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CEFET-RJ

TRABALHO DE FUNDAMENTOS DE
TELECOMUNICAÇÕES

ADSL
Componentes :

Bruno de Luna
Leandro Theiss
Leonardo Dalcin Silva
Ricky Menezes
Tomas Alves
ÍNDICE

O que é ADSL? ...........................................................................................2


Aplicações de ADSL................................................................................... 2
Aspectos Técnicos de ADSL.......................................................................3
Arquitetura do sistema ADSL ..... ............................................................ 3
Espectro de freqüência .............................................................................. 4
ATM ............................................................................................................ 5
A trama ....................................................................................................... 5
Codificação de erros .................................................................................. 6
Modulação em ADSL ................................................................................ 7
Modulação CAP:.........................................................................................7
Modulação DMT:........................................................................................8
CAP vs DMT:...............................................................................................9
Limitações físicas de ADSL .......................................................................9
Comparativo: ADSL, ISDN, Cable Modems..........................................11
ISDN: .........................................................................................................11
Cable Modems: .........................................................................................11
Tecnologia, prós e contras: ......................................................................12
Perspectivas Futuras.................................................................................12
Bibliografia.................................................................................................14

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O que é ADSL?
O modem (MOdulator - DEModulator) é hoje uma tecnologia obsoleta. Por de
trás deste fato está uma nova tecnologia genericamente designada por DSL (Digital
Subscriber Line). Com apenas um par de fios de cobre consegue-se, simultaneamente,
uma ligação à Internet com taxas de transferências elevadas e a conversação telefônica
convencional.
O ramo da tecnologia DSL que se destina ao mercado doméstico é o ADSL
(Asymmetric Digital Subscriber Line) pois foi especialmente desenvolvido para este.
Um utilizador doméstico da Internet deseja obter informação desta, mais do que enviar
informação para ela. Por este motivo as maiores taxas de fluxo de informação são de
downstream (download) e não de upstream (upload). Por exemplo, uma pequena
mensagem de upstream num motor de busca desencadeia uma infindável cadeia de
bytes como resposta. A tecnologia ADSL responde favoravelmente a este tipo de
necessidades, reservando uma largura de banda maior para downstream do que para
upstream, isto é, existe uma assimetria da distribuição da largura de banda consoante ao
fluxo de informação.
O acesso a esta tecnologia é possível apenas com um número reduzido de
adaptações nas casas dos assinantes. É importante salientar que toda a infra-estrutura
que permite o acesso à tecnologia ADSL já existe, o que não acarreta investimentos na
criação das mesmas.
Por curiosidade refere-se que o ADSL nasceu em 1989 nos laboratórios da
Telcordia Technologies, Inc., Morristown, N.J. posteriormente conhecida como
Bellcore.

Aplicações de ADSL

A ADSL foi desenhada com o intuito de fornecer um acesso de banda larga para
vídeo interativo (vídeo on demand, Vídeo games, etc) e comunicação de dados (Internet,
acesso remoto a uma LAN, etc).Contudo, existem muitas outras aplicações que poderão
tornar-se usuais com um acesso de banda larga como é o caso. Destacam-se, por
exemplo:
· Serviços médicos e financeiros através do acesso a bases de dados de
informação.
· Facilidade na compra e venda de produtos, especialmente aqueles que
necessitem de um grande número de imagens ou vídeos de elevada qualidade,
como por exemplo a compra de terrenos/habitações/escritórios. É possível ao
cliente ver os detalhes de uma casa em diversos ângulos, quer exteriormente
quer interiormente.
· Vídeo-conferência poderão permitir reuniões de negócios entre pessoas em
locais distantes.

