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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCACÃO

Repartição Disciplinas Geral

PEDAGOGÍA GERAL
Fascículo Tema – 2 e 3.

Fascículo Tema-2: A educação como fenómeno social.

Rol profissional do professor

Rol profissional do professor pode definir-se como o de educador profissional,


cujo contido está claramente delimitado por duas circunstâncias: primeiro, é o
único agente socializador que possui a qualificação profissional necessária para
exercer dita função; segundo, é o único agente que recebe essa missão social,
pela que se exige-lhe e avalia, tanto profissional como socialmente. daqui se
desprende que as influências educativas que se exercem da posição do professor
são de caráter profissional, e portanto intencionais e planejadas, reguladas por um
critério metodológico e contentivas de uma mensagem selecionada, no que se
expressam o caráter histórico e clasista da educação.

O rol de educador profissional do professor se expressa através das tarefas que


desempenha nos diversos contextos de atuação profissional, isto é na escola, a
família, a comunidade. A definição das tarefas do professor é um assunto em
extremo polêmico, por quanto a prática derivou para a atribuição de tarefas
administrativas, burocráticas e extradocentes, que pouco ou nada têm que ver
com a essência do rol. É evidente que para muitos diretores de escola ou
funcionários do aparelho administrativo escolar resulta mais singelo atribuir tarefas
adicionais aos professores, procurando assegurar seu cumprimento bem-sucedido
e defendendo-se em problemas organizativos ou de disponibilidades de pessoal. A
atribuição de tarefas adicionais ao rol complica o trabalho profissional e afeta o
cumprimento daquelas que sim são constituintes do rol. deve-se então diferenciar
com claridade, qual é o conteúdo essencial do rol, expresso em suas

Tarefas básicas do professor


Instruir se realiza mediante a conjugação dos diversos componentes do processo
de ensino-aprendizagem, entre os que ocupam um lugar primitivo os objetivos
preestabelecidos em função das necessidades socialmente reconhecidas. Esta
tarefa é portanto, de caráter diretor no que se expressa de maneira muito explícita
o caráter clasista da educação, já que o sistema de conhecimentos, hábitos e
habilidades no que se instrui a os meninos, adolescentes e jovens responde a
uma seleção condicionada pelos interesses de classe, que determinam a imagem
do mundo que se deseja configurar nos educandos.

Educar refere-se à orientação e ajuda no processo de formação de la


personalidade dos alunos. Esta tarefa, cujo contido essencial é a educação em
valores, inclui a assimilação e objetivação de normas de convivência, de patrões
de conduta e de formas de atuar que contribuem à formação da personalidade do
sujeito

Funções do professor

1. Função docente metodológica: atividades encaminhadas ao planejamento,


execução, controle e avaliação do processo de ensino-aprendizagem. Por
sua natureza incide diretamente no desenvolvimento bem-sucedido da
tarefa instrutiva e de maneira concomitante favorece o cumprimento da
tarefa educativa.

2. Função investigativa e de superação: atividades encaminhadas à análise


crítica, a problematización e a reconstruccción da teoria e a prática
educacional nos diferentes contextos de atuação do professor.

3. Função orientadora: atividades encaminhadas à ajuda para o


autoconocimiento e o crescimento pessoal mediante o diagnóstico e a
intervenção psicopedagógica em interesse da formação integral do
indivíduo. Por seu conteúdo incide diretamente no cumprimento da tarefa
de educar

A função inquiridora constitui, nesta construção, o centro da atividade do docente,


como médio mais idôneo para o conhecimento, valoração e transformação das
ações que se realizam tanto no docente metodológico como no orientador. A
investigação, como função do docente, não deve entender-se como a atividade do
investigador profissional, afastado da prática cotidiana e limitado às elaborações
teóricas, mas sim como uma atitude ante o trabalho, uma determinada filosofia,
concepção do processo de ensino-aprendizagem e de seu rol profissional, que
implique a busca constante das vias e médios para aperfeiçoar seu trabalho em
todas as áreas em que intervém, e que portanto se manifesta na autocrítica da
classe diária, na indagação e atualização no conteúdo da disciplina que reparte,
na aplicação de métodos de avançada, na caracterização de seu grupo escolar,
na inter-relação com a família, na participação na dinâmica da comunidade em
que se assenta a escola

