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IMPOSTO SOBRE O

RENDIMENTO DAS
IRC

PESSOAS COLECTIVAS
(IRC)
OBJECTIVO
Descrever, interpretar e
IRC

aplicar os conceitos afectos


ao imposto sobre o
rendimento das pessoas
colectivas (IRC).
Índice
1. INTRODUÇÃO
1. Aprovação e características do IRC
2. Formas de tributação
3. Mecânica do imposto
IRC

2. INCIDÊNCIA
1. Pressupostos do imposto
2. Sujeitos passivos
3. Base do imposto
4. Âmbito espacial do imposto
5. Domicilio fiscal
6. Regime de transparência fiscal
7. Período de tributação

3. ISENÇÕES
IRC

1. Isenções
2. Consequências dos regimes de isenção

4. DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLECTÁVEL


1. Definição da matéria colectável
1. Métodos de determinação
2.Pessoas colectivas que não exerçam a
título principal
2.Pessoas colectivas que exerçam a título
IRC

principal
1.Regras gerais
4.2.2Valorimetria das existências
3. Depreciações e
amortizações
4. Imparidades
5. Regime de outros encargos
6. Regime das mais valias e menos valias
7.Atenuação da dupla tributação
económica
IRC

8. Deduções ao lucro tributável


9.Regime simplificado de determinação do
Lucro Tributável
5. LIQUIDAÇÕES E PAGAMENTO DE IRC
1. Liquidação do IRC
1. Taxas de IRC
IRC

2. Deduções à colecta
3. Derrama
4. Retenção na fonte
2. Pagamento de IRC
1. Pagamentos por conta
2. Reembolso de IRC
IRC
1.1 Aprovação do
CIRC
Decreto-Lei nº442-B/88, de 30.11
Última versão:

Decreto-Lei nº259/2009, de 13.07


IRC

alterado pela

Lei 3-B/2010, de 28.04


1.1 Características do
IRC
O IRC incide sobre os rendimentos
obtidos pelas pessoas colectivas.
-Imposto directo: incide directamente sobre os
IRC

rendimentos obtidos
-Imposto periódico: tributa situações ou actividades
que duram no tempo, dando origem a liquidações
periódicas.
-Imposto proporcional – taxa única: colecta de
imposto proporcional à matéria colectável
1.2 Formas de Tributação

Lei da Reforma Fiscal


Lei n.º30-G/2000, de 29.12

Regime Geral
IRC

(de acordo com o princípio da tributação dos rendimentos reais)

Regime Simplificado
(de acordo com o princípio da tributação dos rendimentos presumidos)
1.2 Mecânica do Imposto
Incidência Regime Geral Declaração de
Rendimento Cálculo do IRC
Real ou Contabilidade s Mod. 22
Res. Contabilístico (LC ouPC)
+
Pessoal
Variações Patrimoniais Quadro 07
Positivas e Negativas Apurament
Correcções Fiscais (CF) LT=LC +/- CF
o LT / PF
Lucro Tributável (LT)
Determinaç
IRC

ã o da Dedução dos Prejuízos Fiscais


Matéria Anteriores (Pfa) e/ou Quadro 09
Colectável Apurament MC=LT-
Benefícios Ficais (BF) (BF+Pfa)
o MC
Matéria Colectável (MC)
Taxa (T)
Taxa Quadro 09
Colecta (C)
Deduções à Colecta (DC) Cálculo C=MCxT
Retenções na Fonte (RF) do
Liquidação Pagamentos por Conta (PC) Imposto IRC=C-
IRC a pagar ou recuperar (DC+RF+PC)
1.3 Mecânica do Imposto
Incidência
Regime Simplificado Cálculo do IRC
Real ou Contabilidade (Vol. Proveitos)
Lucro Presumido (LP)
Pessoal
Apl.de Indicadores ou, na ausência deles
Aplicação de Coeficientes ao Valor das Vendas LT= LP x Coef.
Lucro Tributável (LT)
Determinaç
IRC

ã o da Dedução dos Prejuízos Fiscais Anteriores ao


Matéria inicio da Apl. Do Regime (Pfa): Nunca
Colectável MC=LT-
podendo LT<6.250,00
Matéria Colectável (MC) (Pfa)

Taxa (T) – 20%


Taxa
Colecta (C)
C=MCxT
Retenções na Fonte (RF)
Liquidação Pagamentos por Conta (PC) IRC=C-
IRC a pagar: mínimo 1.250,00 (6.250 x 20%) (RF+PC)
2.1 Pressupostos do
Imposto
Artigo 1.º
O imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC)
incide sobre os rendimentos obtidos, mesmo quando
provenientes de actos ilícitos, no período de tributação,
pelos respectivos sujeitos passivos, nos termos deste Código.
IRC

SUBJECTIVO: titulares do rendimento


Conjugaçã
o OBJECTIVO: obtenção do rendimento
Simultânea
TEMPORAL: período de tributação
2.2 Sujeitos Passivos

Artigo 2.º
Pessoa ou entidade sobre quem é susceptível de recair
o dever de cumprir uma obrigação de natureza tributária.
ENTIDADES RESIDENTES
IRC

(com sede ou direcção efectiva em território português)

Com personalidade jurídica Sem personalidade jurídica


(Soc. Comerciais, Soc. Civis sobre (Heranças jacentes, Assoc. e Soc.
forma comercial, Cooperativas, Civis sem pers. jurídica e Soc. sem
Empresas Públicas, Outras…) registo definitivo)

ENTIDADES NÃO RESIDENTES


(com sede ou direcção efectiva em território estrangeiro)
2.2 Base do Imposto (art.º 3º)
(incidência real ou objectiva)

SUJEITOS BASE DO

PASSIVOS IMPOSTO
Exerçam a título principal uma actividade de Lucro
natureza comercial, industrial ou agrícola
IRC

RESIDENTES
Não exerçam a título principal uma actividade Rendimento
de natureza comercial, industrial ou agrícola Global

Com estabelecimento estável Lucro

NÃO RESIDENTES Sem estabelecimento estável, ou com


Rendimento
rendimentos que não lhe sejam
(Cat. IRS)
imputáveis.
2.2 Âmbito espacial do Imposto
(art.º 4º)

Aplicação da Lei no Espaço

PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE
IRC

As leis tributárias de um Estado são as únicas que se aplicam no território desses


Estado e só se aplicam nesse território

Territorialidade Real Territorialidade Pessoal


Elementos reais ou objectivos Elementos pessoais ou subjectivos
(localização dos bens ou (residência, domicílio)
rendimentos)
2.2 Âmbito espacial do
Imposto (art.º 4º)

Elementos de conexão da territorialidade do


rendimento
IRC

De carácter real De carácter pessoal


Origem ou fonte de rendimentos nacionalidade / residência
(elemento de conexão relevante)

A tributação deve-se fazer


Elemento Residentes são
no Estado donde os
não sujeitos a imposto
rendimentos são
relevante por obrigação real e
provenientes
ilimitada
2.2 Âmbito espacial do
Imposto (art.º 4º)
MODELO COMUM DE TRIBUTAÇÃO
SUJEITOS NATUREZA DA ÂMBITO DA
OBRIGAÇÃO SUJEIÇÃO
PASSIVOS
IRC

O IRC incide sobre a


Obrigação
totalidade dos rendimentos
Residentes pessoal
incluindo os obtidos fora
ou
do território português
ilimitada
Obrigação O IRC incide apenas sobre
Não Residentes real ou os rendimentos obtidos em
limitada território português
2.2 Âmbito espacial do Imposto
(art.º 4º)

RENDIMENTOS CONSIDERADOS COMO


OBTIDOS EM TERRITÓRIO NACIONAL
Provenientes de:
IRC

-Imóveis situados em território português, incluindo os ganhos


resultantes da sua transmissão onerosa;
- transmissão onerosa de participações de capital e outros
valores mobiliários

