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PCM com 30 canais

Alinhamento de quadro:

Em um equipamento PCM Multicanal e essencial que os canais transmitidos


sejam identificados corretamente pelo receptor, por isso se usa um sinal padrão
pro alinhamento do quadro gerado no lado transmissor e como referência para
todos os bits seguintes até o próximo sinal de alinhamento de quadro.

A perda desse alinhamento acontece quando o equipamento tem falhas ou


caso haja alta taxa de erro no meio, e o alinhamento de quadro é considerado
perdido quando três sinais seguidos são incorretamente recebidos.

Caso tenha falhas no alinhamento de quadro, são tomadas as seguintes


providencias:

No terminal local A

- Acionar alarme local


- Bloquear a comunicação nos canais telefônicos na direção da recepção.
- O bit 3 do intervalo de tempo do canal "0" dos quadros que não contenham a
informação de alinhamento de quadro, deve ter seu estado "0" mudado para "1"
na direção de transmissão de A para B;
- Aplicar, a todos canais de sinalização recebidos do equipamento multiplex do
terminal distante B, dentro do tempo de 6 ms, a condição de sinalização
correspondente ao estado "1" na linha;
- Indicar ao equipamento de comutação que ocorreu uma perda de alinhamento
de quadro, para que os circuitos sejam removidos do serviço.
No terminal distante B

Quando o bit for recebido no terminal remoto B, o bit 3 do intervalo de


tempo do canal "0" dos quadros que não tiverem sinal de alinhamento de
quadro, o estado "1", terão que fazer os seguintes procedimentos:

- Acionar alarme local


- Indicar ao equipamento de comutação que ocorreu uma perda de
alinhamento de quadro, para que os circuitos sejam removidos do serviço.

Para o transmissos e o recepetor do sistema PCM funcionarem corretamente


é importante não só manter o alinhamento de quadro mas também garantir
que os dois terminais estejam sincronizados afim de manter os sinais de
relógio dos terminais na mesma taxa média.

O equipamento de transmissão possui um relógio, que normalmente fica


dentro do próprio equipamento, que cria os sinais usados para controlar as
várias funções além de determinar a taxa em que o sinal foi gerado; e ao invés
de usar um relógio independente, utiliza-se um gerado a partir dos sinais
recebidos, e isso vai garantir que os dois terminais estarão trabalhando na
mesma taxa média.
O sinal tem uma taxa diretamente proporcional ao relógio e pode variar entre
limites finitos de valores, podendo ter uma diferença de até 100 ppm.

Sinalização e alinhamento de multiquadro

Num sistema primário de 30 canais a sinalização é enviada pelo canal 16 e de


quadro em quadro se refere à um canal diferente do anterior, por isso um
alinhamento de multiquadro é estritamente necessário a fim de interpretar
corretamente a sinalização recebida.

O alinhamento de multiquadro é considerado perdido quando dois sinais


consecutivos forem entendidos erroneamente e serão considerados
recuperados quando o primeiro sinal de alinhamento for identificado.
Quando for detectada uma falha no alinhamento de multiquadro do terminal A,
num enlace de A-B, os seguintes procedimentos devem ser seguidos:

No terminal local A:

- Aplicar a todos os canais de sinalização recebidos do terminal B, dentro do


tempo de 6 ms, a condição de sinalização correspondente ao estado "1" na
linha.
- permitir que a parte do equipamento PCM que detecta a perda de
alinhamento de multiquadro, dentro do tempo de 6 ms, acione um alarme para
uso no equipamento de sinalização do terminal A
- mudar do estado "0" para o estado "1" o elemento binário 6 do intervalo de
tempo do canal 16 do quadro 0, na direção de transmissão de A para B.

No terminal remoto B:

No terminal B, quando for recebido o elemento binário 6 do intervalo de


tempo do canal 16 no quadro "0" com o estado "1", informando perda de
alinhamento de multiquadro no terminal A, os seguintes procedimentos devem
ser feitos:

- aplicar a todos os canais recebidos do equipamento A, dentro do tempo de 6


ms, a condição de sinalização correspondente ao estado "1” na linha
- permitir que a parte do equipamento PCM que detectar a perda de
alinhamento de multiquadro, dentro do tempo de 6 ms, acione um alarme para
uso no equipamento de sinalização do terminal B.

