismo”, “Guia”, “Região
Metropolitana de Tal Cidade”, “Passeios Curtos”, “Final de Semana”), este consegue, por meio de fotos
dos passeios anteriores, atrair futuros clientes e, por páginas de captura do site (landing pages) e link na
bio do Instagram, obtém o número do Whatsapp de seu futuro cliente, enviando semanalmente o roteiro
dos passeios dos próximos fins de semana. Após um tempo, ele consegue reverter o conteúdo enviado
por Whatsapp em vendas e, posteriormente, em recompra para outros passeios.
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Essa estratégia de atuar com diferentes conteúdos, nas diferentes fases do cliente com a marca, pode
ser denominada de CRO ou Funil de Conversão.
De acordo com Siqueira (2021), CRO (Conversion Rate Optimization ou Otimização de Conversão,
traduzido para o português) contempla um arcabouço de práticas que aceleram as conversões de dado
site, sem necessariamente ter que atrair mais visitas, mas sim aproveitando melhor o tráfego que essas
páginas já possuem.
O CRO também é amplamente conhecido como Funil de Vendas, ou Funil de Conversão. Segundo
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Bardsen (2022), o funil de conversão é definido como todos os passos dados por um cliente até a compra
9-6
de um produto online.
.60
De acordo com a mesma autora, a forma mais simples de
descrever as quatro etapas gerais de um funil de conversão são:
7
Awareness (Conscientização ou Atenção) ou TOFU (Topo de
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funil de conversão): é a fase de conscientização do potencial
cliente, mostrando que a sua marca existe. No caso do exemplo
1
supracitado do Guia de Turismo, nessa etapa é trabalhado o
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De acordo com Wang et al. (2017) e Bardsen (2022), a criação, distribuição e compartilhamento de
conteúdo de qualidade relevante, atraente e oportuno terá a estratégia principal de sempre fazer o cliente
pular para um próximo estágio, fazendo-o:
I ) Conhecer a marca;
II ) Comprar da marca pela primeira vez;
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9-6
III ) Comprar mais;
IV ) Tornar fiel à marca, de modo a não
enxergar outra empresa ou solução
.60
pela frente.
7
.14
Além do mais, Bardsen (2022) aponta que, na prática, uma porcentagem de clientes não progride em
cada estágio do funil. Logo, o objetivo de um profissional de marketing digital, em essência, é mover um
cliente em potencial por todas as fases do funil, utilizando call-to-actions (Chamada para ação), resultando
1
em uma taxa de conversão mais alta para cada call-to-action que resulte na compra.
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Siqueira (2021) alerta que CRO e SEO são conceitos diferentes. O CRO refere-se à otimização
voltada para conversões, enquanto o SEO é focado nos mecanismos de busca.
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“O principal objetivo do CRO, além das conversões, é a experiência dos usuários. Já o SEO é voltado para
melhorar o ranqueamento dos conteúdos do site nos mecanismos de busca (Siqueira, 2021, s.p.).
B ar
O mesmo autor aponta que o SEO é uma ótima estratégia para levar o possível cliente ao site, por meio
do Google, e o CRO oferece melhor experiência assim que o usuário entra na página. O foco do primeiro
la
é o tráfego, enquanto o do segundo são as conversões. Logo, o SEO compõe o TOFU, primeira etapa do
CRO.
mi
Os motivos pelos quais deve-se utilizar as estratégias de CRO são diversos. O principal é que o consumidor
se encontra em um contexto de mercado que possui cada vez mais opções disponíveis e, por conta disso,
Ca
7
A partir do momento que uma marca trabalha muito bem seu funil de conversão, ela consegue criar
maiores conexões com seus consumidores, consegue reduzir o Churn (Churn rate é uma métrica utilizada
por empresas para calcular a taxa de cancelamento ou desistência de clientes em um determinado
período) e reduzir o CAC (Custo de Aquisição de Clientes), já que investir em ações que aumentem o ticket
médio de clientes que já compram da empresa é mais barato que conquistar novos clientes.
O CRO também auxilia na melhora da taxa de retenção de clientes, auxiliando no aumento do CLV
(Customer Lifetime Value ou Valor de Tempo de Vida). Essa é uma métrica de venda que analisa, em média,
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quanto uma marca pode obter financeiramente de um cliente ao longo do tempo em que o relacionamento
9-6
de compra e venda se mantém.
Ademais, Siqueira (2021) aponta que uma página de um site não deve se pautar no achismo: torna-se
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primordial testá-la antes mesmo de entrar no ar, utilizando o teste A/B.
7
Teste A/B .14
De acordo com Resultados Digitais (2020, s.p.), o Teste A/B consiste “em dividir o tráfego de uma
1
determinada página em duas versões: a atual e uma “desafiante”, com modificações. Depois, mede-se
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LinkedIn), E-mail Marketing, Landing Pages e nas páginas de um site, a possibilidade de aplicar testes A/B
é praticamente infinita.
ou
ar
IV ) Descrições da oferta;
V ) Tamanho e campos do formulário;
VI ) Indicadores de confiabilidade (testemunhos,
certificados etc.)
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Utilizam o Teste A/B em landing pages, principalmente nas páginas em que a taxa de conversão está
baixa (Resultados Digitais, 2020).
