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Faculdade de Engenharia

Departamento de Engenharia Electrotecnia


Engenharia Electrónica

4º Ano, Iº Semestre

Disciplina de Sistema Telefónico

Resolução de Exercícios- 7.1,10.1 e 10.2

Discente: Docente:
Macovole, António Júlio Engo Mário Ringler

Maputo, Agosto de 2021


Exemplo 7.1. Desenhe um diagrama de transição de estados usando símbolos STD para uma
chamada telefónica local. Para simplificar o diagrama omita eventos ou estados que resultam de
uma má operação (por exemplo time-outs e parqueamentos).

Sendo os seus eventos :


1. Estado livre (estado vago) - Inicialmente o auscultador do cliente está na posição de
descanso, a linha está livre esperando que chamadas sejam originadas ou recebidas
(estado 0), entretanto a central monitora o estado da linha pronta a detectar uma condição
de pedido de chamada.
2. Sinal de pedido de chamada - O cliente envia um sinal a central para solicitar uma
chamada. Para uma chamada telefónica, isto é feito através do levantar do auscultador
provocando um fluxo de corrente na linha. O sinal de pedido de chamadas é algumas
vezes conhecido como sinal de ocupação uma vez que obtém um recurso da central.
3. Identificação da linha chamadora - A central detecta a condição de pedido de chamada
e isto identifica a linha que a originou. Em geral este sinal aparece numa terminação
associada ao número de equipamento do cliente (EN). A transição de número de
equipamento para número de lista telefónica (DN) deve portanto ser executada de
maneira a se fazer tarifação de chamada.
4. Determinação da classe de serviço de origem - A classe de serviço (GOS) de origem
corresponde a uma gama de serviços disponíveis ao cliente chamador, ela deve portanto
ser determinada antes de a conexão ser estabelecida. Em centrais electromecânicas era
necessário que linhas de diferentes classes de serviço fossem segregadas em grupos
diferentes de maneira a podermos distinguir entre elas (por exemplo linhas normais e
linhas de telefone público. Numa central strowger devem ser ligadas em diferentes
primeiros selectores). Numa central SPC a classe de serviço do cliente faz parte dos
dados armazenados para esse cliente na memória de linha. Muitas e diferentes classes de
serviço podem ser providenciadas, algumas delas podem ser alteradas sobre o controle
dos clientes (por exemplo o barramento de chamadas).

5. Conexão para a linha chamadora - A central faz agora a conexão para a linha
chamadora.
6. Sinal de marcar - A central envia um sinal de volta para o chamador para indicar que
está pronta para receber a identidade do terminal de linha para a qual a conexão é feita. A
central está agora a espera desta informação (estado 1).
7. Sinal de endereço - O chamador agora envia um sinal para a central para instruíra-la a
encaminhar a chamada para o destino requerido. Numa central telefónica isto é feito pela
discagem ou pelo envio de tons de um telefone DTMF.
8. Selecção da terminação de linha de saída - A central determina a requerida terminação
de linha de saída a partir da informação de endereço recebida. Uma vez que o chamador
discou o número de lista telefónica (DN) do cliente chamado, em geral isto envolve
translação DN para EN.
9. Determinação da classe de serviço de destino - A central precisa de determinar a classe
de serviço da linha chamada, uma vez que isto afecta o procedimento para manuseamento
da chamada, por exemplo se a chamada é para um cliente tendo PBX, o cliente poderá ter
um grupo de linhas e todas podem ser usadas para conexão. Isto também se aplica as
chamadas de junção ou de troncos. Qualquer circuito livre na rota de saída requerida
pode ser usado.
10. Teste da terminação da linha chamada - A linha chamada pode estar indisponível tanto
por estar ocupada como por estar fora de serviço, portanto a cental testa o estado da linha
antes de fazer uma conexão para ela. No caso de uma chamada para um PBX (ou para
uma junção de saída) a central testa cada terminação até que ache uma livre ou ache todas
ocupadas.
11. Sinal de estado - Um sinal de estado algumas vezes designado de sinal de progressão das
chamadas é agora enviado para tras (de volta) para informar o chamador sobre o
progresso de chamada. Este é usualmente um tom de audio-frequência, contudo ele pode
ser um anuncio gravado (por exemplo para congestão dos troncos duma rota ou um
cliente que mudou de número). Se o sinal é o tom de ocupação ou o tom de número não
existente, o chamador repõe o auscutador e a conexão é libertada , então o estado livre ou
seja estado zero é retomado.
12. Conexão para terminação de linha chamada - Tendo descoberto que a linha chamada
existe e está livre a central faz uma conexão para ela.
13. Alerta do cliente chamado - A central envia um sinal para a linha chamada para alertar
o cliente para este receber a chamada. Numa central telefónica isto é feito através do
envio de uma corrente alternada de baixa frequência para a linha. Ao mesmo tempo um
tom de chamar é enviado de volta para o chamador como sinal de progressão de
chamada. A central está agora a espera de uma resposta (estado 2).
14. Sinal de resposta - Quando o cliente chamado responde levantando o auscultador, um
loop de linha é restabelecido e a corrente flui. Isto providência um sinal de resposta a
central, fazendo com que ela cesse de enviar o sinal de alerta. A central também remove o
tom de chamar da linha chamadora providenciando assim o sinal de resposta para o
chamador. Se o cliente chamado não responde, o chamador repõe o auscultador, isto faz
com que a central liberte as conexões para as terminações de linha do chamador e do
chamado. A linha chamadora está agora no estado livre (estado zero).
15. Estabelecimento de conexão (Completar a conexão) - A recepção do sinal de resposta
do cliente chamado faz com que a central complete a conexão entre as terminações de
linha e entre os clientes chamador e chamado.
16. Estado de conversação - A conexão foi agora completada entre as linhas dos dois
clientes e eles podem conversar por quanto tempo quisserem (estado 3). A central
supervisiona a conexão para detectar o fim da chamada e para facturar (por ticketing ou
por contador).
17. Sinais de desligar - Quando cada cliente repõe o auscultador a corrente de linha cessa e
isto providência um sinal de desligar para a central.
18. Libertação da conexão - A central então desliga a conexão entre as terminações de
linha chamadora e da linha chamada portanto, o estado livre (estado 0) é retomado.
Existem teoricamente quatro maneiras de se controlar a libertação de conexão:

