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EFA NS - CURSO TÉCNICAS ADMINISTRATIVAS

Sistemas de custeio

UFCD_0584

344032 -Técnico/a de

Contabilidade

25 horas
UFCD
Sistema de custeio 0584

Índice
Objetivos e conteú dos...................................................................................................................................... 3

Introduçã o - Custos........................................................................................................................................... 3

Custos fixos e custos variá veis..................................................................................................................... 4

Custos reais e atribuídos................................................................................................................................ 5

Custos específicos e nã o específicos.......................................................................................................... 6

Sistema de custeio total............................................................................................................................................. 8

Sistema de custeio variá vel................................................................................................................................... 14

Algumas vantagens do custeio variá vel............................................................................................................ 15

Algumas desvantagens do custeio variá vel.................................................................................................... 17

Sistema de custeio racional .................................................................................................................................. 20

Diferenças entre os sistemas................................................................................................................................ 22

Centros de custos....................................................................................................................................................... 28

Bibliografia netgrafia............................................................................................................................................... 30

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OBJETIVOS

 Distinguir os diferentes tipos de sistemas de custeio.

CONTEÚDOS

 Sistema de custeio total


 Sistema de custeio variá vel
 Sistema de custeio racional
 Diferenças entre os sistemas
 Centros de custos

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Introdução - Custos
O custo é o gasto económico que representa a produçã o de um produto ou a prestaçã o
de um serviço. Ao estabelecer o custo de produçã o, é possível determinar o preço de
venda ao pú blico do bem em questã o (o preço ao público é a soma do custo mais o
lucro).

O custo de um produto é composto pelo preço da matéria-prima, o preço da mã o-de-


obra direta usada na sua produçã o, o preço da mã o-de-obra indireta usada para o
funcionamento da empresa e o custo de amortizaçã o da maquinaria e dos edifícios.

Os especialistas afirmam que muitos empresá rios costumam estabelecer os seus preços
de venda com base nos preços da concorrência, sem antes determinar se estes chegam a
cobrir os seus pró prios custos. Por isso, negó cios em grande quantidade nã o prosperam
já que nã o obtêm a rentabilidade necessá ria para o seu funcionamento, o que reflete que
o cálculo dos custos é indispensável para uma correta gestão empresarial.

A análise dos custos empresariais permite conhecer o quê, onde, quando, em que
medida, como e a que se sujeitou, o que possibilita uma melhor administraçã o do futuro.

Por outras palavras, o custo corresponde ao esforço económico que se deve realizar
para realizar um objetivo operativo (o pagamento de salá rios, a compra de materiais, a

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fabricaçã o de um produto, a obtençã o de fundos para o financiamento, a administraçã o


da empresa, etc.). Sempre que nã o é alcançado o objetivo visado, diz-se que uma
empresa tem perdas/prejuízos.

O sistema de custeio é um tema que geralmente se encontra na literatura da


especialidade, quando se pretende abordar a temá tica dos custos. Este tema insere- se,
por isso, no campo de aná lise da Contabilidade de Gestão.

Nos dias de hoje, com a globalizaçã o dos mercados e a complexidade das organizaçõ es, a
Contabilidade de Gestã o tem um papel fundamental nas empresas, pois para além de
ser um instrumento muito importante na tomada de decisõ es, é também responsá vel
pela promoção do controlo das organizações.

É importante delimitar o â mbito da Contabilidade de Gestã o face à Contabilidade de


Custos e até mesmo à Contabilidade Geral. O responsá vel pelos custos deverá conhecer
com rigor os objetivos do seu trabalho e ter consciência onde inicia e onde acaba as suas
tarefas.

Custos fixos e custos variáveis

Custos fixos

Custo fixo é aquele que nã o depende da quantidade de produto produzido, sendo, por
definiçã o constante para qualquer nível de produçã o, num determinado prazo
considerado. Resulta da existência dos fatores de produção fixos que constituem o
aparelho de produçã o.

Custos variáveis

Custo variável depende da quantidade de produto produzida e está relacionado com a


tecnologia utilizada e com o preço dos fatores de produção variáveis.

Estes custos têm importâ ncia no â mbito do planeamento e gestão da empresa no


curto prazo. No curto prazo a gestã o apenas tem capacidade efetiva para influenciar os

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custos variáveis. Os custos fixos encontram-se associados a decisõ es de longo prazo.


Ao separar, na sua contabilidade, os custos fixos dos variá veis, o gestor saberá
imediatamente quais sã o aqueles sobre os quais poderá atuar imediatamente e quais
aqueles que terá de considerar no seu planeamento de longo prazo.

Custos reais e atribuídos

Custo real

Diz-se que ocorre um custo real quando existe o sacrifício de um recurso que foi obtido
através da criaçã o de uma despesa junto a um fornecedor.