Imputáveis a estabelecimento estável em território


nacional

Derivados do exercício de actividades de profissionais de


espectáculos ou desportivas
2.5 Domicílio
Fiscal
Domicílio Fiscal

RESIDENTES NÃO RESIDENTES


IRC

Coincide com o domicilio social Com estabelecimento estável


da pessoa colectiva, seja ela o - O próprio
local da sede ou da direcção Sem estabelecimento estável
efectiva. - O representante (art.º
126º)
2.6 Estabelecimento Estável (art.º
5º)
Qualquer instalação fixa através da qual seja exercida uma
actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(desde que situados em território português)
Incluem-se:
Local de direcção
IRC

Sucursal
Escritório
Fabrica
Oficina
(…)
Permite apurar se uma entidade deve ou não ser tributada em
Portugal, bem como a repartição de finanças competente onde
deve cumprir as suas obrigações fiscais.
2.6 Regime de transparência fiscal
(art.º 6º)
-Neutralidade Fiscal
OBJECTIVOS - Combate à Evasão Fiscal
-- Eliminação da Dupla Tributação

OBRIGATORIEDAD -Sociedades
- Agrupamentos
IRC

E DO REGIME

IMPUTAÇÃO AOS Matéria -Soc. Civis s/ forma comercial


SÓCIOS / Colectável - Soc. Profissionais
MEMBROS - Soc. Simples Adm. de Bens

Acrescer / Deduzir
ao LT na Lucro / Prejuízo ACE e AEIE
L205/L227 do Q7
da DM 22
2.7 Período de
Tributação(art.º 8º)
REGRA: O IRC é devido por cada exercício
económico, que coincidirá com o ano civil.

EXCEPÇÕES:
IRC

-As entidades não residentes


-Rendimentos não imputáveis a estabelecimento
estável
-Mediante autorização do Ministro das Finanças
-Período inferior ou superior nos casos previstos no
art.º 8.º.
3. Não Incidência / Isenção
“A não incidência ocorre nas hipóteses em que não se
verificam as condições de facto previstas na lei tributaria
como fundamento de imposição, de modo que não chega a
surgir contra o contribuinte a obrigação tributaria."

"A isenção, ao contrario, pressupõe a incidência: é o favor


IRC

legal pelo qual o contribuinte, que se encontra na situação


de ter de pagar um tributo na forma da lei tributaria,
entretanto é dispensado desse pagamento por
disposição expressa na uma ditada par
lei,
conveniência social ou económica
consideração
e relacionada
de seja com a
própria pessoa do contribuinte (isenção subjectiva), seja com
a natureza dos bens ou das operações sujeitas a tributação
(isenção objectiva)."
3.1 Isenções
Para alem dos benefícios fiscais previstos no EBF, estão consagradas no
CIRC, as seguintes isenções:
-O Estado, as Regiões Autónomas e Autarquias, instituições de
Segurança Social e Previdência (isenção automática) (artigo 9.º)
-Pessoas colectivas de utilidade publica administrativa, IPSS e pessoas
colectivas de Mera utilidade publica (isenção definida per despacho)
IRC

(artigo 10.º)
-Associações legalmente constituídas para a exercício de actividades
culturais, recreativas e desportivas (artigo 11.º)
-As sociedades a que seja aplicável o regime de transparência fiscal
(artigo 12.°) — Salvo quanto as tributações autónomas
-Lucros realizados por entidades não residentes provenientes da
exploração de navios e aeronaves (artigo 13.º)
3.2 Consequências dos
Regimes de Isenção
O Reporte de Prejuízos [art.º 52 nº 5]
Havendo isenção parcial ou redução de IRC, o contribuinte não pode fazer
reflectir na determinação do LT da actividade não isenta, os prejuízos apuradas na
actividade abrangida pelo beneficio.
Reg. Especial de Tributação dos Grupos de Soc. [art.° 69° n.°3 e 4]
Se houver alguma sociedade em relação à qual se verifique uma isenção total ou
IRC

parcial, já não é possível a opção pelo regime especial de tributação dos grupos
de sociedades, a menos que a sociedade renuncie ao beneficio [art.º 14 nº8 EBF].
Fica, no entanto, excluída esta possibilidade se o beneficio for automático.
Obrigações Contabilísticas [art.º 17º n.º 3 al. b)]
As entidades residentes, tributadas pelo lucro, devem organizar a contabilidade
de modo a que os resultados das operações e variações patrimoniais sujeitas ao
regime geral do IRC possam claramente distinguir-se das restantes. O
cumprimento da obrigação de dispor de contabilidade funciona, muitas vezes,
coma condição da própria isenção [Ex.: art.° 11° n.° 2 al. b)].
Definição da Matéria
Colectável (art.º 15º)
ENTIDADES
RESIDENTES NÃO
RESIDENTES

Exerce a titulo principal


sim sim Com estabelecimento não
não a actividade comercial,
estável?
Industrial ou agrícola?
IRC

Rendimento Global (IRS) Lucro Tributável Rendimento (Regras IRS)


(art.º 53) (art.º 17, 55 ou 58) (art.º 56)

(-) Custos Comuns (-) Prejuízos Fiscais


(art.º 54) (art.º 52)
(-) Benefícios Fiscais (-) Benefícios Fiscais

(=) Matéria Colectável


4.1.1 Métodos da
Determinação da Matéria
Colectável
REGRA MÉTODO
IRC

Geral Com base na declaração de rendimentos

Supletiva Pela DGCI (na falta de declaração)

Excepcional Por métodos indirectos (art. 87 a 89.° da


LGT)
4.1.2 Pessoas colectivas e outras entidades
que não exerçam a título
principal actividade comercial, industrial
ou agrícola

MATÉRIA COLECTÁVEL:
Rendimento global
(determinado nos termos do artigo 53.° CIRC)
IRC

-
Custos comuns e outros imputáveis aos
rendimentos sujeitos e não isentos,
(nos termos do art.º 54.° CIRC)
-
Benefícios fiscais
(eventualmente existentes que
consistam em deduções
naquele rendimento)
Associação
IRC

Recreativa
0 "Clube Amantes da Boa Vida” é uma associação recreativa e de lazer, onde se
praticam algumas modalidades desportivas nomeadamente ginástica, danças de
salão, artes marciais.
Possui nas suas instalações um pequeno bar que explora.
No ano de 2005 obteve os rendimentos a suportou os custos que a
seguir se discriminam:
IRC

Rendimentos Brutos: Custos específicos:


Ginástica: 25.000 € Custo das Act. Desportivas: 65.000 €
Danças de Salão: 30.000 € Custo do Bar: 9.000 €
Artes Marciais: 5.500 € Custos Comuns: 7.000 €
Outras Act. Desportivas: 15.000 €
Bar: 12.000 €

Determine a Matéria Colectável de IRC e a montante de imposto a pagar.


-A entidade a sujeito passivo do imposto par force no disposto no art.°
20 n.° 1 al. a) do CIRC.

-O IRC incide sobre o rendimento global, correspondente à soma


algébrica dos rendimentos das diversas categorias consideradas para
efeitos de IRS — al. b) n.° 1 art.° 3°) do CIRC.
IRC

-Estão isentos de IRC os rendimentos directamente derivados do


exercício de actividades culturais, recreativas e desportivas (n.º 1 art.°
11º do CIRC), pelo que os rendimentos da ginástica, danças de salão,
artes marciais e outras actividades desportivas estão isentas.

-No entanto, os rendimentos do bar não estão isentos por forca do art.°
11º n.° 3.

