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DE
TELECOMUNICAÇÕES
CAPÍTULO 4
Versão 20081102
Tópicos de Telecomunicações – capítulo 4 Ricardo Ramiro
ÍNDICE
fonte sinal de entrada sinal transmitido sinal recebido sinal de saída saída
A B
A B ou B A
Full Duplex – Canal que permite comunicação simultânea em ambos os sentidos. Pode
usar 4 fios (1 par para transmitir e outro para receber dados) ou 2 fios (freqüências diferentes
para a transmissão e recepção).
A B
Sistema onde centrais telefônicas (CPAs) fazem a comutação entre os aparelhos dos
assinantes.
Por meio de fios de cobre, cabos ópticos ou links de rádio, as centrais interligam-se entre
si ou com outros sistemas, como o de telefonia celular móvel ou Internet.
. SERVIÇO ADSL
Digital Subscriber Line (Linha Digital de Assinante), DSL, é uma família de tecnologias
desenvolvida para prover serviços de dados de alta velocidade utilizando pares de fios de cobre.
O ADSL (Asymetric DSL = DSL Assimétrico) é a forma mais conhecida sendo utilizada
predominantemente para acesso banda larga via Internet.
Aproveita a infra-estrutura externa existente das companhias telefônicas para a prestação
de serviços de dados com baixo custo de implantação.
No ADSL os dados são transmitidos de forma assimétrica, ou seja, a taxa de transmissão
na direção do assinante é maior do que no sentido contrário, por exemplo, 8 Mbps sentido
assinante e 600 Kbps sentido contrário. Quando os dados são “baixados” na direção do assinante,
chama-se download, já os dados enviados na direção da central telefônica, chama-se upload.
Com o ADSL o mesmo par de fios de cobre pode ser utilizado simultaneamente como
linha telefônica e como acesso à Internet descongestionando as centrais telefônicas e a linha do
assinante.
Um dado interessante é que o serviço ADSL usa um fio como sinal e outro como
referência. O serviço de telefonia utiliza ambos os fios do par telefônico. Assim, se um dos fios
estiver em curto com a carcaça de alguma caixa metálica, é possível que o usuário esteja
navegando na Internet normalmente e o seu telefone esteja mudo.
O esquema de ligação da residência ou escritório está na figura 4.2 abaixo.
o PC se faz por meio de um cabo de rede UTP, neste caso o modem ADSL é padrão Ethernet e o
micro deve possuir uma placa de rede, ou pode ser ainda por meio de uma porta USB.
O filtro ADSL nada mais é do que um filtro passa baixa que tem a finalidade de deixar
passar apenas o sinal de voz para o aparelho telefônico.
O ADSL é utilizado pela maioria das operadoras de serviço telefônico fixo comutado no
Brasil, como o Speedy da Telefonica, o Turbo da Brasil Telecom, o Velox da Telemar e a
Turbonet da GVT.
A ANSI T1.423 e UIT G.992 são normas que padronizam o ADSL
TELEFONIA CELULAR
É um sistema de comunicação sem fio (wireless) composto pelos aparelhos celulares, que
são os rádios móveis e pelas ERBs, estações rádio base, que fixas.
A ERB é composta pelo transmissor, receptor e antena. Está ligada a uma central
telefônica e permite que um aparelho celular fale com outro. Cada ERB cobre uma determinada
área (célula), sendo que a mobilidade do usuário é garantida, pois quando ele sai da cobertura de
uma ERB e penetra em outra, o serviço é transferido e a conexão continua.
. GERAÇÕES
Há diferentes tecnologias para a difusão das ondas eletromagnéticas nos telefones celulares.
Costumam ser classificadas em gerações:
1G = primeira geração, analógica dos anos 80, usavam tecnologias MNT e AMPS.
2G = segunda geração, início dos anos 90, digital, com tecnologias GSM, CDMA e TDMA.
2,5G = foi uma evolução à 2G com melhorias na capacidade de transmissão de dados e na
adoção da tecnologia de pacotes e não mais comutação de circuitos.
3G = final dos anos 90, com muito mais recursos, já é realidade no Brasil e permite
transmissões a 2 Mbps na freqüência de 850 MHz.
. TECNOLOGIAS
AMPS = (Sistema de Telefone Móvel Avançado) primeira geração de celulares analógicos que
estabeleceu algumas funcionalidades em uso hoje, como o roaming. Foi padronizada na
freq:uência de 800 MHz e a banda é dividida em pares de canais de RF de 30 KHz cada
(transmissão e recepção) modulados em FM. A banda (A ou B) ocupa 12,5 MHz em 416
canais, sendo 21 de controle e o restante para voz. Funciona com CDMA e TDMA.
