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Uni-FACEF CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FRANCA

Ciências Contábeis – 5° Semestre

Carlos Eduardo Gomes Pereira

INCENTIVOS FISCAIS:

Apuração do IRPJ

Franca
2023
Sumário
Introdução...................................................................................................................................3
1 - Oque são os incentivos Fiscais?............................................................................................4
2 - Incentivos Fiscais IRPJ e sua Lei:.........................................................................................4
2.1 - Lei de incentivo ao esporte: LEI Nº 11.438, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006..............4
2.2 - Lei do Audiovisual: LEI N° 8.685, DE 20 DE JULHO DE 1993....................................10
2.3 - FUMCAD: LEI Nº 11.247, DE 01 DE OUTUBRO DE 1992.........................................16
3 - Como os incentivos influenciam na apuração do IRPJ (dedutibilidade da despesa e
dedução do IR apurado)?..........................................................................................................19
4 - Exemplo Prático de Incentivo Fiscal:..................................................................................20
Conclusão:.................................................................................................................................22
Referências:...............................................................................................................................23
Introdução

A apuração do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) é uma das principais


responsabilidades das empresas no Brasil. Trata-se de um tributo que incide sobre o lucro das
organizações, e sua correta apuração é fundamental para manter a conformidade fiscal e evitar
problemas com o fisco.
No entanto, o cenário tributário brasileiro também oferece diversas oportunidades para as
empresas reduzirem sua carga tributária de forma legal. Uma dessas oportunidades são os
incentivos fiscais, que consistem em benefícios concedidos pelo governo com o objetivo de
estimular determinadas atividades econômicas, setores específicos ou regiões em
desenvolvimento.
Neste trabalho, iremos explorar os incentivos fiscais na apuração do IRPJ, analisando suas
principais características e requisitos para sua obtenção, com base em suas respectivas
legislações.
Além disso, será apresentado ao final um exemplo prático, com base de um incentivo de como
as empresas podem se beneficiar.
1 - Oque são os incentivos Fiscais?
Os incentivos fiscais são medidas adotadas pelo Governo visando e atendendo sua política
econômica a fim de dar subsídios, ou seja, estímulos para as instituições e empresas em geral,
visando diretamente o crescimento do mercado brasileiro e expansão de toda a cadeia
industrial, comercial e serviços. O primeiro auxilio de incentivo fiscal, surgiu com a Lei de
Incentivo Fiscal de 1991 – Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), conhecida como
Lei Rouanet, vigorando-se até os tempos de hoje.

Com isso, atualmente existe vários tipos de incentivos fiscais que estão previstos na política
econômica do Governo Brasileiro como: Incentivos Fiscais Zona Leste – DPI, Programa de
Reabilitação da Área Central – Procentro, Lei de Inovação Tecnológica, Lei Rouanet, Fundo
Municipal da Criança e do Adolescente – FUMCAD, Lei de Incentivo ao esporte, Lei do
audiovisual, RECAP, PAT e entre outras.

Existindo vários tipos de incentivos fiscais presentes, impacta diretamente na visão das
empresas perante ao país. Uma vez que ocorre uma contribuição voluntária por parte das
empresas e instituições e se torna algo “reconhecido” por parte do governo, a perspectiva dos
dominadores do mercado, sendo, grandes indústrias, cooperativas, financeiras, companhias
entre outras, contribui com que o território brasileiro nacional se torne um ambiente atrativo a
negócios. Consequentemente fazendo com o que a Economia e mercado do país cresça,
gerando empregos, rendas, qualidade de vida e entre outros tópicos.

2 - Incentivos Fiscais IRPJ e sua Lei:

2.1 - Lei de incentivo ao esporte: LEI Nº 11.438, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006


Art. 1º A partir do ano-calendário de 2007, até o ano-calendário de 2027, inclusive, poderão
ser deduzidos do imposto de renda devido, apurado na Declaração de Ajuste Anual pelas
pessoas físicas ou em cada período de apuração, trimestral ou anual, pela pessoa jurídica
tributada com base no lucro real, os valores despendidos a título de patrocínio ou doação no
apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério
da Cidadania. (Redação dada pela Lei nº 11.439, de 2022) Produção de efeitos

§ 1º As deduções de que trata o caput deste artigo ficam limitadas:


I - relativamente à pessoa jurídica, a 2% (dois por cento) do imposto devido, observado o
disposto no § 4º do art. 3º da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, em cada período de
apuração; (Redação dada pela Lei nº 11.439, de 2022) Produção de efeitos

II - relativamente à pessoa física, a 7% (sete por cento) do imposto devido na Declaração de


Ajuste Anual, conjuntamente com as deduções a que se referem os incisos I, II e III do art. 12
da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995. (Redação dada pela Lei nº 11.439, de 2022)
Produção de efeitos

§ 2º As pessoas jurídicas não poderão deduzir os valores de que trata o caput deste artigo para
fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido - CSLL.

§ 3º Os benefícios de que trata este artigo não excluem ou reduzem outros benefícios fiscais e
deduções em vigor.

§ 4º Não são dedutíveis os valores destinados a patrocínio ou doação em favor de projetos que
beneficiem, direta ou indiretamente, pessoa física ou jurídica vinculada ao doador ou
patrocinador.

