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A prática educativa dos professores é uma atividade dinâmica, reflexiva, que inclui
os eventos que ocorreram na interação entre professor e alunos. Não se limita ao
conceito de ensino, isto é, aos processos educativos que ocorrem em sala de aula,
inclui a intervenção pedagógica que ocorreu antes e depois dos processos
interativos em sala de aula. A relação entre essas três dimensões é
interdependente, ou seja, cada uma delas afeta e é afetada pelas outras, sendo
essencial abordá-las de maneira integrada. A proposta desenvolvida aqui considera
que os programas para a melhoria do trabalho docente devem ser abordados a partir
da avaliação da prática educacional e, em seguida, abordar a formação de
professores.
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 57
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
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Nesta mesma linha de ideias, a análise da prática educativa deve incluir a
análise da interatividade e os mecanismos de influência educacional, por exemplo,
como os alunos aprendem graças à ajuda do professor.
Veremos que o conceito de interatividade refere-se à implantação de ações
que o professor e os alunos realizam antes, durante e depois da situação didática, e
enfatiza o conjunto de aspectos que o professor leva em conta antes de iniciar uma
aula. O conceito de interatividade inclui o que aconteceu no contexto da sala de
aula, onde o professor, os alunos e o conteúdo interagem, atividade à qual os
autores se referem como o triângulo interativo.
Enquanto isso, em vista do estudo da prática educativa deve incluir as ações
do professor antes de iniciar classe, você precisa contemplar o pensamento de que
ter em conta o tipo de aluno que irá atender, suas expectativas sobre o curso, suas
concepções sobre a aprendizagem, as várias estratégias que eles podem
implementar, os recursos materiais que eles terão, seu lugar dentro da instituição, o
que eles acham que a instituição espera deles, etc.
Baseado nos autores nesta disciplina estes indicarão que a interatividade
também envolve a consideração de situações que surgem após a aula, como, por
exemplo, os resultados da aprendizagem e o tipo de produtos gerados no aluno,
tanto da sua atividade cognitiva e social, quanto das ações do professor para que
isso acontece.
Desse modo, envolve também a abordagem das tarefas e atividades
desenvolvidas durante o processo de ensino e aprendizagem em sala de aula, que
em tese têm estreita relação com as atividades pré-instrucionais, contempladas
durante a fase pré-ativa ou o planejamento didático.
Em suma, este conceito abrange todo o desdobramento de ações
necessárias para atender aos propósitos formativos da instituição escolar.
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Aqueles que enfrentam pela primeira vez um cenário de ensino como professor
e, em seguida, praticam a profissão de enfrentar novos problemas em situações de
mudança educacional, encontram essencial saber sobre categorias, leis, princípios e
teorias de ensino. Reivindicado por alguns como ciência e por outros como uma
disciplina científica, didática professor fornece necessário para fazer o seu trabalho e
cumprir o papel de ensino e ferramentas instruindo.
Ele está ensinando-se, mas não limitado ao campo da pedagogia. Seus
princípios servem como bases metodológicas para a vida cotidiana, juntando-se o
modo de desempenho individual como uma filosofia de vida. Neste sentido, o
ensino-aprendizagem processo, enquanto que projeta, implementa e avalia não
muito diferente de qualquer outra atividade humana. Quem domina os fundamentos
de didática pode projetar, implementar e avaliar objetivamente seu modo de ação
em qualquer outro contexto de vida.
No entanto, tem sido tradicionalmente concebido o ensino somente a partir do
contexto educacional e é a partir desse contexto que é discutido neste capítulo. o
caráter da ciência da didática como tendo problemas para resolver, sob objetivos do
estudo para cumprir, campos de ação, um sistema de contradições internas, leis,
princípios e a capacidade de desenvolver hipóteses que são empiricamente
verificável assumidos.
Assim, os problemas são resolvidos a partir do Ensino que estão relacionados
com as insuficiências que se manifestam no processo de ensino e aprendizagem
como o processo eles interagem com professores e alunos em um contexto espacial
e temporal e cuja formação abrangente produto final estudantes, sendo este último o
seu alvo.
O processo de ensino-aprendizagem é formativa quando o aluno, enquanto
instruindo educar. No referido processo o aluno (de qualquer nível, embora com
diferentes graus de complexidade) de um sistema de conhecimentos relacionados à
cultura acumulada pela humanidade ao longo de sua evolução é dotado,
classificados de acordo com os conceitos, teorias, leis, princípios, etc; Contribui para
o desenvolvimento de habilidades intelectuais e práticas, bem como regras de
conduta, pensamentos e sentimentos baseados em princípios éticos e morais para
torná-lo uma boa pessoa modelado.
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Assim, o objeto de ensino é o processo de ensino e aprendizagem, onde um
sistema de relações entre professor e alunos no contexto espacial e temporal e onde
concorrem um sistema de categorias que determinam a estrutura eo funcionamento
é estabelecida o processo acima mencionado. Uma das contradições que se
manifesta nesse processo, mas que tem caráter externo, é entre demandas sociais e
prática educativa. (SORJ, 2007)
A Didática estuda o processo de ensino-aprendizagem visando resolver os
problemas que a sociedade coloca à Escola: a formação de um graduado que
responda às demandas sociais, isto é, às necessidades da sociedade em que vive.
A prática educativa, entendida como a ação projetada, executada e avaliada,
pelos agentes educacionais, deve responder a essas demandas e o produto (a pós-
graduação) deve responder a um modelo conhecido como ordem social, que resume
os requisitos que todo indivíduo deve ter formado nos diferentes níveis educacionais:
pré-escolar, primário, secundário, pré-universitário e universitário.
Nesse sentido, os planos e programas de estudo são taxados em diferentes
níveis, para essa ordem social e constituem uma referência para saber se os
objetivos educacionais são atingidos. Por outro lado, as contradições internas de um
processo são as forças motrizes de seu desenvolvimento. Suas categorias têm sua
própria natureza, mas não têm sentido independentemente, mas em interação
contínua com os outros. A contradição fundamental do processo de ensino-
aprendizagem é aquela que se manifesta entre o professor que ensina e o aluno que
aprende, isto é, entre ensinar e aprender.
