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… Four Safeguards
Este estudo “Proteção contra o Engano” é uma compilação baseada numa série de três
gravações:
… Quatro Salvaguardas
©1996, Derek Prince Ministries International, P.O. Box 19501, Charlotte, NC 28219
A versão bíblica usada neste livro é: Almeida Corrigida Revisada Fiel, sempre que não seja
mencionada informação contrária.
ÍNDICE
Esta é a primeira de uma série de três mensagens. Neste capítulo, tento analisar
um problema que se tem manifestado em várias secções da Igreja em muitas
partes do mundo. No capítulo seguinte, procuro analisar como o problema surgiu.
E no capítulo 3, abordo algumas formas que nos protegem de uma nova
manifestação do problema. Esta primeira mensagem intitula-se “Honremos Deus,
o Espírito Santo”.
Quero deixar bem claro que não possuo preconceitos pessoais ou ansiedade
relativamente a manifestações invulgares. A verdade é que na minha vida tenho
experimentado grande número de sinais. Não me assustam. Não encaro os sinais
de forma negativa.
No Salmo 2:4 David retrata o próprio Deus como alguém que se ri:
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Aqui, o riso de Deus não é uma reação a alguma comédia apresentada na terra.
É antes a Sua resposta aos ridículos anões humanos que têm a ousadia de se
opor aos Seus propósitos. É a Sua expressão de triunfo sobre todas as forças do
mal.
Por vezes, Deus enche-nos com o Seu riso de tal maneira que passamos a poder
compartilhar o Seu triunfo sobre os que são Seus e nossos inimigos.
Percebi que algo de semelhante fora registado em Atos 4:31 em relação à igreja
primitiva:
“E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram
cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus.”
A primeira coisa que Jesus disse tem a ver com os acontecimentos conducentes
à Sua vinda, em Mateus 24:4:
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“... Acautelai-vos, que ninguém vos engane;”
Versículo 5:
Versículo 11:
“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e
prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.”
Assim, Jesus alerta-nos quatro vezes contra o engano. Todo aquele que despreza
esses avisos ou os trata de ânimo leve ponha em risco a sua própria alma.
Se alguém diz: “Isso nunca poderia acontecer-me”, isso já lhe aconteceu, porque
ela está a dizer que nunca poderia acontecer o que Jesus disse que iria ocorrer.
É indicação suficiente de que tal pessoa está enganada.
Depois, gostaria de dizer algo importante sobre sinais e maravilhas. Eles não
determinam a verdade e é essencial compreender isto.
Nada do que aconteça na Terra pode mudar uma única letra ou sinal da Palavra
de Deus. Ela está para sempre estabelecida no céu.
Ora, a Bíblia fala de sinais e maravilhas. Revela algumas coisas sobre eles que
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são boas e outras que são assustadoras. Vejamos por exemplo o que está escrito
em 2 Tessalonicenses 2:9-12:
“A esse cuja vinda é segundo a eficácia de satanás, com todo o poder, e sinais e
prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem,
porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes
enviará a operação do erro [... um poder sedutor, NVI], para que creiam a
mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes
tiveram prazer na iniquidade.”
Assim, Paulo diz aqui que existem sinais e maravilhas de mentira. Há sinais
verdadeiros e sinais falsos. Os sinais verdadeiros testificam da verdade. Os sinais
falsos testificam da mentira. Satanás é plenamente capaz de produzir sinais e
maravilhas sobrenaturais. Infelizmente, muitos do movimento carismático
assumem a atitude de que se algo é sobrenatural, então provém de Deus. Não
há base bíblica para tal afirmação. Satanás é perfeitamente capaz de produzir
sinais e maravilhas que atestem as suas mentiras e a razão de tais pessoas serem
enganadas deve-se ao facto de não terem recebido o amor da verdade. A tais
pessoas, Deus enviará a operação do erro (envia-lhes um poder sedutor / forte
engano).
Portanto sinais e maravilhas não são garantia que alguma coisa seja a verdade.
Só há uma forma segura de conhecer a verdade. Está na Palavra de Deus. Jesus
disse em João 8:32: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará ”. Não há
outra forma de ter a certeza de podermos escapar ao engano nestes dias, a não
ser conhecermos e aplicarmos a verdade da Palavra de Deus, a Escritura.
Em 1994, estive pela primeira vez em contacto direto com um dos grupos em
que essas manifestações ocorriam. Um grupo de líderes assistiu a alguns dos
seus cultos e regressaram todos entusiasmados, dizendo que haviam
experimentado algo maravilhoso e que todos nós precisávamos também de o
experimentar. Diziam: “Agora, não é preciso testar, examinar. Só é preciso abrir-
se às manifestações e experimentá-las”. Foi a primeira vez que comecei
realmente a desconfiar de algumas dessas coisas, porque uma tal afirmação está
em direta contradição com a Escritura.
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“Examinai tudo. Retende o bem.”
Não podemos confiar nos nossos corações para termos a certeza da verdade.
Provérbios 28:26 diz:
Então, não sejas insensato, não confies no teu próprio coração. Não confies
naquilo que o teu coração te diz, porque não é de confiança. De novo em
Jeremias 17:9, o profeta diz:
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“Guardarás os meus estatutos; não permitirás que se ajuntem misturadamente
os teus animais de diferentes espécies; no teu campo não semearás sementes
diversas, e não vestirás roupa de diversos estofos misturados.”
Assim, Deus alerta-nos contra três coisas: criar gado misto, semear sementes
mistas e vestir roupa mista.
Há uma coisa interessante sobre tal cruzamento: o seu produto é sempre estéril.
Por exemplo, podemos cruzar uma égua e um burro e produzir uma mula. Mas
esta é sempre estéril; não pode reproduzir-se. Penso ser essa uma razão de haver
tantas operações “estéreis” na cristandade – estão a cruzar-se com o parceiro
errado.
Há já muito tempo, quando era pastor, recordo-me que as pessoas mais difíceis
de lidar eram as de mistura. Aqui segue um pequeno exemplo imaginário. Na
nossa congregação assiste a irmã Maria. Num domingo, ela profere uma
maravilhosa mensagem profética e todos ficam edificados, entusiasmados. Mas
dois domingos depois, ela levanta-se e dá uma revelação que recebeu num
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sonho. À medida que avança, mais confusa se torna esta revelação. Por fim,
como pastor, tenho de lhe dizer: “irmã Maria agradeço-lhe, mas creio
sinceramente que isso não vem do Senhor” e ela senta-se. Mas as coisas não
acabam aqui.
Depois do culto, a irmã Silva vem ter comigo e diz: “irmão Prince, como pôde
falar assim à irmã Maria? Não se recorda da linda profecia que ela deu há dois
domingos atrás?” E quando a irmã Silva se vai embora, o irmão Manuel aproxima-
se e diz: “se este é o tipo de revelações que ela tem, já não vou escutar nenhuma
das suas profecias”.
