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Prática de Ensino em

Educação Física nos


Anos Finais do Ensino
Fundamental e no
Ensino Médio
Material Teórico
Fundamentos Didáticos e Pedagógicos para a Prática de Ensino
na Educação Física nos Anos Finais do Ensino Fundamental da
Educação Básica

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Me. Genny Aparecida Cavallaro

Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Fundamentos Didáticos e Pedagógicos para a
Prática de Ensino na Educação Física nos Anos
Finais do Ensino Fundamental da Educação Básica

• Conceitos e Aplicações da Prática de Ensino na Educação Física Escolar;


• Caracterização do Processo Ensino-Aprendizagem em
Educação Física nos Anos Finais do Ensino Fundamental;
• Planejamento de Ensino da Educação Física nos
Anos Finais do Ensino Fundamental.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Compreender os conceitos e suas implicações para a prática pedagógica em educação
física escolar nos anos finais do ensino fundamental;
• Estabelecer relações dos fundamentos com situações de intervenção prática didática do
processo de ensino e aprendizado em educação física neste nível e período de ensino;
• Fazer análises e prever situações e procedimentos didáticos em planos de ensino neste
período do nível escolar fundamental.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Fundamentos Didáticos e Pedagógicos para a Prática de Ensino na
Educação Física nos anos Finais do Ensino Fundamental da Educação Básica

Conceitos e Aplicações da Prática


de Ensino na Educação Física Escolar
Iniciando a compreensão de praticar o ensino pelo entendimento conceitual da
área de Didática (enquanto estudo da Educação).

Você estará pronto para praticar o ensino da educação física com competência quanto
Explor

melhor se preparar para tomar decisões referentes às ações do processo do próprio ensi-
no. Isto significa ter plena consciência dos conceitos e significados dos elementos desta
prática pedagógica.

Competências de ensino são traços para escolhas das habilidades para o ensino,
definidas como habilidades didáticas no meio pedagógico. Isto representa o signi-
ficado que o professor gerencia os fundamentos que tem pelos estudos, pesquisas,
reflexões – processadas no desenvolvimento de disciplinas e experiências diversas na
formação no curso de licenciatura e também na vida escolar. Estes traços são apren-
didos e amplamente dimensionados pela ação-reflexão-ação no meio pedagógico.

Vamos relembrar o conceito básico de prática de ensino?

Como ação de competência do professor, a prática de ensino representa o fazer


docente no sentido de manejar de forma consciente, articulada e fundamentada da
didática – área que estuda o ensino - enquanto articulação das questões em relação
a ENSINAR: “por quê?”, “o quê?”, “a quem?” e “como?” e suas relações.

As relações são dimensionadas respectivamente.

Tabela 1
Questões da Didática Elementos da Didática
Por que ensinar Objetivos e metas do ensino
O que ensinar Conteúdos de aprendizado
A quem Características e necessidades dos alunos
Como ensinar Métodos e técnicas de ensino

Como ação na realização pedagógica (envolvimento com os processos escola-


res), a prática de ensino é definida como o momento real da interação professor–
aluno para o alcance de metas de aprendizado. Como ação didática, a prática
de ensino é o resultado das ações cotidianas dentro de um processo de ensino e
da aprendizagem.

O professor terá competência para a prática de ensino quanto mais se funda-


mentar na compreensão dos conhecimentos da Educação como área de estudo e
respectivamente na área específica em que vai atuar. Complementará esta forma-
ção, aliás, consolidando toda prática pedagógica do curso de licenciatura, com os
projetos de estágio.

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Explor
Como professor de educação física, sua competência será dimensionada pelos estudos e
pesquisas do significado deste conhecimento no âmbito da sociedade e de seus valores na
Educação escolar. Para isto, você estabelecerá ações educativas que têm articulações com
o processo de ensino e com a aprendizagem do aluno pelo desenvolvimento do conteúdo
específico desta área de conhecimento. Seu momento de elaboração de planos de está-
gios é significativo para efetivas situações de ensino e aprendizagem.

ZABALA (1996) define a tarefa de ensinar como prática educativa pela compre-
ensão de que é uma ação complexa que sofre interferências de variáveis contextu-
alizadas que vai do planejamento à avaliação em um conjunto de atividades. Este
autor releva as relações sociais como as interativas em sala de aula, que depende
das competências aprendidas pelas experiências em uma ação reflexiva. Assim, o
professor pratica o ensino tomando decisões, a todo momento, pelas análises de
suas ações e respectivamente pelas reações dos seus alunos. LIBÂNEO (1996),
enfatizando o papel social da Educação pela presença de fatores que influenciam
o trabalho docente na sociedade, definindo que a tarefa de ensinar pressupõe um
compromisso do professor para a transformação social. Verdadeiramente, uma
ação educativa que se estabelece em fases ou ciclos.