No desempenho de suas tarefas e funções o professor se encontra com


problemas que deve resolver, quer dizer, se encontra com problemas
profissionais.
O que un problema profesional
É uma situação inerente ao objeto de trabalho do profissional que se soluciona
pela ação do mesmo no processo pedagógico, reflete em sua consciência uma
contradição que estimula a necessidade de busca de vias para sua solução.

Alguns dos problemas profissionais que deve enfrentar o professor são:


1. Dominar a política educacional de Angola e aplicá-la de maneira criadora.
2. Aplicar no processo educativo e de ensino aprendizagem os avanços da
ciencia e a técnica.
3. Aplicar diferentes vias, metodos, sistema de atividades para contribuir à
correta direção dos processos educativo e de enseñana aprendizagem
4. A identificação dos problemas da prática escolar utilizando a investigação
científica como via para sua solução.
5. A formação de valores, atitudes e normas de comportamento nos
estudantes.
6. Elaboração, execução e controle de estratégias para a direcção do
processo educativo e do processo de ensino – aprendizagem.

Na solução dos problemas profissionais devem-se desenvolver os seguintes


passos:
1. Determinar a partir da observação da realidade os problemas profissionais
que apresentam no processo pedagógico.
2. Identificar as causas dos problemas que se determinem, ou efeitos que
podem provocar, tipo de tarefa que requer a possível solução e o contexto
ou área onde se apresenta o problema.
3. Busca das possíveis variantes de solução do problema.(metodos meios)
4. Aplicação da alternativa de solução determinada.
5. Avaliação dos resultados

Tema 3. Relação homem-natureza, cultura, sociedade e educação.

O homem, produto da evolução, é um ser vivo, biológico, psíquico, individual,


social e histórico.

Por que se a natureza humana é idêntica em todas partes, existem tantas


desigualdades entre os homens?

Leontiev respondeu a esta interrogante:


A desigualdade não estriba em diferenças biológicas naturais. É criada pela
desigualdade económica, a desigualdade de classe e a não igualdade consecutiva
das relações que as vinculam às aquisições que encarnam o conjunto das forças e
das capacidades da natureza humana formadas no curso do processo histórico –
social.

Natureza

O vocábulo natureza provém do latim "natura “que significa natural. A natureza é


tudo o que esta criada de maneira natural no planeta está relacionada com as
diferentes classes de seres vivos: os animais,as plantas, as pessoas, o clima e a
geologia da terra.

Quando se faz menção à natureza humana, referimo-nos à essência ou


característica própria dos seres humanos, homem ou mulher e que estão
relacionados com sua maneira de pensar, sentir e de actuar. É por isso frequente
referir-se à personalidade ou el caracter que pode mostrar um individuo.

Cultura:

(Tirada da Enciclopédia Proscreve 2000, Microsoft Corporation), -1993-1999-

Conjunto de rasgos distintivos, espirituais e materiais, intelectuais e afetivos, que


caracterizam a uma sociedade ou grupo social em um período determinado. O
término ¨cultura¨ engloba além disso, modos de vida, cerimónias, arte, invenções,
tecnologia, sistema de valores, direitos fundamentais do ser humano, tradições e
crenças. Através da cultura se expressa o homem, toma consciência de si mesmo,
questiona suas realizações, busca novos significados e cria obras que lhe
transcendem.

Sociedade:

(Tirada da Enciclopédia Proscreve 2000, Microsoft Corporation), -1993-1999-

Sistema ou conjunto de relações que se estabelecem entre os indivíduos e grupos


com a finalidade de constituir certo tipo de colectividade, estruturada em campos
definidos de actuação nos que se regulam os processos de pertença, adaptação,
participação, comportamento, autoridade, burocracia, conflito e outros.

