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Direitos Humanos,

Atuação do Psicólogo
e Relações Raciais

Sensitivity: Internal
Direitos Humanos, Atuação do Psicólogo e
Relações Raciais
 Os Direitos Humanos refere-se a todos os direitos,
considerados fundamentais para a garantia da dignidade
humana e é importante salientarmos que a prática aos
Direitos Humanos é uma referência importantíssima na
atuação de qualquer profissão. Na área da Psicologia,
não é diferente, ela precisa contemplar em seus
pressupostos básicos, a garantia de que os direitos
humanos sejam assegurados, de acordo com o que é
estipulado na Declaração Universal dos Direitos
Humanos.

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Direitos Humanos, Atuação do Psicólogo e
Relações Raciais
 De acordo com os princípios fundamentais do Código de
Ética dos Psicólogos, a prática do psicólogo deve ser
baseada no respeito, liberdade, dignidade, igualdade,
preservando a integridade do ser humano.
 Na prática diária do Psicólogo, há diversos tipos de
ferramentas e instrumentos, utilizados com o intuito de
ajudar a diminuir os conflitos sociais e emocionais do
ser humano.

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Direitos Humanos, Atuação do Psicólogo e
Relações Raciais
 As violações dos direitos, que as pessoas são sujeitadas,
por diversas vezes vem acompanhadas de dor e sofrimento,
que logo, acaba acarretando o adoecimento psíquico da
pessoa. Isso se encontra presente, nas práticas psicológicas,
de profissionais que atuam
diretamente nas políticas públicas, como na área da saúde,
da Psicologia Social, Psicologia Organizacional e do
Trabalho e Psicossocial, que lidam diariamente com
questões sociais. Desse modo, quando falamos em
psicologia e Direitos Humanos, queremos pensar uma
psicologia que não se desvincula da política, mas sim,
aquela que lida em conjunto, possibilitando na sua prática a
melhoria nas situações que acontece na realidade.

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Direitos Humanos, Atuação do Psicólogo e
Relações Raciais

Com
 as políticas públicas, conseguimos alcançar um
número maior de pessoas sempre visando o bem-estar da sociedade local.
As questões raciais, apesar de serem algo enraizado no mundo e, principalmente

no Brasil, conseqüência da escravidão, é algo que deve ser discutido para que
possamos finalmente acabar com todo tipo de preconceito que, infelizmente, ainda
é muito comum na sociedade.

E por
 isso, os psicólogos devem intervir em sua área, seja ela, clínica, comunitária,
organizacional e etc., pois em cada área haverá um enfrentamento desse racismo .

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Direitos Humanos, Atuação do Psicólogo e
Relações Raciais

Há cada vez mais a necessidade de refletir


a respeito dos desafios diante das
violações dos direitos de uma sociedade, e
qual o papel de profissionais da
Psicologia quando estão diante dessas
reais situações.

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DESCOLONIZANDO A PSICOLOGIA
 Em 2003, a Lei 10639 entrou em vigor e alterou a Lei de Diretriz da
Educação, tornando obrigatória a inclusão da história e cultura afro-
brasileira na grade curricular do ensino fundamental e médio. Desde então,
escolas de todo o Brasil têm compartilhado novas práticas que vêm
transformando gradativamente o ensino tradicional, tornando-o mais
inclusivo e diversificado, refletindo, assim, a real face da população
brasileira.
 É necessário entender que o sistema educacional é de extremamente
relevante para a construção de novas perspectivas sobre a história dos
povos do Continente Africano e, consequentemente, para a construção de
uma identidade positiva, sem estigmas ou estereótipos, acerca da população
afro-brasileira.
 A nossa educação tradicional brasileira sempre se pautou em uma matriz
branca judaico-cristã, que abordava a cultura indígena e africana tão
somente como parte do folclore brasileiro.

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DESCOLONIZANDO A PSICOLOGIA

• A subjugação dos africanos à condição de escravos produziu efeitos devastadores em


suas subjetividades. Para além das mortes nos porões dos navios, nas rebeliões, nos
castigos perpetrados pelos colonizadores, muitos africanos em condição de escravidão
atentaram contra a própria vida. Como descendentes de africanos nascidos pós-
abolição, e ainda que não tenhamos vivido os horrores da escravidão do modo como
nossos ancestrais viveram, trazemos as marcas desse período. Para além disso, estamos
inseridos num país que implementou e que perpetua com múltiplos dispositivos uma
política de embranquecimento da população.

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DESCOLONIZANDO A PSICOLOGIA

A subjugação dos africanos à condição de escravos produziu efeitos


devastadores em suas subjetividades. Para além das mortes nos porões dos
navios, nas rebeliões, nos castigos perpetrados pelos colonizadores, muitos
africanos em condição de escravidão atentaram contra a própria
vida. Como descendentes de africanos nascidos pós-abolição, e ainda que
não tenhamos vivido os horrores da escravidão do modo como nossos
ancestrais viveram, trazemos as marcas desse período. Para além disso,
estamos inseridos num país que implementou e que perpetua com
múltiplos dispositivos uma política de embranquecimento da população.

