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Importante?
Resposta a uma oração persistente
Muitos milhares de adventistas do sétimo dia em todo o mundo estão
desejosos de compreender o que está acontecendo nas providências de Deus.
Têm ouvido falar de algo misterioso conhecido como “1888”. Não sabem em
que consiste, porém trata-se de algo que volta vez ou outra.
Este material pode ajudá-lo a adquirir a informação sólida e consistente que
está precisando. O conteúdo desta obra tem ajudado muitos a resolverem a
confusão reinante. Fortalecendo sua confiança em como Deus dirige Sua
igreja. Aprenderão uma esperança mais significativa do triunfo final do
evangelho.
Sim, nesta geração.
“1888” demanda nossa atenção por ser o momento em que o céu voltou a
abrir suas janelas e derramou sobre os dirigentes da Igreja Adventista do
Sétimo Dia o “começo” do dom final do mesmo Espírito Santo. De acordo com
as entusiastas declarações de E. White, foi como a repetição do pentecostes. 1
Foram os “aguaceiros da chuva serôdia”, no mesmo sentido que Pentecostes
foi a “chuva temporã”. 2
“1888” introduz essa benção final. Há nela duas partes: (1) Os “aguaceiros
celestiais da chuva serôdia” que prepara o povo de Deus para a segunda
parte. (2) Nosso primeiro vislumbre do que será a mensagem que penetrará no
Islã, no Budismo, no Catolicismo Romano, no Protestantismo, e todos os
“ismos” de nosso mundo atual. Será uma apresentação do evangelho que
possuirá tal poder de convicção, tal poder de conversão, que nada na história
passada poderá igualar.
· Os obstáculos e tropeços estão pelo caminho que vai para o inferno,
e não no que vai para o céu.
O dragão que está em guerra com Cristo, tem começado frustrando suas boas
novas. Jesus disse: “Vinde a Mim todos os que estais cansados e
sobrecarregados, e Eu vos aliviarei... Meu jugo é suave e meu fardo é leve”
(Mat. 11:28-30). O salvador não permanece impassível, indiferente, se
escolhes o caminho mal. Toma-te pela mão e te diz: ‘Vem. Vamos para o
céu!’ “Não temas, porque estou contigo... sempre te ajudarei... Eu Yahweh
sou teu Deus, que te sustém pela tua mão direita” (Isa. 41:10, 13). “A seus
anjos dará ordem a teu respeito para te guardarem em todos os teus
caminhos” (Sal. 91:11). Ele não força nada, mas se perdes o caminho e tomas
a senda errada, fará por ti o que fez por Saulo de Tarso, cujo caminho
errôneo o estava levando para a perdição. O Senhor colocou obstáculos para
fazer com que o caminho errado se tornasse “duro”. Por ocasião da mudança
de seu coração, o apóstolo disse: “Ouvi uma voz que me falava em língua
hebraica: ‘Saulo, Saulo, por que Me persegues? Dura coisa é recalcitrares
contra os aguilhões’” (Atos 26:14). O Senhor não permite que nenhuma alma
se perca, sem confrontá-la a cada passo do caminho errado!
O amor do Salvador é forte demais para permitir que sequer um pereça sem
ser incomodado. O exposto apresenta uma cena totalmente diferente daquela
que muitos imaginam. Tem-se ensinado freqüentemente aos jovens que o
caminho para o céu é difícil, entretanto o caminho que conduz ao inferno é
fácil. Essa confusão proporciona uma visão distorcida do caráter de Deus.
A confusão produzida pela carência desta “preciosa mensagem” tem levado
também a muitos, jovens especialmente, a pensar que E. White é enfática ao
apresentar a comunhão com Cristo como algo difícil e chato.
Certo, se requer negação do eu a cada passo em nosso caminho, mas o que
Paulo denomina “a verdade do evangelho” converte a negação do eu em
escolha prazerosa para todo aquele que contempla a escolha de negar o eu
que Jesus fez para o nosso bem.
Ao nos identificarmos com Ele pela fé, a negação do eu se converte para nós
em um prazer, tal como foi para Ele, quando afirmou: “Deus meu, Minha
alegria consiste em fazer a Tua vontade”. Seu amor nos motiva a nos
aproximarmos com Ele no Getsêmani. Nos unimos a Ele em Sua oração: “Não
se faça a minha vontade, mas a Tua”. Imaginemos a surpresa dos jovens, ao
descobrir quão diferente é E. White daquilo que haviam imaginado.
Efetivamente, prestou apoio incondicional aos corajosos e reconfortantes
conceitos dos “mensageiros” de 1888:
“Não deduzamos, entretanto, que o caminho ascendente é difícil
e a rota descendente é fácil. Em todo caminho largo que conduz
a morte há penalidades e castigos, há pesares e
desapontamentos, há advertências para que não se prossiga. O
amor de Deus é tal que os desatentos e os obstinados não podem
destrui-se facilmente” (O maior discurso de Cristo, pág. 117 e
118).
(2) Em relação com estas boas novas vem uma compreensão mais clara
daquilo que o Filho de Deus realizou na cruz.
Provê uma nova motivação para seguí-lo.
Jones e Waggoner compreenderam os ensinamentos bíblicos segundo o qual, a
dádiva de Cristo significou muito mais que uma mera oferta de salvação a
“todos os homens”. Cristo concedeu o dom a cada um deles. Compreenderam
que a morte que Cristo morreu foi o equivalente a segunda morte, e que de
fato, experimentou “a [segunda] morte por todos” (Heb. 2:9). Pagou o preço
pelos pecados de todo o mundo. “Yahweh fez cair sobre Ele o pecado de
todos nós” (Isa. 53:6).
“O dom não é como a ofensa de um só que pecou [Adão]: O juízo
veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom
gratuito veio de muitas ofensas, para a justificação... Pois assim
como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens,
para a condenação, assim também por um só ato de justiça veio
a graça sobre todos os homens, para justificação e vida”
(Rom.5:16 e 18).
Comentando o texto, Waggoner escreveu:
“A fé de Cristo traz a justiça de Deus, porque a posse desta fé é
a posse do próprio Senhor. Essa fé é dada a todo homem, da
mesma forma em que Cristo se deu a Si mesmo a todo o homem.
Você se pergunta: O que então pode impedir que todo homem
seja salvo? – Nada, exceto o fato de que nem todos os homens
guardarão a fé. Se cada um guardasse tudo o que Deus lhe dá,
todos seriam salvos” (Carta aos Romanos, pág. 36. Escrito em
1896).
“’Por um ato de justiça veio a graça a todos os homens para
justificação e vida’. Não existe aqui nenhuma exceção. Assim
como a condenação veio a todos os homens, também a
justificação. Cristo provou a morte por todos. Deu-se a Si mesmo
por todos, se deu por cada um. O dom gratuito veio sobre todos.
O fato de que seja um dom gratuito é a evidência de que não há
exceção alguma. Se houvesse vindo somente para aqueles que
tivessem uma qualificação especial, não poderia ser um dom
gratuito” (Id, p. 56).
Jones esteve de pleno acordo. Provavelmente não seria exagerado dizer que
ninguém, desde Lutero, o expressou com tamanha clareza: (a) Como nosso
“segundo Adão”, Cristo justificou legalmente a todos “em Seu sangue” (Rom.
5:9). Mas cada um é livre para desprezar, vender, recusar, aquilo que Cristo
já lhe deu (e essa é precisamente a razão pela qual se perderá os que
finalmente se perderem). Multidões fazem como Esaú, que “desprezou” e
“vendeu” a preciosa primogenitura que lhe havia sido dada. Cristo tem dado a
primogenitura a todo ser humano, em virtude de Seu sangue derramado. 11
Isto suscita imediatamente uma questão: Parece evidente que isto é
precisamente o que disse João 3:16, mas E. White esteve de acordo na
compreensão destas boas novas, na forma direta e simples como expuseram os
mensageiros de 1888?
Quando ela ouviu Jones e Waggoner, escutou e aprendeu. Em um livro que
escreveu pouco tempo depois de ouvi-los, declarou pela primeira vez:
“O pecador pode resistir a este amor, pode recusar ser atraído a
Cristo; mas se não resistir, será atraído a Jesus; o conhecimento
do plano de salvação lhe conduzirá ao pé da cruz, arrependido
de seus pecados que causaram os sofrimentos do amado Filho de
Deus” (O Caminho a Cristo, pág. 27).
(3) A compreensão comum é que o sacrifício de Cristo torna possível uma
mera “oferta” de salvação.
Essa concepção torna o crente o protagonista, quem toma o primeiro lugar em
sua iniciativa de crer. A conclusão lógica é que nossa salvação está baseada
inicialmente no que nós fazemos. É dizer, contribuímos para nossa salvação.
Em contraste, a “preciosa mensagem” afirma que nossa salvação é 100%
devida à iniciativa de Cristo, e nossa fé permite que Ele a efetue. Deixamos
de resistir-lhe. De forma inversa, a perdição de nossas almas é devida a nossa
iniciativa de não crer nas boas novas. Parece surpreendente, mas assim é o
evangelho. O único caminho para se perder é resistir e recusar o que Cristo já
fez por nós, e continua fazendo mediante Seu Espírito Santo. Nisto consiste a
incredulidade. Qual é nossa parte? É correspondentemente simples: crer, a fé.
A resposta do coração, a profunda apreciação daquilo que Ele fez por nós
mediante Seu sacrifício.
Lemos: “O amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por
todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem
não vivam mais para si, mas para aquele que por ele morreu e ressurgiu” (2
Cor. 5:14 e 15). Em outras palavras, tal fé torna impossível que sigamos
vivendo uma vida egoísta! O evangelho é infinitamente mais que bons
conselhos, é “poder de Deus para a salvação” (Rom. 1:16).
É bom demais para ser verdade?
Esta foi precisamente a objeção que nossos queridos irmãos fizeram a mais de
um século.
Espero que comece a entender por que E. White sentiu-se tão feliz ao ouvir
esta mensagem. Cumpriu-se, ou melhor dizendo, começou a cumprir-se as
visões de sua mocidade. Ali estava o começo do que haveria de tocar os
corações no Islam, no Budismo, no paganismo, no Catolicismo Romano, e sim,
iluminaria a terra com Sua glória!
Poderíamos continuar mais e mais...
A mensagem de 1888 fez brilhar com nova luz virtualmente qualquer página
da Bíblia:
Não temos que esperar deixar de pecar antes de poder ir a Jesus; venha assim
como está. Ele lhe está atraindo sem cessar, responda-lhe! Seu ofício consiste
em aceitar pecadores e salva-los do pecado.
Não consiste na eliminação da natureza pecaminosa – o povo de Deus a reterá
até a glorificação, quando Cristo voltar – (a confusão neste ponto é uma causa
de freqüente desânimo). Seguiremos sendo tentados, como foi Jesus. Mas se
bem que possuindo uma natureza pecaminosa, não será uma natureza que
continua pecando. “A graça de Deus... nos ensina a abandonar a impiedade e
as paixões mundanas, para que vivamos neste presente século sóbria, justa e
piedosamente” (Tito 2:11 e 12). É simples e funciona! Este professor
concederá a mais alta qualificação a todo aquele que está disposto a assistir
em Sua classe, permitindo-lhe que o instrua. Ninguém precisa temer o
fracasso.
Que maravilhosas boas novas! “As bodas do Cordeiro” estão em andamento.
“Em Sua grande misericórdia o Senhor enviou [esta] preciosa mensagem” em
1888, a fim de preparar “Sua esposa” para as bodas (Apoc. 19:1-9).
Conclusão
O propósito deste livreto não tem sido tanto te alimentar, como fazer com
que sintas fome. É possível que queiras saber mais. Existe um comitê
esperando tuas questões, que serão sempre bem recebidas. Consulte-nos
sobre aquilo que possa estar lhe deixando confuso ou perplexo, em relação à
“preciosa mensagem” de 1888 e sua história. Convidamos-te a entrar em
contato conosco.
1888 Message Study Committee
8784 Valley View Drive, Berrien Springs MI 49013 U.S.A.
Phone: (269) 473-1888 • Fax: (269) 473-5851
E-mail: 1888msc@netbox.com
Referências:
1. Testemunhos Seletos, vol. I, p. 276.
2. Special Testimonies, Series A, No. 6, p. 19 e 20; The Ellen G. White
1888 Materials, p. 1478.
3. Review & Herald, 21 janeiro, 28 janeiro, 4 fevereiro, 11 fevereiro,
25 fevereiro, 8 abril, 1890.
