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Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 3
1. NOÇÕES GERAIS DOS PROCEDIMENTOS POLICIAIS DA FUNÇÃO DE SUPERVISOR E O
PODER DE POLÍCIA. .................................................................................................................................... 3
1.1. Da assunção do serviço .................................................................................................................... 3
1.2. Documentos importantes ................................................................................................................... 3
2. OCORRÊNCIAS COMPLEXAS E EVENTOS CRÍTICOS .................................................................... 8
2.1.1. Modalidades de Crises Policiais ........................................................................................................ 9
2.1.2. Características Da Crise .................................................................................................................... 9
2.2. Gerenciamento de Crises ................................................................................................................ 10
2.2.1. Objetivos do gerenciamento de crises ............................................................................................ 10
2.2.2. Gerente da crise .............................................................................................................................. 10
Gerente Emergencial ........................................................................................................................... 10
Gerente Efetivo ...................................................................................................................................... 1
2.3. Primeiro interventor ........................................................................................................................... 1
2.4. Causador do evento crítico ................................................................................................................ 1
2.4.1. Tipologias dos Causadores de Eventos Críticos ............................................................................... 1
2.5. Atirador/Agressor Ativo ...................................................................................................................... 1
2.6. Critérios para tomada de decisão ...................................................................................................... 1
2.7. Primeira intervenção em crises policiais ........................................................................................... 2
2.8. Local da ocorrência ........................................................................................................................... 2
2.8.1. Organização do Local ........................................................................................................................ 3
2.8.2. Relacionamento com a imprensa ...................................................................................................... 5
2.8.3. As alternativas táticas ........................................................................................................................ 5
2.8.4. Regras de diálogo em ocorrência de crise ........................................................................................ 6
3. OCORRÊNCIAS POLICIAIS COM LESÃO CORPORAL OU HOMICÍDIO PELA INTERVENÇÃO
POLICIAL. .................................................................................................................................................... 10
3.1. Evento morte em ocorrência policial, envolvendo policial militar de serviço. .................................. 10
3.2. Evento morte em ocorrência policial envolvendo policial militar, de folga, que entra em situação de
atividade. ...................................................................................................................................................... 12
3.3. Lesões corporais em ocorrência policial, envolvendo policial militar de serviço. ............................ 14
3.4. Lesões corporais em ocorrência policial, envolvendo policial militar em situação de atividade. .... 15
4. OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO AUTORIDADES E PESSOAS QUE POSSUAM IMUNIDADES E
PRERROGATIVAS. ..................................................................................................................................... 16
4.1. Membros do Poder Executivo.......................................................................................................... 16
4.2. Membros do Poder Legislativo ........................................................................................................ 18
4.3. Membros do Poder Judiciário .......................................................................................................... 19
4.4. Membros do Ministério Público........................................................................................................ 20
4.5. Membros de Órgãos Policiais .......................................................................................................... 21
4.6. Membros das Forças Armadas........................................................................................................ 21
4.7. Membros da Advocacia ................................................................................................................... 21
4.8. Outras Instituições ........................................................................................................................... 22
4.9. Quadro Resumo .............................................................................................................................. 23
5. OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO POLICIAIS. .................................................................................... 25
2
5.1. Evento morte em ocorrência policial envolvendo policial militar sem caracterização de relação de
serviço ou atividade. .................................................................................................................................... 25
5.2. Embriaguez em serviço ................................................................................................................... 26
5.3. Violência doméstica e familiar entre militares. ................................................................................ 27
5.4. Evento crime praticado por policial militar de serviço. .................................................................... 28
5.5. Evento crime praticado por policial militar de folga. ........................................................................ 29
6. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS A SEREM ADOTADAS PELO SUPERVISOR DE POLICIAMENTO
QUANDO DA PRÁTICA DE TRANSGRESSÃO DISCIPLINAR OU CRIME MILITAR. .............................. 30
6.1. Extravio de arma de fogo, munição ou equipamento policial .......................................................... 30
6.2. Arma de fogo, munição e equipamento particular do policial militar. .............................................. 30
6.3. No caso de estar caracterizada a situação de flagrante disciplinar no horário de expediente ou de
folga. 31
7. DOS CRIMES DE DESRESPEITO A SUPERIOR HIERÁRQUICO E DOS CRIMES CONTRA
HONRA. ....................................................................................................................................................... 31
8. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................... 33
E
sta apostila é um material de apoio,
uma atualização baseada em obras
doutrinárias e na legislação em vigor. O
seu conteúdo não esgota o assunto. Está
curricularmente prevista e poderá ser objeto
de avaliação. Contudo, é essencial que você
pesquise profundamente os assuntos,
tomando por base as referências
bibliográficas e outras fontes que decidir por
bem utilizar.
Carlos Magno de Oliveira Silva,
Major QOCPMES
3
INTRODUÇÃO
Em termos de estudo dessa disciplina, o escopo são as ocorrências complexas, não são,
ainda, ocorrências de crise ou eventos críticos, conceitualmente falando; ocorrências
complexas possuem energia suficiente ou iminente de o serem.
Adotar procedimentos corretos nas ocorrências complexas pode-se defender que seja
uma medida preventiva de crises policiais.
As ocorrências complexas podem ser definidas como evento atentatório a desordem
pública ou a lei, capaz de ser resolvido pelos esforços ordinários de polícia, cuja solução
aceitável guarda complexidade administrativa e responsabilidade gerencial.
A gestão de ocorrências complexas é o tema dessa disciplina e se encarrega de elencar
procedimentos a fim de assegurar uma solução aceitável para estas ocorrências e
prevenir crises policiais.
A assunção de serviço é o ato produzido pelo policial mais antigo de serviço no horário do
início do serviço de forma a proporcionar a atualização das ordens vigentes e ou
manutenção da rotina diuturna.
