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1

IRC
Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Coletivas

2021
PROGRAMA
2

 Enquadramento
 Incidência

 Isenções

 Determinação da matéria coletável (regras gerais)

 Regime simplificado de determinação da MC

 Taxas

 Liquidação

 Pagamento por conta e PEC

 Obrigações acessórias (declarativas e contabilísticas)


ENQUADRAMENTO
3

Constituição da República Portuguesa Art.º 104.º - Impostos

1. ...
2. A tributação das empresas incide fundamentalmente sobreo
seu rendimentoreal.

3. …
4. …
CARATERÍSTICAS DO IMPOSTO
4

SOBRE O RENDIMENTO

DIRETO
• Tributa manifestações diretas ou imediatas da riqueza, que se
traduzem num “ter”

REAL
• Visa a tributação dos rendimentos das pessoas coletivas sem
atender à sua situação pessoal

PERIÓDICO
• Renova-se todos os períodos de tributação
CARATERÍSTICAS DO IMPOSTO
5

ESTADUAL

• O Estado é o sujeito ativo

PROPORCIONAL

• A taxa mantém-se constante independentemente da matéria


coletável apurada pelo sujeito passivo (exceto no caso das PME)

GLOBAL

• Incide sobre o conjunto dos rendimentos


6

INCIDÊNCIA
(art.ºs 1.º a 8.º do CIRC )
PRESSUPOSTO DO IMPOSTO (art.º 1.º)
7

O IRC INCIDE:

Sobre os rendimentos obtidos

Mesmo quando provenientes de atos ilícitos

No período de tributação

Pelos respetivos sujeitos passivos, nos termos doCIRC


INCIDÊNCIA
8

SUBJETIVA
(PESSOAL)
Art.º 3.º CIRC

Quem está sujeito a O que está sujeito a


imposto? imposto?

Art.º 2.º CIRC


OBJETIVA (REAL)

Artigo 3º do CIRC
SUJEITOS PASSIVOS (art.º 2.º)
9

Exercem a título principal


uma atividade comercial,
industrial ou agrícola
SUJEITOS PASSIVOS
RESIDENTES *
Não exercem a título
principal uma atividade
comercial, industrial ou
agrícola
* c/ ou sem personalidade jurídica
BASE DO IMPOSTO (art.º 3.º n.º 4)
10

Para efeitos de IRC, são consideradas de natureza


comercial, industrial ou agrícola todas as atividades que
consistam na realização de operações económicas de
caráter empresarial, incluindo as prestações de serviços.
SUJEITOS PASSIVOS (art.º 2.º)
11

SUJEITOS PASSIVOS RESIDENTES


COM PERSONALIDADE JURÍDICA SEM PERSONALIDADE JURÍDICA
• SOCIEDADES COMERCIAIS *
(cujos rendimentos não sejam
• SOCIEDADES CIVIS SOB A FORMA
tributados diretamente na titularidade
COMERCIAL*
das pessoas singulares oucoletivas)
• COOPERATIVAS *
• EMPRESAS PÚBLICAS *
• HERANÇAS JACENTES
•OUTRAS PESSOAS COLETIVAS DEDIREITO
PÚBLICO OU PRIVADO • ASSOCIAÇÕES E SOCIEDADES
CIVIS
•* Considera-se que exercem sempre a título S/PERSONALIDADE JURÍDICA
principal uma atividade de naturezacomercial, • SOCIEDADES AINDA SEM
industrial ou agrícola REGISTO DEFINITIVO
SUJEITOS PASSIVOS (art.º 2.º)
12

SUJEITOS PASSIVOS NÃO RESIDENTES *


(Entidades sem sede ou direção efetiva em território
português e aqui obtenham rendimentos não sujeitos a IRS)

SEM ESTABELECIMENTO
COM ESTABELECIMENTO ESTÁVEL EM TERRITÓRIO
ESTÁVEL EM TERRITÓRIO PORTUGUÊS
PORTUGUÊS

* c/ ou sem personalidade jurídica


SUJEITOS PASSIVOS (art.º2.º)
13

SOCIEDADE
ANÓNIMA
SÃO EMPRESA
PÚBLICA
SUJEITOS
PASSIVOS
DE IRC
AUTARQUIA ESTABELECIMENTO
LOCAL ESTÁVEL

SOCIEDADES
ASSOCIAÇÃO
POR QUOTAS
COOPERATIVA ACE
SUJEITOS PASSIVOS (art.º2.º)
15

NÃO SÃO
SUJEITOS
CONSÓRCIO PASSIVOS CONDOMÍNIO
DE IRC

HERANÇA
INDIVISA
BASE DO IMPOSTO (art.º 3.º)
15

EXERCEM A TÍTULO PRINCIPAL


UMA ATIVIDADE DE NATUREZA
SUJEITOS COMERCIAL, INDUSTRIAL OU LUCRO
AGRÍCOLA
PASSIVOS
RESIDENTES
NÃO EXERCEM A TÍTULO RENDIMENTO GLOBAL
PRINCIPAL UMA ATIVIDADE DE
NATUREZA COMERCIAL, INCREMENTOS PATRIMONIAIS
INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA OBTIDOS A TÍTULO GRATUITO

LUCRO DO
ESTABELECIMENTO
COM ESTABELECIMENTO ESTÁVEL ESTÁVEL
SUJEITOS
PASSIVOS NÃO RENDIMENTO DAS DIVERSAS

RESIDENTES SEM ESTABELECIMENTO ESTÁVEL CATEGORIAS DE IRS

INCREMENTOS PATRIMONIAIS
OBTIDOS A TÍTULO GRATUITO
BASE DO IMPOSTO (art.º 3.º n.º 2)
16

LUCRO
Diferença entre o valor do património no fim e no início
do período de tributação com as correcções
estabelecidas no CIRC

Património Património
Correções
Líquido Líquido
Fiscais
Final Inicial
EXTENSÃO DA OBRIGAÇÃO DE IMPOSTO (art.º 4.º)
17

• IRC INCIDE SOBRE A TOTALIDADE


DOS RENDIMENTOS OBTIDOS
RESIDENTES DENTRO OU FORA DO
TERRITÓRIO PORTUGUÊS (n.º 1)

NÃO • IRC INCIDE APENAS SOBRE OS


RENDIMENTOS OBTIDOS NO
RESIDENTES TERRITÓRIO PORTUGUÊS (n.º 2)
EXTENSÃO DA OBRIGAÇÃO DE IMPOSTO (art.º 4.º)
18

Consideram-se obtidos em território português os rendimentos


imputáveis a estabelecimento estável e ainda:

a) Rendimentos relativos a imóveis situados no território português,


incluindo os ganhos resultantes da sua transmissão onerosa

b) Ganhos resultantes da transmissão onerosa de partes de capital de


entidades residentes, incluindo a sua remição e amortização com
redução de capital
EXTENSÃO DA OBRIGAÇÃO DE IMPOSTO (art.º 4.º)
19

c) Rendimentos a seguir mencionados cujo devedor tenha


residência, sede ou direção efetiva em território português ou
cujo pagamento seja imputável a um estabelecimento estável
nele situado:
1) Rendimentos provenientes da propriedade inteletual ou industrial e
bem assim da prestação de informações respeitantes a uma
experiência adquirida no setor industrial, comercial ou científico;
2) Rendimentos derivados do uso ou da concessão do uso de
equipamento agrícola, industrial, comercial ou científico;
3) Outros rendimentos de aplicação de capitais;
4) Remunerações auferidas na qualidade de membros de
órgãos estatutários de pessoas colectivas e outras entidades;
EXTENSÃO DA OBRIGAÇÃO DE IMPOSTO (art.º 4.º)
20

c) …

5)Prémios de jogo, lotarias, rifas, totoloto e apostas mútuas, bem como


importâncias ou prémios atribuídos em quaisquer sorteios ou
concursos;

5)Rendimentos provenientes da intermediação na celebração de


quaisquer contratos;

5)Rendimentos derivados de outras prestações de serviços realizados ou


utilizados em território português, com exceção dos relativos a
transportes, comunicações e atividades financeiras;

5)Rendimentos provenientes de operações relativas a instrumentos


financeiros derivados;
EXTENSÃO DA OBRIGAÇÃO DE IMPOSTO (art.º 4.º)
21

d) Rendimentos derivados do exercício em território português


da atividade de profissionais de espectáculos ou desportistas.

d) ….. (slide seguinte)


e) Ganhos da alienação de partes de capital/ direitos similares
em sociedades/outras entidades não residentes quando, em
qualquer dos 365 dias anteriores, o valor daqueles resulte em +
50% do valor de imóveis sitos em PT (exceto imóveis afetos a
atividade que não consista na compra e venda deimóveis)
EXTENSÃO DA OBRIGAÇÃO DE IMPOSTO (art.º 4.º)
22

e) Incrementos patrimoniais derivados de aquisições a título gratuito


respeitantes a:
1) Direitos reais sobre bens imóveis situados em território português;
2) Bens móveis registados ou sujeitos a registo em Portugal;
3) Partes representativas do capital e outros valores mobiliários cuja entidade
emitente tenha sede ou direção efetiva em território português;
4) Direitos de propriedade industrial, direitos de autor e direitos conexos
registados ou sujeitos a registo em Portugal;
5) Direitos de crédito sobre entidades com residência, sede ou direção efetiva
em território português;
6) Partes representativas do capital de sociedades que não tenham sede ou
direção efetiva em território português e cujo ativo seja predominantemente
constituído por direitos reais sobre imóveis situados no referido território.
EXTENSÃO DA OBRIGAÇÃO DE IMPOSTO (art.º 4.º)
23

NÃO SE CONSIDERAM OBTIDOS EM TERRITÓRIO PORTUGUÊS:

Quando não se verificarem essas condições,


os rendimentos referidos no n.º 7 da alínea
c) (prestações de serviços), quando os
Os rendimentos enumerados na alínea serviços de que derivam, sendo realizados
c) do número anterior, quando os integralmente fora do território português,
mesmos constituam encargo de não respeitem a bens situados nesse
estabelecimento estável situado fora território nem estejam relacionados com
desse território relativo à atividade estudos, projetos, apoio técnico ou à gestão,
serviços de contabilidade ou auditoria e
exercida por seu intermédio. serviços de consultoria, organização,
investigação e desenvolvimento em
qualquer domínio
LOCALIZAÇÃO DAS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS (art.º 4)
24
RENDIMENTOS OBTIDOS
OS SERVIÇOS FORAM NÃO EM PORTUGAL
REALIZADOS FORA DO
TERRITÓRIO NACIONAL?