Esse processo não faria sentido se um desses elementos estivesse faltando.
Mas a natureza contraditória tem outra conotação:
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• O caráter de exclusividade: qualidade que estabelece que, sob certas
condições, a falta de um condiciona a ausência do outro.
Neste último caso, é importante destacar que uma das tarefas da Didática é a
determinação do equilíbrio necessário entre as duas categorias, por meio da
investigação dos problemas que afetam a natureza exclusiva destes. Outra
contradição que deve ser analisada é aquela que se manifesta entre instrução e
educação:
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O termo processo ensino-educação pôde estabelecer diferenças substanciais
com o ensino-aprendizagem a ponto de elevar sua igualdade na oficina "A teoria dos
processos conscientes". Outros autores são do critério de que todo processo de
ensino é necessariamente educacional de uma maneira ou de outra, portanto, essa
denominação seria redundante. (SORJ, 2007)
Figura 1 – Ensino-educação
Diferenças
• Aprendizagem
Compromisso
• Ensino
O que é claro e tem o consenso dos estudiosos do assunto é que tanto o Processo
Educativo-Educacional como o Processo de Ensino-Aprendizagem são
desenvolvidos na escola de acordo com os planos e programas de estudo e seus
atores são professores e alunos mostrando um local espacial e temporal bem
definido. Educação em geral é um processo de influências de toda a sociedade com
ênfase na família e na comunidade e não pode ser especificado no tempo e no
espaço.
A atual didática cubana defende o termo Processo de Ensino-Aprendizagem,
no qual, a partir de sua própria formulação, os atores e a contradição fundamental
expressada acima são claros. Esta situação permite-nos compreender que, se a
didática é a ciência que lida com o estudo das regularidades da pedagogia de
ensino-aprendizagem é a ciência, na sua generalidade, o processo educacional,
influenciando a partir do geral, os aspectos particulares e singulares do processo de
formação dos alunos.
O estudo das categorias fundamentais da Didática será realizado a partir da
aplicação da abordagem sistêmica e holística-dialética. Pretende-se estabelecer
uma comparação em que, chegando aos mesmos resultados, diferentes caminhos
são mostrados para a abordagem teórica da Didática.
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A partir dessa abordagem, especifica-se que as categorias de Didática se
movem em duas dimensões: uma estática e outra dinâmica. Do ponto de vista
estático, as categorias Objetivo Geral, Conteúdo e Design de Processo são
configurados (não o desenvolvimento do processo).
Os objetivos gerais constituem a categoria governante do desenho do processo
e estão relacionados ao modelo pedagógico da ordem social, ou seja, são uma
expressão das demandas sociais que, na forma de necessidades, são colocadas na
Escola. (SORJ, 2007)
O conteúdo forma a categoria didática que inclui a parte da cultura da
humanidade que deve ser assimilada na aprendizagem pelos alunos para alcançar
os objetivos propostos. Para o professor é o objeto de ensino e para o aluno é o
objeto de aprendizagem.
O desenho do processo de ensino-aprendizagem propriamente dito é aquele
que é planejado dependendo dos objetivos e do conteúdo e relaciona o professor e
os alunos no desenvolvimento de um processo dinâmico que inclui o uso de
métodos, métodos de ensino e recursos. de aprendizagem com a ajuda de que os
objetivos são alcançados.
A natureza estática dessas categorias significa que o professor não deve fazer
mudanças nelas no desenho do processo de ensino-aprendizagem e elas aparecem
explicitamente nos planos e programas de estudo. Do ponto de vista dinâmico, as
categorias Método, Meios, Formas de Organização e Avaliação são configuradas.
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As formas de organização do processo ensino-aprendizagem são aquelas que
regulam, do ponto de vista estrutural e funcional, o sistema de relações que se
estabelece entre o professor e os alunos e envolve um nexo do ambiente processo-
espaço, colocando-o último de acordo com o cumprimento dos objetivos.
A avaliação é o componente do processo de ensino-aprendizagem, através do
qual se verifica o grau de cumprimento dos objetivos definidos. O caráter dinâmico
dessas categorias refere-se ao nível de seleção do professor e dos alunos dos
percursos, do contexto e dos recursos para o desenvolvimento do processo, embora
estejam subordinados aos objetivos e conteúdos como categorias didáticas de maior
ordem (recursão ).
Uma análise detalhada das categorias estática e dinâmica é feita nas próximas
seções deste trabalho. O processo de ensino-aprendizagem, do ponto de vista da
abordagem sistêmica, estabelece relações com a sociedade e o meio ambiente, mas
também se relaciona com seus componentes estruturais. Neste sentido, é
necessário especificar as declarações, universalmente expressar relações
constantes entre os eventos do processo de ensino e aprendizagem e as
propriedades das categorias manifestam nele e cuja verdade foi suficientemente
provado pela experiência e observação .
Desta forma, é possível especificar, de acordo com a teoria de Sorj (2007),
quatro leis que constituem a essência da Didática:
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graduados atender a certos requisitos sociais, que são declaradas no objetivos
instrucionais e objetivos educacionais gerais.
A sociedade exige a formação do graduado de que necessita e, como
resultado, espera que o processo de ensino-aprendizagem utilize os recursos da
ciência para sua formação e que esses recursos se tornem futuros modos de ação
que contribuem para transformar a realidade.
Por esta razão, o Método Científico é a habilidade fundamental que aparece,
implicitamente, no conteúdo dos assuntos e por isso se espera que o aluno enfrente
os problemas que surgem no processo a partir da aplicação da lógica da ciência.
De acordo com esta lei inclui essa relação sistêmica estabelecida entre os
problemas a serem resolvidos com o desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem como propósito geral e objectivos definidos nos planos e programas
de estudo em si.
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estão intimamente ligadas, mutuamente relacionados. O objetivo, como indutor,
como aspiração para alcançar, o método como executor, como uma maneira de
alcançá-lo.
Esta relação é evidenciada na declaração da habilidade que se pretende
desenvolver como o primeiro elemento do objetivo, pois indica automaticamente o
nível de profundidade que se deseja atingir (identificar, explicar, avaliar, etc.), o que
revela a necessidade de executar um ou outro método.