Na assunção de serviço, além da chamada nominal para apuração de faltas, existe a
preleção, momento de transmissão de ordens e orientações aos militares de assuntos
atinentes ao interesse do serviço policial militar.
a) Auto de resistência
Vejam as previsões legais:
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão
em flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as
pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para
defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto
subscrito também por duas testemunhas. (Decreto-lei nº 3.689, de 3 de
outubro de 1941.).
Art. 12. Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal militar,
verificável na ocasião, a autoridade a que se refere o § 2º do art. 10
deverá, se possível:
a) dirigir-se ao local, providenciando para que se não alterem o estado e a
situação das coisas, enquanto necessário; (Vide Lei nº 6.174, de 1974).
b) apreender os instrumentos e todos os objetos que tenham relação com
o fato;
c) efetuar a prisão do infrator, observado o disposto no art. 244;
d) colher todas as provas que sirvam para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias.
Infere-se, portanto, que não existe ilicitude no fato de adentrar na casa com o
consentimento do morador. Pensando nisso e, para resguardar a atuação policial, que
conste registrado a autorização de busca domiciliar.
1
PMES. Manual de Gerenciamento de Crises. Espírito Santo. 1. ed. - Vitória: PMES, 2021.
2
Idem.
3
Idem.
4
RONCAGLIO, Otávio Lúcio; Silva, Luiz Fernando da; Silva, Marco Antonio da. Negociação em crises
policiais: teoria e prática. Curitiba: CRV, 2021.
9
algum veiculados pela mídia, não há um prazo para se resolver uma ocorrência de crise
policial. Se for possível resolver a crise em poucos minutos, num ambiente de segurança,
assim o será. Se for preciso aguardar quatro meses, como no caso da embaixada do
Japão em Lima, no Peru, assim também o será.
Restabelecer a ordem
As autoridades policiais deverão empregar os esforços para fazer com que a rotina da
região volte ao normal o mais rápido possível, sempre mantendo a segurança das
pessoas afetadas.
Gerente Emergencial
1
Gerente Efetivo
É o policial militar mais antigo do Batalhão de Missões Especiais presente no local do
evento crítico.
Necessidade
Indica que toda e qualquer ação somente deve ser implementada quando for
indispensável. Se não houver necessidade de se tomar determinada decisão, não se
justifica a sua adoção. O que se pretende fazer é realmente necessário?
2
Validade do risco
Estabelece que toda e qualquer ação tem que levar em conta se os riscos dela advindos
são compensados pelos resultados. A pergunta que deve ser feita é: vale a pena correr
este risco?
Identificar a ocorrência
É importantíssimo que o policial identifique e localize o ponto crítico do evento. É ou não
uma crise policial? Coletar informações, sobre o CEC, os reféns, sobre as armas, sobre o
local do ponto crítico e tudo que o CEC solicite ou fale.
Acionar apoio
Apoio do efetivo de área e acionamento das equipes especializadas.
Conter a crise
Manter o CEC no mesmo local em que ele foi encontrado.
contenção terá por objetivo impedir que ele saia da casa. Um limite de alguns metros ao
redor da construção (cerca de dez ou quinze) será o suficiente para determinar sua
contenção e garantir a segurança dos policiais (veja que para isso não será preciso
rodear a casa com cordas ou que os policiais dêem as mãos e façam um círculo ao redor
da casa, mas será preciso que haja policiais devidamente abrigados e dentro da distância
citada com suas atenções voltadas para o ponto crítico).
O perímetro tático externo é definido pelo isolamento. Nesse caso deve-se adotar uma
distância bem maior que a da contenção, desde que o efetivo policial seja suficiente para
garantir a sua manutenção, e utilizar até mesmo obstáculos físicos para manter curiosos e
pessoas que não participam da ocorrência afastadas (como fitas zebradas ou cavaletes).
A área entre o perímetro tático interno e o externo é o local onde o gerente da crise, ao se
fazer presente, instalará posto de comando (PC). No PC ficará, além do gerente, do chefe
da equipe de negociação e do líder do grupo tático (posto de comando tático – PCT), o
chamado comitê de crise, composto por pessoas destinadas a assessorar o gerente em
suas decisões.
Nesse local ficam também outros órgãos de apoio obrigatórios, como médico,
ambulância, companhias de gás, de eletricidade, de água, corpo de bombeiros, etc.
Fora do isolamento, isto é, após o perímetro tático externo, a movimentação é livre, seja
para imprensa ou curiosos. É interessante que nessa área haja pessoal especializado de
trânsito para controle de fluxo de veículos ou desvio do mesmo, se preciso for.
Como comentado, a forma e o tamanho dos perímetros táticos vão depender da natureza,
da localização e do grau de risco do ponto crítico. Nessas condições, normalmente é
esperado que o isolamento de um ponto comercial em uma rua do interior do estado,
onde ocorre um assalto, não possua as mesmas características e o mesmo grau de
dificuldade se esse comércio estiver localizado na Av. Jerônimo Monteiro, no centro da
capital capixaba.
Contudo, um ponto muito importante deve sempre ser lembrado: não importam quais as
dificuldades, o isolamento do ponto crítico deve sempre ser realizado, sob pena de
comprometer o êxito da missão de gerenciamento da crise.
É importante lembrar que, ao ser estabelecido o contorno dos perímetros táticos, quanto
mais amplo for o perímetro tático mais difícil se torna a sua manutenção, por exigir um
maior número de policiais e causar maiores transtornos na rotina das pessoas que vivem
nas proximidades do ponto crítico ou dele se utilizam.
5
descansar, comer, dormir, ao passo que o criminoso precisa se manter acordado o tempo
todo, na maioria das ocorrências.