SIM
RESPEITAM A BENS SIM
SITUADOS EM
TERRITÓRIO NACIONAL?
SIM
NÃO

ESTÃO RELACIONADOS COM ESTUDOS, PROJETOS, RENDIMENTOS


APOIO TÉCNICO OU À GESTÃO, CONTABILIDADE, NÃO OBTIDOS EM
AUDITORIA, CONSULTORIA, ORGANIZAÇÃO, I&D? NÃO PORTUGAL
TRIBUTAÇÃO DE NÃO RESIDENTES
25

COM ESTABELECIMENTO SEM ESTABELECIMENTO


ESTÁVEL ESTÁVEL
TRIBUTADOS POR RETENÇÃO NA
FONTE A TÍTULO DEFINITIVO
REGIME GERAL
COM OBRIGAÇÃO DECLARATIVA

RENDIMENTOS NÃO IMPUTÁVEISA ESTABELECIMENTO ESTÁVEL QUE OBRIGAM À


ENTREGA DA DECLARAÇÃOMOD 22
- Rendimentos derivados de imóveis, incluindo os ganhos resultantes da sua
transmissão onerosa;
- Rendimentos de mais-valias mobiliárias;
- Incrementos patrimoniais derivados de aquisições a título gratuito
ESTABELECIMENTO ESTÁVEL (art.º 5.º)
26

Instalação fixa ou representação permanente


CONCEITO através da qual seja exercida uma atividade de
natureza comercial, industrial ouagrícola

LOCAL DE DIREÇÃO FÁBRICA

OFICINA
EXEMPLOS SUCURSAL
MINA, POÇO DE
PETRÓLEO OU GÁS,
ESCRITÓRIO PEDREIRA
ESTABELECIMENTO ESTÁVEL (art.º 5.º)
27

Constitui estabelecimento estável:

 Local ou estaleiro de construção, de instalação ou de


montagem e as respetivas atividades de coordenação,
fiscalização ou supervisão

 Instalações, plataformas ou barcos de perfuração utilizados


para a prospeção ou exploração de recursos naturais

Desde que a duração da obra ou atividade


seja superior a 6meses ( individualmente )
ESTABELECIMENTO ESTÁVEL (art.º 5.º)
28

Constitui estabelecimento estável:


 Subempreitada, quando o subempreiteiro exercer a sua
actividade por período superior a 6 meses.

 Quando uma pessoa, que não seja um agente independente:


 Atue em território português por conta da empresa
 Tenha e exerça poderes de intermediação e conclusão de
contratos que vinculem a empresa.

No caso de sociedades transparentes, e para efeitos de imputação aos


sócios ou membros que não tenham sede nem direção efetiva em
território português, considera-se que obtêm esses rendimentos através
de um estabelecimento estável (n.º 9 do art.º 5.º CIRC)
ESTABELECIMENTO ESTÁVEL (art.º 5.º n.º 7)
29

NÃO SE CONSIDERA QUE UMA EMPRESA TEM UM


ESTABELECIMENTO ESTÁVEL EM TERRITÓRIO PORTUGUÊS

Pelo simples facto de aí exercer a sua atividade por intermédio


de um comissionista ou de qualquer outro agente independente,
desde que essas pessoas atuem no âmbito normal da sua
atividade, suportando o risco empresarial da mesma
ESTABELECIMENTO ESTÁVEL (art.º 5.º)
30

NÃO SE CONSIDERA ESTABELECIMENTO ESTÁVEL

a)As instalações utilizadas unicamente para armazenar, expor ou


entregar mercadorias pertencentes à empresa;

a) Um depósito de mercadorias pertencentes à empresa mantido


unicamente para as armazenar, expor ou entregar;

c) Um depósito de mercadorias pertencentes à empresa mantido


unicamente para serem transformadas por outra empresa;
ESTABELECIMENTO ESTÁVEL (art.º 5.º)
31

NÃO SE CONSIDERA ESTABELECIMENTO ESTÁVEL

d)Uma instalação fixa mantida unicamente para comprar mercadorias


ou reunir informações para a empresa;

d)Uma instalação fixa mantida unicamente para exercer, para a empresa,


qualquer outra atividade de caráter preparatório ou auxiliar;

d)Uma instalação fixa mantida unicamente para o exercício de qualquer


combinação das atividades referidas nas alíneas a) a e), desde que a
atividade de conjunto da instalação fixa resultante desta combinação
seja de caráter preparatório ou auxiliar.
32

TRANSPARÊNCIA FISCAL
(art.º 6.º)
TRANSPARÊNCIA FISCAL (art.º 6.º)
33

Regime de Transparência Fiscal

OBJETIVOS:

● NEUTRALIDADE FISCAL
● COMBATE À EVASÃO FISCAL
● ELIMINAÇÃO DA DUPLA TRIBUTAÇÃOECONÓMICA

33
TRANSPARÊNCIA FISCAL (art.º 6.º)
34

APLICA-SE:
a. Sociedades civis não constituídas sob forma comercial
b. Sociedades de profissionais
(em sede de IRS os valores imputáveis integram-se como rendimento
líquido da categoria B)
c.Sociedades de simples administração de bens cuja maioria do capital
social pertença, direta ou indiretamente, durante mais de 183 dias do
exercício social, a um grupo familiar, ou cujo capital social pertença, em
qualquer dia do exercício social, a um número de sócios não superior a
cinco e nenhum deles seja pessoa coletiva de direito público
d. Agrupamentos complementares de empresas (ACE)
e. Agrupamentos europeus de interesse económico(AEIE)
TRANSPARÊNCIA FISCAL (art.º 6.º)
35

SOCIEDADE DE PROFISSIONAIS
Sociedade
constituída parao Sociedade cujos rendimentos provenham, em mais de 75%, do
exercício de uma exercício conjunto ou isolado de atividades profissionais
atividade especificamente previstas na lista a que se refere o art. 151.º do
profissional CIRS, desde que, cumulativamente, e durante mais de 183 dias:
especificamente
prevista na listade
atividadesa quese
refere o art.º 151.º Pelo menos 75% do
capital social seja
do CIRS, na qual detido por
todos os sócios O número de sócios Nenhum dos sócios
profissionaisque
pessoas singulares não seja superior a seja pessoa coletiva
exerçam as referidas
sejam profissionais cinco; de direito público; e
atividades, total ou
dessa atividade parcialmente, através
da sociedade.
EXEMPLIFICAÇÃO PRÁTICA I
36

Um engenheiro e um arquiteto constituem uma


sociedade, com uma quota de 50% cada um, para o
exercício das respetivas atividades que constam da tabela
a que se refere o art.º 151.º do CIRS.

Como pelo menos 75% do capital é detido por profissionais


que exercem a sua atividade através da sociedade,
ENQUADRA-SE NO REGIME DE TRANSPARÊNCIA FISCAL,
sendo irrelevante o exercício de atividadesdistintas.
EXEMPLIFICAÇÃO PRÁTICA II
37

Um casal constitui uma sociedade, com uma quota de


50% cada um, para o exercício de uma atividade a que se
refere o art.º 151.º do CIRS, mas apenas um dos membros
exerce essa atividade.

Como apenas 50% do capital é detido por profissional que


exerce a atividade através da sociedade, a mesma NÃO
ESTÁ ENQUADRADA NO REGIME DE TRANSPARÊNCIA
FISCAL.
EXEMPLIFICAÇÃO PRÁTICA III
38

Um casal constitui uma sociedade com uma quota de 75%


para o A (técnico oficial de contas) e 25% para o B, sócio
de capital. O sócio A exerce a atividade através da
sociedade, sendo 90% da faturação decorrente do
exercício da profissão.
Como pelo menos 75% do capital pertence a profissional
que exerce a atividade através da sociedade e mais de 75%
dos rendimentos da sociedade provêm dessa atividade, a
sociedade ESTÁ ENQUADRADA NO REGIME DE
TRANSPARÊNCIA FISCAL.
TRANSPARÊNCIA FISCAL (art.º 6.º)
39

Caraterísticas do Regime
(art.º 12.º)

As sociedades abrangidas pelo regime não são tributadas


em IRC, exceto no que se refere às tributações autónomas.
TRANSPARÊNCIA FISCAL (art.º 6.º)
40

ACE e AEIE
• Imputação aos membros dos lucros ou prejuízos apurados nos
termos do CIRC
Restantes entidades
• Imputação aos sócios da matéria coletável (ainda que não haja
distribuição de lucros)
• Sendo apurados prejuízos fiscais, a sociedade reporta-os para os
períodos de tributação seguintes, nos termos do n.º 7 do art.º 52.º
do CIRC

Nota : Para efeitos de imputação aos sócios ou membros que não tenham sede
nem direção efetiva em território português, considera-se que obtêm esses
rendimentos através de um estabelecimento estável – n.º 9 do art.º 5.º do CIRC
TRANSPARÊNCIA FISCAL (art.º 6.º)
41

REGIME DE TRANSPARÊNCIA FISCAL


IMPUTAÇÃO DE RENDIMENTOS AOS SÓCIOS/MEMBROS

SOCIEDADES PREVISTAS NO N.º 1:


- Civis sem forma comercial ACE AEIE
- De profissionais
- De simples administração de bens

MATÉRIA COLETÁVEL PREJUÍZO LUCRO

Deduz Acresce
MOD 22
C755 C709
EXEMPLIFICAÇÃO PRÁTICA
42

A sociedade ”A”e outra empresa são membros de um ACE (em


partes iguais).

No período de tributação de 2018 o ACE apresentou um lucro


tributável de € 20.000 e a sociedade “A”um lucro tributável de
€ 5.000.

Qual o tratamento fiscal a dar ao lucro tributável do ACE? Qual


o lucro tributável da empresa A?