-Determinação do rendimento global — soma algébrica dos


rendimentos líquidos das diversas categorias art.° 53º n.º 1 do CIRC
Rendimento Bruto do Bar 12.000,00
Custos do Bar 9.000,00
Rendimento Líquido 3.000,00
Custos Comuns -960,00 (a)
Matéria Colectável de IRC 2.040,00
(a):
87.500 7.000
12.000 x
X = 960,00 [al. B) n.º1 + n.º2 art.º 49º
IRC

-Se eventualmente os rendimentos brutos do bar não excedessem os


7.481,97 €, esses rendimentos estariam isentos nos termos do n.º1
art.º54º do EBF.

-A taxa a aplicar será de 20% de harmonia com o disposto no n.°5º art.º


87º do CIRC.

-Imposto a pagar: 2.040,00 € x 20% = 408,00 €


CLUBE
IRC

DESPORTIVO
O clube de futebol, o “Ás da Bola", desenvolve a sua actividade
desportiva possuindo para o efeito um campo de futebol onde jogam e
treinam diversas equipas de futebol juvenil e infantil (desporto amador).

Paralelamente esta actividade obtém receitas de um pequeno bar que


explora directamente, publicidade no campo de futebol e aluguer de
espaço para colocação de antenas de telemóveis. Começou ainda a
IRC

funcionar no ano de 2005, durante os fins de semana, uma sala de bingo.

Dado o interesse do trabalho comunitário desenvolvido recebeu ainda da


Câmara Municipal, da sua área, um subsidio de apoio à equipa de
futebol, bem como diversos donativos.

Os valores evidenciados pela contabilidade relativamente as ano de 2010


foram:
Receitas: (em euros)
Actividade desportiva 123.732,23 €
Receitas do Bingo 4.763,52 €
Publicidade 5.985,57 €
Bar 17.507,81 €
Donativos 2.373,00 €
Aluguer espaço 14.963,94 €
Subsídios 24.939,89 €

Custos: (em euros)


IRC

Actividade desportiva 129.432,78 €


Bingo 4.129,31 €
Bar 12.545,56€

Pretende-se:
- Cálculo do IRC, a pagar ou a recuperar;
- Cálculo dos "Pag. por Conta" a efectuar durante o ano de 2010.
•Sujeito passivo do imposto por força no disposto no al. a) n.º 1 art.º 2º
do CIRC.
•O IRC incide sobre o rendimento global, correspondente a soma
algébrica dos rendimentos das diversas categorias consideradas para
efeitos de IRS — art.º 3º n.º1 al. b)do CIRC.
•Estão isentos de IRC, os rendimentos directamente derivados do
exercício de actividades culturais, recreativas e desportivas (n.º1 art.º
IRC

11º do CIRC), e estão excluídos da incidência os donativos (al. b) n.º 1


art.º 3º). Assim, apenas os rendimentos da actividade desportiva estão
isentos.
•No entanto, os rendimentos da publicidade, do bar e aluguer de espaço
das antenas não estão isentos por forca do n.º 3 do referido art.º 11º.
•Relativamente aos subsídios os mesmos são considerados rendimentos
não sujeitos a IRC, nos termos do n.º3 art.º 54º do CIRC.
•Determinação do rendimento global — Soma algébrica dos rendimentos
líquidos das diversas categorias (n.º 1 art.º 53º do CIRC)
Act. Desportiva Isento
Publicidade Rend. Bruto 5.985,57
Ded. Específica -
5.985,57 Rend. Líquido Cat. B
Bar Rend. Bruto 17.507,81
Ded. Específica - 12.545,56
IRC

4.962,25 Rend. Líquido Cat. B


Aluguer Rend. Bruto 14.963,94
Ded. Específica
14.963,94 Rend. Líquido Cat. F
Bingo Rend. Bruto 4.763,52
Ded. Específica - 4.129,31
634,21 Rend. Líquido Cat. G
RENDIMENTO GLOBAL 26.545,97
Uma vez que estamos em presença de um clube desportiva, há Lugar ao
beneficio previsto no art.º 54° n.º 2 do EBF.

"as importâncias investidas pelos clubes desportivos em novas infra-


IRC

estruturas ou por ele despendidas em actividades desportivas de


recreação e no desporto de rendimento, não provenientes de subsídios,

podem ser deduzidas ao rendimento global ate ao limite de 90% da


soma algébrica dos rendimentos líquidos previstos no n.º 3 do art.º 11º
do CIRC, sendo o eventual excesso deduzido até ao final do segundo
exercício seguinte ao do investimento".
Assim Teremos:

Rendimento Global 26.545,97


Benefício Fiscal (art.º 54º EBF) 23.891,37 (*)
Matéria colectável 2.654,60

(*)
IRC

Custos em actividades desportivas não provenientes de


subsídios (129.432,78 – 24.939,89= 104.492,89)

Deduzidos com limite de


(26.545,97 x 90% = 23.891,37)

Assim, deduzirá até à concorrência, podendo o excesso ser


deduzido até ao final do 2º exercício seguinte ao
investimento.
A taxa a aplicar será de 20% de harmonia com o disposto
no nº 5 art. 87º do CIRC.

Imposto a pagar: € 2.654,60 x 20% = € 530,92

Não há lugar a Pagamentos por Conta , uma vez que não


IRC

exerce a título principal uma actividade de natureza


comercial, industrial ou agrícola (nº 1 art.º 104º do CIRC a
contrário)

Comparando o exercício anterior (colectividades de cultura


e recreio) e o presente exercício (clube desportivo), qual é
que acha que sai mais beneficiado?

R: O clube desportivo por força do art.º 54º n.º 2 EBF


4.2 Pessoas colectivas e outras entidades
que exerçam a título principal act.
comercial, industrial ou agrícola

Matéria Colectável:

Lucro Tributável
(determinado nos termos dos artigos 17º e seguintes)
IRC

Prejuízos Fiscais
(nos termos do art.º 52º)

Benefícios Fiscais
(eventualmente existentes que consistam em deduções
naquele lucro)
4.2 Pessoas colectivas e outra entidades que exerçam a
título principal a act. comercial,
industrial ou agrícola
Regras Gerais

Artigo 17º Determinação do lucro tributável


Artigo Periodização do lucro tributável
18º Obras de carácter plurianual
Artigo 19º Proveitos e ganhos
IRC

Artigo Variações patrimoniais positivas


20º Subsídios não destinados à exploração
Artigo 21º Custos e perdas
Artigo Variações patrimoniais negativas
22º Relocação financeira e venda com locação
Artigo 23º de retoma
Artigo
24º
Artigo 25º
4.2.1 REGRAS
GERAIS

DETERMINAÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL


(art.º 17º)

Q 7 DM 22

Resultado contabilístico (art.º 17º nº3)


IRC

+ Variações patrimoniais positivas (art.º 21.º)


-Variações patrimoniais negativas (art.º 24.º)
+ custos e perdas não aceites fiscalmente
-Proveitos e ganhos não aceites fiscalmente

= LUCRO TRIBUTÁVEL
IRC
IRC
IRC
4.2.1 REGRAS
GERAIS
PERIODIZAÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL
(art.º 18º)

Princípio da Especialização Económica dos Exercícios


Custos e Proveitos de exercícios anteriores
(6881 e 7881 do SNC)
IRC

São
Sim imprevisíveis ou
Não
Aceites no exercício em manifestamente
que foram contabilizados desconhecidos Não aceites no exercício que
foram contabilizados, mas
sim no exercício a que dizem
respeito (correcções dos
serviços de fiscalização)
4.2.1 REGRAS
GERAIS
OBRAS DE CARÁCTER PLURIANUAL
(art.º 18 N.º5 + art.º 19º)

A determinação de resultados em relação a obras cujo ciclo


de produção ou de construção seja superior a um ano,
poderá ser efectuada segundo o seguinte critério:
IRC

CRITÉRIO DA PERCENTAGEM DE
ACABAMENTO (art.º 19º)
4.2.1 REGRAS
GERAIS
OBRAS DE CARÁCTER PLURIANUAL
( art.º 19º)

CRITÉRIO DA PERCENTAGEM DE ACABAMENTO (art.º 19º )


IRC

Grau de acabamento = custos incorridos x 100


custos incorridos + custos estimados para concluir

Método obrigatório para todas as obras de carácter plurianual!


