Você está na página 1de 6

http://www.elocristao.com.br/ecveart.aspx?

idArtigo=256

CORRENTES TRIBULACIONISTAS

Nessa parte do nosso estudo a nossa tarefa se dará em apresentar os pontos de discussão em relação a
Segunda vinda de Cristo e o período caracterizado por grande tribulação. Esse ponto de vista quanto a um
período de tribulação diferenciada quanto à intensidade das provações vividas pelos cristãos é comum nas
diversas correntes existentes. A distinção se dá quanto à posição em que a igreja se encontrará nesse
período. Sendo que esse tem trazido diversas discussões e pontos de vista de acordo com a posição
Milenista adotada por determinado grupo. A discussão gira em torno do fato se a igreja vai ou não passar
pela grande tribulação, se vai por um determinado período e outro não e etc. Passaremos a apresentar as
diferentes correntes existentes na nossa atualidade, apresentando também as dificuldades que encontram
para manterem suas explicativas.

PRÉ - TRIBULACIONAMISMO

Os Pré-Tribulacionalistas geralmente reconhecem que não há nenhuma declaração completa do Pré-


Tribulacionismo nos escritos dos pais antigos. Mas admitem que escritos cristãos antigos contêm uma
crença na iminência, que, segundo sustentam é o aspecto central dessa doutrina.

No começo do século XIX, o Pré-Tribulacionsmo nítido ocorreu nos pontos de vista de Darby e os irmãos
de Plymouth. O que foi exposto era bem semelhante era semelhante ao ponto de vista da igreja primitiva:
que era futurista quanto à vinda do Anticristo, ocorrendo severa perseguição sobre a igreja durante a grande
tribulação. Conforme essa visão Cristo voltará no fim da tribulação para libertar sua igreja. Darby introduziu
uma nova visão desse conceito: Cristo virá arrebatar Sua igreja antes da tribulação e antes Dele vir em glória
para estabelecer o reino milenar.

Darby visitou os Estados Unidos várias vezes e fez exposição dos seus modos de ver a Escatologia. Para
muitos americanos, o darbyismo se constituía na recuperação da doutrina Bíblica da Segunda vinda de
Cristo. A Bíblia de referências Scofield, foi eficaz para espalhar o Pré-Tribulacionismo, foi largamente
distribuída nos meios conservadores e era o único auxílio ao estudo Bíblico possuído por muitos leigos.

DOUTRINAS DO PRÉ - TRIBULACIONISMO

Os Pré-Tribulacionistas insistem na grande tribulação como sendo tão intensa que não será facilmente
confundida com a tribulação em geral. Esse período envolverá três classes de pessoas que são a saber: a
nação de Israel, o mundo gentio pagão e os santos que estiverem vivendo nesse tempo. Esse período tem um
duplo propósito definido: encerrar o tempo dos gentios, Lc.21:24 e preparar para a restauração e reunião de
Israel no reino milenar de Cristo após o segundo advento. Este período é visto como de transição no plano
de Deus para restabelecer seu projeto original (Israel).

Outro aspecto de suma importância do Pré-Tribulacionismo é a idéia de que Jesus virá arrebatar a sua igreja
antes da grande tribulação, ou seja, tirá-la do mundo. Essa vinda de Cristo não será visível aos descrentes,
embora tenha seus efeitos serão perceptíveis ( a falta das pessoas que foram arrebatadas serão sentidas). O
efeito do arrebatamento se dá no fato da igreja ser removida da terra antes da grande tribulação que terá
duração de sete anos. Duas coisas terão acontecimentos com o arrebatamento: os santos serão trasladados,
sendo transformados para a natureza e a condição que serão deles por toda eternidade e os crentes que
tiverem morrido em Cristo serão ressuscitados de acordo com a interpretação dada a I Ts.4:17. Nesta
ocasião os cristãos comparecerão diante do tribunal de Cristo para o julgamento segundo as sua obras, II
Co.5:10. A característica desse julgamento é galardoar aos que estão sendo julgados pelas suas obras. Logo,
se restringe aos fiéis que estão com Cristo nesse período e não tem característica Soteriológica.