Os ciclos desta ação educativa são relacionados com programas e currículos do


conhecimento que se pretende desenvolver em forma de áreas, matérias ou discipli-
nas ou sob a forma de projetos. Este processo é apresentado na figura a seguir como
um fluxograma – ações programadas continuamente, definidas pela área da Didática.

Ciclo Didático:

O QUE ENSINAR? POR QUE ENSINAR? COMO ENSINAR?

CONTEÚDOS OBJETIVOS DO APRENDIZADO METODOLOGIA

AVALIAÇÃO

Figura 1

Nas ações sequenciais acima, o professor considera cada variável com os funda-
mentos pedagógicos de várias áreas de conhecimento presentes no curso de for-
mação, na licenciatura. No momento do estágio supervisionado, o futuro professor
estabelece análises das situações-problema em aula, na interação professor-aluno e
no desenvolvimento do conteúdo.

As situações do estágio na prática de ensino em educação física é uma dinâmica


complexa e significativa no ato de aprender a manejar turmas de alunos e desen-
volver planos de ensino no contexto real.

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Educação Física nos anos Finais do Ensino Fundamental da Educação Básica

Dimensionar a prática de ensino em educação física é relacioná-la com os


elementos didáticos analisando-os no contexto ensino-aprendizagem, tanto pelos
fundamentos metodológicos – técnicas e estratégias de ensino, como os pedagógi-
cos (alunos, locais, projeto da escola e comunidade) como pelos conteúdos específi-
cos pertinentes de forma predominante ao conceito da própria área, nas diretrizes
curriculares (como a Base Nacional Comum Curricular de 2018).

As Diretrizes Curriculares Nacionais – D.C.Ns (BRASIL, 2015) também dimen-


sionam que a compreensão de docência como ação educativa exige a articulação
dos conhecimentos específicos, interdisciplinares e pedagógicos somados ao pro-
cesso constante de construção de outros saberes. Os aspectos didáticos de procedi-
mentos e processos da prática de ensino do professor na escola da Educação Bási-
ca derivam da lei maior que orienta o processo pedagógico. Corresponde à Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – L.D.B.E.N., lei número 9394 de 1996
(BRASIL, 1996). No artigo primeiro desta lei, é esclarecida sua função de discipli-
nar a educação escolar, que se centraliza no desenvolvimento do ensino.

Quais as habilidades e procedimentos para exercer a prática de ensino


com a dimensão educativa?

Neste aspecto, no artigo 13 da Lei (BRASIL, 1996), as incumbências do profes-


sor enquanto ações compreendem, nos incisos de I a VI, participar da elaboração
da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino e do plano de trabalho (com-
preendido como as funções do professor na instituição escolar) e, respectivamente,
seu cumprimento segundo a proposta pedagógica da escola, zelar pela aprendiza-
gem dos alunos, estabelecer estratégias referentes ao processo de recuperação para
alunos de menor rendimento. Ainda, é tarefa ministrar aulas seguindo os dias letivos
e respectivas horas-aula, além de sua participação nos períodos de planejamento,
de avaliação e ao desenvolvimento profissional. E finalmente, o professor deve co-
laborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.

A prática de ensino é compreendida mais na tarefa didática – de processo de


decisões pelas competências do professor que estabelece ações para a aprendiza-
gem pelo desenvolvimento do conteúdo – conhecimentos que têm o significado do
saber. PERRENOUD (1999), dimensionando as competências para ensinar, con-
templa que organizar e manejar (dirigir) as situações de aprendizagem facilita o
envolvimento dos alunos.

Outro elemento da tarefa de ensinar é a competência do professor administrar


a progressão da aprendizagem do aluno (PERRENOUD, 1999). Ter os objetivos de
ensino e direcionar adequadamente os ciclos de aprendizagem dos alunos, interli-
gando os processos metodológicos e avaliando o processo, tanto o rendimento dos
alunos quanto o próprio ensino.