4. Uns poucos exemplos: The Ellen G. White 1888 Materials, p. 406,
512, 541, 911-913, 1478, 1479, 1651, 1656.
5. Encontramos a expressão "credenciais divinas" em: Review & Herald,
18 março 1890; The Ellen G. White 1888 Materials, p. 497, 543, 545,
575, 595, 722, 835, etc.
6. Testemunhos para Ministros, p. 91-93.
7. The Ellen G. White 1888 Materials, p. 1814.
8. Id., p. 1478.
9. Testemunhos Seletos, vol. I, p. 276.
10. “O Senhor não me enviou a este país [Austrália]" Cada dia com
Deus, p. 59; The Ellen G. White 1888 Materials, p. 1622 y 1623.
11. Ver história de Esaú em Gên. 25:27-34; Heb. 12:16 e 17.
Jones e Waggoner Merecem Crédito?
Prezado Robson,
Quero te agradecer por teres disponibilizado em teu site o livro BOAS NOVAS
de Waggoner, que trata sobre a verdadeira doutrina da JUSTIFICAÇÃO PELA
FÉ, doutrina que foi desprezada pela liderança da IASD em 1888. Os líderes da
IASD têm escondido dos ASDs e do mundo, os escritos de JONES & WAGGONER
sobre o assunto, especialmente dos que não lêem inglês.
"Vi que Jones e Waggoner tiveram sua contrapartida em Josué e Calebe. Como
os filhos de Israel apedrejaram os espias com pedras literais, vós apedrejastes
esses irmãos com pedras de sarcarmo e ridículo. Vi que vós voluntariamente
rejeitastes o que sabíeis ser a verdade. Apenas porque ela era por demais
humilhante para a vossa dignidade. Vi alguns de vós em vossas tendas
arremedando e fazendo toda a sorte de galhofas desses dois irmãos. Vi
também que se tivéssemos aceito a mensagem deles teríamos estado no reino
após dois anos daquela data, mas agora temos de retornar ao deserto e ficar
40 anos." E.G.White, Escrito de Melbourne, Austrália, 09.05.1892.
Naquela ocasião, em que foi recusada pela liderança e pelo povo a mensagem
de Jones e Waggoner sobre a Justificação pela Fé, a Sra. White pensou que
deveriam sair da IASD apóstata e formar outra igreja, mas, logo a seguir, DEUS
lhe deu a mensagem de que deveriam "voltar para o deserto", e todos
morreram no deserto, sem ver o retorno de CRISTO, inclusive a Sra. White,
como ocorreu com o antigo povo de Israel no deserto e com Moisés, que não
entrou na Canaã terrestre.
Durante a sessão da Conferência Geral de 1886, Ellen White, que estava na Europa
nessa ocasião, teve uma visão do que estava ocorrendo e escreveu posteriormente ao
Pr. Butler:
“Essa conferência foi-me mostrada em visão noturna. Meu guia disse-me: ‘Segue-me;
tenho algo para mostrar-lhe.’ Ele me fez uma espectadora das cenas que tiveram lugar
nesse encontro. Foi-me revelada a atitude de alguns ministros na reunião, a sua em
particular, e posso dizer-lhe, meu irmão: Foi uma reunião terrível.”
E prosseguiu: “O Senhor não Se agradou com esse encontro. Seu espírito, meu irmão,
não foi conveniente. A maneira como você tratou o Dr. Waggoner foi, quiçá, segundo
sua própria disposição e não conforme a disposição divina. O rumo que você tomou é
indesculpável, mesmo que os pontos de vista dele pudessem parecer questionáveis.” 2
Em 10 de fevereiro de 1887 – três meses após o encontro de 1886 –, o Pr. Waggoner
preparou uma brochura de 71 páginas em resposta ao livreto de 81 páginas escrito por
Butler sobre a lei em Gálatas, e que havia sido distribuído aos delegados à sessão de
1886. No entanto, Waggoner reteve-se de publicá-lo por cerca de dois anos,
provavelmente devido a uma carta escrita por Ellen White em 18 de fevereiro,
reprovando a ele e a Jones por levarem a público diferenças de crença:
“Não é algo de somenos importância para você ter feito publicações no Signs, como
aconteceu; Deus revelou que tais coisas não deveriam ser assim. Precisamos manter
diante do mundo uma frente unida. Satanás triunfará ao ver diferenças entre os
adventistas do sétimo dia. Essas questões não são pontos vitais.”3
O Pr. Waggoner aceitou o conselho da mensageira do Senhor, mas é triste dizer que o
Pr. Butler não o fez. Assim, dentro de alguns meses, Ellen White enviou a seguinte
repreensão ao Pr. Butler e a Urias Smith:
“Enviei cópias das cartas que escrevi aos irmãos Waggoner e Jones ao Pr. Butler, com
referência a apresentar e manter em evidência assuntos sobre os quais haja
divergências de opinião... Fiquei aflita ao ler seu artigo na Review... E quando, então,
se seguiu um panfleto cujo teor expressava suas opiniões pessoais, não achei que
você agiu retamente nesse ponto, a menos que concedesse a mesma liberdade ao Pr.
Waggoner. Creio que nada pode resultar disso senão discussão aberta. Você fez circular
seu panfleto; agora é justo que o Dr. Waggoner tenha a mesma chance que você.” 4
Cenário Histórico
“Nunca estive tão alarmada como no presente... Desejo dizer-lhes, meus irmãos, que
não é correto vocês se firmarem sobre as idéias de qualquer homem... Se os
ministros não acatarem a luz, eu gostaria de dar ao povo a oportunidade de recebê-
la. Deus não me enviou para falar-lhes e vocês questionarem Sua mensagem e discutirem
se a irmã White é a mesma que costumava ser em anos anteriores.” 6
“Temos tido a mais dura e inexplicável luta pela supremacia jamais havida entre
nosso povo... Estamos determinados a fazer tudo quando for possível no temor de
Deus para ajudar nosso povo nesta emergência.
Por essa razão, ao darmos início ao nosso estudo, creio que seria proveitoso
considerarmos uma das primeiras mensagens dadas pela mensageira do Senhor na
Conferência Geral de 1888:
“A verdade precisa ser apresentada tal qual é em Jesus; se há alguém entre nós que
ficou seduzido por causa das idéias contrárias ao que ele cria, concepções como as que
foram apresentadas nesse encontro, pare com suas críticas não-santificadas e
investigue calmamente o assunto, e ele santificará a alma.” Não seria proveitoso
9
Joe W. Gresham
Para ler mais sobre este assunto, faça o download do livro: A Mensagem, o
Mistério e os Equívocos de 1888. Para isso, aponte para o link com o botão
direito do mouse pressionado e escolha "salvar destino como". O arquivo está
em formato Word 6.0/95.
O livro inteiro é uma radiante exaltação do amor de Deus e de Sua misericórdia segundo
manifestada por Jesus. Waggoner aconselha os seus leitores a “considerar a Cristo, de
forma contínua e inteligente”. “Cristo deve ser ‘elevado’ por todos os que crêem nEle
como o Redentor crucificado, cuja graça e glória são suficientes para satisfazer as
maiores necessidades do mundo; significa que deveria ser ‘elevado’ em Seu
extraordinário encanto e poder como ‘Deus conosco’, de modo que Seu atrativo divino
possa assim atrair a todos para junto dEle” [Cristo e Sua Justiça, págs. 5-6].
Nossa certeza de perdão por todos os nossos pecados “está no fato de que o próprio
Doador da lei, Aquele contra quem” nos rebelamos e a quem temos desafiado “é o que
Se deu a Si mesmo por nós”. Em Cristo, Deus Se deu e Si mesmo por nossa redenção,
porque “não devemos imaginar que o Pai e o Filho estavam separados nesta transação.
Eram um só nisto, bem como em tudo o mais” [Idem, pág. 45].
“Que maravilhosa manifestação de amor! O Inocente sofreu pelo culpado; o Justo pelo
injusto; o Criador pela criatura; o Autor da lei pelo transgressor da lei; o Rei por Seus
súditos rebeldes... O infinito Amor não poderia encontrar uma maior manifestação de Si
mesmo. Bem pode o Senhor dizer: ‘Que mais se podia fazer à Minha vinha, que Eu lhe
não tenha feito?’ (Isaías 5:4)” [Idem, págs. 45 e 46.]
O amor divino envolveu toda a criação. Por meio de Sua morte sobre a cruz Jesus
redimiu o mundo inteiro. “Ele não adquiriu uma certa classe, mas todo o mundo de
pecadores. ‘Porque Deus amor o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna’ (João 3:16).
Jesus disse: ‘O pão que Eu der é a Minha carne, que Eu darei pela vida do mundo’ (João
6:51). ‘Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a Seu tempo pelos ímpios’.
‘Mas Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós
ainda pecadores’ (Romanos 5:6, 8)” [Idem, pág. 71.]
Havendo nos comprado com o Seu sangue, Jesus aceita a todo pecador arrependido tal
como é e o cobre com o manto de Sua própria justiça. Ao fazê-lo, “não fornece um
disfarce para o pecado, mas remove o pecado. E isto mostra que o perdão dos pecados é
mais que uma mera forma, algo mais que um mero registro nos livros do céu, ao ponto
de ser cancelado o pecado. O perdão dos pecados é uma realidade; é algo tangível, algo
que afeta vitalmente o indivíduo. Realmente liberta-o da culpa; e se está livre de culpa,
está justificado, foi tornado justo, e certamente sofreu uma mudança radical. É, na
verdade, uma outra pessoa” [Idem, pág. 66]. Waggoner mostrou que isto está de acordo
com o ensino do apóstolo Paulo quando escreveu: “Se alguém está em Cristo, nova
criatura é” (II Coríntios 5:17).
Waggoner e Jones sustentavam que o Redentor vai mais além de perdoar os pecados. O
crente que aceita a Jesus como seu substituto e seu fiador de salvação aprende a
considerá- Lo como seu exemplo e Aquele que o capacita a obter vitória sobre o pecado,
o que se relaciona intimamente com a encarnação de Cristo.
Foi Sua divindade, não Sua humanidade, o que permitiu que Jesus vencesse a toda
traiçoeira tentação que Satanás Lhe apresentou. A encarnação de Cristo garante que
podemos ser “participantes da natureza divina” (II Pedro 1:4). Desta forma nós também
podemos sair vitoriosos sobre a tentação e o pecado, como fez Jesus durante a Sua
encarnação ou enquanto habitou na carne humana.
Por meio da encarnação, explicava Waggoner, “Cristo tomou sobre Si a igualdade com
o homem a fim de que pudesse redimir o homem”. Continua dizendo: “Deve ter sido ao
homem pecador que Ele Se assemelhou, porque é ao homem pecador que Ele veio
redimir. A morte não teria poder sobre um homem sem pecado, assim como Adão foi no
Éden; e não poderia ter poder sobre Cristo, se o Senhor não houvesse tomado sobre Si a
iniqüidade de todos nós. Mais ainda, o fato de que Cristo tomou sobre Si mesmo a
carne, não de um ser sem pecado, mas do homem pecador, ou seja, que a carne que
assumiu tinha as debilidades e tendências ao pecado às quais está sujeita a natureza
humana caída, se vê na declaração de que ‘nasceu da descendência de Davi segundo a
carne’. Davi tinha as paixões da natureza humana” [Cristo e Sua Justiça, págs. 26-27].
Depois de citar II Coríntios 5:21, que diz: “Àquele que não conheceu pecado, [Deus] O
fez pecado por nós, para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus”, Waggoner
comentava: “Isto é muito mais forte que a declaração de que foi feito ‘em semelhança
da carne do pecado’ [Romanos 8:3]. Ele foi feito pecado... O imaculado Cordeiro de
Deus, que não conhecia pecado, foi feito pecado. Sem pecado, no entanto, foi não só
contado como pecador, mas tomou sobre Si a natureza pecaminosa. Ele foi feito pecado
para que nós fôssemos feitos ‘justiça’” [Idem, págs. 27-28].