No fim desse período de sete anos, durante o qual a igreja já foi galardoada e está reinando com Cristo,
Jesus retornará visivelmente para todos, com a sua igreja em triunfo. Esse período será sucedido por uma
segunda ressurreição: dos crentes que morreram durante a tribulação, que passam a compartilhar do reino
milenar com Cristo e os demais crentes.
E ainda outra doutrina crucial para o Pré-Tribulacionismo, é a doutrina da iminência, segundo a qual a volta
de Cristo, tanto arrebatamento, quanto parousia, poderá ocorrer a qualquer momento, sem necessidade de
nenhum evento que a anteceda. Vêem esta crença como grande incentivo para a urgência no serviço Cristão,
bem como para vivermos preparados. Isto quer dizer em constante busca de santificação.

ALGUMAS OBJEÇÕES

A- A fraqueza de evidência Bíblica em prol do conceito de iminência. As passagens em que se apoiam para
fundamentar sua doutrina parece indicar aos primeiros discípulos que Sua vinda seria adiada por certo
tempo. Estas podem ser observadas por exemplo em Lc.19:11-27; Mt.25:5; Mt.25:19.

B- Outro problema diz respeito às passagens em que vêem descrições do arrebatamento (a vinda para a
igreja). como ITs.4:16-17, em que parece encaixar melhor a interpretação da Segunda vinda geral ou para
todos de acordo com o contexto e obediência as regras de interpretações. Outra passagem diz respeito a
IITs.2:3 = apostasia no contexto nada parece sugerir um arrebatamento. Visto que o contexto se trata do
homem do pecado, da iniquidade e injustiça que acompanharão Sua vinda, parece melhor definir apostasia
no sentido usual ou desvio da fé.

PÓS-TRIBULACIONISMO

Ladd resumiu os primeiros períodos da igreja (ou patrístico), em relação à Escatologia da seguinte forma :
"Cada pai da igreja que trata do assunto prevê que a igreja sofrerá às mãos do Anticristo. Deus purificaria a
igreja através do sofrimento, e Cristo a salvaria mediante a Sua volta no fim da tribulação quando, então,
destruiria o Anticristo, livraria Sua igreja, e traria o mundo ao fim e inauguraria Seu reino milenar. O ponto
de vista que prevalece é o Pré- Milenismo Pós-Tribulacional". Os seguimentos da Reforma foram Pré-
Milenistas na sua orientação, e todos eram Pós-Tribulacionistas.

DOUTRINAS DO PÓS-TRIBULACIONISMO

O primeiro aspecto principal do Pós-Tribulacionismo é, naturalmente, que a igreja não será removida do
mundo antes da tribulação, pelo contrário, passará por ela, suportando-a pela graça e força de Deus.
Somente depois desse grande e terrível período é que Cristo voltará.

Outro aspecto notório no Pós-Tribulacionismo, é a distinção entre a grande tribulação e a ira de Deus. A
tribulação é experiência normal na vida do Cristão e sempre esteve existente na história da igreja, o que a
distingue da tribulação específica do final dos tempos é o seu grau de intensidade, não o tipo. Portanto,
todos quanto se encontrarem na terra por essa ocasião, terão que experimentá-la, ou seja, não terão escape.
Não há um período de tempo determinado em que ocorrerá esse fato. Por não serem literalistas, não
concordam que os sete anos são literais tal como descrito. A ira de Deus coincidirá em parte com esse
período, mas visa somente os ímpios, dessa os santos serão poupados ou escaparão.

No final dessa tribulação, Cristo voltará pela segunda vez, o que acreditam ser um evento unitário. Sem que
haja duas etapas que se darão no fato de Cristo voltar para a igreja e com a igreja. Embora o termo
"ressurreição", não seja comumente usado pelos Pós-Tribulacionistas, esse realmente designa o que
acontecerá no fim da tribulação. Quando Cristo vier, os santos que já morreram serão ressuscitados. Eles,
juntamente com os santos que ainda estiverem com vida, serão levados a encontrar-se com o Senhor e
depois voltarão para reinar com Ele. Essa constitui a esperança que têm e não serem livres de passar pela
tribulação.