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DESCOLONIZANDO A PSICOLOGIA

Ao limitar-se às conceituações brancas e europeias sobre saúde mental e


sofrimento psíquico, a psicologia brasileira deixa de contemplar e tratar
adequadamente 54% da população do país, composta por negros e negras.
A subjetividade negra é ignorada na grande maioria das graduações em
psicologia, e um dos efeitos diretos disso são pacientes negros serem
vítimas de racismo pelos profissionais que deveriam acolhê-los e, ao
mesmo tempo, sentirem que não estão sendo compreendidos em suas
questões e nem escutados como pertencentes a um povo que durante mais
de 300 anos foi escravizado e que só há 130 anos foi liberto.
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 “Respeite meu lugar de fala, encontre
seu lugar de escuta” Emmy Von N.

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DESCOLONIZANDO A PSICOLOGIA

• De acordo com o último censo do IBGE (2022), 0,8% da população brasileira é


composta por indígenas, população esta que vem aumentando nos últimos anos.
A Saúde Mental no Brasil, apesar de se pautar nos dias atuais por um viés
psicossocial, traz incongruências importantes que configuram de modo ambíguo
o campo, e que têm impacto direto sobre essas populações. Não é possível aplicar
os conceitos reducionistas de saúde, sobretudo de saúde mental, diretamente
sobre as culturas indígenas que são, ao contrário da sociedade envolvente,
holísticas. Portanto, faz-se necessária uma mediação inter e transcultural,
permeada pela inter e Transdisciplinaridade para se construir políticas públicas
que possam efetivamente atender a essas populações considerando suas
especificidades.

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DESCOLONIZANDO A PSICOLOGIA

• A colonização trouxe e deixou resquícios de suas marcas aos ameríndios, tirando


e dominando suas terras, perdendo espécies de plantas nativas, das quais são
utilizadas não somente para rituais mas também como medicina dos povos
indígenas, o estupro de mulheres, a submissão, de forma forçada a aprender a
língua portuguesa, a docilização e a tortura destes povos.
• O álcool foi trazido e oferecido pelos colonizadores como um instrumento de
submissão e infelizmente diante da realidade em que muitos indígenas vivem,
pode servir também como válvula de escape. O alcoolismo

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DESCOLONIZANDO A PSICOLOGIA
 Particularmente a situação das populações indígenas do Mato
Grosso do Sul, é das mais dramáticas do país. "A taxa de
mortalidade infantil é de 38 para cada mil nascidos vivos,
superando a média nacional de 25 mortes por mil nascimentos. São
assassinados cerca de 100 a cada 100 mil habitantes, quatro vezes
mais que a média nacional." (CFP, 2012, pág. 14). Além disso, as
populações indígenas são assoladas pelo suicídio.

"A taxa de suicídio entre as populações indígenas do Brasil é quatro vezes maior do que
no resto do país, segundo pesquisa veiculada pela UNICEF. Mato Grosso do Sul e
Amazonas concentram cerca de 81% dos casos de suicídio do país. No primeiro, as taxas
são 34 vezes maior do que a média nacional. O valor sobe ainda mais entre os jovens. O
Brasil tem cinco casos de suicídio a cada cem mil habitantes; entre os jovens indígenas
de MS, esse número chega a 446 casos para cada cem mil" (Carta Capital, 2011)

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DESCOLONIZANDO A PSICOLOGIA

 Portanto, a primeira questão importante a se considerar ao se tratar


da Saúde Mental Indígena é saber que embora as comunidades
indígenas possam ser vistas como populações que acabam sendo
colocadas em estado de vulnerabilidade, essas comunidades não são
subculturas da cultura nacional, e, portanto, não podem receber o
mesmo tratamento. Na verdade, trata-se de culturas inseridas numa
cultura envolvente, que continuam lutando para sua sobrevivência.
 É necessário que haja cada vez mais proximidades da psicologia
com os povos indígenas, para que assim possa ser gerada uma
epistemologia de acordo com esta subjetividade e especificidade do
povo indígena.

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AGRADECIMENTOS

Muito obrigado à Profª Drª Naiara Matos


pela dedicação, pelo respeito, pela
compreensão, paciência de nos ensinar e
pelos sábios conselhos sempre!
 

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Referências Bibliográficas

 Kaës, R. (1997). O grupo e o sujeito do grupo: elementos para uma teoria


psicanalítica do grupo. Casa do Psicólogo.
 Fernandes, M. I. A. (2005). Negatividade e vínculo: a mestiçagem como ideologia. Casa do
Psicólogo.
 Martinez, A.M. O que pode fazer o psicólogo na escola? Em Aberto, v. 23, n. 83. Brasília:
mar/2010. p. 39-56.
 RIBEIRO, Djamila; Lugar de Fala; 1ª edição; São Paulo; Pólen; 2019.
 ALMEIDA, Silvio; Racismo Estrutural; 1ª edição; São Paulo; Pólen; 2019.
 https://revistacult.uol.com.br/home/fanon-racismo-e-pensamento-descolonial/
 https://institutoaurora.org/lei-10639-03-o-que-ela-diz-e-qual-a-sua-importancia-para-a-construca
o-de-uma-sociedade-antirracista/
 https://noticiapreta.com.br/escritora-grada-kilomba-confirma-participacao-na-festa-literaria-de-p
araty/
 https://www.scielo.br/j/fractal/a/NTf4hsLfg85J6s5kYw93GkF/?lang=pt
 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1870-350X2017000200006

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Um slide só para os nomes

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Joelma de Araujo Palhas
Marcella Alves
Sthefanie Gouvêa

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