Mas ainda que Waggoner apresentasse a Jesus como tendo tomado a nossa natureza
pecaminosa, cuidou para não considerá-Lo um pecador. Disse:
“Alguns podem ter pensado, lendo até aqui, que estamos depreciando o caráter de Jesus,
ao trazê-Lo ao nível do homem pecador. Pelo contrário, simplesmente estamos
exaltando o ‘poder divino’ de nosso bendito Salvador, que voluntariamente desceu ao
nível do homem pecador, para poder exaltar o homem a Sua própria imaculada pureza,
que reteve mesmo nas circunstâncias mais adversas. Sua humanidade somente velou a
Sua natureza divina... Durante toda a Sua vida houve uma luta. A carne, movida pelo
inimigo de toda justiça, tendia ao pecado, no entanto, Sua natureza divina, nunca, nem
por um momento abrigou um desejo mau, nem vacilou por um momento o Seu poder
divino” [Idem, págs. 28-29].
Como Podemos Vencer
Waggoner animava a seus ouvintes e a seus leitores com a declaração: “Você poderá ter
o mesmo poder que Ele teve se desejar. Ele foi capaz de ‘compadecer-Se ternamente’
das nossas fraquezas (Hebreus 5:2) mas ‘sem pecado’ (cap. 4:15), porque o poder
divino morava constantemente com Ele” [Idem, pág. 29].
Waggoner confiantemente afirmou que Alguém mais forte que Satanás pode morar
continuamente no coração do crente. E assim, o crente pode enfrentar os ataques de
Satanás e dizer: “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Filipenses 4:13)
[Idem, págs. 29-31].
No entanto, Waggoner advertiu que Satanás não estava disposto a deixar que seus
antigos escravos escapassem sem luta. Admoestou a cada seguidor de Cristo a lembrar-
se sempre que Cristo o havia libertado e que já não é mais escravo de Satanás. Mas a
vitória exige ceder continuamente á vontade de Deus. Afastado dela, não há vitória
[Idem, págs. 92-95].
Ao dar esta receita para vencer a tentação, Waggoner voltou à sua advertência inicial:
Mantenham seus olhos, seus pensamentos e seus afetos em Jesus. Em um de seus
sermões, registrado na revista Signs of the Times de 25 de março de 1889, Waggoner
utilizou ilustrações da história para mostrar como Jesus fortalecerá o pecador fraco mas
arrependido, em sua luta contra o pecado e contra Satanás.
Vitória ao Olhar Para Cristo
Waggoner recordou a seus leitores que tão prontamente Josafá recebeu a notícia da
invasão inimiga, se aproximou de Deus. De pé, com seu povo no átrio do templo,
derramou sua alma a Deus em oração. Disse: “Na Tua mão há força e potência, e não há
quem Te possa resistir” (II Crônicas 20:6). Dirigiu-se a Deus em seu próprio nome e no
de seu povo, “os nossos olhos estão postos em Ti” (verso 12). Enquanto o rei e o povo
se humilhavam diante de Deus e mantinham os seus olhos fixos nEle, Deus lhes deu
uma grande vitória sobre seus inimigos. Waggoner disse: “Certamente, o homem que,
na hora da necessidade, começa sua oração com tal reconhecimento do poder de Deus,
já tem a vitória do seu lado. Mas notem que Josafá não somente declarou sua fé no
maravilhoso poder de Deus, mas também reivindicou a força de Deus apropriando-se
dela”.
Por suas próprias forças nenhuma pessoa pode derrotar a Satanás. Mas no momento da
tentação cada crente deveria recordar-se da promessa de Deus a Josafá, aconselhou
Waggoner. “Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão; pois a
peleja não é vossa, mas de Deus” (verso 15) [Idem, págs. 78-80]. Waggoner ansiava que
o indivíduo cheio do Espírito Santo e com os seus olhos em Jesus obtivesse a vitória
sobre o pecado: “Que maravilhosas possibilidades há para o cristão! Que alturas de
santidade pode alcançar! Não importa quanto Satanás possa lutar contra ele, atacando-o
em seu lado mais fraco, pode habitar debaixo da sombra do Onipotente, e estar cheio da
plenitudade da força de Deus. Aquele que é mais forte que Satanás pode habitar
continuamente em seu coração; e assim, observando os ataques de Satanás como se
estivesse firmado sobre uma imponente fortaleza, pode dizer: ‘Posso todas as coisas em
Cristo que me fortalece’ (Filipenses 4:13)” [Idem, págs. 30-31].
De acordo com Jones e Waggoner, a vitória sobre o pecado advém de uma correta
compreensão da verdade acerca do santuário. Ellen White compartilha desta idéia. Em
seu sermão de 20 de outubro de 1888, o primeiro sábado da conferência de Mineápolis,
disse: “Cristo está agora no santuário celestial. O que está fazendo? Está fazendo
expiação por nós, purificando o santuário dos pecados do povo. Portanto devemos
entrar pela fé no santuário com Ele, devemos começar a obra no santuário de nossa
alma. Devemos limpar-nos de toda contaminação. ‘Purifiquemo-nos de toda a imundícia
da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus’ (II Coríntios 7:1)”
[A. V. Olson, Thirteen Crisis Years, pág. 276.]
Para Ellen White a resposta pessoal em relação com a purificação do santuário celestial
envolvia a purificação do templo da alma de cada crente. Isto se reflete em seus escritos
posteriores. Em 1890 escreveu: “Cristo está purificando o templo celestial dos pecados
do povo, e devemos trabalhar em harmonia com Ele sobre a Terra, purificando o templo
da alma de sua contaminação moral” [Review and Herald, 11 de fevereiro de 1890].
Fonte: Arnold Wallenkampf, O Que Todo Adventista Deveria Saber Sobre 1888, págs.
7-9 (versão on-line em PDF de Libros de 1888). O Pr. Wallenkampf, Doutor em
Teologia, dedicou a vida ao “ensino em colégios e universidades adventistas como
diretor associado do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral” (pág. 2).
O livro inteiro é uma radiante exaltação do amor de Deus e de Sua misericórdia segundo
manifestada por Jesus. Waggoner aconselha os seus leitores a “considerar a Cristo, de
forma contínua e inteligente”. “Cristo deve ser ‘elevado’ por todos os que crêem nEle
como o Redentor crucificado, cuja graça e glória são suficientes para satisfazer as
maiores necessidades do mundo; significa que deveria ser ‘elevado’ em Seu
extraordinário encanto e poder como ‘Deus conosco’, de modo que Seu atrativo divino
possa assim atrair a todos para junto dEle” [Cristo e Sua Justiça, págs. 5-6].
Nossa certeza de perdão por todos os nossos pecados “está no fato de que o próprio
Doador da lei, Aquele contra quem” nos rebelamos e a quem temos desafiado “é o que
Se deu a Si mesmo por nós”. Em Cristo, Deus Se deu e Si mesmo por nossa redenção,
porque “não devemos imaginar que o Pai e o Filho estavam separados nesta transação.
Eram um só nisto, bem como em tudo o mais” [Idem, pág. 45].
“Que maravilhosa manifestação de amor! O Inocente sofreu pelo culpado; o Justo pelo
injusto; o Criador pela criatura; o Autor da lei pelo transgressor da lei; o Rei por Seus
súditos rebeldes... O infinito Amor não poderia encontrar uma maior manifestação de Si
mesmo. Bem pode o Senhor dizer: ‘Que mais se podia fazer à Minha vinha, que Eu lhe
não tenha feito?’ (Isaías 5:4)” [Idem, págs. 45 e 46.]
O amor divino envolveu toda a criação. Por meio de Sua morte sobre a cruz Jesus
redimiu o mundo inteiro. “Ele não adquiriu uma certa classe, mas todo o mundo de
pecadores. ‘Porque Deus amor o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna’ (João 3:16).
Jesus disse: ‘O pão que Eu der é a Minha carne, que Eu darei pela vida do mundo’ (João
6:51). ‘Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a Seu tempo pelos ímpios’.
‘Mas Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós
ainda pecadores’ (Romanos 5:6, 8)” [Idem, pág. 71.]
Havendo nos comprado com o Seu sangue, Jesus aceita a todo pecador arrependido tal
como é e o cobre com o manto de Sua própria justiça. Ao fazê-lo, “não fornece um
disfarce para o pecado, mas remove o pecado. E isto mostra que o perdão dos pecados é
mais que uma mera forma, algo mais que um mero registro nos livros do céu, ao ponto
de ser cancelado o pecado. O perdão dos pecados é uma realidade; é algo tangível, algo
que afeta vitalmente o indivíduo. Realmente liberta-o da culpa; e se está livre de culpa,
está justificado, foi tornado justo, e certamente sofreu uma mudança radical. É, na
verdade, uma outra pessoa” [Idem, pág. 66]. Waggoner mostrou que isto está de acordo
com o ensino do apóstolo Paulo quando escreveu: “Se alguém está em Cristo, nova
criatura é” (II Coríntios 5:17).
Waggoner e Jones sustentavam que o Redentor vai mais além de perdoar os pecados. O
crente que aceita a Jesus como seu substituto e seu fiador de salvação aprende a
considerá- Lo como seu exemplo e Aquele que o capacita a obter vitória sobre o pecado,
o que se relaciona intimamente com a encarnação de Cristo.
“O Salvador estava profundamente ansioso por que Seus discípulos compreendessem
para que fim Sua divindade estava unida à humanidade. Ele veio ao mundo para
manifestar a glória de Deus, a fim de que o homem fosse erguido por Seu poder
restaurador. Deus Se revelou nEle, para que Se pudesse manifestar neles. Jesus não
revelou qualidades, nem exercer poderes que os homens não possam possuir mediante a
fé nEle. Sua perfeita humanidade é a que todos os Seus seguidores podem possuir, se
forem sujeitos a Deus como Ele o foi” (O Desejado de Todas Nações, pág. 664). “Nossa
suficiência se encontra unicamente na encarnação e morte do Filho de Deus”
(Mensagens Escolhidas, livro 1, pág. 355).
Ao tomar nossa carne ou natureza, Jesus uniu a humanidade com a divindade. “Em
Cristo havia uma sujeição do humano ao divino. Ele vestiu Sua divindade com
humanidade, e pôs Sua própria pessoa debaixo da obediência à divindade... Cristo
requer que a humanidade obedeça à divindade. Em Sua humanidade, Cristo foi
obediente a todos os mandamentos de Seu Pai” (Review and Herald, 9 de novembro de
1897).
Foi Sua divindade, não Sua humanidade, o que permitiu que Jesus vencesse a toda
traiçoeira tentação que Satanás Lhe apresentou. A encarnação de Cristo garante que
podemos ser “participantes da natureza divina” (II Pedro 1:4). Desta forma nós também
podemos sair vitoriosos sobre a tentação e o pecado, como fez Jesus durante a Sua
encarnação ou enquanto habitou na carne humana.
Por meio da encarnação, explicava Waggoner, “Cristo tomou sobre Si a igualdade com
o homem a fim de que pudesse redimir o homem”. Continua dizendo: “Deve ter sido ao
homem pecador que Ele Se assemelhou, porque é ao homem pecador que Ele veio
redimir. A morte não teria poder sobre um homem sem pecado, assim como Adão foi no
Éden; e não poderia ter poder sobre Cristo, se o Senhor não houvesse tomado sobre Si a
iniqüidade de todos nós. Mais ainda, o fato de que Cristo tomou sobre Si mesmo a
carne, não de um ser sem pecado, mas do homem pecador, ou seja, que a carne que
assumiu tinha as debilidades e tendências ao pecado às quais está sujeita a natureza
humana caída, se vê na declaração de que ‘nasceu da descendência de Davi segundo a
carne’. Davi tinha as paixões da natureza humana” [Cristo e Sua Justiça, págs. 26-27].
Depois de citar II Coríntios 5:21, que diz: “Àquele que não conheceu pecado, [Deus] O
fez pecado por nós, para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus”, Waggoner
comentava: “Isto é muito mais forte que a declaração de que foi feito ‘em semelhança
da carne do pecado’ [Romanos 8:3]. Ele foi feito pecado... O imaculado Cordeiro de
Deus, que não conhecia pecado, foi feito pecado. Sem pecado, no entanto, foi não só
contado como pecador, mas tomou sobre Si a natureza pecaminosa. Ele foi feito pecado
para que nós fôssemos feitos ‘justiça’” [Idem, págs. 27-28].