Custo atribuído

Um custo atribuído é originado pela utilizaçã o de determinado recurso da empresa,


sacrificando utilizaçõ es alternativas. Sã o exemplos de custos atribuídos o custo de
oportunidade ou a auto-utilizaçã o de produtos da exploraçã o aos quais é aplicado um
preço de transferência.

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Esta classificaçã o distingue aqueles custos que têm um influência direta no mapa de
tesouraria daqueles que apenas se refletem a nível da realidade económica da
exploração.

Custos específicos e não específicos

Custo específico

Diz-se que um custo é específico quando respeita a uma atividade agrícola específica.

Custo não específico ou custo geral

Custo não específico ou custo geral nã o pode ser associado a nenhuma atividade
agrícola específica.

Custos específicos sã o analisados no â mbito da avaliaçã o da atividade a que dizem


respeito, ao passo que custos nã o específicos sã o analisados individualmente. Custos nã o
específicos com escritó rios, construçõ es, veículos, podem atingir valores muito
significativos na estrutura de custos da exploraçã o e exigir consideraçõ es de
reestruturaçã o.

Sempre que for possível, deve imputar-se um custo a algum dos centros de aná lise,
usando critérios de imputaçã o apoiados em observaçõ es reais. Este tipo de atuaçã o
altera os resultados obtidos em cada um dos centros de aná lise responsabilizando-os
por custos pelos quais nã o sã o responsá veis, induzindo o gestor em erro quanto à
viabilidade das atividades.

No custeio total todos os custos da exploraçã o sã o contabilizados e sã o distribuídos


pelas diferentes atividades. Neste caso todos os custos nã o específicos sã o distribuídos
pelas atividades. O custo final unitário dos produtos inclui todos os custos da
exploraçã o. Ao vender os produtos acima do custo calculado o gestor está a garantir que
cobre todos os custos da exploraçã o.

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A chave de imputação é uma ferramenta para a distribuiçã o de custos nã o específicos


com base na sensibilidade do gestor, nã o se baseando em dados reais observados.
Chama-se chave de imputaçã o a todos os modos utilizados pelo gestor de distribuiçã o de
custos nã o específicos pelas atividades com vista à obtençã o de um custeio total.

Sistema de Custeio Total


O Sistema de Custeio Total (SCT) caracteriza-se por considerarmos todos os custos
industriais (fixos e variáveis) como custos de produtos.

Por este sistema:

As existências de produtos acabados sã o avaliadas pelo custo total de produçã o.

Os custos fixos industriais, como também os custos variá veis, sã o custos dos
produtos, só se tornam custos dos períodos à medida que a produçã o vai sendo vendida.
Quanto aos custos nã o industriais sã o sempre considerados custos dos períodos.

O Sistema de Custeio Variável (SCV) imputa à produçã o só os custos variáveis


industriais. Todos os custos fixos industriais sã o considerados como custo industrial
nã o incorporado.

Características deste sistema de custeio:

Apenas os custos variá veis industriais constituem custos dos produtos, pelo que
somente os custos de produçã o variá veis sã o considerados na avaliaçã o das existências
de produtos acabados;

Os custos fixos de produçã o sã o custos do período em que ocorrem;

Assim, o resultado do período nã o é igual nos dois sistemas de custeio, isto porque é
feita uma diferente valorização das existências finais em cada um dos sistemas. O que
diferencia os sistemas é o Custo Fixo Médio.

Os resultados do período apurados pelo custeio variá vel nã o sã o influenciados pelas


variaçõ es no volume de produçã o, refletem as variaçõ es das vendas, enquanto que os

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apurados pelo custeio total podem ser significativamente influenciados pelas variações
da produção.

SCT: Se a produçã o for menor, os custos podem ser mais altos derivado dos
custos(CF+CV) dos produtos que estavam nas EF do mês anterior.

SCV: Possibilita a elaboraçã o de resultados evidenciando a variabilidade dos


lucros com as quantidades vendidas. Porque só considera os custos variá veis, varia com
o volume de vendas.

A imputação pode ser feita por um ú nico critério global de reparticão para todos os
custos indiretos.

Os critérios de repartição são diversos:

Proporçã o do volume de vendas

Proporçã o das horas de mã o de obra

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Proporçã o das horas má quina

Proporçã o do custo de matérias primas

Os sistemas de custeio referem-se à s formas como os custos são registados e


transferidos internamente dentro da entidade. É o fundamento da Contabilidade de
Custos ligado à decisã o de como deve ser medido o custo do produto. Entã o, podemos
dizer que é o método de custeio um modelo para a decisão, mensuração e
informação.

A mensuração da receita dos produtos e serviços, recursos, atividades e da empresa


tem como o fundamento o preço de mercado. Custeio significa método de Apropriaçã o
de Custos. Assim, existe Custeio por Absorçã o, Custeio Direto, Custeio Padrã o, Marginal,
ABC, RKW e etc.