Minimize as exigências
Como dito, caso haja alguma exigência que o 1º Interventor, em conjunto com os policiais
que lhe auxiliam nos primeiros momentos da ocorrência, considere plausível de ser
atendida, ela deve ser minimizada. O que é isso?
Se o transgressor lhe pede um maço de cigarros, você dará dois? Não. Não se deve
entregar-lhe logo um pacote com dois, com dez maços nem mesmo o maço que ele
pediu. Se ele pede um pouco de água para beber, não se vai lhe entregando, de pronto,
um garrafão cheio, com cinco ou dez litros. Primeiro porque ele verá que tudo o que pede
é prontamente conseguido. Segundo porque se ele pede isso em troca de algo, demorará
até que peça de novo caso o policial lhe dê em grande quantidade. Além disso, essa
tática é muito importante porque cada aproximação do ponto crítico corresponde a uma
oportunidade de levantamento da situação existente no seu interior.
deve utilizar expressões que suavizem o termo: as pessoas que estão com você, os
funcionários do banco, os homens e mulheres que estão aí, etc.
mantenha a proteção adequada; examine sua própria tensão nervosa; evite a negociação
cara a cara quando suspeitar da presença de artefatos explosivos.
Falamos várias vezes até agora sobre a importância do tempo em situações de crise. Mas
por que devemos ganhar tempo? Porque a passagem do tempo aumenta as
necessidades básicas do ser humano; reduz a tensão e a ansiedade; aumenta a
racionalidade; permite que se forme a Síndrome de Estocolmo (já citada); permite a
tomada de melhores decisões; permite maior integração entre o negociador e o
transgressor; reduz as expectativas do transgressor.
PROVIDÊNCIAS:
DA GUARNIÇÃO:
a. Verificar a possibilidade de prestar socorro à vítima, sendo viável, procede-se
conforme o previsto para o ilícito de lesões corporais, caso contrário, caracterizado o
evento morte, passe-se ao próximo item.
b. Preservar e isolar o local de crime.
c. Arrecadar o maior número de provas, dados e testemunhas para confecção da
ocorrência policial.
c.1. Não havendo a possibilidade de armas, materiais ou objetos do ilícito permanecer
incólumes no local de crime, o policial militar, motivadamente, deverá justificar seu
recolhimento, inclusive, arrolando testemunhas.
d. Acionar o Supervisor, imediatamente.
e. Repassar dados ao COPOM, imediatamente, permanecendo em disponibilidade
para outros esclarecimentos.
DO SUPERVISOR:
a. Chegando ao local, deverá o Supervisor verificar o isolamento e a preservação do
local de crime por parte da guarnição envolvida, primando-se pela observância do Termo
de Ajustamento de Conduta firmado entre o Ministério Público estadual e a Polícia Militar.
12
3.2. Evento morte em ocorrência policial envolvendo policial militar, de folga, que
entra em situação de atividade.
O policial militar que entra em situação de atividade remete quando aquele militar atua em
defesa de outrem. O policial militar, de folga e em trajes civis, ou mesmo fardado, ao
visualizar um iminente crime que será cometido, por exemplo, homicídio, repele a injusta
agressão, levando a óbito o infrator por disparo de arma de fogo.
PROVIDÊNCIAS:
DO MILITAR ESTADUAL:
a. Verificar a possibilidade de socorro do envolvido, se possível; caso negativo passa-
se as orientações seguintes.
b. Acionar o COPOM repassando os dados da ocorrência.
c. Preservar e isolar o local de crime.
d. Arrolar testemunhas e outras provas até a chegada da guarnição.
e. Aguardar a chegada da guarnição, designada pelo COPOM, fornecendo todos os
elementos de prova para o caso pertinente.
DA GUARNIÇÃO:
6
Portaria nº 035-R/2014 da SESP e art. 25 e outros da Portaria PMES nº 800-R, de 26 de dezembro de
2019.
13
DO SUPERVISOR:
a. Verificar o isolamento do local de crime feito pelos militares estaduais.
b. Entrevistar o envolvido, a guarnição e demais testemunhas no objetivo de colher
maiores informações acerca da ocorrência e da ação do policial envolvido.
b.1. Inicialmente o Supervisor deverá entrevistar os policiais militares da guarnição
designada pelo COPOM para formar um juízo inicial.
b.2. Após entrevistar os militares estaduais de serviço, o Supervisor deverá ouvir o policial
militar envolvido na ocorrência.
b.3. Ouvidos os militares estaduais, o Supervisor deverá ouvir as testemunhas.
b.4. Arrecadar com a guarnição designada pelo COPOM todos os meios de provas
colhidos no local.
b.5. Diligenciar para a verificação de outras provas ainda não colhidas no local.
c. Recolher, por meio de Termo de Apreensão de arma, a arma acautelada ou particular,
do militar estadual envolvido na ocorrência, a qual será encaminhada a Seção de
Armamento e Munição da sua Unidade e ficará à disposição do encarregado de Inquérito
Policial Militar, observando-se o previsto nas normas7.
d. Acionar o plantão do SPAJM ou Corregedoria, preparando o oficial plantonista, para o
recebimento da ocorrência e também, para que destine agentes ao local para coleta de
provas.
e. Acompanhar a conclusão da ocorrência na delegacia de polícia ou DPJ, anexando-se a
cópia do Termo de Apreensão da arma do policial militar.
e.1. O SUPERVISOR deverá acompanhar a guarnição e o policial militar envolvido
até o encerramento da ocorrência, orientando o militar estadual acerca dos seus direitos.
7
Portaria nº 035-R/2014 da SESP e art. 25 e outros da Portaria PMES nº 800-R, de 26 de dezembro de
2019.