Mas ainda que Waggoner apresentasse a Jesus como tendo tomado a nossa natureza
pecaminosa, cuidou para não considerá-Lo um pecador. Disse:
“Alguns podem ter pensado, lendo até aqui, que estamos depreciando o caráter de Jesus,
ao trazê-Lo ao nível do homem pecador. Pelo contrário, simplesmente estamos
exaltando o ‘poder divino’ de nosso bendito Salvador, que voluntariamente desceu ao
nível do homem pecador, para poder exaltar o homem a Sua própria imaculada pureza,
que reteve mesmo nas circunstâncias mais adversas. Sua humanidade somente velou a
Sua natureza divina... Durante toda a Sua vida houve uma luta. A carne, movida pelo
inimigo de toda justiça, tendia ao pecado, no entanto, Sua natureza divina, nunca, nem
por um momento abrigou um desejo mau, nem vacilou por um momento o Seu poder
divino” [Idem, págs. 28-29].
Waggoner animava a seus ouvintes e a seus leitores com a declaração: “Você poderá ter
o mesmo poder que Ele teve se desejar. Ele foi capaz de ‘compadecer-Se ternamente’
das nossas fraquezas (Hebreus 5:2) mas ‘sem pecado’ (cap. 4:15), porque o poder
divino morava constantemente com Ele” [Idem, pág. 29].
Waggoner confiantemente afirmou que Alguém mais forte que Satanás pode morar
continuamente no coração do crente. E assim, o crente pode enfrentar os ataques de
Satanás e dizer: “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Filipenses 4:13)
[Idem, págs. 29-31].
No entanto, Waggoner advertiu que Satanás não estava disposto a deixar que seus
antigos escravos escapassem sem luta. Admoestou a cada seguidor de Cristo a lembrar-
se sempre que Cristo o havia libertado e que já não é mais escravo de Satanás. Mas a
vitória exige ceder continuamente á vontade de Deus. Afastado dela, não há vitória
[Idem, págs. 92-95].
Ao dar esta receita para vencer a tentação, Waggoner voltou à sua advertência inicial:
Mantenham seus olhos, seus pensamentos e seus afetos em Jesus. Em um de seus
sermões, registrado na revista Signs of the Times de 25 de março de 1889, Waggoner
utilizou ilustrações da história para mostrar como Jesus fortalecerá o pecador fraco mas
arrependido, em sua luta contra o pecado e contra Satanás.
Waggoner recordou a seus leitores que tão prontamente Josafá recebeu a notícia da
invasão inimiga, se aproximou de Deus. De pé, com seu povo no átrio do templo,
derramou sua alma a Deus em oração. Disse: “Na Tua mão há força e potência, e não há
quem Te possa resistir” (II Crônicas 20:6). Dirigiu-se a Deus em seu próprio nome e no
de seu povo, “os nossos olhos estão postos em Ti” (verso 12). Enquanto o rei e o povo
se humilhavam diante de Deus e mantinham os seus olhos fixos nEle, Deus lhes deu
uma grande vitória sobre seus inimigos. Waggoner disse: “Certamente, o homem que,
na hora da necessidade, começa sua oração com tal reconhecimento do poder de Deus,
já tem a vitória do seu lado. Mas notem que Josafá não somente declarou sua fé no
maravilhoso poder de Deus, mas também reivindicou a força de Deus apropriando-se
dela”.
Por suas próprias forças nenhuma pessoa pode derrotar a Satanás. Mas no momento da
tentação cada crente deveria recordar-se da promessa de Deus a Josafá, aconselhou
Waggoner. “Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão; pois a
peleja não é vossa, mas de Deus” (verso 15) [Idem, págs. 78-80]. Waggoner ansiava que
o indivíduo cheio do Espírito Santo e com os seus olhos em Jesus obtivesse a vitória
sobre o pecado: “Que maravilhosas possibilidades há para o cristão! Que alturas de
santidade pode alcançar! Não importa quanto Satanás possa lutar contra ele, atacando-o
em seu lado mais fraco, pode habitar debaixo da sombra do Onipotente, e estar cheio da
plenitudade da força de Deus. Aquele que é mais forte que Satanás pode habitar
continuamente em seu coração; e assim, observando os ataques de Satanás como se
estivesse firmado sobre uma imponente fortaleza, pode dizer: ‘Posso todas as coisas em
Cristo que me fortalece’ (Filipenses 4:13)” [Idem, págs. 30-31].
Para Ellen White a resposta pessoal em relação com a purificação do santuário celestial
envolvia a purificação do templo da alma de cada crente. Isto se reflete em seus escritos
posteriores. Em 1890 escreveu: “Cristo está purificando o templo celestial dos pecados
do povo, e devemos trabalhar em harmonia com Ele sobre a Terra, purificando o templo
da alma de sua contaminação moral” [Review and Herald, 11 de fevereiro de 1890].
Fonte: Arnold Wallenkampf, O Que Todo Adventista Deveria Saber Sobre 1888, págs.
7-9 (versão on-line em PDF de Libros de 1888). O Pr. Wallenkampf, Doutor em
Teologia, dedicou a vida ao “ensino em colégios e universidades adventistas como
diretor associado do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral” (pág. 2).
O ensino bíblico
(b) Quando Cristo foi batizado (Mat. 3:17), o Pai aceitou nele toda a
raça humana. Assim, Cristo é já "O Salvador do mundo" (João 4:42;
1 João 4:14). Ninguém precisa duvidar que o Senhor o aceitou nele.
Mas embora Cristo seja o "Salvador de todos os homens", é-o "em
especial aos que acreditam" (1 Tim. 4:10. A palavra grega do NT
malista, significa "em especial", "especialmente", "com plena
efetividade", etc. Ver Gál. 6:10). Nossa salvação não depende de que
iniciemos uma relação com Ele, mas sim de nossa resposta à relação
que Ele já iniciou conosco.
Não obstante, o Senhor não tomará sem nossa permissão aquilo que
comprou. Há uma linha que Deus mesmo marcou como terreno da
soberania de cada ser, e Ele se abstém escrupulosamente de
traspassá-la sem nosso consentimento, sejamos anjos ou pessoas.
Mas se lhe damos permissão, virá com tudo o que Ele significa".
Ilustrações do E. White
Se queremos nos reconciliar com o Senhor, não seria acaso sábio que
compreendêssemos nossa história e aceitássemos o Seu dom do arrependimento? "Nada
temos a temer quanto ao futuro, exceto que nos esqueçamos da maneira pela qual o
Senhor nos conduziu, e Seu ensino em nossa história passada" (Life Sketches, p. 196).
Naturalmente, se deduz que temos tudo a temer, se esquecermos nosso passado e
ignoramos "Seu ensino em nossa história passada".
A mensagem de 1888 é, sobretudo, gloriosas boas novas de salvação, somente por fé;
uma mensagem de libertação do poder controlador do pecado, uma mensagem de
esperança espiritual. É uma melhor compreensão do "evangelho eterno", em sua relação
com a purificação do santuário. Trata-se de uma verdade que foi confiada a nós
adventistas "Esta é a mensagem que Deus manda proclamar ao mundo. " (Testemunhos
para ministros, pág. 92).
Poderão os poderes das trevas impedir que essa mensagem chegue até o último da terra,
como o Senhor ordenou que acontecesse? A resposta é: 'Não'. Entretanto, há
interrogações, perplexidades e objeções que assaltam às almas sinceras. A eles
dedicamos este trabalho.
Por surpreendente que pareça, há mais de um evangelho: (a) a pura verdade que
pregaram Paulo e os apóstolos –"a graça de Cristo"–, e (b) a falsificação do evangelho,
a que Paulo chama "outro evangelho". "O qual não é outro", mas se trata na realidade de
uma perversão do "evangelho de Cristo". De acordo com as fortes palavras do Paulo,
qualquer outro evangelho diferente do de Cristo, tem que ser "anátema" - condenado
(Gál. 1:6-9).
Temos nós adventistas algo especial a fazer, na recuperação desse evangelho em sua
pureza?
Muitos de nós têm assumimos levianamente que as igrejas evangélicas populares estão
proclamando o evangelho ao mundo, e que nosso encargo especial é pregar a lei. A
hipótese implica que se nós acrescentarmos ao seu "evangelho" nossa singular
compreensão dos dez mandamentos –incluindo o sábado–, obtemos o "mensagem do
terceiro anjo". Em outras palavras, a Igreja Adventista não é mais que uma igreja entre
muitas outras, sem nenhuma contribuição especial a realizar, senão fazer uma lista de
coisas que as pessoas devem aprender a fazer, se desejam ser salvas.
Mas a verdade é que o Senhor nos deu uma mensagem especial de Boas Novas em que
as pessoas têm que aprender a crer. O Senhor não suscitou jamais aos adventistas para
que pregassem ao mundo o legalismo. Nossa comissão específica é recuperar e
proclamar justamente as Boas Novas que já são "a salvação de Deus" [Luc. 3:6], e que
preparam um povo para a segunda vinda de Cristo. De fato, a mensagem dos três anjos
de Apocalipse 14:6-12 é em um sentido singular "o evangelho eterno" para os últimos
dias. Tem que tratar-se das melhores novas que o mundo já ouviu.
Como se encaixa a mensagem de 1888 em nossa obra especial?
" Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor " esta mensagem, "o começo" do alto
clamor descrito em Apocalipse 18:1-4 (Testemunhos para os ministros, pág. 91-93;
Review and Herald, 22 novembro 1892). E. White a reconheceu freqüentemente em sua
verdadeira identidade (ver Carta B2A, 1892; Ms. 15, 1888, etc). Ela nunca disse que
consistia em enfatizar o que os pioneiros haviam sustentado, nem tampouco o que
ensinam as igrejas protestantes evangélicas.
A chuva serôdia e o alto clamor representam hoje para a igreja o que o nascimento do
Messias em Belém representou para os judeus. Durante décadas estivemos orando ao
Senhor para que nos concedesse o dom da chuva serôdia, como oravam os judeus pela
chegada do Messias. Tinham que encontrar nEle o cumprimento de Seu destino.
Entretanto, "não O receberam" (João 1:11). Da mesma maneira, nossa igreja espera o
cumprimento de seu destino nessa chuva serôdia e no alto clamor que já começaram há
mais de cem anos.
Mas o quarto anjo de Apocalipse 18 desce do céu "grande poder; e a terra foi iluminada
com a sua glória". Esse anjo irrompe como uma grande espaçonave, cuja luz envolve
toda a Terra. Clama "com fortaleça em alta voz". Aqui temos, por fim, a difusão maciça
e final da mensagem.
Visto que Deus é amor, e visto que é imparcial, a mensagem das Suas Boas Novas deve
estender-se a todo os lugares antes que Cristo possa retornar. Um mensageiro inspirado
nos diz que " O sinal da besta será apresentado nalguma forma a toda instituição e a
todo indivíduo. …" (Mensagens Escolhidas, vol. III, p. 396). De acordo com o justo
caráter de Deus, todos devem ter igual oportunidade de ouvir a mensagem de
advertência.
Em efeito, uma declaração vai tão longe a ponto de afirmar que foi o começo de uma
luz que não se compreendeu desde os dias do Paulo, ou melhor, desde o Pentecostes
(Review and Herald, 3 de junho de 1890). Em outras palavras, até o próprio Paulo teria
coisas a aprender da "mensagem do terceiro anjo, em verdade".
Houve outros aspectos que derivam da mensagem, tais como a reforma de saúde, a
reforma na educação e na organização, etc. Mas o que alegrou repetidamente o coração
de E. White foi a graça superabundante da justiça pela fé. É facilmente reconhecível o
entusiasmo que traduzem as centenas de declarações de apoio, relacionadas a esse
aspecto fundamental da mensagem.
Até onde sabemos, E. White não descreveu jamais a mensagem como uma re-
enfatização do evangelho ensinado anteriormente. De fato, afirmou que era "a primeira
vez que ouvia de lábios humanos a apresentação clara desse tema" que ela jamais havia
escutado em uma pregação pública (Ms. 5, 1889).
Sem dúvida havia certos aspectos menores da mensagem que outros tinham proclamado
com antecedência; mas ela reconheceu uma perspectiva nova e distinta que nunca antes
se viu claramente. Como uma imagem que se enfoca com maior nitidez, "Grandes
verdades que não foram ouvidas e contempladas desde o dia de Pentecoste
resplandecerão da Palavra de Deus em sua pureza original" (Fundamentos da Educação
Cristã, p. 473). Essa é a razão pela qual identificou a mensagem como "o começo" da
chuva serôdia e do alto clamor, luz que não tinha iluminado até então a Terra com sua
glória.