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Aspectos Técnicos de ADSL

Arquitetura do sistema ADSL

A tecnologia ADSL permite transferências de dados desde 64kbps até 8,192


Mbps, no sentido downstream e desde 16kbps até 768kbps no sentido de upstream.
Contudo, para operar a estas elevadas taxas de débito é necessário que o equipamento
eletrônico seja sofisticado, nomeadamente filtros de elevada qualidade, o que implica
necessariamente que seja dispendioso tornando-o inviável o alcance real destas taxas no
consumo doméstico. É ainda de referir que estas taxas de transferências só são possíveis
para distâncias muito curtas.
O ponto tido como ótimo, nos dias de hoje, no compromisso custo do
equipamento / taxa de transferência de dados não excede os R$ 160,00 correspondendo
a uma taxa de 512 kbps de downstream e 128 kbps de upstream. Esta tecnologia é
genericamente referida como ADSL Lite, que é uma variante do ramo Assimétrico da
DSL. É importante referir que o custo referido é um máximo, sendo este valor
intrinsecamente dependente do equipamento. Na figura 1 encontra-se a arquitetura do
sistema ADSL.

A arquitetura fica completamente transparente com a interiorização da função do


SPLITER e do DSLAM. O spliter resume-se a um filtro/misturador que divide o
espectro do sinal recebido em duas partes: uma para o telefone/fax, baixas freqüências e
a outra,altas freqüências, entrega-as ao modem/router ADSL. No sentido de envio de
dados, o spliter mistura a informação que vem do telefone/fax com a que vem do
modem/router ADSL, e envia o sinal resultante para o spliter que se encontra do outro
lado da linha. O DSLAM (Digital Subscriber Line Access Multiplexer) efetua a
multiplexagem de várias linhas ADSL (entre 500 e 1000) num sinal ATM
(Asynchronous Transfer Mode). O DSLAM faz também a operação inversa:
desmultiplexa um sinal ATM nas correspondentes linhas ADSL e entrega a cada
utilizador os respectivos dados.
O emprego de modem ou de um router prende-se com a utilização que se
pretende dar à ligação. Se deseja-se que esta esteja disponível em apenas um PC, então
a opção adequado é um modem; Se a ligação é para compartilhar numa rede de
computadores o router é o equipamento indicado.

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Espectro de freqüência

A Largura de Banda utilizada pela ADSL depende de vários fatores, contudo é


de aproximadamente 1.1MHz. Existem duas variantes para o emprego deste espectro.
As razões para o fato referido prendem-se com as potencialidades do modem/router que
é utilizado. Os menos eficientes, e portanto potencialmente mais sensíveis a erros, têm
que ceder largura de banda para assegurar a veracidade da informação. Do outro lado
temos os mais eficientes que, com um custo superior do equipamento, podem usufruir
de toda a banda disponível.

Figura 2 - Espectro ADSL, 1ª alternativa

Esta é a forma como é utilizado o espectro de freqüência nos modems/routers


menos eficientes. Repare-se que as bandas de upstream e downstream estão separadas
de modo a evitar a sua sobreposição espectral. Este tipo de modulação denomina-se por
multiplexagem por divisão na freqüência (FDM – frequency division multiplexing). A
FDM resume-se em dividir o espectro de frequências em várias “fatias” separadas, umas
das outras, por “fatias de menores dimensões” de modo a possibilitar a utilização de
filtros passa-banda reais e assim “isolar” a banda desejada.

Figura 3 - Espectro ADSL, 2ª alternativa

Como é óbvio, com a utilização espectral dos modems/routers mais eficientes, é


possível usufruir de toda a banda disponível, sem ceder banda para evitar a sobreposição
dos espectros. Assim sendo consegue-se transmitir mais informação com a mesma
largura de banda. Torna-se crucial introduzir, neste ponto, o conceito de cancelamento
de eco (echo cancelation), pois é com base nesta tecnologia que é possível sobrepor os
espectros, sem que isso se traduza numa perda de informação. O fundamento desta
tecnologia é de simples compreensão: subtrair ao sinal recebido o sinal enviado e deste
modo processar apenas os dados de interesse. Este processo é possível, apenas, porque o
modem/router sabe o que foi enviado, sendo esta a razão pela qual é viável a
implementação desta tecnologia. Note-se que, qualquer um dos tipos de modems /

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routers referidos apresentam as mesmas limitações em relação ao “cross-talk”. Os
limites superiores e inferiores das bandas acima representadas, dependem de
vários fatores, como já referido, como por exemplo a utilização de uma linha digital
sobre a mesma linha ADSL. Apenas a banda reservada ao POTS está bem definida e
não se estende acima dos 4kHz.