Por outro lado, o conhecimento consubstancial à capacidade declarada, tem
um nível de hierarquia em termos de ensino e aprendizagem que depende de sua
natureza (objetos, processos, fenômenos, formas estruturais da matéria) e do nível
de sistematicidade. que é estudado (conceito, lei, teoria, princípio, ideia, imagem do
mundo) que também determina o nível de complexidade.
Mas essas habilidades, em seu desenvolvimento, exigem o uso de certos
procedimentos ou modos de ação, que são utilizados na tarefa de ensino, como uma
célula do processo de ensino-aprendizagem. Constitui-se, assim, um processo em
que há uma abordagem do objetivo através do conteúdo e uma abordagem do
método através dos procedimentos.
Como será visto mais adiante, o desenvolvimento do processo requer a
seleção de meios de ensino e aprendizagem de recursos, organizando-os
adequadamente e avaliando os resultados, completando o nível de influência das
categorias didáticas.
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Mas os resultados dessas derivações, os processos que são microdesignados,
não são independentes uns dos outros. Entre eles, necessariamente deve
manifestar uma integração (integral) que contém uma lógica interna na
sistematização nível de tráfego para outro, de modo que a sinergia é assegurada na
aprendizagem, ou seja, uma referência resultante qualidade de aprendizagem de
uma ordem superior, que não é a soma simples da aprendizagem individual e que
permite medir o cumprimento dos objetivos do macrodesign no nível do microdesign.
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Figura 2 – Derivações
Processos
Microdesignados
Integralidade
• Os objetivos do ensino
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• As necessidades atuais da política escolar no sistema social e na prática
pedagógica.
2 Princípio da sistematização.
5 Princípio da acessibilidade.
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• O metodológico: relacionado à aplicação desse conhecimento.
•
Princípio da sistematização
Sistematizar é aplicar a abordagem sistêmica a um objeto, fenômeno ou processo
em estudo, revelando:
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de aplicar e generalizar o conhecimento adquirido em um determinado contexto para
outras situações.
A sistematização no contexto do desenvolvimento das atividades de ensino
também se manifesta quando:
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Relação
Dialética
Categoria
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Princípio da ligação do concreto e do abstrato
O resumo é o resultado do processo mental ou lógico de abstração. O abstrato
é, propriamente, o geral que só tem sua própria existência na mente e que não
mantém uma relação de identidade com a sensorialmente intuída de onde vem. Ele
se opõe ao concreto, que se refere a um objeto que é descrito como é capturado na
intuição sensível.
Assim, no processo de ensino e aprendizagem de uma transição de
resumopensado para a prática de concreto armado julgamento quando o aluno, a
ajuda do professor, é capaz de modelar em sua mente a situação coloca ocorre e
então ele é capaz de fazer generalizações na prática, inferindo resultados.
A natureza abstrata do conhecimento e sua promoção à prática exige cada vez
mais demonstração e experimentação como métodos, sem negligenciar o crescente
papel que os procedimentos algorítmicos estão adquirindo.
A aplicação prática desse princípio é evidenciada quando:
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Princípio da acessibilidade
Na prática pedagógica, a acessibilidade é por vezes confundida com a simplicidade.
Se este é um termo que implica uma redução mecânica, isso significa fazer, da
abordagem correta ao conteúdo, o caminho do entendimento do aluno mais
expedito.
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CAPÍTULO 2 – O ENSINO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
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A consistência nos objetivos do ensino superior é digna de nota, apesar de ser
de diferentes períodos, ou seja: apesar do tempo decorrido, os mesmos objetivos
continuam a ser apreciados. O segundo tipo refere-se à concreção em uma
disciplina desses propósitos gerais. Um ponto de coincidência é que os acadêmicos
regularmente dão grande importância ao domínio factual da disciplina. Exemplos do
que eles disseram em diferentes disciplinas são as seguintes, de acordo com os
estudos de Corbucci (2004):
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alegando única memorizar o material e um nível muito baixo de compreensão
do os conceitos.
O exposto acima mostra que estamos diante de uma clara contradição, uma
vez que os propósitos são pouco parecidos com os resultados e na busca de
reverter essa situação, o papel do professor é crucial. Para remediar o problema
acima, é necessária uma mudança profunda nas formas de ensinar, para ajudar os
estudantes do ensino superior a entender os fenômenos da mesma maneira que os
especialistas de cada disciplina.
Daí a preocupação das universidades em melhorar seus métodos de ensino,
reconhecendo a escassez de trabalho em como fazê-lo e agravada pelo fato de que
nas universidades, a pesquisa é mais valorizada do que a docência. Por outro lado,
o contexto em que o professor realiza sua atividade não pode ser negado: as
universidades estão sujeitas a diferentes pressões, como relacionar financiamento à
performance; Outra questão é que eles devem ser responsáveis sobre o que e como
eles usam os recursos concedidos.
Há também a demanda para atender uma crescente população estudantil com
diferentes condições socioculturais e lidar com o problema de ter menos recursos. O
que também é inegável é que o que foi feito neste nível faz parte da tendência global
de procurar novas formas de criar e usar o conhecimento. Uma das consequências
do que foi descrito acima é que o professor de ensino superior terá que se tornar
mais profissional, isto é, ele terá que formalizar sua preparação, especialmente no
que se refere ao ensino, e começar a ensinar somente após demonstrar domínio de
habilidades de ensino.
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Atualmente o professor universitário é considerado um profissional do
conhecimento, com o mesmo nível e demanda que as grandes corporações têm
para esse tipo de profissional. As repercussões do exposto no professor de ensino
superior é a exigência de desempenhar vários papéis. Espera-se que seja um
excelente professor, que desenhe cursos e aplique métodos de ensino apropriados
para atender às necessidades de uma população estudantil heterogênea, que saiba
lidar com grandes grupos de alunos, que apropriadamente utilizem novas
tecnologias de informação e comunicação.