O antigo Israel foi tentado e seduzido continuamente pelas falsas doutrinas de seus
vizinhos. Aquelas idéias pagãs eram aparentemente similares. Uma delas consistia na
adoração de Baal. Se o Senhor tem confiado a mensagem do terceiro anjo aos
Adventistas do Sétimo Dia, temos que esperar que haja tentações similares para
confundir-nos com uma falsificação da mesma. De alguma forma, tem que emergir uma
verdade mais clara a partir da cruz de Cristo, do que apresentam as igrejas guardadoras
do domingo.
Há nela muitas verdades maravilhosas e refrescantes que em geral não são hoje
compreendidas. Por exemplo:
A justiça denota o caráter daquele que, tendo tomado a natureza humana pecaminosa,
resistiu e venceu o pecado. Assim, a frase "Cristo, nossa justiça", significa que Cristo
"venceu" e "condenou" ao pecado na mesma natureza caída e pecaminosa que nós
temos. Veio tão próximo de nós há 2000 anos, e para sempre a partir de então, que
"condenou ao pecado na carne" (Apoc. 3:21; Rom. 8:3). Sendo que o Pai e o Filho são
Um, e que o Pai estava em Cristo em Sua encarnação, apresenta-se também ao Pai como
"justo" (II Cor. 5:18,19; Rom. 3:26).
Cristo fez do pecado algo obsoleto. Não há já mais desculpa para ele. Fez-se na verdade
um de nós, 100% Deus, e entretanto, também 100% homem. "Tomou sobre Sua
natureza sem pecado a nossa pecaminosa natureza" (Medicina e Salvação, pág. 181), e
assim pode salvar a cada um de nós de nossos pecados, não neles. Ele conhece nossas
tentações, sendo que, "como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado" (Heb. 4:15).
Essas Boas Novas comovem o coração humano. Aí está a raiz da verdade que explica os
2000 anos transcorridos sem que Cristo tenha vindo, algo que as igrejas populares não
podem explicar.
(2) O ministério de Cristo no santuário, na expiação final. Aqui é onde a verdade sobre
a natureza de Cristo brilha em seu esplendor, e transcende a estéril argumentação
teológica. O livro de Apocalipse nos mostra um povo que por fim constitui "primícias"
do sacrifício de Cristo, constituída por "irrepreensíveis" perante o Seu trono (14:4-12).
A chave de sua vitória está em vencer como Ele venceu (3:21).
Nos primeiros meses de 1890, escreveu uma série de artigos na Review and Herald, que
demonstraram de que forma esta mensagem é a essência da verdade da purificação do
santuário (de 21 de janeiro até 3 de junho).
Era a intenção do céu que os viciados da classe que fosse, achassem salvação "entre os
sobreviventes" - ou "remanescentes" (Joel 2:32), mais do que nos programas do mundo.
Nós, adventistas do sétimo dia, fomos chamados para sermos os "primeiros" a exaltar o
autêntico Salvador que foi tentado em todas as coisas, como é tentado todo viciado
sobre a Terra, mas sem pecado. É assim que pode salvar até o pior dos que por Ele se
chegam a Deus.
Os mensageiros de 1888 viram que a cruz significou muito mais que uma mera
provisão, na espera da iniciativa do pecador. Cristo fez algo por cada ser humano!
"Todos os homens" devem sua vida atual ao sacrifício de Cristo. A salvação do homem
depende da iniciativa de Deus, e a condenação depende da iniciativa do homem.
Quando o pecador ouve as boas novas e as crê, responde à iniciativa de Deus, e
experimenta assim a justificação pela fé.
Aqui é onde o conceito de 1888 da justificação pela fé põe em evidência um tipo sutil
de legalismo não reconhecido anteriormente. Na pura justificação pela fé que o Novo
Testamento apresenta, "a jactância… é excluída" (Rom. 3:27), mas segundo o ponto de
vista popular, o fator chave é a iniciativa do pecador. Pode dizer: [eu] aproveitei a
oferta, [eu] aceitei a provisão, [eu] fiz a decisão que me levará a céu. O sacrifício de
Cristo não me fez nenhum bem, até que [eu] tomei alguma determinação a respeito.
Assim, subjaz um pensamento egocêntrico, e um resíduo de legalismo subliminar.
Essa idéia suporta uma trágica carência. Cristo sofreu realmente da segunda morte "por
todos", e fez propiciação pelos pecados "de todo o mundo" (Heb. 2:9; I João 2:2). Os
pecados de "todos os homens" Lhe foram legalmente imputados em Sua morte, de
forma que ninguém até agora teve que suportar a plena carga de sua culpabilidade
(Rom. 5:16-18; II Cor. 5:19).
O resultado é que "todos os homens" vivem porque Ele morreu por eles, creia nisto ou
não (II Cor. 5:14,15). A cruz do Calvário acha-se "estampada" em cada pão. Isso
significa que tanto santos quanto pecadores comem seu alimento diário sendo nutridos
pelo sacrifício de Cristo (O Desejado, p. 660). Ele "trouxe à luz a vida e a incorrupção
pelo evangelho" (II Tim. 1:10). A vida a "todos os homens". A imortalidade, além disso,
aos que crêem.
Sendo que todos os homens vivem devido a que suas transgressões foram imputadas
Àquele que morreu em seu lugar, é correto dizer que teve lugar uma justificação de tipo
legal, em favor de todos os homens (alguns preferem chamar de "justificação
corporativa", ou "justificação temporária universal"; são términos que se referem à
mesma verdade). Sendo que "todos os homens" estão sob "condenação" legal "em
Adão", por nascimento, Cristo deve ser feito o "último Adão", em quem toda a raça
humana é legalmente absolvida (I Cor. 15:22; Rom. 5:16-18). Tal é o conceito
neotestamentário que encerra a repetida expressão "em Cristo".
Isso não significa que todos os homens serão salvos contra a sua vontade. É possível
desprezar e rejeitar o dom que Cristo deu a "todos os homens". Ele não vai forçar a
ninguém. Mas os mensageiros de 1888 explicaram que quando o pecador ouve e crê
nessas boas novas, sua experiência da justificação pela fé lhe faz então "obediente a
todos os mandamentos de Deus", incluindo o sábado do quarto mandamento. Tal é o
único resultado possível, quando um pecador se aferra na justiça de Cristo mediante
uma fé inteligente, esclarecida. Não é maravilha que E. White se alegrasse tanto ao
ouvir a mensagem pela primeira vez.
Assim, a mensagem de 1888 vê o pecado em uma luz muito mais séria do que é comum
entre muitos adventistas. Não é um passivo "não fazer nada". O pecado é tão terrível
que significa a resistência e rejeição contínua da graça salvífica de Deus. [Nota: "Deus
fará a cada um a pergunta: O que tens feito com Meu Filho Unigênito?… Serão
obrigados a dizer: Aborrecemos a Jesus e O lançamos fora. Clamamos: Crucifica-O!
Crucifica-O! Em Seu lugar, escolhemos a Barrabás" (E. G. W. Comentário Bíblico
Adventista, vol. V, P. 1081,1082)] O pecador não se dá conta do que está fazendo, e
necessita que lhe façam tomar consciência disso. É nessa luz que pode apreciar o
arrependimento em suas verdadeiras dimensões.
(6) O Espírito Santo é muito mais poderoso do que havíamos imaginado. Quando uma
pessoa compreende e crê quão boas são as boas novas, se dá conta de que é fácil ser
salvo, e difícil se perder.
(7) Em outras palavras, a mensagem de 1888 eleva o amor de Deus como Salvador,
muito acima da categoria de algo meramente provisional. Não o apresenta perante o
pecador como uma oferta casual de "é pegar ou largar", "se não aproveitas a
oportunidade, pior para ti". Não. Cristo Se apresenta como o Bom Pastor que está
procurando ativamente a cada ovelha perdida "até que venha a achá-la" (Luc. 15:4). É
preciso fazer o pecador ouvir boas novas tão boas como essas.
(8) A verdade sobre os dois concertos, com seu poder para mudar os corações. Esse
conceito singular de 1888 não é bem compreendido hoje na igreja, nem entre os cristãos
evangélicos. Foi mostrado a E. White que o Senhor tinha dado aos mensageiros de 1888
a correta compreensão sobre os dois concertos. [Nota: "Desde que fiz a declaração, no
sábado passado, de que a posição sobre os concertos, tal como foi apresentada pelo
irmão Waggoner, era verdadeira, parece que muitas mentes têm se sentido aliviadas…
Levei tempo tomar esta posição, e estou alegre porque o Senhor me persuadiu a dar o
testemunho que dei" (Carta 30, 1890; The EGW 1888 Materiais, pág. 623). "A noite
retrasada me foi mostrado que a evidência em relação aos concertos era clara e
convincente. Tumesmo [Uriah Smith], o irmão Dan Jones, o irmão Porter e outros estão
desperdiçando seus poderes investigadores em vão, procurando defender uma posição
sobre os concertos que é diferente da que o irmão Waggoner apresentou " (Carta S59,
1890; Idem, pág. 604, também pág. 596,597).]
Da mesma forma que acontece com uma compreensão errônea da justificação, a posição
sobre os dois concertos que se opõe à apresentada em 1888, abre a porta a um tipo de
motivação egocêntrica, que é a essência do legalismo. Não somos salvos fazendo
promessas a Deus, mas crendo nas promessas que Ele nos faz . (A redescoberta da idéia
de 1888 sobre os dois concertos foi a faísca que acendeu o reavivamento atual do
interesse por esta mensagem). [Nota: Para uma exposição dos dois pactos, ver As Boas
Novas, Estudos em Gálatas (Waggoner), cap. 3 e 4.]
Embora seja certo que a mensagem de 1888 constitui gloriosas boas novas para os que
apreciam a cruz de Cristo, abre a possibilidade de muito más novas para aqueles que
preferem seguir inconscientes de sua verdadeira condição espiritual. Estar "debaixo da
lei" é o oposto de estar "debaixo da graça". É por isso que o legalismo é a verdadeira
essência de toda motivação imposta pelo medo de perder-se ou pelo desejo de
recompensa. Mas há um remédio: "No amor [ágape] não há temor" (I João 4:18).
Tudo que deixe de alcançar esse ideal, constitui um tipo imaturo de justificação pela fé,
apropriado somente para essa menina que no casamento se encarrega de levar o buquê
de flores da noiva (enquanto pensa no bolo da festa). A verdadeira noiva tem uma
motivação superior: a honra e a vindicação de seu Marido, já que finalmente está se
"unido", ou incorporando a Ele.
A verdadeira motivação que deriva de estar "debaixo da graça", seria impossível para o
ser humano pecaminoso, a não ser pela revelação do sacrifício de Cristo. Mas o
"glorificar-se na cruz" é uma experiência ao alcance de todo pecador que a contemple e
aceite. Haverá um povo preparado para a vinda de Cristo!
Podemos reclamar para Jones e Waggoner a "inspiração verbal", ou pretender a
perfeita exatidão de cada uma de suas palavras?
Não, nem tampouco o podemos fazer com as palavras da Bíblia, ou dos escritos do
Espírito de Profecia. O valor de uma mensagem se encontra na luz que contém, nos
conceitos que iluminam as verdades do evangelho eterno, que tanto se perdeu de vista.
Ninguém pretende reclamar para Jones ou Waggoner o que o mesmo E. White jamais
reclamou para si. Ela afirmou que eram "mensageiros delegados do Senhor", e que
tinham "credenciais do céu" (Ver Apêndice).
A mensagem dada por Jones e Waggoner, tal como encontramos em seus livros e
artigos, contém suas próprias credenciais. Comove hoje às almas, porque seus conceitos
básicos são tão diferentes e refrescantes, que continuam sendo "nova luz". E isso que
foram somente "o começo" do "alto clamor" que tem que estender-se finalmente a todos
os lugares.
Hoje necessitamos provisão fresca do "pão da vida". Precisamos recordar que quando
Jesus alimentou aos cinco mil, disse a Seus discípulos, "Recolhei os pedaços que
sobejaram, para que nada se perca" (João 6:12). Se o Senhor "enviou" a mensagem de
1888, devemos recolher cada "pedaço" que sua providência nos concedeu, "para que
nada se perca". Com certeza, já é tempo de que o povo de Deus em todo o mundo reflita
seriamente. Não constitui uma irreverência que peçamos ao Senhor nova luz, enquanto
que criticamos e rejeitemos a que Ele já nos enviou?