O lucro tributável do ACE é imputado aos seus membros, pelo


que o lucro tributável (de 2018) da sociedade “A”passa a ser de
€ 15.000 (5.000 + 10.000)

Correspondente à quota-parte da sociedade A no ACE


EXEMPLIFICAÇÃO PRÁTICA
43

Em 2018, João Conselheiro, advogado, decidiu constituir uma


sociedade unipessoal por quotas para o exercício da sua atividade.
Este sujeito passivo está abrangido pelo regime de transparência
fiscal, por se tratar de uma sociedade de profissionais conforme
subalínea1) da al. a) do n.º 4 do art.º 6.º do CIRC.
Neste período tributação, a sociedade apresentou um prejuízo
fiscal de € 1.020,00.
No período de tributação de 2019, a sociedade apresenta um lucro
tributável de € 1.620,00. Nesse mesmo período a sociedade
suportou despesas de representação no montante de € 500,00.
Qual a matéria coletável a imputar ao sócio em 2019?
Haverá IRC a pagar por parte da sociedade?
EXEMPLIFICAÇÃO PRÁTICA
44

Resolução:

Considerando que a sociedade apresenta no período de 2019,


um lucro tributável de € 1.620,00 e tem direito à dedução do
prejuízo registado no período anterior (cf. n.ºs 2 e 7 do art.º
52.º do CIRC), a matéria coletável a imputar ao sócio é de €
600,00.

Por força do art.º 12.º do CIRC, está obrigada ao pagamento da


tributação autónoma no valor de € 50,00 (€ 500,00 x 10%),
incidente sobre as despesas de representação (cf. n.º 7 do
art.º 88.º CIRC).
TRANSPARÊNCIA FISCAL (art.º 6.º)
45

OUTRAS OBRIGAÇÕES

CONTABILIDADE REGULARMENTEORGANIZADA

APRESENTAÇÃODA DRM22 E DA IES (INCLUINDO ANEXO G)

ELABORAÇÃO DO DOSSIER FISCAL

OBRIGATORIEDADE DE EFETUAR RETENÇÕES NAFONTE

DISPENSA DOS PAGAMENTOSPOR CONTA E DO PAGAMENTO


ESPECIAL POR CONTA(PEC)
DISPENSA DO PAGAMENTO DA DERRAMA MUNICIPAL
46

PERIODO DE TRIBUTAÇÃO
(art.º 8.º)
PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO (art.º 8.º)
47

IRC é devido por cada período de tributação, que


coincide com o ano civil

REGRA GERAL: o facto gerador do imposto considera-se verificado


no último dia do período de tributação (art.º 8.º, n.º 9)

Os SP residentes e os não residentes com estabelecimento estável em


território português podem adotar um período de tributação diferente do ano
civil, o qual deve coincidir com o período de prestação de contas, devendo
ser mantido durante, pelo menos, os cinco períodos de tributação imediatos,
salvo se o S.P. passar a integrar um grupo de sociedades obrigado a elaborar
contas consolidadas, em que a empresa mãe adote um período de tributação
diferente daquele que é adotado pelo S.P. (neste caso o S.P. pode alterar o
período ainda que não tenham decorrido 5 anos)
PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO (art.º 8.º n.º 10)
48

FACTO GERADOR

ULTIMO DIA DO PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO, EXCETO QUANTO AOS


SEGUINTES RENDIMENTOS OBTIDOS POR ENTIDADES NÃO
RESIDENTES, QUE NÃO SEJAM IMPUTADOS A ESTABELECIMENTO
ESTÁVEL SITUADO EM TERRITÓRIO PORTUGUÊS:

 Ganhos resultantes da transmissão onerosa de imóveis – data da


transmissão;
 Rendimentos objeto de retenção na fonte a título definitivo – data
em que ocorra a obrigação de efetuar a retenção;
 Incrementos patrimoniais adquiridos a título gratuito – data da
aquisição.
PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO (art.º 8.º n.º 4 e n.º 8)
49

INFERIOR A UM ANO
• Ano do início da atividade;
• Ano da cessação da atividade;
• Quando as condições de sujeição a imposto ocorram e deixem
de se verificar no mesmo período;
• Quando seja adotado um período de tributação diferente do
que vinha sendo seguido

SUPERIOR A UM ANO
• Sociedades em liquidação (duração correspondente ao período
de liquidação com o limite máximo de 2 anos – art.º 79.º CIRC)
DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADE (art.º 8.º n.º 4 e n.º 8)
50

DISSOLUÇÃO LIQUIDAÇÃO
DE SOCIEDADES DE SOCIEDADES

Conjunto de atos praticados


pelo(s) liquidatário(s), que tem
Ato jurídico que põe fim a um por objetivo realizar os
contrato de sociedade… créditos, fazer frente aos
débitos e partilhar os haveres
sociais remanescentes
SOCIEDADES EM LIQUIDAÇÃO (art.º 79.º)
51

A cessação, relativamente às entidades com sede ou direção


efectiva em território português, ocorre na data do
encerramento da liquidação...
(cf. al. a) do n.º 5 do art.º 8.º)

Ver ofício-circulado n.º 20 063, de 3 de maio de 2002, da DSIRC


SOCIEDADES EM LIQUIDAÇÃO (art.º 79.º)
52

Relativamente às sociedades em liquidação, o lucro tributável é


determinado com referência a todo o período de liquidação observando-se o
seguinte:
No período em que ocorre a
dissolução, o lucro tributável
deve ser determinado
DURANTE O PERÍODO QUE separadamente, contemplando a
DECORRE A LIQUIDAÇÃO E ATÉ entrega da declaração modelo 22
ENCERRAMENTO DAS CONTAS À AO FIM DO PERÍODO “antes da dissolução” até ao
DATA DA DISSOLUÇÃO, com vista IMEDIATAMENTE ANTERIOR AO último dia do 5.º mês seguinte ao
a determinar o lucro tributável SEU ENCERRAMENTO, haverá da dissolução para O PERÍODO
correspondente ao período que, anualmente, determinar o DECORRIDO ENTRE O INÍCIO DO
decorrido desde o início do lucro tributável respetivo, que PERÍODO E A DATA DA
período em que se verificou a terá natureza provisória e será DISSOLUÇÃO e a entrega da
dissolução até à data desta corrigido face à determinação do declaração modelo 22 “após a
lucro tributável correspondente dissolução” até ao últimp dia do
a todo o período de liquidação 5.º mês seguinte à data do termo
do período de tributação para O
PERÍODO QUE DECORRE ENTRE
ESTA E O TERMO DO PERÍODO,
CESSAÇÃO DE ATIVIDADE (art.º 8.º n.º 5)
53

RESIDENTES
• Na data do encerramento da liquidação
• Na data da fusão ou cisão, quanto às sociedadesextintas
• Na data em que a sede e a direção efetiva deixem de se situar em
território português
• Na data em que se verificar a aceitação da herança jacente ou na data
da declaração de que esta se encontra vaga a favor do Estado
• Na data em que se deixarem de verificar as condições de sujeição a
imposto
NÃO RESIDENTES
• Na data em que cessarem totalmente o exercício da sua atividade através
do estabelecimento estável ou deixarem de obter rendimentos em
território português
CESSAÇÃO DE ATIVIDADE (art.º 8.º n.ºs 6 e 7)
54

CESSAÇÃO OFICIOSA DE ATIVIDADE

Quando for manifesto que esta não está a ser exercida nem há
intenção de a continuar a exercer; ou

Sempre que o sujeito passivo tenha declarado o exercício de uma


atividade sem que possua uma adequada estrutura empresarial em
condições de a exercer.

A cessação oficiosa não desobriga o sujeito passivo do cumprimento


das suas obrigações.
55

Isenções
( art.ºs 9.º a 11.º)
ISENÇÕES
56

Isenções subjetivas Isenções objetivas

Artigo 9.º
Artigo 11.º
Artigo 10.º
ISENÇÕES (art.º 9.º)
57

Estão isentos de IRC:


 O Estado, as Regiões Autónomas e as autarquias locais, bem como
qualquer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda
que personalizados, compreendidos os institutos públicos, com
exceção das entidades públicas com natureza empresarial (não
abrange rendimentos de capitais, exceto rendimentos de operações
de swap, operações cambiais a prazo e operações de reporte de
valores mobiliários, quando atua através da Agência de Gestão da
Tesouraria e da Divída Pública - IGCP , E.P.E.)
 As associações e federações de municípios e as associações de
freguesia que não exerçam atividades comerciais, industriais ou
agrícolas (não abrange rendimentos de capitais)
 As instituições de segurança social e previdência (não abrange
rendimentos de capitais)
 Os fundos de capitalização e os rendimentos de capitais
administrados pelas instituições de segurança social
ISENÇÕES (art.º 10.º)
58

ESTÃO ISENTOS DE IRC:

 As pessoas coletivas de utilidade pública administrativa


 As IPSS, bem como as pessoas coletivas àquelas legalmente
equiparáveis
 As pessoas coletivas de mera utilidade pública que prossigam,
exclusiva ou predominantemente, fins científicos ou culturais, de
caridade, assistência, beneficência, solidariedade social ou
defesa do meio ambiente e interprofissionalismo agroalimentar.
Esta isenção carece de reconhecimento pelo Ministro das
Finanças.
A isenção não abrange os rendimentos empresariais derivados do exercício das atividades
comerciais ou industriais desenvolvidas fora do âmbito dos fins estatutários, bem como os
rendimentos de títulos ao portador, não registados nem depositados, nos termos da
legislação emvigor
ISENÇÕES (art.º 10.º)
59
A isenção é condicionada à observância continuada dos seguintes
requisitos:
a. Exercício efetiv a título exclusivo ou d
o, predominante, e
reconhecimento
atividade parada qualidade de utilidade
prossecuçã dos finspúblicaque(PCUPA e IPSS) ouo
dos
s fins que justificaram aoisenção (PC mera UP)
justificaram
b. Afetação aos fins de 50% (pelo menos) do rendimento global líquido
(que seria sujeito a tributação nos termos gerais) até ao fim do 4.º
período de tributação posterior àquele em que foi obtido, exceto se
for provado justo impedimento
c. Inexistência de interesse direto ou indireto dos membros dos órgãos
estatutários, por si ou interposta pessoa, nos resultados de
exploração
ISENÇÕES (art.º 10.º)
60

INCUMPRIMENTO DAS CONDIÇÕES:


CONSEQUÊNCIAS

SE INCUMPRIMENTO DAS
SE NÃO FOI AFETO
CONDIÇÕES DAS ALÍNEAS AOS FINS 50% DO RGL:
a) E c):

Tributação no 4.º
período de tributação
Perda da isenção apartir
posterior ao da
do próprio
obtenção do RGL
período de tributação,
da parte do rendimento
inclusive
que devia ter sido afeto
ISENÇÕES (art.º 11.º)
61

Estão isentos de IRC os rendimentos diretamente derivados


do exercício de atividades culturais, recreativas e desportivas,
desenvolvida por associações legalmente constituídas (se
verificadas as condições das alíneas a) e b) do n.º 2)

Não abrange os rendimentos provenientes de qualquer


actividade comercial, industrial ou agrícola exercida, ainda
que a título acessório, em ligação com essas atividades.
ISENÇÕES (art.º 54.º EBF)
62

COLETIVIDADES DESPORTIVAS DE CULTURA E RECREIO

Concede a isenção de IRC quando o rendimento bruto sujeito a


tributação das coletividades desportivas, de cultura e recreio,
abrangidas pelo art.º 11.º do CIRC, seja menor ou igual a €
7.500,00.