Custeio por absorção:

É aquele que utiliza todos os custos, sejam eles fixos ou variá veis diretas ou indiretas,
para apuraçã o do custo dos produtos. Esse método derivado da aplicaçã o dos princípios
fundamentais da contabilidade, sendo em Portugal, adotado pela legislaçã o comercial e

Custeio direto ou variável:

É aquele em que se utilizam apenas os custos diretos e variáveis, nã o utilizando os


custos fixos e indiretos. Fundamenta-se na separaçã o dos gastos em gastos variá veis e
gastos fixos. Isto é, os gastos oscilam proporcionalmente ao volume de produçã o/venda
e gastos que se mantêm está vel perante o volume de produçã o/venda oscilante dentro
de certos limites.

No custeio direto ou variável em relaçã o à s suas vantagens causam divergências


entre os doutrinadores. CREPALDI (2002) defende esse método de custeio com três
argumentos:

Os custos fixos, por sua pró pria natureza, existem independentemente da


produçã o ou nã o de determinado produto ou do aumento ou reduçã o da quantidade

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produzida. Os custos fixos podem ser encarados como necessá rio para empresa por si só
existir.

A maioria dos rá cios é feita através da utilizaçã o de fatores, que na realidade, nã o


vinculam cada custo a cada produto. Em termo de avaliaçã o de stock, o rá cio é mais ou
menos ló gico. Assim qualquer decisã o em base de custo deve levar em conta, também o
volume da produção, pela legislaçã o fiscal.

Esse método não vincula nenhum produto especifico a uma unidade de produçã o,
sã o sempre distribuídos aos produtos por meio de um critério de rá cio.

Em contrapartida, há três argumentos que mostram as desvantagens desse método.

1) A exclusã o dos custos fixos indiretos para valoraçã o dos stocks causa a sua
subavaliaçã o, fere os princípios contá beis e altera o resultado do período.

2) Na pratica a separaçã o de custos fixos e variá veis nã o é tã o clara como parece, pois
existem custos semi-variá veis e semi-fixos, podendo o custeamento direto incorrer em
problemas semelhantes de identificaçã o dos elementos de custeio.

3) O custeamento direto é um custeamento e aná lise de custos para decisã o a curto


prazo, mas subestima os custos fixos, que sã o ligados à capacidade de produçã o e de
planeamento de longo prazo, podendo trazer problemas de continuidade para a
empresa.

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Entendemos que, o custeio variável/direto é conceitualmente adequado para a gestã o


econó mica do sistema empresa no â mbito da contabilidade de custos, enquanto o
método de custeio por absorção nã o é adequada para a tomada de decisã o, as maiores
criticas a este método centram-se nos critérios de rateio e custos indiretos fixos a serem
distribuídos.

Custeio padrão:

É o custo cientificamente predeterminado, constituindo a base para avaliação do


desempenho efetivo. Representa o quanto o produto deveria custar, equivalem aos
custos reais apurados no final do período. Representam o custo alocado ao produto
mediante taxas predeterminadas de CIF, elaboradas com base na média dos CIF´s
passados, em possíveis mudanças futuras e no volume de produçã o.

Custeio marginal:

Esse método, ainda constitui novidade para muitos administradores de empresa do país.
Essa forma é o modo pelo quais todos os gastos despendidos por uma empresa, de
natureza variá vel, são alocados ao produto. Esse método propicia meios bastante
objetivos de se identificar os custos e a margem de contribuiçã o de cada produto
vendido, além de a administraçã o da empresa conhecer, de uma forma instantâ nea, os
seus custos estruturais fixos que estã o, de certa forma diretamente relacionados à
capacidade instantâ nea

Custeio ABC:

É o método de custeio baseado em atividades. É o novo método de aná lise de custos


que procura “rastrear” o gasto de uma empresa para analisar, monitorar as diversas
rotas de consumo dos recursos “diretamente identificáveis” com as suas atividades
mais relevantes, e destas para os produtos de serviços; com o objetivo de facilitar as
mudanças de atitudes dos gestores de uma empresa, a fim de que estes, paralelamente a
otimizaçã o de lucros para os investidores, procurem também a otimizaçã o do valor dos

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produtos para os clientes. Assim define (NAKAGAWA, 2001). O custeamento com base
em atividades é fundamentado no seguinte conceito: produtos consomem atividades,
atividades consomem recursos.

Custeio RKW:

Esse método de custeio, nã o é recomendado, nem muito utilizado, tem por procedimento
ratear e alocar aos custos unitários. Ele é considerado uma despesa operacional e
lançado pelo seu valor total na demonstração de resultados como gasto do período.

