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GESTÃO DE EMPRESAS
Beja
13 de janeiro de 2021
Gestão de Recursos Humanos / Gestão Empresas / Estig / IPBeja
Índice
1 Avaliação do desempenho humano (GUILHERME FRANCO) ....................................... 3
1.1 Conceitos básicos ........................................................................................................ 3
1.2 A responsabilidade pela avaliação do desempenho (JOÃO ESTEVENS) .................. 4
1.2.1 O supervisor direto ............................................................................................... 4
1.2.2 O empregado ........................................................................................................ 4
1.2.3 A comissão de avaliação do desempenho ............................................................ 5
1.3 Objetivos da avaliação do desempenho (JOÃO HENRIQUES) ................................. 5
1.4 Benefícios da avaliação do desempenho ..................................................................... 7
1.5 Métodos de avaliação do desempenho (JOÃO SOUSA) ............................................ 8
1.5.1 Método da escala gráfica (JOSÉ SAMORA) ....................................................... 9
1.5.2 Método da escolha forçada (MARIA MAURÍCIO) .......................................... 11
1.5.3 Método de pesquisa de campo (PATRÍCIA CATARINO) ................................ 13
1.5.4 Método dos incidentes críticos (RUTE COELHO)............................................ 15
1.5.5 Método de comparação aos pares....................................................................... 15
1.5.6 Método de frases descritivas .............................................................................. 15
1.5.7 Método da Auto-Avaliação ................................................................................ 15
1.5.8 Método da avaliação por resultados ................................................................... 16
1.5.9 Métodos mistos (GUILHERME FRANCO) ...................................................... 16
1.6 A entrevista de avaliação do desempenho ................................................................. 17
1.7 A avaliação de desempenho e os seus pressupostos (JOÃO ESTEVENS) ............... 17
1.8 Modernas tendências na avaliação de desempenho ................................................... 19
1.9 Sistemas de avaliação de desempenho (JOÃO HENRIQUES) ................................. 20
1.10 A fixação de objetivos ........................................................................................... 21
1.10.1 Os objetivos da equipa ....................................................................................... 23
1.10.2 Os objetivos individuais ..................................................................................... 23
1.11 Os métodos de avaliação (JOÃO SOUSA) ............................................................ 24
1.12 A escala de avaliação ............................................................................................. 24
1.13 Gestão do sistema de avaliação (JOSÉ SAMORA) ............................................... 26
1.14 Síntese do capítulo ................................................................................................. 28
2 Avaliação do desempenho ................................................................................................ 28
2.1 Avaliação do desempenho: o que é?.......................................................................... 28
2.2 Finalidade da avaliação do desempenho ................................................................... 29
2.3 A quem compete a avaliação ..................................................................................... 29
2.4 Métodos e técnicas de avaliação (MARIA MAURÍCIO) ......................................... 30
2.5 Problemas no processo de avaliação (PATRÍCIA CATARINO) .............................. 32
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1.2.2 O empregado
Algumas organizações utilizam a autoavaliação por parte dos empregados como método de
avaliação de desempenho, sendo pouco comum, porque é preciso ser num grupo de trabalho
com pessoal com uma capacidade de autoavaliação destituída e alto quociente intelectual. Mas
a avaliação do desempenho não pode ser exclusivamente da responsabilidade do próprio
individuo porque:
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A avaliação do desempenho é um assunto que tem despoletado reações dispares apesar de não
ter sido realizada uma análise científica dos seus efeitos. Existe a perceção, por parte do
individuo que está a ser avaliado, de que a avaliação do desempenho é uma espécie de inspeção
de qualidade na linha de montagem. Isto limita a avaliação do desempenho ao simples
julgamento do chefe a respeito do comportamento funcional do subordinado. Esta noção da
avaliação do desempenho é excessivamente simplista e deve ser devidamente contraposta e
aprofundada de forma a estabelecer perspetivas de comum acordo com o avaliado. Este deve
participar no processo de avaliação ao contrário de ser vitimado pelo meso, de forma a não ser
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só informado das dissonâncias da sua atuação, mas saber porque e como é que a mudança deve
ser feita.
Meyer, Kay e French Jr, relatam um estudo científico desenvolvido pela General Electric
Company, para verificar a eficácia do seu programa de avaliação de desempenho. O aspeto mais
positivo do estudo revelou que muitas pessoas têm uma ideia favorável a respeito da avaliação
de desempenho mas que são raros os gerentes que empregam o programa de avaliação por sua
própria iniciativa.
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• Melhor avaliar o desempenho e o comportamento dos subordinados, tendo por base variáveis
e fatores de avaliação e, principalmente, contando com o um sistema de medição capaz de
neutralizar a subjetividade;
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• Fica a conhecer as expectativas do seu chefe a respeito do seu desempenho, assim como os
seus pontos fortes e fracos
• Fica a saber as providências que o chefe está a tomar quanto à melhoria do seu desempenho e
as que ele próprio deverá tomar por conta própria
• Ter condições de avaliar o seu potencial humano a curto médio e longo prazo
A avaliação do desempenho humano pode ser feita com recurso a diversas técnicas e está
geralmente associada a objetivos definidos com base na política de Recursos Humanos da
organização. Tendo em consideração que as políticas de RH variam de organização para
organização, não é de estranhar que cada organização possa desenvolver e aplicar diferentes
técnicas para avaliar os seus empregados. É também muito frequente dentro de uma mesma
organização serem aplicadas distintas técnicas em função do nível e da posição dos cargos.