 Os protagonistas dão processo educativo.

Denomina-se “protagonista “, por extensão, à pessoa que assume a parte principal


de um fato, fenômeno ou processo. Neste caso, os “intérpretes do processo
pedagógico” são: o professor, o aluno, ou melhor seria dizer: o binómio professor-
aluno.
Também pode atribuir lhe dita condição ao “colectivo pedagógico” da instituição
escolar. A escola vem a converter-se no “cenário” organizado no que
fundamentalmente esse processo tem lugar. Por sua transcendência o fenômeno
educativo transborda os limites da escola ou de outra forma organizativa que se
adopte e, é óbvio que “os atores” aumentam. Só se fará referência a alguns destes
protagonistas.

 O binómio professor-aluno.

A relação professor-aluno, desde seus origines até a actualidade se transformou


no próprio suceder histórico da atividade humana.

O carácter de guia do professor, seu papel de condutor do processo educativo


perdurou no tempo, embora hoje não tem os tinturas tão rígidos como em outras
etapas históricas, ao constitui-la flexibilidade em sua qualidade essencial.

O docente tem em suas mãos a arte de ensinar. Ao formar-se profissionalmente, o


professor recebe os fundamentos das ciências pedagógicas e as técnicas para
desenvolver seu trabalho educativo, mas a materialização dessa concepção
científica na prática é convertida por ele em tacto, fineza e em arte de ensinar. É
óbvio, que o segredo maior de sua arte está em conhecer profundamente o que
insígnia e a natureza humana de que aprende. Só dessa maneira terá êxito em
sua empresa.

O professor não pode esquecer seu papel de guia e portanto tem que estar
sempre consciente que é ele quem dirige esse processo, e tem que assumir, em
última instância e em dependência do assunto que se discuta uma atitude
beligerante, para orientar pelo bom rumo, com tino, as opiniões, os pontos de vista
e as atitudes do aluno, que resultem contrárias em relação com a norma social
estabelecida, a partir de aplicar eficazmente o tacto pedagógico.

As relações de poder se dão no processo educativo, mas entre sujeitos que


realizaram “uma aliança “que os conduzirá com êxito ao lucro de seus objectivos
educativos.

O aluno, é portanto, um sujeito activo e criativo no processo de ensino.

 Que devem fazer o professor e o aluno no processo de ensino


aprendizagem.

O PROFESSOR.

 Para favorecer um ambiente colaborativo utilizar formas de metodologias


activas que propiciem o diálogo e reflexão entre os participantes do
processo, partindo do conhecimento das características pessoais de cada
um de seus alunos (fortaleça, debilidades, interesses) o qual aponta a ser
capaz de conhecer os ritmos de aprendizagem de um grupo de trabalho
para riscar a estratégia educativa a empregar.
 Dita estratégia deve promover a atenção à diversidade e o contribua de
cada um dos membros do grupo.
 Débito além disso, inclinar à geração de habilidades sociais que permitirão
aos alunos interactuar exitosa mente. Algumas delas são:
 Escutar atenta e respeitosamente, valorando o contribua e opinião de cada
um de seus companheiros-alunos.
 Tomar a palavra para opinar, expor e argumentar em torno de um tema.
 Expressar-se com claridade e eficácia.
 Fomentar o trabalho em equipo e a diversidade de róis, de maneira que se
compartilhem as responsabilidades.
 Seleccionar e utilizar a forma adequada o meio de ensino que favoreça um
ambiente interactivo, criativo e colaborativo.
 Determinar e desenhar situações de ensino que estimulem o trabalho
colaborativo.
 Cuidar que estas situações de ensino estejam acordes com os interesses e
necessidades dos alunos.
 Durante o desenvolvimento do processo deve assumir um rol de
acompanhamento, de guia, de estimulação do desempenho dos alunos.
 Deve criar situações problémicas, questionamentos, contradições, a fim de
criar a necessidade de ajuda.
 Entregar aos alunos orientação e informação oportuna, ressaltando
conceitos relevantes, estimulando estilos e práticas de interacção.
 Ajudar aos alunos a realizar uma reflexão metacognitiva do trabalho
realizado.
 Gerar espaços para a interacção dos alunos com outros fora do horário
docente
A partir do papel do professor vejamos que papel deve desempenhar o aluno,
tinindo em conta que se deve enfatizar na capacidade e habilidade para organizar-
se de forma que todos os integrantes de um grupo possam participar activamente
e em forma relativamente equitativa.