Obras de carácter plurianual (exemplo)

Uma empresa a que foi adjudicada uma obra em regime


de empreitada em 20.11.2010 para a instalação de um
equipamento pelo valor da venda de 45.000€ e Custos
Totais Estimados de 25.000€ no final do ano 2010
apresentava os seguintes registos contabilísticos:
IRC

Custos incorridos: 15.000 €


Facturação emitida: 31.500 €

Grau de acabamento: 15.000/25.000 = 60%


Percentagem de facturação: 31.500/45.000 = 70%
Obras de carácter plurianual (exemplo)

Grau de acabamento: 60%


Percentagem de facturação: 70% 70%> 60%
Proveitos do Exercício 45.000 x 60% = 27.000
Aplicação do n.º 10 da circular 5/90 de 17.01.90
(custos de garantia)
Para fazer face aos custos a suportar durante o
período de garantia poderá considerar-se como
receita antecipada uma quantia correspondente a
IRC

5% dos valores considerados como proveitos


relativamente àquela obra.
27.000 – (27.000 x 5%) = 25.650

Custos do Exercício 25.000 x 60% = 15.000


Resultado do Exercício 25.650 - 15.000 = 10.650
Garantia: 27.000,0 – 25.650,0 = 1.350,0
Acréscimo e Facturado não executado: 31.500,0 – 27.000,0 = 4.500,0
Proveitos diferidos = 5.850,0
Diferimentos
OBRAS DE CARÁCTER
PLURIANUAL
IRC
EXERCÍCIO
Nº 3
A sociedade “Só Constrói, Lda. “ formalizou, na
qualidades de empreiteiro, a construção de um edifício no
valor total de 1.2000.000,00, cujo custo total estimado é
de 700.000,00.

Considerando a seguinte informação (em Euros):


IRC

Ano n Ano n + 1 Ano n +2


Custos acumulados 245.000,00 546.000,00 7000.000,00

Facturação acumulada 480.000,00 540.000,00 1.200.000,0

Quais os resultados a reconhecer em cada um dos anos, pela referida


sociedade, considerando o método percentagem de acabamento?
EXERCÍCIO
Nº 4
CRITÉRIO DA PERCENTAGEM DE ACABAMENTO
Em cada exercício a parte dos custos e proveitos a incluir no resultado
depende da relação entre a percentagem de facturação e o grau de
acabamento.
% de facturação = Montante facturado no exercício sem revisão de preços x 100
Preço inicial estabelecido para a obra

% de facturação = Custos incorporados x 100 Custos


IRC

incorporados + custos estimados p/ conclusão

Ano n Ano n+1 Ano n+2

Grau de acabamento 245.000 = 35% 546.000 = 78% 700.000 = 100%


245.000 + 455.000 546.000 + 154.000 700.000

% de Facturação 480.000 = 40% 540.000 = 45% 1.200.000 = 100%


1.200.000 1.200.000 1.200.000

Facilmente se verificou que o resultado da empreitada é de 500.00,00.


O problema que se coloca é distribuí-lo pelos anos n, n+1, n+2 respeitando o
Princípio da Especialização dos Exercícios.
4.2.1 REGRAS
GERAIS

MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL


(art.º 18º n.º8 CIRC)

Os rendimentos e assim como quaisquer outras


variações patrimoniais,
gastos, relevados na contabilidade em
IRC

consequência da utilização do método da equivalência


patrimonial não concorrem para a determinação do lucro
tributável, devendo os rendimentos provenientes dos lucros
distribuídos ser imputados ao período de tributação em que
se adquire o direito aos mesmos.
4.2.1 REGRAS GERAIS
RENDIMENTOS
(art.º 20º CIRC)

Consideram-se rendimentos os resultantes de operações de


qualquer natureza, em consequência de uma acção normal ou
ocasional, básica ou meramente acessória, nomeadamente:
a) Os relativos a vendas ou prestações de serviços, descontos, bónus e
abatimentos, comissões e corretagens;
b) Rendimentos de imóveis;
c) De natureza financeira, tais como juros, dividendos, descontos, ágios,
IRC

transferências, diferenças de câmbio, prémios de emissão de obrigações e os


resultantes da aplicação do método do juro efectivo aos instrumentos
financeiros valorizados pelo custo amortizado;
d) Rendimentos da propriedade industrial ou outros análogos;
e) Prestações de serviços de carácter científico ou técnico;
f) Rendimentos resultantes da aplicação do justo valor em
instrumentos financeiros;
g) Rendimentos resultantes da aplicação do justo valor em activos biológicos
consumíveis que não sejam explorações silvícolas plurianuais;
h) Mais-valias realizadas;
i) Indemnizações auferidas, seja a que título for;
j) Subsídios à exploração.
4.2.1 REGRAS GERAIS
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS POSITIVAS
(art.º 21º CIRC)

Concorrem ainda para a formação do lucro tributável as


variações patrimoniais positivas não reflectidas no resultado
líquido do período de tributação, excepto:

a) As entradas de capital, incluindo os prémios de emissão de acções, as coberturas


de prejuízos, a qualquer título, feitas pelos titulares do capital, bem como outras
IRC

variações patrimoniais positivas que decorram de operações sobre instrumentos


de capital próprio da entidade emitente, incluindo as que resultem da atribuição
de instrumentos financeiros derivados que devam ser reconhecidos como
instrumentos de capital próprio;
b) As mais-valias potenciais ou latentes, ainda que expressas na contabilidade,
incluindo as reservas de reavaliação ao abrigo de legislação de carácter fiscal;
c) As contribuições, incluindo a participação nas perdas do associado ao associante,
no âmbito da associação em participação e da associação à quota;
d) As relativas a impostos sobre o rendimento.

EXEMPLO: Alienação de acções e quotas próprias no exercício [L202 Q7 da DM 22]


4.2.1 REGRAS GERAIS
SUBSÍDIOS RELAC. COM ACTIVOS NÃO CORRENTES
(art.º 22º CIRC)
Subsídio
Não destinado à Exploração Destinado à Exploração
[art.22º] [art.20º n.º1 al. j)]

Para elementos não Para elementos


amortizáveis amortizáveis
IRC

Alienáveis Não Alienáveis

Incluído no Incluído no lucro Incluído no lucro Proveito a incluir


lucro tributável em tributável no RL do ano
tributável fracções iguais durante o em que é
durante 10 durante o período de vida recebido
anos período de não útil, conforme as
alienação amortizações
4.2.1 REGRAS GERAIS
SUBSÍDIOS RELAC. COM ACTIVOS NÃO CORRENTES
(art.º 22º CIRC)

Exemplo:

Uma empresa com sede em território português que fabrica


mobiliário de escritório adquiriu em 31.12.2010 uma máquina
por 30.000 €. Para este equipamento foi atribuído um subsídio a
fundo perdido no valor de 20.000 €.
IRC

- O equipamento entrou em funcionamento no ano n+1.

- A empresa utiliza o método das quotas constantes.

-A taxa de reintegração é de 20% [DR 25/2009]

Qual a parte do Subsídio a incluir no Lucro Tributável?


4.2.1 REGRAS GERAIS
SUBSÍDIOS RELAC. COM ACTIVOS NÃO CORRENTES
(art.º 22º CIRC)

Exemplo:

Uma empresa com sede em território português que fabrica


mobiliário de escritório adquiriu em 31.12.2010 uma máquina
por 30.000 €. Para este equipamento foi atribuído um subsídio a
fundo perdido no valor de 20.000 €.
IRC

- O equipamento entrou em funcionamento no ano n+1.