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PROVIDÊNCIAS:
DA GUARNIÇÃO:
a. Verificar a gravidade das lesões corporais produzidas e a viabilidade de pronto
socorrimento ao infrator.
a.1. se for viável o pronto socorro ao infrator, sem maiores riscos, a guarnição deverá
encaminhá-lo ao hospital mais próximo para seu socorro.
a.2. após o socorro do infrator, havendo recebimento de alta do infrator a guarnição
deverá prosseguir para a delegacia de polícia para encerramento da ocorrência.
a.3. não havendo possibilidade de alta do infrator, a guarnição acionará o SUPERVISOR
que deverá providenciar a escolta e a guarnição seguir para delegacia de polícia para
encerramento da ocorrência.
a.4. Se o socorro só for viável por meio de equipe médica especializada, providenciar, via
COPOM, o acionamento da equipe do Serviço Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)
para o atendimento ao infrator.
a.5. Acompanhar a equipe do SAMU até o hospital e após o atendimento se o infrator
receber alta prosseguir a delegacia de polícia para encerramento da ocorrência, em caso
negativo, acionar SUPERVISOR para providenciar a escolta e a guarnição deverá
prosseguir para encerramento da ocorrência.
a.6. No caso de ocorrências sem lesões corporais graves ou gravíssimas, ou seja, lesões
corporais que não necessitam de atendimento médico, segue-se ao item seguinte.
b. Acionar o COPOM repassando os dados da ocorrência.
c. Acionar o Supervisor.
d. Encaminhar o infrator ao DPJ local para as providências de praxe.
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DO SUPERVISOR:
a. Acompanhar a ocorrência, entrevistando os envolvidos e coletando o maior número
de provas para a elucidação do caso apresentado.
a.1. Entrevistar as testemunhas, policiais militares e infrator.
a.2. Verificar a existência de outras provas, especialmente, se existe câmeras de
videomonitoramento no local.
a.3. Havendo videomonitoramento no local, buscar uma cópia na Central se disponível.
b. Apreender, se for o caso, o armamento dos militares estaduais envolvidos, nos casos
que envolvam lesões corporais produzidas por projétil de arma de fogo 8.
c. Acionar a Corregedoria da Polícia Militar.
d. Acompanhar o encerramento da ocorrência na delegacia de polícia ou DPJ.
e. Nos casos ocorridos na RMGV conduzir os policiais militares e testemunhas ao plantão
do SPAJM ou Corregedoria para serem ouvidos.
f. Nos casos que ocorrerem nas Unidades do interior, as seccionais – norte e sul,
verificarão a viabilidade de manter uma escala de sobreaviso ou prontidão nos SPAJM,
bem como o acionamento do SUPERVISOR para as oitivas.
PROVIDÊNCIAS:
DO POLICIAL MILITAR:
a. Verificar a gravidade da lesão corporal e se há viabilidade de socorro ao infrator.
b. Acionar o COPOM, repassando os dados da ocorrência.
c. Aguardar a guarnição de serviço designada para ocorrência.
DA GUARNIÇÃO:
a. Preservar e isolar o local de crime.
b. Acionar o SUPERVISOR.
c. Arrecadar com riqueza de detalhes os dados da ocorrência.
d. Repassar dados ao COPOM.
e. Encaminhar o infrator ao DPJ local.
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Portaria nº 035-R/2014 da SESP e art. 25 e outros da Portaria PMES nº 800-R, de 26 de dezembro de
2019.
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DO SUPERVISOR:
a. Verificar o isolamento do local de crime.
b. Apreender a arma, se já não fora feito pela guarnição, para entrega na reserva de
armamento e que será objeto de IPM9.
c. Acionar o plantão do SPAJM ou Corregedoria para que compareça ao local para
arrecadar maiores dados, ou ainda, informar acerca do ocorrido.
d. Informar ao policial militar sobre seus direitos.
e. Acompanhar o desfecho da ocorrência no DPJ local.
a) Presidente da República:
Enquanto não sobrevier sentença condenatória nas infrações comuns, o Presidente da
República não estará sujeito à prisão (Art. 86, § 3º, da CF/88). O policial irá liberar o
Presidente da República no local e registrar o Boletim de Ocorrência (BOP),
encaminhando-o à Polícia Judiciária Federal (Polícia Federal), para
possíveis providências.
b) Ministros de Estado:
Não possuem prerrogativas em relação à prisão em flagrante no cometimento de delitos,
tendo o mesmo tratamento dos demais cidadãos. O policial deverá, neste caso, prender o
Ministro de Estado e registrar o Boletim de Ocorrência (BOP), encaminhando-os à Polícia
Judiciária Federal (Polícia Federal), para possíveis providências.
c) Diplomatas:
A pessoa do agente diplomático, dos familiares e dos funcionários natos é inviolável 10.
Não poderá ser preso ou detido, salvo:
- caso de crime grave e em decorrência de decisão de autoridade judiciária competente,
que não é a brasileira11.
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Portaria nº 035-R/2014 da SESP e art. 25 e outros da Portaria PMES nº 800-R, de 26 de dezembro de
2019.
10
Os funcionários consulares não poderão ser detidos ou presos preventivamente, exceto em caso de crime
grave e em decorrência de decisão de autoridade judiciária competente, art. 41 do Decreto nº 61.078, de 26
de julho de 1967, Promulga a Convenção de Viena sobre Relações Consulares.
11
Os funcionários consulares e os empregados consulares não estão sujeitos à Jurisdição das autoridades
judiciárias e administrativas do Estado receptor pelos atos realizados no exercício das funções consulares,
art. 43 do Decreto nº 61.078, de 26 de julho de 1967, Promulga a Convenção de Viena sobre Relações
Consulares.
