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POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ

ESTADO-MAIOR
3ª SEÇÃO

DIRETRIZ Nº 008/2015

"CONTROLE, SEGURANÇA E EMPREGO DE INSTRUMENTOS


NÃO LETAIS NO ÂMBITO DA PMPR.”

CURITIBA
2015
PUBLICADA NO BG Nº 001/2016, datado
de 4 de janeiro de 2016.
P MPR CURITIBA, PR, 21 DE SETEMBRO DE 2015.
EM
PM/3 DIRETRIZ Nº 008/2015 - PM/3.
________________________________________________________________________________

“CONTROLE, SEGURANÇA E EMPREGO DE INSTRUMENTOS


NÃO LETAIS NO ÂMBITO DA PMPR”

1. FINALIDADE

Estabelecer as normas gerais sobre segurança, instrução, emprego operacional,


distribuição, armazenamento, descarga e logística reversa de instrumentos não letais,
também chamados de Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo (IMPO) no âmbito da
Polícia Militar do Paraná.

2. REFERÊNCIA
a. Constituição da República Federativa do Brasil;

b. Constituição do Estado do Paraná;

c. Lei Federal nº 13.060, de 22 de dezembro de 2014- Disciplina o uso de


instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública em todo
o território nacional;

d. Lei Estadual nº 16.575, de 28 de setembro de 2010- Lei de Organização Básica


da PMPR (LOB PMPR);

e. Decreto Federal nº 3.665, de 20 de novembro de 2000- Regulamento para


Fiscalização de Produtos Controlados (R-105);

f. Decreto Estadual nº 1.238, de 4 de maio de 2015- Normaliza e padroniza o uso


de instrumentos de menor potencial ofensivo pelos operadores de segurança pública;

g. Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela


resolução nº 217 A (III), da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 10 de dezembro
de 1948;

h. Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei,


adotado pela Assembleia Geral das Nações Unidas na sua Resolução nº 34/169, de 17
de dezembro de 1979;
DIRETRIZ Nº 008/2015 (Controle, Segurança e Emprego de Instrumentos Não Letais no Âmbito da PMPR) Fl.2

i. Princípios Básicos sobre o Uso da Força e Armas de Fogo pelos Funcionários


Responsáveis pela Aplicação da Lei, adotados pelo Oitavo Congresso das Nações
Unidas para a Prevenção do Crime e o Tratamento dos Delinquentes, realizado em
Havana, Cuba, de 27 de agosto a 7 de setembro de 1999;

j. Portaria Interministerial nº 2, de 15 de dezembro de 2010, SEDH/MJ, que


estabelece as Diretrizes Nacionais de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos dos
Profissionais de Segurança Pública;

k. Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de dezembro de 2010, SEDH/MJ, que


estabelece as Diretrizes sobre o Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública;

l. Resolução nº 06 de 18 de junho de 2013 (Dispõe sobre recomendações do


Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana para garantia de direitos humanos
e aplicação do princípio da não violência no contexto de manifestações e eventos
públicos, bem como na execução de mandados judiciais de manutenção e reintegração
de posse);

m. Manual de Diretrizes Nacionais para Execução de Mandados Judiciais de


Manutenção e Reintegração de Posse Coletiva, editado pelo Departamento de
Ouvidoria Agrária e Mediação de Conflitos do Ministério do Desenvolvimento Agrário;

n. Diretriz nº 004, de 16 de junho de 2000- Diretriz Geral de Planejamento e


Emprego da PMPR;

o. Diretriz nº 004, de 18 de setembro de 2015- Uso Seletivo ou Diferenciado da


Força pela PMPR;

3. OBJETIVOS

a. Estabelecer normas gerais sobre segurança, instrução, emprego operacional,


distribuição, armazenamento, descarga e logística reversa dos materiais não letais no
âmbito da Polícia Militar do Paraná;

b. Reduzir, por meio do emprego tático de materiais não letais, os casos de uso da
força física direta nas intervenções policiais;
DIRETRIZ Nº 008/2015 (Controle, Segurança e Emprego de Instrumentos Não Letais no Âmbito da PMPR) Fl.3

c. Difundir no âmbito da PMPR a doutrina atinente ao emprego de instrumentos não


letais ou de menor potencial ofensivo, como recurso tático do uso seletivo ou
diferenciado da força;
d. Reforçar a necessidade do estabelecimento de um adequado nível de
treinamento da tropa, tanto pela preparação individual como também pela preparação
coletiva, visando a eficiência no uso correto dos instrumentos não letais ou de menor
potencial ofensivo;
e. Buscar, por meio da correta utilização dos instrumentos não letais, a
consagração de uma doutrina voltada a evitar, sempre que possível, o uso da força letal
nas ocorrências policiais;
f. Intensificar no âmbito da PMPR a cultura de preservação e valorização da vida e
dos demais direitos fundamentais elencados na Constituição da República Federativa
do Brasil.