- A empresa utiliza o método das quotas constantes.

-A taxa de reintegração é de 20% [DR 2/90]

Qual a parte do Subsídio a incluir no Lucro Tributável?


4.2.1 REGRAS GERAIS
SUBSÍDIOS RELAC. COM ACTIVOS NÃO CORRENTES
(art.º 22º CIRC)

Exemplo:

A empresa “Venha Mais Um, Lda” recebeu, em 2010, um


subsídio para a criação de 3 postos de trabalho no montante de
IRC

20.000€, com a condição de manter esses postos de trabalho


durante 4 anos.

Qual a parte do Subsídio a incluir no Lucro Tributável?


4.2.1 REGRAS GERAIS
SUBSÍDIOS RELAC. COM ACTIVOS NÃO CORRENTES
(art.º 22º CIRC)

EXERCÍCIO #1
IRC
4.2.1 REGRAS GERAIS
GASTOS
(art.º 23º CIRC)

Critério da indispensabilidade:
-Os relativos à produção ou aquisição de quaisquer bens
ou serviços
- Os relativos à distribuição e venda
- De natureza financeira
- De natureza administrativa
IRC

- Os relativos a análises, racionalização, investigação e consulta


- De natureza fiscal e parafiscal
- Depreciações e amortizações
- Ajustamentos em inventários, perdas por imparidade e provisões
-Gastos resultantes da aplicação do justo valor em instrumentos
financeiros
- Menos-valias realizadas
-Indemnizações resultantes de eventos cujo risco não
seja segurável.
4.2.1 REGRAS GERAIS
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS NEGATIVAS
(art.º 24º CIRC)

Concorrem para a formação do lucro tributável as variações


patrimoniais negativas não reflectidas no resultado líquido do
período de tributação, excepto as definidas nas alíneas a) a e)
do art. 24º do CIRC.

EXEMPLO:
IRC

As gratificações e outras remunerações do trabalho de membros


de Órgãos e trabalhadores da empresa, a titulo de participação nos
resultados nos exercícios, desde que colocadas a disposição dos
beneficiários até ao fim do exercício.
4.2.2 VALORIMETRIA DE EXISTÊNCIAS
INVENTÁRIOS
(art.º 26º CIRC)

Para efeitos da determinação do lucro tributável, os rendimentos


e gastos dos inventários são os que resultam da aplicação de
métodos que utilizem:

- Custos de aquisição ou de produção;


- Custos padrões apurados de acordo com técnicas contabilísticas adequadas;
IRC

- Preços de venda deduzidos da margem normal de lucro;


-Preços de venda dos produtos colhidos de activos biológicos no momento da
colheita, deduzidos dos custos estimados no ponto de venda, excluindo os de
transporte e outros necessários para colocar os produtos no mercado;
- Valorimetrias especiais para os inventários tidos por básicos ou normais.

Os critérios valorimétricos adoptados devem ser uniformemente seguidos


em sucessivos exercícios (n.º1 art.º 27º)
4.2.3 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
PRINCIPIOS E MÉTODOS

- Termos genéricos
CIRC – Secção II - Subsecção III – art.º 29º a 34º
IRC

-Desenvolvimento Técnico do Regime


Decreto Regulamentar 25/2009
4.2.3 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
ELEMENTOS DEPRECIÁVEIS OU AMORTIZÁVEIS
(art.º 29º CIRC)

São aceites como gastos as depreciações e amortizações de


elementos do activo sujeitos a deperecimento, considerando-se
como tais os activos fixos tangíveis, os activos intangíveis e as
propriedades de investimento contabilizadas ao custo histórico
que, com carácter sistemático, sofram perdas de valor
resultantes da sua utilização ou do decurso do tempo.
IRC

ACTIVOS FIXOS
- Tangíveis (depreciações 438)

- Intangíveis (amortizações 448)

- (Propriedades de Investimento 428)


4.2.3 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
MÉTODOS DE CÁLCULO
(art.º 30º CIRC + art.º4º do DR 25/2009)

Casos Método Condições

GERAL Quotas Constantes -----


IRC

Excepto elementos adquiridos


em estado de uso, edifícios,
OPÇÃO Quotas Degressivas viaturas, mobiliário, …

Quando a natureza do
EXCEPÇÃO Outros deperecimento ou da
actividade justifique
4.2.3 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
PROJECTOS DE DESENVOLVIMENTO
(art.º 32º CIRC)

As despesas com projectos de desenvolvimento podem ser


consideradas como gasto fiscal no período de tributação em que
sejam suportadas.

As despesas de desenvolvimento têm de ser feitas no interesse


IRC

da empresa para serem aceites como custo

Excluem-se as despesas resultantes de trabalhos de investigação


efectuados por outrem mediante contrato.
4.2.3 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
ELEMENTOS DE REDUZIDO VALOR
(art.º 33º CIRC)

Relativamente a elementos do activo sujeitos a deperecimento


cujos custos unitários não ultrapassem € 1.000, é aceite a
dedução, no período de tributação do respectivo custo de
IRC

aquisição ou de produção, excepto quando façam parte


integrante de um conjunto que deva ser
depreciado ou amortizado como um todo.
de

elementos
4.2.3 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
GASTOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS FISCAIS
(art.º 34º CIRC)

Existem depreciações e amortizações que mesmo que praticadas


pela empresa no âmbito da sua gestão não são consideradas
como custos para efeitos fiscais:
IRC

Valores a acrescentar ao LT no C 207 do Q7 da DM 22


4.2.3 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
GASTOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS FISCAIS
(art.º 34º CIRC)

Não são aceites como gastos:


a) As depreciações e amortizações de elementos do activo não
sujeitos a deperecimento;
IRC

Exemplo:
Amortização de um Terreno: 500,00 €

Correcção Fiscal:
500,00 € no C207 do Q7 da DM 22
4.2.3 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
GASTOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS FISCAIS
(art.º 34º CIRC)

Não são aceites como gastos:


 b) As depreciações de imóveis na parte correspondente ao
valor dos terrenos ou na não sujeita a deperecimento;
Exemplo:
IRC

 Complexo administrativo Ano de


aquisição: 1986 Custo de
aquisição: 50.000 €
 Amortização do exercício: 1.000

 Correcção Fiscal: (n.º 3 do art.º 10º do DR 25/2009)


Valor fiscal do Terreno: 50.000 € x 25% = 12.500 €
Valor fiscal do Edifício: 50.000 € x 75% = 37.500 €

 Depreciação fiscal: 37.500 € x 2% = 750 €


Depreciação praticada: 50.000 € x2% = 1.000 €
4.2.3 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
GASTOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS FISCAIS
(art.º 34º CIRC)

Não são aceites como gastos:


c) As depreciações e amortizações que excedam os
limites estabelecidos nos artigos anteriores;
IRC

Exemplo:
Valor de Aquisição: 1.000 €
Taxa DR 25/2009: 12,5 %
Quota máxima permitida: 125€
Amortização praticada: 150 €

Correcção Fiscal:
25 € no C207 do Q7 da DM 22
4.2.3 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
GASTOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS FISCAIS
(art.º 34º CIRC)

Não são aceites como gastos:


d) As depreciações e amortizações praticadas para além do
período máximo de vida útil, ressalvando-se os casos especiais
devidamente justificados e aceites pela Direcção-Geral dos
Impostos;
IRC

0 período máximo de vida útil corresponde ao dobro do período


mínimo de vida útil, sendo este o que deriva das taxas
máximas das tabelas.
Exemplo:
Amortização de uma Viatura no 10º ano de vida: 1.000 €

