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Caso 7
Estamos perante o Imposto sobre o Rendimento Pessoal, que por exigência da CRP, deve ser
um imposto pessoal, único, progressivo e com objetivos redistributivos, estes últimos
satisfeitos com a unidade e progressividade, bem como com as deduções à coleta de despesas
sociais.
Deve recair sobre o rendimento líquido global porque este reflete de forma mais rigorosa a
capacidade contributiva do sujeito. A tributação global não discrimina categorias de
rendimentos, sendo então mais justa e mais neutra por não interferir nas opções dos
contribuintes.
O IRS na realidade não é imposto único, mas dual, porque temos rendimentos sujeitos a
englobamento (22º CIRS) e progressividade, e uma tributação não sujeita a englobamento
(taxas liberatórias e especiais -71º e 72º CIRS). A tributação em IRS é organizada por
categorias, as quais correspondem a diferentes tipos de rendimentos.
Assim, tanto A como M são sujeitos passivos residentes (13º, nº1 e 16º, nº1 CIRS).
O IRS é apurado individualmente em relação a cada cônjuge, exceto quando for exercida a
opção pela tributação conjunta (13º, nº2 do CIRS). Nesse caso, aplicar-se-á o quociente
familiar do 69º. Por último, as deduções à coleta são efetuadas nos termos do 78º. O 78º, nº1,
a) e 78º A afiram que são efetuadas deduções relativas a despesas com dependentes do
agregado familiar e aos ascendentes que vivam em comunhão de habitação com o sujeito
passivo. As despesas de saúde e educação estão previstas no 78º, c) e d), 78º C e 78º D.
NOTAS: os ganhos que derivados de alienação de imóveis só ficam sujeitos ao regime das
mais-valias se a alienação tiver sido efetuada a partir de 1/1/1989 (CIRS regime transitório,
artigo 5º, nº1 parte final). Por outro lado, as mais-valias decorrentes da transmissão onerosa
de imóveis destinados a habitação própria ou permanente são excluídas de tributação desde
que sejam utilizadas para a aquisição de outro imóvel de habitação (10º, nº5 CIRS). Quanto
ao 43º, nº3 o saldo é considerado em 50% do seu valor, o que significa que não há taxa
específica, mas uma divisão por dois. Em terceiro lugar, às mais-valias mobiliárias é sempre
aplicável o 72º, nº1, c) tributadas à taxa especial de 28%. Quanto a estas taxas, os não
residentes nunca podem exercer a opção por englobamento (72º, nº8 CIRS).
CATEGORIAÊAÊ
• 71º/4
• 69º/1 e 3 - poderia ser feita a opção pela tributação conjunta - quociente familiar.
• 13º/3 + 59º/1 - filhos também integram agregado familiar.
• 25º: Até à sua concorrencia - se o rendimento bruto permitir este montante dedução.
Limite de concorrencia do montante gripo. Se receber 5000 só poderei deduzir até
4.104; se receber 4.000 só poderei deduzir 4.000
CATEGORIAÊBÊ
Honorários dos advogados - 3º/1 al. B) - consideram-se como rendimentos de prestação de
serviços.
Forma de determinação da matéria coletável - 28º e ss e a sua forma pode ser:
• Regime simplificado - rendimentos inferiores a 200.000 (ainda assim poderia optar pelo
regime da contabilidade organizada). art. 31º - aplicação dos coeficientes do Nº1
• Regime da contabilidade organizada - 28º/1 al. B) e 32º. Sempre que os rendimentos
sejam superiores a 200.000. 32º - determinação da matéria coletável é afetada por uma
remissão para as regras do CIRC
No caso concreto:
• art. 31º (regime simplificado).
• Art. 151º (tabela em portaria Nº1011/2001).
• Os rendimentos da categoria B estão sujeitos a englobamento obrigatório (22º/1) -
aplicação das taxas gerais de art. 68º.
• Estão sujeitos a retenção na fonte - 101º/1 al. B) (apenas há obrigação da retenção na
fonte de rendimentos da categoria B, quando a entidade pagadora (o substituto
tributário) estiver obrigada ao regime da contabilidade organizada.
CATEGORIAÊE
Juros e dividendos - rendimentos de capitais.
Art. 15º/1 e 2
• Rendimentos sujeitos em regra a taxas liberatórias no caso de não residentes mas
também no caso de residentes - 23º. Mas pode ainda assim ser englobado em alguns
casos.
• 71º - combinação da taxa final a aplicar e da própria retenção na fonte.
No caso concreto
• Entidade residente
Sempre que haja uma conexão tanto nas taxas liberatórias como especiais com paraísos
fiscais há um agravamento tributário.
CATEGORIAÊG
Mais valias
• Mais valias mobiliárias - sujeitas a taxas especiais. Incidência real e objetiva - 9º/1 al.
A) e b).
• 43º/1 e 3 - a diferença do saldo positivo e negativo é que é sujeito a tributação
• 72º/1 al. C) - taxa especial, havendo ainda assim opção de englobamento
Se for feita opção por englobamento - mesmo que tivesse caracter liberatório passa a ser
caracter de retenção da fonte de pagamento por conta.
Deduções à coleta - observar 78º CIRS. Natureza pessoalizante do imposto. Elenco das
deduções - ordem pelas quais as deduções devem ser efetuadas.