Permite a dedução, à matéria coletável dos clubes desportivos,


das importâncias investidas em novas infraestruturas até 50% da
mesma, sendo o eventual excesso deduzido até ao final do
segundo exercício seguinte ao do investimento.
Este valor deve ser inscrito no campo 399 do Quadro 09 da DR Modelo 22
ISENÇÕES (art.º 55.º EBF)
63

ASSOCIAÇÕES DEPAIS

Ficam isentos de IRC os rendimentos obtidos derivados da


exploração de cantinas escolares

Ficam ainda isentos de IRC os rendimentos obtidos, exceto no


que respeita a rendimentos de capitais tal como são definidos
para efeitos de IRS, desde que a
rendimentos brutos totalidade dos seus
montante de € 7 500 sujeitose não isentos não
exceda o
64

Determinação da Matéria Coletável


(art.ºs 15.º e 16.º)
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL (art.º 15.º)
65

ENTIDADES RESIDENTES QUE EXERCEM A TÍTULO PRINCIPAL UMA


ATIVIDADE COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA

Lucro Prejuízos Benefícios


Tributável Matéria
Fiscais Fiscais
(art.º17.º e Coletável
seguintes) (art.º 52.º) (CIRC / EBF)
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL (art.º 15.º)
66

ENTIDADES RESIDENTES QUE NÃO EXERCEM A TÍTULO PRINCIPAL


UMA
ATIVIDADE COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA
Rendimento
Global incluindo Gastos
incrementos Benefícios
patrimoniais Comuns / Fiscais Matéria
obtidos a título imputáveis Coletável
gratuito (art.º 54.º) (CIRC / EBF)
(art.º 53.º)

Ao rendimento global deduzem-se os gastos relacionados


exclusivamente com a realização dos fins prosseguidos (campo
D246 do Anexo D da IES)
Art.º 53.º n.º 7
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL (art.º 15.º)
67

ENTIDADES NÃO RESIDENTES COM ESTABELECIMENTO ESTÁVEL

Lucro Prejuízos
Benefícios
Tributável Fiscais Fiscais
Matéria
Imputável Imputáveis Coletável
(art.º 55.º) (CIRC / EBF)
(art.º 52.º)

ENTIDADES NÃO RESIDENTES SEM ESTABELECIMENTO ESTÁVEL

Rendimento Incrementos
das várias patrimoniais
categorias Matéria
obtidos a
IRS título Coletável
(art.º 56.º) gratuito
MÉTODOS E COMPETÊNCIAS PARA A DETERMINAÇÃO
DA MATÉRIA COLETÁVEL (art.º 16.º)
68

REGRA GERAL • Determinada pelo sujeito passivo ( DR Mod.22)

• Determinada pela AT
• Se avaliação direta: D.F. da área da sede,
NA FALTA DE direção efetiva ou estabelecimento estável do
DECLARAÇÃO S.P. ou Diretor da UGC
• Se métodos indiretos: Aplicáveis as regras da
secção V
69

Regras Gerais de determinação


do Lucro Tributável
DETERMINAÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL (art.º 17.º)
70

CONDIÇÕES A OBSERVAR
A Contabilidade deve:
 Estar organizada de acordo com a normalização contabilística
e demais disposições legais;
 Refletir todas as operações realizadas pelo s.p.
 Permitir de forma clara distinguir os resultados das operações
e variações patrimoniais sujeitas ao regime geral do IRC das
restantes
 Estar obrigatoriamente organizada com recurso a meios
informáticos (OE/2018)
(n.º 3 do art.º 17.º do CIRC)
DETERMINAÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL (art.º 17.º)
71

RESULTADO LUCRO
VARIAÇÕES CORREÇÕES
LÍQUIDO DO AO RL
TRIBUTÁVEL
PATRIMONIAIS
PERÍODO (art.º 21.º e 24.º) PERIODO / PREJUÍZO
FISCAL

É NO QUADRO 07 DA DECLARAÇÃO MOD. 22 QUE DEVEM EFETUAR-SE AS


CORREÇÕES NECESSÁRIAS À PASSAGEM DO RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
PARA O LUCRO TRIBUTÁVEL (OU PREJUÍZO FISCAL).
PERIODIZAÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL (art.º 18.º n.º 1)
72

REGRA BASE REGIME DE PERIODIZAÇÃO ECONÓMICA

RENDIMENTOS
GASTOS
OUTRAS COMPONENTES DO L.T.

IMPUTÁVEIS AO PERÍODO A QUE DIGAM


RESPEITO INDEPENDENTEMENTE DO SEU
RECEBIMENTO OU PAGAMENTO
RENDIMENTOS E GANHOS (art.º 20.º)
73

RENDIMENTOS E GANHOS
• Resultantes de operações de qualquer
natureza, em consequência de umaação:
• Normal
• Ocasional
• Básica ou
• Meramente acessória
RENDIMENTOS (art.º 20.º)
74

RENDIMENTOS VENDAS OU PREST. SERVIÇOS , DESCONTOS, BÓNUS E ABATIMENTOS, COMISSÕES E


CORRETAGENS;
E GANHOS
RENDIMENTOS DEIMÓVEIS;

RENDIMENTOS DE CARÁCTER FINANCEIRO ( JUROS DIVIDENDOS..); RENDIMENTOS

DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL

GANHOS POR AUMENTOS DE JUSTO VALOR EM INSTRUMENTOS FINANCEIROS;

GANHOS POR AUMENTOS DE JUSTO VALOR EM ACTIVOS BIOLÓGICOS CONSUMÍVEIS


QUE NÃO SEJAM EXPL. SILV.PLURIANUAIS.
MAIS-VALIASREALIZADAS;

INDEMNIZAÇÕES AUFERIDAS, SEJA A QUE TÍTULO FOR; SUBSÍDIOS ÀEXPLORAÇÃO


VARIAÇÕES PATRIMONIAIS POSITIVAS (art.º 21.º)
75

Concorrem ainda para a formação do lucro tributável as VARIAÇÕES


PATRIMONIAIS POSITIVAS não refletidas no R.L. do período, exceto:
• Entradas de capital
• Prémios de emissãode ações ou quotas
• Coberturas de prejuízos feitas pelos titulares do capital
• Mais-valias potenciais ou latentes, incluindo Reservas de Reavaliação
• Contribuições no âmbito da associação em participação e da associação à quota
• Impostos sobre orendimento
• Aumento do capital próprio da sociedade beneficiária decorrente de operações
de fusão, cisão, entrada de ativos ou permuta de partes sociais, com exclusão da
componente que corresponder à anulação das partes de capital detidas por esta
nas sociedades fundidas ou cindidas

Considera-se como valor de aquisição dos incrementos patrimoniais obtidos a titulo gratuito o
seu valor de mercado
EXEMPLIFICAÇÃO PRÁTICA
76

O sócio A efetuou uma transmissão gratuita de um imóvel, a


favor da sociedade.

Registo contabilístico (pelo justo valor):


● Débito na conta 432- AFT edifícios

● Crédito na conta 594 - Doações


EXEMPLIFICAÇÃO PRÁTICA
77

Correções no apuramento do LT:


● Acréscimo do valor de mercado do imóvel, o qual não

pode ser inferior ao valor patrimonial tributário (VPT)


do mesmo, à data da transmissão.
GASTOS E PERDAS (art.º 23.º)
78

Os GASTOS e PERDAS Os gastos devem estar comprovados


incorridos ou suportados documentalmente, aplicando-se
SÃO DEDUTÍVEIS pelo sujeito passivo para regras do CIVA relativas à emissão
obter ou garantir os de fatura/ fatura simplificada
rendimentos sujeitos a IRC (art.º 36 º e/ou 40.º do CIVA)

Identificação do fornecedor e
cliente

Quantidade e denominação dos


bens e serviços
Devem conter, PELO MENOS:
Valor da contraprestação

Data em que os bens foram


adquiridos / serviçosprestados
GASTOS E PERDAS (art.º 23.º)
79

EXEMPLOS

GASTOS RELATIVOS À PRODUÇÃO OU AQUISIÇÃO DE QUAISQUER


BENS OU SERVIÇOS (MP, MO, ENERGIA E OUTROS)

GASTOS DE DISTRIBUIÇÃO E VENDA (TRANSPORTES, PUBLICIDADE)

GASTOS DE NATUREZA FINANCEIRA ( JUROS DE CAPITAIS ALHEIOS,


DIFERENÇAS DE CÂMBIO…)
GASTOS DE NATUREZA ADMINISTRATIVA (REMUNERAÇÕES, INCLUINDO
AS ATRIBUÍDAS A TÍTULO DE PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS, AJUDAS DE
CUSTO, MATERIAL DE CONSUMO CORRENTE, RENDAS…)
GASTOS COM ANÁLISES, RACIONALIZAÇÃO, INVESTIGAÇÃO E
CONSULTA E PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO

GASTOS FISCAIS E PARAFISCAIS


GASTOS E PERDAS (art.º 23.º)
80

DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES

AJUSTAMENTOS EM INVENTÁRIOS, PERDAS POR IMPARIDADE E


PROVISÕES

PERDAS POR REDUÇÕES DE JUSTO VALOR EM INSTRUMENTOS


FINANCEIROS E EM ATIVOS BIOLÓGICOS CONSUMÍVEIS QUE NÃO
SEJAM EXPLORAÇÕES SILVÍCOLAS PLURIANUAIS

MENOS - VALIAS REALIZADAS

INDEMNIZAÇÕES RESULTANTES DE EVENTOS CUJO RISCO NÃO SEJA


SEGURÁVEL

GASTOS RESPEITANTES A AÇÕES PREFERENCIAIS SEM VOTO


VARIAÇÕES PATRIMONIAIS NEGATIVAS (art.º 24.º)
81

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS NEGATIVAS NÃO


REFLECTIDAS NO RESULTADO LÍQUIDO DO
PERÍODO

CONCORREM PARA A FORMAÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL

NAS MESMAS CONDIÇÕES DOS GASTOS

SE FOREM INCORRIDAS OU SUPORTADAS PELO S.P. PARA


OBTER OU GARANTIR OS RENDIMENTOS SUJEITOS A IRC
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS NEGATIVAS (art.º 24.º)
82

NÃO CONCORREM PARA A DETERMINAÇÃO DO LUCRO


TRIBUTÁVEL
• Liberalidades (transmissões gratuitas) ou VPN que não estejam
relacionadas com a actividade doS.P.
• Menos-valiaspotenciais ou latentes
• Saídas (em dinheiro ou espécie) para titulares do capital
• Prestação do associante ao associado no âmbito do processo da associação
em participação
• As relativas a impostos sobre o rendimento
• Diminuição do capital próprio da sociedade beneficiária decorrente de
operações de fusão, cisão ou entrada de ativos, com exclusão da
componente que corresponder à anulação das partes de capital detidas por
esta nas sociedades fundidas oucindidas
83

PREJUÍZOS FISCAIS

(art.º 52.º)
DEDUÇÃO DE PREJUÍZOS
FISCAIS (art.º 52.º, n.ºs 1 a
84
3)
• Regra geral dededução:
Em 1 ou + dos 5 períodos tributação posteriores
• SP que exercema título principal c/ estatuto de PME
Em 1 ou + dos 12 períodos tributação posteriores
• A ordem pela qual são deduzidos os prejuízos fiscais é arbitrária.

• A dedução a efetuar em cada um dos períodos de tributação não pode


exceder o montante correspondente a 70% do respetivo lucrotributável

• Impossibilidade de dedução quando o lucro tributável for determinado


com recurso a métodos indiretos não ficando prejudicada a dedução,
dentro daquele período, dos prejuízos que não tenham sido deduzidos
DEDUÇÃO DE PREJUÍZOS
FISCAIS (art.º 52.º, n.ºs 4 e
85
5)
Se forem efetuadas correções aos prejuízos declarados, devem alterar-
se as deduções efetuadas, mas não se efetua LA / anulação de IRC se
tiverem decorrido mais de 4 anos relativamente àquele a que o LT
respeite

Se SP beneficiar de isenção parcial e ou redução de IRC, os prejuízos


sofridos nas respetivas explorações ou atividades não podem ser
deduzidos aos lucros tributáveis das restantes
n.º 5 do art.º 52.º
DEDUÇÃO DE
PREJUÍZOS FISCAIS
86
(art.º 52.º)
PF apurado no Prazo de reporte Limite temporal para a
período de: dedução dos PF
PME Não PME PME Não PME

2009 6 2015
2010 4 2014
2011 4 2015
2012 5 2017
2013 5 2018
2014 12 2026
2015 12 2027
2016 12 2028
2017 12 5 2029 2022
2018 12 5 2030 2023
2019 12 5 2031 2024
DEDUÇÃO DE PREJUÍZOS
FISCAIS (art.º 52.º, n.º 8)
87

O reporte de prejuízos deixa de ser aplicável, quando


à data do termo do período de tributação em que é efetuada a
dedução se verificou a alteração da titularidade de mais de 50% do
capital social ou da maioria dos direitos de voto.
n.º 8 do art.º 52º
MAS

O MF pode autorizar o reporte em casos de reconhecido interesse


económico e mediante requerimento a apresentar:
 no prazo de 30 dias a contar da data da alteração ou
nos 30 dias seguintes ao termo do prazo da entrega da DR mod. 22,
caso a alteração tenha ocorrido antes do termo deste prazo e seja
referente aos prejuízos do ano anterior (n.ºs 12 a 14 do art.º 52.º)
88

PESSOAS COLETIVAS E OUTRAS ENTIDADES QUE NÃO


EXERÇAM, A TÍTULO PRINCIPAL, ATIVIDADE
COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA

(art.ºs 53.º e 54.º)


DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL (art.º 15.º)
89

ENTIDADES RESIDENTES QUE NÃO EXERCEM A TÍTULO PRINCIPAL UMA


ATIVIDADE COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA

Rendimento global
incluindo incrementos Gastos
patrimoniais obtidos a Benefícios
título gratuito comuns / fiscais Matéria
(art.º 53.º) imputáveis coletável
(art.º 54.º) (CIRC / EBF)

Ao rendimento
global deduzem-se, até à sua concorrência, os gastos
relacionados exclusivamente com a realização dos fins prosseguidos, desde
que não exista qualquer interesse direto ou indireto dos membros dos
órgãos estatutários, por si ou interposta pessoa, nos resultados da
exploração das atividades económicas por eles prosseguidas
Art.º 53.º n.º 7
RENDIMENTO GLOBAL (art.º 53.º)
90

DETERMINAÇÃO DO RENDIMENTO GLOBAL

 O rendimento global é formado pela soma algébrica dos rendimentos


líquidos das várias categorias determinados nos termos do IRS,
incluindo os incrementos patrimoniais obtidos atítulo gratuito.
 Ao rendimento global é deduzido, até à sua concorrência, o montante
dos gastos relacionados exclusivamente com a realização dos fins
prosseguidos.

DEDUÇÃO DE PREJUÍZOS EMENOS-VALIAS

• Os PREJUÍZOS FISCAIS apurados relativamente ao exercício de


atividades comerciais, industriais ou agrícolas e as MENOS-VALIAS só
podem ser deduzidos, para efeitos de determinação do rendimento
global, aos rendimentos das respetivas categorias num ou mais dos
cinco períodos de tributação posteriores.
GASTOS COMUNS E OUTROS (art.º 54.º)
91

SE ESTIVEREM APENAS LIGADOS À OBTENÇÃO DE


RENDIMENTOS SUJEITOS E NÃO ISENTOS, SÃO DEDUZIDOS
NA TOTALIDADE AO RENDIMENTO GLOBAL

GASTOS
SE ESTIVEREM LIGADOS À OBTENÇÃO DE RENDIMENTOS
COMUNS SUJEITOS E NÃO ISENTOS, BEM COMO À DE RENDIMENTOS
NÃO SUJEITOS OU ISENTOS, SÃO DEDUZIDOS AO
RENDIMENTO GLOBAL A PARTE QUE FOR IMPUTÁVEL AOS
RENDIMENTOS SUJEITOS E NÃO ISENTOS

A parte dos gastos comuns a imputar é determinada por:


Repartição proporcional dos gastos comuns

Outro critério aceite pela AT


GASTOS COMUNS E OUTROS (art.º 54.º)
92

RENDIMENTOS NÃO SUJEITOS A IRC


• as quotas pagas pelos associados em
conformidade com osestatutos,
• os subsídios destinados a financiar a realização
dos fins estatutários.
RENDIMENTOS ISENTOS
• os incrementos patrimoniais obtidos a título
gratuito destinados à direta e imediata realização
dos fins estatutários.
93

REGIME SIMPLIFICADO
DE DETERMINAÇÃO
DA MATÉRIA
COLETÁVEL

 Artigo 86.º-A - Âmbito deaplicação

 Artigo 86.º-B - Determinação da matéria coletável

 Circular n.º 6/2014, de 28 de março


REGIME SIMPLIFICADO DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

94

CARATERÍSTICAS DO REGIME
• Optativo,sistema opting in
• Aplicável a contribuintes de pequenadimensão
• Matéria coletável determinada por aplicação de
coeficientesaos vários tiposde rendimentos
• Eliminação da aplicação de um montante mínimo de
matéria coletável(OE 2019)
• Não sujeição ao PEC nem à derrama municipal
• Não sujeição às tributações autónomas (exceto
viaturas, despesas não documentadas e pagamentos a
entidadesdomiciliadasem paraísos fiscais)
REGIME SIMPLIFICADO DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
(art.º 86.º-A, n.º 1)
95

Podem optar (opting in) os sujeitos passivos:

• Residentes
• Não isentos nem sujeitos a um regime especial de
tributação
• Que exerçam, a título principal, uma atividade de
natureza comercial, industrial ou agrícola
REGIME SIMPLIFICADO DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
(art.º 86.º-A, n.º 1)
96

Condições cumulativas a observar:

Montante anual ilíquido de rendimentos ≤ € 200 000 (no


período de tributação imediatamente anterior)

Total do balanço ≤ € 500 000 (no período de tributação


imediatamente anterior)

Não estejam legalmente obrigados a revisão legal de


contas
REGIME SIMPLIFICADO DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
(art.º 86.º-A, n.º 1)
97

Condições cumulativas a observar (cont.):

O capital não seja detido em mais de 20%, direta ou


indiretamente, por entidades que não preencham
algumas das condições previstas nas alíneas anteriores,
exceto se forem sociedades de capital de risco ou
investidores de capital de risco

D, Lda 100% 25%


22%
C, Lda
REGIME SIMPLIFICADO DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
(art.º 86.º-A, n.º 1)
98

Condições cumulativas a observar (cont.):

Adotem o regime de normalização contabilística para


microentidades - NCM (DL n.º 36-A/2011, de 9/3)

Não tenham renunciado à aplicação do regime nos três


anos anteriores, com referência à data em que se inicia a
aplicação do regime
REGIME SIMPLIFICADO DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA
COLETÁVEL (art.º 86.º-A, n.º 2)
99