Cada técnica atende a determinados objetivos específicos e a determinadas características das
várias categorias de pessoal. Existem diversos métodos de avaliação, todos eles com vantagens
e desvantagens e relativa adequação às características dos avaliados, bem como dos
avaliadores. Esta adequação é de importância fundamental para o êxito e credibilidade da
informação e dos resultados obtidos. É importante salientar que a sistemática de avaliação do
desempenho é um meio, um método, uma ferramenta, e não um fim em si. É um meio para
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obtenção de dados e informações que permitam a tomada de decisões e providências que visem
melhorar o desempenho humano dentro das organizações. A avaliação do desempenho, para
ser eficaz, deve basear-se inteiramente nos resultados da atividade do homem no trabalho e
nunca apenas nas suas características de personalidade.
Simulações
Considera o controle A situação é restrita e raramente
Exercícios situacionais durante os periodos de corresponde ao mundo real: pode obter
avaliação desempenho melhor que o real.
Tabela: diferentes métodos de avaliação
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Trata-se de um método que avalia o desempenho das pessoas através de fatores de avaliação
previamente definidos e graduados. O método da escala gráfica utiliza um formulário de dupla
entrada, no qual as linhas em sentido horizontal representam os fatores de avaliação do
desempenho, enquanto que as colunas em sentido vertical representam os graus de variação
daqueles fatores.
Os fatores são previamente selecionados para definir em cada empregado as qualidades que se
pretende avaliar. Cada fator é definido com uma descrição sumária, simples e objetiva, para
evitar distorções. Quanto melhor esta descrição, maior a precisão do fator. Por outro lado, é
dimensionado um desempenho naquele fator, que vai desde o fraco ou insatisfatório até ao
ótimo ou muito satisfatório.
O método de avaliação do desempenho por escalas gráficas pode ser montado mediante vários
processos de classificação.
Algumas organizações utilizam o método da escala gráfica com atribuição de pontos, no sentido
de quantificar os resultados para facilitar as comparações entre os empregados. Os fatores são
ponderados e ganham valores em pontos, de acordo com a sua importância na avaliação.
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1. Não permite muita flexibilidade ao avaliador, que deve ajustar-se ao instrumento e não este
às características do avaliado;
2. É sujeito a distorções e interferências pessoais dos avaliadores, que tendem a generalizar a
sua apreciação sobre os subordinados para todos os fatores de avaliação. Cada pessoa percebe
e interpreta as situações segundo o seu “campo psicológico”. Essa interferência subjetiva e
pessoal de ordem emocional e psicológica que leva alguns avaliadores ao halo effect ou efeito
de estereotipação. O efeito da estereotipação leva os avaliadores a considerarem um empregado
ótimo, como, ótimo em todos os fatores. É esse mesmo efeito que leva um avaliador muito
exigente a considerar todos os seus subordinados com sofríveis ou fracos sobre todos os aspetos;
3. Tende a rotinizar e bitolar os resultados das avaliações;
Necessita de procedimentos matemáticos e estatísticos para corrigir distorções e influência
pessoal dos avaliadores. Tende a apresentar resultados condescendentes ou exigentes para todos
os seus subordinados.
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Este método consiste em avaliar os indivíduos escolhendo duas alternativas, de entre duas,
quatro ou mais frases, em que, forçosamente, atribui sinal (-) a que menos reflete a caraterística
a avaliar e (+) na que mais se aproxime do comportamento avaliado. Dai o nome de “escolha
forçada”
Neste método há duas formas de proceder à avaliação:
a) Criando blocos por duas frases de sentido positivo e duas de sentido negativo. Em que o
avaliador escolhe a frase que mais se aplica e a que menos se aplica ao desempenho do avaliado.
b) Ou por blocos formados por 4 frases de significado positivo em que o avaliador escolhe a
que mais se aplica aso desempenho do avaliado.
No formulário com blocos de sentido positivo e negativo permite ao avaliador distorcer o
resultado da avaliação, pois ao ser atribuído pontos neste tido de avaliação poderá influenciar
o resultado da mesma.
Já a avaliação com frases só de sentido positivo dificulta a avaliação dirigida, pois força o
avaliador a refletir e a ponderar melhor sobre as características do avaliado, levando a melhor
resultados.
A experiência tem demonstrado que o sistema aplicado na segunda forma representa resultados
melhores e condiciona a possibilidade de o avaliador influenciar o resultado.
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As vantagens deste método, permite resultados mais fiáveis e isentos de influências subjetivas,
eliminando o efeito de generalização (halo effect), assim como o facto de ser de aplicação
simples e de não exigir grande preparação por parte do avaliador.
Quanto às desvantagens, este método implica uma elaboração e montagem complexa, exigindo
um planeamento muito cuidadoso, logo demorado.
As suas desvantagens também se refletem no facto de ser comparativo e discriminativo,
apresentando resultados globais, discrimina os empregados bons, médios e fracos sem
informações complementares, o que não permite ser utilizado para o desenvolvimento de
recursos humanos, precisa de informação complementar para determinar a existência da
necessidade de formação.
Por tudo isto não fornece ao avaliador a noção exata doa avaliação dos seus subordinados.