§ 5º Consideram-se vinculados ao patrocinador ou ao doador:

I - a pessoa jurídica da qual o patrocinador ou o doador seja titular, administrador, gerente,


acionista ou sócio, na data da operação ou nos 12 (doze) meses anteriores;

II - o cônjuge, os parentes até o terceiro grau, inclusive os afins, e os dependentes do


patrocinador, do doador ou dos titulares, administradores, acionistas ou sócios de pessoa
jurídica vinculada ao patrocinador ou ao doador, nos termos do inciso I deste parágrafo;

III - a pessoa jurídica coligada, controladora ou controlada, ou que tenha como titulares,
administradores acionistas ou sócios alguma das pessoas a que se refere o inciso II deste
parágrafo.

§ 6º O limite previsto no inciso I do § 1º deste artigo será de 4% (quatro por cento) quando o
projeto desportivo ou paradesportivo for destinado a promover a inclusão social por meio do
esporte, preferencialmente em comunidades em situação de vulnerabilidade social, nos termos
do § 1º do art. 2º desta Lei, conjuntamente com as deduções a que se referem o art. 26 da Lei
nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991, e o art. 1º da Lei nº 8.685, de 20 de julho de 1993.
(Incluído pela Lei nº 11.439, de 2022) Produção de efeitos
§ 7º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 11.439, de 2022) Produção de efeitos

Art. 2º Os projetos desportivos e paradesportivos, em cujo favor serão captados e


direcionados os recursos oriundos dos incentivos previstos nesta Lei, atenderão a pelo menos
uma das seguintes manifestações, nos termos e condições definidas em regulamento:
(Redação dada pela Lei nº 11.472, de 2007)

I - desporto educacional;

II - desporto de participação;

III - desporto de rendimento.

§ 1º Poderão receber os recursos oriundos dos incentivos previstos nesta Lei os projetos
desportivos destinados a promover a inclusão social por meio do esporte, preferencialmente
em comunidades de vulnerabilidade social.

§ 2º É vedada a utilização dos recursos oriundos dos incentivos previstos nesta Lei para o
pagamento de remuneração de atletas profissionais, nos termos da Lei nº 9.615, de 24 de
março de 1998, em qualquer modalidade desportiva.

§ 3º O proponente não poderá captar, para cada projeto, entre patrocínio e doação, valor
superior ao aprovado pelo Ministério do Esporte, na forma do art. 4º desta Lei.

Art. 3º Para fins do disposto nesta Lei, considera-se:

I - patrocínio:

a) a transferência gratuita, em caráter definitivo, ao proponente de que trata o inciso V do


caput deste artigo de numerário para a realização de projetos desportivos e paradesportivos,
com finalidade promocional e institucional de publicidade; (Redação dada pela Lei nº 11.472,
de 2007)

b) a cobertura de gastos ou a utilização de bens, móveis ou imóveis, do patrocinador, sem


transferência de domínio, para a realização de projetos desportivos e paradesportivos pelo
proponente de que trata o inciso V do caput deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 11.472, de
2007)

II - doação:

a) a transferência gratuita, em caráter definitivo, ao proponente de que trata o inciso V do


caput deste artigo de numerário, bens ou serviços para a realização de projetos desportivos e
paradesportivos, desde que não empregados em publicidade, ainda que para divulgação das
atividades objeto do respectivo projeto; (Redação dada pela Lei nº 11.472, de 2007)

b) a distribuição gratuita de ingressos para eventos de caráter desportivo e paradesportivo por


pessoa jurídica a empregados e seus dependentes legais ou a integrantes de comunidades de
vulnerabilidade social; (Redação dada pela Lei nº 11.472, de 2007)

III - patrocinador: a pessoa física ou jurídica, contribuinte do imposto de renda, que apóie
projetos aprovados pelo Ministério do Esporte nos termos do inciso I do caput deste artigo;

IV - doador: a pessoa física ou jurídica, contribuinte do imposto de renda, que apóie projetos
aprovados pelo Ministério do Esporte nos termos do inciso II do caput deste artigo;

V - proponente: a pessoa jurídica de direito público, de direito privado com fins não
econômicos, de natureza esportiva, bem como as instituições de ensino fundamental, médio e
superior, que tenham projeto aprovado nos termos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº
11.439, de 2022) Produção de efeitos

Art. 4º A avaliação e a aprovação do enquadramento dos projetos apresentados na forma


prevista no art. 5º desta Lei cabem a uma Comissão Técnica vinculada ao Ministério do
Esporte, garantindo-se a participação de representantes governamentais, designados pelo
Ministro do Esporte, e representantes do setor desportivo, indicados pelo Conselho Nacional
de Esporte.

Parágrafo único. A composição, a organização e o funcionamento da comissão serão


estipulados e definidos em regulamento.

Art. 5º Os projetos desportivos e paradesportivos de que trata o art. 1º desta Lei serão
submetidos ao Ministério do Esporte, acompanhados da documentação estabelecida em
regulamento e de orçamento analítico.

§ 1º A aprovação dos projetos de que trata o caput deste artigo somente terá eficácia após a
publicação de ato oficial contendo o título do projeto aprovado, a instituição responsável, o
valor autorizado para captação e o prazo de validade da autorização.

