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Crise de identidade e a actuação do pedagogo

Identity crisis and the performance of the pedagogue


Autor: Diocleciano João Almoço

Tutor: Eliseu Njaico, (Ph.D.

Resumo

O artigo versa sobre a crise de identidade e a actuação do pedagogo é considerado um protagonista na mesma
no âmbito educacional. O objectivo geral, procura analisar a crise de identidade e actuação do pedagogo
(professor, formador, tutor ou docente) no contexto da escola e sala de aulas, o estudo cingiu-se em:
identificar o papel, demonstrar a importância e descrever os desafios do professor na garantia da qualidade na
educação. Em termos metodológicos, a pesquisa seguiu uma abordagem qualitativa, por esta facilitar a
compreensão dos fenómenos a partir do ambiente natural. Ao que diz respeito aos procedimentos técnicos, o
estudo é bibliográfico e documental, uma vez que se buscou informações nas obras, manuais, e artigos
científicos. O presente artigo é uma contribuição para a compreensão do papel do professor na garantia da
qualidade na educação, por este motivo, quanto ao nível de aplicação é básico. Os resultados demonstram que
o pedagogo possui papel preponderante na garantia da qualidade na educação, por ser ele o motor que faz
com que o processo de ensino e aprendizagem prossiga, orientando os alunos para um destino. O estudo,
também revela que o conhecimento, a formação pedagógica e o gosto de aprender constantemente e
sobretudo a vontade de levar a teoria à prática e vice-versa, devem ser valorizados pelo professor para que a
questão de qualidade seja acautelada.

Palavras-chave: Identidade, actuação, Pedagogo, Escola e Sala de aulas.

Abstract: The article deals with the identity crisis and the performance of the pedagogue is considered a
protagonist in the same in the educational field. The general objective, seeks to analyze the crisis of identity
and performance of the pedagogue (teacher, trainer, tutor or teacher) in the context of the school and
classroom, the study was limited to: identifying the role, demonstrating the importance and describing the
challenges of the teacher in guaranteeing quality in education. In methodological terms, the research followed
a qualitative approach, as this facilitates the understanding of phenomena from the natural environment. With
regard to technical procedures, the study is bibliographic and documental, since information was sought in
works, manuals, and scientific articles. This article is a contribution to understanding the teacher's role in
ensuring quality in education, for this reason, the level of application is basic. The results show that the
pedagogue has a preponderant role in guaranteeing quality in education, as he is the engine that makes the
teaching and learning process continue, guiding students towards a destination. The study also reveals that
knowledge, pedagogical training and the taste for constant learning, and above all the will to put theory into
practice and vice versa, must be valued by the teacher so that the issue of quality is safeguarded.

Keywords: Identity, performance, Pedagogue, School and Classroom

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1. INTRODUÇÃO
Este artigo aborda a questão da construção da identidade e a actuação do pedagogo no contexto da
escola e sala de aula, bem como discutir o que deve e como construir um sistema de intervenção
pedagógica relevante para uma sociedade de bem-estar. O tema surge em um contexto de
constantes incertezas vivenciadas pelos profissionais, relacionadas aos desafios quotidianos, que
demandam por aprofundamentos e definições sobre os limites e potencialidades de sua actuação.
Portanto, esta pesquisa tem como objectivo analisar a crise de identidade e a actuação do pedagogo
no contexto da escola e sala de aula.

O interesse de investigar essa temática emerge a partir dos debates sobre a Pedagogia toma-se
consciência, e com muita tristeza, dos muitos desafios no campo da garantia da qualidade do serviço
docente (ensino) no contexto da escola e sala de aulas. Por um lado, constatam-se enormes
problemas de crise de identidade e da actuação do pedagogo (professor, formador, tutor ou
docente). A importância desta análise se dá pelo pedagogo constituir-se como um profissional
fundamental na organização do trabalho pedagógico. É ele quem orienta, organiza e articula os
momentos de reflexão teórica, relacionados às situações do quotidiano escolar. É um profissional
que lida com os factos, os contextos e as situações relacionados com sua prática educativa Libâneo,
(2001) citados por Claro, Da Silva & Brojato (2021, p. 16)