Ele inspira os alunos com tolerância zero à frustração e cuja mente está mais
preocupada com seu próximo emprego de meio período do que com o prazer de
aprender. Ao mesmo tempo, espera-se que seja altamente produtivo em pesquisa,
que seja capaz de obter novos recursos financeiros, que concilie novas demandas
administrativas e forneça contas a uma ampla variedade de gerentes.
O contexto descrito acima é concreto na medida em que nossas universidades
estão sendo pressionadas a inovar continuamente; A adoção de um novo modelo
curricular ainda não foi finalizada quando o próximo deverá ser aplicado. Nestas
circunstâncias, é difícil ter um modelo educacional coerente que integre a visão
institucional como um todo e não seja apenas partes de um todo que são
frequentemente incongruentes entre si.
Mais preocupante é quando os professores não entendem o modelo, assim
como os principais atores que devem aplicá-lo. O resultado educacional do acima é
que, embora no discurso institucional universidades estão mudando, na prática isso
não acontece: no ensino todos os dias é raro ver essas mudanças e ainda
prevalecem as formas tradicionais de ensinar e avaliar.
Assim, as reformas educacionais dificilmente ser realizado se não for dada uma
atenção especial à formação e troca de ideias educacionais de professores, uma vez
que eles são os que determinam o sucesso ou fracasso de qualquer inovação
educacional.
As mudanças no ensino não se limitam apenas à atualização de uma
determinada técnica didática ou ao uso de tecnologias de informação e comunicação
(TIC); envolve confrontar as crenças que permeiam a prática docente são sinônimos,
onde expor- ensinar e ajudar os professores a aceitar novos riscos, aberto a outros
pontos de vista do ensino, fazendo coisas que não fazia antes, voltar a ser
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aprendizes e estar disposto viver novas experiências educacionais. (CORBUCCI,
2004)
Figura 4 – TIC
Tecnologia
Informação
Comunicação
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3. Domínio pedagógico específico do conteúdo. Permite aplicar as estratégias
concretas para ensinar um tema concreto, o que hoje se denomina "a didática da
disciplina". Tem a ver com a forma de organizar, apresentar e gerir os conteúdos,
questões e problemas do assunto, considerando as necessidades e interesses do
aluno, bem como a epistemologia da disciplina e o que é esperado por um
profissional da mesma.
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O precedente implica que o professor deve estar muito consciente das "regras
do jogo" - explícitas ou implícitas - que governam a instituição onde ele ensina. Muita
da pertinência ou inadequação do comportamento de ensino dependerá do contexto
em que ocorre ou da "cultura escolar"; e para o caso específico da educação
superior, é essencial considerar a chamada "cultura disciplinar", que inclui os traços,
modos de agir e ser de cada disciplina, os comportamentos que favorecem,
valorizam ou castigam e a diferencia de outra
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executar um curso de ação necessário para alcançar uma determinada realização".
Essa qualidade tem dois componentes: um é "a expectativa de obter resultados" ou
a estimativa que a pessoa faz sobre qual determinado comportamento obterá os
efeitos desejados; o segundo é "a expectativa de eficácia", ou a convicção de que
ele tem a capacidade de executar o comportamento necessário para produzir os
resultados esperados.
É a confiança de saber que você tem a capacidade de alcançar a
aprendizagem do aluno. Essa crença é importante porque afeta diversas ações de
ensino, como as decisões tomadas, os esforços realizados, as formas de
enfrentamento da adversidade, sentindo-se responsável pelo aprendizado dos
alunos e, em geral, pela parte afetiva do ensino. Embora possa ser o caso de um
mau professor se sentir melhor como professor do que realmente é, a diferença com
um professor eficaz é que ele saberia reconhecer suas falhas e limitações, ele seria
sensível e aberto ao feedback recebido de seus alunos.
Por outro lado, os primeiros seriam arrogantes e agiriam com arrogância,
impedindo qualquer crítica e, portanto, qualquer melhoria em seu trabalho.
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partir da descrição das qualidades desejáveis de um bom professor, abordaremos
criticamente os resultados da pesquisa realizada durante a última década para
identificar as qualidades das práticas de ensino de qualidade no ensino superior.
O estudo das qualidades do professor efetivo não é um assunto novo; isso tem
sido feito há cerca de cem anos nos Estados Unidos. Foram feiras sobre as
investigações feitas desde o início do século XX até os anos trinta. A partir desse
momento, seu estudo passou por diferentes vicissitudes, mudanças conceituais e a
extensão das características que o definem: passou de uma visão simplista e uma
correlação de variáveis para uma visão complexa e holística. Neste momento,
vamos analisar concretamente o que foi pesquisado durante a primeira década do
século XXI.
4) objetivos claros e desafios intelectuais: o aluno deve estar claro o que se espera
dele e alcançar esse propósito deve envolver um desafio;
6) aprender com os alunos, o que implica que o professor deve ser humilde e
disposto a conhecer coisas novas; Seja generoso para compartilhar o que você sabe
e conhece seus alunos para adaptar seus conhecimentos às suas características,
expectativas e desejos, e não o contrário.
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corretamente às perguntas. estudantes, retroalimente suas ações, enfatizar os
pontos importantes, resumir o que é ensinado em sala de aula e peça aos alunos
para verificar se eles entenderam, além de criar um ambiente pró -picia para a
aprendizagem e incentivar a participação dos alunos. (CIEGLINSKI, 2010)
As características mais importantes de um bom professor de ensino superior
são:
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Sua principal preocupação era conseguir a aprendizagem dos alunos: eles
tinham altas expectativas deles, confrontados com desafios, mas foi-lhes dado o
apoio necessário para resolvê-los, mostrou absoluta confiança em suas habilidades,
acreditando-los para as pessoas que querem aprender, e soube forma um clima
favorável para aprender. Eles conceberam a avaliação não como uma atividade que
é feita no final do ato de ensino para qualificar o aluno, mas como uma ferramenta
poderosa para ajudá-lo e motivá-lo a aprender.
Eles também aplicaram formas sistematizadas para avaliar suas ações e
fizeram as mudanças pertinentes com base nas informações coletadas. Eles foram
capazes de enfrentar suas próprias fraquezas e fracassos sem medo de assumi-los
e, finalmente, demonstraram um alto comprometimento com a comunidade
acadêmica, ou seja, consideraram-se apenas parte do grande empreendimento
educacional.
