Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O Presente trabalho tematizou a população, abordando vários itens desde dos factores da
distribuição da população mundial e moçambicana, passando dos fluxos migratórios atem a
estratégia do III congresso da frelimo no que tange a agricultura. O homem é o animal que dentre
vários, melhor e com facilidades consegue adaptar-se a diversos ambientes. Mesmo assim, nem
sempre tem sido uma tarefa fácil essa mesma adaptação, devido às variações climáticas,
geomorfológicas. Eis que existem meios geográficos com muita densidade/concentração
populacional e outros com fracos aglomerados populacionais. Ou seja, à escala planetária, a
distribuição da população é desigual, o que é motivado por diferentes factores que se combinam,
criando condições atraentes ou repulsivas. Paralelamente ao que se verifica noutras nações do
mundo, a população Moçambicana está distribuída de forma desigual, estando na origem desse
fenómeno os factores físicos e sócio – económicos que interagem para atracção e repulsão
populacional. A população moçambicana está distribuída de forma desigual devido a vários
factores físico naturais e sócio económicos. Os factores sócio económicos que mais se
notabilizam são as guerras do passado, o maior ou menor desenvolvimento da agrícola, da
indústria, dos transportes e outros factores humanos, também estão na origem dos grandes
assentamentos humanos Contudo, actualmente existe uma vontade política de forma a diminuir a
pressão populacional sobre os locais considerados atractivos para ao mesmo tempo desenvolver
outras áreas remotas ou cidades menos povoadas e ricas em recursos, para diminuir as
assimetrias regionais que o país observou nos últimos anos.
A mobilidade das populações é um fato reconhecido ao longo da história, no entanto, na era
moderna, diversos fatores contribuíram para o seu aumento. Os avanços na tecnologia da
comunicação que facilitam as viagens; a comercialização entre países, incluindo o efeito do
intercâmbio resultante da globalização; a instabilidade política, pobreza e desemprego em países
economicamente desfavorecidos são, entre outros, fatores que contribuem para este fenómeno. A
mobilização das populações costuma ter uma ampla variedade de repercussões nas pessoas que
emigram, bem como nas populações onde estas se estabelecem. Estes efeitos podem ser tanto no
âmbito sociocultural como na saúde pública. A emigração pode ser voluntária e planejada ou
forçada, mas em ambos os casos é um evento estressante na vida de quem a vivencia.
1
Distribuição da população mundial e de Moçambique
Em 1990, a população absoluta do Globo foi estimada em cerca de 5300 milhões de habitantes, o
que, considerando toda a superfície emersa no nosso planeta, nos dá uma densidade demográfica
da ordem dos 35,6habitantes por quilómetro quadrado. Porém, estes números pouco nos dizem
face aos enormes contrastes da repartição da humanidade à superfície da Terra. De facto,
qualquer mapa de distribuição da população no mundo põe facilmente em evidência as grandes
disparidades, desde vastas regiões que são autênticos «formigueiros humanos», onde a densidade
atinge mais de 1000 habitantes por quilómetro quadrado, até extensas áreas que não passam de
verdadeiros desertos demográficos, onde a densidade é inferior a 1 habitante por quilómetro
quadrado. NANJOLO (2004, p. 53)
Cerca de 80% da população mundial ocupam somente 20% das terras emersas e apenas cinco
países detêm, no seu conjunto, cerca de 5662 milhões de habitantes (50,2% do total do Globo): a
China (cerca de 1125 milhões), a India (cerca de 820 milhões), ex. URSS (cerca de 287 milhões),
os Estados Unidos (cerca de 250 milhões) e a Indonésia (180 milhões).
O Clima
Regra geral nas regiões de climas temperados e subtropicais, isto é, nos climas mais moderados,
situam-se grandes concentrações humanas e nas regiões de climas frios desérticos, tropicais e
equatorial, a população é mais escassa ou mesmo inexistente. O clima exerce uma influência
considerável na distribuição da população devido aos obstáculos físicos que impõe ao organismo
humano.
O organismo humano adapta-se às condições ambientais, mas apenas dentro de certos limites.
Nas regiões polares, a temperatura baixa para além desses limites; nos desertos, falta a água e a
humidade necessárias à sobrevivência, isto aliado a altas temperaturas (que não é raro
ultrapassarem os 40º C) e a fortes amplitudes térmicas diurnas anuais nas regiões tropicais,
quentes e húmidas, com chuvas abundantes durante a maior parte do ano (e por isso cobertas de
densas florestas) também não há condições favoráveis ao organismo humano. O Homem e os
2
animais são frequentemente atacados por doenças endémicas. Mas o clima tem também uma
influência indirecta sobre a distribuição da população, na medida em que condiciona os bons e os
maus anos agrícolas, constituindo assim um factor predominante da produtividade. Embora com
os progressos técnicos o Homem se vai libertando, em parte das limitações climáticas
(aquecimento, ar condicionado, combate as doenças), o factor clima continua a ser o menos
modificável pela acção humana.