Qual é o rol de alunos?

 Os alunos devem trabalhar em equipe para cumprir uma tarefa em comum.


Deve ficar claro o objectivo do grupo.
 Todos os estudantes devem ser responsáveis por fazer sua parte de
trabalho e de pôr a disposição de todos os membros do grupo o material
correspondente para ter domínio de todo o material que vai se aprender.
 Os alunos devem interactuar cara a cara, por isso é necessário um
intercâmbio de informação, ideias, raciocínios, pontos de vista para que
exista feedback entre os membros do grupo.
 Devem fazer uso apropriado de habilidades colaborativas, tais como
distribuir-se responsabilidades, tomar decisões, dirigir correctamente as
dificuldades que se apresentam para o qual devem estabelecer uma
adequada comunicação interpessoal.
 Fortalecer o desenvolvimento de algumas competências comunicativas
necessárias para empreender interacções potentes no trabalho colaborativo
O processo educativo é científico, tem como sustento uma ciência humanística
(saber) que é a pedagogia, unida inseparavelmente à didáctica que inclui as
técnicas para ensinar e outros princípios e regras, mas que sua acção educativa
vai além da ciência e a técnica, pois alcança a dimensão de arte, de tato
pedagógico, com o que opera em sua acção.

Cada dia o professor e o aluno cercam um diálogo diferente no processo de


ensino. Não existe um Manual fixo para o perfeito professor. O olhar do pedagogo
para analisar a relação entre o aluno e o professor não é necessariamente quão
mesma assumem outros especialistas para precisar a essência daqueles que
estão chamados a converter-se em “principais” do processo educativo.

 O colectivo pedagógico.

Dentro da comunidade educativa como uma visão geral formativa terá que
destacar ao colectivo escolar ou pedagógico.

O professor, o aluno, a escola, a família e a comunidade, as organizações


estudantis, as organizações produtivas, sociais, culturais, os meios maciços de
comunicação são componentes de pertinência básica na comunidade educativa.

As relações intergrupal - de diversos componentes -, que resultam heterogéneos,


conferem à instituição educativa seu selo mais singular. Fazer que se lute por uma
maior coesão e comunicação entre os protagonistas do processo educativo.

 A escola.

A escola é uma instituição que tem a responsabilidade da concreção do processo


pedagógico, de uma forma consciente e orientada a um fim determinado. É óbvio
que existem outras formas de organizar dito processo que também cumpre com
esta missão.
À escola terá que concebê-la como um “espaço” no que se produz uma variedade
de situações educativas que têm que ser propiciadas desde sua própria
organização, no núcleo de suas actividades e no sistema de relações
interpessoais, assim como em uma condução activa de todos os intercâmbios que
se produzem no caminho para o conhecimento.

A escola tem um encargo social que cumprir, mas não pode fazê-lo em forma
autoritária pelo que deve procurar sempre a ampla participação de todo o colectivo
na tira das decisões por meio do debate activo e democrático.

Essas características da escola determinarão, em última instância, a projecção


social de todos seus membros e em especial do aluno em formação.

O desenho e planeamento instrutivo-educativo de cada tarefa que a escola


programe, devem ter plena correspondência com os objectivos e fins que
emergem da sociedade.

Quanto ao sistema de relações da escola, tão internas como externas,


basicamente a família e outros factores da comunidade, requer-se uma visão mais
integral do trabalho que estes realizam, a fim de complementá-la, e orientá-la
segundo as situações que se identifiquem.