Algumas ferramentas para teste A/B são:
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9-6
.60
Google Optimize Optimizely VWO RD Station
Marketing
7
(que assumiu as
funções de teste A/B .14 (que analisa também
antes encontradas no landing pages e e-mail
Google Analytics) marketing)
1
10
Assim como Teste A/B, um profissional de marketing que atua com e-commerce precisa compreender
sobre automatização de ferramentas de marketing digital, ou Marketing Stack, conforme será descrito
na sequência.
kh
ou
3. MARKETING STACK E
ar
AS FERRAMENTAS PARA
B
E-COMMERCE
la
mi
Ca
S egundo Purcărea (2018), por conta da maior exigência do usuário por uma experiência mais
agradável, os diversos desafios de integração do omnichannel e a busca por um CRM completo,
os profissionais de marketing buscam por ferramentas de gestão que automatizem suas operações
e, ao mesmo tempo, que não deixem de agregar valor ao cliente, combinando tecnologias simples
que mesclem Inteligência Artificial e automatização de dados.
Logo, de acordo com Souto (2021), os profissionais de marketing, ao invés de levar um longo tempo
para efetuar tarefas burocráticas, podem automatizar muitos de seus processos – isso é Marketing Stack,
ou Automatização de Marketing.
De acordo com Hubspot (s.d.), a automatização de marketing possui muitas vantagens, dentre elas: 1.
Maior geração de leads; 2. Ganho de produtividade; 3. Redução do tempo de conversão e 4. Redução de
erros humanos.
9
Hubspot (s.d.) ainda alega que o Marketing Stack pode ser utilizado nas seguintes atividades de modo
a melhorar a comunicação entre usuários e empresa, agregando ainda mais valor em todas as etapas do
funil de conversão.
Na sequência, abordam-se ferramentas de automação que podem ser utilizadas para um e-commerce.
9
9-6
Ações a serem automatizadas Explicação Ferramenta que pode utilizar
.60
Gratuitas:
7
.14 HubSpot.
SendPulse.
Pode ser disparado nas
MailChimp.
diferentes etapas que o
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usuário se encontra no GetResponse.
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SendInBlue.
lead (troca de e-book por Mailjet.
e-mail), ou mais para frente,
ou
Pagas:
aquecendo a lista.
Leadlovers
ar
Gratuitas:
mi
HubSpot.
Disparo de e-mail automático SendPulse.
Ca
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HubSpot
A função principal das LAHAR
landing pages é fazer a Instapage
captura de leads no topo
Lander
do funil, logo, a automação
delas é fundamental para Unbounce
que você tenha mais Themeforest
Landing pages
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agilidade nesse processo. LeadPages
9-6
Isso também garante que PageWiz
todos os dados concedidos
Kickoff Labs
pelo visitante ficarão muito
Klickpages
.60
bem armazenados para uso
posterior. Leadlovers
RD Station Marketing
7
1 .14
Cada pipeline é único,
10
meio de ferramentas.
B ar
la
As vantagens de pacotes pagos, como RD Station Marketing e Marketing Hub, da Hubspot, pois estas
Ca
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4. DIFERENTES MODELOS DE
NEGÓCIO – E-COMMERCE
C onforme já citado anteriormente, Turchi (2018) alega que um e-commerce se refere aos
negócios que os consumidores podem fazer, sejam elas compras ou vendas pela internet. Essas
transações podem ser efetuadas em diferentes gadgets, como mobile commerce ou m-commerce
(por meio de dispositivos móveis), television commerce ou t-commerce (comércio por meio das
smartTVs), ou social commerce (por meio das mídias sociais).
A autora determina que os negócios on-line englobam as diferentes modalidades esboçadas no
Quadro 2.
9
9-6
Quadro 2: Diferentes modelos de negócios on-line
7 .60
Este é o modelo de negócio mais próximo e comum entre os
.14
consumidores. A transação comercial acontece entre a empresa
e o consumidor final (ou para o shopper – pessoa que está no
1
ponto de venda on-line comprando) e, não envolve nenhuma
10
on-line: aluga-se o espaço no site para que uma loja venda seu
produto. Para isso, a loja precisa pagar um percentual ao site que
ar
B2B (Business to tem a finalidade de suprir uma necessidade da empresa para que
Business) esta sim possa atender o consumidor final. Exemplo: Plataforma
Ca
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B2E (Business to Modelo de transação no e-commerce entre empresas e seus
Employer) funcionários. Exemplo: loja de fábrica on-line.
9
escritórios, por meio de seu e-commerce.
9-6
.60
CtoC (Consumer to Comércio entre consumidores, de consumidor para consumidor.
Consumer) ou P2P É o que ocorre no Enjoei, ImóvelWeb, Webmotors, Airbnb, entre
7
(Peer to Peer) outros. .14
1
Do fabricante direto ao consumidor final, não tendo assim um
10
consumidor.
ou
on-line).
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5. OS CHATBOTS
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9-6
7 .60
.14
U
1
m Chatbot é um programa de computador que pode interagir com um humano, usando linguagem
natural com entradas textuais ou auditivas, simulando um ser humano durante toda a interação
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(Vaz, 2019).