 Libertação quando a parte chamadora desliga;


 Libertação quando a parte chamada desliga;
 Libertação quando a primeira parte desliga;
 Libertação quando a ultima parte desliga.

Exemplo 10.1. Uma rede de junção simples que tem 4 centrais locais (A, B, C e D) e pode
também ter uma central tandem (T), durante a hora de maior tráfego cada central local origina 2E
de tráfego para cada uma das outras, e o grau de serviço requerido é 0,02. Determine:
1. O número total de junções dum só sentido requerido na rede se:
i. São apenas providenciadas junções directas, isto é, não existe central tandem;
ii. Todas as chamadas de junção são encaminhadas através de uma central tandem;
iii. Encaminhamento alternativo automático (AAR) é usado e existe 4 junções directas entra
cada par de centrais locais.
2. Em cada direcção) com o trafego que transborda encaminhado através da central tandem.
Se cada junção directa custa D e cada Junção para a central tandem custa T (incluindo o
equipamento associado de comutação e sinalização para cada caso), sobre qual razão T/D
deve cada um dos métodos acima providenciar o encaminhamento mais económico.
Resolução
1.
i. Resposta: A partir da tabela 4.1, o número de junções necessárias de A para B e de B
para A é 6.
O número de rotas entre as trocas é 6.
∴O total de números de junções é 6¿ 2∗6=72
ii. Resposta: O total de tráfego de A para T ë 3∗2=6 E
Na tabela 4.1. mostra nos que o número de junções necessárias é de 72.
∴O número total de juncões entre A e T é de 24.
O número de rotas é 4.∴ O total de números de juncões é 96.
iii. Número de junções directo são2∗2∗6=24
O trafego de saída para A são necessários 12 juncões.
No entanto, seis junções directas∴ seis junções que vai param T.
Da mesma forma, o tráfego de entrada para A requer 12 junção.
O número de juncões necessários em T para A é 6.
O número total de juncões tandem é 4∗2∗6=5=48
Portanto, o numero total de juncões na rede é 24+ 48=72, ou seja no ponto i e iii
exigem poucas juncões do que ii.
2. O custo do esquema (i) é C 1=72 D
O custo do esquema (ii) éC 2=96 T
O custo do esquema (iii) éC 3=24 D+ 48T
Por isso:
C 3 ≤ C1 para 48 T ≤ 48 D ∴T ≤ D
C 3 ≤ C2 para 24 D≤ 48T ∴T ≤ T /2
Portanto:
Razão T / D: <0.5 0.5< T / D< 1.0>1.0
Esquema mais barato: (ii) (iii) (i)

Exemplo 10.2. Uma pequena central A tem uma rota directa com a central B e uma rota final
com a central C, a qual transporta tráfego para todos outros destino. O trafego total de A é 5E
dos quais 1E é para a central B. Requerem-se que o Grau de serviço seja pior que 0,01. Ache o
número total de troncos de saída de A que são necessários se:

1) Todo trafego de A para B for transportado na rota directa.


2) Existem dois troncos na rota directa e o tráfego transborda deste para a rota final

Resolução

Dados: AtA=5E; AAB=1E; B≤0,01


1) Da tabela: AAB=1E; B=0,01 ❑N=5

AAC=4,5E; B=0,01 ❑N=10
Ntotal=NAB+NAC=5+10=15 troncos
2) NAB=2 troncos; AAB=1E

N 2
A 1
N! 2
B= N K = 0 1 2
=0,2
A 1 1 1
∑ k ! 0!+ 1! +2!
k=0

Aperd=Aof x B = 1x0,2=0,2E

AAC = 4 + 0,2 = 4,2E

NAC = 10 troncos

Ntotal = 10 + 2 = 12 troncos

Conclusão: o segundo método requere menos troncos que o primeiro.

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