ATM

ATM (Asynchronous Transfer Mode) é um padrão de redes que está a beneficiar


variados avanços tecnológicos recentes, pelo que apresenta grandes potencialidades. O
padrão ATM pode ser implementado para todos os tipos de redes, nomeadamente
LAN’s, WAN’s e MAN’s, bem como B-ISDN e entre servidores a grandes distâncias.
Os dois grandes pilares do ATM são a fibra óptica e a tecnologia de integração em larga
escala (VLSI). A fibra óptica, com a sua grande largura de banda aumenta a quantidade
de bits/s que se podem enviar e devido à sua grande imunidade a erros permite
introduzir mais dados úteis na linha, em detrimento de dados de detecção e correção de
erros. A tecnologia VLSI permite que os sistemas processem os protocolos de
comunicação e a transmissão de dados só a nível de hardware, sem o controle por
software.
O padrão ATM reúne as vantagens do sistema de comutação de circuitos e as
vantagens do sistema de comutação de pacotes. Deste modo permite estabelecer
ligações cujo atraso é um ponto crítico, nomeadamente conversações telefônicas,
simultaneamente com ligações com débitos de dados variáveis no tempo.
Os dados digitais, no ATM, são divididos em grupos de 53 bytes, designados por
células. A cada célula acrescenta-se um cabeçalho com o destino, antes da transmissão.
O fato de as células terem um tamanho predefinido permite o seu tratamento
apenas a nível de hardware, o que torna as transmissões mais rápidas, não introduzindo
atraso na comunicação.
A nível físico o ATM é suportado por circuitos de comutação de elevada
velocidade permitindo elevadas taxas de transmissão de células.

A trama

No transporte de dados é usado uma super-trama composta de 69 tramas (68


transportam informação e 1 transporta o símbolo de sincronização) de período 17ms.
Para o utilizador a freqüência de símbolo é de 4000 baud (período de 250ìs), contudo,
devido ao símbolo de sincronização inserido no final de cada super-trama a taxa de
transmissão real é de 69/68*4000 baud.

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Figura 4 – Estrutura da trama em ADSL

O fast byte transporta bits de controlo, manutenção administração e


87sincronização12.
Durante a inicialização da comunicação são enviados dados de controlo para
estabelecimento da ligação e análise do estado do canal (atenuação e ruído).

Codificação de erros

Devido às más condições da linha especialmente quando a freqüência se


aproxima de 1.1Mhz, são geralmente usados códigos de detecção e correção de erros
(FEC - Forward Error Correction). Um dos códigos que apresenta maiores vantagens e
sendo portanto usado em ADSL é o Trellis Code.
O funcionamento deste método de detecção de erros consiste em permitir apenas
um conjunto de transições entre estados trelling. Se a mudança de estado não for
permitida significa que houve um erro na transmissão.
Este código é especialmente usado em sistemas em que a largura de banda de
transmissão é limitada (como é o caso de ADSL) e, embora exija um aumento do
número de níveis de modulação, é bastante eficaz introduzindo um ganho de
codificação significativo (ver tabela 1).

No gráfico 1 representa-se a taxa de transferência simulada com a variação da


distância a que o utilizador se encontra e do ganho de codificação para um par de cobre
de 24 AWG.

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É de realçar o ganho de taxa de transferência quer com um maior ganho de
codificação quer com técnicas de cancelamento de eco.
Note-se ainda que o uso de técnicas de FEC obriga a implementação de
eletrônica mais avançada e portanto encarece quer os ATU-C quer os ATU-R.

Modulação em ADSL

Sendo a transmissão de dados em ADSL feita sobre um meio analógico é


necessário o uso de um código de canal que transforma um sinal digital num outro
analógico. Esta transformação pode ser feita de duas formas: Discrete Multi-Tone
(DMT) e Carrierless Amplitude-Phase (CAP).