Unidades de canal

Resposta em frequência - Uma análise do comportamento de um sistema de


acordo com a frequência, não significa a qualidade do som e sim o limite que
cada dispositivo consegue emitir, sendo ele no mínimo ou no máximo

Atraso de grupo - É a derivada negativa da fase de um dispositivo em relação à


frequência.
Ruído de canal livre - O ruído dos canais livres, medidos na entrada e saída do
som, não podem exceder o limite de -65 dBm0p. O nível de qualquer
frequência simples não pode exceder a -50 dBm0 e o ruído próprio do sistema
não pode exceder a -75 dBm0p.

Determinação contra entrada de sinais fora de faixa - Sinais senoidais fora da


faixa e aplicados na entrada do canal PCM vão produzir frequências-imagens e
os níveis delas na saída do canal são pelo menos 25 dB abaixo do nível de teste
do canal PCM.

Sinais espúrios fora da faixa na saída do canal - o nível de frequências-imagens


medido de modo seletivo fora da faixa de voz

Intermodulação - o nível do produto definido por 2f1-f2, medida na saída de


qualquer canal, quando posto simultaneamente na entrada correspondente dos
sinais f₁ e f₂, na faixa de 300 Hz a 3.400 Hz e em níveis iguais, entre 4 dBm0 e
21dBm0, deve estar 35 dB abaixo do nível de qualquer um dos sinais de
entrada.

Sinais espúrios dentro da faixa na saída do canal - Para um sinal senoidal na


faixa de 700 a 1.100 Hz de nível 0 dBmo, aplicado na entrada de um canal, no
nível e saída correspondentes, e em qualquer frequência na faixa de 300 Hz a
3.400 Hz, deve ser menor que -40 dBm0.

Variação do Ganho em função do nível de entrada - Para uma onda senoidal na


faixa de 700 a 1.100 Hz aplicada à entrada de qualquer canal e com nível entre
-55 dBm0 e +3 dBmo, a variação do ganho deste canal em relação ao ganho
obtido com o nível -10 dBm0, deve estar dentro dos limites

Interferência de sinalização - O nível de interferência não deve passar de -60


dBm0p.
Estabilidade de nível - O nivel medido na saída de qualquer canal, em
condições normais das operações, não deve variar mais que 0,2 dB durante um
intervalo de dez minutos; 0,5 dB durante um intervalo de trinta dias; e 1,0 dB
durante um intervalo de um ano.

Redes de transporte

HDP- Hierarquia Digital Plesiócron

Antes dos anos 60 já estava sendo desenvolvido a transmissão e a


multiplicação de serviços de voz para os canais de comunicação, sendo
totalmente estabelecidos nas décadas de 1960 e 1970. Para que a telefonia
evoluísse até os dias de hoje, tiveram de observar cada passo dado
detalhadamente: a taxa de amostragem (quantidade de amostras de um sinal
analógico por tempo para se transformar em um sinal digital) de 8kHz e um
espaço reservado de 8 bits por cada voz codificada em PCM (planejamento e
Controle de Manutenção). Dessa estrutura resulta em um intervalo básico de
repetição de 125 us, ou seja, cada 8 bits equivale a taxa de canal de 64 kbits/s (1
quilobit = 10³bits = 1000 bits).

A lei de codificação e a sinalização associada ao canal e mais outras funções e


características desse sistema foram desenvolvidos de forma diferente na Europa
e Estados Unidos. O Brasil aderiu ao padrão europeu, sendo esse o de 32 canais
a 2.048 kbits/s.

Um problema na transmissão digital seria combinar em um único sinal a


informação do usuário (que está em binários válidos e em instantes diretos), o
bit sincronizador que identifica justamente esses instantes e a fase do quadro.

A CAS foi criada nos Estados Unidos pelo roubo do bit menos significativo a
cada seis amostras do canal, em um multiquadro de 12 quadros, Isso resultou
em uma pequena distorção de quantização. Na Europa, a CAS foi criada em
uma outra janela de tempo, a janela 16 do quadro de 2.048 kbits/s, com um
multiquadro de 16 quadros.
A maneira pela qual se disponibilizou o sincronismo de quadro e a informação
adicional de controle do trajeto de transmissão (overhead) é diferente para cada
caso. 8 kbits/s por quadro é usado no sinal de 1.544 kbits/s, ao passo que 64
kbits/s é usado no sinal de 2.048 kbits/s.