O processo de tomadas de decisões para o ensino exige a compreensão con-


ceitual e caracterização do processo ensino-aprendizagem na Educação Escolar na
escola de ensino fundamental. Contemplando a especificidade deste processo na
educação física escolar.

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Caracterização do Processo Ensino-
-Aprendizagem em Educação Física nos
Anos Finais do Ensino Fundamental
Para a compreensão do processo ensino-aprendizagem, é necessária a concei-
tuação e contextualização da caracterização do ensino fundamental, seus objetivos,
da concepção de educação física como componente curricular escolar, de seus ob-
jetivos, do entendimento do aluno, aprendiz nas séries finais do nível fundamental
e ainda a caracterização atual referente a diretrizes curriculares (denominada de
base curricular).

O que é o ensino fundamental?


Consiste em um dos níveis do sistema da Educação Básica com duração de nove
anos direcionados à faixa etária de 6 a 14 anos. Os objetivos dimensionados pela
L.D.B. de 1996 (BRASIL, 1996) derivam das disposições gerais (artigo 22) de que
a educação básica tem por meta desenvolver a criança, considerada educando,
assegurando a sua formação comum indispensável para o exercício da cidadania,
fornecendo os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.

E a educação física como parte desta formação? Como é dimensionada na


L. D.B. de 1996.

No artigo 26, parágrafo 3º (BRASIL, 1996), há a indicação da educação física


como integrada à proposta pedagógica, sendo componente obrigatório da educa-
ção básica (porém, facultativa ainda, em alguns casos – o que se torna contraditó-
rio, porque todos os componentes curriculares na educação básica têm presença
incondicional – exceto a educação física). No artigo 27 (BRASIL, 1996), determina
um aspecto importante para que os conteúdos curriculares da educação básica,
com a diretriz de desenvolver a “promoção do desporto educacional e apoio às
práticas desportivas não-formais” na escola – ampliando a participação da área da
educação física na escola com projetos de esportivização, dança ou outras manifes-
tações corporais, porém não exclui a programação do componente curricular com
bases pedagógicas para todos os alunos.

No artigo 32 (BRASIL, 1996), há a indicação do objetivo do ensino fundamen-


tal como a “formação básica do cidadão” mediante finalidades (incisos de I a IV),
tais como:
I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos
o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - a compreensão do
ambiente natural e social do sistema político, da tecnologia, das artes e
dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da
capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos
e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV - o fortalecimento dos

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Educação Física nos anos Finais do Ensino Fundamental da Educação Básica

vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância


recíproca em que se assenta a vida social. (...). (BRASIL, 1996)

Na atualidade, o documento denominado Base Nacional Comum Curricular


(B.N.C.C.), de caráter normativo considerado “... o conjunto orgânico e progressivo
de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das
etapas e modalidades da Educação Básica...” (BRASIL, 2018, p.7), assegurando
os direitos dos cidadãos quanto à aprendizagem escolar, consolidando a L.D.B.E.N
como as Diretrizes da Educação Básica no Brasil. A B.N.C.C. define aos alunos as
aprendizagens essenciais em todas as etapas da Educação Básica. Visando assegurar
a transformação da sociedade através do desenvolvimento das dez competências.

Competências são derivadas do processo ativado nos alunos no sentido de mo-


bilizá-los a aprender e se desenvolver. Neste sentido, significa a mobilização de
conhecimentos – conceitos e procedimentos – de habilidades – práticas, cognitivas
e socioemocionais – de atitudes e valores para “... resolver demandas complexas da
vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.” (BRASIL,
2018, p.55). Como base para todo o Brasil, as determinações do documento afir-
mam valores e propõem estímulos para contribuir na transformação da sociedade
(mais humana, socialmente justa e voltada para a preservação da natureza).

Importante dimensionar que as competências gerais apresentadas na B.N.C.C.


(BRASIL, 2018) se articulam com as etapas da Educação Básica (ensino infantil,
fundamental e médio) contemplando os conhecimentos humanos em áreas inte-
grando-se no desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e valores.
E desta forma consolida a L.D.B.E.N (BRASIL, 1996).

