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Ampliando

Nossa Consciência:
um guia de sensibilização sobre a população trans.
Ampliando Nossa Consciência: um guia de sensibilização sobre a população trans.

Sumário
01 – Apresentacão 02
02 – Objetivos 05
03 – Conceitos Básicos Sobre Identidade de Gênero 06
04 – Programa de Diversidade, Equidade e Inclusão 08
05 – Acolhimento Humanizado a Pessoas LGBTI+ 10
06 – Perguntas Sobre Orientação Sexual e Identidade de Gênero 14
07 – Erros Comuns no Sistema de Saúde: Como Evitá-los? 17

01
Ampliando Nossa Consciência: um guia de sensibilização sobre a população trans.

01 Apresentação

Um estudo realizado no Brasil em 2018


mostrou que aproximadamente
1,38% da população brasileira é de
pessoas trans,
sendo que a média da população em
outros países é entre
0,5 e 1,3%.

Entender o contexto da população trans é fundamental para compreender por que precisamos ter processos
diferenciados de acolhimento e equidade em saúde, bem como para nos nortear na criação de protocolos
diferenciados para populações. A população trans tem um contexto social que precisamos reconhecer para
nortear este trabalho: 82% das mulheres trans e travestis abandonam o Ensino médio entre os 14 e os 18 anos;
90% das mulheres trans e travestis acabam em prostituição; e existe uma expectativa de que a vida de uma
pessoa trans é de 40 anos, ou seja, menor que a de uma pessoa cis. Entendendo este contexto social, sabemos
que é importante promover um ambiente de saúde em que pessoas trans sejam reconhecidas, se sintam prote-
gidas e acolhidas em todos os ciclos da vida.

02
Ampliando Nossa Consciência: um guia de sensibilização sobre a população trans.

De acordo com o Caderno de Atenção Básica 28 -


Acolhimento a Demanda Espontânea do Ministério
da Saúde, define-se o acolhimento como uma
prática presente em todas as relações de cuidado
nos encontros reais entre profissionais de saúde e
usuários, nos atos de receber e escutar as pessoas
e, podendo ainda, demandar continuidade no

LGBTI+
cuidado, apoio matricial e/ou encaminhamento
para outros serviços.

Desta forma, o acolhimento é determinante para


estruturar as possibilidades de cuidados que
merecem a população LGBTI+, desde informações,
aconselhamentos que exploram as questões de
identidade, sofrimento, relação família e trabalho
e, até mesmo, as decisões mais difíceis que podem
estar relacionadas a procedimentos de redesigna-
ção sexual. Além de reconhecer e oferecer o cuida-
do individual, centrado na pessoa, o enfermeiro
deve usar uma abordagem sensibilizadora e apro-
priada, garantindo assim um atendimento inclusi-
vo e humanizado.

03
Ampliando Nossa Consciência: um guia de sensibilização sobre a população trans.

A prática do
No sistema do Einstein, a nossa proposta é desen-
volver um ambiente acolhedor e seguro. Precisa-
mos ser intencionais para criar os protocolos para

acolhimento
evitarmos micro e macro agressões à população
LGBTI+, especialmente a população trans.

deve ser
Esta cartilha traz informações básicas sobre o
acolhimento da população LGBTI+ nas áreas assis-
tenciais.

humanizada.

04
Ampliando Nossa Consciência: um guia de sensibilização sobre a população trans.

02 Objetivos

Compartilhar Reforçar a Estabelecer Fortalecer o Estimular a


conceitos e importância do compromissos comportamento criação de
definições uso dos pronomes que estimulem ativo de ambientes
atualizadas de corretos com um melhor perguntas sobre inclusivos.
modo a garantir pacientes trans. acolhimento de orientação sexual
uma melhor pessoas trans no e identidade de
compreensão do serviço de saúde.� gênero.
assunto.

05
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03 Conceitos Básicos Sobre Identidade


de Gênero

Orientação Sexual
Orientação dos desejos e afetos.
Homossexual Bissexual Heterosexual
Pansexual Assexual
Identidade de gênero
Compreende os papéis, signos sociais e
performances que os indivíduos se
identificam e manifestam.

Masculino Neutro Feminina


Homem Não binário Mulher
Queer

Sexo Biológico
Compreende o sistema reprodutivo,
hormonal e cromossomos.