4. EXECUÇÃO

a. Conceitos Básicos:

1) Agentes Químicos:

São substâncias que, por suas atividades químicas, produzam, quando


empregadas para fins policiais, um efeito tóxico, fumígeno ou incendiário.

2) Não Letal:
É o conceito que engloba armas, munições, equipamentos, técnicas e
tecnologias voltadas a conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas,
utilizados com o intuito de preservar vidas e minimizar danos à integridade de pessoas,
à propriedade e ao meio ambiente.

3) Técnicas Não Letais:


Conjunto de procedimentos empregados em intervenções que demandem o
uso da força por meio do emprego de instrumentos de menor potencial ofensivo, com
intenção de preservar vidas e minimizar danos à integridade das pessoas.
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4) Tecnologias Não Letais:

São os conhecimentos científicos afetos à produção, à forma de emprego,


aos efeitos e à aplicabilidade de armas, munições, equipamentos ou outros
instrumentos não letais ou de menor potencial ofensivo.

5) Arma Não Letal/Arma de Menor Potencial Ofensivo:

Armas projetadas e/ou empregadas especificamente com a finalidade de conter,


debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas, preservando vidas e minimizando
danos à sua integridade;

6) Equipamentos Não Letais/Equipamentos de Menor Potencial Ofensivo:

Todos os artefatos, excluindo armas e munições, desenvolvidos e empregados


com a finalidade de conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas,
preservando vidas e minimizando danos à sua integridade;

7) Equipamentos de Proteção:

Todo dispositivo ou produto de uso individual (EPI) ou coletivo (EPC), destinado


à redução de riscos à integridade física ou à vida dos Militares Estaduais.

8) Instrumentos ou Materiais Não Letais/de Menor Potencial Ofensivo:

Conjunto de armas, munições e equipamentos desenvolvidos com a finalidade


de preservar vidas e minimizar danos à integridade das pessoas, utilizados para, com
baixa probabilidade de causar mortes ou lesões permanentes, conter, debilitar ou
incapacitar temporariamente pessoas.

9) Munições Não Letais/Munições de Menor Potencial Ofensivo:

São as munições projetadas e empregadas especificamente para conter,


debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas, preservando vidas e minimizando
danos a integridade das pessoas envolvidas.
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b. Emprego:

1) A utilização de instrumentos não letais ou de menor potencial ofensivo no


âmbito da PMPR fica condicionada ao atendimento dos princípios da legalidade,
necessidade, proporcionalidade, moderação, conveniência, à adequada e prévia
habilitação do operador, e ainda, à especialidade da Unidade Policial Militar;

2) O emprego de instrumentos não letais ou de menor potencial ofensivo pela


polícia só é admitido nas situações em que outros meios menos severos não forem
suficientes para se atingir o objetivo legítimo de garantia da ordem pública;

3) A utilização dos instrumentos não letais ou de menor potencial ofensivo tem


por finalidade preservar vidas e minimizar danos à integridade de pessoas, sendo
empregados para, com baixa probabilidade de causar mortes ou lesões graves, conter,
debilitar ou incapacitar temporariamente o agressor ou resistente à ordem legal;

4) As atividades que envolvem o trato direto com instrumentos não letais ou de


menor potencial ofensivo, tais como aquelas compreendidas pela manipulação,
manuseio, estocagem, transporte e a utilização para fins de instrução, são atividades
consideradas de risco e exigem conhecimento especializado, devendo ser
desenvolvidas exclusivamente por Militares Estaduais especialistas;

5) O Militar Estadual que manipula ou manuseia instrumentos não letais ou de


menor potencial ofensivo deve conhecer as técnicas e também os riscos decorrentes da
atividade, incumbindo-lhe a adoção de todas as providências necessárias à
prevenção de acidentes e à correta utilização dos materiais;