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Sistema de custeio variável


O Critério do Custeio Variável fundamenta-se na ideia de que os custos e as despesas
que devem ser inventariá veis serã o apenas aqueles diretamente identificados com a
atividade produtiva e que sejam variá veis em relaçã o a uma medida dessa atividade.
É um instrumento de grande utilidade para a gestã o em sua funçã o do planeamento das
operaçõ es. É um método muito utilizado nos casos em que há grande variedade de
produtos diferentes.

Segundo Megliorini custeio variável “É o método de custeio que consiste em apropriar


aos produtos apenas os custos variá veis, sejam diretos ou indiretos.” (MEGLIORINI,
2007, p.113).

Custos variáveis sã o aqueles que variam proporcionalmente à produçã o, por


exemplo: matérias-primas. Se utilizarmos duas unidades de matéria-prima para
produzir uma unidade de produto, utilizaremos quatro unidades de matéria-prima para
produzir duas unidades de produto.

Custeio variável é o tipo de custeio que considera como custo de produção do período
apenas os custos incorridos. Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que nã o haja
produçã o, nã o sã o considerados como custo de produçã o e sim como despesas, sendo
encerrados diretamente contra o resultado do período.

O sistema de custeio variável fundamenta-se na separação dos gastos em gastos


variáveis e fixos, isto é, em gastos que oscilam proporcionalmente ao volume da
produção/venda e gastos que se mantêm está veis perante volumes de
produçã o/venda oscilantes dentro de certos limites.

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No custeio variável apenas os custos variá veis sã o atribuídos à s atividades. A totalidade


de custos fixos é tratada como sendo custos nã o específicos. Ao vender os produtos
acima do custo calculado o gestor garante a sustentabilidade de curto prazo das
atividades - todos os custos variáveis estão cobertos. Do mesmo modo, um resultado
de atividade positivo, neste caso, apenas garante a viabilidade da atividade a curto
prazo.

Algumas vantagens do custeio variável.

O custeio variável é particularmente aproveitado pela administraçã o com sucesso nos


casos em que se deseja saber, com segurança, quais produtos, linhas de produtos,
departamentos, territó rios de vendas, clientes e outros segmentos que sã o lucrativos e
onde a contabilidade de custos deseja investigar os efeitos inter-relacionados das
mudanças ocorridas nas quantidades produzidas e vendidas, nos preços e nos custos
e despesas.

O custeamento variável apresenta imediatamente a margem de contribuição.


Determina os produtos que podem ter as suas vendas incentivadas ou reduzidas e
aqueles que podem ser excluídos da linha de produçã o, além de identificar os produtos
que proporcionam maior rentabilidade quando existem fatores que limitam a
produçã o, permitindo o uso mais racional desses fatores e também definir o preço dos
produtos em condições especiais, por exemplo, para ocupar eventual capacidade
ociosa e ainda definir, em uma negociaçã o com o cliente, o limite de desconto permitido.
A maior parte das despesas e custos variá veis de produçã o sã o itens que passam
imediatamente por caixa; esse aspeto permite maior correspondência entre as
demonstrações económicas e as demonstrações financeiras na á rea industrial.
Assim como o custeamento por absorçã o, o custeamento variá vel também é facilmente
acoplado aos demais sistemas de custeamento.

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Algumas desvantagens do custeio variável.

Como desvantagens, podemos mencionar algumas delas. Os resultados do custeio


variá vel não devem substituir, em algumas decisõ es, as informações decorrentes de
outros critérios. As informaçõ es do custeio variá vel sã o bem aplicadas em problemas
cujas soluções são de curto alcance no tempo. Para obter soluções de longo prazo,
normalmente as informações do custeio variável não são recomendadas. O trabalho
de aná lise das despesas e custos em fixos e variá veis é dispendioso e demorado. A
exclusã o dos custo fixos indiretos para valoraçã o dos stocks causa a sua subavaliaçã o,
fere os princípios contá beis e altera o resultado do período e na prá tica, a separaçã o de
custos e variá veis nã o é tã o clara como parece, pois existem custos semivariá veis e
semifixos, podendo o custeamento direto incorrer em problemas semelhantes de
identificaçã o dos elementos de custeio e quanto as decisões de curto prazo, mas
subestima os custos fixos, que sã o ligados à capacidade de produçã o e de planeamento
de longo prazo, podendo trazer problemas de continuidade para a empresa. Os
resultados do custeio variá vel nã o sã o aceites para a preparaçã o de demonstraçõ es
contá beis de uso esterno.

Uma das inadequações atuais da contabilidade de custos é a tendência marcante das


indú strias em transformarem a produçã o e seus controlos em processos

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automatizados. As técnicas contá beis precisam ser adaptadas a essa nova realidade. Os
custos variáveis tornam-se menos relevantes diante do constante aumento das
despesas e custos fixos, periódicos e repetitivos. O facto é que as má quinas, os robô s,
os computadores estã o a ocupar cada vez mais espaços na produçã o e o controlo da
produçã o. A contabilidade de custos tem procurado encontrar novos conceitos, critérios
e modelos para ajudar a administraçã o das empresas a enfrentar desafios.