Para obter o anterior é necessário que, entre outros aspectos, a escola:

 Alcance um bom nível de integração de suas forças em torno da análise


dos problemas internos e da comunidade que afeitam a educação dos
meninos e risque medidas em consequência para sua solução.
 Organize a vida interna de modo que se crie um clima favorável de trabalho
para todos os que estão implicados em realizá-lo (alunos, docentes,
trabalhadores, familiares e membros da comunidade) no que se perceba
alegria e satisfação pelas actividades que realizam e se sintam orgulhosos
da escola.
 Converta-se no centro mais importante de seu entorno, a partir de um
conceito de cultura não só limitado ao artístico e ao esportivo, (...)
 Propicie a incorporação de pais e demais familiares em diferentes tarefas
da escola, e lhes prepare para que possam exercer com maior efectividade
sua função na educação de seus filhos, (...)
 Instrumente as vias adequadas para lhe dar participação aos pais e
membros de outras instituições da comunidade, (...)

O caracter pedagógico da direcção educacional.


Em todo sistema de actividades organizadas se dão relações de poder e para
propiciar os vínculos entre um e outro nível, existe a ciência da direcção; neste
caso a direcção escolar, que rege também outras formas de organização do
processo de ensino-aprendizagem.

Desprende-se deste particular, a compreensão de que nas instituições escolar e


nos diferentes níveis de direcção estabelecidos existem dirigentes e subordinados.

O processo de direcção na esfera educacional tem que cumprir dentro de sua


especificidade, funções: instrutivo-educativa, formativa-desenvolvedora e
social - individualizadora.

Não se pode esquecer portanto, que a ciência da direcção fundamenta à


organização científica das instituições escolar e a outras formas de organização
do processo pedagógico, mas se tem que apoiar também nas ciências
pedagógicas.

Qual é a relação, então, entre a atividade pedagógica profissional e a atividade


pedagógica profissional da direcção?

Se se quiser que o docente desenvolva plenamente sua atividade pedagógica


profissional, é preciso que o director da escola não só lhe proporcione os recursos
materiais necessários, mas também o ajude a desenvolver sua própria
profesionalidade e por conseguinte sua personalidade.

O director da instituição escolar tem que educar ao professor (docente) para que
este contribua à educação de seus alunos, ao interactuar sistematicamente com
ele em um processo de solução conjunta de tarefas pedagógicas - tão instrutivas
como educativas - desenvolvidas em condições de plena comunicação com o
docente, o colectivo pedagógico, os próprios alunos e as organizações políticas,
estudantes, sociais e de massas que atuam na instituição.

Os quadros intermédios se encontram em idêntica situação respeito aos de níveis


superiores.

O que se trata então, é de procurar a unidade entre a natureza da atividade


pedagógica profissional e a da direcção, pois nestas realidades partiram
separadas ou parcialmente desvinculadas. Trata-se, em última instância, de
converter a atividade de direcção em atividade pedagógica profissional de
direcção.

O que é a atividade pedagógica profissional de direcção?

Esta forma é uma manifestação da atividade de direcção. Distingue-se por:


 O marcado carácter técnico-metodológico e científico- pedagógico com que
se desenvolve o processo de direcção;
 A clara orientação para a transformação da personalidade e o
desenvolvimento profissional dos quadros e docentes, em função dos
objectivos que expõe o Estado à formação das novas gerações;
 A necessidade de desenvolver a atividade de direcção no marco de um
processo de solução conjunta de tarefas pedagógicas - instrutivo-
educativas -;
 A plena comunicação entre dirigentes e dirigidos, com a activa participação
das organizações políticas, sociais e de massas que atuam em seu
entorna.

Todo este processo suporta a que o dirigente se reconheça, sinta-se e actue como
professor de seus subordinados directos. Implica, portanto, a conjugação gaita de
três elementos essenciais para a elevação da qualidade educacional: a gestão de
direcção, o trabalho técnico-metodológico e a atividade científico-pedagógica.