6) Nas atividades operacionais, caso o comandante de fração não seja


habilitado para operação com instrumentos de menor potencial ofensivo, o mesmo
deverá identificar, incontinenti, quais são os Militares Estaduais sob seu comando que
são detentores de especialização ou habilitação para operação com os IMPO, sendo
atribuída a estes, a responsabilidade pelo correto emprego técnico dos materiais;
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7) A habilitação dos Militares Estaduais para a utilização de IMPO se dará nos


seguintes termos:

a) Habilitação Geral:
(1) Habilita o Militar Estadual a atuar como operador e também como
instrutor de cursos de especialização e/ou capacitação para emprego de IMPO;
(2) Engloba o emprego de todos os instrumentos não letais ou de
menor potencial ofensivo utilizados pela Corporação;
(3) Exclusiva dos Militares Estaduais possuidores do Curso de Controle
de Distúrbios Civis (CCDC) ou Curso de Operações Especiais (COEsp) realizados na
PMPR, bem como cursos equivalentes, realizados em outras Instituições Policiais;
(4) A Habilitação Geral exige a permanente atualização do Militar
Estadual no que diz respeito aos avanços tecnológicos e às novas táticas e técnicas
afetas à utilização dos Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo pela Polícia.

b) Habilitação Específica:
(1) Categoria Operador / Nível Unidades Especializadas:

(a) Exclusiva dos Militares Estaduais pertencentes ao Batalhão de


Operações Especiais, às Companhias e Pelotões de Choque das Unidades do Interior,
e ainda, ao Batalhão de Polícia Militar de Fronteira;

(b) A habilitação se dará de acordo com capacitação específica


realizada no âmbito de cada uma das referidas OPMs, atendidas as particularidades
afetas às missões e funções desempenhadas pelo Militar Estadual;

(c) O Comandante da OPM Especializada deverá estabelecer


critérios para a habilitação em determinados instrumentos de menor potencial ofensivo.
Por exemplo: só deverão ser habilitados ao emprego e utilização de granadas
explosivas, aqueles Militares Estaduais que efetivamente desempenhem a função de
lançadores de granadas, o mesmo devendo ocorrer em relação a outros IMPO, em
especial aqueles que demandam uma maior especialização para seu emprego e
utilização;
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(d) Em todos os casos será publicada em Boletim Interno da OPM


a relação do efetivo e a respectiva habilitação para emprego e utilização de IMPO.

(2) Categoria Operador / Nível Policiamento Ostensivo Geral:

(a) Refere-se à habilitação para utilização de munições de impacto


controlado, espargidores e dispositivos elétricos incapacitantes:

(b) Exclusiva dos Militares Estaduais possuidores do curso de


capacitação específico do IMPO;

(3) Todas as capacitações (Habilitação Específica) realizadas


anteriormente à data da publicação da presente Diretriz deverão ser validadas mediante
publicação em Boletim Interno da OPM, onde deverá constar a data da capacitação, o
nome do Instrutor, a carga horária do curso ou instrução, bem como a relação nominal
do efetivo e a respectiva habilitação.

8) É vedada a utilização de qualquer tipo de armamento, equipamento ou


munição não letal ou de menor potencial ofensivo sem que o operador possua a devida
especialização (CCDC, COEsp, outros cursos equivalentes realizados em Instituições
Policiais) ou habilitação (curso de capacitação específico);

9) Compete à Diretoria de Ensino e Pesquisa (DEP), sob o assessoramento do


Batalhão de Operações Especiais (BOPE), o reconhecimento de cursos de
especialização realizados em outras instituições policiais e que sejam equivalentes aos
cursos de especialização realizados no âmbito da PMPR para o emprego dos materiais
não letais, e ainda, a gestão necessária à realização de cursos, no âmbito da
Corporação, voltados à especialização e à capacitação de Militares Estaduais da
PMPR, para o correto emprego/uso dos IMPO.

c. Critérios para utilização dos Instrumentos de menor Potencial Ofensivo:

1) Integrantes do Batalhão de Operações Especiais, Batalhão de Polícia


Militar de Fronteira, Companhias e Pelotões de Choque das Unidades do Interior:
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a) Todos os Instrumentos Não Letais ou de Menor Potencial Ofensivo:

Desde que o Militar Estadual possua o Curso de Controle de Distúrbios


Civis ou o Curso de Operações Especiais realizados na PMPR, ou cursos equivalentes,
realizados em outras Instituições Policiais.

b) Instrumentos Não Letais ou de Menor Potencial Ofensivo Específicos:

Conforme a missão desempenhada pelo Militar Estadual, em


conformidade com a capacitação específica que será realizada no âmbito da OPM
Especializada.