Está a ver o que sucede? Confusão e, como resultado, divisão. Creio que é
exatamente o que está a acontecer na igreja: confusão resultando em divisão.
Não há dúvida que há tremenda divisão! Acredito que a confusão produz sempre
divisão.
A Bíblia não nos concede liberdade para tolerar a incursão do mal na igreja. Não
podemos ser passivos, não podemos ser indiferentes. Provérbios 8:13 diz:
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algures sobre o seu ministério, “Em geral, falo uma hora ou duas”. Não sei
quantos cristãos contemporâneos no ocidente escutariam um sermão de duas
horas, mas Finney apresentava a Palavra na sua pureza e poder.
A terceira diferença é que no ministério desses homens, não há, tanto quanto
saibamos, relato de alguém deles ter imposto as mãos sobre as pessoas. Não
estou a dizer que não seja bíblico impor as mãos sobre as pessoas, mas há uma
diferença. Há uma situação em que as pessoas recebem diretamente para si a
palavra pregada e outra situação em que se lhes impõem as mãos.
Isto é algo muito vívido para mim, porque a minha primeira esposa, Lydia, e eu
vivemos no Quénia durante cinco anos numa casa em que a água potável
provinha da chuva captada no telhado da casa e canalizada para cisternas de
betão. Embora a água viesse do céu, aprendemos rapidamente por experiência
que se permanecesse durante muito tempo na cisterna, criava bichos e,
consequentemente, tínhamos de fervê-la para beber. Não havia nada de errado
com a chuva quando ela caía do céu, mas algo acontecia na canalização através
da qual nos chegava a chuva que, então, já não era pura. Penso que o mesmo é
verdade em relação à imposição das mãos. É um canal que nem sempre é puro.
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língua falsa, não provinha do Espírito Santo. Desafiámo-la a confessar que Jesus
é Senhor e ela não mostrou vontade de o fazer. Por isso, concluí tratar-se de um
falso espírito.
Em João 14:15, Jesus disse aos Seus discípulos: “Se me amais, guardai os meus
mandamentos.” Por outras palavras, qual é a evidência de que O amas? A
evidência é guardares os Seus mandamentos. Depois no versículo 21, Jesus diz:
”Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama…” E
em 1 João 5:3, diz: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os Seus
mandamentos; …” Portanto, qualquer tipo de amor que não resulta em
obediência à vontade de Deus revelada na Sua palavra não é um amor bíblico. É
uma falsificação, um substituto da realidade.
Depois, precisamos de considerar a forma como Deus expressa o Seu amor por
nós. É verdade que Deus é nosso pai e que Ele nos ama, mas como Pai, se
necessário, está preparado para nos disciplinar. Nas mensagens às sete igrejas
retratadas em Apocalipse, diria que Laodicéia é provavelmente a que mais de
perto corresponde à igreja contemporânea no Ocidente. A essa igreja, o Senhor
disse “Eu repreendo e castigo a todos quanto amo: sê, pois, zeloso e arrepende-
te” (Apocalipse 3:19).
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‘Alguns cristãos tomam o texto “Deus é amor” e transformam-no, levando-o a
dizer: “o amor é Deus”. Por outras palavras, nada pode estar errado se estiver
enraizado no amor. Contudo qualquer amor que se interponha entre nós e Deus
é um amor ilegítimo…’
Em tudo quanto temos estado a falar sobre este fenômeno mundial, creio haver
uma questão central subjacente, em geral obscurecida. De facto, muito
raramente se chega sequer a abordar esta questão que consiste em saber qual
a identidade do Espírito Santo. Como reconhecer o Espírito Santo? Como saber
quem é o Espírito Santo? E como distinguir o Espírito Santo de outros espíritos?
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do meu ministério dei comigo a expulsar espíritos de bruxaria
de pessoas que frequentavam a igreja. Eventualmente, pedi ao
Senhor que me mostrasse a verdadeira natureza da feitiçaria.
É importante ver que há uma diferença entre o Espírito Santo, como pessoa, e
os dons do Espírito Santo.
É um facto haver pessoas que usam os dons do Espírito Santo de uma forma
imprópria. Paulo fornece-nos um exemplo claro em 1 Coríntios 13:1:
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor,
seria como o metal que soa ou como o sino que tine.”
Obviamente, o Espírito Santo não se torna um sino que tine. Mas o dom de falar
línguas – quando mal utilizado – pode tornar-se um barulho oco, dissonante.
Infelizmente, isso sucede com frequência nos círculos pentecostais e
carismáticos.
Creio ser possível utilizar mal outros dons espirituais – como uma palavra de
conhecimento ou o dom da cura. Isso pode acontecer quando alguém utiliza um
dom espiritual para obter um resultado ou promover um movimento que não está
de acordo com a vontade de Deus. Um mau uso óbvio é o proveito pessoal.
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Santo como pessoa e distingui-Lo dos Seus dons.
Este é, então, o primeiro e mais importante facto sobre o Espírito Santo: ELE É
DEUS. E precisamos de nos relacionar com Ele e trata-Lo sempre como Deus.
O segundo facto sobre o Espírito Santo é que Ele é servo de Deus Pai e de Deus
Filho. Esta é uma revelação empolgante porque atribui um elevado valor à
servidão. Hoje, muitos desprezam a ideia de ser-se servo. Acham que é abaixante
e pouco digno de ser-se servo. Mas penso que é maravilhoso o facto de a servidão
não ter começado na Terra. Principiou na eternidade e teve início em Deus. Deus
Espírito Santo é o servo do Pai e do Filho. Isso não O diminui nem O torna menos
que Deus. Mas é um facto que temos de reconhecer sobre Ele, que dirige as Suas
atividades e as coisas que Ele realiza.
“Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade;
porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará
o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo
há de anunciar.”
Estamos então a ver: o Espírito Santo não fala de Si mesmo; Ele não tem uma
mensagem Sua. Não é espantoso? Apenas nos relata o que ouve do Pai e do
Filho. Em segundo lugar, o Seu alvo não é glorificar-Se nem atrair a atenção para
Si, mas glorificar e chamar a atenção para Jesus. Essa é a segunda importante
forma de identificar o Espírito Santo.
Por exemplo, temos um maravilhoso coro que cantamos sobre o Pai, o Filho e o
Espírito. O primeiro verso diz do Pai: “Glorifica o Teu nome em toda a terra”. O
segundo verso diz de Jesus, o Filho: “Glorifica o Teu nome em toda a terra”. O
terceiro verso diz do Espírito: “Glorifica o Teu nome em toda a terra”. Gosto de
cantar os dois primeiros versos, mas recuso-me a entoar o terceiro, porque para
mim não é bíblico. O Espírito Santo nunca glorifica o Seu próprio nome. O Seu
alvo é glorificar Aquele que O enviou.