§ 2º Os projetos aprovados e executados com recursos desta Lei serão acompanhados e


avaliados pelo Ministério do Esporte.
CAPÍTULO II

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 6º A divulgação das atividades, bens ou serviços resultantes dos projetos desportivos e
paradesportivos financiados nos termos desta Lei mencionará o apoio institucional, com
inserção da Bandeira Nacional, nos termos da Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971.

Art. 7º A prestação de contas dos projetos beneficiados pelos incentivos previstos nesta Lei
fica a cargo do proponente e será apresentada ao Ministério do Esporte, na forma estabelecida
pelo regulamento.

Art. 8º O Ministério do Esporte informará à Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB os


valores correspondentes a doação ou patrocínio destinados ao apoio direto a projetos
desportivos e paradesportivos, no ano-calendário anterior. (Redação dada pela Lei nº 13.043,
de 2014)

Parágrafo único. A RFB estabelecerá, em ato normativo próprio, a forma, o prazo e as


condições para o cumprimento da obrigação acessória a que se refere o caput deste artigo.
(Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014)

Art. 9º Compete à Secretaria da Receita Federal, no âmbito de suas atribuições, a fiscalização


dos incentivos previstos nesta Lei.

Art. 10. Constituem infração aos dispositivos desta Lei:

I - o recebimento pelo patrocinador ou doador de qualquer vantagem financeira ou material


em decorrência do patrocínio ou da doação que com base nela efetuar;

II - agir o patrocinador, o doador ou o proponente com dolo, fraude ou simulação para utilizar
incentivo nela previsto;

III - desviar para finalidade diversa da fixada nos respectivos projetos dos recursos, bens,
valores ou benefícios com base nela obtidos;

IV - adiar, antecipar ou cancelar, sem justa causa, atividade desportiva beneficiada pelos
incentivos nela previstos;

V - o descumprimento de qualquer das suas disposições ou das estabelecidas em sua


regulamentação.
Art. 11. As infrações aos dispositivos desta Lei, sem prejuízo das demais sanções cabíveis,
sujeitarão:

I - o patrocinador ou o doador ao pagamento do imposto não recolhido, além das penalidades


e demais acréscimos previstos na legislação;

II - o infrator ao pagamento de multa correspondente a 2 (duas) vezes o valor da vantagem


auferida indevidamente, sem prejuízo do disposto no inciso I do caput deste artigo.

Parágrafo único. O proponente é solidariamente responsável por inadimplência ou


irregularidade verificada quanto ao disposto no inciso I do caput deste artigo.

Art. 12. Os recursos provenientes de doações ou patrocínios efetuados nos termos do art. 1º
desta Lei serão depositados e movimentados em conta bancária específica, no Banco do Brasil
S.A. ou na Caixa Econômica Federal, que tenha como titular o proponente do projeto
aprovado pelo Ministério do Esporte.

Parágrafo único. Não são dedutíveis, nos termos desta Lei, os valores em relação aos quais
não se observe o disposto neste artigo.

Art. 13. Todos os recursos utilizados no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos
previstos nesta Lei deverão ser disponibilizados na rede mundial de computadores, de acordo
com a Lei nº 9.755, de 16 de dezembro de 1998.

Parágrafo único. Os recursos a que se refere o caput deste artigo ainda deverão ser
disponibilizados, mensalmente, no sítio do Ministério do Esporte, constando a sua origem e
destinação.

Art. 13-A. O valor máximo das deduções de que trata o art. 1º desta Lei será fixado
anualmente em ato do Poder Executivo, com base em um percentual da renda tributável das
pessoas físicas e do imposto sobre a renda devido por pessoas jurídicas tributadas com base
no lucro real. (Incluído pela Lei nº 11.472, de 2007)

Parágrafo único. Do valor máximo a que se refere o caput deste artigo o Poder Executivo
fixará os limites a serem aplicados para cada uma das manifestações de que trata o art. 2º
desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.472, de 2007)

Art. 13-B. A divulgação das atividades, bens ou serviços resultantes de projetos desportivos e
paradesportivos, culturais e de produção audiovisual e artística financiados com recursos
públicos mencionará o apoio institucional com a inserção da Bandeira Nacional, nos termos
da Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971. (Incluído pela Lei nº 11.472, de 2007)

Art. 13-C. Sem prejuízo do disposto no art. 166 da Constituição Federal, os Ministérios da
Cultura e do Esporte encaminharão ao Congresso Nacional relatórios detalhados acerca da
destinação e regular aplicação dos recursos provenientes das deduções e benefícios fiscais
previstos nas Leis nºs 8.313, de 23 de dezembro de 1991, e 11.438, de 29 de dezembro de
2006, para fins de acompanhamento e fiscalização orçamentária das operações realizadas.
(Incluído pela Lei nº 11.472, de 2007)

Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

2.2 - Lei do Audiovisual: LEI N° 8.685, DE 20 DE JULHO DE 1993


Art. 1º Até o exercício fiscal de 2024, inclusive, os contribuintes poderão deduzir do imposto
de renda devido as quantias investidas na produção de obras audiovisuais brasileiras de
produção independente, mediante a aquisição de quotas representativas dos direitos de
comercialização das referidas obras, desde que esses investimentos sejam realizados no
mercado de capitais, em ativos previstos em lei e autorizados pela Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), e os projetos de produção tenham sido previamente aprovados pela
Agência Nacional do Cinema (Ancine). (Redação dada pela Lei nº 14.044, de 2020)

§ 1º A responsabilidade dos adquirentes é limitada à integralização das quotas subscritas.