O custeio variável é um instrumento de grande utilidade para a gestã o na sua funçã o


de planeamento das operações. O custeamento variá vel divide as despesas e os
custos de produçã o em fixos e variáveis; determina a margem de contribuição em
relaçã o a qualquer objeto ou segmento da empresa, facilita a aná lise do processo de
simulaçã o – muito utilizado pela funçã o de planeamento – porque pode antever os
resultados da interaçã o de custos, volume e lucro.
O custeio variável é muito utilizado nos casos em que há grande variedade de
produtos diferentes. Uma vez que o conceito determina que cada produto tenha os
seus pró prios custos diretos e variá veis, surge imediatamente a margem de contribuiçã o
total unitá ria por produto. A administraçã o, através dos relató rios contá beis, fica a saber
qual o produto que tem maior margem de contribuição, relativa e absoluta.

Em relaçã o a outros tipos de custeamento, a análise das despesas e dos custos em


fixos e variáveis permite que a empresa possa estudar melhor as mudanças nos
volumes de produção como consequência de vá rias alternativas que tem à sua frente:
por exemplo, alcance de novos mercados, aumento da fá brica, parecerias e muitas
outras.

Esse custeio enfatiza a análise das despesas e custos variáveis de qualquer objeto de
custeio. As despesas e os custos variáveis sã o suscetíveis de maior controle por parte
de gestã o porque possuem unidades de medida operacionais e físicas que os governam.

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Sã o os direcionadores de recursos e de atividades privilegiados na aplicação do custeio


ABC. Com as despesas e os custos fixos, indiretos, respetivos e perió dicos, pela pró pria
natureza, nã o possuem os seus direcionadores visíveis, fica mais difícil seu controlo, É
claro que, como sempre, vale lembrar que estamo-nos a referir a horizontes de curto
alcance, porque as despesas e os custos sã o fixos dentro de determinada faixa relevante
de volume e porque, levando-se em consideraçã o prazos mais longos, as despesas e os
custos certamente apresentarã o outra forma.

As despesas e custos variáveis sã o controlados pelos responsá veis de cada


departamento, secçã o ou setor. Quando separamos os custos pela responsabilidade em
custos controláveis e não controláveis, se tiver adotado o custeamento variá vel, pode-
se ter constatado que as despesas e os custos variá veis sã o quase sempre itens
controlá veis pela gestã o da componente organizacional.

A separação das despesas e dos custos em fixos e variáveis e o conceito do


custeamento variá vel destinam-se a desenvolver informaçõ es que auxiliam a gestã o no
desempenho de suas funçõ es de planeamento e de tomada de decisõ es.

Conclusão

Pelo método de custeio variável, a empresa teria informaçõ es importantes para


tomadas de decisão, com a utilizaçã o da margem de contribuição e elaboraçã o de
relató rios internos de gestã o.
No custeio variável apenas sã o apropriados como custos de produçã o os custos
variá veis, sejam eles diretos ou indiretos.

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Sistema de custeio racional


Evita a variaçã o do custo industrial dos produtos consoante o nível de atividade,
isto é, consoante o nú mero de unidades
Permite mais corretas valorizaçõ es de stocks e fixaçã o de preços, uma melhor
avaliaçã o da "performance“ e isola ganhos e perdas por variaçã o de atividade.
Importante quando há uma forte sazonalidade

Os custos fixos imputados são dados por:

Custos Fixos x (Atividade Real/Atividade Normal)

Uma sobreatividade, implica um aumento dos custos de estrutura imputados,


para nã o haver custos unitá rios excessivamente baixos que levem a uma capacidade
acrescida de reduçã o de preços, e logo a mais vendas numa situaçã o temporá ria que
desemboca numa sobreproduçã o.
Inversamente, numa subatividade, nã o ocorrerá aumento de custos unitá rios, que
tende a causar subida de preços e perda de mercado

É o modo mais sofisticado de custeio real e envolve um modo particular de cá lculo de


custos unitá rios de fatores de produção com custos fixos.

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Custo unitário e Custo unitário racional

Custo unitário e custo unitário racional – Custo unitá rio é normalmente


calculado dividindo o custo total de um fator de produçã o pelo nú mero de unidades
utilizadas. Deste modo, os custos dos fatores podem ser distribuídos pelas atividades de
acordo com a sua utilizaçã o:

Exemplo:
Custo anual de um trator = 1500 €
Horas realizadas pelo trator durante o ano = 500
Custo unitá rio do trator = 3 €/hora