Modulação CAP:

O sistema CAP baseia-se numa modulação QAM (Quadrature Amplitude


Modulation), no qual a sinusóide enviada no canal, para além de poder tomar diversas
amplitudes (sistema ASK14) pode também variar de fase, tornando-se num sistema
composto entre ASK e PSK15.
Nos seguintes diagramas no plano complexo são representados quatro
codificações de canal diferentes usando QAM:

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Em sistemas ADSL o número total de níveis modulados pode variar entre 4 e
1024 conforme as condições de linha.
Num sistema de modulação CAP só as bandas laterais transportam informação.
A freqüência de transporte é suprimida (daí o termo carrierless) e só as bandas laterais
são transmitidas.

Modulação DMT:

Num sistema modulado por DMT a banda de freqüência usada para a


transmissão é dividida em 256 fatias (tons) de aproximadamente 4.3kHz, sendo usados:

· 6 tons para o sistema telefônico normal


· 24 tons para upstream
· 222 tons para downstream (248 com cancelamento de eco).

Os tons são modulados em QAM, suportando entre 2 a 15 bits de informação,


tendo a variação do número de bits a ver com a atenuação da linha e o ruído. Na figura 5
é possível verificar a variação do número de bits usados na transmissão.

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Figura 5 - Variação do número de bits por tom com a atenuação, ruído ou cross-talk. Note-se como
no caso do
ruído se tornar muito forte o sistema tem a capacidade de abandonar um canal completamente.

Note-se que, sendo o ruído um sinal variável no tempo, a sua amplitude e


variação não são constantes ao longo do tempo (por exemplo a temperatura pode fazer
variar a atenuação do canal), o sistema necessita de ser capaz de se ajustar
automaticamente. Para executar esta operação são regularmente trocados bits de
controlo entre o emissor (ATU-Central) e o receptor (ATU-Receiver).
A modulação DMT foi padronizada pela American National Standards Institute
(ANSI),em 1995, e denominado por T1.413.

CAP vs DMT:

O sistema CAP é mais barato e o tempo de codificação é menor. Contudo,


“segundo
especialistas independentes, o sistema DMT é superior ao CAP em diversos aspectos. É
mais flexível, apresenta maior imunidade ao ruído e é capaz de otimizar o ritmo de
transmissão em incrementos menores: 32kbps em DMT contra 340kbps em
CAP”. De fato, uma publicação da ANSI em 1994 descrevia já uma aplicação ADSL
usando modulação DMT.

Limitações físicas de ADSL


Uma das grandes limitações da tecnologia ADSL, e talvez a mais relevante,
traduz-se na distância que pode separar o modem do cliente ADSL com o respectivo
DSLAM (ver
gráfico 2) que não pode exceder os 6km. Este valor é um máximo absoluto nos dias de
hoje e admite que a qualidade das linhas telefônicas é boa, que a qualidade dos fios
de cobre que sustentam a propagação das ondas é boa. No caso em que as linhas POTS
não verifiquem essa condição a distância máxima pode ser drasticamente reduzida,
podendo ser inferior a 1 km.

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Um dos fatores que pode diminuir a atenuação dos cabos com a freqüência é o
diâmetro dos mesmos. Na tabela seguinte ilustram-se velocidades de transmissão
possíveis em função da distância e do diâmetro do fio.

De modo a facilitar o uso desta tecnologia e diminuir a atenuação existem


também cabos de baixa atenuação. O uso de loading coils (filtros passa-baixo que
melhoraram a resposta dos fios nas comunicações telefônicas) são também uns fatores
relevantes pois tendem a bloquear o sinal transmitido, inviabilizando ADSL sobre estas
linhas. Outro dos fatores que podem influenciar a qualidade e conseqüentemente a
velocidade da comunicação é a presença de bridged-taps. Estas traduzem-se por
extensões do par de cabos em paralelo com a linha que foram deixadas abertas quando
na instalação ou alteração da mesma. Podem também ocorrer problemas de ruído devido
ao cross-talk entre cabos dispostos paralelamente. O cross-talk em conjunto com o
ruído proveniente de outras fontes pode levar à diminuição da velocidade da
transmissão (diminuindo o número de bits por tom ou interrompendo mesmo a
comunicação nessa freqüência).