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Nas Escrituras não há orações dirigidas ao Espírito Santo
Deixe-me acrescentar mais alguma coisa que talvez o surpreenda. Não encontro
em lado nenhum da Escritura um exemplo de uma oração dirigida ao Espírito
Santo. Tanto quanto entendo, ninguém na Escritura jamais orou ao Espírito
Santo. Seria bom verificar por si próprio, mas tenho procurado cuidadosamente
e ainda não encontrei um único exemplo.
Não estou a fazer disto um cavalo de batalha. Por outro lado, penso ser muito
importante, quando tentamos discernir a natureza e ministério do Espírito Santo.
Poderia querer dizer-me: “Então, Deus não ouve a nossa oração quando oramos
ao Espírito Santo?” Penso que ouve. Mas assim não estamos a orar em pleno
acordo com o protocolo do Céu. Se queremos realmente agradar ao Senhor e
mostrar-Lhe respeito, temos de mostrar respeito pelo Seu protocolo.
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O terceiro facto importante sobre o Espírito Santo é aquilo que está indicado no
Seu nome: Ele é santo. Este é o Seu título fundamental: Espírito Santo. Em
hebraico, é o Espírito de Santidade. Ele tem muitos outros títulos, por exemplo:
Espírito de Graça, Espírito de Verdade, Espírito de Poder, etc. Mas são todos
subsidiários. O Seu nome e título principal é Espírito Santo. Tudo quanto seja
profano não procede do Espírito Santo.
Contudo, gostaria de dizer, com toda a ênfase possível: Tudo o que seja
profano ou feio não procede do Espírito Santo.
Vou apresentar uma lista de 12 adjetivos que julgo não poderem ser aplicados
ao Espírito Santo e que não tem nada a ver com aquilo que seja produto do
Espírito Santo. Ao ler a lista, sugiro-lhe que confirme mentalmente e veja se
concorda comigo. Eis, então, as palavras que nunca se aplicam ao Espírito Santo:
Muitos cristãos parecem pensar que a santidade é como algo que se acrescenta
a um carro, como estofos de cabedal em vez dos originais de napa. Mas isso não
é verdade. A santidade é uma parte essencial da salvação. Em Hebreus 12:14, o
autor diz: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o
Senhor;” Que salvação temos que não nos impulsiona a ver o Senhor? Mas sem
santidade, ninguém verá o Senhor.
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Há muitas características de alegados movimentos do Espírito Santo que poderia
apontar e apresentar como exemplos de coisas que não são santas. Mas vou
indicar apenas uma, que é: o comportamento animal em seres humanos atribuído
ao Espírito Santo. Há muitos desses exemplos, alguns dos quais testemunhei
pessoalmente e outros que me foram relatados.
“…e foi tirado dentre os homens, e comia erva como os bois, e o seu corpo foi
molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceu pelo, como as penas da águia,
e as suas unhas como as das aves.” (Daniel 4:33)
Apocalipse 4:6-8 retrata quatro criaturas vivas que rodeavam o trono de Deus.
Três encontram-se ali como representantes do reino “animal”: um leão, um
bezerro, e uma águia. Mas nenhum deles faz ruídos que expressem a sua
natureza “animal”. Todos eles igualmente proclamam a santidade de Deus numa
fala pura e maravilhosa.
Tenho uma certa experiência nesta área porque em África encontrei muitas vezes
espíritos animais. Recordo um culto particular de libertação realizado na Zâmbia
com cerca de 7000 africanos presentes. Quando terminei de ensinar e comecei a
ordenar os espíritos malignos que se manifestassem e saíssem das pessoas,
revelou-se todo o género de espíritos animais. Por “espíritos animais” refiro-me
a espíritos malignos, demoníacos que entram nos seres humanos e os levam a
comportar-se como animais.
A primeira coisa que aconteceu foi que um homem com um “espírito de leão”
procurou atacar-me. Mas alguém o agarrou e ele não me atingiu.
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na caça, devem ter em si o espírito do animal em causa. Assim, um homem tende
a adquirir o espírito do animal que procura caçar. Por exemplo, o homem que vai
caçar um leão, adquire um espírito de leão.
No ocidente, temos por vezes a tendência de falar das pessoas de África de forma
um tanto desprezível e a considerar-nos mais avançados do que elas. Contudo,
penso que neste domínio de espíritos animais, somos nós, no Ocidente, os pouco
avançados e os africanos os avançados. Durante gerações viveram com tais
espíritos e enquanto o Evangelho não surgiu com o poder do nome de Jesus e a
Palavra de Deus, não tinham possibilidades de os enfrentar. Graças a Deus que
muitos deles sabem agora como lidar com eles!
“Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom, ou fazei a árvore má, e o seu fruto
mau; porque pelo fruto se conhece a árvore.”
Sempre que houver um fruto mau, provém de uma árvore má. Não basta livrar-
nos do fruto mau. Temos também de cortar a árvore má que o produziu. Se não
o fizermos, a árvore má continue a produzir mau fruto.
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Não basta livrar-nos do fruto mau.
Temos de cortar a árvore má que o produziu.
Não há dúvida de que a árvore que produz um comportamento animal deste tipo
é alguma forma de prática oculta ou pagã. Por exemplo, há frequentes
manifestações de comportamento animal em algumas partes de áfrica e da Índia.
Um amigo vem ter comigo e diz: “Ontem à noite, vi-te a ti e a tua mulher no
púlpito e ela pareceu-me tão linda, tão rejuvenescida, tão cheia do Espírito
Santo”. E eu responde: “Obrigado. É precisamente isso que ela é”. Depois, um
pouco mais tarde, o mesmo homem aproxima-se e diz: “Sabes, ontem, vi a tua
esposa num bar a beber com um homem”. E eu respondo: “Essa não é a minha
mulher! A minha mulher é uma mulher pura e santa. Ela não entra em bares e
não se põe a beber com estranhos. Ontem a minha mulher esteve sempre aqui
comigo. Não digas essas coisas dela!”
Mais tarde, ele aproxima-se e diz: “Sabes, ontem vi a tua esposa na praia a tomar
banhos de sol em topless”. Aí, fico mesmo irritado e respondo-lhe: “Ontem, a
minha esposa não se aproximou sequer da praia e ela nunca andaria nesse
estado. Se queres continuar a ser o meu amigo, tens de reconhecer que essa
mulher leviana e imoral que viste não é minha mulher, porque isso é um insulto
tanto para ela como para mim. Se queres continuar a ser meu amigo, tens de
mudar a forma como falas da minha mulher”.
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Em Mateus 12:31-32, Jesus diz:
“Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas
a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens.
E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á
perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado,
nem neste século nem no futuro.”
Esse é um alerta muito solene e assustador. Fomos avisados pelo próprio Jesus
para sermos muitíssimo cautelosos quanto à forma como falamos do Espírito
Santo, quanto ao modo como O representamos.
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“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma,
e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso
Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.”
Génesis capítulo 1 diz que Deus decidiu criar o homem à Sua imagem e
semelhança (Génesis 1:26). A Sua imagem refere-se à Sua aparência externa.
Há algo na aparência externa do homem que reflete a aparência externe de Deus.