Na terceira década do século XXI, devido à evolução da tecnologia e à necessidade constante de
kh
como assistentes pessoais, a exemplo da Alexa da Amazon, Siri da Apple e Cortana da Microsoft
(Weinberger, 2017).
ar
Alguns desses bots aproveitam os avanços na área de Machine Learning para fornecer informações
B
relevantes com base em pesquisas na web feitas por uso do bot. Alguns usam APIs (Application
Programming Interfaces) para automatizar ações. Outros bots têm um modelo generativo mais
la
espontâneo para responder. Por último, alguns usam “Statistical Machine Translation” (SMT) com
Redes Neurais Recorrentes (RNN’s) para codificar e decodificar entradas para responder ao usuário
mi
(Jurafsky, 2018).
Destarte, uma grande tendência para as marcas, por conta dos chatbots, é a criação de uma
Ca
14
Scherma (2022) pontua alguns passos sólidos para criação de chatbots:
I ) Determine a estratégia da empresa: deve-se definir, nesse momento,
qual será a prioridade na empresa para uso de chatbot: será para captura de
leads? Para aprimorar o atendimento? Será para qualificar os leads que estão no
meio do funil? Pode-se utilizar os chatbots para as três questões. Em seguida,
deve-se criar as mensagens, de acordo com o objetivo principal e pensar
em como o cliente pode pular para a próxima etapa do Funil de Conversão.
Referente aos atendimentos: torna-se importante mapear as principais dores
dos usuários, como os pontos que geram dúvidas nos clientes e garantir que
9
as mensagens trarão esse tipo de informação;
9-6
II ) Escolha uma plataforma para criar o chatbot: optar por uma ferramenta
que integre não somente o WhatsApp, mas também outros contatos, como
.60
Telegram, Instagram e Facebook Messenger; muito importante obter um bom
sistema de inteligência artificial, que deixe os atendimentos mais humanizados
possíveis.
7
.14
III ) Utilize dashboards que auxiliem na análise dos dados: quanto mais
informações nas mãos, mais simples é compreender se os fluxos vão bem e
se é necessário fazer ajustes na estratégia;
1
IV ) Efetue análises das emoções em cada atendimento,, para entender o
10
de Dados);
ou
sempre de acordo com as personas – mesmo que o negócio seja B2B, sempre
se encontram pessoas falando com pessoas. Essa etapa deve ser vista com
la
Para efetuar chatbots, a empresa pode contar com ferramentas gratuitas, disponibilizadas pelas próprias
mídias sociais, como Whatsapp Business (no caso de chatbots com mensagens automáticas simples),
ou pagar plataformas que já contemplam serviço de chatbots automatizados e humanizados.
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6. TENDÊNCIAS FUTURAS
PARA E-COMMERCE
LGPD
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi concebida na Europa, depois dos escândalos de espionagem
e divulgação de dados de clientes da Cambridge Analytica, em parceria com Facebook, gerando uma
grande discussão sobre proteção de dados da União Europeia (Carvalho et al., 2019).
9
9-6
“Em 14 de agosto de 2018 foi criada a Lei nº 13.709, a Lei Geral de Proteção dos Dados Pessoais (LGPD)
ou Marco Civil da Internet, que visa medidas preventivas e proativas na manutenção e privacidade dos
dados de terceiros” (Rapôso et al., 2019, p.59).
.60
Logo, ao coletar os dados de seus leads, necessita-se cumprir uma série de procedimentos definidos
7
pela LGPD, visando transparência e ética no uso dos dados; caso contrário, o negócio terá que pagar
.14
multa.
Além do mais, a LGPD tem estudado a possibilidade de os usuários de internet poderem escolher se
1
querem receber links patrocinados em suas mídias sociais ou não. Logo, cabe aos gestores de marketing
10
compreenderem como captarem leads de seus clientes e trabalharem com o topo do funil de conversão,
sem ficarem dependentes das mídias sociais, criando assim comunidades de usuários.
kh
ou
De acordo com Pereira (2022, p.2), “o metaverso vai para além de um conceito, de uma definição: é um
conjunto de experiências tridimensionais (3D) e imersivas num mundo virtual, onde os utilizadores podem
la
interagir com outros utilizadores através do seu avatar e recriar, ou até mesmo criar, uma vida”.
mi
A autora atenta que esse é um universo cada vez mais próximo das marcas e dos próprios consumidores,
sendo primordial às marcas estruturarem as estratégias de comunicação para esse novo ambiente virtual
e imersivo, voltado ao Customer Experience (CX).
Ca
Mais do que apenas um efeito 3D, a realidade virtual e realidade aumentada estão relacionadas ao
metaverso, sendo tecnologias que auxiliam ainda mais na imersão do usuário com a marca.
A realidade aumentada pode também ser utilizada no ponto de venda físico, trazendo ainda mais
experiência de compra ao usuário. Em Londres, a marca britânica Burberry inseriu em sua loja espelhos
que se transformam em telas, juntamente com outras telas de grande porte, que mostravam celebrações
de moda antiga britânica e, ainda, show ao vivo de Jake Bugg, um cantor de folk, de Nottingham. O objetivo
da marca era mostrar às pessoas que não se vendem apenas casacos, pois todos os casacos possuem
uma história, e é por isso que a marca constrói esses ambientes imersivos (Rodrigues, 2018).