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- No caso de ação civil que resulte de contrato que o funcionário ou empregado consular
não tiver realizado implícita ou explicitamente como agente do Estado que envia ou que
seja proposta por terceiro como consequência de danos causados por acidente de
veículo, navio ou aeronave, ocorrido no Estado receptor.
O policial irá solicitar o registro diplomático (Portaria n.º 841, de 18 de outubro de 2018 do
Ministério das relações exteriores), liberar o Diplomata no local e registrar o Boletim de
Ocorrência (BOP), encaminhando-o a Polícia Judiciária Federal (Polícia Federal), para
possíveis providências.
12
Orientação desta Corte, no que concerne ao art. 86, § 3º e § 4º, da Constituição, na ADI 1.028, de
referência à imunidade à prisão cautelar como prerrogativa exclusiva do presidente da República,
insuscetível de estender-se aos governadores dos Estados, que institucionalmente não a possuem.
(ADI 1.634 MC, rel. min. Néri da Silveira, j. 17-9-1997, P, DJ de 8-9-2000). Os Estados-membros não podem
reproduzir em suas próprias constituições o conteúdo normativo dos preceitos inscritos no art. 86, §§ 3º e
4º, da Carta Federal, pois as prerrogativas contempladas nesses preceitos da Lei Fundamental – por serem
unicamente compatíveis com a condição institucional de chefe de Estado – são apenas extensíveis ao
presidente da República. (ADI 978, rel. p/ o ac. min. Celso de Mello, j. 19-10-1995, P, DJ de 24-11-1995). O
Estado-membro, ainda que em norma constante de sua própria Constituição, não dispõe de competência
para outorgar ao governador a prerrogativa extraordinária da imunidade à prisão em flagrante, à prisão
preventiva e à prisão temporária, pois a disciplinação dessas modalidades de prisão cautelar submete-se,
com exclusividade, ao poder normativo da União Federal, por efeito de expressa reserva constitucional de
competência definida pela Carta da República. A norma constante da Constituição estadual – que impede a
prisão do governador de Estado antes de sua condenação penal definitiva – não se reveste de validade
jurídica e, consequentemente, não pode subsistir em face de sua evidente incompatibilidade com o texto da
CF. (ADI 978, rel. p/ o ac. min. Celso de Mello, j. 19-10-1995, P, DJ de 24-11-1995. HC 102.732, rel. min.
Marco Aurélio, j. 4-3-2010, P, DJE de 7-5-2010).
18
e) Secretários de Estado:
Não possuem prerrogativas em relação à prisão em flagrante no cometimento de delitos,
tendo o mesmo tratamento dos demais cidadãos. O policial militar deverá, neste caso,
prender o Secretário de Estado e registrar o Boletim de Ocorrência (BOP),
encaminhando-os à Polícia Judiciária Estadual (Polícia Civil), para possíveis providências.
f) Prefeitos:
Não possuem prerrogativas em relação à prisão em flagrante no cometimento de delitos
tendo o mesmo tratamento dos demais cidadãos. O policial militar deverá, neste caso,
prender o prefeito e registrar o Boletim de Ocorrência (BOP), encaminhando-os à Polícia
Judiciária Estadual (Polícia Civil), para possíveis providências.
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A inafiançabilidade dos tipos de injusto está prevista no texto constitucional, tratando-se de matéria
reservada ao poder constituinte. Conforme prevê art. 5º, XLII, XLIV, são inafiançáveis e imprescritíveis -
racismo (lei federal 7.716/89 e 12.288/10) e - crimes de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático (leis federais 12.850/13 e 7.170/83 e decreto federal 5.015/04).
Conforme prevê art. 5º, XLII, XLIII e XLIV, são inafiançáveis:
- tortura (lei federal 9.455/97);
- tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins (lei federal 11.343/06);
- terrorismo (lei federal 13.260/16);
- crimes hediondos (lei federal 8.072/90);
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido
por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII); (Redação dada
pela Lei nº 13.964, de 2019)
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art.
129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função
ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau,
em razão dessa condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
II - roubo: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de
fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º); (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte (art.
158, § 3º); (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); (Inciso
incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação dada pela Lei nº
12.015, de 2009)
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
19
b) Deputados Estaduais:
Serão adotadas as mesmas providências dos deputados federais e senadores 14,
divergindo apenas no encaminhamento do Boletim de Ocorrência (BOP) e membro da
Casa Legislativa, que será feito para a Polícia Judiciária Estadual (Polícia Civil), e os
autos serão remetidos à Assembleia Legislativa.
c) Vereadores:
Se o delito praticado pelo vereador não tiver nenhum vínculo político com sua função ou
for fora de sua circunscrição, o policial militar deverá prendê-lo, registrar o Boletim de
Ocorrência (BOP), encaminhando-o à Polícia Judiciária Competente. Os Vereadores
gozam de prerrogativa em relação à prisão no cometimento de delitos somente nos casos
relacionados com sua função, sendo invioláveis por suas opiniões, palavras e votos no
exercício do mandato e na circunscrição do Município 15. Nos demais casos, recebem os
mesmos tratamentos dos demais cidadãos.
b) Juízes Estaduais17:
Serão adotadas as mesmas providências dos juízes federais e desembargadores,
divergindo apenas no encaminhamento do Boletim de Ocorrência (BOP) e do membro
desta instituição, que será feito para o Tribunal de Justiça do Estado.
Se expedida ordem de prisão por ordem escrita do Tribunal ou do órgão especial
competente para o julgamento ou, em flagrante de crime inafiançável, sugestiva a
previsão do Regimento Interno do Tribunal de Justiça de São Paulo:
16
Art. 33, inc II LC 35/79.
17
Art. 33, inc II LC 35/79.
18
Art. 18, Inc II, alínea “d”, LC 75/93.