CDMA = (Acesso Múltiplo por Divisão de Código) além de telefonia celular é usado em
sistemas GPS. É um método de acesso múltiplo, codificando os dados com um código
especial associado com cada canal. É uma tecnologia que permite boa performance na
trnasmissões de aplicativos multimídia.
TDMA = (Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo) sistema celular digital que consiste na
divisão do canal em três períodos de tempo, comportando assim, até três assinantes. O
sinal digitalizado de um assinante, de 64 Kbps, é comprimido, ficando com 8 Kbps. O
sinal comprimido de três assinantes é transmitido no mesmo canal.
GSM = (Sistema Global para Comunicação Móvel) baseada na rede TDMA, o sinal e os canais
de voz são digitais. O canal de 25 MHz é dividido em 124 canais com largura de 200
KHz, com capacidade de transmissão de cerca de 170 Kbps. O GSM 900, por exemplo,
usa de 890 a 915 MHz para as transmissões do aparelho e de 935 a 960 MHz para as
transmissões da rede. Os aparelhos GSM são os mais seguros quanto à clonagem.
W-CDMA = tecnologia 3G de interface de rádio de banda larga que atinge velocidades de 2
Mbps.
. PROTOCOLOS
GPRS = aumenta as taxas de transferência de dados nas redes GSM. A informação é dividida em
pacotes de dados que são transmitidos e montados no destino.
EDGE = serve como complemento às redes GSM/GPRS com a finalidade de melhorar a
trasnmissão e confiabilidade, podendo atingir a velocidade teórica de 470 Kbps.
EVDO = tecnologia 3G das redes CDMA, permite acesso dos telefones móveis à taxas de até 2
Mbps.
HDSPA = serviço de transmissão de pacotes de dados que opera dentro do UMTS / W-CDMA,
no enlace direto (downlink), permitindo a transmissão de dados até 10Mbit/s em uma
banda de 5MHz
RADIODIFUSÃO
4.2. MODULAÇÃO
4.2.1. DEFINIÇÃO
Modulação é o processo através do qual música, voz, ou outro sinal “inteligível” é
adicionado às ondas de rádio produzidas por um transmissor.
O circuito oscilador do transmissor gera uma onda senoidal chamada portadora, figura
4.5. A modulação é, então, a combinação de dois sinais: o sinal modulante que contém a
informação e a portadora gerada no transmissor, resultando num sinal chamado modulado. O
resultado, modulação, consiste na alteração de um parâmetro da onda portadora, de acordo com a
mensagem, de forma a representar esta mensagem.
4.2.2. MODULAÇÃO FM
Ocorre quando o sinal modulante altera para mais ou para menos a freqüência da onda
portadora ( f o ± ∆f ), ficando a amplitude inalterada.
A figura 4.6 mostra o diagrama de blocos de um transmissor de FM.
O filtro passa baixa limita a freqüência de entrada em 15 KHz. O sinal, então recebe uma
amplificação antes de ser modulado. O oscilador gera a portadora e o multiplicador de freqüência
tem a função de multiplicar o sinal até o valor da freqüência de transmissão.
4.2.3. MODULAÇÃO AM
Ocorre quando somente a amplitude da portadora é variada em função do sinal
modulante. A freqüência da portadora permanece constante.
A figura 4.9 mostra o diagrama de blocos do transmissor AM.
O filtro passa baixa de entrada é limitado em 5 KHz, pois o sistema é feito para canal de
voz basicamente.
O bloco separador impede que variações na carga interfiram no funcionamento do
oscilador.
Entre amplificador de potência de RF e a antena ainda há um filtro passa-faixa, cuja
função é atenuar harmônicos.
O CAG (ou do inglês AGC) é o controle automático de ganho que amplifica os sinais
mais fracos e atenua os mais intensos para que o nível da recepção seja aproximadamente igual.
No receptor, o oscilador gera um sinal de freqüência igual à freqüência FI, mais a
freqüência sintonizada. Em AM a FI (freqüência intermediária) é de 455 ou 456 KHz.
O resultado disto é que a freqüência entregue ao demodulador é sempre a mesma, não
importando a estação sintonizada, ou seja, é um sinal de freqüência diferente do recebido, porém
contendo a mesma informação.
Por exemplo, se a freqüência sintonizada é de 1000 KHz, o oscilador gera um sinal igual
a 1000 KHz + FI = 1000 KHz + 455 KHz = 1455 KHz. Este sinal combinado com o sinal de
1000 KHz na entrada, vai resultar num sinal de 455 KHz com a informação da emissora.
Este processo de mistura de freqüências chama-se heterodinagem, de onde vem o termo
receptor superheteródino.
BIBLIOGRAFIA
Medeiros, Julio César de Oliveira – Princípios de Telecomunicações: teoria e prática. São Paulo:
Érica, 2004.