Trazer a realidade aumentada cada vez mais para o e-commerce e mídias sociais também é uma
tendência, ideais para vitrines digitais e conteúdos interativos no smartphone. Nota-se que a realidade
aumentada será trabalhada nos multicanais das marcas.
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A partir do momento em que o consumidor pode vivenciar experiência de compra no metaverso, ou
em lojas físicas com o uso de tecnologia, as marcas devem pensar em como estruturar as compras
integradas com e-commerce dentro das plataformas digitais, assim como ocorre no mundo offline.
De acordo com Rodrigues (2018), as telas proporcionam uma interação entre os sentidos do usuário,
incentivando-os a participar e a se envolver com a marca.
Desse modo, o metaverso virou mais um canal de venda. Logo, a experiência de compra em múltiplos
canais (omnichannel) deve ser padronizada e mantida, tanto em lojas virtuais, quanto físicas.
9
9-6
Pereira (2022) também alega que, no metaverso, há possibilidade de
.60
uma marca atuar em algumas frentes, de modo a estreitar ainda mais
o relacionamento com o cliente, assim, agregando valor superior ao da
concorrência:
7
I ) E-commerce imersivo (compra de bens físicos, por meio do
.14
mundo online
online);
);
II ) Gamification (a utilização do conceito e do ambiente de um jogo
1
online para implementação de ações da marca);
10
IV ) Eventos virtuais.
ou
ar
Por fim, influenciadores virtuais, por conta do metaverso, continuarão em alta e auxiliarão na construção
de marcas mais conectadas com seus clientes ao longo dos próximos anos.
B
la
mi
O profissional de marketing deve cada vez mais utilizar-se da tecnologia, para humanizar e estreitar seus
laços com o cliente.
A Internet de Todas as Coisas (Internet of Everything – IoE) é o fenômeno que ocorre quando há
uma transformação de objetos estáticos em coisas novas e dinâmicas, podendo incluir inteligência à
comunicação destas informações e conectar pessoas, processos, dados e coisas (Barcellos, 2013).
Já a Big Data tem como objetivo processar dados em tempo real, de forma tão rápida que as análises
também estejam disponíveis em tempo real, cruzando várias fontes de dados distintas do cliente: mídias
sociais, heat maps em lojas, geolocalização, entre outros (Lies, 2019).
Portanto, Big Data e IoE possibilitam às marcas esmiuçarem todos os momentos da experiência do
consumidor, entendendo quando um consumidor entra na loja, quanto tempo demora, quais produtos
procura e há quanto tempo, por meio de seus diversos canais (Rodrigues, 2018).
17
Ambos ainda permitem saber quanto tempo que o produto esteve em determinada gôndola e quais são
os que têm maior e menor saída, não apenas no ambiente online, mas também no momento físico da
experiência, onde os estímulos podem ter maior força (Rodrigues, 2018).
Portanto, o marketing de relacionamento visa fazer com que o consumidor compre mais e com melhor
qualidade dentro dessa experiência.
9
9-6
Coraccini (2019) viu que o Walmart lançou nos Estados Unidos uma loja
denominada Intelligent Retail Lab. A unidade possui milhares de câmeras no
.60
teto, que se comunicam com sensores nas prateleiras, como feito na Amazon
Go. A diferença é que o Walmart não pretende tirar seus funcionários, mas sim:
7
I ) Detectar o produto na prateleira;
.14
II ) Reconhecer o produto específico (ou seja, decifrar as diferenças entre
um quilo de carne moída e dois quilos de carne moída);
1
10
Quanto à IoE, o varejo poderá interligar-se com os equipamentos que se conversam da casa do cliente,
de modo a facilitar seu pedido e já entregar em domicílio. Isso já ocorre com geladeiras inteligentes, que
leem o que falta na despensa do consumidor e efetuam o pedido automaticamente, já lendo qual é o
Ca
melhor horário para entregar ao cliente em sua residência, além de fazer sugestões nesse pedido com os
assuntos pesquisados nas mídias sociais para entregar tudo na mesma ordem de compra.
Além do mais, a Big Data permite cruzamento de dados de diferentes fontes, como as mídias sociais
do cliente, a geolocalização e as zonas de calor nas lojas. Isso pode possibilitar que o varejo cruze dados
distintos e ofereça produtos de categorias diferentes ao seu consumidor, segmentando-o assim, por
exemplo, em seu programa de relacionamento, de maneira comportamental.
Um case clássico do Grupo Walmart foi descobrir, por meio do uso de seu gigantesco armazém de
dados, que a venda de fraldas descartáveis estava associada à de cerveja: os compradores eram homens,
que saíam à noite para comprar fraldas e aproveitavam para comprar algumas latinhas de bebida. Os
produtos foram expostos, assim, lado a lado no PDV. Resultado: a venda de fraldas e cervejas disparou
(Gurovitz, 2011).
18
Outra rede varejista identificou que a venda de colírios aumentava na véspera dos feriados e passou a
estruturar seus estoques e promoções desse produto, baseando-se nesse cenário (Gurovitz, 2011).
Logo, na terceira década do século XXI será possível cruzar ainda mais esses dados, por meio de
diversas fontes, com o Big Data, montando essas estratégias de vendas no omnichannel, de maneira
mais assertiva e customizada.