Digamos de outra forma: foi apropriado que o Filho de Deus Se manifestasse na
forma de um ser humano masculino. Não podia ter aparecido na forma de um
boi ou de um escaravelho, porque, em certo sentido o homem representa a
imagem ou a aparência externa de Deus. “O homem, pois, não deve cobrir a
cabeça, porque é a imagem e glória de Deus … “ (1 Coríntios 11:7).
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na sua aparência exterior e na composição interior. Não vamos falar da aparência
exterior, mas da estrutura interior da personalidade humana, que é tripla:
espírito, alma e corpo.
A alma surgiu através da união entre espírito e corpo. A alma é a parte de difícil
compreensão. Projeta-se como o ego individual, singular, aquilo em cada um de
nós que pode dizer “Eu desejo” ou “Eu quero”. Em geral, é definida como
consistindo de vontade, emoções e intelecto. Assim, de modo muito simples,
estes estão representados nas três declarações verbais: “Quero”, “Penso”,
“Sinto”. Essa é a natureza da alma. Quem está separado de Deus pelo pecado é
dominado pela sua alma.
Quem está separado de Deus pelo pecado é dominado pela sua alma.
O espírito – morreu
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que os nossos pecados nos sejam perdoados, embora isso seja maravilhoso. Mas
o rebelde tem de ser condenado à morte e isso faz parte da provisão do
Evangelho.
Analisemos duas passagens em Efésios que lidam com ambas estas condições: a
morte do espírito e a rebelião da alma. Em Efésios 2:1-3, falando aos crentes
vivificados em Cristo, Paulo diz:
“E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, Em que noutro tempo
andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do
ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; Entre os quais todos
nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade
da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros
também.”
Este é um quadro de toda a raça humana em rebelião contra Deus e, por causa
dela, está morta em transgressões e pecados. Esse é o resultado do pecado. O
espírito morre; a alma torna-se rebelde, em rebelião contra o seu Criador.
O que acontece ao corpo? Torna-se aquilo que a Bíblia chama corruptível. Isso
significa que fica sujeito à doença, envelhecimento e, por fim, morte. Mas, como
já salientei, a morte de Adão não ocorreu fisicamente durante mais de 900 anos.
A morte que Adão experimentou quando desobedeceu a Deus foi provavelmente
o que a Bíblia chamaria a primeira morte. Depois, o Novo Testamento fala da
segunda morte (Apocalipse 20:6,14), que julgo ser a separação final e eterna do
espírito e alma rebeldes em relação a Deus.
O espírito – é vivificado
“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos
amou, Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente
com Cristo (pela graça sois salvos), E nos ressuscitou juntamente com ele e nos
fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;”
Assim, Deus vivificou-nos, porém isso não foi tudo. Ele também, ressuscitou-nos
e entronizou-nos. Tudo isso encontra-se no tempo verbal passado (pretérito
perfeito). Assim, se pudermos aceitar, espiritualmente estamos sentados com
Cristo no trono. Mas aquilo que pretendo enfatizar agora é: fomos vivificados!
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A alma – é reconciliada com Deus através do arrependimento
“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor
Jesus Cristo;”
Estivemos em guerra contra Deus. Agora, fomos justificados pela fé, temos paz
com Deus. Depois no versículo 11, encontramos:
“E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor
Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação.”
“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em
vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes
comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, …”
Em Filipenses 3:10-11, Paulo diz que o nosso corpo se tornou elegível para a
primeira ressurreição, que é o objetivo da vida cristã.
“Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas
aflições, sendo feito conforme à sua morte; para ver se de alguma maneira posso
chegar à ressurreição dentre os mortos.”
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A palavra usada aqui significa ressurreição-de, não a ressurreição final e
completa, mas a ressurreição que é apenas dos verdadeiros crentes. Fico sempre
impressionado com o facto de Paulo não a assumir como garantida. Ele diz: ‘O
meu propósito é viver de tal modo que me qualifique para a primeira
ressurreição’. Realmente, não acredito que a possamos ter como garantida.
Depende de forma como vivemos.
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Usando um exemplo rude, penso que a alma é como a alavanca de velocidades
de um carro. Sentamo-nos ao volante, pomos o motor a funcionar, mas para o
carro andar, temos de usar a alavanca das velocidades. Essa alavanca é a alma.
O espírito está presente, mas sem a alma não pode fazer mover o carro, o corpo.
Não é fácil distinguir entre espírito e alma. De facto, há apenas uma forma de o
conseguirmos com eficácia e encontramo-la em Hebreus 4:12
Por outras palavras, o discernimento não é algo que tenhamos como garantido.
Apenas vem pela prática e só surge quando recebemos o pleno conselho de Deus
através da Sua Palavra. Se queremos viver como bebés à base de leite, não temos
a capacidade de discernir. Se crescemos além disso, só podemos discernir se
praticarmos.
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passo por uma situação, ponho em funcionamento as minhas ‘antenas espirituais’
e pergunto: “Quais são as forças espirituais em ação nesta situação?” Quando
escuto uma pregação, não ouço apenas as palavras; procuro discernir o espírito
que acompanha as palavras.
Mas isso só vem pela prática. Se vivermos de modo descuidado, não adquirimos
a capacidade de discernir. Creio que precisamos de praticar o discernimento em
cada situação. Creio que o discernimento deve ser uma parte tão regular da nossa
vida espiritual como a oração. Caso contrário, arranjamos problemas.
Anímico ou espiritual
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Primeiro, referiremos três casos em que a palavra anímico é aplicada ao corpo
físico, o que é talvez difícil de compreender. Analisei cinco traduções e descobri
diversas palavras diferentes utilizadas em diferentes versões para traduzir este
termo psuchikos. A versão original King James usa natural ou sensual. A New
King James também usa natural ou sensual, mas neste último caso, à margem,
aplica mundano. A New American Standard utiliza natural e na margem não-
espiritual e finalmente mente mundana. A New International version usa sem o
espírito, natural, não-espiritual e depois utiliza a expressão seguem o seu instinto
natural. Vemos, então, que se não formos além da tradução, não conseguimos
captar esta distinção vital entre o que é espiritual e o que é anímico.
Aplicado ao corpo
Então o nosso atual corpo é anímico; o nosso corpo ressurecto será espiritual.
Compreendo que isso significa que já não precisaremos da ‘alavanca de
velocidades’. O nosso espírito decide onde ir, o que dizer, o que fazer e isso irá
acontecer! Será um corpo controlado pelo espírito.
“E cada qual andava para adiante de si; para onde o espírito havia de ir, iam;
não se viravam quando andavam.”
Eles tinham corpos espirituais: iam para onde o espírito queria ir. E na mesma
passagem, no versículo 20:
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“Para onde o espírito queria ir, eles iam; para onde o espírito tinha de ir …”
Vejamos agora outros locais em que esta palavra psuchikos é utilizada. Aqui,
chegamos a um ponto em que há um claro conflito entre o anímico e o espiritual.