Segundo o estudo Holístico da situação do professor em Moçambique (2017), a qualidade de


Educação de um país deve ser estudada, analisada com profundidade e numa esfera globalística,
deve-se tomar como ponto de partida, o que define Moçambique em termos sócio-económico,
políticos, demográficos e culturais. É importante saber como é que os intervenientes deste processo
percebem este processo, que aspirações eles têm, quais as barreiras que precisam transpor para se
sentirem valorizados e contribuírem de forma eficiente na melhoria da qualidade ensino. A
organização desse artigo se constitui da seguinte maneira: inicialmente discute-se o conceito de
identidade segundo diferentes autores e posterior abordar sobe a crise da identidade do pedagogo.
Na sequência apresenta se a metodologia de pesquisa, seguida pela descrição e análise dos dados e
as considerações finais.

2. A metodologia de pesquisa
Em termos metodológicos, a pesquisa seguiu uma abordagem qualitativa, por esta facilitar a
compreensão dos questionamentos da pedagogia, a partir do questão ou do objectivo do artigo. Ao
que diz respeito aos procedimentos técnicos, o estudo é bibliográfico e documental, uma vez que se
buscou informações nas obras, manuais, e artigos científicos, que abordam sobre o tema.

3. Fundamentação teórica
3.1. Identidade profissional do pedagogo

A identidade é concebida como um processo de sucessivas socializações e, portanto, aberta a muitas


interpretações. No contexto actual, os sujeitos vivenciam crises das identidades, fenómeno que pode
estar relacionado com “a teorização da crise económica que o mundo ocidental acaba de atravessar”
(Dubar, 1997, p. 21). Entretanto, o autor ressalta que não se pode atribuir essa crise somente às
questões económicas, pois existem outros aspectos que podem estar atrelados a essas mudanças,

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especialmente as novas configurações das relações sociais. Na perspectiva de Ferreira e Pooli (2017,
p. 21) a identidade pode ser compreendida como uma forma de “acolhimento, pertencimento,
vinculação ou mesmo de relacionamentos. É uma forma de ancorar nossas expectativas e angústias
dando-lhe um porto seguro, mesmo que o mar da contemporaneidade esteja envolto em constantes
tempestades”. Assim sendo, tais crises identitárias fazem parte da sociedade contemporânea e essas
transformações podem desencadear incertezas, ansiedades e angústias. Pode-se inferir que tais
sentimentos e percepções sobre essas constantes mudanças trazem implicações no processo de
construção das identidades, sejam elas pessoais ou profissionais. Em se tratando do pedagogo, sua
identidade vai se constituindo “por uma forma de saber domínio do conhecimento, objecto de
campo, de ser-atribuições da ordem ética e deontológica, de fazer domínio dos saberes da prática
profissional” (Brzezinski, 2011, p. 4).

Portanto, são saberes que se constituem como base para a consolidação da prática educativa, entre
o fazer e o saber do pedagogo escolar no seu quotidiano escolar. Assim sendo, a identidade
profissional é o que caracteriza o indivíduo para exercer determinada função. Ainda, que a
identidade não é algo inato ou adquirido, mas sim um processo em permanente reconstrução e
ressignificação da singularidade do pedagogo que vai sendo configurada pelas experiências em sua
prática educativa. Diante dessas questões, se faz necessário compreender como a identidade
profissional do pedagogo escolar se constitui, principalmente, por meio dos sentidos e significados
trazidos por eles, caminhando para leituras possíveis sobre a importância da formação continuada e
da práxis quotidiana nos diversos contextos escolares.

Dessa forma, o autor conclui que:

Identidade é um processo na qual o indivíduo se encontra e busca


um pertencimento, buscando dessa maneira um modo de afirmação
diante da humanidade, pertencendo então uma cultura ou
nacionalidade.

3.2. A Crise de identidade e a actuação do pedagogo (professor, formador, tutor ou


docente).

