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CENTRAIS DE

COMUTAÇÃO
(parte 3)
SUMÁRIO

 Sinalização:
 Introdução;
 Sinalização de Assinantes;
 Sinalização entre Centrais.

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PEDIDO DE DESCULPAS

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INTRODUÇÃO À
SINALIZAÇÃO

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INTRODUÇÃO À SINALIZAÇÃO

Na rede de telefonia, para se estabelecer uma chamada entre dois


assinantes é necessário que as centrais troquem algum tipo de dado para
que esta interligação seja feita maneira correta. Uma grande parte
destes dados são referentes às identidades dos assinantes envolvidos
(número do assinante).

De maneira geral, existem dois tipos de sinalização: (i) sinalização de


assinantes e (ii) sinalização entre centrais. Estes tipos de sinalização são
subdividas em outros tipos de sinalização que também serão estudadas.

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INTRODUÇÃO À SINALIZAÇÃO

 A sinalização telefônica é o processo de transferência de informações


entre assinante e central, e/ou entre centrais.
 Ela pode ser separada em dois tipos, que depois podem ser subdividas
em outros subitens:
 Sinalização de assinante (ou sinalização de acesso);
 Sinalização entre centrais (ou sinalização de entroncamento).
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SINALIZAÇÃO DE
ASSINANTE

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INTRODUÇÃO À SINALIZAÇÃO

 Sinalização de Assinante: trata-se da sinalização que ocorre entre


assinantes e centrais locais. Esse tipo de sinalização permite que o
assinante envie os dígitos discados à central, e permite também que a
central informe ao assinante sobre os processos de estabelecimento da
chamada.

Para isso, existem três tipos de sinalização de assinante:


 Sinalização Acústica;
 Sinalização Decádica e
 Sinalização Multifrequêncial.

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SINALIZAÇÃO DE ASSINANTE
 Sinalização Acústica: Quando o assinante retirar o fone do gancho, a
central envia um tom acústico ao usuário para indicar que o mesmo pode
começar a discar os dígitos do número de telefone que se pretende
chamar. Se a central, por algum motivo, não puder receber esses dígitos,
ela envia um outro tom ao assinante, indicando a sua indisponibilidade.
Os tons enviados pela central ao assinante chamador, definem a
sinalização acústica.

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SINALIZAÇÃO DE ASSINANTE
Actualmente, a maior parte destes tons foram substituídos por máquinas
anunciadoras. Estas máquinas são responsáveis por enviar mensagens
audíveis, como por exemplo “o número chamado está ocupado, por favor tente
mais tarde”.
Além dos sinais acústicos, existe um sinal chamado “Corrente de Toque” que é
o sinal enviado pela central para o aparelho do assinante chamado a indicar
que há uma chamada dirigida a ele. O envio da corrente de toque é
interrompido assim que o assinante chamado atende a chamada.

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SINALIZAÇÃO DE ASSINANTE
 Sinalização Decádica: nessa sinalização os dígitos são enviados pelos
terminas, na forma de pulsos, para a central. Estes pulsos são produzidos
através da abertura e do fechamento do circuito formado entre a central
e o terminal, e devem estar compreendidos entre 17ms e 140ms.
Assim, quando o usuário, por exemplo, disca o dígito 4, o telefone
converte este dígito em quatro pulsos que abrem e fecham o circuito
quatro vezes consecutivas.

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SINALIZAÇÃO DE ASSINANTE

Um inconveniente da sinalização decádica está na demora para enviar todos


os algarismos discados à central. Cada pulso, tem em média 100ms. Logo,
para se enviar o dígito “0” será necessário esperar 1s para a sinalização.
Outro inconveniente resulta do fato desses pulsos se distorcerem à medida
que se propagam na linha. Essa distorção é induzida pela capacitância da
linha, e aumenta com o comprimento da linha.
Como o equipamento tem unicamente possibilidade de suportar um
determinado grau de distorção, conclui-se que esse tipo de sinalização
contribui para limitar o comprimento do enlace do assinante.

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SINALIZAÇÃO DE ASSINANTE
 Sinalização Multifrequencial: nesse tipo de sinalização cada dígito
discado é convertido em um par de frequências, em uma faixa audível, e
enviado no próprio circuito estabelecido entre o terminal e a central que,
utilizando filtros de frequência, consegue identificar o par transmitido e,
consequentemente, o dígito discado. O envio é feito por meio de dois tons
de frequência (DTMF), e a combinação de ambas define o número
discado.

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SINALIZAÇÃO ENTRE
CENTRAIS

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SINALIZAÇÃO ENTRE CENTRAIS

Existem, basicamente, dois tipos de sinalização entre centrais:


 Sinalização por Canal Associado: As informações de sinalização
concorrem com o sinal de voz dentro do mesmo espaço físico. Mesmo a
sinalização ocorrendo antes da conversação ter iniciada, ela usa o circuito
que depois será usado para a conversação. Portanto, o canal da
sinalização está associado ao canal de conversação.
 Sinalização por Canal Comum: sua principal característica é que a troca
de informação para estabelecimento do circuito entre centrais utiliza
canais dedicados à sinalização. Logo, Pode se dizer que entre duas
centrais, que se comunicam através desse tipo de sinalização, existe um ou
mais canais de dados responsáveis pela transmissão da sinalização
correspondentes aos demais canais de voz.

