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Faculdade de Engenharia

Departamento de Engenharia Electrotécnica


Engenharia Electrónica

4º Ano, IIº Semestre

Disciplina de Telecomunicações por Micro-ondas

Receptores e Transceptor

Discentes: Docentes:
Macovole, António Júlio Regente: Doutor Vithor Bernardo Nypwipwy, Eng.
Assistente: Mestre Adélio Francisco Tembe, Eng.

Maputo, Setembro de 2022


Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 1

1.1. Objectivos......................................................................................................................... 1

1.1.1. Objectivo geral .......................................................................................................... 1

1.1.2. Objectivos específicos .............................................................................................. 1

1.2. Metodologia ..................................................................................................................... 1

2. Fundamento teórico ................................................................................................................ 2

2.1. Receptor Super-heteródino ............................................................................................... 2

2.1.1. História...................................................................................................................... 2

2.1.2. Arquitetura ................................................................................................................ 2

2.1.3. Principio de Funcionamento: .................................................................................... 3

2.2. Receptores de Dupla conversão ....................................................................................... 5

2.2.1. Arquitetura do Receptor Dupla Conversão ............................................................... 5

2.2.2. Principio de Funcionamento ..................................................................................... 5

2.2.3. Diferença com Receptor Normal .............................................................................. 6

2.3. Transceptores ................................................................................................................ 8

2.3.1. Arquitectura de transceptores ....................................................................................... 8

2.3.2. Princípio de funcionamento ...................................................................................... 9

3. Conclusões e Recomendações .............................................................................................. 11

3.1. Conclusões .................................................................................................................. 11

3.2. Recomendações .......................................................................................................... 11

4. Referências Bibliografias .......................................................................................................... 12


1. Introdução
Receptores são usados dispositivos como protagonistas na comunicação que recebe a informação
e decodifica, isto é, transforma em impulsos físicos em mensagem recuperada. De modo o
presente trabalho visa apresentar os Receptores que são usados para as comunicações, sendo
assim, os Receptores heteródino, os de dupla conversão e os transceptores, sendo assim nos
capítulos que se segue, apresentarem as suas funcionalidades.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral

• Falar dos Receptores heteródino, Receptores de dupla conversão e os Transceptores;

1.1.2. Objectivos específicos


• Explicar o princípio de funcionamento dos Receptores heteródino e a sua arquitetura;
• Explicar o princípio de funcionamento dos Receptores de dupla conversão e a sua
arquitetura;
• Explicar o princípio de funcionamento dos transceptores;

1.2. Metodologia
Durante o processo de elaboração do trabalho, foi usado o método de pesquisa bibliográfica nos
manuais citados na bibliografia e alguma pesquisa na internet de forma a trazer uma abordagem
detalhada dos tópicos propostos pelo docente da cadeira.

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2. Fundamento teórico

2.1. Receptor Super-heteródino

2.1.1. História

Inventado pelo engenheiro norte-americano Edwin Howard Armstrong em 1918 durante a Primeira
Guerra Mundial, usa mistura de frequências ou heterônimo para converter um sinal recebido numa
frequência fixa intermédia (IF), que pode ser mais convenientemente processada do que a
frequência rádio portadora original. O receptor super-heteródino foi criado com o objetivo de
reduzir os problemas do receptor AM-DSB padrão, no caso o receptor de Radiofrequência
Sintonizada. Praticamente todos os receptores rádio modernos usam o princípio de super-
heteródino.
O problema maior do tipo radiofrequência sintonizada era o fato da seletividade variar ao longo
da faixa.

2.1.2. Arquitetura

Figura 1: Diagrama do Receptor Super-heteródino (Rodrigues, 1982)

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2.1.3. Principio de Funcionamento:
Um Super-heteródino básico recebe o sinal ( portadora RF) da estação de rádio na antena que
está ligada a um circuito LC ( bobina/condensador) sintonizado. Este sinal é misturado com uma
frequência gerada por um oscilador local (normalmente 455kHz maior que a frequência
recebida) e a diferença da frequência da portadora da estação e o oscilador local é a Frequência
Intermédia (FI). Depois desta conversão, é usado um amplificador de FI de banda estreita e fixa
que proporciona um ganho no sinal a ser detectado. Nesta etapa é mais fácil projectar e ajustar
um circuito de frequência e ganho fixo do que os antigos receptores de Radiofrequência
sintonizada.