Expõe-se além disso, que a atividade pedagógica profissional de direcção possui


um carácter determinante em relação com a atividade de direcção, por quanto tem
que existir uma correspondência entre estes três elementos essenciais.

Só desta maneira interrelacionada é que se pode compreender o processo de


direcção pedagógica da escola.

A direcção. Suas características.

É inegável que a direcção se apresenta onde exista uma organização de sujeitos


que têm acima de tudo um objectivo comum e utilizam determinados métodos
para alcançar as finalidades que se proposto.

. Não existe um acordo universal sobre o uso do término direcção. Denomina-se


indistintamente como direcção científica, administração, gerência, ciências da
direcção, etc.

Os diferentes autores concebem o término de direcção (gestão). Assim por


exemplo, Mary ParkerFollet define a direcção como "a arte de obter que se façam
certas coisas através das pessoas”. Esta definição se caracteriza por considerar
que o director da organização obtém seus propósitos fazendo que outros façam as
tarefas que se requeiram.

A direcção segundo Stoner é o "processo de planejar, organizar, dirigir e controlar


os esforços dos membros da organização e de aplicar outros recursos dela para
alcançar as metas estabelecidas”. Esta definição com um carácter de processo
estabelece como essência o lucro dos objectivos da organização. Características
dadirecção.

A direcção em sua concepção mais ampla tem a sua vez as características


seguintes:

A universalidade: O fenômeno da direcção se dêem onde quer que exista uma


organização social, porque nele tem sempre que existir uma coordenação
sistemática de médios.

A especificidade: A direcção tem como ciência um objecto bem definido, com


pessoal que se ocupa de seu desenvolvimento e de seu estudo em um
determinado campo de acção.

A unidade temporária: Embora se distinguem etapas ou fases e componentes do


fenômeno de direcção este é um processo único e se dá na vida de uma
organização social.

As funções da direcção.

Planeamento.

Planejar é primeira e mais importante função da direcção e constitui o ponto de


partida do ciclo de direcção. Em sua essência pressupõe a necessidade de expor
os objectivos, a missão e a estratégia da organização.

No desenvolvimento da atividade de planejar se faz necessário estabelecer os


objectivos da escola como categoria reitora, no se expressam os fins que se
devem obter. É necessário que neste processo se considerem as deficiências que
se apresentaram no trabalho da instituição, as barreiras que se podem apresentar,
assim como as potencialidades que possui a instituição para levar adiante o
trabalho na nova etapa que se mora.

O Planeamentopressupõe conhecer e dominar os documentos que regulam e


Norman os aspectos mais generais do trabalho da escola e que expressam a
política educacional para um período determinado e a capacidade de adequá-los
ao nível da estrutura de que se trate.

Todo este processo deve ficar plasmado em um plano de trabalho, que pode
assumir diferentes nomes: Estratégia, Projecto Educativo, ConvénioColetivo, etc.

Organização.
Esta função consiste em definir com quem, com o que e como se executará o
planejado, implica além disso, a determinação das relações que se estabelecerão
entre os executantes da atividade e como se comunicarão entre si.

Execução.

Esta função se encontra em estreita relação com a de organização e é conhecida


com outros nomes, como mando, regulação etc.

Esta função exige um contacto estreito entre dirigentes e dirigidos e põe de


manifesto a faculdade do dirigente para guiar a outros.

Controle e Avaliação.

O controlo é a função de direcção que tem como objectivo comprovar o resultado


real do trabalho. É um conjunto de formas de actuar que permitem pôr de
manifesto as dificuldades que surgem na prática diária, é imprescindível para
regular todo o processo e inclui a análise da informação obtida e a tira de
decisões.

 A formação de valores em a Escola.

Em um mundo em que a indústria da propaganda, sobre a base dos


extraordinários avanços tecnológicos, concebe-se, projecta e realiza do controle
imperial dos meios de difusão, no exercício de uma política cultural de dominação
que referenda o poder económico e pretende legitimar o hegemonismo político-
militar.