Macho Intersexo Fêmea

06
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Vamos conhecer a sigla?


+

LGBTI+
Lésbicas
Mulheres que Reforça que existem
sentem atração outras identidades que
afetiva/sexual pelo não se enquadram nos
mesmo gênero. padrões de gênero e da
heteronormatividade,
além daquelas
destacadas na sigla.

Gays Pessoas
Homens que
sentem atração
intersexo
afetiva/sexual pelo Pessoas que podem
mesmo gênero. Transexuais ou transgêneros apresentar
características de
Termo usado para se referir às pessoas que não se ambos os sexos
Bissexuais identificam com o gênero que lhes foi atribuído ao
nascer. Já aquelas que se identificam com o gênero que
(genitália atípica).
Pessoas que se
lhes foi designado ao nascer, são chamadas de “cis”.
relacionam
afetivamente e
“Travesti” é um termo usado apenas para designar
sexualmente com
pessoas trans com identidades femininas. Portanto,
pessoas de mais de
devem ser tratadas no feminino: “a” travesti, e nunca
um sexo/gênero.
“o” travesti.

Já os outros termos, como “transgênero” ou


“transsexual”, podem ser usados tanto por quem se
identifica como homem ou como mulher.

07
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04 Programa de Diversidade, Equidade e


Inclusão

O Programa de Diversidade,
Equidade e Inclusão está
dividido em cinco frentes
de atuação.

Cada uma das frentes


conta com um grupo de
afinidade aberto a todas
as pessoas que queiram
contribuir para a causa.

08
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Dentro do grupo de afinidades LGBTI+,


foi criado um grupo de acolhimento e
co-desenho focado na melhoria de
processos internos e protocolos de
acolhimento para a população trans e
LGBTQ+ dentro da organização.

Como parte deste trabalho, é fundamental que as


áreas clínicas saibam lidar e acolher estes pacien-
tes e colaboradores para evitar micro e macro
agressões no sistema.

Quando não temos processos desenhados, deixa-


mos cada indivíduo lidar com as pessoas com seu
entendimento do contexto, em vez de prepará-los
com protocolos e informação clara.

Por isso, esta cartilha traz informações


importantes para que todes possam
incorporar as melhores práticas no aco-
lhimento da população trans e LGBTI+
nos serviços.

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05 Acolhimento Humanizado a Pessoas


LGBTI+

Fluxo de Acolhimento Humanizado a


Pessoa LBGTI+ nas Clínicas Einstein
e Onsites

Ambiente Seguro Escuta Qualificada

Inclusão Cuidado

3 4
Reconhecimento Transformar
2 5
Estas seis etapas nos ajudam
entender o quanto está em nossas
mãos conseguir ter cuidado e dar
1 atenção humanizada para estas 6

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Ampliando Nossa Consciência: um guia de sensibilização sobre a população trans.

A nossa proposta para um Não questionar sobre motivações de


Ambiente acolhedor precisa: uma pessoa para identificar-se com uma
determinada identidade trans ou sobre
as suas perspectivas em relação a
gênero com intenção de validar ou não
sua identidade.

Garantir que o nome social seja


ofertado a todas as pessoas (cis ou
trans).
Ofertar cuidados relacionados à
necessidade legítima e subjetiva da
pessoa atendida, em vez de relacionar à
Utilizar o nome social no prontuário percepção estigmatizadora ou
e em todos os impressos (prescrição, simplesmente por curiosidade, bem
declaração e outros). como dar atenção integral à saúde e não
somente à investigação de ISTs.

Perguntar ativamente sobre o


gênero autorreferido de cada
pessoa, independentemente do Para exames ginecológicos,
“sexo” descrito em documentos e compreender quais termos a pessoa
prontuários. gostaria que fossem usados para se
referir às partes do seu corpo (por
exemplo, algumas pessoas trans
Garantir o uso de pronomes sentem-se mal em falar “vagina” e
adequados de acordo com o gênero preferem referir-se à “frente” ou utilizar
autorreferido (Sra., Sr., ela e ele). outro termo).

