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UNI-FACEF CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE FRANCA

FLÁVIA VERONEZ TURATTI


LETICIA FUGA MENEZES

INCENTIVOS FISCAIS

FRANCA

2022
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1 INTRODUÇÃO
Os fundos especiais constituem-se de uma parcela de receitas especificadas
por lei que são destacadas para a consecução de objetivos determinados (art.
71 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964). Representam uma forma de
tornar certa a destinação desses recursos para áreas entendidas de especial
relevância. De acordo com o art. 50, I e III, da Lei de Responsabilidade Fiscal –
LFR, todo fundo especial deve ter as demonstrações contábeis e a
identificação dos recursos individualizadas, inclusive, com disponibilidade de
caixa em registro próprio.

2 DOAÇÕES PARA OS FUNDOS DE DIREITOS DA CRIANÇA E


ADOLESCENTE
Os fundos têm como objetivo financiar projetos que atuem na garantia da
promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente. Os
recursos são aplicados exclusivamente na área de criança e adolescente com
monitoramento dos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente.

2.1 Lei
Especificamente em relação aos Fundos dos Direitos da Criança e do
Adolescente, aplica-se a Lei nº 8.069, de 13 de julho de1990, com destaque
aos arts. 88, IV; 154; 214 e 260; o capítulo do Sistema Tributário Nacional da
Constituição da República, especialmente no que se refere ao imposto de
renda (arts. 153 e seguintes); a Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art.
12, I (Lei do IR); e o Decreto nº 9.580/18, que a regulamenta, especialmente
arts. 99 a 101. Por fim, quanto ao Fundo Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente aplica-se a Lei nº 8.242/91, que o instituiu, e as Resoluções
137/2010 e 194/2017, do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente (CONANDA), criado pela mesma Lei.

2.2 Vigência
31 de outubro de cada ano.

2.3 Implicações fiscais

O valor deduzido diretamente do imposto não será dedutível como despesa


operacional para fins de apuração do lucro real e da contribuição social sobre o
lucro, ou seja, o valor da doação lançado como despesa, em conta de
resultado, deverá ser adicionado ao lucro líquido, na parte "A" do Livro de
Apuração do Lucro Real e da base de cálculo da contribuição social.
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1% (um por cento) do imposto sobre a renda devido apurado pelas pessoas
jurídicas tributadas com base no lucro real.     

Para que o contribuinte saiba o valor disponível para doação incentivada basta
observar a última declaração e checar o campo denominado “imposto devido”.
Em havendo drásticas alterações nas receitas X despesas de um ano para o
outro, será necessário um cálculo mais apurado. A Lei nº 9.250, de 26 de
dezembro de 1995, em seu art. 8º, esclarece que a base de cálculo do imposto
devido no ano -calendário será a diferença entre as somas dos rendimentos
percebidos durante o ano -calendário X as deduções (médicos, dentistas,
psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e
hospitais, exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e
próteses ortopédica s e dentárias + estabelecimentos de ensino (todas as
etapas), compreendendo os cursos de graduação e de pós -graduação
(mestrado, doutorado e especialização); e à educação profissional,
compreendendo o ensino técnico e o tecnológico, até o limite anual individual).
Pessoa Jurídica apenas as empresas tributadas pelo lucro real podem realizar
essa dedução fiscal, de modo que estão excluídas as microempresas, as
empresas de pequeno porte, as tributadas pelo lucro presumido ou arbitrado
etc.
A doação incentivada do IR pode ocorrer de duas formas: via CMDCA ou
DIRPFDARF
1) VIA CMDCA – boletos municipais – 6% (ao longo do ano fiscal)
2) VIA DIRPF – DARF – 3% (março/abril).

2.4 Dedução com outros incentivos


Sim, a dedução pode sim ocorrer com outros incentivos fiscais, sem, contudo,
estabelecer limites específicos, ou seja, poderá ser aplicada em sua totalidade
no incentivo ao esporte, por opção do contribuinte.

3 DOAÇÕES E PATROCINIOS REALIZADOS A TITULO DE APOIO A


ATIVIDADES CULTURAIS OU ARTISTICAS
A Lei prevê três formas de financiamento para eventos ou obras.