➢ Estágio de radiofrequência
Composta por um circuito LC ajustada através do capacitor variável e o indutor exerce a função
de acoplamento à antena ou em muitos casos como a própria antena. Somente recebe o sinal pela
antena.
➢ Misturador
Basicamente o sistema é composto por um transistor que na base se conecta ao sinal R.F.
escolhido e no emissor recebe o sinal do oscilador local. Gera então no coletor a diferença dos
sinais, pois trabalha com o coletor sintonizado na F.I. (455KHz).
➢ Oscilador local
Ele aproveita a corrente de coletor do transistor do misturador para realimentá-la por um circuito
sintonizado ao emissor do mesmo transistor, assim obtendo a realimentação positiva levando-o a
oscilar. Existem também outros métodos de se montar um oscilador local.
➢ Amplificador de F.I.
Constituída por 2 Amplificadores transistorizados, com os coletores sintonizados em 455 KHz
por circuitos LC e uma banda passante de 10 KHz. Suas funções básicas são de aumentar a
seletividade do receptor, proporcionar um alto ganho no sinal de saída do misturador e a
possibilidade de controle do ganho total dado pelo amplificador de F.I.
➢ Detetor
Um simples detetor de envoltória, normalmente um diodo de R.F. e um circuito RC filtrando a
portadora e fornecendo a tensão de saída com polaridade compatível para atenuação do C.A.G.

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Pode ser configurado com 2 células RC ou por uma única célula, possibilitando uma filtragem
passa-baixas do sinal retificado pelo diodo.
➢ Controle automático de ganho
Um simples filtro passa-baixas que tem por objetivo recuperar o valor médio do sinal resultante
da modulação aplicando à base do 1º transistor de F.I.. O objetivo do C.A.G. é solucionar o
problema do inconveniente causado pela não uniformidade das potências colocadas no ar pelas
emissoras e também pelo espaço entre elas e o receptor.
Valores típicos
• Frequências portadoras de AM - (540 a 1600) KHz;
• Espaçamento entre frequências de portadoras de AM - 10 KHz;
• Largura de banda das mensagens (W) - 5 KHz;
• Frequência intermédia fFI - 455 KHz (AM) e 10.7MHz (FM);
• fOL = fc + fFI 10kHz < BRF < 910kHz BFI = 10kHz BAF = 5kHz;

Vantagens do receptor super-heteródino


A principal vantagem do receptor super-heteródino sobre o receptor TRF é que a amplificação e
a filtração se efetuam a uma frequência fixa e de maneira independente da Selecção de estação.
Não só, o receptor super-heteródino resolve os problemas como: fraca estabilidade, pouca
seletividade e grande sensibilidade às interferências.

Desvantagens do receptor super-heteródino


A principal desvantagem do receptor superheteródino está no surgimento da frequência imagem.
frequência imagem: é a frequência simétrica da frequência fc relativamente a fLO. Tem a
propriedade de no misturador produzir sinal de frequência igual a FI logo impossível de separar
do sinal pretendido nos andares de FI. Tem por isso que ser eliminada antes do misturador.

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2.2. Receptores de Dupla conversão

2.2.1. Arquitetura do Receptor Dupla Conversão


O receptor super-heteródino de dupla conversão é basicamente um super-heteródino com mais
um oscilador local. Neste tipo de receptor a 1ª FI é elevada para se facilitar a rejeição de
Intermodulação e a 2ª FI é baixa, para facilitar a seleção do canal.

Figura 2: Receptor heteródino de Dupla Conversão ( Mário, 2015)

2.2.1.1. Blocos Funcionais


Os blocos funcionais do receptor de dupla conversão são os mesmos do receptor superheteródino
mas com mais um oscilador local (uma nova etapa de mistura e filtragem de frequências). Neste
tipo de receptor a 1ª FI (que gera a 1ª frequência do oscilador local) é elevada para se facilitar a
rejeição de Intermodulação e a 2ª FI (que gera a 2ª frequência do oscilador local) é baixa, para
facilitar a seleção do canal.