Outro aspecto é quanto a ressurreição. Acreditam haver duas ressurreições físicas: uma de todos os justos no
começo do milênio e outra de todos os ímpios no final do milênio. Por causa de não haver diferença na
vinda para a igreja e com a igreja, não haverá nenhuma morte de santo, e portanto, será desnecessário outra
ressurreição de justos.
A idéia de iminência usada para designar a volta de Cristo para os Pós-Tribulacionistas tem conotação não
de que essa ocorrerá a qualquer momento, mas que está pendente. Sendo assim toda uma sequência de
eventos que anteciparão a Sua vinda, como a vinda propriamente dita estão pendentes.

E ainda outra distinção presente, é a referência aos eleitos que estiverem presentes no meio da tribulação é,
segundo acredita o Pós-Tribulacionista a igreja e não aos judeus eleitos, pois não há distinção entre Israel e
a igreja. Embora acreditem que possivelmente Israel terá um lugar especial nos últimos tempos, não será
porque Deus volta tratar Israel como nos tempos mais antigos, mas porque incluirá um grande número de
judeus na igreja. Restringir os eleitos na tribulação aos judeus literais ou nacionais é portanto, algo
inconcebível.

Ainda destaca como doutrina no Pós-Tribulacionismo, o reino de Deus tanto como presente, quanto futuro.
O reino de Deus já está presente nos corações de todos quantos crêem Nele e Lhe obedecem. Mas será
plenamente estabelecido e realizado no futuro, quando Cristo voltar e cada joelho se dobrar e cada língua
confessar que Ele é Senhor.

ALGUMAS OBJEÇÕES

Há frequentemente uma falta de informações positivas da parte do Pós-Tribulacionistas. Parcialmente isso


se deve ao fato de ser uma reação ao Pré-Tribulacionismo identificado como o ponto de vista de que a igreja
será arrebatada antes da grande tribulação.

No desejo de evitar minúcias em excesso, o Pós-Tribulacionismo, às vezes tem exagerado a reação contra, e
logo deixou de enfatizar suficientemente os fatos centrais Escatológicos, tais como a Segunda vinda gloriosa
e corpórea do Senhor.

POSIÇÕES INTERMEDIÁRIAS

Discutimos anteriormente, duas posições contrárias uma a outra quanto a posição do cristão no período da
grande tribulação. Por conter nas duas posições fatores válidos, surgiu outras posições intermediárias na
tentativa de combinar tais elementos. Discutiremos de forma bem abreviada, três dessas posições
decorrentes na história, que são a saber: o Mid-Tribulacionismo, o Arrebatamento Parcial e o Pós-
Tribulacionismo Iminente .

MID-TRIBULACIONISMO

O Mid-Tribulacionismo é o conceito segundo o qual a igreja passará pela primeira metade da grande
tribulação.

O primeiro aspecto saliente dessa teoria é que os escolhidos mencionados por Jesus em Mt.24:22, não são os
judeus, mas os santos ou a igreja.

Um segundo argumento é uma distinção entre a tribulação e a ira. Neste aspecto, o Mid-Tribulacionismo
diverge pelo menos em duas posições que são a saber: dentro de uma posição vê a igreja presente durante a
tribulação, bem como na ira de Deus de forma física, mas quanto a última será protegida. Para exemplificar
relatam o fato de que durante as pragas no Egito, Israel estava presente, porém não foram atingidos. Esse
mesmo fator deve ocorrer quanto ao derramamento da ira que se dará de modo seletivo, ou seja, apenas
sobre os ímpios.