3.2.1. A Crise de identidade

Segundo Stuart Hall apud Silva (2009), a chamada “crise de identidade”, deve ser vista como um
processo mais amplo de mudança em que, segundo o autor, desloca continuamente as arcabouços e
processos centrais das sociedades modernas, tal processo no entanto não pode ser necessariamente
considerado negativo ou muito menos positivo pois: Toda mudança é radical e reestrutura os
quadros de referência que possibilitava aos indivíduos até esse momento um apoio razoavelmente
estável no mundo social. Tais transformações ou mudanças, além de mudarem nossas identidades
sociais, abalaram também a ideia que temos de nós próprios como sujeitos integrados (silva, 2009,
p.12).

Para compreendemos melhor que o processo de mudança e alteração está intimamente relacionado
a perda desse padrão ou modelo sólido que era considerado como identidade. Dessa maneira, a
identidade sofre alterações profundas a respeito deixando de ser um modelo de referência. O sujeito

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encontra-se perdido diante da realidade em transformação, além disso não é possível encontrar
norteadores que orientem como se deve portar diante de uma realidade em transformação.

Essa falta de norteadores está presente em diferentes áreas como política, religião, família e na
educação não seria diferente. Ainda de acordo com Silva (2009), a docência como actividade de
formação humana também se encontra em crise “pois diante do avanço e da facilidade tecnológica
professor deixou de ser o transmissor do conhecimento ou aquele que detêm o conhecimento”
(silva, 2009, p. 13).

Por tanto, a identidade do professor não mais a mesma do que nos tempos anterior, pois mudança
drástica dos métodos de ensino e da didáctica, deixando aqueles profissionais que não se adaptaram
as novas mudanças para em estado de desfasagem em relação aos novos profissionais mais
habituados as mudanças, pois vem elas com maior naturalidade e como necessárias para a
renovação dessa categoria profissional. Isso ocasionou uma profunda crise no profissional docente,
professor e tutor, principalmente naquela parte menos sensível as mudanças, pois muitos passaram
a se considerar ultrapassados ou desnecessários.

Tal qual Silva (2009), argumente especialmente sobre essa crise na identidade docente,
demonstrando a dificuldade de concretizar como professor no agir e no pensar diante de uma
realidade que não é mais a sua, e sim outra confusa e estranha. Na qual é necessária um
reconstrução da identidade do professor e não mais a aceitação da identidade docente dada e
pronta e acabada a ser repetida.

Para Silva (2009), pode-se considerar que essa mudança, adicionada aos problemas externos como
por exemplo a fato de reconhecimento, problemas, o baixo salário, a falta de estímulo, os alunos
rebeldes, a violência escolar, a não valorização da categoria docente, a condição precária das escolas,
muitas vezes mal equipadas, deixaram a situação ainda mais complicada e desfavorável para os
professores em questão.

3.2.2. A actuação do pedagogo

O Desenvolvimento do país em todas as vertentes depende de vários factores, dentre os quais a


qualidade de ensino e aprendizagem assegurado pelo professor. Neste contexto, a gestão de
professores, desde a sua formação até ao exercício das suas funções é importante e deve ser
acompanhada e merecer toda atenção. Dentre os vários factor que contribuem para a relevância e
qualidade do processo de ensino-aprendizagem consta o professor qualificado, consciente, criativo e
motivado de modo a atingir as metas estabelecidas pela política e programa do Governo (Pimenta,
1999, p. 15).