Outra questão a ser pontuada aqui é a Inteligência Artificial (IA) utilizada nos aplicativos das marcas:
essas devem facilitar as buscas do consumidor e ser cada vez mais humanizada. Um excelente exemplo
é a Seguradora Porto Seguro, que oferece seus serviços aos segurados, de maneira rápida e eficiente, por
meio de sua IA que atua via Whatsapp e presta o serviço com agilidade, eficiência e eficácia.
9
É importante ressaltar que, por conta da evolução tecnológica, da internet, mídias sociais e do
9-6
Omnichannel, a jornada do cliente deixou de ser linear, e, na maior parte das vezes, muitas etapas ocorrem
antes mesmo do cliente efetuar qualquer tipo de contato com as lojas.
.60
Lembrando que a jornada do cliente mapeia todos os pontos de contato do usuário, desde a descoberta
do problema, reconhecimento do problema, consideração da solução e decisão de compra.
7
Cabe aos profissionais de marketing, portanto, mapearem todas essas possibilidades.
1 .14
10
e inspiração.
ar
Logo, será importante para as marcas e empresas fazerem parcerias e cocriarem conteúdo de qualidade
com esses influenciadores genuínos para compartilhar a verdade, serem transparentes com os clientes e
B
adicionar clareza aos assuntos que podem melhorar a sociedade (WGSN, 2021).
la
Trabalhar com pessoas e informações genuínas faz com que os usuários estabeleçam conexões mais
profundas com as marcas. Assim, essa é uma tendência que perpetuará nos próximos anos.
mi
A Mintel (2022) também pontua ética e bem-estar mental como principais motivos de preocupação dos
consumidores para os próximos anos. Desta forma, as marcas devem se preocupar em como auxiliarem
Ca
genuinamente seus consumidores, de modo que estes tenham mais tempo para curtirem suas vidas e
gastem menos tempo lavando louça, por exemplo.
As empresas também, por conta dessa tendência, devem, cada vez mais, tratar da saúde e bem-estar de
seus stakeholders, comunicando esse cuidado de maneira verdadeira, mostrando que esses quesitos são
ativos intangíveis importantes às marcas.
Além do mais, há uma forte tendência de cocriação de linhas de produtos com os clientes. A Ruffles
elaborou uma campanha juntamente com seus consumidores, denominada “Faça-me um sabor”,
convidando-os a criar um novo sabor de batatas (a recompensa sendo três sabores campeões [feijoada,
burrito e calabresa] que ganharam 1% dos lucros nas vendas desses sabores, nos primeiros 6 meses). As
sugestões recebidas passaram de 2 milhões no Brasil, superando a marca de outros países que fizeram
a mesma campanha para a Elma Chips da PepsiCo, em países como Inglaterra, Austrália, Turquia e África
do Sul (Turchi, 2018).
19
-69
09
Responsabilidade Social Corporativa (RSC), ESG e Blockchain
7.6
De nada adianta ser a empresa mais tecnológica, mostrar-se humana, mas, ao “apagar as luzes”, o cliente
.14
descobre que a empresa se envolve em trabalho escravo, que seus funcionários sofrem com burnout, ou
seus produtos e serviços degradam muito o meio ambiente, ou fazem mal à saúde da comunidade.
01
A RSC (Responsabilidade Social Corporativa) abarca toda e qualquer ação da organização que possa
contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade. Afinal, as empresas possuem grandes
h1
poderes sociais, já que empregam pessoas, compram de fornecedores, vendem produtos e, em todas as
suas relações com seus stakeholders, podem causar grandes impactos em toda a cadeia de valor (Serpa
e Fourneau, 2007).
uk
Já o tripé da sustentabilidade foi substituído pelas organizações pela abreviação ESG (cunhado pelo
ro
mercado financeiro, devido à maior cobrança para com as empresas, visando um Desenvolvimento
Sustentável - DS) para a terceira década do século XXI, com o intuito de sintetizar as práticas adotadas,
Ba
substituindo o fator econômico para o termo governança corporativa, pois amplia a visão, envolve o
resultado comercial, a transparência nesta divulgação, os comitês de auditoria, a postura corporativa e o
combate à corrupção (Costa e Ferezin, 2021; Carvalho e Nicodemo, 2022).
la
de fato, seus consumidores e stakeholders a hábitos mais conscientes, bem como efetuando ações que
sejam verdadeiras, de impacto profundo e duradouro (Silva et al., 2011; Dias, 2014; Kotler e Keller, 2019).
Afinal, os consumidores estão cada vez mais exigentes e esperam que as marcas tomem posturas mais
Ca
20
A mesma autora pontua que o Blockchain consiste em uma base de dados eletrônica distribuída e
criptografada capaz de transmitir confiança sobre a evolução de seus registros a quaisquer usuários, sem
a necessidade de uma organização centralizada e verificadora, já que a tecnologia consegue rastrear de
ponta a ponta todas as transações. O exemplo mais difundido de Blockchain são as criptomoedas, as
quais as transações ocorrem na internet, sem precisarem de um Banco Central, por exemplo, para sua
regulamentação.