19
Art. 40, inc III Lei 8.625/93.
21
a) Advogado-Geral da União:
Se o delito tiver vínculo com sua função, o policial militar só poderá prendê-lo em caso de
crime inafiançável ou desacato (“A imunidade profissional do advogado não compreende
o desacato, pois conflita com a autoridade do magistrado na condução da atividade
jurisdicional”. - STF, ADIN 1127-8). Para quaisquer outros crimes, fora do exercício da
22
b) Advogado-Geral do Estado:
Serão adotadas as mesmas providências do Advogado-Geral da União, divergindo
apenas no encaminhamento do Boletim de Ocorrência (BOP) e do membro desta
instituição, que será feito à Polícia Judiciária Competente, para possíveis providências.
c) Advogado:
Serão adotadas as mesmas providências do Advogado-Geral da União, divergindo
apenas no encaminhamento do Boletim de Ocorrência (BOP) e do membro desta
instituição, que será feito à Polícia Judiciária Competente, para possíveis providências.
a) Guarda Municipal:
O policial militar deverá neste caso prendê-los e registrar o Boletim de Ocorrência (BOP).
Será encaminhado à Polícia Judiciária Competente, para possíveis providências. Não
possuem prerrogativas em relação à prisão em flagrante no cometimento de delitos, tendo
o mesmo tratamento dos demais cidadãos.
b) Agentes Penitenciários:
Serão adotadas as mesmas providências dos Guardas Municipais.
23
Deputados só Crime inafiançável Art. 53, caput e §2º c/c Polícia Civil
Estaduais Art. 27, §2º, CF
Vereadores Sim, salvo por Art. 29, inc. VIII CF/88 Polícia Civil
palavras, na
atividade, no local
Advogados Sim, se flagrante fora Art. 7º, § 3º,Lei 8906/94 Polícia Civil
do exercício da
profissão. Acionar
OAB
PROVIDÊNCIAS:
DO MILITAR ESTADUAL:
a. Verificar a viabilidade de socorro ao envolvido, sendo que, em caso positivo,
adotar-se-ão as orientações acerca do ilícito de lesões corporais, sendo negativo, segue-
se de acordo com as orientações anteriores.
b. Preservar e isolar o local de crime.
c. Acionar o COPOM.
d. Aguardar a chegada da viatura designada para o atendimento da ocorrência.
DA GUARNIÇÃO:
a. Acionar o COPOM se for o caso de se deparar com a ocorrência, ou ser informado
sobre a ocorrência.
b. Acionar o Supervisor.
c. Preservar e isolar o local de crime.
d. Recolher o armamento do policial militar envolvido na ocorrência.
e. Entrevistar e arrolar as testemunhas, bem como colher outras provas no local de
crime.
f. Dar voz de prisão ao policial militar autor do crime.
g. Repassar dados ao COPOM.
OBS.: se na ocorrência o policial militar preso for de graduação ou posto superior à
guarnição de serviço, o condutor da ocorrência será o Supervisor, sendo os militares
estaduais autores da prisão e testemunha. Se o preso for de posto superior ao
SUPERVISOR o Oficial COP deverá acionar Oficial de maior posto para condução da
20
Segundo LIMA, as providências administrativas e judiciárias desse capítulo é fruto da rotina no Plantão de
polícia judiciária militar da PMES.
26
ocorrência. Se o preso for subordinado ao mais graduado da guarnição esta é que fará a
condução dele à Delegacia, sendo ocorrência acompanhada pelo SUPERVISOR.
DO SUPERVISOR:
a. Verificar a preservação e o isolamento do local de crime.
b. Entregar a arma do militar estadual envolvido na ocorrência na delegacia de polícia
ou DPJ, nos casos em que ele for o condutor; caso contrário e a própria guarnição que
fará a entrega do armamento.
c. Acionar o plantão do SPAJM ou da Corregedoria para que envie agentes ao local
de crime para coletar mais dados, bem como arrolar testemunhas e outras provas.
d. Encaminhar o policial militar, juntamente com a guarnição, para a delegacia de
polícia no fito de conclusão da ocorrência, orientando-o acerca dos seus direitos.
PROVIDÊNCIAS:
DO SUPERIOR DE SERVIÇO:
a. Identificar os sinais (olhos avermelhados, hálito etílico, e outros) de embriaguez
alcoólica ou substância similar ou ainda, drogas, no policial militar.
b. Arrolar testemunhas e produzir outros meios de prova acerca dos fatos.
c. Sendo graduado, acionar o oficial de serviço para repassar os dados e tomada de
providências (dar voz de prisão?).
d. Recolher, imediatamente, o armamento do policial militar para entrega ao
SUPERVISOR, conforme previsto21.
DO SUPERVISOR:
a. Identificada e caracterizada a situação de embriaguez passa-se a letra c.
b. Havendo dúvidas acerca do estado de ebriedade do policial militar, e ainda,
obedecendo aos princípios constitucionais, o Supervisor deverá submeter o militar
estadual ao etilômetro de forma voluntária. Caso o militar estadual se recuse a submeter
ao etilômetro, deverá o oficial conduzi-lo a exame clínico e ainda, confeccionar relatório
circunstanciado sobre o seu estado, como por exemplo a voz arrastada, o hálito etílico,
olhos avermelhados, raciocínio desconexo, entre outras; adotando, ainda, todos os meios
legais e legítimos de prova para caracterização do crime. (gravação de vídeo).
c. Lavrar termo de apreensão de arma de fogo acautelada ao policial militar ou ainda,
arma particular.
d. Dar voz de prisão e encaminhar os envolvidos para o plantão do SPAJM ou da
Corregedoria para lavrar do APFD.
e. Acionar o SPAJM ou a Corregedoria para recebimento da ocorrência.
