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CAPITULO 4.

TRAFÉGO EM
TELECOMUNICAÇÕES

Nota: colocar uma figura que ilustra


algo elacionado com o trafego

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4.1. Introdução
• Por exemplo:
A) numa refinaria de petróleo, este resultado é medido em número de
barris por dia;
B)para uma serralharia é o número de peças por dia.
C) No caso de sistemas telefónicos é o tráfego a ser providenciado, este
determina o número de troncos a serem providenciados.

Conceitos básicos
Na engenharia telegráfia o termo tronco é usado para descrever qualquer
entidade que transporta uma chamada, ele pode ser um circuito
internacional com o comprimento de milhões de quilómetros ou poucos
metros de fios entre comutadores na mesma central telefónica.

O arranjo de troncos e comutadores dentro de uma central telefónica é


chamado de trunking.

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Figura 4.1. Variação do tráfego num
curto periodo

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Figura 4.2. Variação do trafego ao
longo do dia

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Cont.
O número de chamadas pode variar em
funçao de:

• Número de pessoas residentes numa cidade


• Dias de semana
• Época do ano

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Cont.
• O número de troncos deve ser suficiente para a hora de
maior ocupação do dia.

• Um período de uma hora é escolhida a qual corresponde a


carga de tráfego de pico e esta é chamada de “hora de
maior tráfego”.

• No exemplo da figura 4.2 a hora de maior tráfego é das 10


AM as 11 AM

• Para melhor gerencia, tendecia a reduzir o custo da


chamada para o intervalo de menor trafego, assim se faz
melhor uso dos recursos.
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4.2. Unidade de Tráfego
• A grandeza de trafego é a intensidade de tráfego
mais frequentemente chamado de tráfego.

• É definida como o número médio de chamadas


em progresso.

• A pesar de ser uma quantidade sem dimensões


um nome foi dado a unidade de tráfego, este é o
“ERLANG” (abreviado por E), o qual foi escolhido
em homenagem ao dinamarquês A. K. ERLANG o
pioneiro da teoria do tráfego.
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Figura 4.3. Exemplo de tráfego de 1 ERLANG
transportado por três troncos

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Da definição de Erlang conclui-se que o tráfego
transportado por um grupo de troncos é dado por:

Onde:
• A é o tráfego em Erlang;
C é o número médio de
chamadas que chegam
durante o tempo T;
• h é o tempo médio de
duração das chamadas.

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Cont.
• Da equação (4.1) se T=h então A=C ,
portanto o tráfego em Erlang é igual ao número médio de chamadas que
chegam durante o período igual a duração média das chamadas.

Uma vez que um único tronco não pode transportar mais de uma
chamada A˂=1

• O tráfego é fracção de 1 Erlang, igual a média da proporção do tempo para


o qual o tronco está ocupado, a isto é chamado ocupação (A) do tronco.

• A probabilidade de achar o tronco ocupado é igual a proporção de tempo


para qual o tronco está ocupado. Portanto esta probabilidade é igual a
ocupação (A) do tronco.

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Exercício 1
Em média durante a hora de maior trafego uma
companhia faz 120 chamadas de saída com a
duração média de 2 minutos, ela recebe também
200 chamadas de entrada com a duração media
de 3 minutos. Ache:
• a) o tráfego de saída;
• b) o tráfego de entrada;
• c) o tráfego total.

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Exercício 1.Dados

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Exercício 1. Resolução

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Exercício 2
• Durante a hora de maior trafego em média um
cliente com única linha telefónica faz 3
chamadas e recebe 3 chanmadas. A duração
média das chamadas é de 2 minutos. Qual é a
probabilidade que um chamador ache a linha
ocupada?

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Exercício 2. Resolução

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4.3. Congestão
• Não é económico providenciar todo o
equipamento suficiente para transportar todo
tráfego que poderia ser oferecido a um sistema
de telecomunicações.

• Pode portanto acontecer a situação em que todos


os troncos num grupo estejam ocupados e,
portanto ele não possa aceitar mais chamadas,
este estado é conhecido como “congestão”.
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Sistemas de bichas” ou “filas” ou
ainda “sistemas de atraso”
• Num sistema de comutação de mensagens
chamadas que chegam durante o período de
congestão são armazenados numa bicha até
que um tronco de saída esteja livre, portanto
elas são atrasados mas não perdidas tais
sistemas são chamados de “sistemas de
bichas” ou “filas” ou ainda “sistemas de
atraso”.

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Sistemas de chamadas perdidas
• Num sistema de comutação de circuitos tal
como uma central telefónica todas as
tentativas de fazer chamadas sobre um grupo
congestionado de troncos não terá sucessos,
tais sistemas são portanto chamados de
“sistemas de chamadas perdidas”

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Num sistema a chamada perdida o resultado
de congestão é tal que o tráfego transportado
é menor que o tráfego oferecido ao sistema

Grau de serviço(Qualidade de
serviço)

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Grau de serviço(Qualidade de serviço)

Podemos também dizer que o grau de serviço é igual a


proporção do tempo para a qual a congestão existe, ou o
grau de servico B é igual a probabilidade de uma
chamada se perder devido a congestão, que é igual a
probabilidade de congestão.

O que dizer acerca do valor de B?

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Grau de serviço(Qualidade de serviço)

O que dizer acerca do valor de B?

Quanto menor for B maior será a qualidade de serviço

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Grau de serviço(Qualidade de serviço)

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Grau de serviço(Qualidade de serviço)
• A especificação do grau de serviço depende de vários
factores.

• Se for muito grande os utilizadores podem fazer muitas


chamadas sem sucesso e ficam insatisfeitos, se for muito
pequeno, são feitos gastos desnecessários em
equipamentos que raramente são usados.