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Durante o acolhimento, a IDENTIFICAR E ABORDAR O HISTÓRICO DE VULNERABILIDADE


equipe médica deve reco- Histórias de abandono familiar, relações sociais, formação acadêmica e merca-
nhecer, elucidar e abordar do de trabalho.
diversas necessidades de
saúde, principalmente para IDENTIFICAR A PRESENÇA DE INCONGRUÊNCIA DE GÊNERO
as pessoas que não realizam (ASSOCIADO À EXPERIÊNCIA DE IDENTIDADE DE GÊNERO, LGBTI+)
qualquer seguimento de Sofrimento de exclusão pode causar transtornos ansiosos; transtornos de
saúde e bem-estar, consi- humor, como depressão, automutilação, negligência e compulsividade; trans-
derando um espaço singu- tornos de personalidade borderline e/ou histriônico; transtornos alimentares;
lar para a responsabilização. transtornos e sintomas psicóticos e transtornos do espectro do autismo.

Quando falamos sobre VERIFICAR O USO DE ÁLCOOL E DE OUTRAS DROGAS


equidade, precisamos ser Pessoas que trabalham com o sexo e longas jornadas noturnas podem estar
intencionais em lembrar de mais expostas ao uso de álcool, substâncias ilícitas e psicoativas.
considerar estes pontos
durante o atendimento que
VIOLÊNCIA
damos para esta população.
Todo caso de violência identificado precisa de acolhimento, atendimento,
notificação, monitoramento e, se necessário, seguimento com outros serviços.
Entender todo o contexto
em que a pessoa está inseri-
da, é fundamental para OUTRAS DEMANDAS TRAZIDAS PELA PESSOA
identificar as referências e
recomendações dos cuida-
dos a seguir.

Importante:
Ao identificar qualquer sinal de alerta (seja ou não através
da aplicação de formulários) realizar interconsulta com o
médico e demais especialistas.

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IDENTIFICAR A PRESENÇA DISFORIA DE SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA


GÊNERO • Anticoncepção.
Sofrimento causado pela sensação de inconformi- • Prevenção de ISTs.
dade (não se reconhece e/ou não é reconhecida). • Fertilidade e reprodução (modificação corporal,
Importante entender a idade em que o desconfor- seja através de procedimento cirúrgicos e/ou
to com o gênero foi atribuído, se houve intensifica- hormonização podem reduzir o potencial repro-
ção com o passar do tempo e se está relacionado à dutivo).
família, trabalho e religião.
VERIFICAR O USO DE MEDICAÇÕES,
RECONHECER PROPÓSITOS E INDECISÕES HORMÔNIOS E SILICONE INDUSTRIAL
SOBRE MODIFICAÇÕES CORPORAIS • Dose e tempo de uso.
• Hormonização.
• Cirurgia de redesignação sexual.
• Mamoplastia masculinizadora.
• Reconstrução de mama e inserção de implantes
mamários.
• Outros procedimentos.

RECONHECER A POSSIBILIDADE DE
RASTREAMENTOS
• Saúde mental (aplicar os formulários GAD2 e
PHQ2, se positivo, na sequência aplicar GAD7 e
PHQ9 para devidos encaminhamentos.
• Infecções sexualmente transmissíveis (HIV, sífilis,
hepatites e leucorreias) e parcerias.
• Câncer de mama.
• Câncer do colo de útero.
• Outros tipos de cânceres.
• Hipertensão Arterial.
• Diabetes Mellitus.
• Obesidade.

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06 Perguntas Sobre Orientação Sexual e


Identidade de Gênero
POR QUE VOCÊS QUEREM SABER SOBRE A Mulher transgênero é uma pessoa a
MINHA ORIENTAÇÃO SEXUAL E IDENTIDADE quem foi atribuído o sexo masculino
DE GÊNERO? ao nascer, mas que se identifica como
sendo do sexo feminino.
Conhecer a orientação sexual e a identidade de
gênero dos nossos pacientes nos ajuda a entender
melhor as populações que atendemos. Com essas Homem transgênero é uma pessoa a
informações, também podemos oferecer cuidado quem foi atribuído o sexo feminino ao
responsivo em termos culturais e focar nas neces- nascer, mas que se identifica como
sidades específicas de cada paciente. sendo do sexo masculino.

Também existem outras identidades de gênero.