Segundo Ribeiro (2009, p. 12), o conjunto de mudanças sociais e educacionais ocorrido nos últimos
vinte anos ocasionou “impactos profundos na identidade profissional dos pedagogos, tais como: o
aumento de exigências em relação às actividades desenvolvidas pelos professores; a inibição de
outros agentes de socialização, como a família”. Dessa maneira, “as modificações nos conteúdos
escolares; a escassez de recursos materiais e condições de trabalho deficientes; a mudança nas
relações professor e aluno e a fragmentação do trabalho do professor”, assim actuação do pedagogo
virou em torno da centralização do conteúdo ao aluno. Segundo Njaico, (2018) aborda que:

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o O pedagogo tem como função acompanhar e avaliar o processo de ensino-aprendizagem,
desde o planejamento das aulas até a execução das mesmas. Para isso, ele pode utilizar
diversas ferramentas, como o registo de aulas, a observação directa do processo, como a
análise de questionários e testes realizados pelos alunos.
o O pedagogo professor trabalha com a docência. Sua função é repassar conteúdos
pedagógicos para os alunos, de acordo com a faixa etária e o ano escolar em que eles se
encontram. A pedagogia, nesse caso, é usada como método de ensino para a formação dos
jovens.

Segundo Libâneo (2013) citado por Njaico, (2018) o ensino deve estar centrado na aprendizagem,
isto, forma de agir do professor justifica o que é qualidade de ensino e caracteriza escolas eficazes.
Segundo Matias (2016), as estratégias de ensino só se caracteriza quando há existência de critérios
claros de Feedback formativo. Nos últimos anos, para caso de Moçambique ser pedagogo (professor,
formador, tutor ou docente) é um factor complexo e complicado, devido a complexidade da
economia actual no país, isto é, elevado custo de vida e baixo salário, que faz com que o pedagogo
deixe de ser aquele que transmite o conhecimento e passa a ser um individuo preocupado com bem-
estar da sua família, o tempo que deveria para a fazer a dosificação e pesquisa de forma a melhorar o
seu desempenho ele passa a dificultar o processo de aprendizagem para ganhar valores monetários.
Entretanto, ao aproximar-se da figura de alguns professores, percebe-se que muitos, baseados no
senso comum, acreditam que ser professor é apropriar-se de um conteúdo e apresentá-lo aos alunos
em sala de aula.

Mudar essa realidade é necessário para que uma nova relação entre professores e alunos comece a
existir dentro das escolas. Para tanto, é preciso compreender que a tarefa docente tem um papel
social e político insubstituível, e que no momento actual, embora muitos factores não contribuam
para essa compreensão, o professor necessita assumir uma postura crítica em relação a sua actuação
recuperando a essência do ser “educador”

3.3. Intervenção pedagógica relevante para uma sociedade de bem-estar

A actuação do pedagogo em ambientes não escolares e especificamente no campo social, é uma


prática que embora tenha sido alvo de muitas discussões e pesquisas, ainda se encontra em seu
processo de construção, definição e clareza. “A construção profissional está em discussão [...] Há
urgência em se fortalecer o debate político, teórico e prático sobre a Pedagogia Social, e suas
relações com formação e trabalho, Machado (2009, p. 390).

Segundo Tavares e Santos (2010) também afirmam que a educação não escolar é uma extensão da
escola, com reflexões complementares, mas de naturezas distintas. Embora o pedagogo em sua
formação possua algumas orientações para o trabalho em espaços não escolares, ele não deve cessar
sua busca, através da pesquisa, fundamentando a intervenção educativa no âmbito social – A
pedagogia Social, pois “nem toda educação não escolar é Pedagogia Social, o mesmo acontece em
relação à Educação Não Formal” Machado (2009, p. 384). O pedagogo que trabalha na área da
assistência social deve estar preparado para o enfrentamento dos problemas e desafios sociais, e por
isso precisa estar comprometido e engajado no descobrimento de acções interventivas concisas e
eficazes. Actuando na protecção social básica o pedagogo objectiva principalmente a prevenção dos

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riscos sociais e das vulnerabilidades de crianças, adolescentes, jovens, idosos e pessoas com
deficiências através de actividades socioeducativas e projectos sociais.