1 Coríntios 2: 14-15:
Assim, o homem anímico não está em harmonia com o espírito. Ele não pode
receber as coisas do espírito; não pode compreendê-las. Podemos falar aos
intelectos mais altamente educados e eles não terão a capacidade de
compreender as coisas do espírito, porque estão a atuar no domínio da alma.
Isso é importante porque revela que, em certo sentido, há uma oposição entre o
espiritual e o anímico.
Passemos agora à epístola de Judas, versículo 19, que é um texto que lança
muita luz. Falando das pessoas que provocam problemas na igreja, a New King
James diz:
“Estes são os que a si mesmos se separam, sensuais [anímicas], que não têm o
Espírito.” [‘E’ maiúsculo, o Espírito Santo]
Mas muito obviamente, fazem parte da igreja porque provocam divisão. Então,
temos na igreja tanto os que são espirituais como os que são anímicos.
A passagem mais significativa de todas é Tiago 3:15, que analisarei com mais
pormenor. Falando de um certo tipo de sabedoria, Tiago diz:
“Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal [anímica]e
diabólica.”
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Até agora chegamos à conclusão de que animal é anímico. Então, há um tipo de
sabedoria que é anímica. E há uma gradação descendente em três fases:
primeiro, terreno, depois anímico; terceiro, demoníaco. Creio que esta é a
principal forma através da qual os demónios penetram na obra de Deus… o povo
de Deus… na igreja de Deus. É através deste declínio do terreno para o anímico
para o demoníaco.
Consideremos o que está aqui implicado. O que significa ser terreno? Para um
cristão, creio que significa que a sua visão está completamente limitada a esta
Terra. Não consegue ver além desta Terra. Tudo quanto espera de Deus através
da salvação são coisas que pertencem a esta vida: prosperidade, cura, sucesso,
poder etc.
Vou dar alguns exemplos de pessoas que não eram terrenas. Encontramos uma
lista completa delas em Hebreus 11. De facto, podemos resumir os santos de
Hebreus 11 como os que não eram anímicos, que não eram terrenos. Eis apenas
dois exemplos.
Abraão estava na Terra prometida, sabia que lhe fora prometida, mas não a
possuiu nem nunca viveu nela como se lhe pertencesse. Nunca comprou uma
casa. Viveu sempre numa tenda, que é algo amovível. Nota-se o contraste com
Ló, que se separou de Abraão e virou o rosto para Sodoma – os homens de
Sodoma eram pecadores aos olhos do Senhor e agiam impiamente – e foi para
onde tinha o rosto virado. Quando voltamos a ouvir falar de Ló, já não está a
olhar para Sodoma. Já está em Sodoma e vive numa casa – deixou a tenda.
Penso que, em certo sentido, Ló é um tipo de homem de Deus terreno.
“Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo
o invisível.”
Gostaria de sugerir que esta é a chave para a firmeza. É olhar para além do
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tempo, olhar para além do nível desta vida, em que em geral enfrentamos tempos
difíceis, muitas frustrações, muitos desapontamentos. O que nos leva a ficar
firmes? Uma visão que nos transporta para além do tempo.
Há muitos outros exemplos. Esses dois – Abraão e Moisés – são apenas exemplos
de pessoas que não foram terrenos. Temos depois a notável afirmação de Paulo
que faremos bem em ponderar, em 1 Coríntios 15:19:
Essa é uma afirmação muito notável. Se tudo quanto a nossa fé cristã nos fornece
são coisas desta vida, somos dignos de pena, somos miseráveis. E tenho de dizer,
com toda a graciosidade, que há muito ensino na igreja que apenas se concentra
no que Deus fará por nós nesta vida. Tais pessoas em geral consideram-se
prósperas e bem-sucedidas; Deus considera-as dignas de pena.
Quando nos tornamos terrenos, qual o próximo degrau para baixo? Anímico. Qual
é a essência da alma? O ego. O que é ser anímico? É ser-se egocêntrico,
preocupar-se apenas em ser o número um. A pessoa anímica diz: “O que ganho
com isto?” A pessoa espiritual diz: “Como posso glorificar a Deus?” Julgo que
concordará – e espero não estar a ser cínico – que há muita abundância deste
espírito na igreja contemporânea.
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bezerro de ouro. Gostaria de analisar o que diz Êxodo 32:1-10.
Nessa altura Moisés encontrava-se no monte. Há quarenta dias que não o viam:
“E Arão lhes disse: Arrancai os pendentes de ouro, que estão nas orelhas de
vossas mulheres, e de vossos filhos, e de vossas filhas, e trazei-mos.
Então todo o povo arrancou os pendentes de ouro, que estavam nas suas
orelhas, e os trouxeram a Arão. E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o
ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é
teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito.” (Êxodo 32:2-4)
“E Arão, vendo isto [esta é uma descrição espantosa – quando Arão viu o seu
próprio bezerro], edificou um altar diante dele; e apregoou Arão, e disse:
Amanhã será festa ao Senhor.” [Tenho dificuldade em compreender como Arão
pode fazer isso. Mas se Arão o fez, então tu e eu também o podemos fazer. Não
somos melhor que ele. Provavelmente nem somos do mesmo calibre]. (Êxodo
32:5)
Muita da música que temos hoje na igreja apela à alma. É muito semelhante ao
mesmo tipo de música utilizada no mundo para estimular a alma.
Não sou nenhum perito em música. Canto desafinado. Mas tenho uma certa
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sensibilidade ao impacto da música. Tenho vivido cinco anos em África, tenho
consciência de que certos temas e ritmos repetitivos podem adormecer a nossa
sensibilidade. Se ficarmos o tempo suficiente sob a sua influência, em especial
quando é tocado muito alto, perdemos a capacidade de discernimento. E em
África, esses ritmos são utilizados para invocar os demónios.
“Mas Deus não se agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no
deserto. E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as
coisas más, como eles cobiçaram. Não vos façais, pois, idólatras, como alguns
deles, conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-
se para folgar.”
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é um momento glorioso. O povo fizera tudo quanto Deus exigira na forma de
sacrifícios e, quando a sua obediência era completa, Deus enviou a Sua glória e
queimou o sacrifício colocado no altar.
Em Números 16: 1-35, lemos acerca de uma revolta contra Moisés no deserto,
quando alguns dos líderes pegaram em 250 incensários, encheram-nos de fogo
e disseram: “Somos tão bons como Aarão. Temos o mesmo direito que ele de
sermos sacerdotes”. E Moisés disse: “Muito bem. Vamos comprovar essa
pretensão”. E mandou-os reunir-se com os incensários e o fogo. Então, o fogo
do Senhor surgiu e consumiu 250 homens. Para mim, a lição é esta: És
responsável pelo que está no teu incensário. És responsável pelo espírito com
que te aproximas de Deus.