O QUE É IDENTIDADE DE GÊNERO? Estas são algumas delas:

Identidade de gênero é a percepção interna que Gênero fluido: são pessoas que não têm
cada um tem sobre ser garota/mulher/do sexo uma identidade de gênero fixa.
feminino, garoto/homem/do sexo masculino, algo
diferente ou não ter gênero nenhum. Gênero não-binário/queer: é usado
para descrever pessoas cuja identida-
A palavra “transgênero” é usada para descrever as de de gênero não se encaixa no binário
pessoas cuja identidade de gênero não coincide de gênero tradicional de garota/mu-
com o sexo que lhes foi atribuído ao nascer com lher/sexo feminino ou garoto/ho-
base em expectativas tradicionais. mem/sexo masculino.

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O QUE É ORIENTAÇÃO SEXUAL? E SE EU NÃO SOUBER RESPONDER?

Você pode marcar “Não sei” se não tiver certeza, ou


Orientação sexual é a Heterossexual é o
pode conversar com o seu provedor de cuidados
atração física e emocional termo usado para
de saúde.
que as pessoas sentem em descrever mulheres
relação a outras pessoas. que sentem atração
principalmente por
NENHUMA DAS CATEGORIAS ME DESCREVE.
homens e homens E AGORA?
Gay é o termo usado para que sentem atração
Existem diversas orientações sexuais e identidades
descrever pessoas que principalmente por
de gênero. Infelizmente, não é possível incluir
sentem atração por pesso- mulheres.
todas elas aqui. Se a sua orientação sexual ou
as do mesmo gênero que
identidade de gênero não estiver especificada na
elas. A palavra “gay” geral-
Lésbica é como lista, você pode selecionar uma categoria adicional
mente denomina homens
chamamos mulheres ou, se houver espaço, escrever as palavras que
que sentem atração por
que sentem atração você usa para se descrever.
homens.
por outras mulheres.

Bissexual é alguém que sente atração emocional e física


por mulheres/sexo feminino e homens/sexo masculino.
Algumas pessoas definem bissexualidade como atração
por todos os gêneros.

Algumas pessoas podem identificar sua orientação como pansexual


ou assexual. Outras também podem utilizar o termo Queer para se
descrever de maneira mais abrangente. Esse termo inclui pessoas
que se identificam como minorias sexuais e de gênero, ou seja, que
não são heterossexuais ou não são cisgênero.

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POR QUE OS CENTROS DE SAÚDE FAZEM


E SE EU NÃO QUISER COMPARTILHAR
PERGUNTAS SOBRE O USO DE PRONOMES?
ESSAS INFORMAÇÕES? Pronomes são as palavras usadas para se referir a
Você pode selecionar “Prefiro não responder”. O alguém sem usar o nome da pessoa. Alguns exem-
seu provedor de saúde poderá fazer essas plos de pronomes são ela/dela, ele/dele e ile/dile.
perguntas mais tarde em privado e, se desejar, As perguntas sobre pronomes ajudam a equipe a
você poderá fazer perguntas também. Você não se referir corretamente aos pacientes. Se elas não
precisa responder se não quiser. forem feitas, a equipe terá que fazer uma suposi-
ção, o que pode causar situações constrangedoras
QUEM PODERÁ ACESSAR ESSAS e desrespeitosas.
INFORMAÇÕES?
Seus provedores de serviços de saúde terão COMO ESSAS INFORMAÇÕES SERÃO
acesso a essas informações e elas podem ser USADAS?
incluídas no seu prontuário médico eletrônico. Se
algum membro da equipe inserir esses dados no O seu provedor de serviços de saúde usará essas informa-
seu prontuário, essa pessoa também poderá ver ções para entender melhor como cuidar de você e ofere-
as suas respostas. Se tiver dúvidas, fale com o seu cer o melhor atendimento possível. Além disso, coletar
provedor. essas informações de todos os pacientes possibilita aos
centros de saúde identificar lacunas nos serviços ou no
atendimento oferecido a diferentes populações.
DE QUE FORMA MINHAS INFORMAÇÕES
SERÃO PROTEGIDAS?
A sua orientação sexual e identidade de gênero
são informações confidenciais protegidas por lei,
assim como todos os outros dados relacionados
à sua saúde. Se você tiver menos de 18 anos, os
seus pais ou responsáveis também podem ter
acesso a elas. Converse com o seu provedor se
tiver alguma dúvida.