Correcção Fiscal:
1.000 € no C207 do Q7 da DM 22
4.2.3 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
GASTOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS FISCAIS
(art.º 34º CIRC)

Não são aceites como gastos:


e) As depreciações das viaturas ligeiras de passageiros ou
mistas, incluindo os veículos eléctricos, na parte
correspondente ao custo de aquisição ou ao
valor € (Portaria
reavaliação excedente de 40.000 de n.º 467/2010)
IRC

Exemplo:
Amortização de uma viatura ligeira de passageiros:
Valor de Aquisição (em 2010): 50.000 €
Depreciação praticada: 50.000 € x 25% = 12.500 €
Depreciação aceite fiscalmente: 40.000 € x 25% =
10.000 €

Correcção Fiscal:
2.500 € no C207 do Q7 da DM 22
4.2.3 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
GASTOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS FISCAIS
(art.º 34º CIRC)
Não são aceites como gastos:
e) As depreciações das viaturas ligeiras de passageiros:
Portaria n.º 467/2010
Artigo 1.º
Custo de aquisição ou valor de reavaliação de veículos

1- Para as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas no período de tributação


IRC

iniciado em 1 de Janeiro de 2010 ou após essa data, o montante a que se refere a alínea
e) do n.º 1 do artigo 34.º do Código do IRC é fixado em € 40.000.
2- Para as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas no período de tributação
que se inicie em 1 de Janeiro de 2011 ou após essa data, o montante referido no n.º 1
passa a ser de:
a) € 45.000 relativamente a veículos movidos exclusivamente a energia eléctrica;
b) € 30.000 relativamente às restantes viaturas não abrangidas na alínea a).
3 - Para as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas nos períodos de
tributação que se iniciem em 1 de Janeiro de 2012 ou após essa data, o montante
referido no n.º 1 passa a ser de:
c) € 50.000 relativamente a veículos movidos exclusivamente a energia eléctrica;
d) € 25.000 relativamente às restantes viaturas não abrangidas na alínea a).
4.2.3 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
REGIME INTENSIVO DE UTILIZAÇÃO DOS ACTIVOS
DEPRECIÁVEIS
(art.º 9º DR 25/2009)

A empresa só pode utilizar uma taxa superior à taxa máxima se:

-Os activos fixos tangíveis estiverem sujeitos a desgaste mais rápido


IRC

do que o normal, em consequência de laboração em mais do que um


turno.

- Houverem casos de desgaste mais rápido do que o normal, em


consequência de outras causas devidamente justificadas
4.2.3 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
EXEMPLO

Exemplo:

Uma empresa com sede em território português dedicada à


construção civil adquiriu andaimes metálicos pelo valor de
4.000 € em 30/11/2010.

Taxa:
IRC

DR 25/2009
Tabela I
Divisão IV
Código
1150:
14,28 %

Período mínimo de vida útil: 7 anos


Período máximo de vida útil: 14 anos

Depreciação máxima aceite: 4.000 €


4.2.3 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES

EXERCÍCIO
IRC

DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES #2
IMPARIDADES E
4.2.4

PROVISÕES
PERDAS POR IMPARIDADE FISCALMENTE
DEDUTÍVEIS
(art.º 35º CIRC)
IRC

-Créditos de cobrança duvidosa

- Desvalorizações excepcionais em activos.

-Menos-valias de títulos e outras aplicações, desde que


constituídas obrigatoriamente por força de normas do Banco
de Portugal.

As perdas e outras correcções não aceites fiscalmente são


componentes positivas do lucro.
PERDAS POR IMPARIDADE EM CRÉDITOS
(art.º 36º CIRC)

Créditos de Cobrança Duvidosa:

a)O devedor tenha pendente processo de insolvência e de


recuperação de empresas ou processo de execução;
IRC

b) Os créditos tenham sido reclamados judicialmente;

c)Os créditos estejam em mora há mais de seis meses desde a


data do respectivo vencimento e existam provas objectivas de
imparidade e de terem sido efectuadas diligências para o seu
recebimento
PERDAS POR IMPARIDADE EM CRÉDITOS
(art.º 36º CIRC)

Créditos de Cobrança Duvidosa:

a)O devedor tenha pendente processo de insolvência e de


recuperação de empresas ou processo de execução;
IRC

b) Os créditos tenham sido reclamados judicialmente;

c)Os créditos estejam em mora há mais de seis meses desde a


data do respectivo vencimento e existam provas objectivas de
imparidade e de terem sido efectuadas diligências para o seu
recebimento
PERDAS POR IMPARIDADE EM CRÉDITOS
(art.º 36º CIRC)

O montante de perda considerado não pode ser superior a:

a) 25% para créditos em mora há mais de 6 meses e até 12


meses;

b) 50% para créditos em mora há mais de 12 meses e até 18


IRC

meses;

c) 75% para créditos em mora há mais de 18 meses e até 24


meses;

d) 100% para créditos em mora há mais de 24 meses.


PERDAS POR IMPARIDADE EM CRÉDITOS
(art.º 36º CIRC)

Não são considerados de cobrança duvidosa:

a) Os créditos sobre o Estado, Regiões Autónomas e


autarquias locais ou aqueles em que estas
entidades tenham prestado aval;
b) Os créditos cobertos por seguro, com excepção da
IRC

importância correspondente à percentagem de descoberto


obrigatório, ou por qualquer espécie de garantia real;
c) Os créditos sobre pessoas singulares ou colectivas que
detenham mais de 10% do capital da empresa ou sobre
membros dos seus órgãos sociais, salvo nos casos previstos
nas alíneas a) e b) do n.º 1;
d) Os créditos sobre empresas participadas em mais de 10%
do capital, salvo nos casos previstos nas alíneas a) e b) do
n.º 1.
PERDAS POR IMPARIDADE EM CRÉDITOS
(art.º 36º CIRC)

EXERCÍCIO
IRC

PERDAS POR IMPARIDADE EM CRÉDITOS


DESVALORIZAÇÕES EXCEPCIONAIS
(art.º 38º CIRC)

As causadas por:

-Desastres
- Fenómenos naturais
- Inovações técnicas excepcionalmente rápidas
IRC

É necessário obter autorização da DGCI para poderem ser


aceites fiscalmente.
PROVISÕES FISCALMENTE DEDUTÍVEIS
(art.º 39º CIRC)

Provisões fiscalmente dedutíveis:

-Para fazerem face a encargos derivados de processos judiciais


em curso

-Para fazerem face a encargos com garantias a clientes


IRC

- Provisões técnicas obrigatórias (Seguros)

-Para fazerem face a encargos com a reparação de danos


ambientais (industrias extractivas ou de tratamento de
resíduos)

(ver artigo – condições de aplicação)


PROVISÕES PARA A REPARAÇÃO DE DANOS DE
CARÁCTER AMBIENTAL
(art.º 40º CIRC)
Valor que resulta da divisão dos encargos estimados com a
reparação de danos de carácter ambiental dos locais afectos à
exploração, nos termos da alínea a) do n.º 3, pelo número de
anos de exploração previsto em relação aos mesmos.
IRC

Pode ser aceite um montante anual da provisão diferente do


referido no número anterior quando o nível previsto da
exploração for irregular ao longo do tempo.