Assim, por exemplo, a quarta competência geral dimensiona que os processos


de aprendizagem na educação escolar visam à utilização de diferentes linguagens
- tais como a verbal, corporal, visual, sonora etc, como conhecimentos das lingua-
gens artística, matemática e científica para o indivíduo se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e facilitar
a produção de sentidos que levem à compreensão mútua. A compreensão que o
desenvolvimento da linguagem corporal manifesta na especificidade da educação
física, por exemplo, poderá também ser elemento de estratégia em outros compo-
nentes curriculares para estimular os indivíduos a aprenderem em outras dimensões
do conhecimento. Da mesma forma, a segunda competência geral que enfatiza o
exercício da curiosidade intelectual através da investigação, reflexão, e análise crí-
tica levando o aluno a resolver problemas no dia a dia passa a ser metodologia na
educação física, facilitando a compreensão de princípios básicos da aprendizagem
de habilidades motoras ou a compreensão do repertório corporal pela dança ou
ginástica na sociedade.

Importante é considerar que a Base é documento orientador que dimensiona a


diferenciação das comunidades escolares em todo o Brasil, não sendo um manual
a ser copiado simplesmente, mas sim, analisado e ampliado frente às necessidades
na construção do projeto pedagógico escolar.

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As finalidades do ensino fundamental na Educação Básica, tais como as competências
gerais pretendidas, devem nortear o planejamento do professor tanto nos estabeleci-
mentos de objetivos, como nos processos metodológicos. A dimensão da cultura corporal
ou relações com a educação física devem ser consideradas no ensino escolar por essas
finalidades rumo à formação do cidadão. Analise de que forma você faria isto. REVISE
também os “Parâmetros Curriculares Nacionais” (BRASIL, 1998) referentes à área por ter
representado uma orientação renovadora no final do século e ainda consolida de forma
crítica os fundamentos para uma educação física escolar significativa.

Na educação física escolar, a prática educativa implicaria nas decisões certeiras


de saber o quê, em qual momento e de qual forma ensinar. Porém, quem define
estas decisões? Há livros, manuais e receitas para a eficácia da prática de ensino
em educação física? Ou a decisão única é do professor?

Nos anos iniciais do ensino fundamental. a educação física deve ser contextuali-
zada nos significados de seus conhecimentos para as crianças de seis a nove anos
de idade. As potencialidades a serem desenvolvidas envolvem a necessidade de uma
programação pela educação do movimento permeada à educação pelo movi-
mento. Significa que os processos metodológicos no ensino da educação física nos
anos iniciais do ensino fundamental visam ao aprendizado de habilidades básicas
relacionadas à exploração e descoberta da motricidade. Aos alunos, organizam-se
tarefas motoras nos aspectos de valorizar a cultura corporal através de brincadeiras
que, de forma gradual, vão se ampliando em tarefas com mais componentes das
manifestações corporais em formas de jogos, atividades gímnicas ou do atletismo,
por exemplo, dimensionadas nas atividades adaptadas das manifestações dos es-
portes (ainda habilidades básicas para depois entrar na especificidade dos padrões
maduros de desenvolvimento motor).

Talvez você já tenha planejado processos de programas e atividades para este nível da Edu-
cação Básica. Os fundamentos do planejamento são os mesmos para as séries finais do
ensino fundamental, porém, a caracterização dos aprendizes são diferentes.

Na Lei de Diretrizes e Bases, a Educação Básica (BRASIL, 1996), o ensino


fundamental, deve preparar o aluno no sentido de transformá-lo em prol de suas
potencialidades – a finalidade de ensinar o aluno a aprender a aprender implica
em considerar as características psicológicas dos alunos em cada fase da sua vida,
nas dimensões físicas, biológicas, sociais e psicológicas. Da mesma forma que os
objetivos de aprendizagem são mais abrangentes no início da escolarização, ao
passar para o período das séries finais do ensino fundamental, estes passam a uma
complexidade maior.

Considerar quem são os alunos nas séries finais do ensino fundamental:

Nas séries finais do ensino fundamental, há de se considerar o período psicológico


do desenvolvimento de crianças que estão se tornando adolescentes, considerando

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Educação Física nos anos Finais do Ensino Fundamental da Educação Básica

a faixa etária de 10 a 14 anos. Se a criança do ensino fundamental, nas séries


iniciais, estava no período de crescimento físico marcante e desenvolvimento dinâ-
mico, além de aspectos significativos na dimensão cognitiva e social, na etapa final
do ensino fundamental o indivíduo se transforma em busca de formas diferentes de
aprendizado devido aos esquemas mais complexos nas dimensões comportamen-
tais humanas.