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

No período do início de atividade

O enquadramento é feito em conformidade com o


valor anualizado dos rendimentos estimado, constante
da declaração de início de atividade
REGIME SIMPLIFICADO DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA
COLETÁVEL (art.º 86.º-A, n.º 3)
100

ONDE / QUANDO É FEITA A OPÇÃO

NA declaração de NA declaração de
início deatividade alterações

A apresentar até ao
final do 2.º mês do
período de tributação
em que pretendam
A renúncia também é iniciar a aplicação do
feitaneste prazo, na DA regime
REGIME SIMPLIFICADO DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
(art.º 86.º-A, n.ºs 5 e 6)
101

CESSAÇÃO DO REGIME

• Quando deixarem de se verificar os requisitos


• Quando o sujeito passivo renunciar à sua aplicação
• Quando o sujeito passivo não cumprir as
obrigações de emissão e comunicação das faturas

Reporta-se ao 1.º dia do respetivo


período de tributação

Quando o motivo da cessação for a ultrapassagem dos limites dos


rendimentos ilíquidos ou do balanço, o PEC é efetuado até ao fim do
3.º mês do período de tributação seguinte (n.º 14 do art.º 106.º)
REGIME SIMPLIFICADO DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA
COLETÁVEL (art.º 86.º-B, n.º 1)
102

al. Rendimentos Coef.


a Vendas de mercadorias e produtos 0,04
a P.serviços (apenas hotelaria e similares, restauração e bebidas) 0,04
g Rendimimentos da exploraçãode estabelecimentos de alojamento local na 0,35
modalidade de moradia ou apartamento
c Restantes rendimentos de prestações de serviços 0,10
b Rendim. das atividades profissionais especificamenteprevistasna tabela 0,75
art.º 151.º do CIRS
c Subsídios destinados à exploração 0,10
d Subsídios não destinados àexploração 0,30
e Rendimentos (Know how) 0,95
e Outros rendimentos de capitais 0,95
e Resultado positivo dos rendimentosprediais 0,95
e Saldo positivo das mais-valias emenos-valias 0,95
e Restantes incrementos patrimoniais 0,95
f Valor aquisição dos incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito 1,00
REGIME SIMPLIFICADO DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
(art.º 86.º-B, n.ºs 4 e 5)
103

Determinação da matéria coletável

No período de tributação do início da atividade e no


período de tributação seguinte, os coeficientes das alíneas
a) e c) são reduzidos em:

• 50% no PT do início de atividade


• 25% no período de tributação seguinte
104

Taxas
(art.ºs87.º e 88.º)
TAXAS (art.º87.º)

105

Sujeitos passivosde IRC

Residentes Não residentes

17% / 21% PME 21% regimegeral 21%

Exercem a título principal uma Com


atividade de natureza comercial, estabelecimento estável
industrial ou agrícola

21% 25% / 35%


Não exercema título principal uma
atividade de natureza comercial, Sem
industrial ou agrícola estabelecimento estável
TAXAS (art.º87.º)
106

S.P. RESIDENTES E NÃO RESIDENTES COM ESTABELECIMENTO ESTÁVEL

Taxa “normal” 21%

PME (DL 372/2007, de 6/11) MC Taxa


que exerçam, diretamente e a título (em %)
principal, uma atividade económica de Primeiros 17
natureza comercial, industrial ou € 15 000
agrícola Valor excedente 21

Taxa (S.P. que apuramrendimento global) 21%


TAXAS (art.º87.º)
107

PME

N.º de trabalhadores <250

Volume denegócios ≤50 milhões

Total de balanço ≤43 milhões

 Na categoria das PME, uma pequena empresa é definida como uma


empresa que emprega menos de 50 pessoas e cujo volume de negócios
anual ou balanço total anual não excede 10 milhões de euros.
 Na categoria das PME, uma micro empresa é definida como uma
empresa que emprega menos de 10 pessoas e cujo volume de negócios
anual ou balanço total anual não excede 2 milhões de euros.
TAXAS (art.º 87.º, n.º 4)
108

S.P. NÃO RESIDENTES SEM ESTABELECIMENTO ESTÁVEL


“Normal” 25%

Prémios de rifas, totoloto, jogo de loto, sorteios e concursos 35%

Rendimentos de capitais pagos ou colocados à disposição em contas


abertas em nome de um ou mais titulares mas por conta de terceiros
não identificados, exceto quando seja identificado o beneficiário
efetivo em que se aplicam as regras gerais 35%
Rendimentos capitais talcomo são definidos no art.º 5.º do CIRS obtidos
por entidades não residentes em território português, que sejam
domiciliadas em território sujeito a regime fiscal claramente mais favorável
35%
TAXAS DE TRIBUTAÇÃOAUTÓNOMA
(art.º 88.º, n.ºs 1 e 2)
109

S.P. total ou parcialmente isentos ou que


não exerçam a título principal atividade 70%
comercial, industrial ou agrícola

(e não são gastos)


Despesas nãodocumentad SP sujeitos a imposto especial de jogo 70%

Restantes sujeitos passivos 50%

Atenção ao n.º 14
TAXAS DE TRIBUTAÇÃOAUTÓNOMA
(art.º 88.º, n.º 3)
110

S.P. não isentos subjetivamente e que exerçam a título principal atividade


comercial, industrial ou agrícola

Encargos (dedutíveis ou não dedutíveis) efetuados ou suportados com viaturas ligeiras de


passageiros, viaturas ligeiras de mercadorias (art.º 7.º, n.º 1, alínea b) do CISV), motos ou
motociclos, excluindo os veículos movidos exclusivamentea energiaelétrica

Atenção ao n.º 14

CUSTO VEÍCULOS VLP VLP RESTANTES


DE EXCLUSIVAMENTE HIBRIDAS MOVIDAS A VIATURAS
AQUISIÇÃO ELÉTRICOS PLUG-IN GPL/GNV
(TAXA) (TAXA) (TAXA) (TAXA)

a) Inferior a € 25.000 - 5 7,5 10

b) [ € 25.000, € 35.000[ - 10 15 27,5


c) Igual ou superior a € 35.000 - 17,5 27,5 35
TAXAS DE TRIBUTAÇÃOAUTÓNOMA
(art.º 88.º, n.º 6)
111

Não são tributados autonomamente os encargos com:


 Viaturas ligeiras de passageiros, motos e motociclos, afetos à
exploração de serviço público de transportes, destinados a serem
alugados no exercício da atividade normal do S.P; e

 Viaturas automóveis relativamente às quais tenha sido celebrado o


acordo com o empregado previsto no n.º 9) da alínea b) do n.º 3
do art.º 2.º do CIRS
TAXAS DE TRIBUTAÇÃOAUTÓNOMA
(art.º 88.º, n.º 7)
112

Encargos efetuados ou suportados


relativos a despesas de representação
10%

Ex: despesas suportadas com receções,


refeições, viagens, passeios e espetáculos Atenção ao
oferecidos no país ou no estrangeiro a n.º 14º
clientes, a fornecedores ou a quaisquer
outras pessoas ou entidades
TAXAS DE TRIBUTAÇÃOAUTÓNOMA
(art.º 88.º, n.º 9)
113

Encargos efetuados ou suportados com ajudas de custo e com


compensação pela deslocação em viatura própria do trabalhador
ao serviço da entidade patronal

Se dedutíveis Se não dedutíveis


(com mapa) (sem mapa) e não faturadas a
mas não faturadas a clientes e clientes e não tributadas em IRS
não tributadas em IRS
5% Atenção ao
Atenção ao n.º 14 n.º 14
TAXAS DE TRIBUTAÇÃOAUTÓNOMA
(art.º 88.º, n.º 13)
114

Gastos ou encargos relativos a Gastos relativos à parte


indemnizações ou quaisquer compensações que exceda o valor das
(não relacionados com a concretização de remunerações que
objetivos de produtividade previamente seriam recebidas até ao
definidos na relação contratual) final do contrato
(no caso de rescisão
antes do termo)

Quando se verifique a cessação defunções de


• Gestor
35%
• Administrador
• Gerente
Atenção ao n.º 14
TAXAS DE TRIBUTAÇÃOAUTÓNOMA
(art.º 88.º, n.º 13)
115

Gastos ou encargos relativos a bónus e outras


remunerações variáveis 35%
pagas a gestores, administradores ougerentes

Salvo se o pagamento de 50% (pelo


Quando sejam menos) for diferido por um período
> 25% da remuneração anual e mínimo de 3 anos e condicionado ao

> € 27.500 desempenho positivo da sociedade


ao longo desse período
Atenção ao n.º 14
TAXAS DE TRIBUTAÇÃOAUTÓNOMA
(art.º 88.º, n.º 14)
116

AS TAXAS SÃO ELEVADAS


Em 10 pontos
percentuais

Quando o sujeito passivo:


 apresentar prejuízo fiscal no período de tributação a que
respeitem quaisquer dos factos tributários referidos nos
números anteriores;e
 Esses factos estejam relacionados com o exercício de uma
atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola não
isenta de IRC
117

Liquidação
(art.ºs 89.º e 90.º)
COMPETÊNCIA PARA A LIQUIDAÇÃO (art.ºs 89.º e 90.º)

118

Efetuada até 30/11 do ano seguinte


Efetuada na
ou
declaração periódica
até ao fim do 6.º mês após
de rendimentos termo do prazo p/entrega daDR
ou de substituição

Base
- O maior dos seguintes montantes- OE/2018:
Base • Valor anual da retribuição mínima mensal;
• Totalidade da MC do PT mais próximo que se
Matériacoletável encontre determinada;
• MC determinada com base nos elementos de que a
AT disponha (com as regras do regime simplificado e
coeficiente de 0,75)
PROCEDIMENTOS E FORMA DE LIQUIDAÇÃO (art.º 90.º)
119

Matéria
Taxa Coleta
coletável

Derrama estadual
Deduções à
(considerada coleta
também IRC)

Q. 10
IRC liquidado mod 22
PROCEDIMENTOS E FORMA DE LIQUIDAÇÃO (art.º 90.º)
120

Deduções à coleta (pela ordem indicada)