A intervenção pedagógica na protecção social básica também está ligada à função que o pedagogo
desempenha nos diferentes campos de trabalho, como nos movimentos sociais e nas entidades,
ONG’s e fundações sem fins lucrativos; em todos esses lugares o pedagogo pode obter diferentes
funções como: gestor de projectos, coordenador pedagógico e pedagogo - desenvolvimento
comunitário; todas essas funções exigem que ele apresente um perfil. Fase a isso, segundo Njaico,
(2018) para construir um sistema de intervenção pedagógica relevante para uma sociedade de bem-
estar é necessário que:

o Levar em consideração que a escola é única instituição demarcada, com a possibilidade da


construção sistematizada do conhecimento pelo aluno;
o Os professores que actuam nas escolas devem se dar em conta da importância e dimensão
que tem o seu papel na vida dos alunos;
o Para a docente, o processo de ensino-aprendizagem acontece a todo momento em sala
de aula na interacção entre professor-aluno;
o Os estudantes devem ser protagonistas da relação pedagógica em sala de aula junto aos
professores, sem eles a aula não existe;

Sendo assim, o trabalho pedagógico muitas vezes é tratado como actividade secundária na maioria
das escolas. O pedagogo escolar é o responsável pelo desenvolvimento dos profissionais da escola,
formando-os como educadores, considerando as relações interpessoais e sociais “existentes na
escola e lidar com a complexidade do humano, com a formação de um ser humano que pode ser
sujeito da transformação de si e da realidade, realizando, ele mesmo, essa formação, como resultado
de sua intencionalidade” (Placco, 2010, p. 59).

Enquanto pedagogo inserido em um contexto, ele pode promover com suas intervenções na prática
pedagógica algumas mudanças. As mudanças são significativas para toda a comunidade escolar, de
maneira que as concordâncias e discordâncias, as resistências e as inovações propostas se
constituam num efectivo exercício de confrontos que possa transformar as pessoas e a escola
(Orsolon, 2001, p. 19). No entanto, é significativo que ele actue numa perspectiva humanizadora,
construindo boas relações, mediando e valorizando os sujeitos que compõem a escola. Os aspectos
relacionais são imprescindíveis para o trabalho do pedagogo escolar, como afirma Almeida (2001), já
que os professores lidam com seres humanos e precisam desenvolver habilidades para o trabalho
com as relações. Estas podem ser caracterizadas como “o olhar atento, o ouvir activo, o falar
autêntico – podem ser desenvolvidas, e que nesse exercício o profissional vai fazendo uma revisão de
suas concepções de escola, de professor e de aluno” (Ibidem, p. 78)

Sintetizando a actuação do pedagogo, Franco (2012, p. 31) afirma que todo professor deveria ser
pedagogo no sentido extenso do termo, organizando a sua prática de acordo com conhecimentos
pedagógicos. No entanto, segundo o autor, nem todo pedagogo tem que necessariamente ser
professor. “Essa é uma questão muito complexa; mas tenho a convicção de que, sem os
pedagogos na escola, esta fica sem condições de organizar o espaço pedagógico escolar”.

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4. Considerações Finais
A identidade é um processo na qual o indivíduo se encontra e busca um pertencimento, buscando
dessa maneira um modo de afirmação diante da humanidade, pertencendo então uma cultura ou
nacionalidade. PO tanto, a crise de identidade, deve ser vista como um processo mais amplo de
mudança em que, o deslocamento continuamente as arcabouços e processos centrais das sociedades
modernas, tal processo no entanto não pode ser necessariamente considerado negativo ou muito
menos positivo. Por tanto, actuação do pedagogo não pode só estar centralizada na sala de aula,
bem como fora da aula. A actuação do pedagogo em ambientes não escolares e especificamente no
campo social, é uma prática que embora tenha sido alvo de muitas discussões e pesquisas, ainda se
encontra em seu processo de construção, definição e clareza. A intervenção pedagógica na protecção
social básica também está ligada à função que o pedagogo desempenha nos diferentes campos de
trabalho, como nos movimentos sociais e nas entidades, ONG’s e fundações sem fins lucrativos; em
todos esses lugares o pedagogo pode obter diferentes funções. Para ultrapassar esta crise de
identidade os pedagogos devem assim considera-se o espelho da sociedade, e a sociedade os deve
valorizar como transmissores do conhecimento e moldadores de atitudes improprias dos alunos e os
alunos devem

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