§ 2º A dedução prevista neste artigo está limitada a três por cento do imposto devido pelas
pessoas físicas e a um por cento do imposto devido pelas pessoas jurídicas. (Vide Lei
9.323, de 1996)

§ 3º Os valores aplicados nos investimentos de que trata o artigo anterior serão:

a) deduzidos do imposto devido no mês a que se referirem os investimentos, para as pessoas


jurídicas que apuram o lucro mensal;

b) deduzidos do imposto devido na declaração de ajuste para:

1. as pessoas jurídicas que, tendo optado pelo recolhimento do imposto por estimativa,
apuram o lucro real anual;

2. as pessoas físicas.
§ 4º A pessoa jurídica tributada com base no lucro real poderá, também, abater o total dos
investimentos efetuados na forma deste artigo como despesa operacional.

§ 5º Os projetos específicos da área audiovisual, cinematográfica de exibição, distribuição e


infra-estrutura técnica apresentados por empresa brasileira de capital nacional, poderão ser
credenciados pelos Ministérios da Fazenda e da Cultura para fruição dos incentivos fiscais de
que trata o caput deste artigo.

Art. 1º-A Até o ano-calendário de 2024, inclusive, as quantias referentes ao patrocínio à


produção de obras audiovisuais brasileiras de produção independente, cujos projetos tenham
sido previamente aprovados pela Ancine, poderão ser deduzidas do imposto de renda devido
apurado: (Redação dada pela Lei nº 14.044, de 2020)

I - na declaração de ajuste anual pelas pessoas físicas; e (Incluído pela Lei nº 11.437, de
2006).

II - em cada período de apuração, trimestral ou anual, pelas pessoas jurídicas tributadas com
base no lucro real. (Incluído pela Lei nº 11.437, de 2006).

§ 1° A dedução prevista neste artigo está limitada: (Incluído pela Lei nº 11.437, de 2006).

I - a 4% (quatro por cento) do imposto devido pelas pessoas jurídicas e deve observar o limite
previsto no inciso II do art. 6º da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997; e
(Incluído pela Lei nº 11.437, de 2006).

II - a 6% (seis por cento) do imposto devido pelas pessoas físicas, conjuntamente com as
deduções de que trata o art. 22 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997.
(Incluído pela Lei nº 11.437, de 2006).

§ 2° Somente são dedutíveis do imposto devido os valores despendidos a título de patrocínio:


(Incluído pela Lei nº 11.437, de 2006).

I - pela pessoa física no ano-calendário a que se referir a declaração de ajuste anual; e


(Incluído pela Lei nº 11.437, de 2006).

II - pela pessoa jurídica no respectivo período de apuração de imposto. (Incluído pela Lei nº
11.437, de 2006).
§ 3° As pessoas jurídicas não poderão deduzir o valor do patrocínio de que trata o caput deste
artigo para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido - CSLL. (Incluído pela Lei nº 11.437, de 2006).

§ 4° Os projetos específicos da área audiovisual, cinematográfica de difusão, preservação,


exibição, distribuição e infra-estrutura técnica apresentados por empresa brasileira poderão ser
credenciados pela Ancine para fruição dos incentivos fiscais de que trata o caput deste artigo,
na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.437, de 2006).

§ 5° Fica a Ancine autorizada a instituir programas especiais de fomento ao desenvolvimento


da atividade audiovisual brasileira para fruição dos incentivos fiscais de que trata o caput
deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.505, de 2007)

§ 6° Os programas especiais de fomento destinar-se-ão a viabilizar projetos de distribuição,


exibição, difusão e produção independente de obras audiovisuais brasileiras escolhidos por
meio de seleção pública, conforme normas expedidas pela Ancine. (Incluído pela Lei nº
11.505, de 2007)

§ 7° Os recursos dos programas especiais de fomento e dos projetos específicos da área


audiovisual de que tratam os §§ 4o e 5o deste artigo poderão ser aplicados por meio de
valores reembolsáveis ou não-reembolsáveis, conforme normas expedidas pela Ancine.
(Incluído pela Lei nº 11.505, de 2007)

§ 8° Os valores reembolsados na forma do § 7o deste artigo destinar-se-ão ao Fundo Nacional


da Cultura e serão alocados em categoria de programação específica denominada Fundo
Setorial do Audiovisual. (Incluído pela Lei nº 11.505, de 2007)

Art. 2º O art. 13 do Decreto-Lei nº 1.089, de 2 de março de 1970, alterado pelo art. 1º do


Decreto-Lei nº 1.741, de 27 de dezembro de 1979, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 13. As importâncias pagas, creditadas, empregadas, remetidas ou entregues aos


produtores, distribuidores ou intermediários no exterior, como rendimentos decorrentes da
exploração de obras audiovisuais estrangeiras em todo o território nacional, ou por sua
aquisição ou importação a preço fixo, ficam sujeitas ao imposto de 25% na fonte."

