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Sociologia
3º Período
1º Ano - Sociologia - 3º Período | 2
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3º Período
Estudo dos conceitos funda- • Cultura (origem, patri- • Compreender que as sociedades
mentais do campo de estudo mônio material e imate- humanas são caracterizadas e
das Ciências Sociais. Serão re- rial); relativismo cultural se diferenciam umas das outras
alizadas discussões, sobretudo, e etnocentrismo. pela cultura;
relacionadas à Cultura como
• Cultura brasileira. • Expressar conhecimento a res-
produção.
peito dos tipos de cultura;
• Identidades (identidade
e subjetividade, identi- • Reconhecer o relativismo cultu-
dade social; identidade ral como crítica ao etnocentris-
no mundo globalizado). mo;
• Construir uma visão mais crí-
tica sobre a indústria cultural,
avaliando o papel ideológico na
vida social;
• Valorizar a realidade brasileira a
partir da noção de diversidade
sociocultural;
• Reconhecer que as identidades
subjetivas fazem parte de uma
estrutura social mais ampla.
Vamos pensar um
pouco sobre as
Culturas?
O que é cultura? Conceito de Cultura para
Ciências Sociais
Cultura é um conceito amplo que re-
presenta o conjunto de tradições, crenças Na perspectiva da Sociologia e Antro-
e costumes de determinado grupo social. pologia, podemos dizer que “é por meio da
Ela é repassada através da comunicação ou cultura que buscamos soluções para nossos
imitação às gerações seguintes. Dessa for- problemas cotidianos, interpretamos a reali-
ma, a cultura representa o patrimônio social dade e produzimos novas formas de intera-
de um grupo, sendo a soma de padrões dos ção social.” Entender a cultura é entender o
comportamentos humanos e envolve: co- próprio ser humano. Por isso, esse conceito
nhecimentos, experiências, atitudes, valo- se tornou importante em diversas áreas do
res, crenças, religião, língua, hierarquia, re- conhecimento. A Sociologia entende que os
lações espaciais, noção de tempo, conceitos padrões de interação e os comportamentos
de universo. do homem são moldados de acordo com
suas necessidades. São elas, portanto, que
geram uma determinada estrutura e orga-
nização social, solidificada pela cultura de
universo.
A jornalista Véronique Mortaigne afirma, em introdução a uma entrevista feita com Lé-
vi-Strauss sobre sua relação com o Brasil, que em 1935, o jovem professor de 27 anos chega
a São Paulo e depois se embrenha no Mato Grosso, nas terras dos índios, inaugurando sua
carreira de americanista. Esse período de trabalho de campo, que se seguirá até 1939, servirá
de base para a construção teórica de sua Antropologia Estrutural. Para Claude Lévi-Strauss,
não é possível estabelecer uma hierarquização das culturas, ou seja, em termos de cultura,
não existe melhor ou pior, mais desenvolvido ou menos desenvolvido, mas sim culturas dis-
tintas, que florescem junto a outros elementos das diversas estruturas sociais.
Relativismo Cultural: é uma forma de encarar a diversidade sem impor valores e normas
alheios. O relativismo foi uma revolução política no enfrentamento ao racismo de outros
tipos de preconceitos.
Cultura Material: Envolve todas as produções culturais que têm como resultado objetos
físicos. São exemplos de elementos da cultura material: as construções, as obras de arte
(pintura e escultura), o vestuário de um povo, os utensílios típicos usados diariamente, suas
cidades, embarcações e meios de transporte etc.
Cultura Imaterial: Trata dos elementos que não têm um resultado material. Como exem-
plos, podemos citar as tradições, as festas populares, os saberes e valores partilhados por
um grupo social, sua música e dança, as comidas, lendas e até mesmo o “jeito de ser” de
uma população.
Cultura
Brasileira
A Cultura Brasi-
leira reflete não
só os valores de
um único povo.
Ela é formada a partir
das contribuições das várias
etnias que deram origem à
nossa população desde an-
tes do descobrimento.
estudar
ter valor de distinção
comunidade. no mundo.
Por exemplo, um grupo Pordeexemplo,
indígenasum só grupo
se
de indígena
torna só em
diferente se torna diferente
relação em relação
à sociedade modernaàporsocieda-
conta
isso?
de moderna
de sua cultura,por
istoconta de sua
é, de seus cultura,deisto
elementos é, de seus
distinção: seus
elementos de distinção:
costumes, hábitos seus
e valores. Semcostumes,
isso, para hábitos e valo-
a sociedade, ele
res. Sem isso, para a sociedade ele não existe. É
não existe. Portanto, é a cultura que nos torna únicos ema cultu-
ra que nos
relação torna únicos em relação ao mundo.
ao mundo.
Dicas de
Leituras
e análises
Conectando na internet e nas redes sociais:
• (SOCIO)LIZANDO: http//socializando.wor-
de Músicas:
dpress.com
• Sociologia para jovens do século XXI:
http:// on.fb.me//11FObf5
• Blog: Café com sociologia. WWW.cafecom-
• Música Ninguém é igual a ninguém sociologia.com
. Música
LenineNinguém é Igual ado
Engenheiros Ninguém,
Hawai.Lenine, • “MANGUESOCIOLÒGICO”: http://bit.ly1gKu-
Engenheiros do Hawai.