Comparativo: ADSL, ISDN, Cable Modems

ISDN:

A ISDN constitui mais um padrão de redes de (tele)comunicações para substituir


a rede de telefônica convencional (POTS). Contrariamente ao que acontece atualmente,
uma ligação ISDN não se limita ao sistema de comutação de circuitos mas, não obstante
ser uma ligação ponto-a-ponto, também pode ser implementado por comutação de

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pacotes. Um computador com ligação ISDN e ligado a outros, quer por LAN, quer por
WAN, permite a todos os computadores da rede o acesso aos serviços ISDN.
As redes ISDN têm capacidades de transferências dadas por canais de 64 kbps .
Contudo, por questões de índole prática e financeira, só estão disponíveis no mercado
dois tipos de acesso. O acesso básico, BRI23, destinado ao mercado doméstico,
disponibiliza dois canais de 64kbps que podem ser utilizados independentemente (o
equivalente a duas linhas) ou podem ser adicionados de modo a oferecer uma ligação
com uma taxa de transferência de dados de 128 kbps.
O acesso primário, PRI24, disponibiliza 30 canais, o que equivale a 1920 kbps,
que se destina ao mercado empresarial.

Os serviços oferecidos pela ISDN são:


1) Voz;
2) Atendedor e gravador de chamadas;
3) Faz;
4) Internet,
5) Videofone;
6) Videoconferência;
7) Televisão

Existe ainda outro tipo de acesso, o B-ISDN, em que o prefixo B determina


Banda larga (em inglês Broadband), que necessita de fibra óptica como suporte físico.
Este acesso
permite obter velocidades de transferência até 622,08Mbps.

Cable Modems:

Os cabos coaxiais tradicionais permitem operar até uma freqüência de


aproximadamente 450MHz, limite este que é superado pelos novos cabos híbridos de
fibra óptica e coaxial que permitem frequências acima dos 750MHz. Esta vantagem é
explorada na construção de redes de cable modems. A taxa de transferência de dados
máxima de uma rede destas pode atingir os 4500Mbps. Apesar deste valor tão elevado
de bits/s um utilizador nunca atingirá estas taxas. Quer a qualidade dos modems, quer o
número de utilizadores a partilhar uma rede HFC26 intervêm para a queda abrupta da
referida taxa. Uma rede HFC suporta, tipicamente, 500 a 2000 utilizadores e utiliza uma
codificação de canal menos potente, i.e., não permite velocidades de transferência tão
elevadas. Na prática um utilizador doméstico obtém velocidades de downstream entre
500kbps e 1.5Mbps e não mais de 256kbps de upstream.
A razão que sustenta a variação de velocidades de acesso, para um mesmo
utilizador,prende-se com a quantidade de informação que está a ser utilizada em toda a
linha que é partilhada. Se vários utilizadores não estão a utilizar uma grande banda, um
outro utilizador tem acesso a uma largura de banda maior.

Tecnologia, prós e contras:

Qual destas tecnologias é a melhor? Não existe resposta para esta pergunta,
contudo é possível saber qual é a tecnologia que melhor se adequa a determinadas
necessidades. É
esta a pergunta que deve ser formulada antes de optar por qualquer destes serviços.

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ADSL:

· Utiliza uma infra-estrutura já existente, pelo que não existem custos acrescidos
na implantação da rede;
· Linha exclusiva o que permite uma elevada segurança na informação que
veicula na linha;
· Ligação dedicada o que evita o tempo de espera no estabelecimento da
ligação,
que está sempre disponível;
· Apesar de utilizar as linhas telefónicas não interfere com a possibilidade de
telefonar/utilizar fax em simultaneamente com a ligação à rede;
· A ligação não permite uma conversação telefônica convencional;
· Velocidades de downstream até 1024kbps e 256kbps de upstream;
· Distância máxima entre o cliente ADSL e a central ADSL mais próxima varia
entre 1 a 6 km;

ISDN:

· Também se sustenta na rede telefônica já existente;


· Linha exclusiva, tal como ADSL;
· A ligação não é dedicada pelo que se pode obter um sinal de ocupado, e é
preciso esperar pelo estabelecimento da ligação;
· Pode-se optar por ter uma ligação de 128kbps ou duas de 64kbps, no acesso
básico;
· No acesso primário a velocidade de transferência máxima é de 1920 kbps;
· Os canais podem ser utilizados por vários tipos de dados: voz, fax, Internet,
videoconferência, videofone e televisão;

