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Residente
1. Incidência Pessoal
(Artigos 13º a 21 CIRS)
Não residente
2. Rendimento Líquido de
cada Categoria (Deduções
Específicas- Artigos 22º a
IRS 55º)
3. Rendimento Líquido
Total (Englobamento artigo
22º; Não englobamento 71º
e 72º)
5. Imposto a pagar:
deduções à coleta (78º a
87º)
1. Incidência
1.1 Incidência Pessoal
a) Distinção entre Residentes, Residentes não habituais e não
residentes
O IRS atende, nos seus artigos 13º/1 e 15º à territorialidade pessoal
(tributação em função da residência) e à territorialidade real (tributação
atendendo ao lugar de produção do rendimento). Reconhece-se deste
modo, o poder tributário inegável dos Estados em que são produzidos os
rendimentos (Estado da Fonte) e da residência do respetivo beneficiário,
sendo, em princípio, como se verá indiferente a nacionalidade do sujeito
passivo.
Os residentes, ressalvando-se algumas particularidades quando aos
residentes não habituais, constantes do artigo 16º/6/11, de que se tratará
adiante, são sujeitos à obrigação fiscal ilimitada, isto é, os rendimentos a
considerar são todos, mas sempre integráveis nas categorias indicadas,
independentemente da sua proveniência, isto é, opera-se tributação
segundo a base mundial, estando sujeito o rendimento, onde quer que este
tenha sido produzido, world wide income, diferentemente do caso dos não
residentes que estão sujeitos à obrigação limitada ( a tributação considera
apenas os rendimentos produzidos em Portugal- source income.
Os critérios para definição de residência, consoante o artigo 16º,
são vários, embora sempre referidos ao ano em que respeitam os
rendimentos e ao território português:
1
Manual de Rita Calçada Pires (páginas 356 a 482)
b) O Agregado familiar
São sujeitos passivos do IRS as pessoas singulares que auferem
rendimentos compreendidos no pressuposto objetivo (artigo 13/1º).
Existindo agregado familiar, neste caso, o imposto é devido pelo
conjunto dos rendimentos dos respetivos membros, os sujeitos
passivos são as pessoas a quem incumbe a sua direção (13º/2).
Pode também acontecer uma situação dita “inversa”, na qual não
seja sujeito passivo uma pessoa que aufere rendimentos, como, em
certas circunstâncias, ocorre com indivíduos membros do agregado
familiar (13º/5 a contrario). Em conformidade, do facto de a
tributação ser estabelecida sobre os rendimentos do agregado
familiar resulta que os sujeitos passivos são tributados pelos seus
próprios rendimentos e pelos rendimentos dos membros do
correspondente agregado;