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SINALIZAÇÃO POR CANAL ASSOCIADO

A sinalização por Canal Associado é composto por dois protocolos:


 R2D (R2 Digital) e
 MFC (Multifrequencial Compelida).
O protocolo R2D é responsável por fazer a sinalização de linha, enquanto
que o protocolo MFC é responsável por fazer a sinalização de registro.
Este tipo de sinalização é mais antigo nas centrais de comutação telefônica
do que a sinalização por canal comum. Entretanto, com a instalação dos
novos equipamentos passou-se a utilizar mais a sinalização por canal comum.

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SINALIZAÇÃO POR CANAL COMUM
Existem vários protocolos capazes de implementar uma rede de sinalização
por canal comum. Porém, padronizou-se um denominado Sistema de
Sinalização Número 7 (SS#7 – Signaling System Nº 7)
Na rede de sinalização SS#7, utiliza-se a comutação de pacotes para se
transferir os sinais, isto é, as informações de sinalização são agrupadas em
pacotes que são transferidos através de um canal de 64kbit/s.
Cada componente da rede de sinalização SS#7 é chamado de ponto de
sinalização. Assim, cada central da rede é um ponto de sinalização, e existem
3 funções distintas que podem ser executadas por esses pontos:
1. Geração e recepção de mensagens;
2. Roteamento ou transferência de mensagens;
3. Acesso ao banco de dados da rede de sinalização.

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SINALIZAÇÃO POR CANAL COMUM
Os pontos de sinalização podem ser divididos em três classes:
 SSP (Service Switching Point): centrais responsáveis pela geração e
recepção das mensagens de sinalização SS#7.
 STP (Signal Transfer Point): centrais responsáveis pelo roteamento das
mensagens de sinalização entre duas SSP.
 SCP (Service Control Point), bancos de dados usados para fornecer
informações necessárias para dar continuidade a uma chamada.

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SINALIZAÇÃO POR CANAL COMUM

É importante observar que uma central tandem pode ser tanto um SSP quanto
um STP, para chamadas diferentes. Uma central local somente fará o papel
de SSP, enquanto que uma central trânsito somente fará o papel de STP.
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ESTRUTURA EM CAMADA
DO PROTOCOLO SS#7

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ESTRUTURA EM CAMADA DO SS#7
A sinalização SS#7 é estruturada em um modelo de 4 camadas (similar ao
modelo OSI, estruturado em 7 camadas):
 Camada física;
 Camada de enlace;
 Camada de rede e
 Parte do usuário.

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ESTRUTURA EM CAMADA DO SS#7
A parte do usuário (camada 4), consiste nos aplicativos do usuário, chamados
de UP (User Parts). Na UP encontramos os seguintes subsistemas de usuário:
 TUP (Telephone User Part): suporta os serviços básicos de telefonia como
estabelecer/encerrar chamadas, supervisionar circuitos, entre outros.
Limita-se apenas à sinalização da rede de telefonia fixa.
 ISUP (ISDN User Part): suporta os serviços da Rede Digital de Serviços
Integrados (RDSI), ou seja, define as funções e os procedimentos
necessários ao oferecimento de serviços e facilidades para aplicações de
voz e dados na rede comutada por circuito.
As camadas 3, 2 e 1 são denominadas por MTP3, MTP2 e MTP1,
respectivamente. Onde MTP (Message Transfer Part) é a parte de
transferência de mensagens.
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ESTRUTURA EM CAMADA DO SS#7
 MTP3 (camada 3): Analisa e determina a rota de sinalização através do
código da central de origem/destino. Estabelece a rota alternativa e
restrição no caso de congestionamento ou falha na rede de sinalização.
Também distribui sinais para o subsistema de usuário.
 MTP2 (camada 2): é responsável por proporcionar confiabilidade ao
enlace de sinalização através das funções de: (i) delimitação de
mensagens por meio flags, (ii) detecção de mensagens recebida
incorretamente, (iii) controle de sequência de mensagens recebidas e
transmitidas, e (iv) detecção de falhas no enlace de sinalização e
recuperação do mesmo.
 MTP1 (camada 1): define as características físicas, elétricas e funcionais do
enlace de sinalização, tais como, velocidade de comunicação, formato dos
códigos de transmissão e sistema de transmissão (codificação RZ, NRZ,
entre outras).
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ESTRUTURA EM CAMADA DO SS#7

PARTE DO
USUÁRIO
Telephone User Part
U
P
ISDN User Part

MCAMADA
M

DE REDE
T
Roteamento
P
3

DE ENLACE
Delimitação M
CAMADA
T
Detecção de Erro
P
Controle de Sequência 2

Características M
CAMADA
FÍSICA

Físicas T
Eléctricas P
Funcionais 1

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PRINCÍPIO DE
FUNCIONAMENTO DO SS#7

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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Quando uma central necessita enviar uma mensagem de sinalização (MSU –
Message Signal Unit) ela coloca as informações de sinalização (TUP) em um
pacote (com cabeçalho e payload) e envia para a central de destino. No
cabeçalho da MSU existirá o endereço de destino da central que receberá
esta mensagem.

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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

 IAI (Initial Address Message with Additional Information): mensagem para


iniciar uma chamada.
 ACM (Address Complete Message): indica que a mensagem IAI alcançou o
seu destino corretamente.
 ANM (Answer Message): mensagem a indicar que a chamada foi atendida
pelo destinatário.
 CLF (Clear Forward): mensagem de desligamento pra frente e pedido de
liberação do circuito.
 RLG (Release Guard): mensagem de resposta à CLF

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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

DÚVIDAS
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Mentira... Podes sempre
perguntar!

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