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07 Erros Comuns no Sistema de Saúde:


Como Evitá-los?
Use a informação correta.
GLS Hermafrodita
por por

LGBTI+ Intersexo
GLS é uma sigla representativa dos Intersexo é o termo para se referir
gays, lésbicas e simpatizantes, que às pessoas que nascem com
simboliza todas as pessoas que, diferentes tipos de variações bioló-
independentemente de orientação gicas, podem envolver os genitais,
sexual ou identidade de gênero os hormônios e os cromossomos e
participa do movimento da diversi- que não se ajusta às definições do
dade LGBTI+. Uma sigla que foi feminino ou do masculino. Herma-
muito utilizada para as atividades frodita é um termo desatualizado.
no meio comercial e cultural,
porém não identifica as pessoas
bissexuais, travestis, transexuais e
intersexo se tornando excludente
as referências LGBTI+.

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Homossexualismo Opção sexual


por por

Homossexualidade Orientação sexual


O sufixo "ismo" remete a ideia de doença, assim o O termo opção sexual é inadequado, pois ninguém
termo homossexualismo não é mais utilizado, o "opta" conscientemente por sua opção sexual,
termo correto é homossexualidade, que se refere assim como o heterossexual não "optou" por essa
da forma correta à orientação sexual, afetiva e forma de desejo. Portanto, o termo correto é
emocional. orientação sexual, pois é como a pessoa manifesta
suas relações afetivas e sexuais.

Homofobia e Transfobia “O” travesti


por por

LGBTIfobia “A” travesti


A LGBTIfobia é um crime imprescritível e inafiançá- É incorreto usar o artigo masculino "O", pois está se
vel, consiste em qualquer ato individual ou coletivo referindo a uma pessoa com identidade de gênero
de preconceito e/ou violência simbólica, psicológi- feminino, consequentemente deve-se usar o
ca, sexual, institucional e física a pessoas LGBTI+ artigo feminino A".
motivado pela orientação sexual e/ou sua identida-
de de gênero. É importante que a pessoa realize um
boletim de ocorrência policial para que haja um
processo criminal. Qualquer profissional de saúde
ao perceber uma situação de LGBTI+ deve realizar a
Ficha de Notificação de Violência.

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Homossexual Família homossexual


por por

Homoafetivo Família LGBTI+


Toda pessoa que se sente atraída sexual, emocio- Família LGBTI+ é aquela família que em sua compo-
nal ou afetivamente por pessoas do mesmo sexo/- sição existe ao menos uma pessoa que se identifi-
gênero é uma pessoa homossexual. A relação que no grupo LGBTI+, desde os pais até os filhos.
entre pessoas homossexuais é denominada
homoafetiva.

Mudança de sexo Transexualismo


por por

Readequaçâo/Redesignação Incongruência de Gênero


de sexo e gênero O termo ''Incongruência de gênero", presente no
capítulo de ''Condições relacionadas à saúde
A redesignação de sexo e gênero, e não mudança sexual" na nova versão do documento (CID-11)
de sexo, é um conjunto de estratégias assistenciais descreve situações em que o gênero com que uma
que pretendem realizar modificações corporais do pessoa se reconhece não é o mesmo que aquele
sexo, em função de um sentimento de desagrado atribuído a ela ao nascimento. O termo "transexua-
entre seu sexo biológico e seu gênero. Um proce- lismo", descrito no Capítulo de Transtornos Men-
dimento cirúrgico deve também ser seguido de tais e Comportamentais da CID-10, carregava o
ações de acompanhamento com a equipe multi- estigma de patologia das "identidades trans".
profissional.

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Transtorno de identidade
de gênero
por

Disforia de gênero
O termo "Transtorno de identidade de gênero" se
remete à patologia da identidade de gênero, por
isso a substituição para "disforia de gênero". Um
sofrimento causado pela sensação de inconformi-
dade que pode ser vivida por uma pessoa que não
se reconhece e/ou não é reconhecida como
pertencente ao gênero com o qual se identifica.
Nem toda pessoa trans tem disforia de gênero.

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Ampliando Nossa Consciência: um guia de sensibilização sobre a população trans.

Aqui todas as pessoas


são bem-vindas!
O Einstein é
LGBTI+, negras, pessoas um local
com deficiência, de todas
as idades, etnias e religiões. seguro e de
Caso tenha alguma dúvida, por favor, enviar um e-mail para: acolhimento!
progdiversidadeeinclusaoeinstein@einstein.br

#VamosJuntesPelaInclusão

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