21
Portaria nº 800-R de 2019.
27
PROVIDÊNCIAS:
DA GUARNIÇÃO:
a. Acionar o COPOM se for o caso de se deparar com a ocorrência, ou ser informado
sobre a ocorrência.
b. Acionar o Supervisor.
c. Preservar e isolar o local de crime.
d. Recolher armamentos por ventura envolvidos na ocorrência.
e. Entrevistar e arrolar as testemunhas, bem como colher outras provas no local de
crime. Detalhar os envolvidos, o local onde foram os atos praticados.
f. Dar voz de prisão ao agressor.
g. Garantir proteção policial a vítima.
h. Encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao IML.
i. Fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes em veículo diverso do
agressor.
j. Informar à ofendida os direitos a ela conferidos na LMP e os “serviços disponíveis”.
k. Repassar dados ao COPOM.
OBS.: se na ocorrência o policial militar preso for de graduação ou posto superior a
guarnição de serviço, o condutor da ocorrência será o Supervisor, sendo os militares
estaduais autores da prisão e testemunha. Se o preso for de posto superior ao
22
Esculpidos no art. 9º do Código Penal Militar.
28
SUPERVISOR o Oficial COP deverá acionar Oficial de maior posto para condução da
ocorrência. Se o preso for subordinado ao mais graduado da guarnição esta é que fará a
condução dele à Delegacia, sendo ocorrência acompanhada pelo SUPERVISOR.
DO SUPERVISOR:
a. Verificar a preservação e o isolamento do local de crime.
b. Entregar armas, com termo de apreensão, se for o condutor. As armas poderão ser
direcionadas a reserva de armas ou ao DPJ a depender da ocorrência se a arma for
privada.
c. Acionar o plantão do SPAJM ou da Corregedoria para que envie agentes ao local
de crime para coletar mais dados, bem como arrolar testemunhas e outras provas.
d. Averiguar se os sujeitos ativo e passivo são militares, é caso do crime militar,
sendo assim conduzir ambos para o SPAJM ou Corregedoria.
PROVIDÊNCIAS:
DA GUARNIÇÃO:
a. Acionar o COPOM se for o caso de se deparar com a ocorrência, ou ser informado
sobre a ocorrência.
b. Acionar o Supervisor.
c. Preservar e isolar o local de crime.
d. Recolher o armamento do policial militar envolvido na ocorrência.
e. Entrevistar e arrolar as testemunhas, bem como colher outras provas no local de
crime.
f. Dar voz de prisão ao policial militar autor do crime.
g. Repassar dados ao COPOM.
OBS.: se na ocorrência o policial militar preso for de graduação ou posto superior a
guarnição de serviço, o condutor da ocorrência será o Supervisor, sendo os militares
estaduais autores da prisão e testemunha. Se o preso for de posto superior ao
SUPERVISOR o Oficial COP deverá acionar Oficial de maior posto para condução da
ocorrência. Se o preso for subordinado ao mais graduado da guarnição esta é que fará a
condução dele à Delegacia, sendo ocorrência acompanhada pelo SUPERVISOR.
DO SUPERVISOR:
a. Verificar a preservação e o isolamento do local de crime.
b. Entregar a arma do militar estadual, com termo de apreensão, no SPAJM ou
Corregedoria, nos casos em que ele for o condutor; caso contrário é a própria guarnição
que fará a entrega do armamento.
29
PROVIDÊNCIAS:
DA GUARNIÇÃO:
a. Acionar o COPOM se for o caso de se deparar com a ocorrência, ou ser informado
sobre a ocorrência.
b. Acionar o Supervisor.
c. Preservar e isolar o local de crime.
d. Recolher o armamento do policial militar envolvido na ocorrência.
e. Entrevistar e arrolar as testemunhas, bem como colher outras provas no local de
crime.
f. Dar voz de prisão ao policial militar autor do crime.
g. Repassar dados ao COPOM.
OBS.: se na ocorrência o policial militar preso for de graduação ou posto superior a
guarnição de serviço, o condutor da ocorrência será o Supervisor, sendo os militares
estaduais autores da prisão e testemunha. Se o preso for de posto superior ao
SUPERVISOR o Oficial COP deverá acionar Oficial de maior posto para condução da
ocorrência. Se o preso for subordinado ao mais graduado da guarnição esta é que fará a
condução dele à Delegacia, sendo ocorrência acompanhada pelo SUPERVISOR.
DO SUPERVISOR:
a. Verificar a preservação e o isolamento do local de crime.
b. Entregar a arma do militar estadual, com termo de apreensão, após atuação do
Delegado, na Reserva de Armas do Batalhão, para futura liberação ao militar, pelo
Comandante da Unidade. Essa hipótese se aplica, tanto para armas acauteladas pela
PMES quanto para armas particulares, visto que o porte de armas particulares é
concessão do Comando Geral da PMES.
c. Acionar o plantão do SPAJM ou da Corregedoria para que envie agentes ao local
de crime para coletar mais dados, bem como arrolar testemunhas e outras provas.
d. Encaminhar o policial militar, juntamente com a guarnição, para a Delegacia e
documentos gerados para a Corregedoria.
30
PROVIDÊNCIAS:
DO POLICIAL MILITAR:
a. Informar de pronto ao seu comando imediato sobre o extravio (roubo, furto ou
perda) de arma de fogo, munição ou de equipamento policial acautelado, além de outras
medidas previstas na Portaria nº 800-R de 2019.
b. Fazer registro do fato em ocorrência policial via COPOM.
c. Fazer o registro do fato na delegacia de polícia.
d. Fazer registro do fato no SPAJM de sua Unidade ou Subunidade.