Não quer dizer que serás consumido pelo fogo, mas o julgamento de Deus é em
geral exemplar. Por outras palavras: Deus não julgou cada cidade em que havia
homossexualidade da mesma forma que Sodoma e Gomorra. Mas o Seu juízo
sobre Sodoma e Gomorra foi exemplar: mostrou para sempre em que estima tem
Deus a homossexualidade.
Também quando Ananias e Safira tentaram enganar o Senhor com a sua oferta,
ambos morreram por terem afirmado dar a Deus mais do que na realidade tinham
dado. Nem todos os que fazem isto morrem – penso que se acontecesse, haveria
muito menos pessoas na igreja. Contudo, a posição de Deus perante a situação
nunca se altera.
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problemas é que em geral lemos as Epistolas como se tivessem sido escritas para
incrédulos. Mas não: elas foram escritas para os cristãos.) Hebreus 12:28-29:
“Por isso, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a
graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e piedade;
Porque o nosso Deus é um fogo consumidor.”
A Bíblia NVI usa em lugar da piedade a palavra temor. Pergunto a mim próprio,
quanto temor encontramos hoje na igreja? Em quantos dos cultos que
frequentamos há um sentimento da presença temorosa de Deus?
Mais do que uma vez, Deus tem-me convencido da minha irreverência. Tenho-a
confessado como pecado e me arrependido. Devemos vigiar as nossas línguas.
Charles Finney comentou certa vez: “Deus nunca utiliza um bobo para tocar as
consciências”. Um ministério caraterístico do Espírito Santo é convencer do
pecado, da justiça e do juízo (João 16:8). Quando as pessoas permanecem sem
convicção de pecado, é de perguntar se o Espírito Santo está em operação nelas.
Deus terá fornecido alguma proteção contra este tipo de erro? Sim! Mas primeiro,
temos de compreender que o erro ataca fundamentalmente a área da alma –
embora o espírito possa ser mais tarde afetado. É, portanto, a alma que tem de
ser protegida.
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A proteção que Deus preparou para a alma tem uma base singular e suficiente:
o sacrifício de Jesus na cruz.
“Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua
cruz, e siga-me; porque aquele que quiser salvar a sua vida [alma], perdê-la-á,
e quem perder a sua vida [alma] por amor de mim, achá-la-á.”
Eis o paradoxo divino: para salvar [proteger] a nossa alma, temos de a perder.
Se não aplicarmos pessoalmente a cruz à nossa vida, deixamos uma porta aberta
à influência demoníaca. Há sempre o perigo de o nosso ego não crucificado
responder às lisonjas sedutoras de demónios enganadores. O orgulho é a
principal área do nosso caráter que satanás visa e lisonja, é a principal alavanca
que ele usa para poder entrar.
Hoje, muitos cristãos acham que esta solução é, demasiado radical. Questionam
se é realmente a única forma de se defenderem do engano. Tendem a encarar
Paulo como um “super santo” a quem lhes é impossível imitar.
Contudo Paulo não se vê assim. O seu ministério como apóstolo foi único, mas a
sua relação pessoal com Cristo foi um padrão que todos devem seguir.
Em I Timóteo 1:16 ele diz:
“Mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus
Cristo mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de
crer nele para a vida eterna.”
A única alternativa à cruz é colocar o ego no lugar de Cristo. Mas isso é idolatria
e abre caminho para as consequências malignas que invariavelmente se seguem
à idolatria.
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cristianismo fica sem alicerce e as suas reivindicações deixam de ter qualquer
valor. De facto, torna-se uma falsa religião. Como tal – como todas as falsas
religiões – está inevitavelmente exposta à infiltração demoníaca e ao engano.
Mais tarde, conheci um homem que foi presidente do Movimento dos Homens de
Negócios do Evangelho Pleno, em Chicago, um ótimo cristão. Contou-me o que
lhe acontecera quando ali se deslocara. Disse que os cultos duravam nove horas
e que elas eram tão empolgantes que nem lhe apetecia levantar e ir a casa de
banho. Mas o que aconteceu? O líder tornou-se orgulhoso, arrogante e caiu em
imoralidade, desacreditando assim os dons do Espírito.
Mais tarde, entre 1957 e 1962, fui missionário junto das Assembleias Pentecostais
do Canadá – gente excelente, mas que praticamente não exercia os dons
espirituais. Assim, um dia disse-lhes: “Porque nunca exercitamos os dons
espirituais?”. A resposta foi: “as ‘Chuvas Serôdias’ os tinham.” Por outras
palavras, não usamos os dons porque receamos que o mesmo venha a suceder
connosco. Uma das táticas de satanás é desacreditar o que é bom através do seu
mau uso.
Acabaram com uma teologia exagerada que defendia que alguns deles já haviam
recebido os seus corpos ressurretos. O que a seguir aconteceu foi que dois deles
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morreram num acidente de aviação. Deus estava a dizer: “Onde está o vosso
corpo ressurreto?”. Mas a princípio, eram homens excelentes.
Então, apareceu William Branham. Tive uma ligeira associação com ele na parte
final do seu ministério. Estive com ele no púlpito duas ou três vezes com os
Homens de Negócios do Evangelho Pleno. William Branham teve um dos mais
notáveis ministérios que jamais conheci. Era um homem amável, humilde,
amoroso. O seu ministério de palavra de conhecimento era absolutamente
lendário. Ninguém o ouviu pronunciar uma palavra de conhecimento falsa.
Estive com ele num culto em Phoenix, Arizona. Ele estava na plataforma, apontou
para uma mulher na audiência e disse-lhe: “Você não veio aqui por causa de si,
mas por causa do seu neto”. Depois, revelou o nome e a morada da mulher em
Nova Iorque. Na altura encontravam-se a cerca de 3000 quilómetros de distância
da cidade de Nova Iorque.
Mais tarde, fiz amizade com Ern Baxter que, durante um período considerável de
tempo, ensinava a Bíblia nos cultos evangelísticos de Branham. Ern respeitava
muito Branham, mas o seu coração ficou despedaçado com o que acontecera.
Um dia, reuniu um pequeno grupo de nós e disse: “Quero contar-lhes uma coisa
sobre Branham, mas gostava que não fizessem conversa disto”.
Penso que Branham permaneceu em Cristo até ao fim, mas foi dominado por
pessoas que quiseram explorá-lo. Embora não se intitulasse “Elias”, permitia que
os seguidores o tratassem assim. Morreu num acidente de viação quando o seu
carro foi atingido por um condutor embriagado. Os seus seguidores
embalsamaram-lhe o corpo e conservaram-no até ao Domingo de Páscoa,
convencidos de que ressuscitaria, mas isso não aconteceu.
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Quando estava no Espírito, sob a unção, era quase imbatível. Certa vez, num
culto, um homem endemoninhado aproximou-se para o atacar. Branham
ordenou-lhe que se ajoelhasse e permanecesse nessa posição até terminar a
mensagem. O homem conservou-se ajoelhado na mesma posição durante todo
o sermão do Branham. Mas diria que o seu fim foi… dececionante.