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• Avaliação Inicial:
o Desempenho mais satisfatório (+)
o Desempenho satisfatório (+/-)
o Desempenho menos que satisfatório (-)
• Permitir uma profunda visualização não só do conteúdo dos cargos, mas também das
habilidades, capacidades e conhecimentos exigidos;
• Relacionamento com o especialista, que presta ao supervisor apoio, e treinamento de alto nível
na avaliação do pessoal;
• Permite uma avaliação profunda, imparcial e objetiva de cada funcionário;
• Permite planear a ação de forma a evitar obstáculos e melhorar o desempenho;
• Acentua a responsabilidade de linha e função de staff na avaliação de pessoal;
• Método mais completo de avaliação.
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É uma técnica sistemática que enfoca nas atitudes extremas dos colaboradores que representam
resultados altamente positivos (sucesso), que devem ser estimulados, e excecionalmente
negativos (fracasso), que devem ser corrigidos através de um constante acompanhamento.
Tem como objetivo identificar tarefas fundamentais do cargo, os deveres importantes e as
responsabilidades desempenhadas pelo colaborador que levam ao sucesso. Essa informação é
coletada através de entrevistas com colaboradores e gestores ou por meio de relatórios escritos
pelos colaboradores que ocupam esse cargo.
Tem como vantagem o método de fácil montagem e fácil utilização, é extremamente útil para
dar o feedback aos colaboradores sobre o seu desempenho. As desvantagens é que não se
preocupam com os aspetos normais do desempenho, obrigada a uma grande disciplina por parte
dos avaliadores, uma vez que requer anotações permanentes.
Consiste em comparar dois a dois empregados de cada vez, e se anota na coluna da direita,
aquele que é considerado melhor, quanto ao seu desempenho.
Pode-se ainda, utilizar fatores de avaliação. Assim, cada folha do formulário seria ocupada por
um fator de avaliação de desempenho.
É um método que não exige obrigatoriedade na escolha de frases. O avaliador assimila apenas
as frases que caracterizam o desempenho do subordinado (sinal “+” ou “s”) e aquelas que
realmente demonstram o oposto de seu desempenho (sinal “-“ ou “n”).
É o método por meio do qual o próprio empregado é solicitado a fazer uma sincera análise de
suas próprias características de desempenho. Utiliza diversas sistemáticas, inclusive
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Liga-se aos programas de Administração por Objetivos. Este método baseia-se em uma
comprovação periódica entre os resultados fixados (ou separados) para cada funcionário e os
resultados efetivamente alcançados. As conclusões a respeito dos resultados permitem a
identificação dos pontos fortes e fracos do funcionário, bem como as providências necessárias
para o próximo período. É considerado um método prático, embora seu funcionamento dependa
sobremaneira das atitudes e dos pontos de vista do supervisor a respeito da avaliação do
desempenho.
1. Evitar agregar um grande sistema de avaliação de desempenho, esse pode não apresentar
praticidade e adequação à dinâmica humana da organização.
2. Permitir vários tipos de respostas ao indivíduo, sobre seu desempenho.
3. Tratar o sistema de avaliação do desempenho como um sistema aberto e voltado para o
desempenho futuro.
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Ou seja, de acordo com as atuais circunstâncias, trajetória e objetivos de cada organização, são
adaptados e criados seus próprios formulários baseados em um conjunto de métodos de
avaliação de desempenho, que são capazes de servir diversas áreas ao mesmo tempo.
De nada adianta uma excelente sistemática de avaliação do desempenho, sem uma excelente
comunicação do resultado com o interessado principal, o próprio empregado. Para os objetivos
serem plenamente alcançados, é importante que o avaliado tenha conhecimento das
informações mais relevantes do seu desempenho.
O que se pretende alcançar com a entrevista de avaliação de desempenho, são os seguintes:
Para uma entrevista de avaliação ter sucesso muitos fatores precisam estar alinhados. Ela
precisa ser bem preparada e o superior, responsável por isso, precisa estar preparado para
conduzir todo processo.
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A definição da missão da empresa e seu plano estratégico são os pré-requisitos para identificar
as tarefas que devem se desenvolvidas pela empresa para permitir alcançar esses objetivos.
As tarefas em si não são executadas de forma aleatória, mas antes agrupadas de forma estável
em cargos que tem um núcleo de tarefas atribuídas. Chegados aqui, o passo seguinte é encontrar
quem desempenhe os cargos e disso se ocupam os sistemas de recrutamento e seleção, sendo
necessário avaliar se os cargos são bem ou mal desempenhados, se atingem os objetivos ou não.
Sendo neste contexto que os sistemas de avaliação de desempenho encontram o seu verdadeiro
lugar, servindo em primeira linha para validar os métodos de recrutamento. Se sistematicamente
for selecionado um empregado com desempenho abaixo do esperado leva apensar que as
metodologias carecem de serem revistas. Depois, e mais fundamentalmente servem para
reforçar a cultura de desempenho, que consistem em premiar segundo os objetivos que
atingiram. Contrário deste princípio é que vai dar a uma gestão da remuneração e na deteção
do potencial. A avaliação de desempenho de um empregado serve também para identificar as
áreas de oportunidade onde este precisa de formação.