A estrutura de overhead em ambos os formatos foi a principal área de


aprimoramento nas décadas de 1970 e 1980 ao mesmo tempo que os requisitos
de gerenciamento e manutenção se tornaram mais claros.

Os formatos originais não possuíam capacidade de monitoramento de erro que


pudesse ser utilizada no trajeto lógico fim a fim. O monitoramento de
desempenho que era disponível às pessoas se baseava em conclusões feitas de
outras informações disponíveis.

Os formatos foram modificados para prover monitoramento de erro baseado


em mecanismos de verificação de redundância cíclica o que levou à elaboração
do superquadro estendido DS1 e a redefinição da janela de tempo 0 no formato
de 2.048 kbits/s.
Os formatos básicos F1 e E1 são formados pelos entrelaçamentos octetos dos
canais, e isso só é possível por conta da taxa de amostragem de um canal básico
e a taxa agregada primaria serem derivadas de um único sinal de relógio local.

É preciso multiplexar certa quantidade de canais pra criar um sinal de maior


capacidade de transmissão, isso para diminuir os custos das mesmas já que por
enquanto não se é possível utilizar um processo simples de entrelaçamento de
octetos, pois seria necessário uma sincronia universal de todas as fontes
primarias.

A técnica para a multiplexação do HDP é baseada no aumento de uma taxa de


sinal tributário multiplexada a uma taxa de canal derivada da taxa agregada, e o
simples entrelaçamento dos bits desses canais é suficiente pra formar o sinal
agregado multiplexado. Este método é chamado de multiplexação passo a passo
assíncrona.
O processo pela qual a taxa do tributário é adaptada a taxa do canal síncrono é
conhecida como justificação ou stuffing, já que depende da utilização de bits
extras disponíveis no canal síncrono, que se conseguem sob o controle de um
processo adaptativo feito por uma comparação entre as fases dos sinais
agregados e tributários.

A taxa de um multiplex HDP deve ser um pouco maior que a dos tributários,
mesmo quando estão no máximo de taxa permitida para a acomodação dos
overheads. Em um quadro gerencia e se organiza os devidos dados dados indo
de acordo com o alinhamento e no final a capacidade é dividida entre os
tributários.

Se for um quadro ou um multiquadro justificado, ele não vai transportar


nenhuma mensagem ou informação no bit J e quanto menor a taxa do
tributário, mais quadros serão justificados, sendo a justificação uma decisão
tomada de quadro em quadro, e o resultado é a manutenção das fases médias
dos dados dos tributários no canal justificado de um modo que os dados não se
percam.

Para que a informação no canal de controle dada pelo processo de justificação


no quadro de justificação, contada e codificada pelo PCM diferencial de 1 bit
sendo multiplexa em seguida para ser recuperada no receptor. A diferença de
fase vindo da discordância de frequência do sinal tributário e várias outras fases
que nao estao iguais.
Entre os canais destacados, iremos falar do JC que foi projetado para que
oferecesse repetições diante de erros, para não fossem os erros de justificaçao o
motivo. A tanta atenção e esforço em cima desses quadros de justificaçao, não
se pelos motivos de deixar tudo balanceado, tudo em equilíbrio para que tudo
funcione da maneira correta entre: eficiência, desempenho do enquadramento,
tolerância a erros e jitter (estatística do atraso na entrega de dados em uma
rede)de sincronismo.
Demultiplex:
Informação de justificação 🠒 canal JC e do sistema de relogio recuperado
Esse relogio é provido por meio de um phase lock loop.

Limitações dos sistemas HDP de alta capacidade

A rede de comunicação HDP se caracteriza por ter enlaces de ponto a ponto,


em que tanto a manutenção quanto o gerenciamento são feitos de forma
manual. E esse fato é uma grande complicação já que cada vez mais buscamos
coisas automatizadas, rápidas e fáceis, a mesma coisa com a rede HDP, onde os
usuários buscam serviços e circuitos mais rápidos, além do requisito de rede
conhecido como “Telecommunications Networking”, ou apenas a
configurabilidade, controlada por computador.