O nosso problema de raiz foi não termos renovados a nossa mente. Ainda
pensávamos em termos da forma como a igreja tradicionalmente faz as coisas.
E não creio que a igreja faça as coisas como deve ser. Acredito que tem de haver
uma revolução na nossa forma de pensar antes de podermos alinhar com os
propósitos de Deus.
… A Chuva Serôdia
… Os Filhos Manifestos
… Os Filhos de Deus
… William Branham
… Movimento do Discipulado/Pastoreio
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Finalmente, gostaria de salientar dois elementos que penso serem comuns a
todos estes movimentos. Número um: Orgulho. Na minha opinião, o orgulho é
o mais perigoso de todos os pecados. Certa vez ouvi um colega pastor afirmar:
“O orgulho é o único pecado relativamente ao qual o Diabo nunca te faz sentir
culpado”. Provérbios 16:18, um versículo muito curto diz:
O segundo elemento que julgo ter sido comum aos cinco movimentos foi aquilo
que já referi: uma mistura de espíritos. Havia verdade e erro. Havia o Espírito
Santo e outros espíritos também. E a forma como os outros espíritos entraram
foi através de um desvio descendente: do terreno para o anímico e deste para o
diabólico.
“Sabe, porém, isto [e é a única vez que me lembro de Paulo ter sido tão enfático.
Ele diz: pode ter a certeza absoluta…]: que nos últimos dias sobrevirão tempos
trabalhosos.”(II Timóteo 3:1)
A palavra grega traduzido por trabalhosos é apenas usada num outro local, em
Mateus 8:28, em que descreve dois endemoninhados que enfrentaram Jesus.
“…tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho.”
Repare na palavra portuguesa neste último texto: ferozes. Então, virão tempos
ferozes, e já chegaram! Pode orar quanto quiser, mas não pode mudar a situação,
porque Deus diz: Sabe, porém, isto… haverá tempos ferozes. Não pode alterar a
situação. Mas pode pedir a Deus que o prepare para ela.
Note-se que começa e acaba com as coisas de que as pessoas gostam. Amor de
si próprio, amor ao dinheiro e amor pelo prazer. Mas gostaria de salientar: a raiz
de tudo isto é o amor de si próprio. É isso que deixa o mal entrar. Egocentrismo.
Estar concentrado no eu. O que é que Deus vai fazer para mim? O que é que
eu ganho com isto?
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E depois, continua no versículo 5:
Assim, estas pessoas, com estas terríveis condições morais, têm uma
aparência de piedade. Não são incrédulos; não são ateus. Não creio que Paulo
jamais utilizasse a palavra piedade fora do contexto cristão. Estes são, pois,
cristãos professos. E qual é o problema? Egoísmo. O egoísmo é aquilo que abre
caminho a todos os outros problemas. Egocentrismo. Isso leva, por seu turno, à
mistura.
Certa vez, nos EUA, fui a única testemunha de um acidente ocorrido na rua em
frente à nossa casa. Como resultado, fui solicitado a testificar em tribunal.
Esse foi o padrão estabelecido por um tribunal secular. Quanto mais não devemos
nós, como cristãos, defender a verdade, só a verdade e nada mais que a
verdade?
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(3)
- QUATRO SALVAGUARDAS -
Quero iniciar este capítulo com os três últimos versículos do Salmo 19:
“Quem pode entender os seus erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos.
Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhoreie de mim.
Então serei sincero, e ficarei limpo de grande transgressão.
Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração
perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu! ”
A salvaguarda nº 1 – humilhar-nos
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É a graça do Senhor que O leva a estar disposto a ensinar os pecadores. Mas
Deus inscreve os Seus alunos, não pelas suas qualidades intelectuais, mas pelo
seu caráter. Muitos podem frequentar um instituto ou seminário bíblico, mas
nunca ficar inscritos na escola de Deus porque Deus só inscreve os humildes.
“Guiará os mansos [humildes] em justiça e aos mansos ensinará o seu caminho.”
“A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais
e prodígios de mentira,” (versículo 9)
“E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam
[mas rejeitaram] o amor da [à]verdade para se salvarem.” (versículo 10)
Ora, daqueles que não recebem (mas rejeitam) o amor da (à) verdade, Deus diz
o seguinte:
“E por isso Deus lhes enviará a operação do erro [engano], para que creiam a
mentira; Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes
tiveram prazer na iniquidade.” (versículos 11 e 12)
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tem acontecido desde então confirma isso. É uma declaração muito significativa
porque se Deus envia a operação do engano, é inútil orar para que tais pessoas
abandonem o erro. Da mesma forma acho que há muitas orações sentimentais
sobre o Médio Oriente que nunca serão respondidas.
Há duas palavras que são utilizadas de uma forma não-bíblica para manipular as
pessoas: uma é paz, a outra é amor. Assim, as pessoas do Médio Oriente, e
penso que provavelmente as de todo o mundo, estão a ser manipuladas pela
oferta de paz. Implicitamente, se somos contra ela, somos malvados.
Obviamente, quem for contra a paz é uma má pessoa. Assim, as pessoas sentem-
se culpados se não alinharem com tal oferta.
Mas há condições para a paz. Em Isaías 48:22, o profeta diz: “… os ímpios não
têm paz ”. E Romanos 14:17 diz: “… o reino de Deus … é justiça, e paz, e
alegria…” Não pode ter paz sem justiça. Conheço muitos cristãos que andam à
procura de alegria. Mas se não satisfazerem a condição da justiça (crer na Sua
justificação), não podem receber a alegria. Os políticos que utilizam a palavra paz
para manipular as pessoas estão a enganá-las, porque a paz não vem para os
ímpios.
Por isso, não crie nenhuma imagem sentimental de Deus. Ele não é o Pai Natal,
entregando bombons às criancinhas. Ele é muito justo, muito reto, muito
amoroso – mas, em certo sentido, muito severo. Não podemos levar a melhor
sobre Deus. Então, é melhor não tentar!
Acho que o amor está a ser usado para manipular as pessoas no tempo presente.
As pessoas falam do amor de Deus e Deus é tão amoroso – e tudo isso é verdade.
Mas o amor de Deus expressa-se de formas surpreendentes. Como já citei
anteriormente, Jesus disse à igreja de Laodicéia: “Repreendo e castigo a todos
quantos amo”. Isso é amor. Deus é o nosso Pai e Ele ama-nos, mas também,
disciplina-nos.
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há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são
feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.”
Isto tornou-se uma verdade muito vívida para mim quando estava a ler o relato
de Moisés. Com oitenta anos, Deus escolheu-o comissionou-o a libertar Israel do
Egipto e enviou-o de volta ao Egipto. Mas no caminho, o Senhor teve um encontro
com ele e procurou matá-lo (Êxodo 4:24-26). Extraordinário!
E outra reação errada é ficar desanimado quando somos repreendidos por Ele.
Não diga: “Não aguento. Deus, porque deixas que isto me aconteça? Não
aguento mais! Não consigo continuar”. Essas são as duas reações erradas:
desprezar a punição e desanimar.