Art. 3o Os contribuintes do Imposto de Renda incidente nos termos do art. 13 do Decreto-Lei


no 1.089, de 1970, alterado pelo art. 2o desta Lei, poderão beneficiar-se de abatimento de
70% (setenta por cento) do imposto devido, desde que invistam no desenvolvimento de
projetos de produção de obras cinematográficas brasileiras de longa metragem de produção
independente, e na co-produção de telefilmes e minisséries brasileiros de produção
independente e de obras cinematográficas brasileiras de produção independente. (Redação
dada pela Lei nº 10.454, de 13.5.2002)

§ 1° A pessoa jurídica responsável pela remessa das importâncias pagas, creditadas,


empregadas ou remetidas aos contribuintes de que trata o caput deste artigo terá preferência
na utilização dos recursos decorrentes do benefício fiscal de que trata este artigo. (Incluído
pela Lei nº 11.437, de 2006).

§ 2° Para o exercício da preferência prevista no § 1o deste artigo, o contribuinte poderá


transferir expressamente ao responsável pelo pagamento ou remessa o benefício de que trata o
caput deste artigo em dispositivo do contrato ou por documento especialmente constituído
para esses fins. (Incluído pela Lei nº 11.437, de 2006).

Art. 3o-A. Os contribuintes do Imposto de Renda incidente nos termos do art. 72 da Lei nº
9.430, de 27 de dezembro de 1996, beneficiários do crédito, emprego, remessa, entrega ou
pagamento pela aquisição ou remuneração, a qualquer título, de direitos, relativos à
transmissão, por meio de radiodifusão de sons e imagens e serviço de comunicação eletrônica
de massa por assinatura, de quaisquer obras audiovisuais ou eventos, mesmo os de
competições desportivas das quais faça parte representação brasileira, poderão beneficiar-se
de abatimento de 70% (setenta por cento) do imposto devido, desde que invistam no
desenvolvimento de projetos de produção de obras cinematográficas brasileira de longa-
metragem de produção independente e na co-produção de obras cinematográficas e
videofonográficas brasileiras de produção independente de curta, média e longas-metragens,
documentários, telefilmes e minisséries. (Incluído pela Lei nº 11.437, de 2006).

§ 1° A pessoa jurídica responsável pela remessa das importâncias pagas, creditadas,


empregadas, entregues ou remetidas aos contribuintes de que trata o caput deste artigo terá
preferência na utilização dos recursos decorrentes do benefício fiscal de que trata este artigo.
(Incluído pela Lei nº 11.437, de 2006).

§ 2° Para o exercício da preferência prevista no § 1o deste artigo, o contribuinte poderá


transferir expressamente ao responsável pelo crédito, emprego, remessa, entrega ou
pagamento o benefício de que trata o caput deste artigo em dispositivo do contrato ou por
documento especialmente constituído para esses fins. (Incluído pela Lei nº 11.437, de 2006).

§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.594, de 2018)


Art. 4° O contribuinte que optar pelo uso dos incentivos previstos nos arts. 1o, 1o-A, 3o e 3o-
A, todos desta Lei, depositará, dentro do prazo legal fixado para o recolhimento do imposto, o
valor correspondente ao abatimento em conta de aplicação financeira especial, em instituição
financeira pública, cuja movimentação sujeitar-se-á a prévia comprovação pela Ancine de que
se destina a investimentos em projetos de produção de obras audiovisuais cinematográficas e
videofonográficas brasileiras de produção independente. (Redação dada pela Lei nº 11.437, de
2006).

§ 1º As contas de aplicação financeira a que se refere este artigo serão abertas:

I - em nome do proponente, para cada projeto, no caso do art. 1o e do art. 1o-A, ambos desta
Lei; (Redação dada pela Lei nº 11.437, de 2006).

II - em nome do contribuinte, do seu representante legal ou do responsável pela remessa, no


caso do art. 3o e do art. 3o-A, ambos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.437, de 2006).

III – em nome da Ancine, para cada programa especial de fomento, no caso do § 5o do art.
1o-A desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.505, de 2007)

§ 2° Os projetos a que se refere este artigo e os projetos beneficiados por recursos dos
programas especiais de fomento instituídos pela Ancine deverão atender cumulativamente aos
seguintes requisitos: (Redação dada pela Lei nº 11.505, de 2007)

I - contrapartida de recursos próprios ou de terceiros correspondente a 5% (cinco por cento)


do orçamento global aprovado, comprovados ao final de sua realização; (Redação dada pela
Lei nº 10.454, de 13.5.2002)

II - limite do aporte de recursos objeto dos incentivos previstos no art. 1o e no art. 1o-A,
ambos desta Lei, somados, é de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) e, para o incentivo
previsto no art. 3o e no art. 3o-A, ambos desta Lei, somados, é de R$ 3.000.000,00 (três
milhões de reais), podendo esses limites serem utilizados concomitantemente; (Redação dada
pela Lei nº 11.437, de 2006).

III - apresentação do projeto para aprovação da ANCINE, conforme regulamento.