2) ROTAM e ROCAM:

a) Munições de impacto controlado, espargidores e dispositivos elétricos


incapacitantes, desde que o Militar Estadual possua o curso de capacitação específico
ao emprego de cada um dos referidos IMPO;

b) Quanto aos demais IMPO, somente poderão ser utilizados por ROTAMs
de OPMs do Interior onde não exista Subunidade de Polícia de Choque, ocasião em
que a ROTAM deverá receber treinamento para atuação em ações e operações de
polícia de choque, bem como capacitação específica para eventual emprego de
granadas de alta emissão, granadas explosivas e outros materiais. Neste caso,
preferencialmente o Comandante da ROTAM deverá possuir o Curso de Controle de
Distúrbios Civis ou equivalente, desde que realizado em Instituição Policial;

3) Militares Estaduais em Geral:


Espargidores individuais e dispositivos elétricos incapacitantes, desde que o
Militar Estadual possua o curso de capacitação específico.

d. Operação com Agentes Químicos:

1) Os agentes químicos utilizados para incapacitação temporária de indivíduos


agressivos, em Operações de Choque e Operações Especiais, devem pautar-se nos
seguintes critérios:
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a) Somente ser empregados depois de esgotada a possibilidade de


resolução do conflito por meio da verbalização;

b) Visam evitar o embate físico direto do policial com o oponente, reduzindo


as chances de ocorrência de lesões graves e o uso da força letal;

c) Sua utilização em locais fechados como estádios de futebol,


estabelecimentos prisionais e outros locais onde exista aglomeração de multidões
deverá ser muito bem avaliada pelo Comandante da Operação e/ou Comandante de
fração de tropa envolvida, pois poderá gerar tumultos e até mesmo casos de
pisoteamentos ou quedas de nível, devido ao pânico e à tentativa desesperada de fuga
das pessoas expostas ao agente químico;

d) Quanto aos espargidores, podem ser utilizados em ocorrências policiais


em que ocorra resistência física ao cumprimento de ordem legal, sendo normalmente
empregados com o objetivo de evitar o uso de instrumentos de contenção mais
severos, como o bastão, munições de elastômero e outros;

e) Não deverão ser utilizados quando existir a possibilidade de atingir


hospitais, postos de saúde, asilos, creches, escolas ou outros locais indesejados.

2) Recomendações de descontaminação afetas aos principais agentes


químicos utilizados pela PMPR:

a) Descontaminação para os casos de exposição ao Agente Químico CS


(ortoclorobenzalmalononitrilo):

(1) retirar a pessoa do local onde ocorre a contaminação;


(2) procurar uma área arejada ou onde haja incidência de vento (quanto
maior a quantidade de vento mais rápida será a descontaminação);
(3) lavar a área afetada com água fria em abundância, sobretudo a região
dos olhos, rosto e mãos (nunca utilizar água quente);
(4) retirar as roupas contaminadas;
(5) não passar pomada ou qualquer outro tipo de substância na pele;
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(6) não ingerir líquidos imediatamente após a contaminação (aguardar no


mínimo 15 minutos);
(7) não esfregar a pele e os olhos com as mãos, visto que este
procedimento aumentará a contaminação;
(8) atendimento médico, em caso de reações mais severas.

b) Descontaminação para os casos de exposição ao Agente Químico OC


(oleoresina de capsaicina- gás pimenta):

(1) retirar a pessoa do local onde ocorre a contaminação;


(2) retirar o excesso do agente químico do rosto e lavá-lo com sabão
neutro;
(3) lavar a área afetada com água fria em abundância, sobretudo a região
dos olhos, rosto e mãos (nunca utilizar água quente);
(4) levar a pessoa até um local arejado e, se possível, onde haja vento;
(5) retirar as roupas contaminadas;
(6) não passar pomada ou qualquer outro tipo de substância na pele;
(7) não ingerir líquidos imediatamente após a contaminação (aguardar no
mínimo 15 minutos);
(8) não esfregar a pele ou coçar os olhos com as mãos;
(9) lavar as mãos sempre que ocorrer qualquer manipulação do agente;
(10) retirar imediatamente lentes de contato;
(11) atendimento médico, em casos mais graves.