9
“Blockchain, de forma simplista, pode ser resumida como um repositório de informações, conciliadas
9-6
continuamente que constituem um livro-razão público. Com isso, a privacidade das informações precisa
ser resolvida, no caso, sem a participação de um terceiro (por exemplo, um banco) para garantir a
.60
confidencialidade de dados sensíveis” (Aquino, 2019, p.20).
7
Para se ter uma ideia, com a utilização de Blockchains vai ser possível mostrar ao consumidor toda
.14
rastreabilidade da cadeia de produção.
No Brasil, alguns testes já estão sendo efetuados: por meio de cooperação técnica com a Cooperativa
1
dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana) e a Usina Granelli, a Embrapa Informática
10
Gerou-se uma ferramenta para armazenar, registrar, organizar e rastrear os processos e produtos
agroindustriais dessa cadeia, obtendo maior confiabilidade e segurança das informações geradas ao
ou
saber como os alimentos são produzidos e ESG. O sistema de rastreabilidade implementado na Usina
Granelli também vai armazenar dados primários de custódia da Política Nacional de Biocombustíveis, o
mi
21
Inclusão Digital das Classes Populares e da Terceira Idade
Turchi (2018) pontua duas grandes tendências para negócios digitais nos próximos anos: Inclusão
Digital das Classes Populares e da Terceira Idade.
Embora o Brasil seja um dos países que mais utilizam a internet e mídias sociais diariamente, perdendo
-69
apenas para Indonésia e Colômbia no número de horas despendidas nas mídias (We Are Social, 2022),
ainda temos 10% dos lares sem acesso à internet.
De acordo com pesquisa divulgada pela Casa Civil (Gov.br, 2022), 65,6 milhões de domicílios estão
09
conectados à internet, 5,8 milhões a mais do que em 2019. Seguem alguns dados importantes:
7.6
.14
Zona rural - crescimento na conectividade em áreas rurais, que saiu de 57,8%
e chegou em 74,7% dos domicílios em 2021. Ressalta-se que grande parte dos
compromissos do leilão do 5G, realizado em novembro de 2021, têm relação
01
com a ampliação da conectividade no interior do país, como expansão do 4G e
do backhaul de fibra óptica;
h1
Meios usados - Pela primeira vez desde o início da série histórica, mais
pessoas utilizaram a Internet para conversar por chamadas de voz ou vídeo
(95,7%), em comparação com o envio ou recebimento de mensagens de texto,
voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail (94,9%).
22
Logo, tanto os consumidores maduros quanto as pessoas que tiveram acesso recentemente à internet
vão estar mais dispostas a comprarem produtos por e-commerce.
Além do mais, o Brasil tem se transformado cada vez mais em um país com muitas pessoas de idade
avançada. Nota-se que, em 2018, o número de idosos no país alcançou a marca de 28 milhões, ou seja,
-69
13,4% da população, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), isto é, o
número de pessoas com mais de 60 anos já superou o de crianças com até 9 anos (Munis, 2021).
09
Há um estudo do IBGE que relata que o número de idosos superará o de jovens em 2031, quando haverá
42,3 milhões de jovens (0-14 anos) e 43,3 milhões de idosos (60 anos e mais). Neste momento e pela
primeira vez, o Índice de Envelhecimento (IE) será maior do que 100, em outras palavras, haverá 102,3
7.6
idosos para cada 100 jovens (Munis, 2021).
A projeção do IBGE para o ano de 2055 destaca um total de 34,8 milhões de jovens (0-14 anos) e de
.14
70,3 milhões de idosos (60 anos e mais), onde o IE será de 202 idosos para cada 100 jovens. Ou seja, o
país terá mais do dobro de idosos quando comparado aos jovens em 2055, que haverá 231,5 milhões de
01
pessoas, e os idosos totalizarão 30,4% da população total.
Nota-se um aumento considerável na expectativa de vida dos brasileiros: em 1990, a média era de 69,8
h1
anos e em 2021 a média cresceu para 74,8 anos. Ao mesmo tempo, o número de nascimentos reduziu e o
aumento da expectativa de vida é em decorrência dos avanços tecnológicos na medicina, que consegue
cada vez mais prevenir, tratar, retardar e curar uma série de doenças e males, o que antes não era possível.
uk
O profissional de marketing precisa atentar-se a esse dado demográfico: em 2050, o Brasil será o 6º país
ro
o mundo e ter poder de compra. A denominada “Economia Prateada” movimenta 1,6 trilhão de reais,
segundo o Instituto Locomotiva (Munis, 2021). Calcula-se que a Economia Prateada seja a terceira maior
atividade econômica do planeta, uma indústria que movimenta US$ 7,1 trilhões anuais, de acordo com
la
Tsunami 60 + (s.d.).
mi
Engana-se quem ainda crê que esse mercado é movimentado por produtos de cuidado geriátrico e
tecnologias para a saúde: os maduros são plurais, assim como as pessoas de outras idades. Há pessoas
Ca
que amam ficar em casa, assim como há quem ama viajar, cuidar da aparência e serem livres e ativas
(Munis, 2021).