O repertório destes aprendizes muda de foco em relações a complexidades


de interesses que giram em torno da era tecnológica, consolidando na afirmação
de uma nova identidade, quer de implicações psicológicas ou sociais. Há um
desenvolvimento nos parâmetros físicos e biológicos que afetam transformações
comportamentais dos pré-adolescentes. Importantes considerações em relação a
isto devem ser pensadas nos requisitos pedagógicos para as decisões didáticas no
planejamento do ensino.

Por exemplo, a maturação biológica relacionada aos hormônios interfere nas


propriedades das habilidades comportamentais da motricidade, diferenciando os
interesses na prática da atividade física e suas relações com o gosto pelo esporte,
dança ou outras áreas do cotidiano dos pré-adolescentes. A maturação é fator im-
portante como processo subjacente a todo crescimento físico e às transformações
gerais do ser humano neste período de vida, o que irá repercutir no desenvolvimen-
to motor (BEE, 1998), tornando-se um princípio pedagógico para o professor de
educação física nas séries finais do ensino fundamental.

O universo de valores, atitudes, conceitos e procedimentos da cultura corpo-


ral de movimento é de relevância quanto à referência de sua identidade O quase
adolescente na transição do período inicial do ensino fundamental se mostra com
necessidades de afirmação social e autonomia na busca de estudos e pesquisas que
lhe interessam.

Na compreensão juvenil, os alunos estão numa construção diferenciada de suas


competências, habilidades e destrezas nas dimensões comportamentais, sociais e
intelectuais. Especialmente a construção de um novo agir passa pela área da corpo-
reidade, quer biológica, com transformações físicas, quer nos fatores psicológicos
em relação à imagem corporal, geralmente “...influenciados por modelos externos,
o jovem e o adolescente questionam a sua autoimagem em relação à beleza, ca-
pacidades físicas, habilidades, limites, competências de expressão e comunicação,
interesses etc” (BRASIL, 1998, p.82).

Na B.N.C.C de 2018, os alunos nos anos finais do ensino fundamental apre-


sentam maior capacidade de abstração e habilidades de estudos que possibilitam
maior aprofundamento para a compreensão das práticas corporais. As unidades
temáticas apresentadas no documento da B.N.C.C. se diferenciam dos blocos de
conteúdos dos documentos anteriores, como os P.C.Ns. Iremos dimensionar estes
aspectos em outra unidade desta disciplina. Mas, basicamente, nas séries finais, o
aluno terá acesso a um conhecimento mais aprofundado, ampliando habilidades
em todos os domínios para contextos como o do lazer e da saúde (BRASIL, 2018).

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Considerar o que é educação física enquanto componente curricular.

Você já tem os processos de concepção histórica da educação física brasileira. REVISE


estas considerações tanto nos aspectos filosóficos quanto nos didáticos e pedagógicos
da educação.

A educação física escolar para alunos de 10 a 14 anos tem dimensões diferencia-


das quando consideradas as fases de desenvolvimento motor e geral desses indiví-
duos. Há, portanto, implicações didáticas e pedagógicas na organização curricular
dos conhecimentos, influenciando os procedimentos de ensino e de avaliação no
planejamento. A B.N.C.C (BRASIL, 2018) apresenta de forma linear e até tecni-
cista, com detalhamento expressivo, os conteúdos por áreas temáticas que indubi-
tavelmente auxiliarão o professor de educação física na análise do que ensinar e o
como ensinar por séries e ciclos. Importante que a eficácia do planejamento e do
seu desenvolvimento dependerá da análise pelo mapeamento de quem são os alu-
nos e dos objetivos e metas do projeto da escola em todos os âmbitos educacionais.

A eficiência em relação ao que aprender em educação física não deve ter a di-
mensão conteudista (quantidade pela forma e não pela essência) ou de nível tecni-
cista (rendimento pela eficiência mecânica maximizada do gesto ou habilidade) na
escola. Os alunos devem aprender os significados e as formas das manifestações
do movimento corporal para construir processos que levarão para a sua qualidade
de vida. Nada adianta ter uma prática de atividade física esporádica se não houver
aprendizagem significativa para a vida relacionando com a integração de vários
domínios dos conhecimentos tanto nos aspectos motores como nos sociais, cogni-
tivos, dentre outros.

Importante, para ser significativa a aprendizagem, é o desenvolvimento da com-


petência e não a eficiência-rendimento. Até porque uma criança pode acertar uma
cesta no basquetebol por acaso sem ter a competência de diferenciar variações de
arremessos e lançamentos em situações variadas com objetivos diversos. Enquanto
que aquela que não acerta pode ter uma competência de conhecer o valor da prá-
tica de habilidades resolvendo problemas em situações diversas nas brincadeiras,
esportes ou outras formas, aprendendo mais nas relações em educação física em
grupos, contextos e saberes amplos.