3) Fatores técnicos a serem considerados na utilização dos IMPO:

a) Espargidores:

(1) Só deve ser utilizado após esgotamento das negociações verbais,


antecedendo o uso da força física direta, do emprego do bastão e das armas de fogo;
(2) A direção do vento, a distância mínima e máxima em relação ao
agressor, região do corpo a ser atingida (sempre no rosto), fatores que possam
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potencializar os efeitos (se o oponente estiver molhado, a combinação com outros


agentes químicos e a presença de calor ou fogo).

(3) Os efeitos dos agentes químicos em pessoas idosas, gestantes,


crianças pequenas, pessoas com problemas respiratórios e até mesmo nascituros pode
ser potencializado, causando danos indesejados à saúde dessas pessoas.

b) Granadas explosivas:

(1) A distância mínima e máxima de segurança em relação ao operador e


ao agressor/resistente, a presença de pessoas alheias aos atos de violência ou
pessoas vulneráveis, locais com concentração de gases no ar que possam provocar
explosão e a constituição do solo (pedregoso ou de fácil combustão);

(2) Em hipótese alguma poderão ser transportadas em bolsos de coletes


táticos ou penduradas junto a áreas vitais do corpo, pois, caso venham a ser atingidas
por disparos de armas de fogo, poderão explodir e causar sérias consequências ao
operador;

(3) Granadas explosivas que não concluírem o processo de deflagração,


conhecidas como UXO (artefatos falhados) ou “tijolos quentes”, não devem ser
manuseadas. O procedimento correto é acionar um Militar Estadual especialista em
CDC, Operações Especiais ou Técnico Explosivista integrante do Esquadrão Anti-
Bombas da PMPR, para que seja realizada a desativação completa do material
explosivo.

c) Granadas de alta emissão (fumígenas de CS):

A direção do vento, a constituição do solo (vegetação com risco de


incêndios), fatores que possam potencializar os efeitos (umidade do ar, a combinação
com outros agentes químicos, principalmente de fumaça proveniente de incêndios) e a
proximidade de escolas, creches, hospitais, asilos e locais com material de fácil
combustão. Deve-se evitar o lançamento desse tipo de granada em dias chuvosos.
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d) Granadas Fumígenas de Sinalização:

Utilizadas normalmente em operações especiais para fins de sinalização.

e) Granadas Fumígenas de Cobertura:

Utilizadas normalmente em operações especiais para fins de facilitar a


movimentação tática da força policial no terreno e ocultar seu posicionamento;

f) Munições químicas de lançamento (longo alcance):

Além dos cuidados citados para as granadas de alta emissão, deverá ser
observada a configuração do terreno, assim como as possíveis zonas de impacto, a fim
de evitar que áreas indesejadas sejam atingidas.

g) Munições de impacto controlado (elastômero/outras):

(1) A distância mínima e máxima em relação ao operador e ao agressor, a


identificação precisa do alvo e a região corporal a ser atingida (sempre na região das
pernas), a presença de pessoas alheias aos atos de violência ou pessoas vulneráveis;

(2) Não devem ser disparos acima da linha da cintura. Disparos na região
do baixo ventre (região pélvica), no tórax ou na cabeça são proibidos, pois podem
provocar graves lesões ou até mesmo a morte de pessoas, o que contraria
completamente a finalidade do emprego do material não letal;

(3) Disparos realizados em direção ao solo poderão ocasionar reflexão de


projéteis, os quais poderão atingir regiões do corpo indesejadas, tais como rosto, olhos,
ou mesmo atingir pessoas alheias à situação da ocorrência ou tumulto;

(4) Os chamados "disparos de advertência" não são considerados prática


aceitável, por não atenderem aos princípios da legalidade, necessidade,
proporcionalidade, moderação e conveniência, e em razão da imprevisibilidade de seus
efeitos;
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(5) No caso de ocorrências policiais envolvendo agressores ativos, certos


e específicos (indivíduos arremessando ou atirando objetos, armados com armas
brancas, pedaços de pau ou outros instrumentos perfurantes, contundentes cortantes,
incendiários ou explosivos), que estejam colocando em risco a vida e a integridade
física de terceiros, dos policiais e a sua própria segurança, serão observados os
seguintes critérios:

(a) A munição de impacto controlado a ser utilizada será empregada


na espingarda Gauge 12, devendo ser constituída de projétil singular (único) com
formato aerodinâmico e ponta de borracha;

(b) A utilização do material se dará mediante ordem do Comandante


da Fração, delimitando o alvo e a quantidade de disparos;