De igual forma, os resultados do fabuloso desenvolvimento científico e


tecnológico, sucedem instrumentos essenciais não só no incremento do ganho
das transnacionais mas também no desdobramento de uma indústria cultural
apoiada no domínio da informação, dirigida a legitimar o poder daquelas. Um
estudo científico da sociedade contemporânea, cujo fundamento inescapável-
como já se mencionou- é a chamada transnacionalização do capital, passa
indevidamente pelo referido à crise de valores como expressão dos profundos elos
existentes entre as diversas esferas que a constituem. Trata-se de uma época
complexa em que entram em crise muitos dos valores (políticos, morais, estéticos,
religiosos, etc.) que se consideravam eternos e invariáveis em épocas anteriores,
conformando-se novos referentes valorativos.

A educação em valores é um processo complexo e contraditório de transmissão e


encargo de valores, como parte da educação da personalidade, que se
desenvolve em condições histórico-sociais determinadas e no que intervêm
diversos factores socializadores, como a família, a escola, a comunidade, os
meios de difusão, entre outros. Daí que se trata da transmissão e assimilação, da
incorporação ou subjectivação, da assimilação criadora de quão significados
adquirem os fenómenos, objectos e processos da realidade para os diferentes
sujeitos (indivíduos, grupos, classes, nações…) no contexto da atividade prática,
quer dizer, dos valores.

Os valores: no plano individual constituem formações psicológicas complexas e


portanto atuam como reguladores de conduta enquanto no plano social são
componentes da ideologia e desempenham o papel de mobilizadores sociais.

A educação em valores constitui um processo complexo porque touca de perto


um componente essencial: a espiritualidade; contraditório, já que se dá matizado
por um conjunto de contradições entre as que se encontram o ideal e o real, o
social e o individual, o universal e o particular, o novo e o velho, a identidade e a
diversidade…Do mesmo modo, é multifactorial já que intervêm diversos factores
como a cravo em tanto contribui com formação inicial e decisiva para a vida-, a
escola- que tem um encargo social-, a comunidade- essencial em tanto portadora
da participação social-, os meios de difusão- que formam e educam modelos,
gostos, preferências…

Em a formação dos valores incidem factores histórico-culturais, contextuais e os


individuais.

Os históricos- culturais, os contextuais e os pessoais. E referem a cultura a que


se pertence; as tradições, costumes...Assim compreende tudo o que contribui ao
indivíduo a identidade nacional e cultural de seu país, a ideologia em que se
educou, a história da que formou parte, etc.

Desde aí, que os orçamentos histórico-culturais sucedem ponto de partida


essencial e podem ser analisados em diversos planos.

Os contextuais compreendem o momento histórico-concretizo que se vive; as


circunstâncias histórico-sociais.

Em terceiro lugar os individuais referem a trajectória como ser humano, o que lhe
contribuiu a família na formação a respeito das noções das coisas e do mundo, as
experiências, as vivencias, a formação individual...

Requer-se compreender acima de tudo que o processo de formação de valores


tem um carácter profundamente individual-em elo insubstituível com o social-
porque estes se formam no marco do desenvolvimento de cada ser humano e este
abrange fases sucessivas: infância, adolescência, juventude...
Portanto, inclui tanto o desenho curricular como extracurricular, quer dizer, suas
diversas dimensões...Requer a sua vez, ter em conta, entre outros aspectos o
clima favorável, a comunicação, a coerência…

Se de clima favorável se trata, isto inclui o lar, a escola, a comunidade… Assim,


em sua projecção, a escola deve incidir no lucro de uma inter-relação favorável
lar-escola, para não só riscar-se objectivos comuns, coordenar acções, mas
também reforçar os lucros, recordando sempre o sujeito sobre o que se exercem
as influências. De igual forma se projecta a escola em um elo essencial com as
instituições e as organizações da comunidade…

Ao abordar a comunicação terá que considerar que esta questão tem


extraordinária importância, já que tanto em sua dimensão filosófica, como tipo
específico da atividade humana ou em sua dimensão psicológica, a comunicação
sucede factor essencial no processo educativo já que refere acima de tudo uma
relação interpessoal, o que se concreta nos chamados componentes pessoais do
processo.