Condições:
-Apresentação de um plano previsional de encerramento da
exploração
- Constituição de um fundo, representado por
investimentos financeiros
CRÉDITOS INCOBRÁVEIS
(art.º 41º CIRC)
IRC

Os créditos incobráveis podem ser directamente considerados


gastos ou perdas do período de tributação na medida em que
tal resulte de processo de insolvência e de recuperação de
empresas, de processo de execução ou de procedimento
extrajudicial de conciliação para viabilização de empresas em
situação de insolvência ou em situação económica difícil
mediado pelo IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e
Médias Empresas e ao Investimento, quando relativamente
aos mesmos não tenha sido admitida perda por imparidade
ou, sendo-o, esta se mostre insuficiente.
CRÉDITOS INCOBRÁVEIS
(art.º 41º CIRC)
Crédito
Incobrável

sim Foi constituída não


Provisão?
Custo do Existe prova de
IRC

Exercício para incobrabilidade?


efeitos fiscais sim não

Custo do Não é aceite


Exercício para como custo para
efeitos fiscais efeitos fiscais

Acrescer ao LT num campo em branco do Q7 da DM 22


RECONSTITUIÇÃO DE JAZIDAS
(art.º 42º CIRC)
1 - Os sujeitos passivos que exerçam a indústria
extractiva de petróleo podem deduzir, para efeitos da
determinação do lucro tributável, o menor dos seguintes
valores, desde que seja investido em prospecção ou pesquisa
de petróleo em território português dentro dos três períodos
de tributação seguintes:
IRC

a) 30% do valor bruto das vendas do petróleo produzido nas


áreas de concessão efectuadas no período de tributação a
que respeita a dedução;

b) 45% da matéria colectável que se apuraria sem


consideração desta dedução.
REALIZAÇÕES DE UTILIDADE SOCIAL
(art.º 43º CIRC)

1 - São também dedutíveis os gastos do período de


tributação, incluindo depreciações ou amortizações e rendas
de imóveis, relativos à manutenção facultativa de
- creches,
- lactários,
- jardins-de-infância,
IRC

- cantinas,
- bibliotecas e
- escolas,

desde que tenham carácter geral e não revistam a natureza de


rendimentos do trabalho.
REALIZAÇÕES DE UTILIDADE SOCIAL
(art.º 43º CIRC)
2 - São igualmente considerados gastos do período de
tributação, até ao limite de 15% das despesas com o pessoal
escrituradas a título de remunerações, ordenados ou salários
respeitantes ao período de tributação, os suportados com
contratos de seguros de doença e de acidentes pessoais, bem
como com contratos de seguros de vida, contribuições para
IRC

fundos de pensões e equiparáveis ou para quaisquer regimes


complementares de segurança que
social, exclusivamente, o benefício
reforma, garantam,
complemento de reforma,
de benefícios de saúde pós-emprego,
pré-
invalidez ou sobrevivência a favor dos trabalhadores
reforma,da
empresa.

3 - O limite estabelecido no número anterior é elevado


para 25%, se os trabalhadores não tiverem direito a pensões da
segurança social.
QUOTIZAÇÕES A FAVOR DE ASSOCIAÇÕES
EMPRESARIAIS
(art.º 44º CIRC)

1- É considerado gasto do período de tributação, para


efeitos da determinação do lucro tributável, o valor
correspondente a 150% do total das quotizações pagas pelos
IRC

associados a favor das associações empresariais em


conformidade com os estatutos.

2- O montante referido no número anterior não pode,


contudo, exceder o equivalente a 2‰ do volume de negócios
respectivo.
ENCARGOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS
FISCAIS
(art.º 45º CIRC)

a) O IRCe quaisquer outros impostos que directa


ou indirectamente incidam sobre os lucros; (C211)

b) Os encargos evidenciados em documentos emitidos por


sujeitos passivos com número de identificação fiscal
IRC

inexistente ou inválido ou por sujeitos passivos cuja


cessação de actividade tenha sido
declarada oficiosamente nos termos do n.º 6 do artigo
8.º; (C225)

c) Os impostos e quaisquer outros encargos que incidam sobre


terceiros que o sujeito passivo não esteja legalmente
autorizado a suportar; (C225)
ENCARGOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS
FISCAIS
(art.º 45º CIRC)

d) As multas, coimas e demais encargos pela prática de


infracções, de qualquer natureza, que não tenham origem
contratual, incluindo os juros compensatórios; (C212)
IRC

e) As indemnizações pela verificação de eventos cujo risco


seja segurável; (C213)
ENCARGOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS
FISCAIS
(art.º 45º CIRC)

f) As ajudas de custo e os encargos com compensação pela


deslocação em viatura própria do trabalhador, ao serviço
da entidade patronal, não facturados a clientes,
escriturados a qualquer título, sempre que a entidade
patronal não possua, por cada pagamento efectuado, um
IRC

mapa através do qual seja possível efectuar o controlo das


deslocações a que se referem aqueles
designadamente os respectivos encargos, locais,
permanência, objectivo e, no caso de deslocação tempo de
viatura própria do trabalhador, identificação da viaturaem
e
do respectivo proprietário, bem como o número de
quilómetros percorridos, excepto na parte em que haja
lugar a tributação em sede de IRS na esfera do respectivo
beneficiário; (C223)
ENCARGOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS
FISCAIS
(art.º 45º CIRC)

g) Os encargos não devidamente documentados; (C214)

h) Os encargos com o aluguer sem condutor de viaturas


ligeiras de passageiros ou mistas, na parte correspondente
ao valor das depreciações dessas viaturas que, nos termos
IRC

das alíneas c) e e) do n.º 1 do artigo 34.º, não sejam


aceites como gastos; (C220)

i) Os encargos com combustíveis na parte em que o sujeito


passivo não faça prova de que os mesmos respeitam a
bens pertencentes ao seu activo ou por ele utilizados em
regime de locação e de que não são ultrapassados os
consumos normais; (C256)
ENCARGOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS
FISCAIS
(art.º 45º CIRC)
j) Os juros e outras formas de remuneração de suprimentos e
empréstimos feitos pelos sócios à sociedade, na parte em
que excedam o valor correspondente à taxa de referência
Euribor a 12 meses do dia da constituição da dívida ou
outra taxa definida por portaria do Ministro das Finanças
IRC

que utilize aquela taxa como indexante; (C255)

l) As menos-valias realizadas relativas a barcos de recreio,


aviões de turismo e viaturas ligeiras de passageiros ou
mistas, que não estejam afectos à exploração de serviço
público de transportes nem se destinem a ser alugados no
exercício da actividade normal do sujeito passivo, excepto
na parte em que correspondam ao valor fiscalmente
depreciável nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º
ainda não aceite como gasto;
ENCARGOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS
FISCAIS
(art.º 45º CIRC)

m) Os gastos relativos à participação nos lucros por membros


de órgãos sociais e trabalhadores da empresa, quando as
respectivas importâncias não sejam pagas ou colocadas à
disposição dos beneficiários até ao fim do período de
tributação seguinte;
IRC

n) Sem prejuízo da alínea anterior, os gastos relativos à


participação nos lucros por membros de órgãos sociais,
quando os beneficiários sejam titulares, directa ou
indirectamente, de partes representativas de, pelo menos,
1% do capital social, na parte em que exceda o dobro da
remuneração mensal auferida no período de tributação a
que respeita o resultado em que participam.
ENCARGOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS
FISCAIS
(art.º 45º CIRC)

3 - A diferença negativa entre as mais-valias e as menos- valias


realizadas mediante a transmissão onerosa de partes de
capital, incluindo a sua remição e amortização com
redução de capital, bem como outras perdas ou variações
patrimoniais negativas relativas a partes de capital ou
IRC

outras componentes do capital próprio, designadamente


prestações suplementares, concorrem para a formação do
lucro tributável em apenas metade do seu valor.
CONCEITO DE MAIS-VALIAS E MENOS-VALIAS
(art.º 46º CIRC)

1- Consideram-se mais-valias ou menos-valias realizadas os


ganhos obtidos ou as perdas sofridas mediante transmissão
onerosa, qualquer que seja o título por que se opere e, bem
assim, os decorrentes de sinistros ou os resultantes da afectação
permanente a fins alheios à actividade exercida, respeitantes a:
IRC

a) Activos fixos tangíveis, activos intangíveis, activos biológicos


que não sejam consumíveis e propriedades de investimento,
ainda que qualquer destes activos tenha sido reclassificado
como activo não corrente detido para venda;

b)Instrumentos financeiros, com excepção dos reconhecidos pelo


justo valor nos termos das alíneas a) e b) do n.º 9 do artigo 18.º
CONCEITO DE MAIS-VALIAS E MENOS-VALIAS
(art.º 46º CIRC)