(c) Quando as circunstâncias assim o exigirem, o emprego da


munição de impacto controlado se dará por iniciativa do próprio operador, desde que
caracterizada a legítima defesa própria ou de terceiro, contra agressão injusta, atual
e/ou iminente;

(6) A munição a ser utilizada nos calibres 37/40 mm, 18 mm (no caso
do Lançador FN 303) ou outros que venham a ser adquiridos pela Corporação, também
deverá ser constituída de projétil singular, de modo a evitar que, nas ações de CDC,
pessoas inocentes sejam atingidas devido ao emprego de munições que não permitem
a adequada seletividade do alvo.

h) Dardos do dispositivo elétrico incapacitante:

(1) Sua utilização só é justificada nos casos de ocorrências envolvendo


pessoas agressivas, transtornadas ou mentalmente perturbadas, que ofereçam
resistência e que estejam colocando em risco a sua integridade física, a integridade
física de outras pessoas e/ou dos próprios policiais;
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(2) Fatores que possam potencializar os seus efeitos (presença de


agentes inflamáveis, a possibilidade de queda de nível: pontes, viadutos, sacadas,
escadas, telhados, marquises, etc.; o risco de afogamento em caso de queda em local
onde existe água, tais como: lagoas, rios, piscinas, banheira, outros);

(3) Distância mínima e máxima em relação ao agressor- em geral os


disparos devem ocorrer em distâncias que variam de 3 a 7m, devendo ser respeitada,
por medida de segurança, a distância mínima de 1,5m em relação ao
agressor/resistente;

(4) A região corporal a ser atingida será tronco, costas ou pernas, jamais
devendo ser disparado na região da cabeça, pescoço, órgãos genitais ou seios
femininos;

(5) A contraindicação de sua utilização:

(a) Concomitantemente com os espargidores que possuem como


propelentes algum líquido inflamável, sob pena de provocar incêndio na área afetada,
com risco de graves queimaduras na pessoa atingida pelos dardos. Neste aspecto
convém salientar o fato de que a PMPR não utiliza espargidores inflamáveis, porém, o
Militar Estadual deverá ficar atento a este risco, visto que, no desenvolvimento das
operações, poderá estar atuando em conjunto com outras forças de segurança pública,
as quais, eventualmente, poderão ter em sua dotação os espargidores inflamáveis;

(b) Em locais onde existe risco de explosão: proximidade de locais


onde existe armazenamento de líquidos inflamáveis, outros locais onde existem gases
e/ou outros materiais inflamáveis;

(c) Contra mulheres grávidas, crianças, idosos, pessoas debilitadas


devido a alguma enfermidade.

(6) O risco de sua utilização em pessoas que estejam empunhando armas


de fogo (possibilidade de realização de disparos involuntários);
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(7) A proibição de sua utilização em pessoas que já estejam imobilizadas;

(8) O risco de a pessoa atingida cair sobre objetos perigosos (objetos


pontiagudos, cacos de vidro, outros);

(9) O risco da ocorrência de acidentes de trânsito, caso a pessoa atingida


esteja dirigindo veículo automotor, da ocorrência de acidentes graves caso esteja
andando de patins, skate, bicicleta, ou se estiver operando máquinas, dentre outros;

(10) A necessidade de encaminhamento da pessoa atingida até um Posto


de Saúde ou acionamento de uma Unidade de Emergência para que seja realizada a
retirada dos dardos (a retirada dos dardos não deverá ser feita pelos policiais),
assim como para verificar a sua condição geral de saúde após ter sido submetida aos
efeitos do dispositivo elétrico incapacitante.

i) Munições Pirotécnicas e Explosivas:

Seu uso é limitado aos grupos de operações especiais, tendo como


objetivo realizar sinalizações e explosões para adentramentos em operações restritas e
específicas.

e. Instrução:

1) O emprego de instrumentos de menor potencial ofensivo nas instruções tem


por objetivo elevar o nível de preparação e adestramento da tropa;

2) Na instrução o policial deve receber orientações técnicas sobre os produtos,


formas de utilização, medidas de descontaminação e possíveis danos físicos que
poderão ser causados pelo uso indevido e/ou indiscriminado dos materiais;

3) Toda instrução que envolver a utilização de instrumentos não letais ou de


menor potencial ofensivo deve ser revestida de especial atenção no que diz respeito
aos aspectos relacionados à segurança de todos os envolvidos, sob pena de, em
ocorrendo negligência ou a quebra das regras de segurança na utilização dos materiais,
DIRETRIZ Nº 008/2015 (Controle, Segurança e Emprego de Instrumentos Não Letais no Âmbito da PMPR) Fl.16

ocorrerem lesões graves ou até mesmo a morte de instruendos ou até mesmo dos
próprios instrutores;