2.2.2. Principio de Funcionamento


O conceito básico por trás do receptor de rádio super-heteródino duplo é o uso de uma alta
frequência intermediária para atingir os altos níveis de rejeição de imagem que são necessários, e
uma frequência intermediária mais baixa para fornecer os níveis de desempenho requeridos para
a seletividade de canal adjacente.
O processo de receber (detectar) e limitar as bandas dos sinais RF transmitidos é o mesmo do
receptor super-heteródino. A diferença está nos estágios de filtragem e seleção de canais.

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Normalmente, o receptor converterá o sinal de entrada para um estágio de alta frequência
intermediária (IF) relativamente alto. Isso permite que os altos níveis de rejeição de imagem
sejam atingidos. Como a frequência da imagem está em uma frequência duas vezes maior do que
a distância do sinal principal ou do sinal desejado, quanto maior o IF, mais distante fica a
imagem e mais fácil é rejeitá-la na extremidade frontal.
Uma vez que o sinal tenha passado pelo primeiro IF na frequência mais alta, ele é então passado
através de um segundo mixer para convertê-lo em uma frequência intermediária mais baixa, onde
a filtragem de banda estreita é realizada para que os sinais do canal adjacente possam ser
removidos. Quanto menor a frequência, os filtros são mais baratos e o desempenho é mais alto.
(Embora deva ser dito que a tecnologia de filtro agora permite que filtros efetivos sejam feitos
em frequências muito mais altas do que era anteriormente possível.)
Depois desse estágio segue-se o processo de desmodularão e amplificação do sinal tal como no
receptor super-heteródino.

Valores tipicos
• Frequências portadoras – (540 a 1600) KHz (AM) e até 126MHz (FM);
• Primeira frequência intermédia fFI1 – 455 kHz (AM) e 30MHz (FM);
• Segunda Frequência intermédia fFI2 – 200 kHz (AM) e 10MHz (FM);

2.2.3. Diferença com Receptor Normal

2.2.3.1. Receptor Super-Heteródino

Embora a idéia básica para o receptor superheteródino funcione muito bem, para garantir o
desempenho ideal sob várias situações, uma extensão do princípio, conhecida como recptor de
dupla conversão pode ser usada.
O recptor de dupla conversão não tem grande diferença com o superheteródino, pois a ideia
principal ainda é heterodinizar, só que neste receptor este processo é feito duas vezes, a 1ª com

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FI elevada para se facilitar a rejeição de Intermodulação e a 2ª com FI baixa, para facilitar a
seleção do canal.
A vantagem deste recetor é de colmatar o problema de uma única FI, pois esta pode ser muito
alta, dificultando a seleção do canal ou muito baixa dificultando a rejeição da frequência
imagem.

2.2.3.2. Receptor TRF

Figura 3: Receptor TRF (Rodrigues, 1982)

O receptor TRF é um receptor simples e lógico; uma pessoa com conhecimentos superficiais de
comunicações, provavelmente esperaria que todos os rádios Receptores deveriam ter essa forma.
As virtudes desse tipo, no qual não é mais empregado, exceto como um receptor de frequência
fixa, em aplicações especiais, são sua simplicidade e alta sensibilidade. Deve, também, ser
mencionado que, quando o receptor TRF foi primeiramente introduzido, ele foi um grande
aperfeiçoamento nos tipos até então empregados: receptor a cristal mestre, regenerativo e super-
regenerativo. Dois ou talvez três amplificadores de radiofrequência, todos sintonizados em
conjunto, foram empregados para selecionar e amplificar a frequência de entrada e,
simultaneamente, rejeitar todos os outros sinais. Após o sinal ser amplificado a um nível
adequado, este era demodulado ou detetado e alimentava um alto falante, depois de ter passado
através de apropriados estágios amplificadores de áudio. Tais Receptores foram simples para a
construção e alinhamento de frequência na radiodifusão __ 535 a 1640 kHz, mas eles
apresentavam dificuldades em freqüências mais altas. Essas dificuldades foram, principalmente,
por causa do risco de instabilidade, associado com o alto ganho, obtido em uma única freqüência
para um amplificador multiestágios. Se tal amplificador tem um ganho de 40000, tal que seja

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necessário 1/40000 avos da saída do último estágio encontrar-se de retorno na entrada do
primeiro estágio com correta polaridade, tendo conseguido retornar através de algum caminho de
desvio ou realimentação, que oscilações ocorrerão, na freqüência para qual a polaridade desse
espúrio realimente positivamente.

