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Segunda Vinda
Thomas Ice
Estruturando a Questão
Os pós-tribulacionistas geralmente argumentam que, se o Arrebatamento
e a Segunda Vinda forem dois acontecimentos distintos, separados por
pelo menos sete anos, então deveria haver ao menos uma passagem
nas Escrituras que ensinasse claramente essa questão na forma que
eles determinaram. Contudo, a Bíblia nem sempre ensina a verdade de
Deus dentro das formulações feitas pelo homem, de tal maneira que
responda diretamente a todas as nossas perguntas. Por exemplo, um
unitariano [adepto do unitarianismo] poderia projetar um tipo semelhante
de pergunta relativamente à Trindade que não é respondido diretamente
na Bíblia. “Onde a Bíblia ensina sobre a Trindade?”. Nós, que cremos na
Trindade, respondemos que a Bíblia ensina sobre a Trindade, mas a
revela de uma maneira diferente.
A Natureza do Arrebatamento
O Arrebatamento é apresentado pela primeira vez por Jesus (Jo 14.1-3),
no Discurso do Cenáculo (Jo 13-16), quando Ele revelou aos Seus
discípulos a verdade sobre a nova era da Igreja, na noite anterior à Sua
morte. Paulo expande a apresentação que Jesus fez sobre o
Arrebatamento em uma de suas primeiras cartas, em 1 Tessalonicenses
4.13-18. A frase “seremos arrebatados” (1Ts 4.17) traduz a palavra
grega harpazo, que significa “seremos arrancados com força” ou
“seremos apanhados”. Os tradutores da Bíblia para a língua latina
usaram a palavra rapere, raiz do termo “raptar” e do termo “arrebatar”.
No Arrebatamento, os crentes que estiverem vivos serão “arrebatados”
nos ares, trasladados entre nuvens, onde Cristo estará pairando, em um
instante no tempo.
Baseados nas referências acima, podemos ver uma vasta diferença entre
o caráter das passagens que referenciam o Arrebatamento quando
comparadas às passagens sobre o Segundo Advento, como está
resumido na tabela abaixo:
Diferenças Adicionais
Paulo fala do Arrebatamento como um “mistério” (1Co 15.51-54), ou seja,
uma verdade não revelada até sua manifestação para a Igreja (Cl 1.26),
tornando-o um acontecimento separado. Por outro lado, a Segunda
Vinda foi predita no Antigo Testamento (Dn 12.1-3; Zc 12.10; Zc 14.4).
Conclusão
As diferenças claras entre a vinda de Cristo nos ares para arrebatar Sua
Igreja e Seu retorno ao planeta Terra com a Igreja são grandiosos
demais para serem vistos como um acontecimento único. Essas
distinções bíblicas proporcionam um forte embasamento para o pré-
tribulacionismo. Quando consideramos que à Igreja está prometido o
livramento da tribulação de Israel (Rm 5.9; 1Ts 1.10; 1Ts 5.1-9; Ap 3.10),
então segue apenas que a Igreja será arrebatada antes da Tribulação.
Tal esperança é, deveras, uma “Bendita Esperança” (Tt 2.13). Vem,
Senhor Jesus! Maranata! (Pre-Trib Perspectives)
Notas:
1. John S. Feinberg, “Arguing for the Rapture: Who Must Prove What and How” in
Thomas Ice e Timothy Demy, editores, When The Trumpet Sounds (Eugene,
OR: Harvest House Publishers, 1995), p. 195.*
2. Edward E. Hindson, “The Rapture and the Return: Two Aspects of Christ’s
Coming” in Thomas Ice e Timothy Demy, editores, When The Trumpet
Sounds (Eugene, OR: Harvest House Publishers, 1995), p. 157 (ênfase no
original).*