A outra porém, que na verdade é a maioria, discorre na idéia de que, embora concorde que a igreja estará
presente na grande tribulação, discorda com o fato de estar também durante o derramamento da ira de Deus.
De acordo com essa posição, nesse período a igreja será arrebatada. A grande tribulação embora seja severa,
será muito breve. Conforme o que é registrado em Mateus e Marcos, Jesus indicou tanto a severidade,
quanto a brevidade da tribulação: "Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do
mundo até agora não tem havido e nem jamais haverá. Por causa dos escolhidos tais dias serão abreviados".
A tribulação não é vista como restrita aos últimos tempos, é normal à igreja em todas as eras. Embora esta
seja como sem igual em toda sua história.

Por mais terrível que venha ser essa tribulação, não pode ser identificada com o período da ira de Deus.
Depois de descrita a tribulação, foi enumerado os sinais que a seguirá. Essa não será para a igreja. Várias
referências são indicadas como sendo a salvação, o livramento da ira de Deus. Rm.5:9; Its.1:10; Mt.3:7;
Lc.3:7.

Há mais provas específicas de que a igreja será arrebatada antes das taças da ira serem derramadas. Certos
detalhes nos leva até o ponto central desse período, considerado como de sete anos. A abominação no meio
desses sete anos, sendo identificado com o surgimento do iníquo IITs.2:9, que consequentemente será
revelado IITs.2:3. Este fato, identifica com a vinda do poder do chifre pequeno Dn.7:24-25, que é permitido
continuar por três anos e meio. Estes pormenores entendidos coletivamente ilustram bem o ponto de vista
Mid-Tribulacionista.

As duas posições estão juntas quanto ao fato de que a igreja estará presente na primeira metade do período e
que a vinda de que Cristo se dará no fim desse período.

Uma Objeção a essa teoria é a falta de prova Bíblica para fundamentar e solidificar o fato afirmado pela
maioria de que a igreja não estará fisicamente presente quando ocorrer o derramamento da ira de Deus. Ser
protegido é distinto de não estar presente.

O ARREBATAMENTO PARCIAL

De acordo com o conceito da teoria do Arrebatamento Parcial, nem todos os crentes são arrebatados numa
mesma ocasião, seja antes da grande tribulação, seja depois. Mas ao contrário, serão arrebatados em grupos
conforme seu estado de prontidão. Este conceito é pouco aceito, tanto quanto pouco conhecido.

Uma questão teológica e chave que sustenta esse conceito, reconhecida pelos aderentes e opositores é da
trasladação para o céu baseada no galardão. Os defensores dessa teoria consideram que lançam luz sobre
passagens Escatológicas que enfatizam aqueles que são levados e aqueles que são deixados, entre os que
recebem e os que não recebem galardão. Exemplos desse fato se dá na parábola das dez virgens e a
passagem mais apelativa que é em Mateus 24 quando o autor cita que: "Dois estarão no campo, um será
tomado e deixado o outro". E finalmente a passagem de Lc.21:36: "vigiai pois a todo tempo, orando para
que possais escapar de todos essas coisas que têm de suceder, e estar em pé na presença do Filho do
Homem".

O que se pode enfatizar dessa teoria pode melhor ser resumida em três aspectos: 1- A trasladação para o céu
é um galardão para a fidelidade e vigilância. 2- Nem todos os crentes serão arrebatados ao mesmo tempo.
Estará de acordo com a posição em que se encontrarem num grau de hierarquia quanto a vigilância e
fidelidade. 3- A ressurreição dos santos se dará de forma parcial, assim também o arrebatamento.

ALGUMAS OBJEÇÕES

A- O conceito de Arrebatamento Parcial baseia-se num princípio de obras, opondo ao conceito Bíblico de
graça.

B- Uma exegese bem feita dos textos base indicará que coisas demais são atribuídas às passagens.