A base desse tipo de rede de grande capacidade é a multiplexação passo a


passo assíncrona. Entre os níveis de multiplexação temos as unidades de
comutação chamadas de Cross-Connect ou X-Connect. Já no lado da recepção
é preciso realizar uma demultiplexação completa do sinal de linha caso queira
acessar um tributário nível 1 qualquer, e isso torna a configurabilidade muito
cara e inflexível. Por isso a manutenção e gerenciamento é muito limitada,
simplesmente não tem uma capacidade extra de sinal e os sistemas de uma
maior taxa de linha são proprietários, dificultando a interoperabilidade.

HDS-Hierarquia Digital Síncrona

Esse sistema foi criado para superar os limites dos outros, ou seja, novas
funções, agilidade e outros, variante do SONET (Synchronous Optical
Network), criado nos Estados Unidos, mas ambos compatíveis com hierarquias
definidas. HDS é mto importante na área de tecnologia e telecomunicações,
pois faz uma diferença absurda na alta capacidade de fibras ópticas além de
promover uma ótima infraestrutura para as redes de telecomunicações , sendo
simples, econômica e flexível.
As principais vantagens da rede HDS são:
Desempenham um papel mto importante nas redes de telecomunicação,
deixando tudo mais eficiente em custo e flexível;
Detecta imediatamente algum erro ou danificação interna do sinal;
O transporte de sinal é bastante flexível, ou seja, aguenta passar sinais
atuais ou que ainda vão ser inventados.
Tem a capacidade conectar vários equipamentos de redes de diferentes;
fornecedores/fabricantes;
Transporta sinais dos padrões FDDI e DS1, DS2, DS3 (EUA).

Multiplexação Síncrona Direta

Se trata simplesmente de conjuntos de camadas onde tem entradas e saídas


compatíveis que podem ser conectadas umas das outras e classificadas de
acordo com á informação transportada. Como exemplo podemos usar a rede
PCM de 2048 kbits/s que é uma camada de rede e a rede HDS que é uma
camada diferente anterior.

Cada informação da camada é adaptada para que ocorra a transmissão na


camada servidora, o processo consiste na adaptação dependente da informação
característica em cada camada contendo a diferença de taxa de transmissão,
multiplicação, alinhamento e quantificação

Usa-se um quadro com entrelaçamento de octetos surgido de um quadro


básico, com o uso dos sinais HDP de taxa primária.

Por esse quadrado ter esse formato, ele permite a inserção e retirada das
camadas administrativas com maior capacidade e mais adequados para o
transporte de serviços
High Order Layers - HOP

São as camadas de trajeto de alta ordem que provêm uma grande capacidade
de transporte através das redes HDS. Na origem do HOP existem overheads de
terminação de trajeto que são lidos no destino.
A camada do HOP VC-4 É utilizado tanto aqui no Brasil quanto na Europa,
enquanto o VC-3 é mais utilizado na América do Norte, mas os dois usam a
mesma estrutura de overhead.

VC-4

É uma estrutura de quadro síncrona com a capacidade de 150.336 kbits/s.


Pode ser representado por uma forma retangular de octetos de 261 colunas e 9
linhas. Sua localização dento de uma AU-4 é informada pelo ponteiro AU-4
associado. O VC-4 pega toda a capacidade de payload de uma UA-4.

VC-3

É uma estrutura de quadro síncrona com uma capacidade total de 48.960


kbits/s, podendo ser representado por uma forma retangular de octetos com 85
colunas e 9 linhas; sua localização dentro de uma AU-3 fica no ponteiro AU-3
associado. Toda a capacidade de uma AU-3 chega a 87 colunas, e as colunas 30
e 59 são alocadas a octetos fixos de preenchimento.

Existem 3 maneiras de conseguir a interoperabilidade entre as camadas HDS e


HDP

Interoperabilidade no nível da camada cliente de circuito.


Uma camada de trajeto HDS usando uma camada HDP como servidora.
Uma camada de trajeto HDP usando uma camada HDS como servidora

Se usássemos apenas a primeira opção, a evolução de uma camada de trajeto


HDP pra uma HDS seria mais simples, pois não tem hierarquia de um cliente
para um servidor e é apenas fazer uma migração do serviço HDP para uma
camada HDS.

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