É fundamental que a empresa tenha um clima de justiça e objetividade, para tal é necessário
assegurar que são evitar os erros comuns de avaliação, como:
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3. Erro de semelhança, o avaliador classificar os seus subordinados como ele foi avaliado
4. Baixa motivação do avaliador, que hesita em atribuir uma classificação realista
5. Tendência para não diferenciar os desempenhados, quendo evitar conflitos
6. Pressões inflacionistas, um passado de altas classificações cria pressão para continuar a dar
altas classificações no futuro
7. Decisão prévia sobre a classificação global de desempenho que faz com que a avaliação
ocorra apos a decisão sobre como o empregado desempenhou a função.
O conceito de gestão participativa por objetividade foi lançado por Petr Drucker e é ainda hoje
o pilar em que a maior parte das empresas assenta o seu sistema de avaliação de desempenho.
A empresa em função da sua missão e plano estratégico tem objetivos permanentes que lhe vão
permitir realizar a sua missão e plano estratégico tem objetivos permanentes que lhe vão
permitir realizar a estratégia que se propôs e ainda os objetivos de curto prazo, os quais
normalmente coincidem com o ciclo anual que permitirão atingir as metas traçadas para o plano
de ação individual.
Existem dois tipos de objetivos individuais, os permanentes e anuais. Os permanentes estão
ligados ao domínio da função, a competência técnica, enquanto que os anuais consistem nos
fatores de sucesso, o atingimento dos objetivos anuais.
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O sistema MBO não é isento de críticas, que não afetam a sua validade. A primeira decorre da
escolha dos objetivos, muitas vezes desfocado das prioridades da empresa. Critica-se também
o facto desses objetivos não serem frequentemente desafiantes. Por último afirma-se que o
MBO estabelece o primado dos objetivos individuais e não estimula o trabalho em equipa.
Sendo estas críticas atualmente ultrapassadas devidos a fixação de objetivos de equipa, que
pretendem contrariar a visão individualista do desempenho e associar o sucesso individual ao
sucesso da empresa.
São hoje tidos pacificamente como objetivos de equipa, tanto a inserção e a orientação com
sucesso de novos empregados como os Índices de satisfação dos Clientes Internos ou Externos
que a mesma alcança. Deste modo, a filosofia de que o sucesso consiste em atingir ou
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• Avaliação a 360º – uma ferramenta que consiste num questionário, que abrange as áreas de
gestão de pessoas, de relações interpessoais, de competências técnicas e de comportamentos,
que é distribuído pelo superior hierárquico, pelos pares e pelos subordinados do avaliado, sobe
a forma do anonimato.
É comum afirmar-se que a qualidade da avaliação depende da qualidade dos objetivos que
forem previamente fixados e que esta deve ser negociada com o avaliado. Essa negociação tem
as suas limitações sendo a principal das quais o facto de ter de respeitar os objetivos globais da
Empresa, a não ser que seja demonstrado o seu irrealismo. A negociação poderá alterar a
atribuição dos objetivos, quer entre departamentos quer entre pessoas no mesmo departamento,
mas deverá respeitar o total anual pretendido pelos acionistas. Os objetivos uma vez acordados
e fixados, são normalmente passados e escritos num documento chamado contrato individual
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Muitas vezes, no processo de fixação de objetivos, sobretudo quando os mesmos são desafiantes
e parecem difíceis de alcançar, o avaliado exigirá a implementação de medidas de apoio para
os tornar realizáveis. É o que ocorre com campanhas promocionais com o aumento da força das
vendas ou a computorização de certas rotinas.
Estas medidas de apoio se acordadas passam a constituir uma pré-condição para o avaliado se
sentir vinculado nos objetivos fixados.
• Que sejam quantificados. A quantificação é, em regra, feita diretamente nas funções de linha.
Aí os resultados são facilmente mensuráveis.
• Que sejam calendarizados, ou seja, que devem ser concluídos no fim da validade estipulada.
• Que sejam ajustáveis ao longo do ano. Este mecanismo de reajuste mantém os objetivos
ancorados na realidade de mercado e preserva o seu carácter alcançável.
Para além de coaching, ainda é essencial que o avaliado tenha feedback periódico sobre o seu
progresso e a forma como está a gerir o seus objetivos, para que não haja choques nem surpresas
quando surgir a avaliação final.
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Os objetivos de equipa estão normalmente ligados ao alcançar dos objetivos globais da empresa,
para um determinado ano económico. Esses objetivos genéricos da performance da empresa
são normalmente partilhados igualmente por todos os gestores, o que reforça o seu espírito de
equipa e os corresponsabiliza, pelo bom resultado da Empresa. Em empresas com uma política
mais liberal, o prémio pelos resultados da empresa é atribuído globalmente e a alocação a cada
um dos seus membros é deixada ao critério do grupo. Apesar de em primeira instância esta
metodologia poder parecer gerar conflito entre a equipa, pelo contrário, os membros do grupo
têm uma consciência muito apurada de quem contribuiu, e quanto, para o resultado alcançado
e consegue uma justiça relativa maior que normalmente é aceite pelos demais sem grande
dificuldade.
Como antes ficou claro estes objetivos acrescem aos objetivos da equipa e são normalmente
classificados em 5 tipos:
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A avaliação de 360° envolve todas as pessoas com quem o avaliado tem interação direta
(superiores, pares, subordinados). Se excluirmos esta metodologia, por norma a avaliação é
feita pelo superior hierárquico atual do avaliado.