Além disso, houve uma realização de estudos por Catani (2006) observanod
uma investigação com professores efetivos de uma universidade espanhola para
estudar o que eles chamavam de "boas práticas de ensino no ensino superior"; Seu
propósito foi identificar e tornar visíveis essas práticas, pois, para esses autores, é
necessário que os docentes tenham exemplos ou referências de práticas
pedagógicas efetivas, na medida em que são exemplos de processos e
comportamentos bem-sucedidos.
Uma boa prática implica o desenvolvimento de uma atividade - muitas vezes
inovadora - que foi experimentada e avaliada, e que foi bem sucedida; é uma
inovação que nos permite melhorar o presente. Os autores preferem usar o termo
"boas práticas" em vez de "melhores", pois consideram que o último termo se presta
a muitas interpretações e não é claro. A pesquisa relatada foi realizada com 15
professores universitários selecionados por amostragem deliberada e intencional;
entrevistas foram realizadas e foram gravados vídeos, tanto teóricos quanto práticos.
Três dimensões didáticas foram estudadas: planejamento, execução e
avaliação. Os principais resultados foram os seguintes: no que diz respeito ao
planejamento, todos os entrevistados indicaram que o fizeram com base no tempo
disponível; eles também levaram em conta seus conhecimentos sobre o assunto.
Eles indicaram que fizeram mudanças na hora, dependendo da atitude dos alunos.
(CATANI, 2006)
35
A execução do ensino foi feita basicamente através da exposição, mas os
professores procuraram a participação dos alunos. Em relação às suas formas de
avaliação, todas utilizaram o exame, mas consideraram frequência e participação na
aula; para credenciá-los, solicitaram relatórios e memórias de classe. Entre os
aspectos que levaram em conta para avaliar, estes variam dentro de um continuum
nas seguintes dimensões: reproduzir a informação, compreendê-la e aplicá-la;
desses níveis, o mais utilizado (41 por cento) foi a reprodução.
Os professores relatam que realizam seu trabalho da melhor maneira possível,
pois não tinham preparo pedagógico para isso; é por isso que suas abordagens
derivam mais de sua experiência do que de treinamento pedagógico. Quando eles
começaram a dar aulas, eles faziam isso principalmente imitando seus bons
professores e auto corrigindo seus próprios erros. Eles são mais descritivos do que
explicativos; o que relatam sobre sua prática de ensino é mais experiencial do que
racional. (CATANI, 2006)
Os professores estão mais focados nas disciplinas que dominam do que nas
condições exigidas para alcançar o aprendizado dos alunos. Eles concluem dizendo
que o interesse na aprendizagem de seus alunos deve ser o grande motor de
mudança na didática universitária, então a identificação de boas práticas pode servir
como um ponto de referência para melhorar o ensino de outros, e para isso, Ainda
há um longo caminho a percorrer.
Eles sugerem estudar a relação entre o pensamento e as ações do professor,
porque isso é importante para melhorar os processos de treinamento e atualização
de professores, como dissemos anteriormente. Nessa linha de pesquisa, foram
estudados os pensamentos, as crenças docentes e as práticas de ensino que 25
professores da Faculdade de Psicologia consideraram por seus alunos como bons
professores.
Os referenciais teóricos foram o pensamento didático e o ensino efetivo. Os
professores foram selecionados após a aplicação de um questionário a 1 mil 214
alunos / sujeito2 que participaram dos seis primeiros semestres do corpo docente.
Nela, foi solicitado que classificassem seu professor como bom, regular ou ruim e
deixassem um espaço em branco para justificar sua resposta.
Esses professores receberam um questionário e uma entrevista em
profundidade. Em relação aos resultados encontrados, houve duas características
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que suscitaram os maiores acordos entre os 25 entrevistados: um deles era o gosto
pelo ensino, uma vez que sua motivação é intrínseca e eles desfrutam do fato de
ensinar. O outro foi buscar um bom relacionamento interpessoal com os alunos: eles
querem porque acham que facilita o aprendizado, valorizam positivamente e, acima
de tudo, estimulam o retorno ao ensino para melhorá-lo.
Eles também mostram um grande compromisso, responsabilidade em relação
ao seu trabalho e se sentem orgulhosos de trabalhar no unam. Eles também querem
melhorar e melhorar seu ensino por meio de uma autoavaliação contínua e
atualização disciplinar. A maioria deles assume uma visão complexa do ensino,
considerando-o uma atividade que requer esforço e comprometimento e cujos
objetivos são alcançar a aprendizagem de seus alunos e treiná-los de forma
abrangente.
A maioria adota uma visão transmissiva de ensino e metade deles tem uma
postura construtivista na aprendizagem. Suas respostas refletem um domínio
deficiente dos aspectos psicopedagógicos e alguns deles têm opiniões
desfavoráveis sobre a avaliação. A prática docente começa por estabelecer, desde o
início do curso, regras de funcionamento acordadas com os alunos e a criação de
um clima favorável à sua aprendizagem, onde o respeito e o bom tratamento para
com eles é uma característica distintiva.
O ato de ensinar é realizado de forma a tornar compreensível o conhecimento,
ser claro e organizado ao ensinar, e preocupar-se em vinculá-lo aos interesses e ao
nível de conhecimento de seus alunos, simplificando conteúdos abstratos, ou seja,
os achados indicam a importância de o professor de ensino superior ser não apenas
um especialista em disciplinas, uma virtude que sempre foi valorizada, mas também
domina os aspectos pedagógicos, ou seja, que tem a capacidade de ensinar,
simplificar conteúdo e mostrar uma boa atitude em relação aos alunos. Nestes
pontos há uma coincidência com os resultados de outras pesquisas e estudos
descritos aqui.
Embora existam essas coincidências, outros aspectos que parecem
importantes e que não foram descritos nas pesquisas revisadas também são
encontrados, como o importante papel dos aspectos sócio-afetivos do ensino, tais
como: a busca de bons relacionamentos, relações interpessoais e o compromisso e
responsabilidade demonstrados pelos professores.