E ao considerar a coerência como já se assinalou anteriormente, esta se converte


em uma questão imprescindível a ter em conta já que em realidade, nenhum factor
por si só forma valores, mas sim todos em sua inter-relação, contribuem à
realização desse muito complexo e de uma vez maravilhoso processo da
modelação da personalidade; em que interrelacionam de maneira indescritível o
social e o individual…

Os valores se visualizam, actualizam e desenvolvem através de desempenhos ou


realizações nos distintos campos da acção humana nos modos de actuação
profissional, ficam expressos os valores de forma tal que os modos de actuação
se convertam em indicadores de sua conduta moral e ética profissional.

Os valores, não são “observáveis” direitamente, é necessário inferi-los através dos


desempenhos.

É o saber objectivo de uma realidade, adequado a um grau de desenvolvimento


da ciência como conhecimento e como atividade. Expressa uma nível de
aproximação à verdade condicionado ao contexto social.

Os valores se visualizam, actualizam e desenvolvem através de desempenhos ou


realizações nos distintos campos da acção humana nos modos de actuação
profissional, ficam expressos os valores de forma tal que os modos de actuação
se convertam em indicadores de sua conduta moral e ética profissional.

Os valores, não são “observáveis” direitamente, é necessário inferi-los através dos


desempenhos.
 Exemplos:
 Honestidade
 Busca permanente da verdade
 Rigor científico
 Compromisso social
 Dedicação ao trabalho
 Responsabilidade

É o saber objectivo de uma realidade, adequado a um grau de desenvolvimento


da ciência como conhecimento e como atividade. Expresso um nível de
aproximação à verdade condicionado ao contexto social

Etapas do processo de formação de valores

 Formação das noções em relação aos significados positivos,


marcadamente afetivos (nas primeiras idades, prés colar)
 A ampliação destas noções em significados individuais, associados ao
afectivo e o pensamento abstracto, julgamentos de valor (escolar de
primário) em sua relação com os significados sociais
 Tendência à autodeterminação (adolescentes de ensino media), encargo e
construção interna dos significados socialmente positivos em forma de
escalas de valores e convicções pessoais (na juventude).

A ética profissional pedagógica.

Moral

É um reflexo na consciência das condições materiais em que vivem os homens, a


partir da forma histórica em que se relacionaram entre si, das atitudes e condutas
assumidas no transcurso de suas vidas, que se expressam em forma de
princípios, normas, sentimentos e representações sobre o bem e o mal, o dever, o
justo ou injusto, que em seu conjunto, regulam e orientam a eleição moral de cada
indivíduo e o comportamento humano em geral.

Ética

É teoria, investigação ou explicação de um tipo de experiência humana, ou forma


de comportamento dos homens: o moral, mas considerado em sua totalidade,
diversidade e variedade.

É uma ciência filosófica que estuda a essência e as leis do desenvolvimento da


moral na sociedade e no mundo interno do indivíduo.

Que tene um professor atender na formação de valores


a unidade entre o cognitivo, o afectivo - volitivo, o ideológico e o actitudinais nas
experiências moral acumulada nas relações e a conduta da vida cotidiana em todo
tipo de atividade.

Profissional pedagógico

Tem como contido ao trabalho pedagógico, que é o objecto de reflexo da


consciência moral do professor. No trabalho pedagógico, traduzem-se as
condições e contradições sociais existentes em geral e da comunidade em que
está cravada o centro docente em particular, em conflitos, dilemas e exigências
morais da profissão às que o professor deve saber responder com inteligência,
criatividade e o tato requerido.

Um professor deve exercer uma liderança social pedagógico que ajude ao


processo de transformação da escola mas além disso deve exercer sua liderança
na comunidade. Na relação da escola com a comunidade deve ser considerado
um líder referente.

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