O Relevo
Repare que as grandes cadeias de montanhas constituem regiões de fraca densidade
populacional. Mais de 80% da humanidade vive abaixo dos 500 metros de altitude e apenas 8,5%
vive acima dos 1000 metros. À medida que aumenta a altitude diminui a temperatura, a pressão
atmosférica e a quantidade de oxigénio, fenómenos suficientes para provocar transtornos no
organismo humano reduzindo as suas capacidades físicas.
A prática da agricultura torna-se difícil, não só em resultado das baixas temperaturas, mas
também do acidentado dos terrenos e da pobreza dos solos, frequentemente arrastados pelas
águas de escorrência. De uma forma geral, as regiões montanhosas constituem obstáculos à
permanência das actividades humanas e a construção de obras humanas. Os Himalaias, as
montanhas rochosas e cordilheira dos Andes são grandes vazios humanos – embora na
cordilheira andina possam surgir aglomerações populacionais muito mais densas acima dos 3600
metros como La paz na Bolívia, excepções que resultaram de adaptações fisiológicas das
populações ás condições de vida difíceis nas altas
O Solo
O solo é uma película frágil da qual depende a produção alimentar que sustenta os seres vivos.
As áreas onde o intenso trabalho de sucessivas gerações conseguiram transformar solos pouco
férteis em terras produtivas, são normalmente focos de densidade populacional elevada. Os vales
fluviais, as planícies aluviais e os deltas de muitos rios, para além de constituírem áreas de
concentração populacional por excelência, pois a produtividade agrícola é muito elevada, são
também eixos de circulação e de trocas privilegiados. Nas regiões áridas ou de solos pobres e
pedregosos são áreas onde a densidade populacional é muito baixa. SEMEDO (1999, p. 32)
3
A vegetação
As densas e extensas florestas constituem em regra ambientes repulsivos, de difícil ocupação,
pelo que se verifica uma grande rarefacção da população. Nas florestas equatoriais a conjugação
das temperaturas e de precipitações elevadas contribuem para uma humidade atmosférica muito
elevada, propicia à proliferação de doenças e a insalubridade do ambiente.
A Riqueza do Subsolo
A localização de certos recursos do subsolo (minerais e energéticos) tem constituído um factor
de atracção das actividades económicas, provocando a formação de grandes aglomerados
populacionais. O carvão, por exemplo, atraiu diversas indústrias para junto das áreas de
extracção, provocando a formação de grandes aglomerados humanos no fim do século XVIII e
ao longo do século XIX, como aconteceu, por exemplo, nas bacias hulheiras da Inglaterra, do
Norte da França e do Ruhr (Alemanha). A exploração do ferro e outros metais tem efeitos
semelhantes e explica a elevada densidade demográfica em muitas outras regiões do mundo ou
simplesmente o povoamento de muitas outras que antes eram praticamente desabitadas devido às
condições adversas do clima. Estão neste caso, por exemplo, algumas zonas do Norte do Canadá,
da Sibéria, e do deserto australiano.
A corrida ao ouro nos Estados Unidos explica, em parte, o povoamento do Oeste americano, do
mesmo modo que muitos centros populacionais siberianos e do Norte da Suécia devem o seu
nascimento à exploração mineira. Nos desertos de Sara e da Arábia, embora constituindo
ambientes extremamente repulsivos, o aparecimento e exploração de grandes jazigos de petróleo
e gás natural determinaram também o aparecimento de pequenos mas numerosos aglomerados
populacionais.
4
água é fácil. Muitas cidades tiveram a sua origem na proximidade de rios, nos seus estuários ou
na convergência de bacias hidrográficas, já que estas áreas constituem vias de comunicação
naturais por excelência.
Factores Humanos
Depois de analisarmos os factores naturais que influenciam a distribuição da população,
passaremos a abordar sobre os factores que têm a ver com o Homem. Constituem factores
humanos da distribuição da população os seguintes:
5
continuarem a contribuir para concentração populacional de novas áreas economicamente
atractivas.
6
Factores de ordem físico-naturais
Maus solos e climas
Calamidades naturais (secas, cheias e tempestades)
Esgotamento de solos
Desertificação
Disponibilidade de água
Pragas agrícolas
Disponibilidade de vegetação
Sismos e vulcões.
7
para reconstruírem as suas economias. Entre décadas de 1950 e 1990 verificou-se emigrações
massivas para ex. RDA e RFA dos habitantes de Sul da Europa e África. Hoje em dia, o cenário
mudou devido as reacções de carácter étnico, religioso e subida ao poder de regimes
democráticos. De forma mais resumida, temos o seguinte.
Aumento da mão-de-obra
Aumento de natalidade e fecundidade
desequilíbrio na estrutura demográfica
falta de habitação
desemprego
aumento da criminalidade, marginalidade, mendicidade, prostituição e delinquência
trabalho e prostituição infantil
surgimento de bairros de latas e clandestinos.