A avaliação formal tem lugar durante uma entrevista, que deve ser preparada com cuidado e
marcada com antecedência (permitindo ao avaliado preparar-se para ela). É muito importante
refletir sobre o ato de avaliação, que é possivelmente o momento mais relevante da vida
profissional do avaliado durante o ano. A entrevista de avaliação, desejavelmente não deve
trazer surpresas ao avaliado, dado o feedback periódico que deverá ter recebido ao longo do
ano, e deverá ser conduzida num ambiente cordial, aberto e franco, com o objetivo de permitir
ao avaliado melhorar o seu desempenho futuro e manter o seu nível de motivação e
compromisso com a empresa. A duração da entrevista deve ser adequada para que haja uma
troca de pontos de vista alargada e deve permitir ao avaliado expressar a sua opinião da
orientação e do acompanhamento recebidos da chefia e quais as suas expectativas para o futuro.
Por vezes o subordinado é convidado a fazer a sua auto-avaliação.
Do resultado da avaliação cabe sempre recurso para o supervisor hierárquico do avaliador,
tendo o avaliado o direito de lhe dar conhecimento das áreas de desacordo.
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Superior: se o avaliado excedeu a maioria dos objetivos que lhe foram propostos, mas não a
totalidade;
Satisfatória: se o avaliado atingiu todos os objetivos acordados, podendo mesmo ter excedido
alguns.
Medíocre: se o avaliado não conseguiu atingir parte dos objetivos fixados.
Inaceitável: se o avaliado não atingiu a maioria, ou a totalidade, dos objetivos fixados.
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No caso em que ao longo do período de avaliação, o empregado possa ter estado parte do tempo
ausente, por doença ou outro motivo atendível, os objetivos devem ser reajustados (reduzidos)
em função disso, ou eliminados (sendo transferidos para outrem, por exemplo), caso se tornem
inviáveis.
A avaliação global do desempenho tem caráter anual e deve ser marcada com antecedência e
cuidadosamente preparada por ambas as partes. A entrevista deve decorrer num clima
construtivo que permita ao avaliado pronunciar-se sobre o estilo de chefia, o apoio recebido e
os objetivos fixados. A avaliação deve ser tida como justa e equitativa no contexto da Empresa,
cabendo ao Departamento de Recursos Humanos assegurar a uniformidade de critério na sua
implementação. A avaliação de desempenho é uma tarefa-chave na gestão de pessoas, pois dela
decorrem consequências importantes para a retenção, motivação e desenvolvimento dos
empregados.
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2 Avaliação do desempenho
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O caso mais frequente de avaliação dos superiores pelos subordinados é o que ocorre nas
universidades, onde os estudantes avaliam a capacidade pedagógica do professor. Este método
tem a vantagem de identificar deficiências na exposição das matérias e em tornar responsáveis
os professores perante os alunos, mas tem também desvantagens, pois pode levar facilmente os
professores a agradar somente aos alunos, sem preocupação com ensino, por outro lado, a
avaliação torna-se, em muitos casos, enviesada pelo medo das represálias.
A avaliação de uns pelos outros é, em regra, muito pouco usada. Entre as formas combinadas
de avaliação é oportuno referir o comité de avaliação em que vários superiores funcionam como
um verdadeiro júri de avaliação, discutindo a cotação a dar. Outro modelo é o sistema de
avaliação múltipla em que vários superiores avaliam separadamente o mesmo funcionário. A
avaliação final é, neste caso, a média das avaliações individuais.
A avaliação pode ser realizada utilizando vários métodos, sendo uns mais sofisticados que
outros. Esses métodos podem ser classificados da seguinte forma:
• Escala gráficas;
• Checklist;
• Escolha forçada:
•
2 - Métodos comparativos, que tal como o nome indica compara a performance entre os
empregados. São discriminados da seguinte forma:
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• Método de ordenação;
• Comparação;
• Distribuição forçada.
3 - Métodos escritos, significa que o avaliador tem de reproduzir uma informação. Destacam-
se entre eles:
• Incidentes críticos
• Essay
• Método de pesquisa de campo
O método das escalas gráficas, o mais vulgarmente utilizado nas empresas e na administração
pública caracteriza-se por proporcionar ao avaliador uma sequência de graus de um fator ou
variável, por exemplo, avaliação qualitativa do muito bom ao insuficiente, implicado a
utilização de um formulário, ficha de avaliação que mostram como essas avaliações são
atribuídas. Apresenta uma descrição resumida de cada variável de forma a permitir a sua
perceção de forma objetiva.
Há vários tipos de escalas gráficas, as contínuas em que apenas os pontos extremos máximo e
mínimo são definidos, e, as descontínuas dando possibilidade ao avaliador de fixar a posição
das marcações de forma a caracterizar o desempenho do subordinado. Este método tem
vantagens na medida em que permite uma fácil interpretação e várias aplicações; permite,
através de uma utilização cuidadosa por parte do avaliador uma uniformidade nos critérios, sem
implicar um grande gasto de tempo.
No entanto não deixa de ter desvantagens, estando sujeito a distorções e erros humanos, como
a tendência e o efeito de halo, e simplificando em excesso a avaliação.