Existe a questão da transmissão pura do patrimônio cultural como o esporte,


lutas ou a dança, porém somente requerer que os alunos repitam o que existe sem
desenvolver a experiência de ter a oportunidade de descobrir explorando possibi-
lidade nas ações e situações de aprendizagem escolar, de forma apropriada, com
motivação pelos processos didáticos de um professor-educador, não é educar no
sentido lato. As análises da prática de ensino nas escolas brasileiras ainda demons-
tram o desenvolvimento de processos que viabilizam práticas desportivas repetidas
e de forma reducionista, longe da consolidação de valores, significados e constru-
ções de compreensão da cultura corporal de movimento.

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Educação Física nos anos Finais do Ensino Fundamental da Educação Básica

Importante estabelecer os conteúdos da educação física, principalmente na fase


da pré-adolescência e adolescência no ensino fundamental, com o desenvolvimento
de habilidades, conhecimentos ou de hábitos que transformem a vida desses alunos
de modo permanente e consciente. LIBÂNEO (1994) relaciona que os conteúdos,
em qualquer disciplina ou área na escola, organizados didática e pedagogicamente,
são valores e atitudes no sentido de educar para o melhor. As críticas em relação
a professores de educação física que apenas permitem atividades rotineiras para
uma minoria do grupo de alunos em determinada turma, sem interferência em pro-
cessos positivos de aprendizagem significativa, repetindo conteúdos de rendimento
esportivo, inconsequentes nos processos de Educação Básica na escola, somente
demonstram a falta de compromisso educacional.

Analisando o foco do aprendizado das primeiras séries do ensino fundamental,


verifica-se que as crianças, desde a educação Infantil, exploraram e descobriram vá-
rias possibilidades com o seu corpo em relação ao espaço, objetos e pessoas; para
além da estrutura físico-biológica, o acervo motor aumentou para níveis mais madu-
ros (em termos de padrões básicos de movimentos que se tornam mais especifica-
mente habilidades, com metas mais orientadas e de definição de destrezas que vão
se especializando). Para esta compreensão, é importante verificar os fundamentos
da educação física escolar da fase da educação Infantil e das primeiras quatro séries
do ensino fundamental. Mais especificamente, para a compreensão dos níveis de
desenvolvimento e aprendizagem, ver textos básicos de fundamentos de aprendiza-
gem e desenvolvimento motor, como em GALLAHUE & OZMUN (2001).

A dinâmica em termos de metodologia é possibilitar que o aluno chegue à meta-


de da Educação Básica com o seu repertório motor próprio, tendo consciência da
cultura corporal, produção humana, mais estruturada em termos de conhecimento,
seja em experiências, situações do dia a dia, fatos e aplicações da atividade psico-
motora, habilidades motoras e destrezas para efetivar a busca de suas metas indivi-
duais na sociedade e na vida. As experiências em diferentes manifestações, desde
as conhecidas como as esportivas, atividades aquáticas, dança ou descobertas de
manifestações sequer praticadas no Brasil, levando a uma apropriação da cultura
humana. Tal como conhecimentos de outras áreas, o aluno sairá da educação bá-
sica com a apropriação de conhecimentos dimensionados aos valores para a saúde
e qualidade de vida, para o lazer ou para o trabalho.

Uma educação física que amplie as informações no sentido dos alunos au-
mentarem seu repertório de conhecimentos e não somente de práticas corporais.
Nas aulas, as vivências de gestos corporais, exercício físico ou destrezas de moda-
lidades esportivas, devem preconizar a consciência do prazer de se movimentar e
relacionar a uma educação permanente no sentido de vida e sociedade. As finalida-
des da educação física no ensino fundamental valorizam “o aprender a aprender”,
por estratégias dinâmicas de participação, de descobertas, estudos, pesquisas, por
meio de vivências, uso das tecnologias e apreciação de forma crítica.