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Figura 6 – Aspectos educativos
• Usar boas práticas de ensino como exemplos que podem ser usados por
outras pessoas para melhorar seu ensino.
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• Colocar os resultados das boas práticas de ensino à consideração dos
professores, para que eles retomem o que eles acham que será útil para eles;
oferecer aconselhamento e acompanhamento aos seus esforços de inovação no
ensino; ser companheiros, não diretores deste processo.
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A realidade em que estamos atualmente imersos é caracterizada por
mudanças repentinas, contradições e incertezas. Os paradigmas científicos são
modificados, as ideologias são transformadas e, assim, surge uma nova visão do
mundo e uma nova cultura social, que alguns pensadores chamam de "pós-
modernidade". O pós-moderno é um elemento da cultura contemporânea, uma
condição objetiva da cultura na superação da modernidade. (CARVALHO, 2006)
Há características peculiares, características básicas que definem as condições
da sociedade moderna e que influenciam o surgimento, divulgação e intercâmbio na
rede de significados que fazem parte do tecido sócio-cultural. Não importa deste
trabalho para abordar todas as transformações realizadas na cultura social do novo
milênio, mas se parece relevante mencionar e brevemente caracterizar alguns deles.
As condições da sociedade pós-moderna são, de acordo com Carvalho (2006):
40
e "forte" - sua intervenção é disciplinar os atores, manter o controle ideológico,
construir o consenso e fazer com que os cidadãos respondam ao modelo.
Cultura de urgência: é uma cultura do fim imediato da vida, não de sua negação,
mas de sua celebração. Nesse contexto, tudo tem que ser provado, sentido,
experimentado, alcançado antes que seja tarde demais, já que não há amanhã.
Os traços acima mencionados, entre outros, compõem o mapa sociocultural, diante
do qual a educação deve repensar e organizar sua intervenção, pois provocam um
modo peculiar de viver, produzir, consumir e relacionar-se.
41
A este respeito, o currículo universitário deveria se tornar este
momento histórico recuperando suas intenções genuínas e
interesses acadêmicos em uma possibilidade de desenvolver
as capacidades humanas de maior complexidade e
importância: a capacidade de pensar em uma sem
precedentes, negrito, crítico, criativa e comprometida. Nosso
trabalho se limita ao impacto que as tecnologias da
computação causaram no Ensino Superior, uma vez que estas
foram incorporadas ao currículo, à prática docente e ao ensino;
sem perder de vista, em sua análise, a complexidade e
totalidade do atual entrelaçamento sociocultural.
(CARVALHO, 2006, p 49)
42
Por outro lado, a racionalidade crítica tem o propósito de transformar a
realidade, não apenas sua mera descrição. Além disso, produz um conhecimento
que permite aos sujeitos emanciparem-se da dominação, aspirando, assim, a sua
auto-realização. Além disso, contém um caráter político-proativo, porque não só
detecta as contradições da realidade social, mas também tenta superá-las, propondo
alternativas concretas de ação. As palavras técnicas e a tecnologia têm a mesma
raiz etimológica: o verbo grego "tictein", que significa criar, produzir, gerar, dar à luz.
Para os gregos, a técnica (techné) tinha um significado amplo, porque não era um
mero instrumento, mas existia num contexto social e ético em que duas questões
estavam presentes: por quê? e como?.
Com modernidade o adquire apenas um sentido instrumental. Entende-se
como uma atividade que envolve uma série de procedimentos, baseados em atos
definidos e coordenados, que permitem atingir um objetivo específico. Atualmente a
palavra tecnologia é um termo controverso a ser definido devido a sua dependência
da abordagem adotada em sua conceituação.
Sem interesse em realizar uma dissertação semântica, vamos levantá-lo em
dois sentidos: um de tipo genérico e outro particularizado. De um modo genérico, a
tecnologia pode ser entendida como o uso do conhecimento científico para produzir
materiais, artefatos, produtos, planos, sistemas, novos serviços ou melhoria dos já
existentes. Ser capaz de acrescentar que a tecnologia não só permite agir sobre a
natureza, mas é, acima de tudo, uma maneira de pensar sobre ela.
De um sentido particularizado, considerando a tecnologia diferente rationales
adota significados diferentes: a tecnologia concepção empírico-analítica é
configurado como a implementação operacional de um conjunto de conhecimentos
teóricos para a melhoria e aumento da eficiência, valor livre e independente do
contexto social de uso. Na perspectiva interpretativa, as dimensões sociais, culturais
e éticas da tecnologia são sublinhadas, analisando os processos de interação e
representação a ela associados.
Para a racionalidade crítica, a tecnologia é um produto sócio-histórico que
reflete posições ideológicas, encerrando um forte componente sócio-político e
econômico que determina a orientação e o significado que a orienta. Nesse sentido,
essa abordagem realiza um esforço consciente para examinar, criticamente, as
43
intenções subjacentes ao uso dela. Tal atividade reflexiva permite a liberação de
concepções e intenções inconscientemente mantidas que permanecem ocultas.
E mais do que isso, é interessante reorientar, através da ação transformadora,
as crenças e intenções sobre as quais se baseia o uso da tecnologia. Entre técnica e
tecnologia existem distinções de grau a serem feitas, pois existem semelhanças
formais a serem destacadas: ambas são direcionadas para objetivos e envolvem um
conhecimento de como fazer. Os aspectos gerais devem nos levar ao debate sobre
a racionalidade, os fins e a mídia, significa ir muito além de uma abordagem
instrumental e entrar em considerações morais, sociais e políticas.
44
Gerenciar as informações de diferentes maneiras, isso é fazer uma leitura não
seqüencial das informações (hipertexto) e / ou interagir com as informações da
combinação de formatos: texto, som, imagem, vídeo, etc. (multimídia)
Computador
Instrumento
Processamento
45
escola como instituição social específica; e as características da cultura experiencial,
adquirida por cada aluno através da experiência nas trocas espontâneas de seu
ambiente.
