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LIÇÃO 5
O CRESCIMENTO DA IGREJA
(At 6-9)
A
comunidade cristã de Jerusalém cresceu rapidamente. Logo, pas-
sou a incluir judeus que tinham vivido dispersos, naturais da
Galiléia e da Judéia, e mesmo alguns dos sacerdotes. O nome igre-
ja foi adotado pela comunidade cristã muito cedo. Conforme vimos na Lição
1, o nome igreja, no tempo de Jesus, passou a ser usado para assinalar a
diferença entre a congregação daqueles que aceitavam Jesus como Messi-
as, e os seus compatriotas judeus que não O aceitavam. O termo tinha
conotações advindas do seu uso no Antigo Testamento. Na Septuaginta, o
termo foi empregado para distinguir todo o povo de Israel, o povo peculiar
de Deus, e, como tal, os primeiros cristãos de Jerusalém mantiveram-no ao
freqüentarem o templo, em obediência à lei judaica. Além disso, suas práti-
cas religiosas prendiam-se ao batismo em nome de Jesus, freqüência regu-
lar à instrução dada pelos apóstolos, e “comunhão” no sentido familiar - “ti-
nham tudo em comum”. (Leia Atos 2.42-47).
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LIÇÃO 5: O CRESCIMENTO DA IGREJA 59
ESBOÇO DA LIÇÃO
OBJETIVOS DA LIÇÃO
TEXTO 1
Detectando o problema
Outra lição que esse incidente nos ensina é que deve haver distinção
entre os oficiais da igreja: uns para “servir às mesas”, para administrar as
finanças e cuidar dos necessitados, e outros para dedicar-se à pregação e à
oração.
TEXTO 2
O MARTÍRIO DE ESTÊVÃO
(At 6.8-15; 7)
Testemunhas mentirosas
Nesse momento, o céu se abrira para lhe oferecer entrada. Estêvão morreu
como morrera Cristo, sem qualquer res-sentimento contra seus algozes, oran-
do: “Senhor, não lhes imputes este pecado...” (7.60).
Quem ousaria crer que dentro em breve Saulo estaria ocupando o lugar
de Estêvão, e que Saulo iria empenhar toda a sua energia a fim de elevar bem
alto a bandeira do Evangelho de Cristo, tornando-se uma figura ímpar do
Cristianismo?
TEXTO 3
A fúria do inimigo
Alcance da dispersão
Antioquia foi fundada cerca do ano 300 a.C. por Seleuco I Nicator, após
sua vitória sobre Antígono, em Issos (300 a.C.). Era a mais famosa das
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TEXTO 4
Era necessário ainda alcançar toda a Judéia, indo do Mar Morto e do rio
Jordão de um lado, às praias do Mediterrâneo do outro lado, invadir o Sul,
subir até o Norte, atravessar a fronteira, penetrar na província vizinha, e se
espalhar pelo mundo, enchendo-o do Evangelho.
Simão, o mágico
Perplexo diante dos milagres operados por meio de Filipe, Simão “creu”
(v. 13). Lucas emprega sua expressão regular, creu, e não há razão para
duvidar-se da sinceridade de Simão até esse ponto. Mas em dado momento,
Simão demonstrou que não deixara de lado a prática pagã da magia. Ele
impressionara-se com o fato de que o poder de Deus pudesse ser transmitido
pela imposição das mãos dos apóstolos. Acreditou que com dinheiro compra-
ria esse poder ou o segredo do sucesso dos apóstolos, e assim se tornaria
ainda muito mais popular que antes.
Filipe e o eunuco
TEXTO 5
A CONVERSÃO DE SAULO
(At 9)
Saulo teria sido levado para Jerusalém quando ainda criança, onde foi
educado aos pés de Gamaliel - doutor da lei e membro do Sinédrio. Paulo
sempre o reconheceu como seu professor. Tal qual o próprio Estêvão, Saulo
teria percebido a impossibilidade de conciliação entre a velha e a nova
dispensação. Para Saulo, a lei de Moisés tinha validade eterna e o templo de
Jerusalém era o inatingível santuário do Senhor dos Exércitos. Em seu cora-
ção abrigava, pois, grande rancor contra os cristãos, que tinham como men-
sagem principal Jesus Cristo ressuscitado e feito Messias e Senhor. Assim,
não só se empenhou no extermínio do Cristianismo em Jerusalém, como
também foi ao encalço daqueles que haviam fugido para Damasco, a fim de
trazê-los de volta a Jerusalém onde seriam julgados e condenados à morte.
Saulo em Damasco
De perseguidor a perseguido
Somente três anos depois da sua conversão é que Saulo voltou a Jeru-
salém, onde passou quinze dias com Pedro, avistando-se também com Tiago,
o irmão do Senhor (Gl 1.18,19). Seu contato com esses e com outros cristãos
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teve de ser facilitado por Barnabé, pois, os próprios discípulos tiveram dificul-
dade em crer na autenticidade da sua conversão. Assim, Barnabé “tomando-
o consigo, trouxe-o aos apóstolos, e lhes contou como no caminho ele vira
ao Senhor e lhe falara” (v. 27). Porém, quando pôs-se a pregar nas sinagogas
de Jerusalém como fizera em Damasco três anos antes, teve que ser retirado
da cidade, por medida de segurança.