2- As mais-valias e as menos-valias são dadas pela diferença


entre o valor de realização, líquido dos encargos que lhe sejam
inerentes, e o valor de aquisição deduzido das perdas por
IRC

imparidade e outras correcções de valor previstas no artigo 35.º,


bem como das depreciações ou amortizações aceites fiscalmente,
sem prejuízo da parte final do n.º 5 do artigo 30.º
CONCEITO DE MAIS-VALIAS E MENOS-VALIAS
(art.º 46º CIRC)

3- Considera-se valor de realização:


a)No caso de troca, o valor de mercado dos bens ou direitos
recebidos, acrescido ou diminuído, consoante o caso, da importância
em dinheiro conjuntamente recebida ou paga;
b)No caso de expropriações ou de bens sinistrados, o valor da
IRC

correspondente indemnização;
c)No caso de bens afectos permanentemente a fins alheios à
actividade exercida, o seu valor de mercado;
d)Nos casos de fusão ou cisão, o valor de mercado dos elementos
transmitidos em consequência daqueles actos;
CONCEITO DE MAIS-VALIAS E MENOS-VALIAS
(art.º 46º CIRC)

3- Considera-se valor de realização:

(…)

e)No caso de alienação de títulos de dívida, o valor da transacção,


IRC

líquido dos juros contáveis desde a data do último vencimento ou da


emissão, primeira colocação ou endosso, se ainda não houver
ocorrido qualquer vencimento, até à data da transmissão, bem como
da diferença pela parte correspondente àqueles períodos, entre o
valor de reembolso e o preço da emissão, nos casos de títulos cuja
remuneração seja constituída, total ou parcialmente, por aquela
diferença;
f) Nos demais casos, o valor da respectiva contraprestação.
CORRECÇÃO MONETÁRIA DAS MAIS-VALIAS E DAS
MENOS-VALIAS
(art.º 47º CIRC)

1- O valor de aquisição corrigido nos termos do n.º 2 do artigo


anterior é actualizado mediante aplicação dos coeficientes de
desvalorização da moeda para o efeito publicados em portaria do
Ministro das Finanças, sempre que, à data da realização, tenham
IRC

decorrido pelo menos dois anos desde a data da aquisição, sendo o


valor dessa actualização deduzido para efeitos da determinação do
lucro tributável.
CÁLCULO

MVf / mVf = VR – (VA – DAp) x


Cf
IRC

MVf – Mais-Valias fiscais


mVf – Menos-Valias fiscais
VR – Valor de Realização
(valor da Venda)
VA – Valor de Aquisição ou Produção (Valor de Compra)
DAp – Depreciações / Amortizações praticadas
Cf – Coeficiente de Desvalorização da Moeda
4.2.6 REGIME DAS MAIS VALIAS E MENOS
VALIAS

EXERCÍCIO
IRC

MAIS E MENOS VALIAS #4


REGIME DAS MAIS
4.2.6

VALIAS E MENOS VALIAS


REINVESTIMENTO DOS VALORES DE REALIZAÇÃO
(art.º 48º CIRC)
O valor da mais-valia fiscal é considerada como lucro apenas em
50% caso o valor de realização (venda) seja reinvestido na aquisição,
produção ou construção de activos fixos tangíveis.
IRC

O reinvestimento deverá ser feito no ano anterior, no próprio ano


ou até dois anos a seguir ao da venda.

Caso o reinvestimento não seja efectuado até ao final do segundo


ano será considerado como lucro o valor não reinvestido, majorado
de 15%.
4.2.7 ATENUAÇÃO DA DUPLA TRIBUTAÇÃO
ECONÓMICA
ELIMINAÇÃO DA DUPLA TRIBUTAÇÃO ECONÓMICA
DE LUCROS DISTRIBUÍDOS
(art.º 51º CIRC)
Dupla tributação jurídica: quando o mesmo imposto incide sobre a
mesma pessoa, relativamente ao mesmo rendimento e relativamente
ao mesmo período.

Dupla tributação económica: o mesmo rendimento é tributado mais


IRC

do que uma vez, sendo diferentes os sujeitos passivos.

DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS
4.2.8 DEDUÇÃO DE
PREJUÍZOS
DEDUÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS
(art.º 52º CIRC)

Os prejuízos fiscais apurados serão deduzidos dos lucros tributáveis


de um ou até quatro exercícios posteriores.
IRC

Nos exercícios em que tiver lugar o apuramento do lucro tributável


por métodos indirectos, os prejuízos fiscais não são dedutíveis.
Mecânica do Imposto
Incidência
Real ou
Regime Geral
Contabilidade
Declaração de
Rendimento
s Mod. 22
Cálculo do IRC
Res. Contabilístico (LC ouPC)
+
Pessoal
Variações Patrimoniais Quadro 07
Positivas e Negativas Apurament
Correcções Fiscais (CF) LT=LC +/- CF
o LT / PF
Lucro Tributável (LT)
Determinaç
IRC

ã o da Dedução dos Prejuízos Fiscais


Matéria Quadro 09
Anteriores (Pfa) e/ou Apurament MC=LT-
Colectável
Benefícios Ficais (BF) o MC (BF+Pfa)
Matéria Colectável (MC)
Taxa (T)
Taxa Quadro 09
Colecta (C)
Deduções à Colecta (DC) Cálculo C=MCxT
Retenções na Fonte (RF) do
Liquidação Pagamentos por Conta (PC) Imposto IRC=C-
IRC a pagar ou recuperar (DC+RF+PC)
5.1.1 TAXAS DE IRC TAXAS
(art.º 87º CIRC)

1 - As taxas do imposto, com excepção dos casos previstos nos n.ºs 4


e seguintes, são as constantes da tabela seguinte:

Matéria colectável (em euros) Taxas (em percentagens)


Até 12 500 12,5 %
IRC

Superior a 12 500 25,0 %

2 - O quantitativo da matéria colectável, quando superior a €


12.500, é dividido em duas partes: uma, igual ao limite do 1.º
escalão, à qual se aplica a taxa correspondente; outra, igual ao
excedente, a que se aplica a taxa do escalão superior.
5.1.1 TAXAS DE IRC
TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
(art.º 88º CIRC)
São tributados autonomamente:
-Despesas não documentadas: taxa de 50% (ou 70% - nº2)
(e podem não ser consideradas como custo – art.º 23º)
- Despesas de Representação: tx. de 10%
-Despesas com ligeiros de passageiros ou mistas, motos ou
motociclos
IRC

- tx. de 10% geral


- tx. de 5% veículos cuja emissão CO2 < 120g/Km
- tx. de 20% para veículos de montante superior ao definido
na al. e) do n.º 1 do art.º 34º caso a empresa apresente
prejuízos fiscais nos dois períodos de tributação anteriores.
-Ajudas de custo e compensação por deslocação em viatura
própria, não facturados a clientes, na parte não sujeita a IRS: tx.
de 5%.
- Lucros distribuídos a entidades isentas: tx. de 20%
(titularidade < 1ano)
5.1.1 TAXAS DE IRC
TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
(art.º 88º CIRC)

Encargos com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas:


- depreciações
- rendas ou alugueres
- seguros
- manutenção e conservação
- combustíveis
IRC

- impostos

Despesas de representação:
- recepções
- viagens
- passeios e espectáculos
Oferecidos a clientes, fornecedores ou ainda quaisquer outras
pessoas ou entidades.
IRC
FIM
FIM

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