Dupla tributação jurídica internacional (1) Dupla

tributação económica internacional (1)

Benefícios fiscais (1)

Pagamento especial por conta (1)

Retenções na fonte
(1) Destas deduções não pode resultar valor negativo
PROCEDIMENTOS E FORMA DE LIQUIDAÇÃO (art.º 90.º)

121

• Só são dedutíveis à coleta:


• Crédito de imposto por dupla tributação
Regime simplificado jurídica internacional
• Retenções na fonte
Entidades que não • Só são dedutíveis à coleta as retenções na
exercem a título fonte quando tenham a natureza deimposto
principal (…) por conta do IRC
• As deduções são efetuadas aos respetivos
Entidades sujeitasao sócios ou membros e deduzidas (por eles)
regime de ao IRC apurado com base na MC que tenha
transparência fiscal incluído os rendimentos imputados

Correção da  Só pode ser feita dentro do prazo de quatro


anos (art.º 101.º do CIRC, que remete para
liquidação os art.ºs 45.º e 46.º da LGT)
122

PAGAMENTO
(art.ºs 104.º a 106.º)
PAGAMENTO
123

ENTIDADES QUE EXERCEM, A TÍTULO PRINCIPAL, ATIVIDADE COMERCIAL,


INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA

ENTIDADES NÃO RESIDENTES COM ESTABELECIMENTOESTÁVEL

• Regras de pagamento
• Pagamentos por conta
• Pagamento especial por conta
REGRAS DE PAGAMENTO (art.º 104.º)
FALTADE PAGAMENTO (art.º 109.º)
124

Três
pagamentos por conta Em julho, setembro e até 15 de dezembro
ou
(o não pagamento implica
no 7.º, 9.º e até ao dia 15 do 12.º mês do
juros compensatórios – n.º 5 do art.º 104.º -
período de tributação
à taxa do art.º 35.º da LGT)

Pagamento do imposto calculado Até ao último dia do prazo fixado


na DR deduzido das importâncias
para o envio da DR
entregues por conta

Não sendo efetuado o pagamento da autoliquidação até ao termo do respetivo


prazo, começam a correr imediatamente juros de mora (art.º 109.º)
CÁLCULO DOS PAGAMENTOS
POR CONTA (art.º 105.º)
LIMITAÇÕES AOS PAGAMENTOS
POR CONTA (art.º 107.º) 125

Volume de negócios Valor de cada pagamento por conta de n


de n-1

(Coleta de n-1 - Retenções na fonte de n-1) x 80%


≤ € 500.000,00
3

(Coleta de n-1 - Retenções na fonte de n-1) x 95%


> € 500.000,00
3

O S.P. pode deixar de fazer o 3.º pagamento por conta se verificar que o
montante do pagamento por conta já efetuado é igual ou superior ao imposto
que será devido.
CÁLCULO DOS PAGAMENTOS
POR CONTA (art.º 105.º)
LIMITAÇÕES AOS PAGAMENTOS
POR CONTA (art.º 107.º) 126

Exemplificação prática:
Volume de negócios do período de tributação n-1: € 250.000,00
Coleta de n-1: € 50.000,00 (campo 351 do Quadro 10)
Retenções na fonte: € 2.000,00 (campo 359 do Quadro 10)

● CÁLCULO DOS PAGAMENTOS PORCONTA:

(€ 50.000,00 – € 2.000,00) x 0,80 = € 38.400,00

ou seja, 3 pagamentos por conta de € 12.800,00, a efetuar em julho,


setembro e até 15 dezembro, ou no 7.º, 9.º e até dia 15 do 12.º mês do
respetivo período de tributação.
PAGAMENTO ESPECIAL
POR CONTA (art.º
127
106.º)

 Residentes que exercem a título principal atividade comercial, industrial


ou agrícola

 Não residentes com estabelecimento estável


PAGAMENTO ESPECIAL
POR CONTA (art.º
128
106.º)
Quem está dispensado
• Os S.P. totalmente isentos de IRC ainda que a isenção não inclua rendimentos
sujeitos a retenção na fonte a título definitivo

• Os S.P. que apenas aufiram rendimentos não sujeitos ou isentos

• Os S.P.que se encontrem com processos no âmbito do CIRE a partir da data da


instauração doprocesso

• Os S.P.que tenham deixado de vender ou de prestar serviços e tenham entregue a


declaração de cessação para IVA

• Os S.P. a que seja aplicado o regime simplificado de determinação da MC

• Os S.P. que tenham entregue as Dec M22 e a IES relativas aos dois PT anteriores nos
termos previstos nos artigos 120.º e 121.º do CIRC (OE 2019)
PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA (art.º 106.º)
129

QUANDO

No 3.º
março
ou
ou
no 3.º e 10.º meses do
março e outubro
período de tributação
PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA (art.º 106.º)
130

1% x Volume de negócios relativo ao ano n-1 = A

SE Cálculo do PEC do ano n

A ≤ € 850,00 850,00 – Pagamentos por conta do ano n-1

{850,00 + [ 20% x ( A – 850,00) ] } – Pag. conta de n-1


A > € 850,00
No máximo € 70.000,00 – Pag. conta de n-1

Volume de negócios = Vendas + Prestação serviços geradores de rendimentos sujeitos


e não isentos
NOTA: Os pagamentos por conta a deduzir são os calculadosnos termos do art.º 105.º e
efetuados no período de tributação anterior
PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA (art.º 106.º)
131

Exemplificação Prática:

V. Negócios no ano 2018 = € 50.000 Pagamentos por


conta no ano 2018 = € 300

PEC a efetuar em 2019:

€ 50.000 x 1% = € 500 < € 850 - limite mínimo

logo o PEC = € 850 – € 300 = € 550


PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA (art.º 106.º)
132

Exemplo:
V. Negócios no ano 2018 = € 500.000
Pagamentos por conta no ano 2018 = € 500

PEC a efetuar em 2019:

€ 500.000 x 1% = € 5.000 > € 850 - limite mínimo


Logo:
€ 850 + 20% (€ 5.000 – € 850) = € 1.680
PEC = € 1.680 – € 500 = € 1.180
PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA (art.º 106.º)
133

• Exemplo:
• V. Negócios no ano 2018 = € 40.000.000
• Pagamentos por conta efetuados em 2018 = € 11.000
• Pagamentos por conta calculados nos termos do art.º 105.º = € 2.000

• PEC a efetuar em 2019:

•€ 40.000.000 x 1% = € 400.000 > € 850 - limite mínimo logo:


• € 850 + 20% (€ 400.000 – € 850) = € 80.680 > limite máximo de 70.000
Nos termos do n.º 3 do art.º106.º
PEC = € 70.000 – € 2.000 = € 68.000
PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA (art.º 93.º)
134

● À coleta do IRC, até ao respetivo montante, apurado na


declaração do próprio período a que respeita,

Ou, se insuficiente,

● À coleta dos períodos seguintes, até ao sexto, depois de


efetuadas as deduções relativas à dupla tributação
internacional e aos benefícios fiscais.

Da dedução não pode resultar valor negativo


PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA (art.º 93.º)
135

O PEC PODE SER RECUPERADO:

 Cessação de actividade (tem 90 dias para requerer oreembolso)


 Após o 6.º período de tributação (tem 90 dias para requerer o
reembolso)
136

OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

Obrigaçõesdeclarativas - art.ºs 117.º a 122.º


Obrigações contabilísticas – art.ºs 123.º a 126.º
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
137

 Declaração de inscrição, de alterações ou de cessação


 Declaração periódica de rendimentos
 Declaração anual de informação contabilística e fiscal
 Declaração de substituição
 Obrigações contabilísticas das empresas
 Regime simplificado de escrituração
 Representação de entidades não residentes
 Processo de documentaçãofiscal
OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS (art.º 117.º)
138

S.P.OU REPRESENTANTES SÃO OBRIGADOS A APRESENTAR

Declaração de inscrição, de alterações


ou de cessação • Modelo oficial

•Recusadas se incompletas,
incorretas ou não assinadas
Declaração periódica de rendimentos
• Se pouco claras, notificado o
S.P. para prestar
Declaração anual de informação esclarecimentos ( ≥ 5 dias)
contabilística e fiscal
DECLARAÇÃO DE INSCRIÇÃO NO REGISTO
(art.º 118.º n.ºs 1 e 2)
139

90 dias após a inscrição no RNPC


Declaração de inscrição no registo se exigido

• S.P. residentes ou
e
• S.P. não residentes c/ e. estável 15 dias após a data de
apresentação a registo na CRC,
se a ele estiver sujeito

Se a declaração de início de atividade (art.º 31.º do CIVA) tiver de ser


apresentada antes daqueles prazos, considera-se válida para IRC
DECLARAÇÃO DE INSCRIÇÃO NO REGISTO
(art.º 118.º n.º 3)
140

QUANDO OBTENHAM APRESENTAÇÃO DA


RENDIMENTOS DECLARAÇÃODE INICIO
SP NÃO RESIDENTES
RELATIVAMENTE AOS ATIVIDADE ATÉ AO
S/ESTABELECIMENTO
QUAIS HAJA LUGAR À TERMO DO PRAZO
ESTÁVEL
APRESENTAÇÃO DA DR PARA APRESENTAÇÃO
MOD. 22 DA DR MOD.22
DECLARAÇÃO DE ALTERAÇÕES E CESSAÇÃO DE
ATIVIDADE (art.º 118.º n.ºs 5 e 6)
141

DECLARAÇÃO DE ALTERAÇÕES DECLARAÇÃO DE CESSAÇÃO

PRAZO GERAL:
30 dias a contar da data de
15 dias após a data de alteração de
cessação de atividade
elementos da declaração de inscrição

Dispensa se alterações respeitarem a


Dispensa a S.P. registados na
factos sujeitos a registo na CRC
Conservatória do Registo
Comercial ou inscritos no
Dispensa a entidades inscritasno Ficheiro
Ficheiro Central das Pessoas
Central de Pessoas Coletivas que não
Coletivas
estejam sujeitas a registocomercial
DECLARAÇÃO PERIÓDICA DE RENDIMENTOS
(art.ºs 117.º n.ºs 6 e 8)
142