A Checklist é o método que apresenta uma lista de frases à qual o avaliador faz corresponder
as características e performance dos avaliados, sendo as respostas quantificadas através de uma
escala.
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A Escolha forçada poderá dizer-se um método mais sofisticado que a checklist, que consiste
em avaliar os indivíduos por frases descritivas de determinados níveis de performance
individual, onde o avaliador escolhe uma que melhor corresponda ao trabalhador avaliado.
No segundo grupo temos:
O Ranking que é método que faz a ordenação dos empregados segundo a performance,
colocando-os ordenados do melhor para o pior;
A Comparação, que compara simplesmente os empregados entre si;
A Distribuição forçada que consiste em classificar os avaliados colocando-os,
percentualmente em vários níveis de performance, ou seja, há vários empregados numa
empresa, mas existem percentagens diferenciadas para fazer corresponder um número de
funcionários.
No terceiro grupo há:
O Método dos incidentes críticos, que consiste em classificar a performance dos empregados
de acordo com os seus comportamentos avaliados no sentido positivo ou negativo. A grande
dificuldade neste método é selecionar quais os incidentes significativos ou críticos a utilizar.
O Ensaio (ou como atrás discriminado Essay) é um método que faz durante um dado período,
um pequeno ensaio, descrevendo o desempenho de cada funcionário, exigindo muito tempo e
sendo difícil de quantificar.
No Método de campo a avaliação é feita pelo superior com assessoria de um especialista em
avaliação do desempenho. Este tem uma função de staff, sendo a avaliação da responsabilidade
da chefia.
No processo de avaliação, existem sempre vários problemas, por vezes as técnicas não são as
mais adequadas, no entanto podemos enumerar vários problemas, tais como:
• Julgamento humano: neste caso não existem métodos totalmente objetivos para avaliar o
nível de desempenho, surgindo assim alguma distorção dos factos, tais como, erro constante,
pressa ou descuido, condescendência ou exagerada rispidez, tendência central (classificar os
funcionários da mesma maneira), erro de prestígio.
• Avaliadores: os problemas surgem pelo facto de os avaliadores terem uma informação
inadequada, ou errada.
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Nos objetivos estão presentes planos de ação, revisão periódica, recursos destinados a proceder
a objetivos, etc.
A motivação é um impulso que faz com que a pessoas atuem para atingirem os seus
objetivos. A motivação no que respeita ao MBO, provoca que entre o gestor e os seus
trabalhadores exista uma colaboração de ambas as partes para a definição dos objetivos. Os
empregadores começam a atuar de forma a atingirem os seus objetivos e deixam de receber
ordens.
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A formação técnica dos Recursos Humanos, continua a ser preponderante e vem agora juntar-
se, com importância crescente, a formação comportamental. A formação comportamental,
criando a preparação para a mudança e permitindo que ela ocorra em boas condições tem um
papel-chave neste domínio.
A formação é, portanto, não só um fator de maior competitividade como, por vezes, mesmo de
sobrevivência.
As Empresas necessitam de quadros com as competências necessárias à flexibilidade que as
ações para o exterior exigem. A formação torna-se, assim, um elemento crucial para o
desenvolvimento de Recursos Humanos, possibilitando ao Marketing Interno atingir o seu
objetivo.
Neste sentido, para que a formação se afirme como um instrumento de Gestão de Recursos
Humanos eficaz, deverá estar enquadrada na estratégia da Empresa. As necessidades a que a
formação vai responder devem resultar de um diagnóstico da sua envolvente, das respostas
necessárias para manter a eficácia organizacional e das exigências, em termos de competências
técnicas e humanas, que as respostas ao meio exigem.
Assim, com base nas exigências do meio e das respostas consentâneas, são apuradas as
competências exigíveis aos Recursos Humanos. Da diferença entre as exigências e o potencial
existente são definidas as necessidades de formação e consequentes produtos/serviços que as
satisfaçam.
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O que faz a organização são as pessoas que a constituem, a forma como estabelecem os
contactos entre si e otimizam os meios disponíveis. A forma como atuam traduz-se na forma
como atua a organização.
Se são os indivíduos que alimentam o processo organizativo da Empresa e é através deles que
se geram os resultados, então a eficácia organizacional depende da eficácia das pessoas que a
compõem, quanto melhor forem, melhor será a organização.
As empresas portuguesas têm uma tradição de baixo investimento em formação. Para além
disso, a pouca formação ministrada era fundamentalmente dirigida à área técnica e numa ótica
imediatista. Não obstante, com a adesão à CEE e com o apoio dado pelos fundos estruturais
houve uma revolução nesta área. A partir da década de 90 houve um grande aumento no
investimento em formação profissional. Ainda assim, o enfoque continua a ser na área técnica,
ou seja, apesar do crescimento acentuado na formação, a aposta na formação como elemento
dinamizador da competitividade e, portanto, como um investimento, está longe de ser o ideal.
Porque é que a empresas não investem mais em formação se as necessidades existem e a mão
de obra qualificada é necessária? Para além das dificuldades específicas que muitas das
pequenas empresas atravessam, pensa-se que em termos gerais a formação continua ainda a ser
encarada por muitos gestores como um custo e não como um investimento, que só será
minimizado recorrendo a apoios oficiais.
Um estudo realizado em Portugal, na década de 90, trouxe dados interessantes sobre a formação
em Portugal:
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• A Informática;
• A Qualidade;
• O Marketing e as Vendas;
• A Estratégia.