No planejamento, o professor de educação física relaciona as metas e objetivos


com as etapas da aprendizagem além da dimensão da prática corporal. Ensinar

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os valores, significados de dimensão cognitiva e suas ligações sociais, políticas e
culturais em benefício da qualidade de vida, da sociedade para finalidades do lazer,
trabalho, vida social ou simplesmente o prazer de aprender. A integração às questões
culturais e sociais é significativamente mais eficaz para a educação física ter uma
missão, do que simples momentos de recreação ou “válvula de escape” para as
rotinas escolares. Simplesmente uma ação pedagógica tão importante como outras
da escolarização. Assim, atingindo os objetivos da Educação Básica: aprendizado
de conceitos, conhecimentos, atitudes, valores e procedimentos relacionados à
especificidade desta área.

Nas séries finais do ensino fundamental há de se considerar que o universo de


valores dos alunos em relação à cultura corporal passa por influências das experiên-
cias sociais que muitas vezes pode afastar os mesmos da prática de atividades físicas.

Planejamento de Ensino da Educação Física


nos Anos Finais do Ensino Fundamental
Como todo processo de planejamento, a visão macroscópica do trabalho docen-
te é o início de estabelecer relações acerca das finalidades da Educação.

Você já teve esta experiência nas bases teóricas de disciplinas de cunho peda-
gógico que orientaram as etapas e professos para planejar o ensino da educação
física. As ações apresentadas abaixo são as derivadas das orientações legais e das
teorias didáticas. Auxiliam a preparação para a prática de ensino – nas questões
de acompanhar o trabalho docente de professores em ação no cotidiano escolar.

Parte do mapeamento – conhecimento do contexto escolar em relação aos indiví-


duos envolvidos no processo de aprender através de estratégias e instrumentos que
são utilizados para estes procedimentos –, por exemplo, debates, reuniões, leituras
dos projetos pedagógicos e planos curriculares, orientando as tomadas de decisões
na sequência dos passos. Com estes procedimentos, o professor terá condições de
desenvolver seu plano de ensino, suas aulas e ou projetos de forma mais adequada.

Processo de Planejamento:

CONHECIMENTO DA REALIDADE - COMUNIDADE/ ESCOLA


CONTEXTO DA ESCOLA

DOCUMENTOS/ PLANOS/ PROJETOS - P.P AÇÕES

PLANO CURRICULAR/ PLANO DE


ENSINO/ PLANO DE AULA
E PROJETOS

Figura 2

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Educação Física nos anos Finais do Ensino Fundamental da Educação Básica

A ação do professor ainda está relacionada com muitas variáveis externas, que
são as bases teóricas ou linhas de processos que garantem a unidade nacional da
Educação Brasileira. Garantem que todos os direitos de processos de aprender se-
jam abrangentes e não ideias pessoais ou modismos sem articulação fundamentada
de estudos, debates e decisões democráticas. O fluxograma abaixo relaciona estes
processos. O processo de avaliação como etapa tem como objetivo a recondução
do planejamento (replanejar), buscando a eficácia da aprendizagem.

AÇÃO DO PROFESSOR

FUNDAMENTADO PELO
PROJETO PEDAGÓGICO

PLANO CURRICULAR (REFERENCIAL


DAS ORIENTAÇÕES DE LEGISLAÇÕES/
DIRETRIZES/ PCNs, BNCC

PLANO DE UNIDADES ( ÁREAS DAS DIARIAMENTE NO


TEMÁTICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA) COTIDIANO ESCOLAR
POR SÉRIE/ ANOS/ CICLOS.

PLANO DE PLANO DE AULA (SESSÃO DE


ENSINO ENSINO-APRENDIZAGEM)

REFLEXÃO AVALIAÇÃO & FEEDBACK

Figura 3 – Relações das ações do planejamento com os planos específicos

Para a efetivação do planejamento, o fluxo de tomadas de decisões é o mesmo


do processo das séries iniciais. Podem ser analisados no fluxograma a seguir os
caminhos, tarefas e projeção de fases para a eficácia do planejamento. Conse-
quentemente, o processo permite analisar e prever as ações tanto didáticas (como
ensinar), quanto aquelas relacionadas às necessidades dos alunos no contexto real
de ensino. No fluxograma há sugestões do repertório das manifestações corporais
de movimento – denominadas de objetos de aprendizado na nova B.N.C.C. (2018).

As variáveis são muitas, sendo o planejamento curricular a meta do “projeto pe-


dagógico da escola” – com a B.N.C.C. a sistematização é fixada em séries e etapas.
Importante é o replanejamento do professor quando analisa em suas percepções
que algo não está caminhando bem em relação à aprendizagem dos seus alunos.
Enfim, o plano curricular se origina de um planejamento em nível macroscópico
integrado às áreas de conteúdos da educação física, à metodologia do seu ensino
para as decisões do cotidiano escolar, ou seja, o plano didático do professor.