Instituições de ensino superior, universitárias e não universitárias, não
escapam dessa complexa rede onde são treinados profissionais e técnicos de
diferentes orientações. Embora as tradições históricas que deram origem e
determinaram a especificidade das mesmas sejam diferentes, existem elementos
comuns em relação à cultura acadêmica e institucional que os caracteriza.
Em termos gerais, pode-se mencionar que os estudos não universitários são
realizados em "institutos" que oferecem formação acadêmica em cursos técnicos e
de professor de ensino inicial, Geral Básica e Polimodal, saída de trabalho curto e
rápido. Enquanto maiores estudos universitários são realizados em diferentes
"faculdades" de acordo com as especialidades profissionais. Suas funções são, além
da formação acadêmica que se caracteriza por ser de longa duração, atividades de
pesquisa e extensão à comunidade.
É possível colocar algumas linhas problemáticas que passam pelo campo da
Educação Superior. Em relação à cultura institucional, pode-se observar:
46
Necessidade de participar, simultaneamente na formação, de processos de
modernização e pós-modernização das profissões.
47
Nossos sujeitos de formação, os estudantes do nível Superior, são jovens, em
sua grande maioria, e adultos, em menor proporção. Entendemos o sujeito
pedagógico não como algo dado, completo e acabado, mas em permanente
mudança e evolução que se constitui a partir da organização de suas experiências.
É produzido a partir de um conjunto de tensões entre o que é em si e o lugar que
ocupa, as relações de poder que o atravessam e o seu próprio desejo.
Educação como uma atividade humana mantém um papel muito importante na
constituição do sujeito, no caso do ensino superior, tem uma implicação específica:
estes permitem-los disponibilidade de ferramentas para a formação, através da
construção a dotação conceptual e instrumental que caracteriza o trabalho
acadêmico na educação. Atualmente a entrada ao nível caracteriza-se por ser uma
população heterogênea em interesses, lugares de origem, conhecimentos prévios,
idades, problemas sociais, etc.
Deste modo, vemos surgir uma geração de jovens cuja cultura experiencial não
se baseia apenas em identificações com figuras, estilos e práticas das gerações
adultas; mas também com os novos componentes que fazem parte da herança
cultural atual: individualismo, competitividade, abertura a novas linguagens de
comunicação, facilidade de acesso a novos dispositivos tecnológicos, indiferença,
consumismo, novas preferências estéticas, entre outros.
Diante desses novos temas pedagógicos, os educadores devem rever e
repensar suas práticas de formação levando em conta aspectos como:
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novas línguas (teleinformáticos, imagens, música, etc.) que os alunos aprendem
com velocidade incomum e que representam para eles uma nova lógica de
articulação do conhecimento.
Características
Social Cultural
Para que essas tecnologias possibilitem aos jovens novas formas de acesso ao
conhecimento, faz-se necessário repensar, de maneira crítico-reflexiva, as
estratégias de ensino e aprendizagem. Dar-lhes um verdadeiro sentido pedagógico
que permita dar uma nova resposta às necessidades educacionais que as gerações
mais jovens nos exigem hoje.
Isso requer uma pedagogia própria que reforce a crescente autonomia, o
trabalho coletivo e solidário, a tomada de decisões, o pensamento crítico, a gestão
de fontes variadas de informação e que sejam traçados caminhos de ação que
reconheçam criticamente a diversidade de assuntos e contextos culturais.
A Tecnologia Educacional é um dos vários campos para abordar o problema da
inserção de tecnologias computacionais na educação. É uma área que
tradicionalmente lida com o uso da mídia no processo de ensino. Fazendo um tour
conceitual do que tem sido chamado e chamado de tecnologia educacional,
49
encontramos os seguintes aspectos: o design dos anos 50 e 60, onde a tecnologia
educacional corresponde ao estudo dos meios de comunicação como geradores de
aprendizagem; no 70, refere-se ao estudo do ensino como um processo tecnológico
e, nos anos 90, há abordagens reconceptualistas que buscam novas formas de
trabalhar o campo.
Dentro desta última abordagem, a tecnologia educacional é entendida como o
corpo de conhecimento baseado em disciplinas científicas relacionadas às práticas
de ensino, que incorpora todos os meios à sua disposição e responde a fins alcançar
em contextos sociohistóricos que lhe dão significado. Neste sentido, a tecnologia
educacional, como o ensino, se preocupa com as práticas de ensino, mas ao
contrário ele inclui entre as suas preocupações análise da teoria da comunicação e
novos e antigos desenvolvimentos tecnológicos: ciência da computação, vídeo, TV,
rádio, impressão, etc.
Sem ignorar as contribuições da tecnologia educacional, especialmente a partir
de uma posição crítica, esta parte do estudo tentará abordar os problemas
enunciados a partir de uma perspectiva pedagógico-didática, como mencionado na
introdução, conceitualmente complexo ressure não é fácil, pelas seguintes razões:
análise juntas em duas disciplinas no mesmo campo, tanto na sua constituição
histórica, e seus desdobramentos atuais parecem se sobrepor e limites imprecisos.
Embora Comenius inaugure a Pedagogia como Didática, também surge
confusão entre as duas disciplinas. Confusão que permanecerá até nossos dias:
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A distância bibliográfica viajou nos permitiu construir a próxima sensação de
pedagógico-didática: expressão que dá conta da complexidade da educação,
levando preocupação Pedagogia sobre "conhecimento de harmonização condenado
a definir a importância de formar certo tipo de homem e propor dispositivos
intervencionais e reflexões teóricas e práticas didácticos no ensino. (CATANI, 2006)
Resgatando tanto seu compromisso com a compreensão, intervenção e
avaliação de fatos educacionais, como práticas sociais, práticas de treinamento e
práticas de ensino. Para os propósitos deste estudo, o conceito "práticas educativas"
se condensaria, o sentido de escolha pedagógico-didática. As práticas educativas
referem-se a uma ação orientada que inclui sujeitos e conteúdos, historicamente
construídos, socialmente determinados e multifacetados.