Cable Modems:

· Uma vez que não é sustentada numa rede já existente é preciso implantar uma
rede nova;
· Sendo a linha não exclusiva a segurança dos dados é posta em causa, tendo
que existir processos para evitar a violação da privacidade dos clientes;
· A ligação é dedicada, com as vantagens que daí advêm;
· As velocidades de transferência de dados oscilam, tipicamente, entre os
500kbps e 1.5Mbps em downstream e em upstream não passa os 256kbps;

Sendo estes valores típicos não se exclui a possibilidade de usufruir de taxas


superiores a 1.5Mbps nem a possibilidade de ficar aquém dos 500kbps; As
oscilações dependem do número de utilizadores a transferir dados

Perspectivas Futuras
Sendo as vantagens desta tecnologia bastante elevadas e a pressão por parte das
operadoras telefónicas elevada para o melhoramento desta tecnologia, estão atualmente
a ser estudadas diversas soluções para tornar o produto mais atractivo e mais eficaz.
Entre elas encontra-se o uso de melhores técnicas de FEC de forma a garantir um
maior ganho de codificação e consequentemente permitir estender o uso de ADSL em
distâncias superiores.

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Outro factor que poderá tornar o produto mais atractivo para os clientes é a
transmissão de voz juntamente com os dados e, possivelmente a dedicação total das
linhas para ADSL. Desta forma será possível um melhor aproveitamento das baixas
frequências de modo a tornar as taxas de transferência de dados superiores.
São também possíveis velocidades de transmissão muito superiores às indicadas
(52Mbps a 155Mbps para distâncias correspondentes a 1 milha e um quarto de milha,
respectivamente) se as distâncias entre ATU-R e ATU-C forem inferiores. Contudo, a
implementação desta tecnologia obriga a grandes investimentos por parte dos
fornecedores de serviços que teriam de instalar regeneradores de sinal entre o
consumidor e a central telefônica.
Estudam-se ainda possibilidades de usar esta tecnologia através de fibra óptica
sendo nesse caso possíveis velocidades de transferência muito superiores.
Entretanto as velocidades de transferência de dados proporcionadas pela ADSL
farão com que, num futuro próximo, o serviço pay-per-view video seja uma realidade
acessível à grande maioria dos utilizadores da World Wide Web, bem como o serviço de
videoconferência. Contudo este último serviço padece da limitação nas velocidades de
upstream.
As figuras 6 e 7 reflectem a evolução e perspectivas futuras de desenvolvimento
do número de bases de linhas DSL, quer no mercado residencial quer no mercado
empresarial e as perspectivas de crescimento das linhas de serviços broadband em todo
o mundo.

Gráfico 3 - Crescimento do número de linhas instaladas na Europa e nos EUA

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Gráfico 4 - Número de linhas de serviços Broadband instaladas em todo o mundo.
Bibliografia

ADSL – Technical Info; Andrews & Arnold, Lda; 23 de Setembro de 2001,


http://aa.nu/adsl/tech.html
ADSL Application Notes; Conferências NetWorld + Interop 98 Las Vegas; 5 – 7
de Maio de 1998
DSL Anywhere; Michael Zimmerman, Keith Atwell, Moshe Oron, Gary Bolton,
Shyed Abbas, Scott Harris, Gene Cárter, Bob Scott, Tom Starr, James Davis,
Barry Dropping, Wayne Lloyd, Ramon Chea, Tony Mosley; DSL Forum

Websites:

ADSL Forum, www.adsl.com


DSL Forum, www.dslforum.org
Institute of Electrical and Electronics Engineering, www.ieee.org
World of ADSL, www.world-of-adsl.com
Portugal Telecom, http://www.portugaltelecom.pt/
Telepac, www.netfast.telepac.pt
Netvisão, www.netvisao.pt
Netcabo, www.netcabo.pt
IP, www.ip.pt
ONI, www.oni.pt
ZDNet, www.zdnet.pt/redes
Point-Topic, www.point-topic.com
Speed Guide, www.speedguide.net

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