(Redação dada pela Lei nº 10.454, de 13.5.2002)

§ 3o Os investimentos a que se refere este artigo não poderão ser utilizados na produção de
obras audiovisuais de natureza publicitária. (Redação dada pela Lei nº 10.454, de 13.5.2002)
§ 4o A liberação de recursos fica condicionada à integralização de pelo menos 50%
(cinqüenta por cento) dos recursos aprovados para realização do projeto. (Redação dada pela
Lei nº 10.454, de 13.5.2002)

§ 5o A utilização dos incentivos previstos nesta Lei não impossibilita que o mesmo projeto se
beneficie de recursos previstos na Lei no 8.313, de 23 de dezembro de 1991, desde que
enquadrados em seus objetivos, limitado o total destes incentivos a 95% (noventa e cinco por
cento) do total do orçamento aprovado pela ANCINE. (Parágrafo incluído pela Lei nº
10.454, de 13.5.2002)

Art. 5° Os valores depositados nas contas de que trata o inciso I do § 1o do art. 4o e não
aplicados no prazo de 48 (quarenta e oito) meses da data do primeiro depósito e os valores
depositados nas contas de que trata o inciso II do § 1o do art. 4o e não aplicados no prazo de
180 (cento e oitenta) dias, prorrogável por igual período, serão destinados ao Fundo Nacional
da Cultura, alocados no Fundo Setorial do Audiovisual. (Redação dada pela Lei nº 12.599, de
2012)

Art. 6º O não-cumprimento do projeto a que se referem os arts. 1º, 3º e 5º desta lei e a não-
efetivação do investimento ou a sua realização em desacordo com o estatuído implicam a
devolução dos benefícios concedidos, acrescidos de correção monetária, juros e demais
encargos previstos na legislação do imposto de renda.

§ 1º Sobre o débito corrigido incidirá multa de cinqüenta por cento.

§ 2º No caso de cumprimento de mais de setenta por cento sobre o valor orçado do projeto, a
devolução será proporcional à parte não cumprida.

Art. 7º Os arts. 4º e 30 da Lei nº 8.401, de 1992, passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 4º

§ 1º A produção e adaptação de obra audiovisual estrangeira, no Brasil, deverá realizar-se


mediante contrato com empresa produtora brasileira de capital nacional, e utilizar, pelo
menos, um terço de artistas e técnicos brasileiros.

§ 2º O Poder Executivo poderá reduzir o limite mínimo, a que se refere o parágrafo anterior,
no caso de produções audiovisuais de natureza jornalístico-noticiosa."
Art. 30. Até o ano 2003, inclusive, as empresas distribuidoras de vídeo doméstico deverão ter
um percentual de obras brasileiras audiovisuais cinematográficas e videofonográficas entre
seus títulos, obrigando-se a lançá-las comercialmente.

§ 1º O percentual de lançamentos e títulos a que se refere este artigo será fixado anualmente
pelo Poder Executivo, ouvidas as entidades de caráter nacional representativas das atividades
de produção, distribuição e comercialização de obras cinematográficas e videofonográficas.

Art. 8º Fica instituído o depósito obrigatório, na Cinemateca Brasileira, de cópia da obra


audiovisual que resultar da utilização de recursos incentivados ou que merecer prêmio em
dinheiro concedido pelo Governo Federal.

Parágrafo único. A Cinemateca Brasileira poderá credenciar arquivos ou cinematecas,


públicos ou privados, para o cumprimento do disposto neste artigo.

Art. 9º O Poder Executivo fiscalizará a efetiva execução desta lei no que se refere à realização
de obras audiovisuais e à aplicação dos recursos nela comprometidos.

Art. 10. Sem prejuízo das sanções de natureza administrativa ou fiscal, constitui crime obter
reduções de impostos, utilizando-se fraudulentamente de qualquer benefício desta lei, punível
com a pena de reclusão de dois a seis meses e multa de cinqüenta por cento sobre o valor da
redução.

§ 1º No caso de pessoa jurídica, respondem pelo crime o acionista ou o quotista controlador e


os administradores que para ele tenham concorrido, ou que dele se tenham beneficiado.

§ 2º Na mesma pena incorre aquele que, recebendo recursos em função desta lei, deixe de
promover, sem justa causa, a atividade objeto do incentivo.

Art. 11. Fica sujeito à multa, que variará de 100 (cem) a 1.500 (um mil e quinhentas) Ufir,
sem prejuízo de outras sanções que couberem, aquele que descumprir o disposto nos arts. 4º e
30 da Lei nº 8.401, de 1992, com a redação dada pelo art. 7º desta lei.

Art. 12. É estimado o montante da renúncia fiscal decorrente desta lei no exercício de 1993
em Cr$ 200.000.000.000,00 (duzentos bilhões de cruzeiros).

Art. 13. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de noventa dias.

Art. 14. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 15. Fica revogado o art. 45 da Lei nº 4.131, de 3 de setembro de 1962.


2.3 - FUMCAD: LEI Nº 11.247, DE 01 DE OUTUBRO DE 1992
Art. 1º Fica criado, na Secretaria Municipal do Bem-Estar Social, o Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente - FUMCAD, de natureza contábil, com a finalidade de
proporcionar os meios financeiros complementares às ações necessárias ao desenvolvimento
das políticas públicas destinadas à criança e ao adolescente, bem como ao exercício das
competências do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e dos
Conselhos Tutelares.

Art. 2º o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente definirá o percentual


de utilização dos recursos captados pelo, FUMCAD, alocando-os nas respectivas áreas, de
acordo com as prioridades definidas no planejamento anual.