PÓS-TRIBULACIONISMO IMINENTE

O argumento que gira em torno desse conceito se dá na afirmação de que é iminente a vinda de Cristo, mas
que seguirá e não precederá, a grande tribulação. De acordo com Payne, defensor dessa teoria, a palavra
iminente transmite a idéia de alguma coisa pendente, que está pendurada em cima de alguém, pronta a
alcanaçá-la. Nesse caso a vinda de Cristo poderá ser tão rápida que não dará nenhum verdadeiro aviso
prévio, nem oportunidade para fazer preparativos. Duas classes de palavras Neotestamentárias caracterizam
a atitude do crente para com a Segunda vinda de Cristo: verbos de vigiar e de esperar. Os dois significam
vigilância imediata ou estado de prontidão, aguardando algum evento.

As passagens que apoiam a iminência são dentre outras as seguintes: Mt.24:42-25:13; Lc.12:36-40;
Rm.8:19, 23, 25; Ico.1:7; Tg.5:7-8 Jd.21 e Ap.16:15. Cada uma dessas passagens indica um ou mais dos
seguintes fatores: a importância da vigilância e a incerteza do tempo da vinda.

A outra parte do ponto de vista é a esperança da igreja é por uma libertação do mundo subsequente à
tribulação ao invés ao invés de um arrebatamento antes da grande tribulação. O argumento se baseia em
passagens referentes a esperança da igreja como a de: Ico.15:51-52; Tt.2:12-13; Its.1:6-8; Rm.8:18-21;
Ap.7:3-4, onde a mais crucial se encontra em Mt.24:29-31: "Logo em seguida à tribulação daqueles dias...
Ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os reunirão os seus escolhidos, dos quatro
ventos, de uma a outra extremidade dos céus". Certamente essa passagem transmite a idéia de um
arrebatamento após a tribulação.

A objeção mais reconhecida levantada a essa posição se encontra em seu argumento em prol da iminência.
Payne citou os verbos vigiar, esperar, trabalhar e estar pronto, bem como as declarações de que é
desconhecido o momento da vinda do Senhor. Reconheceu que essas passagens não poderiam ter
significado iminência para seus ouvintes e leitores da época, porque alguns eventos deveriam ocorrer antes
do Senhor retornar.

CONCLUSÃO

Existem fatos que não podemos fugir ao tratar do assunto estudado acima. A Bíblia nos é muito clara ao
falar da volta de Cristo, da Ressurreição dos mortos, do juízo final e estado eterno. Porém, ao se tratar dos
pormenores, ou seja, a forma como se dará tais acontecimentos, não temos nenhuma descrição, o que fez
com que surgissem tantas explicações especulativas, visando jogar luz aos textos. E isso, em textos que
inúmeras vezes não permitia tal luz. Por isso, depois de um estudo cuidadoso e avaliativo de cada corrente
trabalhada, percebi apresentar maior base Bíblica e por isso mais credibilidade a corrente Milenista
conhecida como Amilenista e corrente Tribulacionista conhecida como Pós-Tribulacionista. O que trará
como resultado na minha conclusão, o objetivo de refutar as principais objeções apresentadas a tais
correntes aderidas na minha posição.

Quanto às objeções levantadas contra o Amilenismo, vemos sua ênfase maior na defesa própria, do que em
embasamento Bíblico.

Quando argumentam o fato da escritura declarar a atividade de satanás cegando o entendimento dos
incrédulos e a luta descrita pelo apóstolo Paulo em Ef.6:12. Quanto a isso, destacamos o fato de que ao
tratar da prisão de satanás, não estamos declarando sua inatividade ou aniquilamento total. Mas o fato
primordial e que não está livre para agir da forma como pretende, suas forças estão limitadas ao poderio de
Cristo que veio para desfazer as obras do diabo e cumprir toda justiça. Do contrário, teremos que concluir
que a vitória de Cristo na cruz, ou seja, a mensagem da cruz que cremos, pregamos e anunciamos, não nos
trouxe nenhum benefício presente, mas que sua característica é puramente Escatológica, o que acredito não
ser afirmação de nenhum cristão consciente de sua verdadeira posição em Cristo.