Esta forma de cá lculo é utilizada para um custeio total. Quinhentas horas de trator por
ano está , no entanto, longe do má ximo potencial de utilizaçã o da má quina. Uma má quina
que nã o seja utilizada no seu má ximo potencial tem um custo unitá rio mais elevado do
que uma má quina que trabalhe mais horas. Ao dividir o custo anual pelas horas
trabalhadas o gestor está a fazer com a que as atividades sejam responsabilizadas pelo
mau aproveitamento do capital da exploração, uma vez que as atividades terã o que
cobrir um custo que se deve ao facto de o trator ser subaproveitado. O custeio racional
corrige este erro, atribuindo à s atividades apenas o custo de uma má quina no seu
má ximo aproveitamento e considerando como custo nã o específico as horas nã o
trabalhadas:

Custeio racional

O custo unitário racional de uma má quina com 10 anos de vida ú til e uma capacidade
de trabalho de 10 000 horas é realizado da seguinte forma:

Numero unidades de trabalho por ano = 10 000 horas /10 anos = 1000 horas/ano

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Custo unitá rio racional unitá rio = 1500 €/1000 horas = 1,5 €/hora.

Se o trator só trabalhou 500 horas e nã o as mil que deveria ter trabalhado na sua
má xima utilizaçã o as atividades só serã o responsabilizadas pelo custo de quinhentas
horas com o trator na má xima utilizaçã o = 500 horas x 1.5 €/hora = 750 € e nã o pelos
custo anual total 1500 €. As restantes horas que o trator nã o trabalhou (500 horas =
7500 €) serã o consideradas como custos nã o específicos, uma vez que decorrem da
gestã o de equipamento feita pelo gestor e nã o da rentabilidade de uma determinada
atividade.

Diferenças entre os sistemas


Na estrutura básica de um sistema de custeio, sã o reconhecidos os seguintes
elementos:

Sistema de acumulaçã o de custos;


Sistema de custeio;
Modalidade de custeio.

Sistemas de acumulação de custos

O sistema de acumulação de custos corresponde ao ambiente bá sico no qual operam


os sistemas e as modalidades de custeio.

Assim, antes de decidir quanto ao sistema ou à modalidade de custeio a ser adotada, a


empresa deverá escolher o seu sistema de acumulaçã o de custos, orientando-se,
estritamente, pelo sistema produtivo da empresa.

Existem dois sistemas básicos de produção - o sistema de produçã o por encomenda e


o sistema de produçã o contínua.

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Sistema de produção por encomenda: caracteriza-se pela fabricaçã o


descontínua de produtos nã o padronizados;

Sistema de produção contínua: caracteriza-se pela produçã o em série de


produtos padronizados.

Consistentemente com os dois sistemas produtivos existem também dois sistemas


básicos de acumulação de custos:

Sistema de acumulaçã o por ordem ou encomenda;

Sistema de acumulaçã o por processo.

Adotará o sistema de acumulaçã o de custos por ordem ou encomenda a empresa cujo


sistema produtivo for predominantemente descontínuo, produzindo bens ou serviços
nã o padronizados e, geralmente, sob encomenda específica dos seus clientes.

Por outro lado, a empresa que produz, em série, bens ou serviços padronizados deverá
adotar o sistema de acumulação de custos por processo.

Sistema de acumulação de custos por ordem de produção

Este é o sistema no qual cada elemento do custo é acumulado segundo ordens


específicas de produção referentes a um determinado produto ou lote de produtos.
As ordens de produçã o sã o emitidas para o início da execuçã o da atividade produtiva e
nenhum trabalho poderá ser iniciado sem que seja devidamente precedido pela emissã o
da correspondente ordem de produçã o.

Os termos "ordem de produção", "ordem de serviço" ou "ordem de trabalho" sã o


sinó nimos de "ordem de produção".

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A condiçã o indispensá vel para o adequado custeamento de uma ordem de produçã o é a


sua contínua identificação com uma determinada produção em particular.

O sistema de ordem de produção é o mais apropriado para o custeio de


produtos por encomenda, sendo pouco usado nas indú strias de produçã o em série.
Nestas indú strias, a sua utilizaçã o restringe-se, normalmente, ao controlo de construçõ es
e à s atividades de manutençã o.

Esse sistema apresenta, como nã o poderia deixar de ser, algumas desvantagens.


Dentre elas, destacamos:

Custo administrativo elevado - o sistema exige considerá vel trabalho


burocrá tico para o registo das informaçõ es minuciosas requeridas no adequado
preenchimento das ordens de produçã o;

Controlos permanentes sã o necessá rios para assegurar a correçã o dos dados de


material e de mã o-de-obra direta apropriados a cada ordem de produçã o;

Quando um embarque parcial é efetuado antes do encerramento da respetiva


ordem de produção, faz-se necessá ria a utilizaçã o de estimativas para determinaçã o do
custo de vendas dos produtos enviados ao cliente.