A mensagem de 1888 foi dirigida a uma cultura diferente da nossa hoje. Como pode
essa mensagem de um século atrás satisfazer as necessidades de um mundo
secularizado que deixou de acreditar em Deus e na Bíblia?
Isso não significa que outros aspectos da mensagem adventista tenham perdido a sua
validez. Continua certo que a reforma de saúde é "o braço direito da mensagem", e que
contribui para vencer os prejuízos. O calor da irmandade da igreja é necessário para
aliviar as necessidades sociais das pessoas. A educação que a igreja sustenta, provê (ao
menos em considerável medida) um refúgio para os meninos e adolescentes. Nossas 27
crenças fundamentais procuram coesão à nossa filosofia religiosa. Mas persuadir o
homem moderno secularizado a aderir ao nosso clube não é o mesmo que iluminar a
Terra com a glória do evangelho. É possível que em nosso "clube" prevaleça ainda a
mesma orientação para o ego, que fora dele.
O que faz falta são boas novas que iluminem um mundo entrevado por uma
compreensão equivocada de Deus, e reconciliar com Ele os corações inimizados e
secularizados.
"O incomparável amor de Cristo, mediante a agência do Espírito Santo, trará convicção
e conversão ao coração endurecido" (Cristo Our Righteousness, p. 61). Afirma E.
White, em uma declaração desconhecida até poucos anos: "Durante anos vi que há um
elo quebrado que nos impediu de ganhar os corações, esse elo se restaura ao apresentar
o amor e a graça de Deus" (Remarks to Presidents, 3 março 1891; Arquivos da
Associação Geral).
Ninguém pode exaltar a cruz como nós, os adventistas, se humilharmos nossos corações
para receber a luz que o Senhor nos enviou. Isso é assim porque nenhum outro povo
pode compreender, tanto a natureza do homem como a de Cristo, segundo a
compreensão que o Senhor quis nos outorgar.
O homem secularizado que vive neste último período da era cristã, necessita da mesma
mensagem que o Senhor enviou aos pagãos no primeiro século: Cristo e Este
crucificado. Os apóstolos falavam a linguagem de seus dias, nós falaremos a dos nossos.
Mas a proclamação dessa mesma Cruz continua desafiando o pensamento do homem
moderno, e penetra as defesas nas quais blindou seu coração mundano.
É certo que um temor assim escureceu a igreja por décadas. Roger L. Dudley recolhe
essa idéia corrente entre jovens estudantes (Why Teenagers Reject Religion, Review and
Herald 1978, págs. 9-21). Marvin Mooore, em The Refiner’s Fire (Pacific Press, 1990)
reconhece o generalizado problema, e busca sinceramente uma solução.
O apóstolo João afirma que ali onde há temor, há uma ausência de ágape, já que "o
perfeito amor lança fora o temor" (I João 4:18). Teria sido impossível que esse temor
sobressaltasse a nossos jovens na década de noventa, se tivéssemos aceito o "preciosa
mensagem" na era de 1888, e a partir de então. Esse tipo especial de amor, o ágape, é a
idéia básica da mensagem.
A solução do problema do temor é revelar o verdadeiro Cristo que veio "em semelhança
da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne". A verdade libertadora é
apresentada nestes termos: "Visto como os filhos participam da carne e do sangue,
também Ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o
império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam
por toda a vida sujeitos à servidão" (Heb. 2:14,15).
Em todas suas facetas, está enfocado à realidade do que aconteceu na cruz. Essa
"revelação" foi algo como os raios do sol através de uma lupa: o início de uma
combustão que teria que varrer dos corações humanos o temor.
A razão é simples: Ficando claro que nenhum temor pode superar o temor do inferno
(perdição, destruição), se esse temor é vencido ao apreciar o Seu sacrifício, mediante a
identificação com Ele em Sua cruz, então, todo temor de ordem inferior tem que ser
afastado.
Por exemplo, como poderia o ladrão arrependido sobre a cruz ser atormentado
novamente pelo temor? Para qualquer outra pessoa que tenha sido crucificada com
Cristo se dará uma libertação similar. Não existe em todo o universo um temor que
possa sobreviver à união sincera com Cristo nessa hora de Sua cruz. Entretanto,
precisamos repetir uma vez mais que somente à luz do "mensagem do terceiro anjo, em
verdade" é possível compreender as plenas dimensões desse sacrifício.
Tal foi o impacto da mensagem de 1888. Recuperou a grande preocupação de Paulo: "O
amor [ágape] de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por
todos, logo todos morreram" (II Cor. 5:14). Como poderia alguém que sabe estar
"morto" voltar a ter medo de alguma coisa? Como poderia alguém que já pisou no
inferno (ao estar crucificado com Cristo) estar atemorizado com alguma outra coisa
menor que o inferno?
Mas não é acaso o medo adventista do juízo investigador precisamente isso, o medo
ao inferno?
Sim, desprovido da idéia de 1888, está dominado por esse temor. Mas o "eu"
crucificado com Cristo não significa o esforço humano por nos torturarmos a nós
mesmos em uma agonizante crucificação auto-infligida. Sempre é "com Cristo". A
mensagem da cruz constrange a uma vida de serviço livre de temor, "…para que os que
vivem não vivam mais para si, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou" (v.
15).
Quando Paulo diz "com Cristo estou junto crucificado", não se está gabando do bom
cristão que é, como se ele mesmo cravado na cruz, crucificando a si mesmo. O que está
dizendo em realidade é:
Diz virtualmente: "Meu 'eu' orgulhoso está crucificado com Cristo". O eu não pode
viver e reinar mais: Seu ágape aniquilou o amor ao eu. E sendo que o eu agora está
crucificado com Ele, o temor desapareceu, visto que todo temor tem sua origem no
amor ao eu.
Diz o profeta: "Quem suportará o dia da Sua vinda? E quem subsistirá quando Ele
aparecer? Porque Ele será como o fogo dos ourives e como o sabão dos lavandeiros.
E assentar-Se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi, e os
afinará como ouro e como prata: então ao Senhor trarão ofertas em justiça." Mal. 3:2
e 3. Os que estiverem vivendo sobre a Terra quando a intercessão de Cristo cessar
no santuário celestial, deverão, sem mediador, estar em pé na presença do Deus
santo. Suas vestes devem estar imaculadas, o caráter liberto de pecado, pelo sangue
da aspersão. Mediante a graça de Deus e seu próprio esforço diligente, devem eles
ser vencedores na batalha contra o mal. Enquanto o juízo investigativo prosseguir no
Céu, enquanto os pecados dos crentes arrependidos estão sendo removidos do
santuário, deve haver uma obra especial de purificação, ou de afastamento de
pecado, entre o povo de Deus na Terra. Esta obra é mais claramente apresentada nas
mensagens do capítulo 14 de Apocalipse.
Este parágrafo possivelmente causou temor entre muitos adventistas, por não terem
discernido as boas novas que contém. Em um esforço para combater esse medo,
alguns instrutores e escritores tentaram evitar sua autêntica implicação, rebaixando a
norma do que significa estar "sem mancha", ou "desencardidos". Contradizem a
declaração, sugerindo que nosso caráter não tem motivo para alcançar essa norma.
Segundo eles, tudo que se precisa é a imputação legal de uma justiça externa.
Procura-se fugir do problema afirmando que o Cristo impecável tem que continuar em
Seu papel de substituição, nos cobrindo assim em nosso contínuo pecar. Segundo esta
idéia, tal mediação deve continuar depois que "afastamento a intercessão de Cristo no
santuário celestial". Mas isso não constitui certamente uma explicação válida do
parágrafo, mas uma negação do mesmo, que diz exatamente o oposto.
(a) O sacrifício de Cristo na cruz assegurou a justificação legal para "todos os homens".
É então que Se fez nosso substituto. Devido a que "o pecado de todos nós" foi imputado
a Ele, a "todos os homens" foram legalmente imputadas as vestimentas imaculadas [o
caráter sem mancha] de Cristo. Todos os homens receberam sua vida atual em virtude
da morte de Cristo no lugar deles. Assim, todos os homens foram "escolhidos" para a
salvação.
Todo medo de se perder é banido por uma apreciação profunda e sincera da obra de
Cristo na cruz. Nas horas últimas da história desta Terra, um povo compreenderá por
fim o que isso significa. Como Sumo Sacerdote, Cristo cumprirá tudo aquilo para o qual
morreu, a fim de que seja algo real, não somente por nós, mas também em nós, se não o
impedirmos.
(c) A purificação do santuário é a "expiação final", o fruto de tudo o que Cristo cumpriu
em Sua cruz. Ele é o "Salvador do mundo" (João 4:42; I João 4:14). Não somos os
salvadores de ninguém, muito menos de nós mesmos.
Mas essa declaração diz que é por "seus próprios e diligentes esforços" com que
"deverão ser vencedores". Minha falta de "diligentes esforços" é o que me enche de
temor.
A frase diz: "Pela graça de Deus e seus próprios e diligentes esforços…" O que aparece
em primeiro lugar?
Está clara a idéia de que o Sumo Sacerdote fará essa obra, se não O impedimos. Nossos
"próprios e diligentes esforços" são o mesmo que "o amor [ágape] de Cristo nos
constrange" que motivava Paulo a viver para Cristo e não para si. "O amor de Cristo"
desperta uma nova motivação "debaixo da graça" que substitui à motivação "debaixo da
lei" imposta pelo temor. Nossos próprios e diligentes esforços não são nunca a obra de
nossa própria iniciativa, mas sempre uma resposta à iniciativa do Espírito Santo, o
Consolador que foi enviado para que estivesse conosco sempre.
O pensamento de nossas vestimentas "sem mancha" não deveria nos atemorizar mais do
que atemoriza a uma noiva o seu imaculado vestido de casamento, perante o olhar do
marido. O que a motiva é somente seu amor, avaliação e respeito a ele, não seu temor de
que a rejeite. A razão pela qual Cristo enviou a mensagem de 1888 foi despertar em Seu
povo uma preocupação por Cristo como a que caracteriza a uma noiva por seu futuro
cônjuge. É uma noção totalmente diferente da habitual preocupação pueril por nossa
própria segurança. Em uma união tal "com Cristo", o ego cai na insignificância que em
toda justiça lhe pertence.
Mas finalmente há um povo que aprendeu a apreciar quão profundas foram essas águas
que Ele atravessou, e quão densas as trevas desse vale da sombra morte que o Cordeiro
conheceu. "O sangue da aspersão" é o elemento chave no –freqüentemente– temido
juízo investigativo. Quão trágico é que sua futura algema se esteve resistindo durante
mais de um século, opondo-se ao Senhor nessa "obra" descrita pelo E. White em seu
artigo de 21 de junho de 1892 (Review and Herald). [Nota: "Estamos no dia da
expiação, e devemos obrar em harmonia com a obra de Cristo de purificar o santuário
dos pecados do povo. Que ninguém que queira ser achado com as vestimentas de bodas
resista a nosso Senhor em Sua obra…"] E quão duplamente trágico que tenhamos estado
atemorizados perante o mais bendito ministério que já ocorreu em nosso favor!
Isso significa que o pecado não tem importância? Quer dizer que não temos uma
grande obra a fazer a fim de vencer?
O pecado importa, e muito; e temos uma grande obra a fazer. A mensagem de 1888 diz
simplesmente que a verdadeira glória de Deus se revela na excelsa luz da Cruz. O
pecado não pode existir nessa luz. "A fé opera pelo amor e purifica a alma".
Não somos nós quem purificamos a alma; é a fé a que realiza esta obra. Uma vez após a
outra o Senhor tentou fazer o Seu povo compreender a verdade de que a justiça vem
pela fé, não pelas obras. Não é fazendo algo que lavamos nossas vestimentas, mas
crendo nesse sangue do Cordeiro.
E isso não é graça barata. É graça terrivelmente cara. Só no fim dos tempos o povo de
Deus de uma vez por todas aprenderá a sentir quanto isto custou realmente. O pecado
será então vencido para sempre, porque o amor ao eu se já foi vencido, e o conflito dos
séculos finalmente.