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PLANO CURRICULAR
EDUCAÇÃO FÍSICA

O QUE ENSINAR? ÁREAS DE CONTEÚDOS COMO ENSINAR?

MOVIMENTO CORPORAL
METODOLOGIA
* Abordagens de ensino

Movimentos corporais HABILIDADES MOTORAS Jogos e brincadeiras


terrestres, aéreos
e/ou aquáticos Ginástica
• Básicas e/ou
ATIVIDADES
Atividades DO ESPORTE
Dança Lutas/ Artes
rítmicas e
expressivas: com Marciais
o corpo, com Técnicas corporais:
instrumentos Yoga, Tai Chi,
Massagens

CRONOGRAMA DE TEMAS - PLANO DE ENSINO

Figura 4

Importante nas decisões do plano metodológico analisar que tanto os antigos


PCNs como a atual BNCC preconizam a centralização no aprendizado significa-
tivo. O reducionismo dos objetivos de máximo rendimento físico ou atlético ou a
pretensão de centralizar em atividades desportivas, limitando o repertório das ma-
nifestações corporais às quatro modalidades mais difundidas (futebol, basquetebol,
voleibol ou handebol) não se adéquam às necessidades dos alunos nas séries finais
do ensino fundamental.

O conhecimento da educação física nesta etapa da Educação Básica requer as


escolhas relacionadas à integração de objetivos conceituais atitudinais e não somen-
te aos procedimentais, característicos da educação física tradicional e tecnicista.
Quanto a esta preocupação, os P.C.Ns (1998) orientavam de forma dinâmica, valo-
rizando a educação física como uma área de conhecimento.

Como planejar para praticar o ensino, sessões de aulas na educação física do


ensino fundamental nas séries finais? Iremos apresentar os fundamentos para esta
resposta em unidade futura.

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UNIDADE Fundamentos Didáticos e Pedagógicos para a Prática de Ensino na
Educação Física nos anos Finais do Ensino Fundamental da Educação Básica

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
Para ensinar educação física: possibilidades de intervenção na escola
DARIDO, S.C. & SOUZA HJUNIOR, O.M.de. Para ensinar educação física:
possibilidades de intervenção na escola. 7. Ed. Campinas: Papirus, 2011.
O pensamento prático do professor – a formação do professor como profissional reflexivo
GÓMEZ, A. O pensamento prático do professor – a formação do professor como
profissional reflexivo. In: NÓVOA, António. (Coord.). Os professores e sua formação.
Lisboa: Dom Quixote, 1995. p. 93-114.

 Leitura
Proposta curricular de Educação Física do Estado de São Paulo – documentos 2008
https://bit.ly/2XXONSO
Metodologias de ensino para a educação física escolar
SILVA, M.A.C. da. Metodologias de ensino para a educação física escolar. IV- EnFEFE
– Encontro Fluminense de Educação Física Escolar.
https://bit.ly/2IRi7Hs

20
Referências
BRASIL, MINISTERIO DA EDUCAÇÃO. Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional nº 9.394/96. Brasília: Editora do Brasil, 1996. Disponível em: <http://
portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf>.

BRASIL, Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacio-


nais: Educação Física./ Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/
SEF, 1998. (vol. 8).

BRASIL, Diretrizes Curriculares Nacionais. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO,


CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, CONSELHO PLENO. RESOLUÇÃO
Nº 2, DE 1º DE JULHO DE 2015 - Define as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de forma-
ção pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a forma-
ção continuada.

BRASIL, Base Nacional Comum Curricular, 2018. Disponível em: <http://basena-


cionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/06/BNCC_EI_EF_110518_
versaofinal_site.pdf>.

BEE, H. A criança em desenvolvimento. São Paulo: Editora Harper & Row do


Brasil, 1977.

FREIRE, J.B. Da criança, do brinquedo e do esporte. Revista Motrivivência ,


jun. 1993, p. 22-29. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/
motrivivencia/article/view/15010/13690>.

GALLAHUE, D. L & OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento mo-


tor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 1. ed. São Paulo: Phorte, 2001.

LIBÂNEO, J.C., Didática. São Paulo: Cortez Editora, 1996.

PERRENOUD, P. Dix nouvelles compétences pour enseigner. Invitation on


Voyage, Paris, ESF, 1999.

ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

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