3.1 Lei
A Lei Federal de Incentivo à Cultura Lei nº 8.313 de 23 de dezembro de 1991,
conhecida também por Lei Rouanet, é a lei que institui políticas públicas para a
cultura nacional, como o PRONAC - Programa Nacional de Apoio à Cultura.
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3.2 Implicações fiscais


O incentivador pessoa jurídica ainda poderá deduzir o valor doado ou
patrocinado como despesa operacional, diminuindo assim seu lucro e
consequentemente os impostos que recaem sobre o lucro (o próprio Imposto
De Renda a pagar e a CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).

Na doação é permitida ao incentivador a dedução de 60% do valor doado no


imposto de renda a pagar (no caso de pessoa jurídica), limitado a 4% do
imposto devido no período de apuração.
No patrocínio é permitida ao incentivador a dedução de 30% do valor doado no
imposto de renda a pagar (no caso de pessoa jurídica), limitado a 4% do
imposto devido no período de apuração.

3.3 Dedução com outros incentivos


Sim, a dedução pode sim ocorrer com outros incentivos fiscais, sem, contudo,
estabelecer limites específicos, ou seja, poderá ser aplicada em sua totalidade
no incentivo ao esporte, por opção do contribuinte.

4 DOAÇÕES E PATROCINIOS A PROJETOS DESPORTIVOS E


PARADESPORTIVOS
Com a Lei de Incentivo ao Esporte, pessoas físicas e jurídicas podem
incentivar projetos esportivos, de modalidades olímpicas, paraolímpicas e
outras, por meio de doações ou patrocínios, usando para isso um percentual a
ser descontado do valor devido ao Imposto de Renda.

4.1 Lei
Sancionada em 29 de dezembro de 2006, a Lei nº 11.438 tornou-se um
importante instrumento para o desenvolvimento do esporte brasileiro em todos
os níveis. Desde que foi implementada, em 2007, até 2016, a Lei de Incentivo
ao Esporte destinou mais de R$ 1,87 bilhão.

4.2 Vigência
2027.

4.3 Implicações fiscais


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Vale ressaltar que são dedutíveis somente valores destinados a


patrocínio/doação em favor de projetos esportivos aprovados previamente pelo
Ministério do Esporte.
A lei determina que pessoas físicas possam deduzir até 6% do Imposto de
Renda devido. A dedução concorre com outros incentivos fiscais, sem,
contudo, estabelecer limites específicos.
Para pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, a Lei de Incentivo ao
Esporte permite a dedução de até 1% do Imposto de Renda devido. Ao
contrário do que ocorre com as pessoas físicas, o benefício não compete com
outros incentivos fiscais. Isso equivale a dizer que essa faixa da renúncia fiscal
(1%) se torna exclusiva para o setor esportivo.

4.4 Dedução com outros incentivos


Sim, a dedução pode sim ocorrer com outros incentivos fiscais, sem, contudo,
estabelecer limites específicos, ou seja, poderá ser aplicada em sua totalidade
no incentivo ao esporte, por opção do contribuinte.

5 CONCLUSÃO
Após a conclusão das pesquisas referente a incentivos fiscais, percebemos
que permitem que as empresas façam uma melhor gestão financeira do
negócio, podendo investir o que seria destinado ao recolhimento dos impostos
em novas estratégias para o crescimento da empresa. Outra vantagem é a
possibilidade de investir em projetos que estão relacionados ao ramo da
empresa a um custo zero, dessa forma, a organização também ajuda o país, o
que é altamente valorizado.
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REFERENCIAS
https://blog.incentiv.me/2021/05/14/leis-de-incentivo-o-que-sao-e-como-
funcionam/
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/incentivos-fiscais/
https://nossacausa.com/captacao-de-recursos-atraves-de-leis-de-incentivo-
direitos-da-crianca-e-adolescente/#:~:text=227%2C%20%C3%A9%20dever
%20da%20fam%C3%ADlia,al%C3%A9m%20de%20coloc%C3%A1%2Dlos
%20a
https://www.fadc.org.br/sites/default/files/2021-04/incentivos-fiscais-em-
beneficio-de-crianacas-e-adolescentes.pdf
https://guiadefomentodacultura.es.gov.br/lei-rouanet-de-incentivo-a-cultura
https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acoes-e-programas/lei-de-incentivo-ao-
esporte
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2022/08/25/lei-de-incentivo-ao-
esporte-e-prorrogada-ate-2027

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