Sistema de acumulação de custos por processo

O sistema de acumulação por processo é usado, invariavelmente, na contabilizaçã o


dos custos de uma produção em massa. Normalmente, nesse sistema produtivo, todos
os produtos sã o fabricados para stock; uma unidade de produçã o é idêntica a outra, os
produtos sã o movimentados no processo de produçã o continuamente, e todos os
procedimentos de fá brica sã o predominantemente padronizados.

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As seguintes características desse sistema podem ser destacadas:

Os custos, diretos ou indiretos, sã o acumulados nas contas de custos durante


um determinado período, sendo reclassificados por departamento ou processo no fim
desse período;

Nos casos em que os produtos são processados em mais de um departamento,


os custos correspondentes sã o transferidos para o departamento seguinte, de forma que
o custo total vai sendo acumulado até que o produto esteja terminado;

A produção, em termos de quantidade (quilos, toneladas, unidades etc.), é


registada diá ria ou semanalmente, sendo preparado, no fim do mês, um demonstrativo
dos resultados finais;

O custo total de cada processo é dividido pelo total da produçã o, obtendo-se um


custo médio por unidade para o período.

Sistemas de custeio

Uma vez definido o sistema de acumulação de custos a ser utilizado pela empresa,
passa-se à escolha do sistema de custeio a ser adotado.

Essa escolha já nã o depende do sistema produtivo da empresa e sim, principalmente, do


tipo de informaçã o e de controlo que a gestã o pretende obter a partir do sistema de
custeio a ser implantado.

Os sistemas de custeio diferenciam-se entre si pela natureza dos dados contá beis
utilizados - histó ricos ou predeterminados.

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Assim, sã o dois os sistemas de custeio:


Sistema de custeio baseado em dados reais, atuais ou histó ricos; e
Sistema de custeio baseado em dados estimados ou predeterminados.

Sistema de custeio histórico

O sistema de custeio baseado em custos históricos ou atuais pode ser definido como
um sistema no qual os custos são registados tais como ocorrem. Em consequência
disso, nesse sistema, os custos só sã o determinados apó s o término da produçã o do
produto ou da prestaçã o do serviço da empresa.

Sob esse sistema, o produto é debitado pelo custo atual do material usado, da mã o-de-
obra aplicada e por uma estimativa dos gastos gerais de fabricaçã o.

Dessa forma, o sistema de custo atual ou histó rico contém, no que respeita aos gastos
gerais de produçã o, um elemento do custo predeterminado.

Obviamente, o sistema baseado em custos histó ricos pode ser usado tanto num ambiente
de acumulaçã o de custos por ordem de produçã o como num ambiente de acumulaçã o de
custos por processo de fabricaçã o em série.

De um modo geral, as seguintes limitações afetam a utilização do custo histórico:

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O custo histó rico pode nã o ser um custo típico, podendo, mesmo, em alguns casos,
ser qualificado como um custo acidental;

Devido ao prazo requerido para apuramento dos custos histó ricos e para
elaboraçã o dos demonstrativos neles baseados, a sua eficá cia gerencial é muito limitada;

Sob um sistema exclusivo de custo histó rico, nã o existe medida de comparaçã o


para julgamento imediato do desempenho da empresa. A gerência fica a saber, apenas,
se o custo mais recentemente apurado foi maior ou menor do que aquele verificado em
período anterior, mas nã o disporá de elementos de comparaçã o para poder determinar
as operaçõ es, os fatores de produçã o ou as causas das variaçõ es constatadas.

Sistema de custeio predeterminado

Como o pró prio nome indica, custos predeterminados são custos estabelecidos com
antecedência sobre as operações de produção. Assim, num sistema de custeio
baseado em custos predeterminados, tanto o material como a mã o-de-obra e os gastos
gerais de produçã o sã o contabilizados com base em preços, usos e volumes previstos.

Os custos predeterminados sã o usados quando a gestã o está interessada,


primeiramente, em conhecer quais deveriam ser os seus custos, para depois compará-
los com os custos reais.

Dentro do sistema de custos predeterminados, contas de variaçõ es sã o usadas para


contabilizaçã o das diferenças (a mais ou a menos), resultantes da comparaçã o entre o
custo realmente incorrido e o respetivo custo predeterminado.

Os custos predeterminados podem ser estimados com base na "melhor informação


disponível no momento" da sua fixaçã o, ou podem ser "padrõ es" resultantes de um
meticuloso estudo de engenharia.

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Os custos predeterminados, sejam estimados ou padrõ es, apresentam as seguintes


principais vantagens e desvantagens:

Tornam possível a aplicaçã o do chamado princípio de exceçã o, que significa que a


gestã o passa a centralizar a sua atençã o nos casos de variaçõ es significativas (para mais
ou para menos) entre custos predeterminados e custos reais;

Sã o importantes como incentivos aos trabalhadores, supervisores e executivos


que passam a contar com um padrã o de medida do seu desempenho;

Permitem uma melhor formulaçã o das políticas de preço e de produçã o da


empresa;

Sã o medidas unitá rias está veis, das quais a administraçã o pode servir-se para
medir a eficiência das operaçõ es durante diferentes períodos de tempo;

A principal desvantagem dos custos predeterminados refere-se ao trabalho e ao


tempo requeridos para sua definiçã o, notadamente quando se tratar da fixaçã o de
padrõ es.