No presente trabalho, analisaremos um tipo de práticas educativas, as
chamadas "práticas institucionalizadas" circunscritas à instituição escolar, à sala de
aula, à relação professor-aluno, aos processos de ensino e aprendizagem. Esse tipo
de prática é extremamente complexo, pois articula demandas sociais, políticas e
desejos individuais; questões relacionadas ao conhecimento e conhecimento; os
vínculos com a instituição; trajetórias profissionais de professores, histórias de
alunos; e uma série de outras questões que estão presentes em cada um de nós e
em cada sala de aula.
No caso da Educação Superior, constatamos que o estudo é recente e suas
primeiras reflexões sistemáticas foram desenvolvidas nas últimas décadas. A
adoção dessa perspectiva possibilita a abertura de um amplo espectro sobre a
introdução de tecnologias de informática em instituições de ensino e ensino; isto é,
para voltar-se para o questionamento habitual: não se pode deixar de perguntar: o
que eu faço com este dispositivo ou com este programa, para concentrar a atenção
na elucidação: o que preciso para enfrentar as questões de ensino?
Como educar, treinar, instruir os alunos na sociedade em que vivem? As
tecnologias fazem parte da vida em sala de aula: do quadro clássico aos mais
recentes desenvolvimentos tecnológicos: vídeo, multimídia e desenvolvimentos
virtuais; as questões que são geradas, e referem-se a como as tecnologias da
computação impactam as propostas didáticas que os professores constroem e as
formas de acesso, construção e apropriação do conhecimento no campo da
educação. (CATANI, 2006)
51
Na educação superior quem são os professores que incorporam essas
tecnologias em seus projetos de classe? Que relacionamentos eles estabelecem
com sua própria disciplina, pesquisa e campo profissional? Existe uma deliberação
crítica sobre o propósito educacional da incorporação? de tecnologia para o currículo
universitário? Existem inovações na sala de aula a partir da inserção de novas
tecnologias?
Perguntar sobre as questões enunciadas implica abordar, conceitualmente,
uma série de usos, representações, articulações e conflitos que tentaremos colocar
nas seguintes seções:
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dominação, não apenas entre países centrais e periféricos, mas também dentro de
instituições educacionais.
Manter uma crítica daqueles que acreditam na panacéia de tecnologias e
denunciar que, como máquinas se tornam mais sofisticados, o conhecimento para
usar está em declínio postura. Isto leva a fragmentação social: alguns especialistas
que garantam a segurança do emprego em troca de uma vontade de treinar e se
identificar com os interesses que representam e muitos trabalhadores com baixas
qualificações e em condições de insegurança forte e instabilidade no local de
trabalho. Consequentemente, os "apocalípticos" criticam as tecnologias de
computação sem resgatar qualquer aspecto positivo. Produto das posições
mencionadas, surgiu no cenário educacional uma série de mitos, entendida como
"platitudes de discurso e prática que dão novo significado à luz de diferentes
conceituações.
Sobre a necessidade ou rejeição da introdução de tecnologias de computador
no campo. Esses mitos referem-se a:
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Isto levou a discursos diferentes por sujeitos políticos -authorities pedagógicos,
académicos, professores, estudantes, etc., algumas de grande otimismo sobre a
introdução do computador nas tecnologias de currículo e ensino e outra resistência,
segurando às formas tradicionais e rotineiras de práticas de ensino. Incapacidade de
estabelecer, nesta fase, um terceiro discurso, o "crítico-reflexiva", que permite
reconhecer a verdadeira natureza do problema no âmbito de um debate político,
ético e pedagógico: o desafio atual é entender que a inovação educacional não é
exclusivamente para incluir um novo elemento na sala de aula, mas por uma
intenção explícita por parte da pessoa ou pessoas se comprometem, introduzir
algumas mudanças na prática educativa atual. Isso leva a renovar concepções,
idéias, práticas, conteúdos, etc., em uma direção diferente da existente. (CATANI,
2006)
Como o ensino superior, particularmente universidade, o mais alto nível de
influência produção intelectual em outros níveis do sistema de educação e na esfera
social, perguntamos: que visões baseadas tecnologias de computador? Quais das
práticas discursivas estabelecidas prevalecem neste campo?
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motivou a realização do estudo, outras originaram-se à medida que nos
aprofundávamos no assunto.
Partimos da crença de que a "qualidade" de um sistema ou nível educacional
não será válida se a incorporação de tecnologias computacionais não for
acompanhada de uma transformação fundamental nas concepções de ensino e
aprendizagem, incorporação de conteúdo significativo e de formas de abordagens
reflexivas.
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INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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passar, inexoravelmente, por um redesenho ao considerar as situações contextuais
e nela a experiência do professor é decisiva.
Hoje, a uma distância de mais de 30 anos de prática profissional, e sem ter
um acabamento Ensino corpo teórico (como é em construção permanente), a
necessidade de dominar o espectro total que permite ao professor a ser localizado é
evidente dentro as tendências atuais na prática educativa, influenciados por novos
avanços na ciência e tecnologia e os efeitos do paradigma da complexidade, que
introduz (mas não impossível) difícil de controlar variáveis no processo de ensino e
aprendizagem.
Emerge então, com força crescente, o Método Dialético como um poderoso
auxiliar que oferece abordagens sistêmicas e holísticas-dialéticas para abordar os
problemas de ensino e aprendizagem. É por isso que ambas as abordagens foram
tratadas exaustivamente neste livro.
Por fim, se o leitor achar benefício em lê-lo e se, como parte de sua prática
pedagógica, aplicar coerentemente as leis da Didática e se situar contextualmente
em uma dessas abordagens e aperfeiçoar sua atividade como professor, então os
autores sentirão satisfeito, ainda mais se o uso do livro for acompanhado de crítica
científica, com a qual o trabalho será enriquecido.
REFERÊNCIAS
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CATANI, A. M.; HEY, A. P.; GILIOLI, R. S. P. PROUNI: democratização do acesso
às Instituições de Ensino Superior? Curitiba, Educar em Revista, n. 28, dez., p.
125-140, 2006.
TODOS PELA EDUCAÇÃO. Relatório De Olho nas Metas, 2011. Disponível em:
<http://www.todospelaeducacao.org.br//arquivos/biblioteca/de_olho_nas_metas_201
1_tpe.pdf>. Acesso em: 25 mai. 2019
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