Tsunami 60 + (s.d.) sugere aos profissionais de marketing que parem de tratar o envelhecimento como
um grande tabu, pois o público maduro é composto por humanos que apenas possuem mais experiência
de vida. Deste modo, os gestores devem compreender que grande parte desse público se sente física e
mentalmente ativos, sem levar muitas vezes em consideração a questão da idade, ao consumirem um
produto ou serviço.
23
7. RESUMINDO
• O Brasil é o país em que as transações por e-commerce são as que mais crescem no mundo. Além
do mais, estima-se um crescimento das compras on-line de 20,73% ao ano, entre 2022 e 2025
(E-commerce Brasil, 2022).
• Muitas pessoas nunca pararam para pensar que vender algo pela internet é muito mais difícil que
vender algo em uma loja física, sabe por quê? Enquanto uma loja física possui um endereço fixo e,
toda vez que um cliente passa por ela acaba se deparando com sua fachada, um e-commerce, para
aparecer na primeira página do Google, disputa com diversas marcas, as quais localizam-se em
diversas partes do mundo.
-69
• Logo, para que um e-commerce se destaque, este necessita atuar com a produção e disseminação
de conteúdo de qualidade, afinal, de acordo com Torres (2018), a grande moeda de troca na internet
09
na terceira década do século XXI será o conteúdo que uma marca publica em suas mídias sociais,
blogs, entre outros.
7.6
• Ademais, nota-se que o consumidor segue, em suas mídias sociais, marcas que gerem conexão e
que criam conteúdo que faça a diferença na vida de seus clientes, seja ensinando algo, educando-o
.14
no uso de dado produto, facilitando sua vida ou por meio do humor (Adolpho, 2011).
• Portanto, o profissional de marketing deve utilizar estratégias de CRO para atrair, reter e fidelizar
01
seus clientes. De acordo com Siqueira (2021), CRO (Conversion Rate Optimization ou Otimização
de Conversão, traduzido para o português) contempla um arcabouço de práticas que aceleram as
conversões de dado site, sem necessariamente ter que atrair mais visitas, mas sim aproveitando
h1
melhor o tráfego que essas páginas já possuem. Para cada estágio do cliente para com a empresa
(Topo de Funil, Meio de Funil ou Fundo de Funil), esta deve utilizar um conteúdo diferente.
uk
• De acordo com Resultados Digitais (2020, s.p.), o Teste A/B “consiste em dividir o tráfego de uma
determinada página em duas versões: a atual e uma ‘desafiante’, com modificações. Depois, mede-
ro
se qual das versões apresenta maior taxa de conversão”. Deve ser utilizado para testar anúncios no
Google Ads e em redes sociais (como Facebook e LinkedIn), Email Marketing, Landing Pages e nas
Ba
efetuar tarefas burocráticas, eles podem automatizar muitos de seus processos – isso é o que
se chama de Marketing Stack, ou Automatização de Marketing. Pode ser utilizado para disparo de
mi
natural com entradas textuais ou auditivas, simulando um ser humano durante toda a interação
(Vaz, 2019). Deve ser utilizado da maneira mais humanizada possível, de modo a agregar valor ao
consumidor em seus diferentes pontos de contato.
• As tendências futuras que impactam os e-commerces são:
1. LGPD,
2. Metaverso, Realidade Aumentada e Omnichannel,
3. Internet de todas as coisas (Internet of Everything – IoE) e Inteligência Artificial,
4. Construção de Conexões profundas com o cliente,
5. Responsabilidade Social Corporativa (RSC), ESG e Blockchain e
6. Inclusão Digital das Classes Populares e da Terceira Idade.
24
Estudo de caso – PRINCIPIA Dermocosméticos
-69
acessíveis são alguns dos diferenciais da nova marca brasileira de skincare.
Um dos mercados mais promissores no Brasil ganhou um novo player: a PRINCIPIA. A startup brasileira
09
de dermocosméticos tem como premissa democratizar os tratamentos mais eficazes de skincare, com
um conceito inovador no país, o qual une fórmulas concentradas em ativos de alta performance, vendidas
7.6
ao que a marca denomina de “preços justos”, os quais costumam ser uma fração dos cobrados por
produtos importados similares.
.14
O nome da marca faz referência a três pilares que a alicerçam: princípios ativos, os quais são os
ingredientes que proporcionam benefícios para a pele; princípios éticos, como transparência na relação
com o usuário e shopper; e ciência, que respalda a eficácia e a segurança das formulações fabricadas.
01
Marques, o qual sabe sobre as particularidades desse mercado, desde quando era vice-presidente de uma
das maiores indústrias farmacêuticas do Brasil.
uk
Nessa época, viu que os principais motivos dos altos preços praticados pelas marcas eram os
investimentos em comunicação e as altas margens de lucro, que nem sempre refletiam nos custos dos
ro
produtos em si.
Ba
Outro quesito que chamou a atenção do dono da marca era como a falta de informação atrapalhava na
escolha das consumidoras. “Por isso, o que outras marcas tratam como segredo industrial, decidimos
informar em destaque nos nossos rótulos”, explica, citando as concentrações dos ingredientes ativos nas
la
fórmulas.
mi
Todos os produtos da PRINCIPIA são livres de parabenos, petrolatos, sulfatos, silicones, fragrâncias e
glúten, não são testados em animais e trazem uma experiência sensorial adaptada para os mais diversos
climas e tipos de peles do país.
