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CAPÍTULO 3.

EVOLUÇÃO DOS
SISTEMAS DE COMUTAÇÃO

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EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE
COMUTAÇÃO- Introdução
• As funções executadas por um sistema de
comutação ou por um subsistema de maneiras a
providenciar serviços aos clientes são chamados
de facilidades.

• Apesar da complexidade do sistema de


comutação moderno, existem funções básicas
que devem ser executadas por todos os sistemas
de comutação modernos que são controlados por
programas armazenados.
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EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE COMUTAÇÃO(nota que aqui tratamos de
envio de mensagens ou dados e não de voz)

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EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE
COMUTAÇÃO
• Num centro de comutação de mensagem, uma
mensagem que entra não se perde quando a rota
de saída requerida está ocupada, ela é
armazenada numa bicha com quaisquer outras
mensagens para a mesma rota e retransmitida
quando o circuito requerido se torna livre.

• A comutação de mensagens é portanto um


sistema de atraso ou sistema de bicha (fila)- o
termo actualmente usado no tratamento de
dados é comutação de pacotes

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3.3. Comutação de circuitos
• A invenção do telefone introduziu uma nova
necessidade: comunicação em ambos os sentidos
em tempo real.

• A comutação de mensagens não podia satisfazer


esta necessidade devido ao seu inerente atraso.
Torna-se então necessário conectar os circuitos
do telefone chamador ao telefone chamado e
manter esta conexão durante o periodo da
chamada, a isto é chamado de comutação de
circuitos.

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3.3. Comutação de circuitos
• A comutação de circuitos é portanto um
exemplo de sistema de chamadas perdidas.

Justifique.

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3.3. Comutação de circuitos
• A comutação de circuitos é portanto um
exemplo de sistema de chamadas perdidas.

Justifique.

Se a linha desejada estiver ocupada a


chamada é perdida

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3.3. Comutação de circuitos
O exemplo da central manual mostra as seguintes facilidades que estão
também presentes em sistemas de comutação automáticas:

• Operação com batéria central;


• Sinalização loop-disconect;
• O multiplo (qualquer operador pode antender qualquer assinante);
• Teste de ocupação;
• Concentração (operador atende muitos clientes);
• Facturação por contador e ticketing;
• Classe de serviço;
• Controle comum;
• Varrimento (o operador verifica as lampadas acessas e desliga-as);
• Controle por programa armazenado;
• Sinalização de canal comum (a sinalização esta na mesma linha que o
assinante fala).

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3.3. Comutação de circuitos
Classe de serviço
• A maneira como tanto as chamadas de
entrada como as de saída são manuseadas
diferem para diferentes tipos de clientes. Estas
são determinados pela classe de serviços
(COS) de uma linha de clientes que pode ser
vista de duas maneiras: Dizendo respeito as
chamadas de origem e dizendo respeito as
chamadas de destino.

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Cont.
• Exemplos de diferentes classes de serviço de origem são:
linhas com telefones normais e linhas de cabines públicas a
moedas. Para as ultimas, o dinheiro é colectado através da
caixa de moedas. Algumas linhas podem ser barradas de
fazer chamadas a longa distância. Outras podem ser
barradas de fazer chamadas de saída, porque a factura do
cliente não foi paga.

• Exemplo de diferentes classes de serviço de destino são:


Um cliente normal com uma única linha e um cliente tendo
um grupo de linhas ligadas a um PBX. No ultimo caso, o
cliente chamador não é dito que o cliente está ocupado até
que cada linha tenha sido testada e achada ocupada.

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Ponte de transmissão de Stones

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Ponte de transmissão de Stones

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3.5. Funções de um sistema de
comutação
• O exemplo da central manual demonstra as funções
básicas que todos os sistemas de comutação devem
executar. Esta são as seguintes:
• 1. Atender
• 2. Recepção de informação
• 3. Processamento de informação
• 4. Teste de ocupação

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3.5. Funções de um sistema de
comutação
• 5. Interconexão - Para uma chamada entre
dois clientes três conexões são feitas na
seguinte sequência:
• a) uma conexão com terminal chamador A;
• b) uma conexão com terminal chamador B;
• c) Uma conexão entre os dois terminais.

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3.5. Funções de um sistema de
comutação
• 6. Alerta
• 7. Supervisão
• 8. Envio de informação

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3.6. Meios de transmissão

– Meios de transmissão?
– Meios guiados?
– Meios não guiados?
– Exemplos?

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3.6. Meios de transmissão
Meios guiados: Usam um condutor para transmitir o sinal do emissor até
ao receptor.

Exemplos:
• Par de fios;
• Cabo coaxial;
• Fibra óptica.

Meios não guiados (sem fios): Usam ondas rádio para transmitir os sinais.

Exemplos:
• Feixes hertzianos;
• Satélites;
• Comunicações móveis.

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3.6. Meios de transmissão
O meio de transmissão dominante na rede
local das redes telefónicas públicas é o cabo
de pares simétricos, que como já se referiu é
baseado em pares de cobre entrelaçados.

Por sua vez, nas redes de troncais usa-se ou a


fibra óptica ou meios radioeléctricos, como
os feixes hertzianos e os satélites.