Sim, temos uma grande obra a fazer: "A obra de Deus é esta: Que creiais nAquele que
Ele enviou" (João 6:29). Nossa "obra" suprema consiste em aprender a crer!
É impossível para a alma que crê, continuar na transgressão da lei de Deus, se tiver um
coração que, por mais endurecido e frio que tivesse estado anteriormente, foi
enternecido perante a visão deste "sangue" do Cordeiro.
Mas como pode alguém aprender a "deleitar-se" na lei de Deus, nos dez
mandamentos?
O que nos ensina a dizer "não!" aos desejos da carne, e a todos os vícios compulsivos e
perversões às quais o diabo tenta nos levar, não é o temor ao castigo nem a expectativa
de recompensa, mas o contemplar esta excelsa Cruz. A graça de Deus já trouxe salvação
a todos os homens, e nos ensina a pronunciar essa palavra: "Não" (ver Tito 2:11,12).
Como a feia larva que se transforma em uma bela mariposa, os dez mandamentos
deixam de ser dez proibições para converter-se em dez gloriosas promessas. De fato, o
Senhor nos diz que se apreciarmos o que Lhe custou realmente nos redimir, como nos
tirou da terra do Egito, da casa da escravidão, então nos promete que nunca furtaremos,
mentiremos, cometeremos adultério, etc.
(Sal. 81:8-10)
Isso é assim porque o Espírito Santo Se torna ser uma motivação para crente, mais forte
que os impulsos de sua natureza pecaminosa (ver Gál. 5:16-18; Rom. 8:2).
Necessitamos, como igreja, das bênções da mensagem de 1888? "Em sua grande
misericórdia o Senhor [nos] enviou" essa mensagem. Não seria uma incrível arrogância
pretender que não necessitamos do que o Senhor nos envia? Como pode o céu avaliar
nossa negligência a respeito?
Por contraste, tal segurança está implícita na mensagem de 1888. Nela se reconhece que
o sacrifício de Cristo comprou realmente a justificação por "todos os homens". O que a
raça humana perdeu "em Adão", ficou recuperado no dom à raça humana "em Cristo".
"Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho Unigênito" (João 3:16). Ele
sofreu a morte por todos os homens (Heb. 2:9). Ele é a propiciação pelos pecados dos
que crêem, mas "não somente pelos nossos, mas sim pelos de todo o mundo"
(I João 2:2). Ninguém está excluído!
Creia nessas boas novas, e sua inimizade com Deus será solucionada. Paulo esclarece
que não podemos estar preocupados com a segurança de nossa própria salvação ao
olharmos para a cruz: "Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o
entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?"
(Rom. 8:32).
Têm-me dito que desconfie destas boas novas, por que nelas existe o perigo do
universalismo.
Longe disso. Os perdidos o serão, não porque Deus os tenha destinado a se perder, mas
sim porque escolheram resistir, rejeitar e desprezar a Sua graça; negaram-se a respirá-
la. O conceito calvinista da "graça irresistível" não é bíblico. "O pecador pode resistir a
este amor, pode recusar ser atraído a Cristo; mas se não resiste, será atraído ao Jesus"
(O Caminho a Cristo, p. 27). Agora bem, se resistir, toma finalmente sobre si mesmo a
plena condenação da qual Cristo já lhe havia farelo de cereais (João 3:16-18). Portanto,
definitivamente a sua condenação se deve somente a sua própria iniciativa (O Conflito,
p. 597,598?).
O que responder aos que objetam que essa mensagem debilita a obediência e a
adesão a uma norma elevada?
Mas Paulo poderia ter dissipado os seus temores: "Anulamos, pois, a lei pela fé? De
maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei" (Rom. 3:31). De fato, não há outra forma
de obedecer verdadeiramente, a não ser mediante essa fé genuína. O superficial "crê
somente", ou "graça de saldo" do cristianismo popular, não é a fé genuína. Carece
absolutamente da poderosa dinamite espiritual contida na verdadeira justificação pela
fé.
Tal é a razão pela qual muitos declinaram à obediência do quarto mandamento. Isto
implica em levar uma cruz, e eles não sabem como aceitar sua própria cruz, visto que
não entendem ou apreciam verdadeiramente a Cruz de Cristo.
Na prova final da "marca da besta", toda obediência que for motivada pelo temor de se
perder, ou pela expectativa de recompensa pessoal, demonstrará estar centralizada no
eu, carecendo de Cristo. "Pelo fogo será descoberta" como "madeira, feno, palha…"
(I Cor. 3:12,13). Mudando a metáfora, será como a palha levada pelo vento tempestuoso
dos últimos dias. A autêntica "mensagem do terceiro anjo, em verdade" prepara um
povo para essa prova de fogo e para essa tormenta.
Alguns me disseram que a mensagem de 1888 ensina que a raça humana pecador foi
feita justa sem participação de sua vontade, que até os pagãos e adoradores de
Satanás, assassinos e ladrões, todos foram feitos justos. Isto é verdade?
Naturalmente, é uma distorção da mensagem. Não existe algo assim, nem nada
parecido. Paulo também teve que se enfrentar com aqueles que distorciam a sua
mensagem. A exposição da mensagem feita pelos mensageiros de 1888, e que E.
White apoiou, é a seguinte:
Assim como a condenação veio a todos os homens [Rom. 5:18], também a
justificação. Cristo sofreu a morte por todos. Deu-Se a Si mesmo por todos, deu-
Se a cada um. O dom gratuito veio sobre todos. O fato de que é um dom gratuito
é evidência de que não há exceção alguma. Se tivesse vindo somente sobre
aqueles que tivessem tido alguma qualificação especial, não teria sido um dom
gratuito. Portanto, é um fato claramente estabelecido na Bíblia que o dom da
justiça [justificação] e da vida em Cristo, veio sobre todo homem no mundo
(E.J. Waggoner, Signs of the Times, 12 março 1896; Carta aos Romanos, p. 101
[56]).
Isso harmoniza com João 3:16,17; Rom. 3:23,24; 5:12-18; I Tim. 2:6; 4:10; II Tim.
1:10; Heb. 2:9; I João 2:2.
Não se trata ainda da justificação pela fé. É uma justificação puramente "legal",
"temporária" ou "corporativa". Até que homem não crer e aceitá-la pela fé, não
experimenta a justiça. Não torna ninguém em justo, antes de Ter acreditado nela. Esta é
a base e o fundamento sobre o qual repousa a justificação pela fé. [Nota: No vocabulário
teológico, a primeira é chamada justificação objetiva: O que Deus fez pelo homem. A
segunda é a justificação subjetiva (pela fé): o resultado, ou efeito, no que crie, da
justificação objetiva exercida já em seu favor.]
Está claro que a Bíblia ensina essa maravilhosa verdade, mas está E. White de
acordo com ela?
Não podia ser de outra maneira, visto que E. White nunca discordou da Bíblia. Mas
algumas vezes lemos seus escritos com um véu de incredulidade sobre nossos olhos,
similar ao que levavam os judeus ao ler o Antigo Testamento, e que lhes impediu de
discernir ali a justificação pela fé.
"Mesmo esta vida terrestre devemos à morte de Cristo. O pão que comemos
[quem, senão "todos os homens"?], é o preço de Seu corpo quebrantado. A água
que bebemos é comprada com Seu derramado sangue. Nunca alguém, seja santo
ou pecador, toma seu alimento diário, que não seja nutrido pelo corpo e o sangue
de Cristo. A cruz do Calvário acha-se estampada em cada pão. Reflete-se em
toda fonte de água."
Pouco tempo depois de ter escrito estas célebres palavras, comentou de uma
forma possivelmente ainda mais enérgica a realidade da justificação legal
universal:
Toda bênção tem que vir através de um Mediador. Todo membro da família
humana é colocado inteiramente nas mãos de Cristo, e tudo que possuímos –seja
o dom do dinheiro, casas, terras, o poder da razão ou a fortaleza física, os
talentos intelectuais– nesta vida e as bênções da vida futura, nos são dados como
posse como tesouros de Deus para ser fielmente dedicados em benefício do
homem. Todo dom está estampado com a cruz, e leva a imagem e a assinatura
de Jesus Cristo. Todas as coisas vêm de Deus. Das mais insignificantes bênçãos
até as maiores delas, fluem todas por um Canal: uma mediação sobre-humana
aspergida pelo sangue de um valor que não pode ser medido, que foi a vida de
Deus em Seu Filho (MS. 36, 1890; The Ellen G. White 1888 Materiais, p. 814).
Vejamos agora Mensagens Seletas, vol. I, p. 402: "Tomou em Sua mão o mundo sobre o
qual Satanás pretendia presidir como seu legítimo território, e por Sua maravilhosa obra
de dar a vida, restaurou toda a raça humana ao favor de Deus".
Se o incrédulo escolhe rejeitar o que Cristo já fez por ele e O afasta de si, pede que a
plena carga de culpa seja colocada novamente sobre ele; portanto tem que sofrer a
segunda morte. Mas isto é totalmente desnecessário, exceto por sua obstinada
incredulidade.
Essa é a idéia de 1888 da justificação pela fé. Exalta a lei de Deus como
nenhuma outra coisa poderia fazer. Escrevendo sobre a bênção da mensagem de
1888, a serva do Senhor esclareceu o problema das "condições":
Há conflito entre o apóstolo Tiago e Paulo, a respeito da justificação pela fé? Tiago
debilita a apresentação do evangelho feita por Paulo?
Certamente, Tiago (cap. 2:17-25) não tem a menor intenção de contradizer a Paulo. Seu
ensino consiste em que existem dois tipos de "fé": a fé viva, e a morta. Há igualmente
dois tipos de pessoas: os vivos, e os mortos. Estes últimos não realizam nada, assim
como tampouco a fé morta.
Os judeus disseram a Jesus, "O que devemos fazer para pôr em prática as obras
de Deus? Respondeu Jesus e lhes disse: Esta é a obra de Deus, que creiais
nAquele que Ele enviou" (João 6:28,29). Estas palavras deveriam ser escritas em
letras de ouro, e mantidas constantemente perante a vista de todo cristão que
batalha. Está resolvida a aparente paradoxo. As obras são necessárias; entretanto
a fé é totalmente suficiente, já que a fé realiza as obras…
O problema é que muitas pessoas têm em geral uma falsa concepção da fé… A
fé e a desobediência são incompatíveis. Não importa quão grande fé professe o
transgressor da lei, o fato de que desobedece a lei demonstra que não tem fé…
Que ninguém despreze a fé como algo de pouca importância (E. J. Waggoner,
Bible Echo, 1 agosto, 1890).
Mas Tiago não diz que a fé só não pode salvar a homem algum, e que a fé sem obras
é morta?
[Waggoner responde]
Examinemos suas palavras. Muitos as perverteram em um legalismo mortal…
Se a fé sem as obras é morta, [é porque] a ausência de obras revela a ausência de
fé; aquele que está morto não possui existência. Se um homem tiver fé, as obras
aparecerão necessariamente… (Idem)
Então, o que quer dizer Tiago 2:14, ao afirmar: "Que aproveita se alguém disser que
tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?"
[Waggoner responde]
A resposta é, obviamente, que não poderá salvar. Por que não? Porque o homem
não possui fé. De que aproveita se um homem diz que tem fé, mas seu mau
curso de ação demonstra que não possui nenhuma? Desprezaremos o poder da fé
pelo fato de que não faz nada por aquele que faz uma falsa profissão dela?… A
fé não tem poder para salvar a um homem que carece dela. (Idem)
Embora Tiago não contradiga Paulo, alguns acham que o faz. Mas a perspectiva, em
cada epístola, é diferente. Tiago não centraliza a discussão na Cruz, nem no sangue de
Cristo. Necessitamos de toda a Revelação, mas de alguma forma, o Espírito Santo
considerou oportuno nos proporcionar 14 cartas de Paulo no Novo Testamento, e
somente uma de Tiago.
Robert J. Wieland
(Extraído do livro Iluminados por Sua Glória.)