Art. 3º Constituirão receitas do FUMCAD:

I - Dotação consignada no Orçamento Municipal necessária ao funcionamento dos Conselhos


Tutelares;

II - Recursos Provenientes dos Conselhos Estadual e Nacional dos Direitos da Criança e do


Adolescente;

III - Doações, auxílios, contribuições e legados que lhe venham a ser destinados;

IV - Valores repassados pela União e pelo Estado ao Município, provenientes de multas


decorrentes de condenações ou ações civis ou de imposições de penalidades administrativas
aplicadas no Município de São Paulo previstos na Lei Federal 8069, de 13 de julho de 1990;

V - Contribuições dos governos e organismos nacionais, estrangeiros e internacionais;

VI - Rendas eventuais, inclusive as resultantes de depósitos e aplicações de capitais;

VII - Outros recursos que lhe forem destinados.

§ 1º A gestão financeira dos recursos do FUMCAD será feita pela Secretaria das Finanças.

§ 2º A Secretaria das Finanças aplicará os recursos do FUMCAD, eventualmente disponíveis,


revertendo aos mesmo seus rendimentos.

Art. 4º O FUMCAD terá um Conselho de Orientação Técnica, que assessorará o Conselho


Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente na formulação e aprovação de propostas
para captação e utilização dos recursos do Fundo.
§ 1º O Conselho de Orientação Técnica terá composição paritária, sendo constituído por, no
máximo, 8 (oito) membros.

§ 2º As funções de membro do Conselho de orientação do FUMCAD não serão remuneradas,


sendo, porém, consideradas de interesse público relevante.

Art. 5º Para atender às despesas com a execução desta Lei, fica o Executivo autorizado a
abrir, no presente exercício, crédito adicional especial, no valor de até 20.000 (vinte mil)
Unidades de Valor Fiscal do Município de são Paulo - UFM, destinado à dotação "Atividades
do FUMCAD", ora criado, excluindo-se referido valor da margem orçamentária aprovada
pela Lei nº 11.151, de 30 de dezembro de 1991.

Art. 6º O disposto na presente Lei será regulamentado por decreto do Executivo.

Art. 7º As despesas com a execução desta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias
próprias, suplementadas se necessário.

Art. 8º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

De acordo com o site da prefeitura de São Paulo:

Vale destacar que nesta modalidade de doação:

I - As informações preenchidas no cadastro serão mantidas em sigilo pela equipe


administrativa do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA;

II - Você decide se prefere destinar a doação para projetos específicos, para um determinado
eixo ou diretamente para o fundo. Neste último caso, os recursos serão direcionados para os
projetos que apresentaram as melhores classificações, seguindo os critérios de pontuação
definidos no seu respectivo edital;

III - Além do boleto como forma de pagamento, o site permite que correntistas do Banco do
Brasil utilizem a opção de débito online;

IV - Doadores Pessoa Física (PF) podem deduzir até 6% (seis por cento) do imposto sobre a
renda apurada na Declaração de Ajuste Anual (Lei nº. 12.594, de 18 de janeiro de 2012);

V - Doadores Pessoa Jurídica (PJ) podem deduzir até 1% (um por cento) do imposto sobre a
renda com base no lucro real (Lei nº. 12.594, de 18 de janeiro de 2012);
VI - Para calcular o limite de dedução possível na sua declaração de imposto de renda, utilize
o simulador de cálculo disponível no site da Receita Federal.

VII - As doações realizadas via boleto e débito online entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de
2022 devem ser declaradas no Exercício 2023 (Ano-Base 2022). Para todos os anos, a
analogia é a mesma;

VIII - A equipe administrativa da Comissão Permanente de Finanças e Orçamento - CPFO


emitirá e enviará o recibo para cada um dos doadores, no endereço cadastrado no sistema no
ato da geração do boleto.

3 - Como os incentivos influenciam na apuração do IRPJ (dedutibilidade da despesa e


dedução do IR apurado)?

Os incentivos fiscais podem influenciar a apuração do Imposto de Renda sobre Pessoa


Jurídica (IRPJ) de duas maneiras principais: dedutibilidade de despesas e dedução do IR
apurado. Vou explicar cada uma delas:

1. Dedutibilidade de despesas: Os incentivos fiscais podem permitir a dedução de


determinadas despesas no cálculo do IRPJ, reduzindo a base de cálculo do imposto.
Isso significa que as despesas elegíveis podem ser subtraídas do lucro tributável,
resultando em um valor menor sujeito à incidência do imposto.

Por exemplo, despesas com pesquisa e desenvolvimento (P&D) podem ser dedutíveis no
IRPJ, conforme previsto na legislação. Assim, uma empresa que tenha realizado gastos com
P&D poderá deduzir esses valores do seu lucro tributável, reduzindo a base de cálculo do
imposto a pagar.

2. Dedução do IR apurado: Alguns incentivos fiscais permitem a dedução do valor do


IRPJ apurado, ou seja, do imposto devido após a aplicação da alíquota sobre o lucro
tributável. Essa dedução é feita diretamente no valor do imposto a pagar.