PROVIDÊNCIAS:
DO POLICIAL MILITAR:
a. Informar de pronto ao seu comando imediato sobre o extravio (roubo, furto ou
perda) de arma de fogo ou de equipamento policial de propriedade do policial militar.
b. Fazer registro do fato em ocorrência policial via COPOM.
c. Fazer o registro do fato na delegacia de polícia.
d. Fazer registro do fato no SPAJM de sua Unidade ou Subunidade.
31
PROVIDÊNCIAS:
Ao presenciar ou tiver conhecimento de fato que, em tese, constitua crime ou infração
disciplinar, deverá levar ao conhecimento, por meios formais, de seu comandante ou
chefe imediato, no prazo máximo de 03 (três) dias úteis.
PROVIDÊNCIAS
DO OFENDIDO:
a. Se no caso, o ofendido for superior hierárquico do militar estadual ofensor, não se
tratando, porém do Oficial de Serviço ou do Supervisor, deverá dar voz de prisão ao
policial militar, desarmá-lo e o apresentar ao Oficial de Serviço ou Supervisor para que
esta analise o caso e faça a condução do autor da prisão, do preso e das testemunhas
para a Corregedoria ou Seccional da Corregedoria/SPAJM.
b. Se no caso, a ofensa ocorrer entre militares estaduais do mesmo posto ou
graduação, o ofendido deverá levar os fatos ao conhecimento do oficial de Serviço ou do
SUPERVISOR, apresentando-lhe as testemunhas, se houver, do fato para que, este
analise e seja dada voz de prisão e todos sejam encaminhados para a Corregedoria ou
Seccional da Corregedoria/SPAJM.
DO SUPERVISOR:
a. O SUPERVISOR receberá o ofendido e o acusado, passando a ouvir previamente
as informações trazidas, analisando-as e verificando se o caso apresentado é crime
militar e ainda, se há flagrante delito.
23
Lei complementar nº 962, de 30 de dezembro de 2020. Institui o código de ética e disciplina dos militares
estaduais e dá outras providências.
32
DO SPAJM OU CORREGEDORIA:
a. Com a chegada do Supervisor e a apresentação do ofendido, do ofensor, das
provas e das testemunhas, o Oficial Plantonista fará nova análise do caso apresentado no
escopo de verificar a configuração do crime militar e também do estado de flagrância,
configurado o crime militar e sua flagrância, o Oficial corroborará a prisão e lavrará o
devido APFD.
b. Após a lavratura do APFD, o policial militar preso será encaminhado para os
exames de praxe (exame de corpo de delito e outros se houver), do que, depois será
encaminhado para o presídio militar.
c. O Plantão deverá cientificar o Oficial Cop. acerca do procedimento adotado, bem
como seus fundamentos e ainda, ao Chefe C-5 e ao Corregedor da PMES.
d. Encaminhar o auto de prisão em flagrante delito para o Juiz Auditor da AJMES e
uma cópia para conhecimento do Corregedor da PMES.
OBSERVAÇÕES:
Nos crimes contra a honra e também, o desrespeito ao superior hierárquico deve-se
atentar para a configuração do crime, particularmente em sua narrativa, por exemplo, no
caso saber que a calúnia, é a imputação de um fato que se enquadra como crime e que o
agente o sabe falso. Já a difamação é a imputação de um fato, falso ou verdadeiro, que
fira o decoro. E a injuria é a ofensa a honra subjetiva, caracterizada ou externada por um
xingamento que busca denegrir a honra do militar estadual. Nos casos citados, tanto o
superior quanto o subordinado ou ainda, os pares podem se ver enquadrados.
Nos casos do desrespeito ao superior, o sujeito passivo somente pode ser o superior
hierárquico, entretanto é necessário que na análise dos fatos, para não viciar a autuação,
que tanto o Supervisor quanto o Oficial de Plantão analisem se não houve uma defesa do
militar estadual em razão de uma agressão verbal anterior do superior hierárquico.
Da mesma forma, considera-se imprescindível que as palavras ofensivas ou gestos sejam
descritos ipsis litteris na autuação, por exemplo, relatando e consignando no termo as
palavras ditas, os xingamentos ditos ou os gestos feitos, tal preocupação é pertinente sob
pena de se desqualificar, a posteriori a ação legítima e não ficar caracterizado a ofensa ao
militar estadual.
33
Observar, também, que hodiernamente os crimes cibernéticos estão muito em voga e que
não existe, estrito senso, uma configuração para esses tipos penais, como por exemplo,
as ofensas perpetradas nas redes sociais (FACEBOOK, TWITTER, INSTAGRAM, e
outros), por e-mail, por mensagens SMS e também pelo aplicativo WHATSAPP, contudo,
o analista deve-se basear nas tipificações penais do código penal militar, entretanto, ficar
atento para alguns casos em que as ofensas devem ser feitas em presença, na presença
ou diante de outro policial militar, e que, as ofensas feitas pelas redes sociais, em tese,
não são na presença ou em presença (mesmo que presenciada, lido ou ouvida por vários
militares estaduais), haja vista que o direito penal não admite interpretações extensivas,
pois são consideradas prejudiciais ao acusado.
Dessa forma, um desrespeito a superior hierárquico feito por rede social ou whatsapp, por
não ter sido na presença ou em presença, pois essa se pressupõe física, não caracteriza
o crime militar de desrespeito, mas poderá caracterizar a injúria, calúnia ou difamação.
8. BIBLIOGRAFIA
PMMG. Prática policial básica, caderno doutrinário 2. Separata do BGPM nº 62, Belo
Horizonte, 27 de agosto de 2013.
RONCAGLIO, Otávio Lúcio; Silva, Luiz Fernando da; Silva, Marco Antonio da.
Negociação em crises policiais: teoria e prática. Curitiba: CRV, 2021.
36