• Na prática o grau de serviço na hora de maior trafego pode


variar na ordem de 1 em 1000 para troncos barratos dentro
de uma central; 1 em 100 para conexões entre centrais e 1
em 10 para rotas internacionas bastante caras.

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Exercício 3

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Exercício 3

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4.4. Medições do Tráfego

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4.5. Um modelo matemático
De maneira a obter soluções analíticas dos
problemas de teletráfego foi necessário haver
um modelo matemático do tráfego oferecido a
um sistema de telecomunicações. Um modelo
simples é baseado nos seguintes
pressupostos:

• Tráfego puramente aleatório;


• Equilíbrio estatístico;
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4.5. Um modelo matemático
O pressuposto de “trafego puramente aleatório”
significa que chamadas que chegam e chamadas que
terminam são eventos aleatoriamente
independentes.

• Este pressuposto nos leva aos seguintes resultados:

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4.5. Um modelo matemático

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4.5. Um modelo matemático

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4.5. Um modelo matemático
• O pressuposto de “equilíbrio
estatístico” significa que a
geração de trafego é um processo
aleatório estacionário, isto é, as
probabilidades não mudam
durante o período considerado,
consequentemente o número
médio de chamadas em
progresso permanece constante.
• A figura ao lado mostra que está
condição é satisfeita na hora de
maior trafego e evidentemente o
grau de serviço B de maior
trafego é o que queremos
determinar
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Exercício 4

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Exercício 4

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Exercício 5

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Exercício 5

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Cadeia de Markov
• Para um grupo de N troncos o número de
chamadas em progresso varia aleatoriamente

• O número de chamadas em progresso está


sempre entre 0 e N, ele portando tem N+1
estados e o seu comportamento depende de
mudanças de cada estado para outro acima
dele e para outro abaixo dele, tal processo é
chamado de cadeia de Markov.

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Cadeia de Markov

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Cadeia de Markov
• P(j) é a probabilidade de estado j
• P(k) é a probabilidade do proximo estado superior k;
• P(j,k) é a probabilidade de incremento para o estado k, dado o
presente estado j;
• P (k,j) é a probabilidade de um decrescimo para j apartir do
presente estado k.
• As probabilidades P(0), P(1) ... P(N) são chamadas “probabilidades
de estado” e
• As probabilidades condicionais P(jk) a P(kj) são chamadas de
“probabilidades de transição da cadeia de Markov”

• Se houver equilíbrio estatístico estas probabilidades não mudam e


o processo é dito como sendo uma cadeia de Markov regulador.

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Cadeia de Markov

39
Recordando que:

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Cont.

41
Cont.

42
Cont.

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Cont. Podemos concluir que:

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Conclusão

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4.6. Sistemas de chamadas perdidas

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4.6. Sistemas de chamadas perdidas
• O pressuposto de
chamadas perdidas
implica que qualquer
chamada de entrada
que encontre congestão
é imediatamente
descartada do sistema.

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4.6. Sistemas de chamadas perdidas

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4.6. Sistemas de chamadas perdidas

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Exercício 7

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Exercício 7

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Exercício 7

52
Exercício 7

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Exercício 7

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4.6.2. Desempenho do trafégo
• Uma chamada não é conectada ao tronco número dois
a menos que o tronco número um esteja ocupado.

• Chamadas que encontrem o tronco de última escolha


ocupado são perdidas. Como resultado, o primeiro
tronco tem muito alta ocupação e o tráfego
transportado pelos troncos subsequentes é menor.

• O tronco de ultima escolha é na verdade muito


ligeiramente carregado, este comportamente é
ilustrado na figura seguinte para um grupo de 20
troncos.

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4.6.2. Desempenho do trafégo

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4.6.2. Desempenho do trafégo

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4.6.2. Desempenho do trafégo
• Onde concluimos que o
tráfego transportado
pelo primeiro tronco é:
trafego oferecido
menos trafego
transportado que é
igual á:

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4.6.2. Desempenho do trafégo

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Exercício 8

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Exercício 8

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Exercício 8

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4.6.3. Sistemas de chamadas perdidas
em Tandem

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4.6.3. Sistemas de chamadas perdidas
em Tandem

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4.6.3. Sistemas de chamadas perdidas
em Tandem

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4.6.4. Uso de tabelas de trafego

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4.7. Sistemas de Bicha
• 4.7.1. A Segunda Distribuiçao de Erlang

• Erlang determinou a probabilidade de


encontrar um atraso quando o trafego é
oferecido a um sistema de fila com N troncos,
como mostrado na figura abaixo.

• Em sistemas de fila os troncos são


frequentemente chamados de “servidores”,
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4.7.1. A Segunda Distribuiçao de
Erlang

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4.7.1. A Segunda Distribuiçao de
Erlang

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4.7.1. A Segunda Distribuiçao de
Erlang

• Se A>N , as chamadas entram no sistema a


uma velocidade maior do que aquela em que
saem, como reultado o comprimento da fila
deve aumentar continuamente, isto não é
equilíbrio estatístico

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4.7.1. A Segunda Distribuiçao de
Erlang

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4.7.1. A Segunda Distribuiçao de
Erlang

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4.7.2. Probabilidade de atraso
• O atraso ocorre se
todos os servidores
estiverem ocupados,
isto é, se x>=N . Agora
da equação 4.11, a
probabilidade de que
existem pelo menos z
chamadas no sistema
(onde z>=N ) é dada
por:

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4.7.3 Capacidade finita da fila

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4.7.4. Alguns resultados úteis

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4.7.4. Alguns resultados úteis

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4.7.4. Alguns resultados úteis

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4.7.4. Alguns resultados úteis

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4.7.5. Sistemas com um único
servidor

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Exercicio 8

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Exercicio 8

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Exercicio 8

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Exercicio 8

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Exercicio 8

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