4) A instrução envolvendo IMPO que contenham agentes químicos deve


observar as seguintes regras de segurança, além de outras disposições aplicáveis:

a) A observância das características gerais de emprego do agente


químico, seus efeitos, estado de conservação, prazo de validade e estabilidade
química;
b) A condução da instrução por instrutor especializado, que receba
constante atualização profissional afeta aos IMPO e que tenha pleno domínio sobre
todos os assuntos que serão ministrados;

c) A exigência de bom estado de saúde para instrutores, instrutores


auxiliares e instruendos por ocasião das instruções;

d) A observância, pelo instrutor, das restrições à combinação de agentes


químicos com outros agentes e/ou substâncias capazes de produzir reação química
que altere seus efeitos originais, com implicação de risco para a saúde de todo o
pessoal envolvido;

e) O planejamento antecipado e o registro da instrução ou curso nos


documentos próprios de ensino (Plano Político Pedagógico, Plano de Curso, Quadro de
Trabalho Semanal, Nota de Instrução, Livro de Assuntos Ministrados, outros);
f) A previsão e o estabelecimento de suporte de atendimento médico de
emergência, quando avaliado pelo instrutor como necessário, especialmente nos casos
em que a exposição controlada ao agente químico se der em ambientes confinados;

g) O controle direto, pelo instrutor ou instrutor auxiliar, da concentração do


agente químico, principalmente nos exercícios que necessitem ser realizados em
ambientes fechados;
h) As instruções com agentes químicos devem ser evitadas em dias com
grande umidade do ar e também após instruções que envolvam esforços físicos que
provoquem transpiração (suor), visto que, em contato com a água ou suor, o agente
químico pode ter seus efeitos fisiológicos sobre o organismo potencializados;
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i) Uma vez concluído o curso de especialização ou habilitação, a relação


nominal dos aprovados deverá ser publicada em Boletim Geral da PMPR, ou, conforme
o caso, em Boletim Interno da OPM onde for realizado o curso de habilitação ou
capacitação, devendo constar nos assentamentos funcionais do Militar Estadual
concludente a sua condição de Operador de IMPO (habilitação geral ou habilitação
específica);

f. Controle:
1) A utilização de materiais não letais em instrução ou serviço policial militar
deverá ser realizada exclusivamente por OPM com dotação orgânica específica,
conforme Plano de Distribuição elaborado pela 4ª Seção do Estado-Maior da PMPR e
distribuição realizada pela Diretoria de Apoio Logístico da Corporação;

2) O controle da entrada e saída dos IMPO na OPM, para fins de instrução ou


serviço, deverá ser realizado em arquivo próprio, no qual ficará registrado: o tipo, a
quantidade, o destino e a finalidade do uso do material, bem como o nome, posto ou
graduação e registro geral do Militar Estadual responsável por seu manuseio ou
manipulação;

3) O espargidor de espuma de pimenta será de uso individual do Militar


Estadual, conforme controle específico de distribuição e cautela;

4) Sempre que ocorrer a utilização de materiais não letais em ocorrências será


obrigatório o preenchimento do Relatório de Uso da Força, bem como do Boletim de
Ocorrência Unificado, devendo constar nos referidos documentos o tipo, a quantidade
do material que fora utilizado, e ainda, o motivo de sua utilização;

5) Os estojos, cartuchos e demais materiais não letais usados deverão, na


medida do possível, ser recolhidos e entregues na DAL/SAM para fins de
encaminhamento à empresa responsável para destruição, conforme o previsto no R-
105 e atendendo as normas de logística reversa, devendo ser entregues mediante o
termo de descarga dos materiais não letais respectivos. Quanto aos materiais
DIRETRIZ Nº 008/2015 (Controle, Segurança e Emprego de Instrumentos Não Letais no Âmbito da PMPR) Fl.18

inservíveis ou com o prazo de validade vencido, seu encaminhamento à DAL/SAM para


descarga é obrigatório.

g. Armazenamento e Transporte:

1) Os materiais não letais devem ser acondicionados em local seguro, restrito e


arejado, onde não ocorra acúmulo de umidade e/ou elevação demasiada da
temperatura ambiente, afastado do piso e das paredes;

2) No transporte em viaturas os materiais não letais do tipo granadas de alta


emissão, granadas explosivas, espargidores, dentre outros, não deverão ser colocados
no interior do porta-luvas, em cima do painel, ficar soltas dentro de caixas ou em
qualquer outro compartimento do veículo, ou onde possam acumular calor, sob pena da
ocorrência de acidentes ou do material ter sua vida útil reduzida, principalmente quando
o veículo fica parado, com vidros fechados e sob incidência direta do sol.

5. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Incumbe aos Comandantes, Diretores e Chefes, no âmbito de sua
atuação funcional, zelar pela rigorosa observância das presentes normas;

b. É vedado o uso em instrução, ação ou operação policial militar, de IMPO


com prazo de validade expirado;

c. As normas relativas a definições, fiscalização e segurança, armazenagem,


transporte, tráfego, depósitos, construção de depósitos, irregularidades cometidas no
trato com produtos controlados, apreensão, penalidades e processo administrativo será
conforme o previsto no R-105, complementadas pelas normas vigentes na corporação;

d. Fica terminantemente proibido aos Oficiais e Praças da Polícia Militar do Paraná,


em quaisquer dependências das OPM ou locais sujeitos à administração Militar
Estadual, ou mesmo no interior de viaturas da Corporação, conduzir, portar ou fazer
uso:
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1) De instrumentos ou aparelhos particulares destinados a produzir choque e


similares, mesmo os de livre comércio;

2) De espargidores químicos de CS ou OC, ou de espargidores químicos


constituídos por qualquer outro composto químico, independente da concentração do
agente químico, adquiridos de maneira particular no comércio;

3) De qualquer instrumento ou material não letal que não sejam aqueles


devidamente homologados e fornecidos pela própria Corporação.

e. Uma vez publicada a presente Diretriz, será designará uma Comissão a ser
composta por Oficiais da DAL/SAM, DEP e BOPE, a qual terá um prazo de 30 dias para
apresentar ao Comandante-Geral da Corporação estudo/proposta que contemple as
seguintes questões afetas aos Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo (IMPO):

1) Modelos, bem como tramitação dos documentos a serem utilizados para


distribuição, controle e descarga de materiais não letais no âmbito da PMPR;

2) Carga horária mínima e conteúdos a serem ministrados nos cursos de


capacitação para emprego e/ou utilização de espargidores de uso individual e dos
dispositivos elétricos incapacitantes, bem como para emprego e/ou utilização das
munições de impacto controlado, atendidos os critérios de habilitação previstos na
presente Diretriz;

3) Adoção de medidas afetas à adequação dos planos de disciplinas dos


Cursos de Formação de Praças PM (CFSd, CFC e CFS), bem como do Curso de
Formação de Oficiais PM (CFO), de modo que, no próprio Curso, já ocorra a habilitação
para o emprego/utilização dos espargidores de uso individual e de dispositivos elétricos
incapacitantes;

4) Periodicidade que deve ser estabelecida para as instruções de manutenção


de habilitação para emprego/utilização de cada um dos IMPO existentes na
Corporação, tanto da habilitação geral como também da habilitação específica;

5) Modelo de relatório circunstanciado a ser preenchido em caso de


emprego/utilização de IMPO em situações de controle de distúrbios civis, manifestações
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populares, rebeliões em presídios, reintegrações de posse, outras operações que


demandem o emprego/utilização de materiais não letais em ações típicas de CDC;

6) Outras questões afetas à segurança, instrução, emprego operacional,


distribuição, armazenamento, descarga e logística reversa de instrumentos não letais.

f. A presente Diretriz revoga a Diretriz nº 002/2010 (Equipe de valorização da vida


e apoio à negociação - EVVAN- com uso de arma menos letal);

g. Os casos omissos serão submetidos à análise do Comandante do Batalhão de


Operações Especiais – BOPE e encaminhados ao Comandante-Geral para decisão.

ASSINADO NO ORIGINAL
Coronel QOPM Maurício Tortato,
Comandante-Geral da PMPR.

DISTRIBUIÇÃO: Comando-Geral, Subcomando-Geral, Chefe do EM (Seções do EM),


Diretorias (DAL, DEP, DP, DDTQ, DF, DS), Ajudância-Geral, Comandos Regionais (1º,
2º, 3º, 4º, 5º e 6º CRPM e Unidades subordinadas), BPFron, BOPE, BPRv, BPMOA,
BPEC, BPAmb.

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