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Meios Guiados: Par de Fios
Entrançados
• Um par simétrico não é mais do que uma linha
de transmissão constituída por dois
condutores isolados e entrelaçados para evitar
interferencias eletromagnéticas.

• O material usado nos condutores é,


normalmente, o cobre, enquanto como
isolador se usa o polietileno.

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Parâmetros característicos de uma
linha
• A análise das características de transmissão
dos pares simétricos pode-se fazer recorrendo
à teoria das linhas de transmissão.

• De acordo com esta teoria, um troço


elementar de linha pode-se modelar pelo
esquema equivalente representado na figura
que segue:

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Parâmetros característicos de uma
linha

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Parâmetros característicos de uma
linha
Os elementos desse esquema designam-se por parâmetros
primários da linha e são os seguintes:

• R (Ω/km): resistência por unidade de comprimento dos


condutores da linha;
• L (H/km): indutância por unidade de comprimento devida
ao campo magnético entre os condutores;
• G(S/km): condutância transversal por unidade de
comprimento devida, quer aos defeitos de isolamento,
quer às perdas dieléctricas;
• C (F/km): capacidade por unidade de comprimento ligada à
permitividade do dieléctrico situado entre os condutores.

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Parâmetros característicos de uma
linha

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Parâmetros característicos de uma
linha

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Parâmetros característicos de uma
linha

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Parâmetros característicos de uma
linha

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Parâmetros característicos de uma
linha

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Diafonia (Limitações dos pares
simétricos)

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Diafonia (Limitações dos pares
simétricos)
• A proximidade dos pares no cabo vai originar
interferências mútuas entre os diferentes pares,
designadas por diafonia ou crosstalk.

• Estas interferências têm origem,


fundamentalmente, no acoplamento capacitivo
entre os condutores de dois pares, assim como,
no acoplamento indutivo resultante do campo
magnético de um dos pares atravessar os outros
pares.
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Diafonia (Limitações dos pares
simétricos)

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Par de Fios Entrançados:
Características
Transmissão analógica:
• Amplificadores espaçados de 5 ou 6 km;
• Atenuação típica é 1 dB/km na banda de frequências da voz;

Transmissão digital:
• Permite transmitir a alguns Mbit/s, mas a distâncias menores;
• Repetidores espaçados de 2 ou 3 km;

Características:
• Barato e fácil de manipular;
• Alcance limitado;
• Largura de banda limitada;
• Ritmo de transmissão limitado.

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Par de Fios Entrançados: Tipos
Unshielded Twisted
Pair (UTP)
• Fios telefónicos
normais;
• Mais barato;
• Fácil de instalar;
• Sujeito a interferências
electromagnéticas
externas.

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Par de Fios Entrançados: Tipos
Shielded Twisted Pair
(STP)
• Existe uma camada
metálica que reduz
interferências;
• Mais caro;
• Mais difícil de
manipular (grosso,
pesado).

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Categorias UTP
• Categoria 1: Usado para transmissão de sinais de voz;
• Categoria 2: Usado para voz e dados até 4 Mbit/s;
• Categoria 3: Permite transmissão de dados até 10 Mbit/s;
• Categoria 4: Permite transmissão de dados até 20 Mbit/s;
• Categoria 5: Largura de banda disponível: 100 MHz;
• Permite transmissão de dados a 10 e a 100 Mbit/s;
• Categoria 6: Largura de banda disponível: 250 MHz;
• Permite transmissão de dados até 1 Gbit/s;
• Categoria 7: Largura de banda disponível: 600 MHz;
• Permite transmissão de dados 10 Gbit/s.

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Cabo Coaxial

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Cabo Coaxial / Cabos de pares
coaxiais

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Cabo Coaxial / Cabos de pares
coaxiais

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Cabo Coaxial / Cabos de pares
coaxiais
• No cabo coaxial o atraso
de grupo só depende das
características do
dieléctrico, ou seja, o par
coaxial não introduz
distorção de fase para as
frequências referidas.
• Nota: Este facto faz com
que o par de fios seja
substituido pelo cabo
coaxial

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Cabo Coaxial / Cabos de pares
coaxiais

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Cabo Coaxial / Cabos de pares
coaxiais

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Cabo Coaxial / Cabos de pares
coaxiais
• Nos dias de hoje, o cabo coaxial praticamente
deixou de ser usado nas redes telefónicas, tendo
o seu lugar sido ocupado pelas fibras ópticas.

• Ocupa, contudo, um lugar importante nas redes


locais de computadores (LAN) e nas redes
híbridas (fibra/coaxial) das redes de distribuição
de televisão por cabo.

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Cabo Coaxial: Características
Transmissão analógica:
• Amplificadores espaçados de poucos quilómetros (mais próximos
para frequências maiores);
• Largura de banda até 500 MHz;

Transmissão digital:
• Repetidores espaçados cerca de 1 km (mais próximos para
frequências maiores);

Principais limitações:
• Atenuação;
• Ruído térmico;
• Ruído de intermodulação

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Cabo Coaxial: outras aplicações
• Distribuição de televisão;
• Transmissão telefónica de longa distancia
(Suporta dezenas de milhares de chamadas
telefónicas simultâneas);
• Ligações a curta distância e elevados ritmos de
transmissão;
• Redes locais de computadores.

• TPC: Hoje em dia é substituído por fibra óptica;

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