MODALIDADES DE CUSTEIO

A terceira etapa na estruturaçã o de um sistema de custos refere-se à modalidade de


custeio a ser utilizada.

Como veremos, a diferença entre as modalidades de custeio relaciona-se com o grau


de variabilidade dos gastos apropriados aos produtos ou serviços produzidos pela
empresa.

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Existem duas modalidades de custeio:

A modalidade de custeio por absorçã o; e


A modalidade de custeio variá vel ou direto.

Ambas as modalidades podem ser utilizadas tanto em um sistema de custeio histó rico
como em um sistema de custeio predeterminado.

Modalidade de custeio por absorção

Quando, ao custear-se os produtos fabricados pela empresa, sã o atribuídos a esses


produtos, além dos seus gastos variáveis, também os gastos fixos, diz-se que se está
usando a modalidade de custeio por absorção.

Esta atribuiçã o de gastos fixos, entretanto, implica, naturalmente, a utilizaçã o de rateios.


E nisso reside a principal falha do custeio por absorção como instrumento de
controlo. Por mais objetivos que pretendam ser os critérios de rateio, sempre
apresentarã o um forte componente arbitrá rio, que distorce os resultados apurados por
produto e dificulta (quando nã o impede) as decisõ es da gestã o em relaçã o a assuntos de
vital importâ ncia para a empresa, como, por exemplo, a determinaçã o de preços de
venda ou a descontinuaçã o da fabricaçã o de produtos deficitá rios.

Para fins fiscais (Imposto de Renda), é obrigató rio a utilizaçã o do custeio por absorçã o.

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Modalidade de custeio variável

Em oposiçã o à modalidade de custeio por absorção, o custeio variá vel ou direto toma
em consideraçã o, para custeamento dos produtos da empresa, apenas os gastos
variá veis. Com isso, elimina-se a necessidade de rateios e, consequentemente, as
distorçõ es deles decorrentes.

Assim, essa modalidade de custeio apresenta, sobre a modalidade anterior,


significativas vantagens no que respeita à apuraçã o dos resultados financeiros gerados
pelos diferentes produtos da empresa e à s decisõ es de gestã o.

Centros de custos
A definição clara dos centros de custos é fundamental para apuramento e controlo
dos gastos e para a manutençã o de um sistema de custo eficiente.

A classificação possui as finalidades de:

Facilitar a apuraçã o dos gastos relacionados com o trabalho realizado em cada


setor, facilitando, posteriormente, a sua apropriaçã o por produto;
Caracterizar a responsabilidade pelos gastos ocorridos em cada setor.
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Os centros de custos sã o constituídos por setores ou áreas da empresa que


executam atividades homogéneas e que permitem a apuraçã o dos gastos dessa atividade.
Os centros de custos sã o classificados em produtivos (diretos) ou nã o
produtivos (indiretos), também chamados auxiliares.
Geralmente, essas duas classificaçõ es relacionam-se com a produçã o. Os nã o
produtivos, numa classificaçã o mais ampla, incluem os setores administrativos e
comerciais.
A identificaçã o e o tratamento a ser dado ao respetivo gasto deve levar em consideraçã o
as necessidades posteriores de aná lise do ponto de vista da gestã o e controlo. Com esse
objetivo, a classificaçã o pode ser mais detalhada.
A classificação dos centros de custos deve ser consistente com a estrutura da
organizaçã o. Esta classificaçã o deve ser definida especificamente de acordo com as
condiçõ es, peculiaridades e conveniências de cada empresa, devendo refletir uma
decisã o conjunta entre o responsável pelo custo e a administração.

Os tipos mais utilizados para atribuição de gastos por produtos sã o:

Bases representativas da unidade de produçã o:


Nú mero de itens produzidos;
Nú meros de metros, galõ es, etc;
Bases representativas dos elementos de custo:
Custo da mã o-de-obra direta;
Custo do material;
Custo do material e da mã o-de-obra direta;
Bases representativa do tempo de processamento:
Horas de mã o-de-obra direta;
Horas-má quina.

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Bibliografia e netgrafia

 MEGLIORINI, Evandir. Custos: aná lise e gestã o. 2. Ed.Sã o Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2007.

 PADOVEZE, Cló vis Luís. Contabilidade Gerencial: fundamentos e aná lise. Sã o


Paulo: Atlas, 1998.

 LEONE. G.G. Curso de Contabilidade de Custos. 3º Ediçã o. Sã o Paulo: Atlas, 2009.

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