Neste mesmo estudo foi possível quantificar o esforço de formação realizado pelas empresas
portuguesas:
Verificou-se assim que a maioria das empresas (74 %) se preocupa com a análise prévia das
necessidades de formação.
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Este modelo de organização envolve também uma alteração da visão de sucesso profissional
que deixa de ser primordialmente, o atingir dos objetivos individuais para privilegiar os
objetivos do grupo e da empresa. Envolve, por outro lado, uma modificação da filosofia do
sistema de recompensa, para o levar a valorizar os objetivos do grupo. O trabalho de equipa,
para ser eficaz e realizar as potencialidades, implica igualmente uma deslocação do centro de
poder na Empresa, dando às equipas apreciável delegação de poderes e tomada de decisão.
Torna-se então necessário dar formação aos gestores para que respeitem essa autonomia de
decisão de forma a que assumam o seu papel como mentores e orientadores das equipas.
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Uma ideia que é indispensável reter, é que a formação tem sempre um objetivo de negócio
(como se pode ver no quadro em baixo), ou seja, deverá contribuir positivamente para os
resultados do negócio, direta ou indiretamente, a curto, médio ou longo prazo:
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Tendo por base a estratégia da empresa e o consequente plano de negócios surgem os requisitos
de atuação dos Recursos Humanos que permitem à empresa uma atuação competitiva. Através
da avaliação de desempenho são apuradas as diferenças entre o estádio atual dos recursos
humanos e o estado desejado que permitirá à empresa executar o seu plano de negócios. O gap
(diferença) entre o estádio de conhecimento, atitudes e comportamentos disponível e o estádio
de conhecimento, atitudes e comportamentos necessário, permite definir as necessidades de
formação.
Para concretizar na prática a formação como objetivo de negócio, o responsável pela formação
deverá recorrer em paralelo a duas componentes de gestão de formação que embora distintas
devem atuar de forma integrada: a componente de gestão propriamente dita e a componente
intervenção:
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Assim, pode dizer-se que, quanto à sua natureza, a formação distingue-se em:
• Conhecimento (saber-saber);
• Técnica (saber-fazer);
• Comportamental (saber-ser);
• Desenvolvimento pessoal (saber-saber, saber-fazer e saber-ser).
• Orientada para o cargo, tendo a finalidade de melhorar o desempenho atual de uma dada
função;
• Orientada para o desenvolvimento que visa prepara a pessoa para uma função que irá
desempenhar no futuro e desenvolver o indivíduo de per si.
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• Formação interna: ação formativa em que o gestor de recursos humanos recorre aos
recursos internos (monitores e pessoal de apoio) para ministrar a ação;
• Formação externa: ação formativa em que o gestor de recursos humanos recorre aos
recursos externos (monitores e pessoal de apoio) para ministrar a ação;
• Formação em sala: têm esta denominação as ações realizadas em sala de formação;
• Formação on the job: a ação formativa é realizada no local de trabalho;
• Formação outdoors: A ação é realizada em espaço aberto, envolvendo, normalmente,
atividades em equipa.
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É oportuno referir este tipo de formação, que frequentemente é tido como supérfluo, redundante
ou mesmo contrário ao princípio de que as pessoas devem encontrar, por si, o seu caminho
dentro da Empresa, esquecendo o que se desperdiça em desorientação e erros de integração.
Tanto mais que a rotação de pessoal ocorre, por norma, no 1º ano de trabalho na Empresa e
corresponde a uma inadaptação à cultura/forma de trabalho/ambiente/perspetivas da Empresa.
A adoção desta estratégia favorece uma melhor compreensão, por parte do novo empregado e
do meio em que se está a integrar, por outro lado, poderá trazer o novo empregado mais
rapidamente para o nível de desempenho exigível, tornando-o mais produtivo.
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A formação no cargo tem lugar em simultâneo com o desempenho das funções do empregado
e visa habilitá-lo a executar novas tarefas ou a utilizar tecnologias diferentes para execução das
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tarefas habituais e pode ter como consequência um enriquecimento do conteúdo do mesmo com
a sua correlativa reavaliação.
É um tipo de formação que fornece ao indivíduo técnicas para otimização do seu potencial
humano. Visa fornecer-lhe técnicas que possibilitem o autodesenvolvimento permanente, bem
como o desenvolvimento de atitudes e comportamentos que o ajudem a sentir-se melhor na sua
vida pessoal.
Dentro deste tipo de formação destacam-se cursos de gestão de stress, métodos de organização
pessoal, gestão de vida, técnicas de leitura rápida, entre outros.
Para além dos programas de formação oficiais, muitas Empresas procuram criar estímulos para
que os seus profissionais tomem a iniciativa de frequentar cursos médios ou superiores ou
programas de formação complementar.
Esses estímulos resultam, em parte, da legislação em vigor sobre apoio aos trabalhadores-
estudantes, que consagra facilidades no horário de trabalho para frequência de aulas e realização
de exames.
Acresce que uma percentagem significativa de Empresas com certa dimensão comparticipa nos
custos inerentes à frequência de tais cursos, desde que entendam que os mesmos têm relevância,
quer para o melhor desempenho da função pelo formando, quer para o seu desenvolvimento de
carreira.