Esse receptor executa a translação do sinal RF direto para a banda base, sem passar pelo estágio
de frequência intermediária, sem a necessidade dos filtros de RF e FI, ou seja, FI = 0Hz.
Como principais vantagens dessa arquitetura podem-se citar a eliminação do problema do canal
imagem, visto que a etapa de IF, causadora do problema é eliminada e é mais fácil de integrar
devido a ausência de alguns filtros.
Como desvantagens dessa arquitetura pode-se mencionar fraca estabilidade (, pouca
selectividade (dificuldade para sintonizar a estação desejada) e grande sensibilidade às
interferências (Distorção de ordem par, Ruído 1/f (Flicker Noise) e Offset DC).

2.3. Transceptores
O transceptor é um dispositivo que é composto por um transmissor, por um receptor e por um
dispositivo de comutação, e tem a função de efectuar a transmissão e recepção de sinais de rádio.

2.3.1. Arquitectura de transceptores


Uma etapa de transcepção de um sistema de comunicação sem fio apresenta vários blocos tais
como amplificadores, filtros, osciladores e misturadores que fazem parte tanto da etapa
transmissora quanto da etapa receptora, como mostrado na Figura 4 Esta arquitetura é formada
por um receptor super-heteródino, por um transmissor e um duplexador (comutador).
(STREMLER, 1993)

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Figura 4: Transceptor ( Mário, 2015)

2.3.2. Princípio de funcionamento


Um receptor é um dispositivo electrónico capaz de recuperar sinais de rádio transmitido por um
emissor mediante ondas electromagnéticas.

Um transmissor é um dispositivo eletrônico que, com a ajuda de uma antena, propaga um sinal
eletromagnético, podendo ser de rádio, televisão, ou outras telecomunicações.

O duplexor é um dispositivo de comutação que permite transmitir e receber informações usando


uma única antena. Consegue-se isso comutando as funções de transmissão e de recepção, para
não interferir durante o seu funcionamento. Para o duplexor fazer a comutação desejada o
transmissor e o receptor devem estar sintonizados com a mesma frequência, caso contrário não
haverá uma comunicação desejada.

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Pode-se perceber que, dos elementos do transceptor, o duplexor é o que desempenha o papel
mais importante pois ele é que dá a possibilidade de se poder transmitir e/ou receber na mesma
antena.

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3. Conclusões e Recomendações

3.1. Conclusões
Neste presente trabalhou, é notável que os Receptores são dispositivos fundamentais nas
telecomunicações, sendo assim que foram desenvolvidos para facilitar a comunicação entres os
humanos. Pois neste trabalho se destaca o receptor Super- heteródino, este por sua vez resolveu
uma boa parte dos problemas que o receptor TRF tem. Porém, devido a introdução da etapa de
filtragem surgi-o o problema da frequência imagem. A necessidade facilitar a rejeição de
Intermodulação (frequência imagem) e a seleção do canal, em simultâneo levou ao surgimento
do receptor super-heteródino de dupla conversão, No transcetor é imprescindível que o
transmissor e o receptor estejam sintonizados com a mesma frequência, caso contrário não
haverá uma comunicação desejada, pois o duplexor fazer a comutação desejada.

3.2. Recomendações
Em caso de construir um receptor qualquer que seja, deve-se ter em conta a frequência que ser
usada, pois quanto maior é frequência, difícil será a construção do receptor. Por isso um bom
receptor precisa de ter bons filtros (para eliminar interferências) e boa capacidade de sintonizar
estações (para escolher o canal desejado).

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4. Referências Bibliografias
Mário, M. A. (2015). ARQUITECTURA DE TRANSRECEPTOR E RECEPTOR DE.
Rodrigues, W. J. (1982, Março). Receptores.
STREMLER, F. (1993). INTRODUCCIÓN A LOS SISTEMAS DE COMUNICACIÓN. (W. p.
company., Ed.)

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