TODOS OS S.P. DEVEM APRESENTAR A DR MOD. 22

• ENTIDADES ISENTAS AO ABRIGO DO ART.º 9.º (ESTADO, REGIÕES AUTÓNOMAS… )


EXCETO QUANDO SUJEITAS A TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA OU QUANDO OBTENHAM
RENDIMENTOS DE CAPITAIS QUE NÃO TENHAM SIDO OBJETO DE RETENÇÃO NA
FONTE COM CARÁTERDEFINITIVO

• ENTIDADES QUE APENAS AUFIRAM RENDIMENTOS NÃO SUJEITOS A IRC, EXCETO


QUANDO ESTEJAM SUJEITAS A UMA QUALQUER TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA(OE/2018)

• ENTIDADES NÃO RESIDENTES QUE APENAS AUFIRAM, EM TERRITÓRIO PORTUGUÊS,


RENDIMENTOS ISENTOS OU SUJEITOS A RETENÇÃO NA FONTE A TÍTULO DEFINITIVO
DECLARAÇÃO PERIÓDICA DE RENDIMENTOS
(art.º 120.º, nºs 1 a 3)
143

S.P. RESIDENTES E NÃO RESIDENTES COM ESTABELECIMENTO


ESTÁVEL
ATÉ AO ÚLTIMO DIA DO MÊS DE MAIO*
(útil ou não útil)

PRAZO ATÉ AO ÚLTIMO DIA DO 5.º MÊS POSTERIOR


PARA à data do termo do período de tributação
ENTREGA
ATÉ AO ÚLTIMO DIA DO 3.º MÊS SEGUINTE AO DA DATA
DA CESSAÇÃO
(DR do período de tributação da cessação e doanterior
se ainda não tiver decorrido o prazo normal)

* Ver Art. 59.º LGT


DECLARAÇÃO PERIÓDICA DE RENDIMENTOS
(art.º 59.º, n.º 1, al. o) e n.º8 LGT)
144

Disponibilização no Portal das Finanças dos formulários digitais para o


cumprimento das obrigações declarativas previstas nos artigos 120.º e
121.º do Código do IRC, com uma antecedência mínima de 120 dias em
relação à data limite do cumprimento da obrigação declarativa.

Sempre que a Autoridade Tributária e Aduaneira não cumpra o prazo


mínimo de antecedência previsto na alínea o) do n.º 3, a data limite
para o cumprimento da respetiva obrigação declarativa prorroga-se
pelo mesmo número de dias de atraso.

Em 2019 a antecedência é de 90 dias


DECLARAÇÃO PERIÓDICA DE RENDIMENTOS
(art.º 120.º nºs 4 e 5)
145

S.P.NÃO RESIDENTES SEM ESTABELECIMENTOESTÁVEL

Natureza dosrendimentos Prazo para entrega da mod. 22


Relativamente a rendimentos sem
retenção na fonte a títulodefinitivo
• Rendimentos prediais
• Ganhos na venda de partes de capitalde
entidades residentes
• Rendimentos de operações de instrumentos Até ao último dia do mês de maio do ano
financeiros derivados seguinte àquele a que os mesmos
• Ganhos da alienação de partes de capital/ respeitam
direitos similares em sociedades/outras …
não residentes quando, em qualquer dos 365
dias anteriores, o valor daqueles resulte em + 50%
do valor de imóveis sitos em Portugal
DECLARAÇÃO PERIÓDICA DE RENDIMENTOS
(art.º 120.º nºs 4 e 5)
146

S.P.NÃO RESIDENTES SEM ESTABELECIMENTOESTÁVEL

Natureza dos rendimentos Prazo para entrega da mod. 22


Relativamente a rendimentos sem
retenção na fonte a títulodefinitivo
Até ao 30.º dia posterior à data da
• Mais-valiasna venda de imóveis transmissão/ aquisição
independentemente de esse dia ser útil ou
• Incrementos patrimoniaisde aquisições a não útil
título gratuito

Nota: Pode haver lugar à entrega de mais do que uma declaração mod. 22 por ano
DECLARAÇÃO PERIÓDICA DE RENDIMENTOS
(art.º 120.º)
147

FORMA DE Transmissão eletrónica


ENTREGA Transmissão eletrónicade
de dados

dados

Anexo
Anexo A
A– Derrama
– Derrama

ANEXOS À Anexo C – Regiões Autónomas


DR MODELO 22
Anexo D – Benefícios Fiscais

Anexo E – Regime Simplificado


DECLARAÇÃO DESUBSTITUIÇÃO
(art.º 122.º)
148

QUANDO DEVE SER APRESENTADA

Quando tiver sido liquidado imposto < devido


A TODO O TEMPO

Quando tiver sido declarado prejuízo > efetivo

NO PRAZO DE UM ANO Quando tiver sido autoliquid. imposto > devido


APÓS O TERMO DO
PRAZO LEGAL PARA A
ENTREGA DA DR Quando tiver sido declarado prejuízo < efetivo

Em caso de decisão administrativa ou sentença superveniente, o prazo conta-se a partir da


data em que o declarante tome conhecimento da decisão ou sentença
DECLARAÇÃO ANUAL DE INFORMAÇÃO
CONTABILÍSTICA E FISCAL (art.º 121.º)
149

INFORMAÇÃO EMPRESARIAL DL 8/2007, de 17/01


SIMPLIFICADA (IES)
Transmissão eletrónicade dados
S.P. em geral
Até ao dia 15 de Julho (útil ou não útil)
S.P. com período
Prazo Até ao 15.º dia do 7.º mês posteriorà
de tributação
data do termo do período de
para diferente doano
tributação
civil
envio
Até ao último dia do terceiro mês
No caso de seguinte ao da data da cessação (Dec.
cessação de do período de trib. dacessação e do
atividade anterior se ainda não tiver decorrido
o prazonormal)
DECLARAÇÃO ANUAL DE INFORMAÇÃO
CONTABILÍSTICA E FISCAL (art.º 121.º)
150

Anexo A – Elementos contabilísticos e fiscais (residentes que exercem a


título principal… e não residentes com estabelecimento estável)
Anexo B – Elementos contabilísticos e fiscais (setor financeiro)
Anexo C – Elementos contabilísticos e fiscais (setor segurador)
Anexo D – Elementos contabilísticos e fiscais (residentes que não exercem a
ANEXOS título principal…)
À IES/DA Anexo E – Elementos contabilísticos e fiscais (não residentes
(IRC) sem
estabelecimento estável)
Anexo
AnexoGF –– Sociedades sujeitas ao regime de transparência fiscal
Benefícios fiscais
Anexo H – Operações com não residentes
Anexo O – Mapa recapitulativoclientes
Anexo P – Mapa recapitulativofornecedores
Anexo R/S/T – Informação Estatística
OBRIGAÇÕES CONTABILISTICAS
(art.º 123.º)
151

SOCIEDADES COMERCIAIS, CIVIS SOB FORMA COMERCIAL, COOPERATIVAS,


EMPRESAS PÚBLICAS E OUTROS S.P. RESIDENTES QUE EXERÇAM A TÍTULO
PRINCIPAL UMA ATIVIDADE COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA

S. P.NÃO RESIDENTES COM ESTABELECIMENTO ESTÁVEL


● Atraso de escrituração ≤ 90 dias
Contabilidade organizada ● Prazo de conservação: 10 anos (art. 19.º DL
nos termos dalei 28/2019)

Utilização obrigatória de programas e equipamentos informáticos de faturação


previamente certificados pela AT (DL n.º 28/2019,15/02)
OBRIGAÇÕES CONTABILÍSTICAS
(art.º 124.º)
152

ENTIDADES RESIDENTES QUE NÃO EXERÇAM A TÍTULO PRINCIPAL


ATIVIDADE COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA

• Registo derendimentos • Atraso de escrituração ≤ 90 dias


• Registo deencargos
• Registo de inventário dos bens
• Prazo de conservação: 10 anos
suscetíveis de geraremmais-valias (art. 19.º DL 28/2019)

 Exceto se os rendimentos totais dos


Contabilidade dois PT anteriores não excedam €
agrícolas obrigatória 150.000
industriais ou
comerciais,
Rendimentos Programa de faturação  Exceto se não estiver obrigada a ter
contabilidade organizada
certificado obrigatório
Faturação e arquivo(art.º 125.º)
153

Os sujeitos passivos residentes em TP e os não residentes com


EE estão sujeitos às obrigações de faturação e de conservação
de livros nos termos do CIVA e do DL 28/2019

Art.º. 20º As faturas emitidas e recebidas, livros, registos e


Formato papel n.º 1, a) demais documentos devem ser mantidos em TP

Suporte As faturas emitidas e recebidas, livros, registos


Art.º 20º
e demais documentos devem ser mantidosem
eletrónico n.º 1, b)
qualquerEM

O local onde estiver a centralização do programa informático de


faturação e o arquivo em suporte informático deve ser indicado na
declaração de início ou de alterações (Art. 20.º n.º 5)
REPRESENTAÇÃO DE ENTIDADES NÃO RESIDENTES
(art.º 126.º)
154

São obrigados a designar (na declaração de


AS ENTIDADES
inscrição no registo ou de alterações)* uma
NÃO RESIDENTES
pessoa singular ou coletiva que os
SEM
represente perante a AT quanto às suas
ESTABELECIMENTO
obrigações de IRC
ESTÁVEL E
OS SÓCIOS NÃO A designação do representante é facultativa
RESIDENTES DE para as entidades residentes noutros EM da UE
SOCIEDADES ou do EEE (neste caso desde que haja
cooperação admin. no domínio dafiscalidade
TRANSPARENTES
equivalente à estabelecida na UE)

*Representante tem que aceitar expressamente


PROCESSO DE DOCUMENTAÇÃO FISCAL
(art.º 130.º)
155

Todos os S. P. (exceto os isentos nos termos do art.º 9.º) são obrigados a possuir,
para cada ano, um «dossier fiscal» que tem de estar organizado até ao termo do
prazo para a apresentação da declaração anual (com os elementos referidos na
Portaria n.º 51/2018, de 16/02) e tem de ser conservado durante 10 anos (até
2015, inclusivé, o prazo era de 12 anos).

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