Ca
A PRINCIPIA possui em seu portfólio quatro versões de séruns que hidratam, reduzem linhas de
expressão, melhoram a textura, diminuem manchas, combate acnes e auxiliam no aumento da elasticidade
e firmeza da pele.
Nativa digital, a PRINCIPIA vende exclusivamente por canais proprietários, como seu e-commerce, o
que incentiva a interação direta com suas clientes. “Este contato direto permite entender e desenvolver
fórmulas mais adequadas às necessidades de nossas clientes”, completa o fundador da marca.
No topo do funil de conversão, a PRINCIPIA atua mesclando conteúdo orgânico e pago em suas mídias
sociais: a que mais trabalha ultimamente é o Instagram. Nessa mídia social, conta com parcerias com
Dermatologistas, mostra depoimentos de suas clientes (nos destaques), e no feed, trabalha bastante
com conteúdo que eduque sua audiência, mostrando o efeito de cada um dos produtos distintos, seus
componentes e sua funcionalidade.
25
Nota-se, assim, que a PRINCIPIA conhece muito bem sua buyer
persona, suas dores, prazeres e necessidades, esclarecendo os
componentes da fórmula do produto, criando recomendações de
profissionais da área, mostrando seu preço acessível e estimulando
a compra de kits.
Em muitas de suas postagens do feed, deixa o link da loja disponível
para compra. Na bio, a marca deixa o link do site, bem como o ícone
que direciona o lead diretamente ao e-commerce e Whatsapp da
empresa (o qual ainda não conta com Chatbots) e é utilizado apenas
para reclamações e trocas, não sinalizando o horário de atendimento.
-69
No site da empresa, há um campo para ícone do Whatsapp e chat,
bem como para cadastro para compra. Não há landing pages para
captura de leads e o cadastro para newsletter (para aquecimento da
09
lista no Meio do Funil ou Fundo de Funil) é difícil de localizar, tem que
descer toda barra de rolagem para encontrar.
7.6
Logo, observa-se que a captura de e-mail ocorre apenas com quem
comprou o produto da empresa. .14
No Meio para o Fundo do Funil de Conversão, a PRINCIPIA criou
dois campos: um para o usuário “montar seus kits” e outro para “criar
01
sua rotina”, educando assim o público a encontrar as dores de seu
tratamento adequado de pele e cabelo, incentivando-os a comprar
h1
mais e melhor.
uk
ro
Ba
la
mi
Ca
26
Perguntas do estudo de caso
9
e desenvolve com primor o marketing de conteúdo em suas mídias sociais, equilibrando assim conteúdo
9-6
orgânico e pago.
Por conta disso, nota-se que a marca desenvolve um bom trabalho no topo do funil de vendas, levando
.60
as pessoas a conhecerem seus produtos e tirarem dúvidas perante a fórmula de seus ingredientes, além
de trabalhar com depoimento de dermatologistas e dos próprios clientes.
7
Além do mais, em muitas de suas postagens do feed do Instagram, a marca deixa o link da loja disponível
.14
para compra (meio do funil), quando o lead já conhece a marca.
A marca também possui um bom pós-venda, com atendimento ao cliente via mídias sociais, Whatsapp
1
e site, porém ainda não se encontra automatizado.
10
No Meio para o Fundo do Funil de Conversão, a PRINCIPIA criou dois campos no site: um para o usuário
“montar seus kits” e outro para “criar sua rotina”, educando assim o público a encontrar as dores de seu
tratamento adequado de pele e cabelo, incentivando-os a comprar mais e melhor.
kh
ou
Primeiramente, a PRINCIPIA poderia desenvolver mais páginas de captura (landing pages) em seu site,
B
de modo a coletar o contato do lead e “esquentar” a lista de prospects que se encontram no meio do
funil (MOFU), enviando assim newsletters, promoções, novidades e conteúdo de qualidade aos futuros
la
possíveis clientes.
mi
É recomendável à marca, efetuar inicialmente teste A/B em suas novas páginas de captura.
Poderia trazer o campo de assinatura de newsletter no topo da página do site, assim conseguindo
Ca
27
3) Como a PRINCIPIA pode aproveitar as tendências futuras em seu negócio?
As tendências que se referem a ESG e RSC, na PRINCIPIA, já atuam. Adotam modelos reais para seus
produtos, não testam em animais e trabalham oferecendo acesso do produto a todos, com fórmulas que
atendam a diversidade de peles encontradas no Brasil. Precisaria, para melhorar ainda mais sua atuação
nessa tendência, mostrar sua preocupação com a saúde mental de todos os seus stakeholders.
-69
Além do mais, a marca já atua com a tendência de envelhecimento da população e tem uma gama
diversa para atender a esse tipo de pele.
09
• Sugere-se, portanto, a PRINCIPIA atuar com as seguintes tendências:
• Efetuar ações exclusivas para suas atuais clientes no Metaverso,
7.6
proporcionando cursos e videoaulas que aproveitem a realidade aumentada
desse universo.
.14
• Mostrar toda cadeia de suprimentos, por meio de um projeto de Blockchain;
• Pensar na abertura de lojas-conceito em praças estratégicas, onde as pessoas
01
8. REFERÊNCIAS
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