Esta comparticipação pode cobrir, no todo ou em parte, o custo de propinas e/ou livros, e está,
normalmente, dependente do bom aproveitamento do formando.
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. Objetivos e programa;
. Data e duração;
. Local de realização;
. Prazo de inscrição e o custo por formando.
Depois do planeamento passamos ao processo formativo de cada uma das ações, sendo a sua
forma cuidadosamente desenvolvida, na medida em que a mudança de um estado atitudinal,
comportamental ou de conhecimento não pode ser um processo estático.
Para se atingir o pretendido, que é uma mudança e uma aquisição de conhecimentos, o processo
de formação deve assentar em 6 fases distintas:
2ª – Conceção; para conceber e planear a ação de forma a atingir os objetivos é necessário ter
por base o diagnóstico das necessidades.
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Nesta fase é determinado a forma como irá decorrer a ação, assim como os métodos, as técnicas
e os meios a utilizar.
4ª – Pré-avaliação; aqui é determinado que haja uma verificação dos resultados da ação de
formação, de forma a entender se os objetivos propostos foram postos em prática e que o
trabalhador no seu dia-a-dia não tenha sido forçado a voltar à rotina anterior e sim tendo
conseguido aplicar os conhecimentos adquiridos.
O plano de formação ideal é aquele que envolve todos os níveis hierárquicos, pois para que os
formandos, após o curso e no seu regresso ao seu posto de trabalho, não encontrem bloqueios
à implementação dos conhecimentos adquiridos, é necessário que todos estivessem envolvidos.
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São muitas vezes as próprias chefias e colegas, que não tendo conhecimento das novas lógicas
de funcionamento impedem a sua aplicação, sendo possível transformar a formação num custo
e não num investimento. Desde a direção, passando pelos quadros intermédios, chefias diretas
e chegando aos colaboradores em geral, todos devem fazer parte do processo formativo.
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Comunicação Interna é um setor planejado, com objetivos definidos para possibilitar toda a
interação entre organização e seus colaboradores. Com ela é possível aprimorar os
relacionamentos e aumentar a produtividade, o empenho e até mesmo os resultados financeiros
de uma organização. É uma gestão da comunicação que assenta na divulgação da missão,
cultura e projeto da empresa, respeitando as diferenças individuais e maximizando as relações
comunicacionais existentes.
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A formação precisa e deve ser ajustada de acordo com as necessidades, onde é necessário um
estudo para ministrar a melhor formação possível. Deve fazer parte desse estudo um inventário
que identifique a situação real, os projetos das direções e a evolução esperada.
Por fim, um plano de formação adequado deve ter parte ativa dos superiores, por esses
conseguirem identificar as necessidades de cada posto de trabalho.
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Ensino Direto
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Ensino programado
O aluno entra em contacto com um programa que o vai direcionando para as respostas
adequadas, sendo a aprendizagem definida como uma mudança avaliável em termos de
realização. E é precisamente esta concessão que tem as suas origens nas teorias
comportamentalistas.
O estudo do aluno é individual, escolhendo o seu ritmo de aprendizagem, mas sempre auxiliado
pelo professor.
Este método tem vantagem de cada aluno progredir ao seu próprio ritmo e avança apenas com
o conteúdo aprendido, o aluno mantém-se ativo e recebe imediatamente a confirmação do seu
êxito, os “conceitos” são representados por muitos exemplos e arranjos sintáticos, visando
aumentar a generalização a outras possíveis situações. A elaboração de um curso desta
natureza também tem a desvantagem do elevado custo de preparação de programas, a falta de
benefícios da experiência em grupo e o aluno não tem a opção de discordar.
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Neste domínio existem dois métodos práticos e caso sejam bem dirigidos os resultados são
bastante satisfatórios.
O método “Trainig Within Industry” é direcionado para uma formação rápido e eficaz do
pessoal, é uma técnica que pode ser utilizada para o desenvolvimento de habilidades do
supervisor. Este método é baseado na ideia de que a supervisão é a palavra-chave para assegurar
que a produção seja elevada, que os custos estejam sob controlo e que os trabalhadores
trabalhem com segurança e eficiência. Este método deve orientar-se por as seguintes etapas:
O método do caso é uma metodologia de ensino que usa casos reais de organizações ou
situações de negócio para colocar os participantes no papel dos decisores que foram
confrontados com decisões difíceis em algum momento. Em contraste com outros métodos de
ensino, o método do caso exige que os formadores evitem dar as suas próprias opiniões sobre
as decisões em causa. O método do caso propõe o desenvolvimento de habilidades gerenciais à
medida que os participantes buscam solucionar um problema.
Na Discussão em Grupo cada participante partilha a sua visão do caso, explica as suas opções
e defende-as fase às perspetivas dos seus colegas, enriquecendo assim a sua visão da situação
em causa. Por fim em discussão plenária o professor procura orientar a discussão para os aspetos
centrais do caso e ligando a teorias relevantes.
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Isto é feito com o objetivo de não só de resolver os problemas enfrentados pelo decisor, mas
também para aprender a resolver problemas, ganhando experiência repetida na resolução de
problemas da vida real através da análise e discussão de uma variedade de casos.
A dramatização permite também uma utilização variada, sobretudo na formação das chefias e
na transmissão de técnicas de relações humanas.
5 Bibliografía
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