• Leitura e reflexão do documentário, xzl
. Leitura e reflexão do documentário “O povo
O povo brasileiro de Darcy Ribeiro. • ECONOMIAINDÌGENA: http://bit.ly/KrXLIC
brasileiro”, de Darcy Ribeiro.
• Análise do Texto o Cidadão nor-
. Análise do texto “O Cidadão Norte-america- • INFOJOVEM_ “DIVERSIDADE”: http://bit.ly/
te-americano
no”, do Antropólogo,doRalph
Antropólogo Ralph
Linton (Relativismo 11NTRcl
Linton (Relativismo Cultural)
Cultural). • DIVERSIDADEHUMANA- Projeto GhENTE-
A carta
. A• carta de Pero
de Pero Vaz Caminha.
Vaz Caminha (Etno-
(Etnocentrismo).
FIOCRUZ: htpp:// www.ghente.org/ciencia/
centrismo)
diversidade/ index. Htm.
Vamos praticar?
1) O conceito antropológico de cultura define o termo como:
a) um elemento que aproxima os homens dos animais;
b) uma função orgânica do homem;
c) um elemento que garante a homogeneidade entre os povos;
d) um traço distintivo do homem, mas que não é homogêneo;
e) as capacidades e os hábitos esquecidos pelo homem;
Comer é um ato social, histórico, geográfico, religioso, econômico e cultural. O preparo dos
alimentos, a escolha dos ingredientes e a maneira de servir identificam um grupo social e
ajudam a estabelecer uma identidade cultural. Essa receita, “Tacacá”, comida muito aprecia-
da na culinária paraense, demonstra:
a) os termos raça, etnia e cultura têm o mesmo significado analítico, no contexto brasileiro,
quando utilizados por sociólogos e antropólogos.
b) as populações indígenas brasileiras foram classificadas, corretamente, como primitivas
pelos colonizadores, porque são naturalmente mais vagarosas e atrasadas.
c) os grupos biológicos de indivíduos que compartilham de uma história comum, feita de
laços linguísticos e culturais, são tidos como pertencentes da mesma etnia.
d) alguns elementos culturais, como o futebol, as comidas típicas e o carnaval, não podem
ser objetos da análise sociológica por mascarar a desigualdade existente nas relações so-
ciais.
e) a chegada dos japoneses, em 1908, e a construção de uma nova identidade nacional com
a implantação de suas associações civis, educativas e religiosas, foram o marco das relações
inter-raciais no Brasil.
5) (Unioeste 2012) Quando falamos em identidade, logo pensamos em quem somos. A cons-
trução de identidades como: “ser brasileiro”, “ser português”, “ser cigano”, “ser gremista”, “ser
homem”, “ser mulher” é um processo sociocultural pelo qual se marca as fronteiras de perten-
cimento social e/ou cultural. Tendo por base o anúncio transcrito acima, é correto afirmar que:
a) as identidades são estáticas, é algo natural, ela nos acompanhar por toda a vida.
b) as identidades são construídas nas relações sociais, são situacionais, relacionais e constro-
em-se na relação entre o “nós” e os “outros”, cria um nós coletivo.
c) identidades surgem através de um determinismo geográfico que molda o nosso modo de ser
e agir.
d) identidades são produtos de marketing e geram vínculos entre os indivíduos.
e) identidades são heranças genéticas.
a) Vemos que as verdades da vida são menos uma questão de essência das coisas e mais uma
questão de posição e da relação entre elas.
b) Relativizamos o significado de um ato que é visto não na sua dimensão absoluta, mas no
contexto em que acontece; a verdade está mais no olhar que naquilo que é olhado.
c) Criamos um conjunto de “outros” que servem para reafirmar, por oposição, uma série de va-
lores de um grupo dominante que se auto promove como modelo.
d) Compreendemos o “outro” nos seus próprios valores e não nos nossos e, então, vemos que a
riqueza está na diferença.
e) A consolidação do sistema capitalista e as diferenças culturais se intensificaram.
7) O antropologo Edward Burnett Tylor definiu Cultura, em 1871, como: “todo complexo que
inclui os conhecimentos, a crença, a arte, as leis, a moral, os costumes e quaisquer outras
capacidades e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade”. Ten-
do por base o transcrito acima, é correto afirmar que:
a) A cultura passa a ser vista como sendo todo o comportamento aprendido, tudo aquilo
que independe de uma transmissão biológica, genética.
b) A cultura de um povo se caracteriza por sua dimensão individual, jamais coletiva.
c) A cultura passa a ser vista como conhecimento transmitido geneticamente.
d) O termo cultura deve ser somente associado às manifestações artísticas, como teatro,
música, pintura, escultura.
e) O termo cultura diz respeito somente às festas e cerimônias tradicionais de um povo, ao
seu modo de vestir, ao seu modo de se alimentar, a seu idioma.
Frank Tyger.