"O Dr. Waggoner tem aberto diante de vós uma luz preciosa; não
luz nova, senão antiga luz que muitas mentes haviam perdido de
vista, e que brilha agora em nítidos raios" (The Ellen G. White
1888 Materials, p. 175)
8) Objeção: 'Waggoner e Jones escreveram muito pouco, e o que
pregaram... foi levado pelo vento'
Folhetos diversos:
Folhetos diversos:
Temem alguns que se reconhecerem estar em erro, ainda que seja num
simples ponto, outros espíritos serão levados a duvidar de toda a teoria
da verdade. Têm, portanto, achado que não se deve permitir a
pesquisa; que ela tenderia para a dissensão e a desunião. Mas se tal é o
resultado da pesquisa, quanto mais depressa vier, melhor. Se há
aqueles cuja fé na Palavra de Deus não suportará a prova de uma
pesquisa das Escrituras, quanto mais depressa forem revelados melhor;
pois então estará aberto o caminho para lhes mostrar seu erro. Não
podemos manter a opinião de que uma posição uma vez assumida, uma
vez advogada a idéia, não deve, sob qualquer circunstância ser
abandonada. Há apenas Um que é infalível: Aquele que é o Caminho, a
Verdade e a Vida.
Não deve a Bíblia ser interpretada para agradar às idéias dos homens,
por mais longo que seja o tempo em que têm considerado verdadeiras
essas idéias. Não devemos aceitar a opinião de comentaristas como
sendo a voz de Deus; eles eram mortais, sujeitos ao erro como nós
mesmos. Deus nos tem dado a faculdade do raciocínio tanto como a
eles. Devemos tornar a Bíblia o seu expositor.
Ninguém deve pretender ter toda a luz que há para os filhos de Deus. O
Senhor não tolerará isso. Ele disse: "Eis que diante de ti pus uma porta
aberta, e ninguém a pode fechar." Apoc. 3:8. Mesmo que todos os
nossos dirigentes recusem a luz e a verdade, essa porta ainda
continuará aberta. O Senhor suscitará homens que darão ao povo a
mensagem para este tempo.
11) Objeção: ‘Uma vez que a mensagem foi aceita, e que toda alusão a
Minneapolis ou 1888 produz mal estar, não deveria evitar-se falar desse
lugar ou desta data, e dos fatos relacionados com "tudo isto"?’
12) Objeção: ‘Podemos estar seguros de que Deus nunca enviará luz, a não
ser através dos dirigentes de Sua igreja, sendo que basta nos atermos
àquilo que eles aprovam’
"Deus escolhe a quem Ele quer, para que leve a mensagem" (The
Ellen G. White 1888 Materials, p. 1032, Carta 19d, 1892)
"No temor e no amor de Deus digo àqueles que estão hoje diante
de mim, que há luz crescente para nós, e que com a aceitação
desta luz vem grandes bênçãos. E quando vejo aos meus irmãos
inflamados de ira contra a mensagem e os mensageiros de Deus,
penso nas cenas similares na vida de Cristo e da Reforma. A
recepção dada aos servos de Deus em épocas passadas, é a
mesma que se dá hoje aos portadores a quem Deus está
enviando preciosos raios de luz. Os dirigentes do povo seguem
hoje o mesmo curso de ação que seguiram os Judeus. Criticam e
questionam vez após vez, e recusam admitir a evidência,
tratando a luz que lhes é enviada da mesma maneira que os
Judeus trataram a luz que Jesus lhes trouxe" (The Ellen G. White
1888 Materials, p. 911)
14) Objeção: ‘Tem sido uma desgraça equiparar Jones e Waggoner com E.
White, em termos de inspiração profética’
Teria sido uma desgraça se tal coisa tivesse acontecido. Mas não
sabemos de ninguém que sustente tal equiparação.
"Nada me propus a saber entre vós, a não ser Jesus Cristo, e este
crucificado" (1 Cor. 2:2)
Quase todos estamos certos de fazer parte deste menos que "um
em cem" que a entende (e que a aceita). Não dizemos que seja
impossível... Mas reconheçamos que é improvável! Você gostaria
de saber qual era a posição dos grandes campeões da rejeição da
mensagem da justificação pela fé, tal como a apresentaram
Jones e Waggoner em 1888? (U. Smith e G. Butler): Mantinham
que sempre haviam crido e aceitado a justificação pela fé...
17) Objeção: ‘Deve haver algum motivo para esta verdade só ser causa de
controvérsia...’
“O homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca
do Senhor” (Deut. 8:3)
Jesus disse: “Pensais vós que vim trazer a paz à terra? Não, vos
digo, mas antes dissensão” (Luc. 12:51).
21) Objeção: ‘Não existe um interesse “oficial” por esta mensagem. Ela
não tem despertado a atenção do corpo ministerial e docente, fracassando
neste sentido, e reservando-se apenas como uma opção para excêntricos e
fanáticos’
Sim. Ela é. Esta mensagem é aquilo por que clama o sedento coração de todo
aquele que espera a segunda vinda, no mundo inteiro. Qual seria a razão dela
impressionar a semelhança do resplendor de um relâmpago? Esta mensagem
foi “o princípio” de uma explosão transbordante do Espírito, sem
precedentes desde os dias do Pentecostes. Foi o começo “do derramamento
da chuva serôdia proveniente do céu”. Era o refrigério das boas novas
desejadas pelos corações enfermos de sede.
“A terra” iria ser “iluminada com Sua glória”. Verdadeiramente, uma luz deve
iluminar o Islamismo, o Hinduísmo, o catolicismo, o protestantismo e o
paganismo. “Outra voz do céu” deve abrir caminho até a alma humana: “Sai
dela [Babilônia], povo meu”, dando cumprimento a tão esperada profecia de
Apocalipse 18. Nosso emblema deveria incluir um “poderoso” quarto anjo,
junto aos três habituais nas fachadas das igrejas e escolas.
E realizou tudo isto antes que tivéssemos a mínima oportunidade de dizer sim
ou não. Jesus se vinculou à alma de todo homem, indo até o nível mais
profundo dela, até a fonte oculta de seu medo íntimo e pessoal da morte
eterna. O sacrifício de Cristo livra o homem deste temor, que o mantinha
escravizado “por toda a vida” (vers. 14 e 15). O pecador pode resisti-lo e
recusa-lo para sua própria perdição, pois Cristo não força ninguém a ser salvo.
Isaías disse: “O Senhor fez cair sobre Ele o pecado de nós todos”. Paulo
declara que “é o Salvador de todos os homens, principalmente daqueles que
crêem”. E João afirma que “Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não
somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (Isa. 53:6; 1 Tim.
4:10; 1 João 2:2).
Por acaso Cristo não faz nada por nós até que iniciemos o processo e o
elejamos como nosso Salvador? É somente um Salvador possível, com um
grande SE... condicional? É o pecador que primeiramente precisa fazer algo,
como crer, e obedecer aos mandamentos, a fim de que Cristo se transforme
em seu Salvador? Funcionamos, por acaso, como co-salvadores, ajudando a
salvar-nos a nós mesmos? A mensagem de 1888 diz: Não, o sacrifício de Cristo
é mais do que algo simplesmente provisional. Ele efetivamente comprou
nossa vida atual e tudo quanto possuímos e somos; comprou a salvação eterna
em nosso favor e a entregou-nos na dádiva de Si mesmo (se bem que podemos
recusá-la, apesar de Cristo ter cumprido tudo o que era necessário).
A conseqüência é que a única razão pela qual alguém pode finalmente perder-
se é por haver resistido e recusado aquilo que Cristo já realizou em seu favor.
Pela incredulidade, pode frustrar deliberadamente o dom que Deus colocou
em suas mãos. Essa incredulidade é o pecado dos pecados, e é o pecado
universal do mundo. Em outras palavras: se alguém finalmente for salvo, será
devido à iniciativa de Deus ; e caso se perca será por sua própria iniciativa.
Trata-se de deixar de resistir a Sua graça!
Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo... Este
pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo (João 6:33, 51)
Mas a ofensa de Adão não pode ser comparada com o dom que temos
recebido de Deus... O pecado de um só homem não pode comparar-se com o
dom de Deus, pois por um só pecado veio a condenação, mas pelo dom de
Deus os homens são declarados livres de seus muitos pecados... E assim
como pela ofensa de Adão veio a condenação para todos os homens, o justo
ato de Jesus Cristo tem trazido para todos os homens uma vida livre de
condenação (Rom. 5:15-18. V. Dios habla hoy)
Semelhante amor nos constrange a viver para Ele, tornando em realidade fácil
ser salvo, e difícil se perder. Este conhecimento impregnado de boas novas,
constitui uma parte essencial da mensagem de 1888 da justiça de Cristo
(Mat. 11:28-30; Atos 26:14).
Parece bom demais para ser verdade? E. White amava profundamente essas
boas novas. Sua ilustração predileta era a proclamação da libertação dos
escravos na qual, sob as ordens de Abraham Lincoln – em 1º de janeiro de
1863 – declarou-se legalmente livres todos os escravos dos territórios
confederados. No entanto, nenhum deles experimentou a liberdade até que
ouviu as boas novas, creu nelas, e agiu como conseqüência. E. White
compreendeu que essa mensagem do evangelho significaria o fim da
onipresente mornidão. A alegria que sentiu a impedia de conciliar o sono à
noite.
5. Mas existe um problema. Tudo o que foi dito deixa, entretanto, um cabide
onde podemos pendurar as dúvidas, até que possamos compreender o que é fé
realmente. É um desejo egoísta de recompensa celestial, combinado com o
desejo de escapar do inferno? Todos nós admitimos que o desejo de possuir
uma magnífica mansão nesta terra pressupõe uma motivação egocêntrica.
Porém, quando alguém se torna um cristão, não está simplesmente
transferindo seu desejo de viver na opulência e bem estar, para a expectativa
de ocupar um melhor lugar no céu? Se assim for, a motivação se mostrará
baseada no interesse próprio. O interesse próprio não é capaz de despertar
nada mais do que uma devoção limitada, cuja melhor expressão é definida
pela palavra: mornidão.
A mensagem de 1888 traz a luz uma nova e superior motivação: o vivo desejo
de honrar e vindicar a Cristo, como é ilustrado no sentimento de uma noiva
para com seu noivo. Vai muito além de seus próprios desejos egoístas. A fé
passa a ser uma profunda e sincera apreciação do grande amor revelado na
cruz, independente de nosso anelo por recompensa ou medo do inferno.
Transcende a qualquer motivação centrada no eu.
Tal “fé... opera por amor”. Não há limite para as boas obras, ao longo de toda
a vida e pela eternidade.
7. Cristo como sumo sacerdote, veio tão perto de nós, ao tomar nossa
natureza humana, que conhece plenamente a força de todas as nossas
tentações. Resistiu “até o sangue, combatendo contra o pecado”. Seja qual
for a tentação, não importa quão baixo tenhamos caído no pecado, por mais
terrível que pareça nosso desespero, por mais dominados que estejamos pelo
sentimento de culpa, “pode também salvar perfeitamente os que por ele se
chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” Ele está ocupado
no lugar santíssimo do santuário celestial 24 horas por dia, e jamais dorme
(Heb. 12:4; 7:25).
É como você fosse o único paciente deste médico, recebendo atenção plena
durante todo o tempo. Imaginemos ser o único paciente de um hospital,
contando com toda a equipe de médicos e enfermeiras a nossa disposição! É
isto que nos acontece na unidade de terapia intensiva de Cristo. Creiamos em
quão maravilhosas são as boas novas, e nossa vida será transformada desde o
aspecto mais profundo.
Este capítulo é somente uma breve antecipação das refrigerantes boas novas
contidas nesta “preciosa mensagem”. Sugerimos começar com o livro
‘Introdução à Mensagem de 1888’(1), para um exame mais profundo do tema.
R.J.W.
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He aquí yo estoy a la puerta y llamo R.J. Wieland ZIP, PDF
Sé pues celoso y arrepiéntete, pueblo mío R.J. Wieland ZIP, PDF
Alumbrada por su gloria R.J. Wieland ZIP, PDF
El mensaje en diez puntos R.J. Wieland ZIP, PDF
La Cruz de Cristo J. Sequeira ZIP, PDF
Descubriendo la cruz R.J. Wieland ZIP, PDF
Desencallando R.J. Wieland ZIP, PDF
Ser justificados A.V. Wallenkampf ZIP, PDF
Lo que todo adventista debería saber sobre 1888 A.V. Wallenkampf ZIP,
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40 años en el desierto, en tipo y anti-tipo Taylor G. Bunch ZIP, PDF
¿Cuál es el "mensaje de 1888"? Comité estudio mensaje 1888 ZIP, PDF
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Naturaleza humana de Cristo en SDA, desde 1950 Bruno W. Steinweg ZIP,
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