Densidade populacional
Uma densidade populacional corresponde ao número de habitantes por quilómetro quadrado e
obtém-se dividindo a população absoluta pela superfície por ela ocupada. Segundo INE (2007)
8
dados colhidos do III RGPH, indicam que a população Moçambicana está ajustada em 22,4
milhões de habitantes, ocupando uma área de 799.380 km2 e com uma densidade populacional
estimada em 28 hab. /Km2. A taxa de crescimento da população é de 2.4%, com uma população
urbana calculada em 31.5%. Como se pode depreender os centros urbanos estão densamente
ocupados, e esta ocupação se realiza de forma espontânea, um fenómeno que faz com que a
densidade populacional seja cada vez maior nestes locais.
9
Observa-se a especialização de culturas de rendimento, sendo evidente a prática da
monocultura.
Predomínio da do sistema intensivo e extensivo da produção
Especialização, mecanização e o carácter cientifico da Produção
Pedológicos
O solo constitui o suporte muito importante para o desenvolvimento das plantas. E como deve
estar a imaginar, os solos são formados por uma variedade de minerais e de substâncias
orgânicas, e de acordo com a sua composição física e química eles estão estreitamente ligados ao
clima e a cobertura vegetal, bem como a sua aptidão para o cultivo de diferentes tipos de
culturas, podendo variar significativamente. No nosso país os solos mais apropriados a culturas
alimentares e ou de rendimento podem ser localizados na zona centro e norte, pois possuem os
elementos de clima acima descritos.
Sócio – económicos
Este factor é importante na medida em que a mão-de-obra, o capital disponível, as maquinas, os
meios de transporte são os factores determinantes para o desenvolvimento da agricultura.
10
Sócio – cultural
- Importa também sublinhar que os hábitos alimentares de uma comunidade conduzem a
selecção de culturas, assim como a maneira como esta comunidade adquire a terra, quer
comprando, quer arrendando ou mesmo herdando.
11
Cooperativas agrícolas (o campesinato eram trabalhadores sazonais)
O estado começou a expropriar terras dos camponeses que tinham terras com boa fertilidade
para fazer machambas de cooperativas.
Importava maquinaria e insumos sem manutenção
Quando a produção baixasse, o estado expropriava mais as terras dos camponeses.
As machambas não conseguiam satisfazer as necessidades das cooperativas, do consumo
nacional e exportação porque dependiam essencialmente das condições naturais. O campesinato
não tinha uma estrutura rígida, as cooperativas não tinham noção de gestão e contabilidade e não
existia capacidade de gerência.
12
Conclusão
Desigualdades sociais e políticas, bem como outros fatores, levam à migração. Na medida em
que estas situações persistam nos países economicamente desfavorecidos, continuaremos
observando o aumento destes deslocamentos populacionais, representando um desafio para os
países que os recebem. São necessários esforços coordenados entre os países para buscar
soluções para este problema complexo. Nesta situação, organizações internacionais, como a
OIM, podem desempenhar um papel preponderante. Esta organização se norteia pelo princípio
de que a migração, de forma ordenada e sob condições humanitárias, beneficia a sociedade e aos
próprios migrantes. Além disso, enfrenta os diversos desafios estabelecidos pela gestão da
migração no nível operativo, incentiva a compreensão dos assuntos migratórios, estimula o
desenvolvimento social e econômico e assegura o respeito da dignidade humana e o bem-estar
dos migrantes.
A mobilização das populações costuma ter uma ampla variedade de repercussões nas pessoas
que emigram, bem como nas populações onde estas se estabelecem. Estes efeitos podem ser
tanto no âmbito sociocultural como na saúde pública. A emigração pode ser voluntária e
planejada ou forçada, mas em ambos os casos é um evento estressante na vida de quem a
vivencia.
As pessoas que emigram levam consigo sua própria cultura, hábitos, costumes, religião, crenças
e estados de saúde, sendo alguns destes geneticamente preestabelecidos. Do ponto de vista
social, o emigrante tem de adotar um novo ambiente social e cultural que o pode levar a redefinir
seu sistema de valores. A perda das redes de apoio social e o isolamento ou marginalização,
aliados à dificuldade de adaptação a culturas e valores diferentes aos de seu lugar de origem,
podem dificultar o processo de aculturação. Outras variáveis sociais que podem agravar este
processo são
A emigração pode ocasionar certas mudanças nos hábitos dos emigrantes como: o regime
alimentar, consumo de álcool e cigarros e atividades físicas que podem ter consequências diretas
em sua saúde física. Isto pode ocasionar mudanças nos padrões de morbidade. Por outro lado, os
emigrantes podem estar expostos à aquisição de novas doenças endêmicas da população para
onde imigraram e para as quais eles não têm imunidade adquirida.
13
Bibliografia
14