Por exemplo, uma empresa que tenha investido em incentivos ao esporte, pode ter direito a
deduzir parte desse investimento do valor do IRPJ a pagar. Essa dedução é feita após a
apuração do imposto devido, reduzindo o montante final a ser pago.

É importante destacar que os incentivos fiscais são estabelecidos por meio de legislação
específica, conforme visto acima, e podem variar conforme as políticas governamentais. Além
disso, cada incentivo possui regras e condições específicas que devem ser cumpridas para ter
direito aos benefícios, caso contrário não será possível beneficiar-se dos benefícios.

4 - Exemplo Prático de Incentivo Fiscal:


Incentivo de Obras e Projetos Audiovisuais -

° Empresa tributada pelo lucro real no 4º trimestre de 2023 investiu, em novembro/2023, R$


10.000,00 em quotas representativas do direito de comercialização de um filme nacional com
projeto aprovado pela Ancine, conforme Certificado de Investimento. O valor de aquisição
das quotas foi contabilizado em conta específica de Investimentos, no Ativo Não Circulante.
Sabe-se que a pessoa jurídica não é beneficiária de qualquer outro incentivo fiscal de dedução
do imposto e que apresenta, ainda, os seguintes dados na apuração trimestral de 31-12-2023:

Operação  
Receita de Vendas de mercadorias R$ 900.000,00
Despesa com tributos (PIS,COFINS, ICMS) R$ 80.000,00
Custo de Mercadoria Vendidas R$ 470.000,00
Despesa gerais com Alugueis e contabilidade R$ 30.000,00
Despesas contabilizados como "despesas gerais" mas que não são
necessárias a ativadade R$ 20.000,00
Ganho de Capital com venda de um caminhão R$ 20.000,00
Dividendos Recebidos (investimento em outra PJ) R$ 60.000,00
Investimento em Projetos Audios Visuais R$ 10.000,00
Prejuízo Fiscal de Exercícios Anteriores: R$ 100.000,00

Fonte: Exercícios em sala de aula (adaptado).

Resolução:

Receita de Vendas de mercadorias R$ 900.000,00


Despesa com tributos (PIS,COFINS,
ICMS) R$ 80.000,00
Custo de Mercadoria Vendidas R$ 470.000,00
= Lucro Bruto R$ 350.000,00

= Lucro Bruto R$ 350.000,00

(-) Despesa gerais com Alugueis e R$ 30.000,00


contabilidade

(-) Despesas Gerais R$ 20.000,00

(+) Ganho de Capital R$ 20.000,00

(+) Dividendos R$ 60.000,00

= Lucro Antes do IR R$ 380.000,00

Adições:

R$
(+) Despesa Geral 20.000,00
(+) Investimentos em Audio R$
Visu. 10.000,00

Exclusões:

(-) Dividendos R$ 60.000,00

= Lucro Antes da Compensação do Prejuízo R$ 350.000,00

(-) Prejuízo Fiscal R$ 100.000,00

= Lucro Real e BC IR R$ 250.000,00

R$
IR a 15% 37.500,00

BC adicional: (R$ 250.000 - R$ 60.000) = R$


190.000  
IR a 10%
R$ 1.900,00
IR apurado = R$ 39.400,00

3% da BC do IR (R$ R$
250.000,00) 7.500,00

IR apurado = R$ 39.400,00
(-) Incentivo R$ 7.500,00
= IR a pagar R$ 31.900,00
Conclusão:

Exploramos os incentivos fiscais na apuração do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ)


e sua importância para as empresas no Brasil. Os incentivos fiscais representam uma
oportunidade para as organizações reduzirem sua carga tributária de forma legal, promovendo
o desenvolvimento econômico e direcionando recursos para investimentos estratégicos.
Durante nossa análise, observamos que os incentivos fiscais abrangem diferentes aspectos,
como a redução da alíquota de IRPJ, a possibilidade de dedução de despesas específicas, a
postergação do pagamento do imposto, entre outros. Esses benefícios são concedidos pelo
governo em níveis federal e estadual, e cada um possui requisitos e regulamentações próprias.
É fundamental ressaltar que a utilização dos incentivos fiscais exige um planejamento
tributário cuidadoso e uma compreensão aprofundada da legislação aplicável.
Portanto, cabe às empresas buscar o conhecimento e a assessoria especializada para identificar
e aproveitar os incentivos fiscais disponíveis, garantindo assim uma gestão tributária eficiente
e em conformidade com as leis.
Referências:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11438.htm

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8685.htm

https://agilize.com.br/blog/gestao-de-empresas/incentivo-fiscal/

https://www.coad.com.br/files/trib/html/pesquisa/ir/em31863.htm

https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/incentivos-fiscais/

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8313cons.htm

https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/direitos_humanos/criancas_e_adolescentes/
fumcad/legislacao/index.php?p=158320

https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/direitos_humanos/participacao_social/
conselhos_e_orgaos_colegiados/cmdca/index.php?p=235323

https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/direitos_humanos/participacao_social/
fundos/fumcad/

https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/direitos_humanos/participacao_social/
fundos/fumcad/index.php?p=156374

https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/direitos_humanos/participacao_social/
fundos/fumcad/index.php?p=259766

https://www.taxgroup.com.br/solutions/incentivos-fiscais-o-que-sao-quais-os-beneficios-e-como-
aproveita-los/

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