E quanto ao amor à verdade? A palavra grega para amor é-nos muito familiar:
ágape. É um termo muito forte. É a palavra mais forte usada para designar amor
no grego. Não significa ler apenas a Bíblia todas as manhãs ou ir à igreja e escutar
a pregação. É um compromisso apaixonado com a verdade de Deus. É isso que
devemos cultivar se queremos escapar ao engano. Deus enviará a operação do
engano aos que não receberam o amor [ágape] à verdade. Isso significa mais do
que ter apenas um “tempo devocional” ou ler a Bíblia aos fins de semana. É um
compromisso apaixonado com a verdade de Deus.
Penso que posso dizer, sem estar a gloriar-me, que foi algo que Deus me
concedeu. Sempre que ouço alguma coisa que não sinto como verdade, há algo
em mim que se agita. Deus pode fazer isso consigo também, mas tem de permitir
que Ele atua em si. Essa é a segunda salvaguarda, receber o amor à verdade.
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temores estão excluídos, mas nem todos. Vou dar-lhe agora uma lista de
Escrituras. Ruth e eu decorámos pelo menos duas dezenas de diferentes
passagens sobre o temor do Senhor. As promessas ligadas ao temor do Senhor
são tão empolgantes que não compreendo como há pessoas que não o querem.
A implicação é que o temor do Senhor levará Deus a dar-lhe muitos dias de vida.
Qual é a primeira área com a qual Deus lida? A língua. Guarda a tua língua do
mal.
Salmo 19:9:
Jó 28:28:
Provérbio 8:13:
Note-se que não podemos ser neutros em relação ao mal se temos o temor do
Senhor; temos de o abominar. E qual a primeira coisa que abominamos? A
arrogância.
Quer uma vida longa? Cultiva o temor do Senhor. Contudo, não basta viver
muitos anos; é possível viver longamente na miséria. Mas no temor do Senhor,
Deus oferece-nos uma vida longa e abençoada.
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Provérbios 14:26 -27:
“No temor do Senhor há firme confiança e ele será um refúgio para seus filhos.”
Então, o temor do Senhor não nos torna tímidos, mas dá-nos firme confiança. E
fornece um lugar de refúgio para os nossos filhos, o que, nestes dias acho ser
muito importante. E o versículo seguinte diz:
Este é um quadro muito vívido. Satanás estabeleceu laços da morte. Como evitá-
los? Através do temor do Senhor.
“O temor do Senhor encaminha para a vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e
não o visitará mal nenhum.”
Como rejeitar uma promessa destas? Ficará satisfeito, e não o visitará mal
nenhum. Não significa necessariamente que teremos uma vida airada.
Provérbio 22:4:
Verificamos que pelo menos 50 por cento das vezes o temor do Senhor está
diretamente relacionado com a vida. É uma condição fundamental para uma vida
boa.
É interessante ver que o Espírito que repousa em Jesus é sétuplo – sete é sempre
o número do Espírito Santo. Apocalipse 4:5 diz que perante o trono de Deus há
sete lâmpadas de fogo que são os sete Espíritos de Deus.
Pessoalmente, entendo que esta passagem de Isaías nos revela os sete espíritos
de Deus. O primeiro é o Espírito do Senhor, ou seja, O Espírito que fala na
primeira pessoa como Deus. Depois, surgem todos em pares:
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… o espírito de sabedoria e de entendimento
… o espírito de conselho e de fortaleza
… o espírito de conhecimento e de temor do Senhor
“Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram
edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do
Espírito Santo.”
Pode dizer: “Mas, irmão Prince, eu fui redimido; sou um filho de Deus.
Certamente já não preciso do temor de Deus”. Pelo contrário. Deve temê-Lo mais
por causa do preço que Deus pagou para redimi-lo. É o que vem declarado em I
Pedro 1:17-19:
“E, se invocais por Pai aquele que, sem aceção de pessoas, julga segundo a obra
de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes
resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos
pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e
incontaminado,”
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A salvaguarda nº 4
tornar e manter a cruz central na nossa vida
Gostaria de dizer algo mais a este respeito: descobri que as oportunidades para
servir a Deus raras vezes servem as nossas conveniências. De um modo geral,
se Deus lhe der uma oportunidade para O servir, será inconveniente para si de
alguma forma. Serve para testar a sinceridade dos seus motivos.
Isto é muito pessoal, mas antes de pregar, digo sempre a Deus: “Sei que não
possuo a capacidade. Estou totalmente dependente de Ti. Se não me ungires, se
não me inspirares, se não me fortaleceres, não consigo”. De vez em quando ao
pregar posso esquecer-me disso. Então, mentalmente, enquanto prego, digo;
“Senhor, por favor lembra-te que estou dependente de Ti. Nada posso fazer na
minha própria força!”.
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vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. ”
(versículos 4 e 5)
Quando realmente vemos a cruz, não temos nada em que nos gloriar. É
interessante que a versão original desse hino, escrito por um inglês, dizia:
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Daqui, Paulo prossegue para Corinto. Ora, Corinto era uma cidade portuária, algo
como as grandes cidades portuárias do nosso mundo atual – uma cidade muito
ímpia, onde florescia todo o género de pecado. Algures entre Atenas e Corinto,
Paulo tomou uma decisão, que encontramos registada nestes versículos:
Assim Paulo toma uma decisão revolucionária. Não pregaria em Corinto uma
mensagem como a que pregou em Atenas. Disse aqui algo que para um judeu é
notável: nada me propus saber. Basicamente, os Judeus são pessoas que sabem
imenso e em geral a sua confiança baseia-se no que sabem.
Que declaração espantosa! “Nada me propus saber. Vou esquecer tudo quanto
aprendi aos pés de Gamaliel em todos os meus estudos – esquecer tudo isso! Só
estou preocupado com uma coisa: Jesus Cristo – e não apenas com Jesus Cristo,
mas com Jesus Cristo crucificado – Ele é o centro e a ênfase da minha
mensagem”. E creio que deve ser o centro e a ênfase da nossa mensagem. Se
tirarmos a cruz do centro, estamos em perigo.
O poder é algo que faz apelo ao homem natural. Alguns psicólogos dizem que o
desejo de poder é o desejo número um da personalidade humana. Paulo disse:
“Quero poder, mas quero-o numa base diferente daquela que o mundo o
entende. Quero esquecer toda a minha sabedoria, todo o meu conhecimento,
todas as minhas habilitações teológicas e quero concentrar-me apenas numa
coisa: Jesus Cristo crucificado”. E depois acrescenta: “Quando o faço, posso ter
a certeza de que o Espírito Santo vem em poder”.
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… Número 1: Humilhar-nos. Por exemplo, em I Pedro 5:8, Pedro diz que o
nosso adversário [o diabo], anda em derredor, bramando como leão, buscando
a quem possa tragar; O diabo é muito poderoso e muito ativo. Qualquer teologia
que diga o contrário é um engano.
“Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus
Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.”
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