Quanto ao argumento sobre as ressurreições descritas em Ap.20, de que se gabam Ter uma melhor
explicação, destacamos o fato de que necessariamente a Bíblia deve interpretar a própria Bíblia. E não
vemos o restante da teologia Bíblica lançando luz a tal texto, ao contrário, podemos destacar com maior
ênfase a base teológica Neotestamentária no fato de haver um único evento da ressurreição física para todos
os homens. Podemos ainda nos gabar, se é o caso, que temos a nosso favor o fato de serem textos
doutrinários.

Quanto ao fato do Milênio, na sua forma literal e concreta, como muitos entendem, caba ainda, a
necessidade de esclarecê-lo, trazendo embasamento Bíblico, para respaldarem sua posição, antes de explicá-
lo simplesmente baseado em explicações de cunho pessoal, valendo-se argumentos posicionados nas
profecias judaicas. Apresentando por isso, um mais caráter Veterotestamentário, que atual ou característico
da era da igreja. com isso queremos destacar o fato da teologia Neotestamentária, apresentar como
característica o fato de Cristo Ter nivelado judeus e gentios, não havendo por isso distinção, nem privilégios
e consequentemente nem a necessidade de um Milênio literal, para se cumprir as promessas dadas a nação
judaica. Ao contrário, as que ainda não foram cumpridas, terão seu cumprimento na igreja, ou seja, naqueles
que estão subordinados ao governo de Cristo, que estão em obediência a Deus, o que é a base primordial,
para a aliança ser restabelecida com seu povo (judeus e gentios).

Queremos ainda enfatizar o fato de ser a igreja, projeto estabelecido por Deus, para que sua justiça seja
conhecida por todos os povos e vivida por aqueles que estão "Em Cristo". O que faz com que desfrutem já
do reino de Deus, inaugurado pela presença física de Cristo na terra e vitória sobre a morte, que trouxe
como conseqüência a inauguração do Milênio, que tem como foco o fato de não está constituído como
sendo comida, nem bebida, mas paz e alegria no Espírito. Que não veio em real aparência, mas dentro dos
corações, presente nas adversidades. Este reino será plenamente estabelecido após o Milênio ou era atual, de
ocorrido todos os eventos que antecederão o estado eterno das ciosas.

Ainda na conclusão desse trabalho, queremos ressaltar ao fato da posição aderida de acordo com as
correntes Tribulacionistas, que se deu voltada ao Pós-Tribulacionismo.

Quanto as que objetam ao Pós-Tribulacionismo, as citadas não são suficientes para destacar sua não
credibilidade. Isso por não trazer nenhuma base quanto a citações de sua visão, que propõe objetivar tal
posição. Não podemos cair na inocência, a ponto de num argumento teológico, trazermos afirmações sem
argumentos que nos leva a defendê-las , ou então como no caso, escalrecer, a questão em falta contra o que
estou rebatendo.
Os Pós-Tribulacionistas no que concluo, foi simplesmente fiel em não acrescentar ou explicar o que a Bíblia
não nos dá base para fazê-lo. Mas apresenta todo corpo de doutrinas ligadas à volta de Cristo, bem como a
posição de cada indivíduo. O que acredito, que ocorre é que a forma como a Bíblia apresenta e trata os
assuntos futuros, nem sempre nos agrada. Afinal de contas, quem gostaria de passar por um período de
tribulação como jamais houve na face da terra? É a forma como a Bíblia descreve tal evento. Conseguirmos
encaixar nisso, uma posição que nos livra de passar por esse período, embora contradizendo a Bíblia, nos
traz maior satisfação. No mais o Pós-Tribulacionismo, apresenta bem o que crê, esclarece bem os eventos e
trata-os com seriedade e ênfase Bíblica. Basta relacionarmos tais eventos como a ressurreição, a tribulação,
a ira de Deus, a característica do reino de Deus(presente e Escatológico), o juízo final e etc. com o que a
Bíblia descreve para percebermos e concluir que de forma alguma é simplista no que defende.

http://www.elocristao.com.br/ecveart.aspx?idArtigo=256

Você também pode gostar